Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 Tm 3:8, 13
Curso para Diáconos
CURSO DE DIACONO
Sumário
I - Deveres do diácono: 02
II - Qualificações do Obreiro em geral 2º Tm 3.2-16 02
III - Significado do termo Diácono 03
IV - Qualificações da escolha descrita em Atos, 1º Timóteo e Tito. 03
V - A Função Do Diácono Hoje. 04
VI - INDUMENTÁRIA APRESENTAÇÃO INDIVIDUAL. 05
VII - DIREÇÃO DO CULTO 05
VIII - Diversos: Preparo intelectual 05
IX - Preparo teológico: 06
Texto complementar 2
O termo no Novo Testamento 08
Uma Diaconia A Serviço Do Próximo 09
Modelo do ministério deixado por Cristo 09
Hierarquia Vertical e Horizontal 11
Ramificações do Cristianismo 15
Texto complementar 2
O diaconato à luz do Novo Testamento 18
Origem 18
O termo no Novo Testamento 18
Função e objetivo do ofício 19
Qualificações para o diaconato 20
Desenvolvimento 21
O Diácono nos tempos pós-Apostólicos 21
Os Diáconos em nossos dias 22
A importância do cargo 22
Escolha dos Diáconos 23
Valorização dos Diáconos 24
Deveres dos Diáconos 25
A cerimônia batismal 25
A coleta de dízimos e ofertas 26
Recepção aos visitantes 27
Os diáconos devem ser conhecidos como as pessoas mais simpáticas 27
da igreja
Cuidado do templo, manutenção ou construção 27
A comissão de finanças 27
Programa de evangelização 28
Visitação aos membros 28
Apoio à igreja 29
Igreja assembleia de Deus – Bairro da Penha
Pr. Luiz Manoel P. Rocha Página 2
Curso para Diáconos
“Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito
vinho, não cobiçosos de torpe ganância.
Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e
muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.”
1 Tm 3:8, 13
I - Deveres do diácono:
V8 – respeitáveis, sinceros, não dado ao vinho, não cobiçosos de torpe
ganância; (v. 8)
V9 - Guardando o mistério da fé numa consciência pura. (v.9)
Ser primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis. (v.10)
Da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis
em tudo. (v. 11).
Maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias
casas. (v. 12).
os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e
muita confiança na fé que há em Cristo Jesus. (v. 13)
Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa. (v. 14)
Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a
igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade. (v. 15).
No primeiro século da era cristã a igreja cresceu sob o avivamento do espírito santo e
expandiu-se pelo mundo. Na mesma medida em que cresceu, surgiram também
problemas na esfera social, demandando urgentes providencias. Por uma sábia e
unânime decisão, em assembleia, à igreja de Jerusalém escolheu sete homens de
moral ilibada e cheios do Espírito santo, para administrarem esse importante negócio.
1) Funções diversas:
a. Visitar os enfermos,
b. Visitar os necessitados
c. Visitar desviados,
d. Cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto como:
i. Distribuir os elementos da ceia do Senhor;
ii. Recolher ofertas e outras contribuições, como dízimos;
iii. Auxiliar na ordem na segurança da liturgia do culto;
iv. Outras tarefas já mencionadas.
2) Nossas Particularidades:
a. Diáconos que recebem a oportunidade de dirigir uma congregação devem
ser obter aos princípios ministeriais:
i. Não ungir enfermos;
ii. Não celebrar ceia;
iii. Não terminar culto com benção apostólica;
iv. Ao chegar em outras congregações lembrar que continua sendo
diácono, e esta atento as atividades da função.
v. Apresentação de crianças – deve passar pelo pastor-presidente,
para autorizar os diáconos dirigentes de congregação.
VIII - Diversos:
Ao obreiro, é necessário disponibilizar-se em atender as congregações que
compõem o campo. Sua função requer tal disponibilidade.
Preparo intelectual:
Nos dias atuais é uma exigência e necessidade que o ministro tenha
conhecimento pelo menos do ensino fundamental.
É importante que o obreiro possua um bom preparo teológico.
IX - Preparo teológico:
A igreja disponibiliza de um curso teológico em suas dependências e este aprovado
pela CGADB e CEC e convenções estaduais. Além de ser aceito em diversos países.
