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“Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua

dobre, não dado a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância.


Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si
uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo
Jesus.”

1 Tm 3:8, 13
Curso para Diáconos

CURSO DE DIACONO

Sumário

I - Deveres do diácono: 02
II - Qualificações do Obreiro em geral 2º Tm 3.2-16 02
III - Significado do termo Diácono 03
IV - Qualificações da escolha descrita em Atos, 1º Timóteo e Tito. 03
V - A Função Do Diácono Hoje. 04
VI - INDUMENTÁRIA APRESENTAÇÃO INDIVIDUAL. 05
VII - DIREÇÃO DO CULTO 05
VIII - Diversos: Preparo intelectual 05
IX - Preparo teológico: 06
Texto complementar 2
O termo no Novo Testamento 08
Uma Diaconia A Serviço Do Próximo 09
Modelo do ministério deixado por Cristo 09
Hierarquia Vertical e Horizontal 11
Ramificações do Cristianismo 15
Texto complementar 2
O diaconato à luz do Novo Testamento 18
Origem 18
O termo no Novo Testamento 18
Função e objetivo do ofício 19
Qualificações para o diaconato 20
Desenvolvimento 21
O Diácono nos tempos pós-Apostólicos 21
Os Diáconos em nossos dias 22
A importância do cargo 22
Escolha dos Diáconos 23
Valorização dos Diáconos 24
Deveres dos Diáconos 25
A cerimônia batismal 25
A coleta de dízimos e ofertas 26
Recepção aos visitantes 27
Os diáconos devem ser conhecidos como as pessoas mais simpáticas 27
da igreja
Cuidado do templo, manutenção ou construção 27
A comissão de finanças 27
Programa de evangelização 28
Visitação aos membros 28
Apoio à igreja 29
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Curso para Diáconos

CURSO PARA DIÁCONOS


Texto base:

“Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito
vinho, não cobiçosos de torpe ganância.
Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e
muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.”
1 Tm 3:8, 13

I - Deveres do diácono:
 V8 – respeitáveis, sinceros, não dado ao vinho, não cobiçosos de torpe
ganância; (v. 8)
 V9 - Guardando o mistério da fé numa consciência pura. (v.9)
 Ser primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis. (v.10)
 Da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis
em tudo. (v. 11).
 Maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias
casas. (v. 12).
 os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e
muita confiança na fé que há em Cristo Jesus. (v. 13)
 Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa. (v. 14)
 Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a
igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade. (v. 15).

II - Qualificações do Obreiro em geral 2º Tm 3.2-16


Embora o diácono seja um ministério especifico, o diácono é uma missão de todo o
crente.
 Os diáconos são auxiliares diretos do pastor. (Fp 1. 1)
“Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão
em Filipos, com os bispos e diáconos:”

 Devem ser homens exemplares – At 6.1-5


“Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos
gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério
cotidiano.
E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós
deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.
Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito
Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e
do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau,
prosélito de Antioquia. “

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 O senhor Jesus o maior exemplo de como servir – Mt 20.26-28


“Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja
vosso serviçal;
E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo;
Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a
sua vida em resgate de muitos.”

No primeiro século da era cristã a igreja cresceu sob o avivamento do espírito santo e
expandiu-se pelo mundo. Na mesma medida em que cresceu, surgiram também
problemas na esfera social, demandando urgentes providencias. Por uma sábia e
unânime decisão, em assembleia, à igreja de Jerusalém escolheu sete homens de
moral ilibada e cheios do Espírito santo, para administrarem esse importante negócio.

III - Significado do termo Diácono


“Diácono” vem de uma palavra grega (diakonos) que é encontrada algumas 30 vezes
no Novo Testamento. (do grego antigo διάκονος, "ministro", "servo", "ajudante").
Em sua vida térrea Jesus demonstrou o verdadeiro sentido de diácono em todos os
seus aspectos:

 Foi apóstolo de nossa confissão – Hb 3.1


 Profeta – Lc 24.19
 Evangelista - Lc 4. 18-19
 Pastor – Jo 10.11
 E principalmente DIACONO – Mt 20.28
o “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir
(diakonos) , e para dar a sua vida em resgate de muitos”.

Não há atitude mais comovente do nosso Senhor como o relato do lavar-pés,


denotando serviço, exemplo e humildade. A diaconia da toalha e da bacia é a
convocação cristocentrica para uma vida de serviço humilde. ( Jo 13.12-17; Fp 2.6-7 ).
Obs. Gr. Diáconos, segundo o dicionário Vine, se refere aquele que presta trabalhos
voluntários.
Outra palavra grega relacionada a diacono é δουλος ( doulos ), esta refere-se a um
servo ou um escravo. ( Mt 13. 27, 28 ; Jo 4.51 ).

IV - Qualificações da escolha descrita em Atos, 1º Timóteo e Tito.

a) Carater moral – 1º Tm 3.8


i. “Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não
dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância”.

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1. Obs. língua dobre - palavra de origem grega, que quer dizer: De


uma só palavra. Não ser fingido.
b. Devem ser pessoas honradas, dignas, corretas e integras. Não pode
haver língua dobre, isto é, a sua palavra deve ser sim, sim, não, não. A
ganancia por dinheiro deve passar longe da sua vida, pois sua função é
exatamente a de executar trabalhos administrativos da igreja local, local
como auxiliar nas tarefas do culto.
b) Caráter Espiritual 1º Tm 3.9,10
i. “Conservando o mistério da fé em uma consciência pura.
Também estes sejam primeiro provados; depois exercitem o diaconato,
se forem inculpáveis.”
Ter a plena convicção do que é crer no evangelho. Rm 16.25. Por isso, a
liderança de igreja local deve avaliar o candidato ao diaconato levando
em conta o seu caráter moral e espíritual.
c) Caráter Espiritual 1º Tm 3.12
i. “Os diáconos devem ser esposos de uma só mulher, que governem bem
a seus filhos e as suas casas.”
O candidato deve ser marido de uma só mulher, fiel a sua esposa e bom
pai. A exemplo dos bispos, os diáconos devem ser zeloso com seu lar.
Devem respeitar os filhos para obter deles o mesmo respeito.

V - A Função Do Diácono Hoje.

Atualmente, a função do diácono e de auxiliar a igreja local através das orientações do


seu pastor em atividades ligadas:

1) Funções diversas:
a. Visitar os enfermos,
b. Visitar os necessitados
c. Visitar desviados,
d. Cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto como:
i. Distribuir os elementos da ceia do Senhor;
ii. Recolher ofertas e outras contribuições, como dízimos;
iii. Auxiliar na ordem na segurança da liturgia do culto;
iv. Outras tarefas já mencionadas.
2) Nossas Particularidades:
a. Diáconos que recebem a oportunidade de dirigir uma congregação devem
ser obter aos princípios ministeriais:
i. Não ungir enfermos;
ii. Não celebrar ceia;
iii. Não terminar culto com benção apostólica;
iv. Ao chegar em outras congregações lembrar que continua sendo
diácono, e esta atento as atividades da função.
v. Apresentação de crianças – deve passar pelo pastor-presidente,
para autorizar os diáconos dirigentes de congregação.