O conhecimento teológico:
te capacitara a entender com mais profundidade as doutrinas bíblicas e melhorar a
vida espiritual ;
e quem desejar ir mais além no ministério necessitara de comprovação junto aos
órgão eclesiásticos.
preparo espiritual.
Não retroceda, continue regando a sua vida com oração, jejum, humildade, amor,
santidade, fé, perseverança, obediência, etc...
Conclusão:
Concluo, desejando a todos os diáconos e cooperadores um ministério profícuo e de
longa vida espiritual, cheio de fervor e do Espírto Santo e que Deus nos abençoe.
Amém.
“Este é o fim do discurso. Já tudo foi ouvido: teme a Deus e observa os seus mandamentos,
porque isto é o tudo do homem.
Pois Deus trará a juízo todas as obras, mesmo as que estão escondidas, quer boas, quer más”.
Eclesiastes 12:13,14
Texto Complementar 1
Pb Jefferson C. S. Lima
“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é
profecia, seja ela segundo a medida da fé;
Se é ministério (Gr: διάκονος -> DIÁKONOS), seja em ministrar; se é ensinar,
haja dedicação ao ensino;
Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com
liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com
alegria.” Romanos 12:6-8
Por ser um dom de serviço, o exercício da diaconia inicia-se na igreja primitiva, antes
de Atos 6:1-7, aqui temos o inicio da diaconia como um oficio, mas o exercício do
serviço cristão inicia-se antes, mesmo após ser oficializado publicamente o oficio
diaconal, o exercício da diaconia não ficou restrito aos oficiais, mas, a igreja continuava
no exercício do serviço, isto porque, a diaconia sendo um dom de serviço, não esta
restrito a um grupo especifico, mas a todos quanto o Espírito Santo quer.
Observe:
Ela exercia a diaconia, hospedando a muitos, como fez com o próprio apostolo
Paulo.
Todos esses e tantos outros, exerceram a diaconia, mesmo não sendo oficiais
credenciados.
“Quem não estiver disposto a doar-se pelas pessoa, não terá condições em exercer a
diaconia”
“ Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser
príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de
autoridade sobre eles;
Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande,
será vosso serviçal;
E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos.
Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e
dar a sua vida em resgate de muitos.” (Marcos 10:42-45).
Todo o sentimento de grandeza que tenta me seduzir, convencendo que estou a cima
de um diácono pelo fato de ser um presbítero, não pode ser um sentimento gerado pelo
Espírito de Deus. Todo desejo de grandeza que me move a crescer ministerialmente
ao ponto de prejudicar outros, não é um sentimento Cristão, mas um sentimento
mundano. Nunca crescerei no ministério de Cristo, porque esse cristo não deixou
degraus para que possa subir, mas deixou pessoas para eu servir. O Sentimento de
Cristo em mim, me instiga a ser servo, como Nosso cristo foi servo.
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-
se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E,
achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e
morte de cruz.
Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo
o nome.” ( Filipenses 2:5-9)
Meu sentimento quer eu seja grande e suba ao pódio, o sentimento de Cristo o fez ser
pequeno e descer, esvaziar-se e fazendo-se semelhante a homem.
Pastor
Evangelista
Presbítero
DIACONO
Hierarquia Vertical
Hierarquia Horizontal
Entendemos, que o modelo hierárquico deixado por Cristo, é o modelo o qual, há uma
única cabeça comandando um único corpo Sendo assim, o maior grau hierárquico
seria a cabeça – Cristo, o corpo diferencia-se em funções especifica e não em grau de
superioridade. Trabalhando em conjunto em prol de um único objetivo. (1º Co 12:27-
31, Ef 4:1-11, 5:23).
Hierarquia Horinzotal
Efésios 4:10-12 - Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os
céus, para cumprir todas as coisas.
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e
outros para pastores e doutores,
Observemos o texto quando diz que “ E ele (Cristo) deu uns para ...” . É
Cristo, pelo seu Espírito que distribui o ministério no corpo da igreja.
1 Coríntios 12:27-31 - Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.
E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em
terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades
de línguas.
Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos
operadores de milagres?
Têm todos o dom de curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos?
Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais
excelente.
Neste texto, Paulo faz menção que que os irmãos da igreja de Corinto
eram individualmente membros do corpo de Cristo. Ele continua
mostrando que “ A uns (e não todos) pôs Deus na igreja...” . Observemos,
que mais uma vez, Paulo faz menção que Deus esta no controle da
escolha e capacitação dos que estarão a serviço dos santos.
Romanos 12:5-8 – “Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas
individualmente somos membros uns dos outros.
De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja
ela segundo a medida da fé;
Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que
preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.”
Aqui, para a igreja de Roma, Paulo mostra que “... assim como em um
corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma
operação,
(Rm 12:4), essa citação é a mesma de 1º Corintios que nem todos os
membros tem a mesma operação, mesma vocação ou mesmo dom. O
ensino, exortação, presidir, cuidar ... Paulo apresenta com sendo dons, e
quem se encarrega em dar dons a igreja? Paulo responde em 1º Co 12:4
– 7 , o Espírito Santo. O mesmo Espírito que distribui a palavra da
sabedoria, é o mesmo Espírito que distribui o governo desta igreja.
Agora, Paulo entende que Deus não somente concede dons, mas
também capacita-nos para fazer parte do ministério da nova aliança.
Paulo entende que nas mãos de Deus está todo o controle de sua igreja –
ele distribui dons e capacita aqueles que o recebe.
Vamos ter coragem de refletir: “Essa tem sido a realidade da igreja da pós
modernidade?”
Ramificações do Cristianismo
Como mencionei a cima, a igreja tem sofrido grandes mudanças na
característica de seu governo no decorrer dos tempos.
Igreja Apostolica
Igreja católica
Ramo Protestante
A Igreja Assembleia de Deus é somente uma parte dessa ramificação religiosa, que
iniciou em 1517 e continuará ate a volta de Jesus.
Por essa razão, que há diferença na atuação ministerial de igreja para igreja, devido de
qual ramificação e ideologia teológica que esse movimento surgiu.
Texto complementar 2
“Sei que o diaconato é uma ordenança divina, mas hoje, quando se fala nesse cargo a
maioria das pessoas só pensa em alguém para cuidar da ordem dos cultos.”
Origem
No Novo Testamento os diáconos apareceram pela primeira vez na igreja de
Jerusalém. Conforme vemos em Atos 6:1-6, as viúvas helenistas estavam sendo
esquecidas na distribuição diária. Uma murmuração começou a surgir. Fazia-se
necessário tomar prontas medidas para restaurar a paz e a harmonia entre os crentes.
Foi então que “o Espírito Santo sugeriu um método pelo qual os apóstolos poderiam
ficar isentos da tarefa de repartir com os pobres ou tarefas similares, pois deviam ser
deixados livres para pregar a Cristo.” Assim surgiu o ofício cristão do diaconato. “Sete
homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria”, foram escolhidos para
auxiliarem os apóstolos. A decisão agradou a igreja. Após a imposição das mãos,
saíram eles para cumprir sua função. Sabemos que fizeram um bom trabalho pelos
resultados que se seguiram: “crescia a palavra de Deus e, em Jerusalém, se
multiplicava o número dos discípulos, também muitíssimos sacerdotes obedeciam a fé”
(Atos 6:7).
(1) Promover a paz nas igrejas. Algo que tornou necessária a criação do diaconato ,
como vemos no capítulo 6 de Atos, foi a proteção e a promoção da paz interna na
igreja. Não sabemos até que ponto a igreja de Jerusalém estava dividida. Certo é que a
murmuração tomava proporções perigosas. Os diáconos pelo seu zelo e amor
desprendido conseguiram curar a ferida e restaurar a harmonia. O grande e principal
dever do diácono nas igrejas neotestamentárias é defender e promover a
camaradagem entre os irmãos.
(3) Promover o bem-estar dos crentes. Outro objetivo claro na eleição dos primeiros
sete diáconos foi a promoção do bem-estar dos que faziam parte da igreja. Os
membros precisavam e ainda precisam saber que são amados e apreciados de uma
maneira real. Necessitam ser atendidos em suas necessidades básicas de alimento,
vestuário e moradia. Algumas vezes necessitam instrução e encorajamento. Os
diáconos nisto podem prestar excelente serviço.
(4) Dar um testemunho mais eficaz. Vê-se claramente que se criou o diaconato para
que a igreja pudesse testemunhar mais eficazmente do poder do evangelho. Esta será
sempre a empolgante finalidade de toda atividade eclesiástica. O plano deu certo, pois
“a palavra de Deus crescia, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos
discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedeciam a fé” (Atos 6:7). Estas palavras
nos fazem ver que há uma promessa divina para toda igreja que conservar e usar
devidamente o ofício do diaconato.
(5) Reforçar a liderança. A maior justificativa para a criação do diaconato está no fato
de contribuir ele no sentido de fortalecer a liderança. Não importa qual a habilidade
diretora que o diácono possui ele deve lembrar-se que está contribuindo para maior
eficiência da liderança de sua igreja local. Nem todos os diáconos lideram. Mas todos
eles devem ser exemplares, e podem desenvolver-se em força e excelência.
“Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e
de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço.”
“Boa reputação”. A palavra grega usada no livro de Atos para “boa reputação” é muito
interessante. Quer dizer: “pessoas de quem os homens falam somente coisas boas.”
Os homens eleitos para o diaconato devem ser pessoas de boa reputação no consenso
popular.
“Homem de negócios”. A escolha dos primeiros sete indica que eles foram escolhidos
pelos apóstolos para uma tarefa específica: “aos quais encarregaremos deste serviço”.
O serviço era de natureza material, o cuidado dos pobres e necessitados, mas com um
profundo objetivo espiritual. Sem levar muito longe o significado atual do termo pode-se
afirmar que os sete eram homens de negócios. Qualquer serviço que seja necessário
para o bem estar dos membros e para colaborar na pregação do evangelho deve estar
na preocupação dos diáconos.
Desenvolvimento
Procuraremos agora sucintamente analisar o diaconato através da história. Segundo
Hermann W. Beyer sua atuação ao longo dos séculos tem sempre sido atender o
serviço divino no culto público e o serviço externo na comunidade. Entretanto em cada
época algumas características se salientaram. Nos dias apostólicos a principal função
dos diáconos era a administração e os serviços práticos. Tinham eles sob seus
cuidados a supervisão da distribuição dos fundos para as viúvas, para os órfãos e para
os comprovadamente pobres.
De uma carta do Bispo Cornélio de Roma escrita em c. 251 d.C. sabemos que naquela
época sob a supervisão de um único Bispo havia 46 presbíteros e 7 diáconos na cidade
de Roma. Nessa cidade sua influência foi particularmente expressiva devido à sua
associação com o papa. O crescimento da influência dos diáconos deu lugar contudo à
abusos. Tanto que já no Concílio de Nicéia (325; can. l8) seus poderes foram limitados,
e o Concílio de Toledo em 633 e o Sínodo de Trullan em 692 tiveram que salientar sua
inferioridade hierárquica ao presbitério. Sua influência diminuiu consideravelmente
durante a Idade Média.
Nessa época o “serviço de amor” foi substituído pela busca do ganho financeiro e pela
preocupação com a hierarquia. Os diáconos passaram a considerar as atividades do
culto público como mais importantes do que o atendimento aos pobres e doentes. A
influência do diaconato diminuiu consideravelmente durante a Idade Média, e na
maioria das igrejas episcopais ocidentais nos tempos modernos tem se tornado
simplesmente um estágio na preparação para o sacerdócio.
Na Igreja Batista e nas Igrejas Congregacionais aos diáconos são confiadas funções
mais definidamente espirituais. Eles auxiliam ao pastor e também distribuem os
elementos na Comunhão.
Vemos assim a importância que era dada aos diáconos no passado. Entretanto
observa-se nas últimas décadas nas igrejas cristãs o seguinte quadro: muitos diáconos
se sentem inferiorizados nesse ofício e necessitam de uma visão mais clara de seus
elevados privilégios.