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b. Os demais diáconos que não são dirigentes, também continuam sendo


diáconos em outras congregações, por isso estarem atentos a suas
atividades.
c. Diácono não faz noivado, nem faz celebra batismo em águas. Na
cerimonia de batismo, o diácono continua sendo diácono, sendo assim
necessário que ponha-se à disposição em auxiliar os ministros.
d. Em serviço, orar de olhos a bertos.
e. Ter respeito com as ofertas e dízimos, não tendo pressa para o
recolhimento das dadivas. Ergue a salva e ore para que todos vejam que
a sua dadiva é valorizada.
f. Lembre-se: os cooperadores aprendem em geral com seus lideres, mas
o exemplo mais próximo são os diáconos.
g. Na celebração da ceia, por ordem, o posicionamento em frente ao púlpito
começa com os diáconos, e logo a os cooperadores. (caso haja
necessidade). Não tenha pressa em servir a ceia do senhor, aguarde o
ministro que lhe fara sinal aproxime-se e conforme as instruções e diga:
este é meu corpo que foi partido por vós, este é o sangue da nova
aliança. EXERCICIO PRÁTICO.

VI - INDUMENTÁRIA APRESENTAÇÃO INDIVIDUAL.


É necessário o obreiro estar:
 bem vestido – camisa adequada, calça, blusa e gravata.
 Higiene pessoal: Mãos limpas, unhas cortadas, barba feita, cabelo cortado.
 Cuidado com:
 Detalhes na barba;
 Calça super apertada;
 Corte de cabelo extravagante.

VII - DIREÇÃO DO CULTO


 Mantenha-se tranquilo, Deus esta com você.
 Evite:
 Brincadeiras no púlpito, pois se assim o fizer ninguém também te levara a serio.
 Cantar diversos hinos, você já esta dirigindo o culto. Se tiver pessoas,
individualize as oportunidades, quando o contingente for maior, priorize os
conjuntos.
 Sobre o Microfone:
 Colocar o microfone muito próximo a boca. O microfone tem uma distancia
regulamentar de sua boca não grite, para isso você já esta usando o aparelho
para que todos te ouçam.
 Não esmague o cabo do microfone, pois, os fios internos são frágeis;
 Não bater no microfone para testa-lo, teste-o falando.

 Procure chamar as pessoas pelo nome;


 Esteja atento ao horário;

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VIII - Diversos:
 Ao obreiro, é necessário disponibilizar-se em atender as congregações que
compõem o campo. Sua função requer tal disponibilidade.
 Preparo intelectual:
 Nos dias atuais é uma exigência e necessidade que o ministro tenha
conhecimento pelo menos do ensino fundamental.
 É importante que o obreiro possua um bom preparo teológico.

IX - Preparo teológico:
A igreja disponibiliza de um curso teológico em suas dependências e este aprovado
pela CGADB e CEC e convenções estaduais. Além de ser aceito em diversos países.
O conhecimento teológico:
 te capacitara a entender com mais profundidade as doutrinas bíblicas e melhorar a
vida espiritual ;
 e quem desejar ir mais além no ministério necessitara de comprovação junto aos
órgão eclesiásticos.
 preparo espiritual.
Não retroceda, continue regando a sua vida com oração, jejum, humildade, amor,
santidade, fé, perseverança, obediência, etc...

Conclusão:
Concluo, desejando a todos os diáconos e cooperadores um ministério profícuo e de
longa vida espiritual, cheio de fervor e do Espírto Santo e que Deus nos abençoe.
Amém.
“Este é o fim do discurso. Já tudo foi ouvido: teme a Deus e observa os seus mandamentos,
porque isto é o tudo do homem.
Pois Deus trará a juízo todas as obras, mesmo as que estão escondidas, quer boas, quer más”.

Eclesiastes 12:13,14

Pr. Josias Silva

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Texto Complementar 1
Pb Jefferson C. S. Lima

O termo no Novo Testamento

A palavra no grego διάκονος, (DIÁKONOS) é “ministro”, “servo”, “ajudante”


e denota uma categoria de obreiro assistencial, cerimonial, preservador,
orientador, servidor etc.

No Novo Testamento o termo diakonía aparece 34 vezes, e a forma verbal


diakonéo, “servir”, aparece 37 vezes, e o substantivo diáconos, 29 vezes.

Em Atos 6:2 lemos: “Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e


disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir
às mesas”.
Aqui encontramos a palavra DIAKONEIN que significa “servir”,
particularmente “servir as mesas”. Este é o significado original da
palavra “diácono”.
O vocábulo diakonein nesse texto, tratando apenas de “servidores”
incumbidos de distribuir os fundos às viúvas necessitadas, o mesmo
que servir a mesa. A expressão servir às mesas corresponde à
administração de fundos para o serviço social.
Uma Diaconia A Serviço Do Próximo.
Ao olharmos o termo no orginal grigo - διάκονος, (DIÁKONOS), obeservamos que diácono
vai além de um oficio ministerial ou cargo, diácono é um dom dado para servir o próximo.
Paulo deixa isso bem claro em Romanos 12:6-8:

“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é
profecia, seja ela segundo a medida da fé;
Se é ministério (Gr: διάκονος -> DIÁKONOS), seja em ministrar; se é ensinar,
haja dedicação ao ensino;
Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com
liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com
alegria.” Romanos 12:6-8

Por ser um dom de serviço, o exercício da diaconia inicia-se na igreja primitiva, antes
de Atos 6:1-7, aqui temos o inicio da diaconia como um oficio, mas o exercício do
serviço cristão inicia-se antes, mesmo após ser oficializado publicamente o oficio
diaconal, o exercício da diaconia não ficou restrito aos oficiais, mas, a igreja continuava
no exercício do serviço, isto porque, a diaconia sendo um dom de serviço, não esta
restrito a um grupo especifico, mas a todos quanto o Espírito Santo quer.
Observe:

 Diaconia de Jesus Cristo


o Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir
(diakonos) , e para dar a sua vida em resgate de muitos”.

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o Não há atitude mais comovente do nosso Senhor como o relato do lavar-


pés, denotando serviço, exemplo e humildade.
o A diaconia da toalha e da bacia é a convocação cristocentrica para uma
vida de serviço humilde. ( Jo 13.12-17; Fp 2.6-7 ).
Obs. Gr. Diáconos, segundo o dicionário Vine, se refere aquele que presta
trabalhos voluntários.
Outra palavra grega relacionada a diacono é δουλος ( doulos ), esta refere-se a
um servo ou um escravo. ( Mt 13. 27, 28 ; Jo 4.51 ).

 Diaconia na igreja Primitiva – (At 4:32-37)


o Na igreja não havia necessitados algum, aqui vemos o exercício da diaconia,
uns servindo aos outros;
 Diaconia de Dorcas – At 9:36-43
O que dorcas fazia de tão especial para seu nome constar na Biblia sagrada e
para que sua morte comovesse uma sociedade?

“...e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e


roupas que Dorcas fizera quando estava com elas.” Atos 9:39

Essa mulher exercia a diaconia, fazendo vestido para viúvas

 A Diaconia de Febe - (Rm 16:1,2)


o O que essa mulher fazia de tão nobre para ser citada pelo Apostolo Paulo?
Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está
em Cencréia,
Para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis
em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a
muitos, como também a mim mesmo.
Romanos 16:1,2

Ela exercia a diaconia, hospedando a muitos, como fez com o próprio apostolo
Paulo.

 Diaconia de Maria. ( Rm 16:3)


o Saudai a Maria, que trabalhou muito por nós. Romanos 16:6

Todos esses e tantos outros, exerceram a diaconia, mesmo não sendo oficiais
credenciados.

O Exercício da diaconia precede a credencial e ao cargo.

“ Estamos mais preocupados em Credenciais que em servir”.

O ministério de Cristo foi centralizado no Servir. Dando-nos o exemplo, Cristo serviu as


Pessoas. Independendo da classe social, do gênero da etnia, ele serviu a todos, mostrando
que sua igreja seria a igreja do serviço ao próximo. Jesus Cristo amava as pessoas, se doou
pelas pessoas, investiu tempo em pessoas e serviu as pessoas. Ser ministro é isso, este
disposto a servir as pessoas.