A importância do cargo
O diaconato é uma importante função dentro da igreja Cristã. Ao lado do ministério da
Palavra é o único cargo que recebe a ordenação Bíblica. Mas analisemos com
franqueza: nas nossas igrejas hoje, há muita gente que ocupa posições de
responsabilidade. São professores da Escola Dominical, diretores de departamentos,
participantes do coral e de muitas outras atividades. Muitas vezes essas pessoas
dedicam muito mais tempo à igreja do que mesmo os diáconos. Há necessidade de um
ofício que dê honra a uns poucos quando a vasta maioria das pessoas que realizam os
trabalhos da igreja não estão incluídos neste ofício?
Há quem sugira que se constitua diácono a todo aquele que exerce algum ofício na
igreja, seja homem ou mulher. Embora seja um pensamento estranho à princípio, seu
raciocínio é correto. Os diáconos devem estar envolvidos em tudo aquilo que seja
essencial para o desempenho da missão da igreja. Se este não é o caso
provavelmente os diáconos não estão cumprindo com sua legítima função
escriturística.
Outros porém vão para o extremo oposto. Sugerem que o ofício do diaconato não é
mais relevante hoje. Seria esse o caso? Cremos que não. Vejamos a seguinte citação:
“É necessário que a mesma ordem e sistema sejam mantidos na igreja agora como nos
dias apostólicos. A prosperidade da causa depende grandemente de serem seus vários
departamentos conduzidos por homens hábeis, qualificados para suas posições. Os
que são escolhidos por Deus para serem líderes em Sua causa, tendo
a supervisão geral dos interesse espirituais da igreja, devem ser aliviados, tanto quanto
possível, de cuidados e perplexidades de natureza temporal. Aqueles a quem Deus
chamou para ministrar em palavra e doutrina devem ter tempo para meditação,
oração, e estudo das Escrituras. Seu claro discernimento espiritual é diminuído ao
entrarem em mínimos detalhes de negócios e no trato com os vários temperamentos
da pessoas que se reúnem em qualidade de igreja. É próprio que todos os assuntos de
natureza temporal se apresentem perante os oficiais qualificados e sejam por eles
ajustados. Mas se soa de caráter tão difícil que frustre sua sabedoria, devem ser
levados ao conselho daqueles que têm a supervisão de toda a igreja.” (História da
Redenção, p. 260, 261).
Do transcrito acima vemos que há uma tarefa muito importante confiada aos diáconos,
que os anciãos e pastores não devem fazer em seu lugar. Robert E. Naylor assim se
expressou: “De acordo com o Novo Testamento, nada há que melhor multiplique a
eficiência do púlpito do que um grupo de diáconos trabalhando fiel e lealmente para
cumprir diligentemente a tarefa que a igreja lhes confiou.” Valorizemos, pois, esse
ofício de todas as maneiras possíveis.
Como são escolhidos? Um homem pode possuir todas as qualificações para o cargo e
ainda assim não servir como diácono. A igreja é quem escolhe os diáconos. Não é a
pessoa que decide se tem ou não qualidades para ser um diácono. Como é um serviço
que está sendo oferecido necessário se faz um chamado. É recomendável que a
comissão da igreja ou o grupo que está encarregado de apresentar as indicações para
os novos cargos, façam um minucioso exame de todos os nomes que aparecem no rol
de membros da igreja, a fim de descobrir quais irmãos tem condições de preencher
esse cargo. A seguir, então, podem apresentar esses nomes para que a igreja os
aprecie.
Algo a ser lembrado é que a escolha deve ser feita pela congregação, e não apenas
por um grupo da igreja. Deve ser feito de modo democrático, permitindo aos eleitores
expressarem seu pensamento quanto ao exercício do cargo daquele que está sendo
indicado para essa responsabilidade. Além disso deve haver um espírito de oração, um
desejo sincero de seguir as orientações do Espírito Santo.
O método mais comum para a escolha desses oficiais da igreja é através da indicação
pela comissão de nomeações. Uma comissão especial eleita para a ocasião, ou uma
comissão permanente (como muitas igrejas costumam ter), apontam os nomes para
que a igreja os escolha. Este método apresenta algumas vantagens sobre os demais. A
comissão é representativa dos membros da igreja e eleita pela igreja. Os membros
desta comissão sabem que suas considerações deverão ser de molde a fortalecer a
igreja sem qualquer tendência para preferências pessoais ou de grupo. Esta comissão
de nomeações pode por sua vez ser apontada pela atual comissão da igreja, pelo
pastor, ou por uma comissão especial apontada diretamente pelos membros da igreja.
Mas vale lembrar que tanto para se constituir esta comissão como para se aprovar os
nomes apontados por ela, a igreja é quem deve proceder a eleição, através do voto da
maioria de seus membros numa reunião convocada para isso. Sempre será mais
democrático apontar pelo menos o dobro dos nomes que deverão afinal serem
escolhidos, para então proceder a votação pela igreja.
A ordenação deve ser conduzida por um ministro ordenado e pode consistir numa
breve referência à função do diácono, às qualidades requeridas desse servidor e aos
principais deveres que estará autorizado a desempenhar na igreja. A seguir procede-se
a imposição de mãos. A oração de ordenação comumente é feita pelo pastor mas este
pode convidar um dos Anciãos da igreja para fazê-la, de preferência consultando os
ordenados para isso. A oração com imposição das mãos é um sinal de reconhecimento
de uma instituição divina e de aceitação e encorajamento num maravilhoso
companheirismo.
definidos a fim de que eles possam saber o que se espera deles, e corresponder à
altura. Diáconos valorizados farão grandes coisas pela igreja e para Deus.
Grande cuidado deve ser exercido quanto ao destino a ser dado a qualquer sobra de
pão ou vinho depois que todos tenham participado desses emblemas. A sobra do vinho
que haja sido abençoado deve ser derramada na terra. A sobra de pão que tenha sido
abençoada deve ser queimada. Na celebração da ordenança do lava-pés, os diáconos
ou as diaconisas provêm toalhas, bacias, água (morna ou fria, conforme o exigir a
estação), baldes, etc. Depois da cerimônia, devem cuidar de que os objetos usados
sejam lavados e repostos em seu devido lugar.
A cerimônia batismal
Os diáconos devem ajudar nas cerimônias batismais, cuidando para que o tanque
batismal com antecedência seja cheio com água e também aquecido quando
necessário. Podem auxiliar muito a fim de que a cerimônia inicie à tempo e em ordem.
Convém que os diáconos e diaconisas, respectivamente auxiliem os homens e as
mulheres que irão se batizar a vestirem suas becas e assentarem-se no lugar
devidamente reservado para eles na igreja. Durante o batismo podem orientar os que
irão se batizar quanto ao momento e o modo de entrarem no tanque batismal. Se uma
pessoa inválida ou muito pesada exigir o auxílio de alguém mais dentro do tanque, um
diácono poderá auxiliar o pastor que está batizando. Quando os batizandos saem do
batistério os diáconos e diaconisas os encaminham ao local apropriado para estes
Quando a plataforma entra para o culto público os diáconos podem entrar junto com
eles para recolherem as ofertas. Devem procurar percorrer os bancos ao mesmo tempo
demonstrando assim cuidado e esmero no que fazem. Após recolherem as
contribuições é adequado postarem-se à frente da igreja para ser pronunciada uma
oração pedindo as bençãos de Deus sobre os ofertantes e as ofertas. Bom hábito é
dois ou mais diáconos contarem as ofertas e então as entregarem ao tesoureiro
recebendo dele um recibo em nome da congregação. Mas a contagem não deve ser
feita na hora do culto.
Frequência aos cultos. A presença dos diáconos em todos os cultos públicos da igreja
é muito importante. Eles tem sempre algo a fazer nos cultos públicos e por isso sua
ausência prejudica mais a congregação do que a ausência de qualquer outro membro.
Além do mais é bom lembrar que os únicos oficiais da igreja mencionados no Novo
Testamento são o pastor e o diácono. Ele deve se interessar por todas as atividades da
igreja fazendo juz ao lugar de honra para o qual foi eleito.
Quando o pregador apontado não comparece à tempo e nenhum ancião está presente
é de se esperar que o diácono tenha algo espiritual a repartir com os membros que ali
se encontram. O diácono deveria estar sempre preparado para repartir algum
conhecimento da palavra de Deus.