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“ Diaconia é mais que um cargo, é uma missão, é um ministério, é servir ao próximo”.

“Quem não estiver disposto a doar-se pelas pessoa, não terá condições em exercer a
diaconia”

Modelo do ministério deixado por Cristo

Já vimos, que o ministério de Cristo foi centrado em servir as pessoas. A diaconia da


toalha, o alimentar pessoas na multiplicação dos paes e peixe, curar, libertar, ensinar,
salvar perdidos, foram alguns dos serviços exercido por Cristo, em seu ministério
terreno.

Cristo não estabeleceu um modelo vertical de ministério. Um ministerio que nos


coloasse a cima, mas o modelo ministerial deixado por cristo, é o modelo horizontal,
onde fomos postos lado a lado, para desenvolvermos um serviço mutuo. Então, o
ministério deixado por cristo, não nos coloca em um pedestral, mas nos faz ser servo.

“ Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser
príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de
autoridade sobre eles;
Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande,
será vosso serviçal;
E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos.
Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e
dar a sua vida em resgate de muitos.” (Marcos 10:42-45).

Todo o sentimento de grandeza que tenta me seduzir, convencendo que estou a cima
de um diácono pelo fato de ser um presbítero, não pode ser um sentimento gerado pelo
Espírito de Deus. Todo desejo de grandeza que me move a crescer ministerialmente
ao ponto de prejudicar outros, não é um sentimento Cristão, mas um sentimento
mundano. Nunca crescerei no ministério de Cristo, porque esse cristo não deixou
degraus para que possa subir, mas deixou pessoas para eu servir. O Sentimento de
Cristo em mim, me instiga a ser servo, como Nosso cristo foi servo.

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-
se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E,
achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e
morte de cruz.
Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo
o nome.” ( Filipenses 2:5-9)
Meu sentimento quer eu seja grande e suba ao pódio, o sentimento de Cristo o fez ser
pequeno e descer, esvaziar-se e fazendo-se semelhante a homem.

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Pastor

Evangelista
Presbítero

DIACONO

Hierarquia Vertical

Esse não é o modelo de ministério deixado por Jesus cristo

Hierarquia Horizontal

Entendemos, que o modelo hierárquico deixado por Cristo, é o modelo o qual, há uma
única cabeça comandando um único corpo Sendo assim, o maior grau hierárquico
seria a cabeça – Cristo, o corpo diferencia-se em funções especifica e não em grau de
superioridade. Trabalhando em conjunto em prol de um único objetivo. (1º Co 12:27-
31, Ef 4:1-11, 5:23).

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Hierarquia Horinzotal

Já na igreja apostólica, o governo da igreja e todo o ministério já estava estabelecido.


Mas, o governo da igreja e seu ministério, sofreu grandes mudanças no decorrer dos
tempos, deixado seus aspectos iniciais. Paulo mostra que os oficiais da igreja são
capacitados e vocacionados pelo próprio Deus:

 Efésios 4:10-12 - Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os
céus, para cumprir todas as coisas.
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e
outros para pastores e doutores,

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Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do


corpo de Cristo;

Observemos o texto quando diz que “ E ele (Cristo) deu uns para ...” . É
Cristo, pelo seu Espírito que distribui o ministério no corpo da igreja.

 1 Coríntios 12:27-31 - Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.
E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em
terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades
de línguas.
Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos
operadores de milagres?
Têm todos o dom de curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos?
Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais
excelente.

Neste texto, Paulo faz menção que que os irmãos da igreja de Corinto
eram individualmente membros do corpo de Cristo. Ele continua
mostrando que “ A uns (e não todos) pôs Deus na igreja...” . Observemos,
que mais uma vez, Paulo faz menção que Deus esta no controle da
escolha e capacitação dos que estarão a serviço dos santos.

 Romanos 12:5-8 – “Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas
individualmente somos membros uns dos outros.
De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja
ela segundo a medida da fé;
Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que
preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.”

Aqui, para a igreja de Roma, Paulo mostra que “... assim como em um
corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma
operação,
(Rm 12:4), essa citação é a mesma de 1º Corintios que nem todos os
membros tem a mesma operação, mesma vocação ou mesmo dom. O
ensino, exortação, presidir, cuidar ... Paulo apresenta com sendo dons, e
quem se encarrega em dar dons a igreja? Paulo responde em 1º Co 12:4
– 7 , o Espírito Santo. O mesmo Espírito que distribui a palavra da
sabedoria, é o mesmo Espírito que distribui o governo desta igreja.

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 2 Coríntios 3:4-6 - E é por Cristo que temos tal confiança em Deus;


Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a
nossa capacidade vem de Deus,
O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra,
mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.

Agora, Paulo entende que Deus não somente concede dons, mas
também capacita-nos para fazer parte do ministério da nova aliança.

Paulo entende que nas mãos de Deus está todo o controle de sua igreja –
ele distribui dons e capacita aqueles que o recebe.

Vamos ter coragem de refletir: “Essa tem sido a realidade da igreja da pós
modernidade?”

Ramificações do Cristianismo
Como mencionei a cima, a igreja tem sofrido grandes mudanças na
característica de seu governo no decorrer dos tempos.

Para entendermos um pouco das diferentes estruturas dentro da igreja, é


necessário entendermos as várias faces da igreja ao decorrer dos tempos e
suas ramificações após a Reforma Protestante em 1517.

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Observe os movimentos que vieram após a reforma:

Igreja Apostolica

Igreja católica

Católica Brasileira Católica Brasileira

Ramo Protestante

Luteranos Calvinistas Anglicanos

Confisão Luterana Igreja Não


Luterana do Brasil Presbiteriana Conformistas

Batistas Metodistas Pentecostais NeoPentecostais

* Ass. Deus * Universal


* Ev. Quadrangualar * Comunidade Cristã
* Deus é Amor * Sara Nossa Terra
* Congregação cristã * Internacional da Graça
* Brasil para cristo *Renascer

A Igreja Assembleia de Deus é somente uma parte dessa ramificação religiosa, que
iniciou em 1517 e continuará ate a volta de Jesus.

Na lição Biblica da EBD de 2014, 2º trimestre, intitulada: Dons Ministeriais e Espírituais,


na pagina 83 encontramos:

que, o presbítero (anteriormente chamado „ancição‟) é o auxiliar do pastor.


Porém, em algums regiões, em campos de evangelização das Assembleias de
Deus, de certo modo, é-lhe dado cargo correspondente ao de pastor, one, na

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ausência deste, ele desempenha todas as funções pastorais: unge, ministra a


Ceia e batiza. Entre esses, há os que possuem a dignidade, capacidade e
verdadeiro dom de pastor. [...] Porém, na Convenção Geral de 1937, na Ad de
São Paulo (SP), foi debatida a questão sobre se os anciãos (presbíteros) não
poderiam ser considerados pastores. Os convencionais compreenderam citando
textos como I Pedro 5:1, Atos 20:28 e 1º Timoteo 5>17, que, em alguns casos,
parece haver uma diferença entre ancião e anciãos com chamada ao ministério,
e estabeleceram, assim, a hierarquia eclesiástica que até hoje existe na
Assembleia de Deus: Diáconos, Presbiteros e ministros do evangelho – Pastores
e Evangelistas. Nas Assembleias de Deus, embora o trabalho do presbítero
tenha a sua definição, passou a ser também visto como o penúltimo cargo a ser
exercido pelo obreiro, na sucessão das ordenações, antes de ser consagrado a
evangelista ou pastor. (revista da EBD – 2º trimestre de 2017 – pg 83.

Por essa razão, que há diferença na atuação ministerial de igreja para igreja, devido de
qual ramificação e ideologia teológica que esse movimento surgiu.

Presbítero Jefferson Carlos Souza Lima

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Texto complementar 2

O diaconato à luz do Novo Testamento

Extraído do site bíblia.com

“Sei que o diaconato é uma ordenança divina, mas hoje, quando se fala nesse cargo a
maioria das pessoas só pensa em alguém para cuidar da ordem dos cultos.”

Origem
No Novo Testamento os diáconos apareceram pela primeira vez na igreja de
Jerusalém. Conforme vemos em Atos 6:1-6, as viúvas helenistas estavam sendo
esquecidas na distribuição diária. Uma murmuração começou a surgir. Fazia-se
necessário tomar prontas medidas para restaurar a paz e a harmonia entre os crentes.

Foi então que “o Espírito Santo sugeriu um método pelo qual os apóstolos poderiam
ficar isentos da tarefa de repartir com os pobres ou tarefas similares, pois deviam ser
deixados livres para pregar a Cristo.” Assim surgiu o ofício cristão do diaconato. “Sete
homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria”, foram escolhidos para
auxiliarem os apóstolos. A decisão agradou a igreja. Após a imposição das mãos,
saíram eles para cumprir sua função. Sabemos que fizeram um bom trabalho pelos
resultados que se seguiram: “crescia a palavra de Deus e, em Jerusalém, se
multiplicava o número dos discípulos, também muitíssimos sacerdotes obedeciam a fé”
(Atos 6:7).

O termo no Novo Testamento


Em Atos 6:2 lemos: “Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e
disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às
mesas”. Aqui encontramos a palavra diakonein que significa “servir”, particularmente
“servir as mesas”. Este é o significado original da palavra “diácono”, embora a própria
palavra não seja aqui usada. O conceito de servir expresso por esta palavra é bastante
esclarecedor. Representa um serviço feito em genuíno amor, uma atividade
significativa para a edificação da comunidade.

No Novo Testamento o termo diakonía aparece 34 vezes, e a forma verbal diakonéo,


“servir”, aparece 37 vezes, e o substantivo diáconos, 29 vezes. Num sentido geral o
termo diáconos é aplicado para:

a) O “servo” de um rei (Mateus 22:13);


b) Ministros (Romanos 13:4; literalmente “diáconos de Deus”, isto é, aqueles através
dos quais Deus leva avante sua administração na Terra);
c) Paulo e outros apóstolos (1 Coríntios 3:5; 2 Coríntios 6:3; 1 Tessalonicenses 3:2);
d) Professores da religião cristã (chamados “diáconos de Cristo” em 2 Coríntios 11:23;
Colossenses 1:7; 2 Timóteo 4:6);
e) Cristo, chamado de “ministro da circuncisão” (literalmente, “diácono” – Romanos
15:8), como dedicando-se para a salvação dos Judeus;

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Pr. Luiz Manoel P. Rocha Página 18
Curso para Diáconos

No sentido técnico de um “cargo da igreja cristã” a palavra diakonos só aparece duas


vezes no Novo Testamento, em Filipenses 1:1 e em 1 Timóteo 3:8-13. Mais adiante
analisaremos mais atentamente essas passagens. Vale ressaltar que em nenhum
momento o uso da palavra transmite a ideia de inferioridade.

Função e objetivo do ofício


É geralmente aceito que a origem do diaconato se deu com a escolha dos “sete” como
auxiliares dos apóstolos. Mas não podemos saber com certeza qual era
especificamente o trabalho desses oficiais. Sua obra pode ser deduzida mais pela
função que assumiram mais tarde. Ao que parece esses oficiais atendiam as
necessidades individuais dos membros bem como os interesses financeiros da igreja.
Sua atuação foi muito importante para manter a igreja unida. As igrejas primitivas eram
sociedades de caridade, tomando conta das viúvas e órfãos, dispensando
hospitalidade aos estrangeiros e aliviando as necessidades dos pobres. A tarefa dos
diáconos era atender as necessidades dos pobres e dos doentes.

A escolha de homens para efetuarem os negócios da igreja, de modo que os apóstolos


pudessem ficar livres para seu trabalho especial de ensinar a verdade, foi grandemente
abençoado por Deus. O fato de terem sido estes irmãos ordenados para a obra
especial de olhar pelas necessidades dos pobres, não os excluía do dever de ensinar a
fé. Ao contrário, foram amplamente qualificados para instruir a outros na verdade; e se
empenharam na obra com grande fervor e sucesso. Dentre os objetivos do trabalho
dos diáconos podemos destacar os seguintes:

(1) Promover a paz nas igrejas. Algo que tornou necessária a criação do diaconato ,
como vemos no capítulo 6 de Atos, foi a proteção e a promoção da paz interna na
igreja. Não sabemos até que ponto a igreja de Jerusalém estava dividida. Certo é que a
murmuração tomava proporções perigosas. Os diáconos pelo seu zelo e amor
desprendido conseguiram curar a ferida e restaurar a harmonia. O grande e principal
dever do diácono nas igrejas neotestamentárias é defender e promover a
camaradagem entre os irmãos.

(2) Deixar desembaraçados os ministros. Numa igreja em franco crescimento como a


de Jerusalém, havia muito serviço a ser feito. Os diáconos foram escolhidos como
auxiliares dos apóstolos a fim de que estes pudessem se dedicar mais à oração e ao
ministério da Palavra. Se os diáconos foram necessários numa igreja de organização
simples e rudimentar como a igreja de Jerusalém, quanto mais são necessários hoje
nas grandes igrejas.

(3) Promover o bem-estar dos crentes. Outro objetivo claro na eleição dos primeiros
sete diáconos foi a promoção do bem-estar dos que faziam parte da igreja. Os
membros precisavam e ainda precisam saber que são amados e apreciados de uma
maneira real. Necessitam ser atendidos em suas necessidades básicas de alimento,
vestuário e moradia. Algumas vezes necessitam instrução e encorajamento. Os
diáconos nisto podem prestar excelente serviço.

(4) Dar um testemunho mais eficaz. Vê-se claramente que se criou o diaconato para
que a igreja pudesse testemunhar mais eficazmente do poder do evangelho. Esta será

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Curso para Diáconos

sempre a empolgante finalidade de toda atividade eclesiástica. O plano deu certo, pois
“a palavra de Deus crescia, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos
discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedeciam a fé” (Atos 6:7). Estas palavras
nos fazem ver que há uma promessa divina para toda igreja que conservar e usar
devidamente o ofício do diaconato.

(5) Reforçar a liderança. A maior justificativa para a criação do diaconato está no fato
de contribuir ele no sentido de fortalecer a liderança. Não importa qual a habilidade
diretora que o diácono possui ele deve lembrar-se que está contribuindo para maior
eficiência da liderança de sua igreja local. Nem todos os diáconos lideram. Mas todos
eles devem ser exemplares, e podem desenvolver-se em força e excelência.

Qualificações para o diaconato


Sendo que a obra dos diáconos é de interesse vital para a igreja, quais as qualificações
Bíblicas que se espera deles? Para responder a esta pergunta nos voltaremos para
Atos capítulo 6 e 1 Timóteo capítulo 3.
Antes, porém, uma palavra de esclarecimento. Embora todas as qualidades
apresentadas a seguir devam ser encontradas em todas as pessoas que são
separadas para esse ofício, nenhum diácono possui todas essas qualificações em
estado de perfeição. Espera-se que uma pessoa sincera e dedicada ao estar
trabalhando para Deus estará desenvolvendo suas habilidades constantemente.
Comecemos pelo texto de Atos 6:3:

“Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e
de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço.”

“Boa reputação”. A palavra grega usada no livro de Atos para “boa reputação” é muito
interessante. Quer dizer: “pessoas de quem os homens falam somente coisas boas.”
Os homens eleitos para o diaconato devem ser pessoas de boa reputação no consenso
popular.

“Cheio do Espírito Santo”. Estar cheio do Espírito Santo é estar completamente


entregue à sua direção. Significa sinceridade absoluta, dedicação de corpo e alma. Isto
constitui o chamado a uma dedicação total, a uma renúncia completa do próprio eu e
de tudo, ante a presença de Deus.

“Cheio de sabedoria”. Este vocábulo no Novo Testamento significa a sabedoria daquele


que é dirigido pelo Espírito Santo. Sabedoria aqui não significa que o diácono tem que
ser um homem letrado. Na verdade os homens somente escolhem bem quando se
entregam para serem dirigidos por Deus.

“Homem de negócios”. A escolha dos primeiros sete indica que eles foram escolhidos
pelos apóstolos para uma tarefa específica: “aos quais encarregaremos deste serviço”.
O serviço era de natureza material, o cuidado dos pobres e necessitados, mas com um
profundo objetivo espiritual. Sem levar muito longe o significado atual do termo pode-se
afirmar que os sete eram homens de negócios. Qualquer serviço que seja necessário
para o bem estar dos membros e para colaborar na pregação do evangelho deve estar
na preocupação dos diáconos.

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Curso para Diáconos

As necessidades e os problemas que os sete diáconos enfrentaram no primeiro século


da Igreja Cristã são ainda os mesmos deste nosso século. Essa é uma obra divina e
aqueles que são escolhidos para essa nobre função devem estar seguros de sua
elevada importância. No transcorrer da história deram eles mostras de sua relevância
para a igreja cristã. Se analisarmos o diaconato através da história veremos o quanto
eles foram importantes para o desenvolvimento da igreja e como cumpriram os seus
objetivos básicos.

Desenvolvimento
Procuraremos agora sucintamente analisar o diaconato através da história. Segundo
Hermann W. Beyer sua atuação ao longo dos séculos tem sempre sido atender o
serviço divino no culto público e o serviço externo na comunidade. Entretanto em cada
época algumas características se salientaram. Nos dias apostólicos a principal função
dos diáconos era a administração e os serviços práticos. Tinham eles sob seus
cuidados a supervisão da distribuição dos fundos para as viúvas, para os órfãos e para
os comprovadamente pobres.

O Diácono nos tempos pós-Apostólicos


Algum tempo depois dos tempos apostólicos a função do diácono passou a ser ajudar
o presbítero nas partes subordinadas do culto público e na administração dos
sacramentos. No período patrístico seu ofício era desempenhado até o fim da vida e
suas funções variavam de um lugar para outro. Além de seus deveres originais de
cuidar dos pobres e doentes, eles batizavam, distribuíam o copo sacramental,
proferiam as orações nas igrejas e não raro pregavam.

Nessa época os diáconos, presbíteros (anciãos) e bispos (pastores) constituíam o


ministério, e seu trabalho era de tempo integral. O diaconato era um degrau para o
presbitério. Entretanto alguns diáconos tinham mais acesso aos bispos que os próprios
presbíteros, e não raro consideravam a ordenação ao presbitério como um
rebaixamento.

De uma carta do Bispo Cornélio de Roma escrita em c. 251 d.C. sabemos que naquela
época sob a supervisão de um único Bispo havia 46 presbíteros e 7 diáconos na cidade
de Roma. Nessa cidade sua influência foi particularmente expressiva devido à sua
associação com o papa. O crescimento da influência dos diáconos deu lugar contudo à
abusos. Tanto que já no Concílio de Nicéia (325; can. l8) seus poderes foram limitados,
e o Concílio de Toledo em 633 e o Sínodo de Trullan em 692 tiveram que salientar sua
inferioridade hierárquica ao presbitério. Sua influência diminuiu consideravelmente
durante a Idade Média.

Nessa época o “serviço de amor” foi substituído pela busca do ganho financeiro e pela
preocupação com a hierarquia. Os diáconos passaram a considerar as atividades do
culto público como mais importantes do que o atendimento aos pobres e doentes. A
influência do diaconato diminuiu consideravelmente durante a Idade Média, e na
maioria das igrejas episcopais ocidentais nos tempos modernos tem se tornado
simplesmente um estágio na preparação para o sacerdócio.

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Curso para Diáconos

Os Diáconos em nossos dias


Na Igreja da Inglaterra o clérigo começa seu trabalho ministerial tornando-se um
diácono, e geralmente permanece por um ano. Como diácono ele não pode celebrar a
Eucaristia. Na Igreja Católica Romana as regras são praticamente as mesmas. Por
muitos séculos o diácono dificilmente tinha qualquer outra função além de auxiliar na
Santa Ceia e no Batizado (benedition). Somente com permissão especial poderia ele
pregar ou administrar o Solene Batismo, embora ainda retivesse o direito de entoar o
Evangelho, apresentar as oferendas ao celebrante, convidar a congregação para orar e
participar das recitações litúrgicas. Devido ao curto espaço de tempo que se fica no
diaconato e consequentemente a escassez de diáconos, as funções litúrgicas próprias
a um diácono são frequentemente desempenhadas por um sacerdote. O Concílio
Vaticano Segundo visou a possibilidade da restauração de um diaconato permanente,
ao permitir Bispos em certos casos ordenar ao diaconato homens casados já de idade,
embora homens jovens ordenados ao diaconato deveriam ainda estar sujeitos ao
celibato.

Em muitas das igrejas Protestantes o nome Diácono é aplicado àqueles que


desempenham alguma função do ministério. Na igreja Luterana a palavra “diácono” é
aplicada para ministros paroquiais assistentes, mesmo embora eles constituam uma
ordem Luterana separada. Calvino reconhecia duas classes de diáconos, aqueles que
administravam as doações e aqueles que cuidavam dos pobres e doentes.

No Presbiterianismo as funções dos diáconos permanecem praticamente as mesmas


que no Luteranismo. Há também provisão para uma comissão de diáconos,
diretamente responsável ao presbitério e que se ocupa da apropriada distribuição das
finanças da igreja. Onde não há essa comissão de Diáconos essas funções são
desempenhadas pelos Anciãos.

Na Igreja Batista e nas Igrejas Congregacionais aos diáconos são confiadas funções
mais definidamente espirituais. Eles auxiliam ao pastor e também distribuem os
elementos na Comunhão.

Vemos assim a importância que era dada aos diáconos no passado. Entretanto
observa-se nas últimas décadas nas igrejas cristãs o seguinte quadro: muitos diáconos
se sentem inferiorizados nesse ofício e necessitam de uma visão mais clara de seus
elevados privilégios.

A importância do cargo
O diaconato é uma importante função dentro da igreja Cristã. Ao lado do ministério da
Palavra é o único cargo que recebe a ordenação Bíblica. Mas analisemos com
franqueza: nas nossas igrejas hoje, há muita gente que ocupa posições de
responsabilidade. São professores da Escola Dominical, diretores de departamentos,
participantes do coral e de muitas outras atividades. Muitas vezes essas pessoas
dedicam muito mais tempo à igreja do que mesmo os diáconos. Há necessidade de um
ofício que dê honra a uns poucos quando a vasta maioria das pessoas que realizam os
trabalhos da igreja não estão incluídos neste ofício?

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Curso para Diáconos

Há quem sugira que se constitua diácono a todo aquele que exerce algum ofício na
igreja, seja homem ou mulher. Embora seja um pensamento estranho à princípio, seu
raciocínio é correto. Os diáconos devem estar envolvidos em tudo aquilo que seja
essencial para o desempenho da missão da igreja. Se este não é o caso
provavelmente os diáconos não estão cumprindo com sua legítima função
escriturística.

Outros porém vão para o extremo oposto. Sugerem que o ofício do diaconato não é
mais relevante hoje. Seria esse o caso? Cremos que não. Vejamos a seguinte citação:

“É necessário que a mesma ordem e sistema sejam mantidos na igreja agora como nos
dias apostólicos. A prosperidade da causa depende grandemente de serem seus vários
departamentos conduzidos por homens hábeis, qualificados para suas posições. Os
que são escolhidos por Deus para serem líderes em Sua causa, tendo
a supervisão geral dos interesse espirituais da igreja, devem ser aliviados, tanto quanto
possível, de cuidados e perplexidades de natureza temporal. Aqueles a quem Deus
chamou para ministrar em palavra e doutrina devem ter tempo para meditação,
oração, e estudo das Escrituras. Seu claro discernimento espiritual é diminuído ao
entrarem em mínimos detalhes de negócios e no trato com os vários temperamentos
da pessoas que se reúnem em qualidade de igreja. É próprio que todos os assuntos de
natureza temporal se apresentem perante os oficiais qualificados e sejam por eles
ajustados. Mas se soa de caráter tão difícil que frustre sua sabedoria, devem ser
levados ao conselho daqueles que têm a supervisão de toda a igreja.” (História da
Redenção, p. 260, 261).
Do transcrito acima vemos que há uma tarefa muito importante confiada aos diáconos,
que os anciãos e pastores não devem fazer em seu lugar. Robert E. Naylor assim se
expressou: “De acordo com o Novo Testamento, nada há que melhor multiplique a
eficiência do púlpito do que um grupo de diáconos trabalhando fiel e lealmente para
cumprir diligentemente a tarefa que a igreja lhes confiou.” Valorizemos, pois, esse
ofício de todas as maneiras possíveis.

Escolha dos Diáconos


Uma das melhores oportunidades de valorizar os Diáconos se dá quando realizamos
as comissões para apontar os cargos da igreja para um novo ano eclesiástico. A igreja
deve estar instruída sobre as qualidades que devem esperar dos homens escolhidos
para servirem como diáconos. Estes por sua vez, devem estar dispostos a ser tudo
quanto Deus espera deles. Devem compreender que a fim de alcançarem a alta norma
que se espera deles devem crescer na graça constantemente.

Como são escolhidos? Um homem pode possuir todas as qualificações para o cargo e
ainda assim não servir como diácono. A igreja é quem escolhe os diáconos. Não é a
pessoa que decide se tem ou não qualidades para ser um diácono. Como é um serviço
que está sendo oferecido necessário se faz um chamado. É recomendável que a
comissão da igreja ou o grupo que está encarregado de apresentar as indicações para
os novos cargos, façam um minucioso exame de todos os nomes que aparecem no rol
de membros da igreja, a fim de descobrir quais irmãos tem condições de preencher
esse cargo. A seguir, então, podem apresentar esses nomes para que a igreja os
aprecie.

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Curso para Diáconos

Algo a ser lembrado é que a escolha deve ser feita pela congregação, e não apenas
por um grupo da igreja. Deve ser feito de modo democrático, permitindo aos eleitores
expressarem seu pensamento quanto ao exercício do cargo daquele que está sendo
indicado para essa responsabilidade. Além disso deve haver um espírito de oração, um
desejo sincero de seguir as orientações do Espírito Santo.

O método mais comum para a escolha desses oficiais da igreja é através da indicação
pela comissão de nomeações. Uma comissão especial eleita para a ocasião, ou uma
comissão permanente (como muitas igrejas costumam ter), apontam os nomes para
que a igreja os escolha. Este método apresenta algumas vantagens sobre os demais. A
comissão é representativa dos membros da igreja e eleita pela igreja. Os membros
desta comissão sabem que suas considerações deverão ser de molde a fortalecer a
igreja sem qualquer tendência para preferências pessoais ou de grupo. Esta comissão
de nomeações pode por sua vez ser apontada pela atual comissão da igreja, pelo
pastor, ou por uma comissão especial apontada diretamente pelos membros da igreja.
Mas vale lembrar que tanto para se constituir esta comissão como para se aprovar os
nomes apontados por ela, a igreja é quem deve proceder a eleição, através do voto da
maioria de seus membros numa reunião convocada para isso. Sempre será mais
democrático apontar pelo menos o dobro dos nomes que deverão afinal serem
escolhidos, para então proceder a votação pela igreja.

Valorização dos Diáconos


A fim de que os diáconos trabalhem bem muito depende do tratamento que eles
recebem da parte da igreja. Após serem escolhidos é importante ser organizada uma
significativa cerimônia de ordenação. A cerimônia de ordenação “é uma linda cerimônia
em que se reconhece a idoneidade dos eleitos, em que se aprova a eleição feita e que
enseja a bênção que acompanha o ofício. Conforme o Manual da Igreja Adventista do
Sétimo Dia à página 78, “O sagrado rito da ordenação deve ser efetuado com
simplicidade na presença da igreja e por um ministro ordenado.” O dia e a hora desta
reunião devem ser amplamente divulgados. É um momento muito solene da vida da
igreja e da vida dos ordenados.

A ordenação deve ser conduzida por um ministro ordenado e pode consistir numa
breve referência à função do diácono, às qualidades requeridas desse servidor e aos
principais deveres que estará autorizado a desempenhar na igreja. A seguir procede-se
a imposição de mãos. A oração de ordenação comumente é feita pelo pastor mas este
pode convidar um dos Anciãos da igreja para fazê-la, de preferência consultando os
ordenados para isso. A oração com imposição das mãos é um sinal de reconhecimento
de uma instituição divina e de aceitação e encorajamento num maravilhoso
companheirismo.

Após a imposição de mãos é muito apropriado que os membros da igreja


cumprimentem os recém-ordenados. Este é um momento muito saudável de
camaradagem cristã que não deveria ser negligenciado. Os diáconos podem
permanecer em frente da igreja e os membros serem convidados para cumprimentá-los
ou então eles podem permanecer à saída para receberem os cumprimentos da igreja.
Os diáconos necessitam de incentivo. Deve haver compreensão e carinho dos
membros da igreja para com eles. E os programas e objetivos da igreja devem ser bem

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Curso para Diáconos

definidos a fim de que eles possam saber o que se espera deles, e corresponder à
altura. Diáconos valorizados farão grandes coisas pela igreja e para Deus.

Deveres dos Diáconos


Com a eleição e a ordenação abriu-se um novo dia na vida do diácono. Está ele
ansioso para cumprir o seu papel. E para tanto é fundamental que seja colocado
perante ele seus deveres e responsabilidades. Algumas das tarefas comumente
assignadas aos diáconos são as seguintes:

O serviço da Santa Ceia. Os diáconos, juntamente com o pastor e os anciãos, devem


estar encarregados de planejar e preparar a celebração da Ceia. Cada diácono deve
estar bem certo do lugar que deve ocupar e da parte que vai tomar na celebração.
Antes da cerimônia iniciar devem os diáconos colocar a mesa no lugar depois de haver
sido posta pelas diaconisas. Em seguida devem eles sentar-se na primeira fila de
assentos, com a frente para a mesa sobre que se acham os emblemas. Depois de
haver o pastor ou o ancião pedido a bênção sobre o pão e havê-lo partido, passará ele
a bandeja aos diáconos. Estes passarão em seguida o emblema à congregação.
Depois de servir o povo, os diáconos devolverão as bandejas ao ancião ou pastor, o
qual serve então os diáconos. …Todos devem então sentar-se.

Grande cuidado deve ser exercido quanto ao destino a ser dado a qualquer sobra de
pão ou vinho depois que todos tenham participado desses emblemas. A sobra do vinho
que haja sido abençoado deve ser derramada na terra. A sobra de pão que tenha sido
abençoada deve ser queimada. Na celebração da ordenança do lava-pés, os diáconos
ou as diaconisas provêm toalhas, bacias, água (morna ou fria, conforme o exigir a
estação), baldes, etc. Depois da cerimônia, devem cuidar de que os objetos usados
sejam lavados e repostos em seu devido lugar.

É recomendável que os diáconos e as diaconisas mantenham uma relação de todos os


utensílios para a Santa Ceia e o Lava-pés. Devem eles cuidar para que sejam em
quantidade apropriada de acordo com o número de membros. Recomenda-se que o
número de bacias e toalhas seja no mínimo uma para cada quatro membros da igreja,
ou seja uma para cada duas duplas. Entretanto o ideal é haver uma bacia e duas
toalhas para cada dupla que costuma participar, pois assim ninguém precisará ficar
esperando e a cerimônia transcorrerá muito mais rapidamente.

A cerimônia batismal
Os diáconos devem ajudar nas cerimônias batismais, cuidando para que o tanque
batismal com antecedência seja cheio com água e também aquecido quando
necessário. Podem auxiliar muito a fim de que a cerimônia inicie à tempo e em ordem.
Convém que os diáconos e diaconisas, respectivamente auxiliem os homens e as
mulheres que irão se batizar a vestirem suas becas e assentarem-se no lugar
devidamente reservado para eles na igreja. Durante o batismo podem orientar os que
irão se batizar quanto ao momento e o modo de entrarem no tanque batismal. Se uma
pessoa inválida ou muito pesada exigir o auxílio de alguém mais dentro do tanque, um
diácono poderá auxiliar o pastor que está batizando. Quando os batizandos saem do
batistério os diáconos e diaconisas os encaminham ao local apropriado para estes

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Curso para Diáconos

trocarem as roupas molhadas e os reconduzem para receberem os cumprimentos da


igreja.

Após o término da cerimônia espera-se que os diáconos e diaconisas sequem o chão


das salas da igreja que foram utilizadas pelos batizandos. A diaconisa-chefe designa
alguém para lavar e passar as becas batismais, e o diácono-chefe providencia para
que alguém esvasie o tanque batismal.

A coleta de dízimos e ofertas


Muitas coisas podem ser ditas quanto à coleta de dízimos e ofertas pelos diáconos na
hora dos cultos da igreja. Embora eles possam designar outros para procederem a
coleta das ofertas, mesmo não sendo diáconos, é recomendável que eles mesmos a
façam pois são as pessoas mais idôneas para tal. Devem estar bem vestidos, e
procederem a coleta com toda a dignidade. Para isso é bom que sejam escalados com
antecedência.

Quando a plataforma entra para o culto público os diáconos podem entrar junto com
eles para recolherem as ofertas. Devem procurar percorrer os bancos ao mesmo tempo
demonstrando assim cuidado e esmero no que fazem. Após recolherem as
contribuições é adequado postarem-se à frente da igreja para ser pronunciada uma
oração pedindo as bençãos de Deus sobre os ofertantes e as ofertas. Bom hábito é
dois ou mais diáconos contarem as ofertas e então as entregarem ao tesoureiro
recebendo dele um recibo em nome da congregação. Mas a contagem não deve ser
feita na hora do culto.

Frequência aos cultos. A presença dos diáconos em todos os cultos públicos da igreja
é muito importante. Eles tem sempre algo a fazer nos cultos públicos e por isso sua
ausência prejudica mais a congregação do que a ausência de qualquer outro membro.
Além do mais é bom lembrar que os únicos oficiais da igreja mencionados no Novo
Testamento são o pastor e o diácono. Ele deve se interessar por todas as atividades da
igreja fazendo juz ao lugar de honra para o qual foi eleito.

Recepção aos visitantes


Tanto o ministério da mulher quanto o diaconato são geralmente os responsáveis de
dar as boas-vindas aos membros e às visitas. Quando alguém chega à igreja pela
primeira vez e é bem recepcionado sem dúvida haverá de lembrar-se sempre dessa
agradável acolhida. Se for necessário o diácono pode ajudá-los a encontrarem lugar. O
mais importante é demonstrar-lhes que nos interessamos pelo seu bem estar e que
estamos ali para auxiliá-los em qualquer necessidade. Um bom atendimento aos que
chegam à casa de Deus, contribui muito para que os visitantes sintam o desejo de
voltar outras vezes à igreja.

Os diáconos em parceria com o ministério da mulher devem ser os melhores


recepcionistas da igreja. Precisam considerar algumas técnicas para bem receber.
Devem analisar quantos recepcionistas são necessários e quais os lugares em que
eles devem ficar. É bom escolher um diácono ou alguém do ministério da mulher para
ser o presidente do grupo recepcionista, o qual pode ou não ser o diácono-chefe, ou
alguém do ministério da mulher ou diretora.

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Curso para Diáconos

Em alguns lugares o seguinte plano é adotado: os diáconos espalham-se através da


igreja em lugares pré determinados e procuram ser amigáveis às pessoas que se
sentam próximos à eles. Assim quando um visitante chega poderá receber um sorriso e
um cumprimento e se não possui um hinário o diácono providenciará para ele. Nesse
sistema de quando em quando é necessário que os diáconos tendo servido num lado
da igreja mudem para outro lado ou lugar a fim de ficarem conhecendo um novo grupo
de gente.

Os diáconos devem ser conhecidos como as pessoas mais simpáticas da igreja


Responsabilidade pelo púlpito. Os diáconos geralmente não são os responsáveis pela
escolha de quem haverá de estar pregando nos diversos cultos da igreja. No entanto
tem uma importante obra a desempenhar com relação a esse assunto. Os diáconos
servem a igreja como oficiais capacitados por Deus, e quando o pregador se levanta é
muito apropriado que eles ergam à Deus uma prece por aquele que vai trazer a
mensagem bíblica. Isso faz muito bem ao pregador e propicia muitas bençãos aos
adoradores.

Quando o pregador apontado não comparece à tempo e nenhum ancião está presente
é de se esperar que o diácono tenha algo espiritual a repartir com os membros que ali
se encontram. O diácono deveria estar sempre preparado para repartir algum
conhecimento da palavra de Deus.

Cuidado do templo, manutenção ou construção


Em algumas igrejas, onde a responsabilidade pelo cuidado e manutenção da
propriedade da igreja não é atribuída a uma comissão de construção, os diáconos têm
essa responsabilidade. Nesse caso, é dever dos diáconos providenciar para que o
edifício da igreja seja mantido limpo e em bom estado de conservação. Todas as
contas de consertos, água, luz, impostos etc, devem ser por eles encaminhadas ao
tesoureiro para serem pagas.
Quando numa igreja maior se faz necessário o trabalho de um zelador, os diáconos
devem recomendar à comissão da igreja para empregar esse auxiliar. Mesmo que haja
uma pessoa encarregada pela limpeza da igreja, os diáconos devem interessar-se pelo
templo e mesmo orgulhar-se dele. Se ao chegarem à igreja observarem que algo não
está em seu devido lugar, devem fazer tudo para suprir esta necessidade. Esperar que
o culto comece para depois ver o que esta faltando certamente não é o que se espera
de um diácono eficiente.

A comissão de finanças
Outro assunto que tem muito a ver com os diáconos é a comissão de finanças da igreja
local. Embora os seus membros (geralmente eleitos pela comissão da igreja) não
sejam exclusivamente diáconos é natural que muitos deles o sejam. Quando a própria
comissão da igreja deseja se constituir na comissão de finanças é recomendável
convidar alguns diáconos experientes para colaborarem nessa atividade especial. A
comissão de finanças é quem elabora o orçamento das receitas e despesas da igreja
para o ano seguinte. Seu trabalho deve levar em consideração o relatório das
despesas do ano anterior apresentado pelo tesoureiro. Devem também considerar
atentamente as necessidades da igreja conforme apresentado pelos líderes de
departamentos e também pelo pastor. Então o orçamento deve ser apresentado à
igreja para ser discutido por ela. Qualquer membro da assembléia pode pedir
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Curso para Diáconos

esclarecimentos, se achar necessário. Por fim a igreja vota o orçamento. O orçamento


é a vontade expressa da igreja no que respeita à distribuição dos fundos arrecadados.

Programa de evangelização
Toda e qualquer organização cristã tem como dever primordial levar avante a grande
comissão de Jesus: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os
em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as
coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a
consumação do século” (Mateus 28:19-20). Este é o maior dever de todas as igrejas
cristãs. Por isso o diácono deve sentir ser seu primeiro dever ser um ganhador de
almas com os talentos que lhe foram confiados por seu mestre.

Devido à sua consagração e interesse na obra os diáconos juntamente com o pastor


devem organizar um programa de evangelização visando envolver os membros.
Aqueles que são eleitos como anciãos e diáconos devem estar sempre alerta para que
planos possam ser feitos e postos em prática os quais darão a cada membro da igreja
uma responsabilidade em trabalho ativo para a salvação de almas. Esta é a única
maneira pela qual a igreja pode ser preservada numa condição saudável e próspera.

Podem escolher uma noite da semana para que os membros da igreja de dois em dois
busquem ganhar alguém para Cristo. Podem se envolver na visitação à amigos
procurando simpatizar com eles e também estudar a Bíblia com eles. Podem também
organizar um grupo de oração intercessora por aqueles que estão próximos de uma
decisão pela verdade.

Além do programa de evangelização continuada a igreja deve ter campanhas de


evangelização especiais como semanas de reavivamento, evangelização por ocasião
da semana da páscoa, séries de conferências, e dias especiais de decisão. Nessas
datas importantes o diácono deveria se empenhar de modo especial para levar alguém
à casa do Senhor . Espera-se que ele possa dizer o seguinte nessas ocasiões: “Pastor,
aqui está um amigo a quem ajudei a entregar o seu coração à Jesus e está preparado
para ir à frente na hora do apelo.” Assim os diáconos, juntamente com os anciãos e o
pastor estarão compondo uma verdadeira equipe evangelizadora.

Visitação aos membros


Outra responsabilidade importante dos diáconos é visitar os membros da igreja em
seus lares. Nunca poderá ser suficientemente enfatizada a importância dessa obra.
Assim como os diáconos dos dias apostólicos visitavam os membros procurando
ajudar-lhes em suas dificuldades, assim também os diáconos modernos devem atuar.
Em muitas igrejas a visitação aos membros é feita dividindo-se os membros por
distritos. A cada diácono se designa um distrito a fim de que este visite cada lar pelo
menos uma vez por trimestre. Hoje as pessoas vivem muito solitárias e geralmente
sentem que ninguém se interessa por elas. Daí a importância dos diáconos visitarem
aqueles que estiverem sob seus cuidados levando a certeza de que a igreja se
preocupa por eles. Se algum familiar estiver desempregado ou doente o diácono
procurará de todos os modos possíveis trazer uma solução ao problema. O dinheiro
para o cuidado dos enfermos e para o socorro aos pobres deve ser provido pelo Fundo
para os pobres da igreja. Mesmo que o diácono não consiga solucionar completamente

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Curso para Diáconos

a questão pelo menos a família sentirá que a igreja cuida e se preocupa pelo bem estar
deles.

Apoio à igreja
Os diáconos devem ter a firme convicção de a igreja é uma instituição ímpar. Fundada
por Jesus, e movimentando-se sob sua orientação pessoal, ela merece toda a lealdade
deles. Crer nas doutrinas Bíblicas, devolver um dízimo fiel, viver uma vida exemplar na
família e na sociedade são algumas das maneiras pelas quais os diáconos apoiam a
igreja. Ao estar participando de comissões, dirigindo um departamento da igreja ou
contribuindo com algum trabalho necessário os diáconos estão demonstrando sua
lealdade à Cristo e Sua igreja.

Apoiar o pastor
O diácono deve sempre lembrar-se que o pastor é chamado por Deus para o ministério
da Palavra. Sendo que o diaconato foi criado por Deus para tornar mais eficiente o
ministério do pastor, é natural que este o apoie por todos os modos possíveis. Pode
haver ocasiões em que o pastor assuma uma atitude egoística e ditatorial. Mas mesmo
assim o diácono não deve opor-se ao seu trabalho. Poderá ir até ele em espírito de
amor e procurar fazer-lhe ver o seu erro. Mas jamais deve jogar a sua influência contra
o homem que Deus dirigiu para estar servindo a sua igreja. É importante lembrar que a
obra é de Deus e o próprio Deus cuidará do caso da melhor maneira e no momento
apropriado.

Os diáconos devem esperar de seu pastor certas coisas. Devem esperar que ele seja
fiel à Bíblia, e que pratique aquilo que prega, estando seu caráter de pleno acordo com
suas mensagens. Também o pastor, por sua vez, deve contar com as fervorosas
orações dos diáconos e com seu estímulo e animação para bem cumprir seu ministério.

Como pudemos ver acima, muitas são as responsabilidades de um diácono. Seu cargo
é de grande importância para a igreja local. O diaconato é tanto um ofício público como
privado. É um cargo e também uma dedicação de vida. É de atividade física mas de
natureza espiritual. É importante para o evangelismo e também para a conservação
dos membros. Nas visitas aos membros da igreja, nos cultos da congregação, no
trabalho de todas as organizações internas da igreja, o diácono não tem tempo a
perder. Ele é um herói. Sempre ativo, sempre ocupado, ele vai firmando cada vez mais
os seus passos na gloriosa carreira para a qual Deus e a sua Igreja o chamaram.

Equipe Biblia.com.br

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Curso para Diáconos

Bibliografia:

 Revista CPAD de 2014.


 Renovato Elivaldo - Ver. Obreiro CPD 1984 Ano VIII.
 Kessler – Manuel Kessler.
 Material do Curso Básico de Teologia do IBADEB.
 Etica Cristã / Teologia do Obreiro 4ª edição – abril 2004.
 Preparo do Obreiro para o Ministério – CETADEB – 2ª edição – setembro/2011.
 Biblia Sagrada Alfalit Brassil.
 http://www.dicionarioinformal.com.br/l%C3%ADngua%20dobre/ - acessado em
13/10/2017
 http://biblia.com.br/perguntas-biblicas/igreja/o-diaconato-a-luz-do-novo-
testamento/ - acessado em 13/10/2017

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