A comissão de finanças
Outro assunto que tem muito a ver com os diáconos é a comissão de finanças da igreja
local. Embora os seus membros (geralmente eleitos pela comissão da igreja) não
sejam exclusivamente diáconos é natural que muitos deles o sejam. Quando a própria
comissão da igreja deseja se constituir na comissão de finanças é recomendável
convidar alguns diáconos experientes para colaborarem nessa atividade especial. A
comissão de finanças é quem elabora o orçamento das receitas e despesas da igreja
para o ano seguinte. Seu trabalho deve levar em consideração o relatório das
despesas do ano anterior apresentado pelo tesoureiro. Devem também considerar
atentamente as necessidades da igreja conforme apresentado pelos líderes de
departamentos e também pelo pastor. Então o orçamento deve ser apresentado à
igreja para ser discutido por ela. Qualquer membro da assembléia pode pedir
Igreja assembleia de Deus – Bairro da Penha
Pr. Luiz Manoel P. Rocha Página 27
Curso para Diáconos
Programa de evangelização
Toda e qualquer organização cristã tem como dever primordial levar avante a grande
comissão de Jesus: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os
em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as
coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a
consumação do século” (Mateus 28:19-20). Este é o maior dever de todas as igrejas
cristãs. Por isso o diácono deve sentir ser seu primeiro dever ser um ganhador de
almas com os talentos que lhe foram confiados por seu mestre.
Podem escolher uma noite da semana para que os membros da igreja de dois em dois
busquem ganhar alguém para Cristo. Podem se envolver na visitação à amigos
procurando simpatizar com eles e também estudar a Bíblia com eles. Podem também
organizar um grupo de oração intercessora por aqueles que estão próximos de uma
decisão pela verdade.
a questão pelo menos a família sentirá que a igreja cuida e se preocupa pelo bem estar
deles.
Apoio à igreja
Os diáconos devem ter a firme convicção de a igreja é uma instituição ímpar. Fundada
por Jesus, e movimentando-se sob sua orientação pessoal, ela merece toda a lealdade
deles. Crer nas doutrinas Bíblicas, devolver um dízimo fiel, viver uma vida exemplar na
família e na sociedade são algumas das maneiras pelas quais os diáconos apoiam a
igreja. Ao estar participando de comissões, dirigindo um departamento da igreja ou
contribuindo com algum trabalho necessário os diáconos estão demonstrando sua
lealdade à Cristo e Sua igreja.
Apoiar o pastor
O diácono deve sempre lembrar-se que o pastor é chamado por Deus para o ministério
da Palavra. Sendo que o diaconato foi criado por Deus para tornar mais eficiente o
ministério do pastor, é natural que este o apoie por todos os modos possíveis. Pode
haver ocasiões em que o pastor assuma uma atitude egoística e ditatorial. Mas mesmo
assim o diácono não deve opor-se ao seu trabalho. Poderá ir até ele em espírito de
amor e procurar fazer-lhe ver o seu erro. Mas jamais deve jogar a sua influência contra
o homem que Deus dirigiu para estar servindo a sua igreja. É importante lembrar que a
obra é de Deus e o próprio Deus cuidará do caso da melhor maneira e no momento
apropriado.
Os diáconos devem esperar de seu pastor certas coisas. Devem esperar que ele seja
fiel à Bíblia, e que pratique aquilo que prega, estando seu caráter de pleno acordo com
suas mensagens. Também o pastor, por sua vez, deve contar com as fervorosas
orações dos diáconos e com seu estímulo e animação para bem cumprir seu ministério.
Como pudemos ver acima, muitas são as responsabilidades de um diácono. Seu cargo
é de grande importância para a igreja local. O diaconato é tanto um ofício público como
privado. É um cargo e também uma dedicação de vida. É de atividade física mas de
natureza espiritual. É importante para o evangelismo e também para a conservação
dos membros. Nas visitas aos membros da igreja, nos cultos da congregação, no
trabalho de todas as organizações internas da igreja, o diácono não tem tempo a
perder. Ele é um herói. Sempre ativo, sempre ocupado, ele vai firmando cada vez mais
os seus passos na gloriosa carreira para a qual Deus e a sua Igreja o chamaram.
Equipe Biblia.com.br
Bibliografia: