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Vigilância 1º de janeiro
Texto Básico, p. 65
Só por hoje: Eu serei vigilante, fazendo tudo que for necessário para preservar minha
recuperação.
2 de janeiro Respire fundo e fale com Deus
Texto Básico, p. 49
Algumas vezes, a tarefa mais difícil que temos que aprender em recuperação é a
de enfrentar com êxito os menores aborrecimentos e frustrações da vida. Todos os dias
deparamos com pequenos inconvenientes. De desamarrar os nós dos cordões dos
sapatos de nossos filhos a ficar na fila do supermercado, nossos dias são cheios de
pequenas dificuldades com as quais, de alguma forma, temos que lidar.
Se não formos cuidadosos nessas dificuldades, podemos nos encontrar forçando
uma barra a cada problema ou rangendo os dentes enquanto discursamos severamente
para nós mesmos, sobre como deveríamos lidar com elas. Esses são exemplos
extremos de inabilidade, mas, mesmo que não estejamos tão mal assim, provavelmente
existe espaço para melhorarmos.
Cada vez que a vida nos apresentar outro pequeno obstáculo em nossos planos
diários, podemos simplesmente respirar fundo e falar com o Deus de nossa
compreensão. Sabendo que podemos obter paciência, tolerância ou tudo mais que
precisamos desse Poder Superior, conseguimos enfrentar melhor a vida e sorrir com
mais freqüência.
Só por hoje: Eu respirarei fundo e falarei com meu Deus sempre que me sentir
frustrado.
Nossa maior necessidade 3 de janeiro
Texto Básico, p. 51
Logo que chegamos em NA, tínhamos todos os tipos de idéias sobre o que
necessitávamos. Alguns de nós tínhamos em vista acumular bens pessoais.
Pensávamos que recuperação equivaleria a sucesso material. Mas a recuperação não
equivale ao sucesso. Hoje acreditamos que nossa maior necessidade é de orientação
espiritual.
O maior dano causado pela nossa adicção foi o dano à nossa espiritualidade.
Nossa motivação primordial foi imposta por nossa doença: obter, usar e encontrar
maneiras e meios de conseguir mais. Escravizado por nossa sufocante necessidade de
drogas, faltavam às nossas vidas propósito e integração. Estávamos espiritualmente
falidos.
Mais cedo ou mais tarde, percebemos que nossa maior necessidade em
recuperação é “o conhecimento da vontade de Deus em relação a nós e a força para
realizá-la”. Encontramos aí a direção e o sentido de propósito ocultos por nossa
adicção. Através da vontade de nosso Deus, nos libertamos da nossa própria teimosia.
Não mais guiados somente por nossas próprias necessidades, estamos livres para viver
com os outros em pé de igualdade.
Não há nada de errado com sucesso material. Porém, sem a integração espiritual
oferecida pelo Programa de NA, nossa maior necessidade em recuperação não é
satisfeita, independente de quão “bem sucedidos” posamos ser.
Quando estávamos usando, poucos de nós toleravam olhar alguém nos olhos –
tínhamos vergonha de quem éramos. Nossas mentes não estavam ocupadas com nada
saudável ou decente, e sabíamos disso. Nosso tempo, dinheiro e energia não eram
gastos construindo relações afetivas, compartilhando com outros ou procurando
melhorar nossas comunidades. Estávamos presos a uma espiral de obsessão e
compulsão que seguia em uma única direção: para baixo.
Em recuperação, nossa jornada espiral abaixo foi interrompida. Mas o que é que
nos fez retornar, nos puxando para cima, para espaços abertos do mundo amplo e
livre? O amor da irmandade fez isso.
Na companhia de outros adictos, sabíamos que não seríamos rejeitados. Pelo
exemplo de outros adictos foi-nos mostrado como começar a participar positivamente
na vida à nossa volta. Quando estávamos incertos do rumo à tomar, quando
tropeçávamos, quando tínhamos que corrigir algo errado que havíamos feito, sabíamos
que nossos companheiros estavam lá para nos encorajar.
Lentamente adquirimos a sensação de nossa liberdade. Não mais nos encontramos
trancados em nosa doença; estamos livres para construir, crescer e compartilhar com
os outros. E quando necessitamos de apoio para darmos nosso próximo passo, nós o
recebemos. A segurança que encontramos no amor da irmandade tornou nossas novas
vidas possíveis.
Só por hoje: Eu posso olhar qualquer um nos olhos sem me envergonhar. Estou grato
pelo apoio amoroso que tornou tudo possível.
Recuperação em casa 5 de janeiro
Quais são as duas palavras favoritas da maioria dos adictos? “Eu sei!”
Infelizmente, muitos de nós chegam a NA achando que temos todas as respostas.
Sabemos muito bem o que está errado conosco. Mas esse conhecimento, em si, ou por
si só, nunca nos ajudou a permanecermos limpos por qualquer período de tampo.
Os membros que conseguiram uma recuperação a longo prazo serão os primeiros a
admitir que quanto maior o tempo de recuperação mais eles têm a aprender. Porém,
uma coisa eles sabem: ao seguir este simples Programa de Doze Passos, eles têm
conseguido ficar limpos. Eles não mais perguntam “por quê”, eles perguntam “como”.
Intermináveis especulações perdem seu valor quando comparadas com a experiência
dos adictos que encontraram uma maneira de permanecer e viver limpos.
Isso não significa que não fazemos perguntas quando é apropriado. Nós não
paramos de pensar quando entramos em NA! Mas, em geral, no começo, é uma boa
idéia reformular nossas perguntas. Em vez de perguntarmos “por quê”, perguntamos
“como”. Como trabalho esse passo? Como que freqüência devo ir às reuniões? Como
ficar limpo?
Só por hoje: Eu não tenho todas as respostas, mas sei onde encontrar aquelas que
importam. Hoje, perguntarei a outro adicto: “como funciona?”.
Só por hoje: Eu recuperei alguma coisa que nunca tive, que nunca imaginei possível:
a vida de um adicto em recuperação. Obrigado, Poder Superior, mais do que palavras
podem dizer.
8 de janeiro Crescendo
Texto Básico, p. 48
Texto Básico, p. 62
Nosso padrinho pode ser uma grande fonte de informação sobre recuperação, de
sabedoria e palavras carinhosas. Eles fizeram tanto por nós. Desde os telefonemas,
altas horas da noite, às horas gastas ouvindo nossos inventários de recuperação, eles
acreditaram em nós e investiram seu tempo como prova disto. Carinhosamente e com
firmeza, eles nos mostraram como ser honesto. Sua compaixão sem limites, em horas
tumultuadas, nos deu força para continuar. Sua maneira de ajudar nos incentivou a
buscar nossas respostas dentro de nós mesmos, e, como resultado, nos tornamos
pessoas maduras, responsáveis e confiantes.
Embora nosso padrinho tenha dado generosamente e nunca tenha exigido nada
em troca, existem coisas que podemos fazer para mostrar nosso reconhecimento.
Tratamos nosso padrinho com respeito. Eles não são uma lixeira onde despejamos
nosso lixo. Eles, assim como nós, também tem seu tempo de dificuldades e, algumas
vezes, necessitam nosso apoio. Eles são humanos, têm sentimentos e apreciam nosso
interesse. Talvez gostassem de receber um cartão postal ou um telefonema
expressando nosso amor.
O que quer que façamos para retribuir a amabilidade de nosso padrinho irá
acrescer em nossa recuperação pessoal, sem mencionar a alegria que daremos a ele.
Só por hoje: Meu padrinho se importou comigo quando eu não podia cuidar de mim.
Hoje farei alguma coisa agradável para meu padrinho.
10 de janeiro Gratidão
IP Nº 21, “O Solitário”
A crença em um Poder Superior pode fazer toda a diferença quando as coisas vão
mal! Quando as coisas não caminham à nossa maneira, em recuperação, nosso
padrinho poderá nos orientar a fazer uma “lista de gratidão”. Quando a fizermos,
devemos incluir nessa lista nossa fé em um Poder maior que nós Uma das maiores
dádivas que recebemos dos Doze Passos é nossa crença em um Deus de nossa própria
compreensão.
Os Doze Passos nos guiam gentilmente em direção a um despertar espiritual.
Assim como nossa adicção progrediu, nossa vida espiritual também se desenvolve com
o trabalho do Programa de Narcóticos Anônimos. Os passos são nosso caminho para
um relacionamento com o Deus de nossa compreensão. Esse Poder Superior nos dá
força quando nossa estrada se torna árdua.
Sentimo-nos gratos pelo aprofundamento da relação com um Poder Superior?
Lembramo-nos de agradecer a Deus por cada dia limpo, não importando o que tenha
acontecido nesse dia? Lembramo-nos, mesmo no mais profundo desespero ou na
maior alegria, que Deus de nossa compreensão está conosco?
Nossa recuperação é uma dádiva. Uma dádiva que, algumas vezes, tornamos por
certa, não dando importância. Cada dia em que permanecemos limpos podemos nos
alegrar sob a proteção de nosso Poder Superior.
Só por hoje: Eu sou grato por meu relacionamento com o Poder Superior que cuida de
mim.
Fé 11 de janeiro
Só por hoje: Eu sei que a fé em meu Poder Superior não acalmará as tempestades da
vida, mas aclamará meu coração. Deixarei que minha fé me abrigue em tempos
difíceis.
12 de janeiro Despertar espiritual
Passo Doze
“Como saberei que tive um despertar espiritual?” Para muitos de nós o despertar
espiritual vem gradualmente. Talvez nossa primeira consciência espiritual seja tão
simples quanto uma nova valorização da vida. Um dia, de repente, podemos perceber o
som de pássaros cantando de manhã cedo. A simples beleza de uma flor pode nos
lembrar que há um Poder maior do que nós trabalhando à nossa volta.
Freqüentemente, nosso despertar espiritual é algo que se fortalece com o tempo.
Podemos procurar obter mais consciência espiritual, simplesmente vivendo nossas
vidas. Podemos persistir em esforços para melhorar nosso contato consciente através
da oração e meditação diárias. Podemos escutar nosso interior para obtermos a
orientação de que precisamos. Podemos perguntar a outros adictos sobre suas
experiências com espiritualidade. Podemos nos dar tempo para apreciar o mundo à
nossa volta.
Só por hoje: Eu vou refletir sobre cada despertar espiritual que experimentei. Buscarei
estar consciente de Deus. Dedicarei algum tempo do dia para apreciar o trabalho de
meu Poder Superior.
Render-se para vencer 13 de janeiro
Texto Básico, p. 23
Completa derrota, que idéia! Isto deve significar rendição. Render-se – desistir
completamente. Abandonar sem nenhuma restrição. Mãos ao alto e abandonar a luta.
Talvez, levantar a mão em nossa primeira reunião e admitir que somos adictos.
Como saber que demos um Primeiro Passo que nos permitirá viver livre das
drogas? Sabemos porque, uma vez dado esse passo gigantesco, não temos que usar
nunca mais – só por hoje. É isso aí. Não é fácil, mas é muito simples.
Nós trabalhamos o Primeiro Passo. Aceitamos, sim, que somos adictos. “Uma é
demais e mil não bastam”. Já provamos isso a nós mesmos o suficiente. Admitimos
que não conseguimos lidar com drogas de nenhuma maneira. Admitimos isso;
proclamamos em voz alta, se necessário.
Damos o Primeiro Passo ao começar nosso dia. Por um dia. Esta admissão nos
liberta, só por hoje, da necessidade de reviver nossa adicção ativa novamente. Nós nos
rendemos a esta doença. Desistimos. Abandonamos. Renunciamos. Mas, renunciando,
vencemos. E este é o paradoxo do Primeiro Passo: nós nos rendemos para vencer e, em
nossa rendição, adquirimos um poder muito maior do que jamais poderíamos
imaginar.
Só por hoje: Eu admito que sou impotente perante minha adicção. Vou me render
para vencer.
14 de janeiro Um Deus amoroso
Texto Básico, p. 26
Só por hoje: Eu abrirei meu coração e minha mente para acreditar que Deus é
amoroso, e confiarei em que meu Poder Superior pode fazer por mim o que não
consigo fazer por mim mesmo.
Medo 15 de janeiro
Texto Básico, p. 26
Só por hoje: Eu confiarei nos cuidados de meu Poder Superior para aliviar meu temor
da vida.
16 de janeiro Faça aquela chamada
Texto Básico, p. 34
Só por hoje: Em NA, eu estou entre amigos. Entrarei em contato com os outros,
dando e recebendo em irmandade.
Perdão 17 de janeiro
Texto Básico, p. 43
Só por hoje: Eu vou me empenhar para perdoar mais do que ser perdoado. Tentarei
agir de tal maneira que me sinta merecedor de meu próprio amor.
18 de janeiro O simples inventário
Texto Básico, p. 45
Só por hoje: Eu quero permanecer em contato com a maneira como me sinto vivendo
esta vida que me foi concedida. No final deste dia, farei um breve e simples inventário.
Fazer da tempestade um copo d’água 19 de janeiro
Só por hoje: Eu terei uma visão realista de meus problemas e verei que em sua
maioria são pequenos. Eu os deixarei assim e apreciarei minha recuperação.
20 de janeiro Uma promessa, muitas dádivas
Só por hoje: Foi-me prometida a libertação da adicção ativa. As dádivas que recebo
são benefícios da recuperação.
Unidade e uniformidade 21 de janeiro
Texto Básico, p. 68
Só por hoje: Eu vou me empenhar para ser uma parte da unidade. Sei que unidade
não é o mesmo que uniformidade.
22 de janeiro O aprendizado da recuperação
Texto Básico, p. 17
Texto Básico, p. 4
Só por hoje: Eu sou parte da vida a meu redor. Praticarei meu programa para reforçar
minha conexão com meu mundo.
Um presente a mais 25 de janeiro
Texto Básico, p. 55
Nós os observamos quando chegam para sua primeira reunião, derrotados, seus
espíritos partidos. É evidente seu sofrimento e, ainda mais aparente, seu desejo de ser
ajudado. Recebem uma ficha de boas-vindas e voltam a seus lugares, estremecidos
pelo esforço.
Nós os vemos novamente e eles parecem um pouco mais à vontade.
Encontraram um padrinho e freqüentam as reuniões todas as noites. Ainda não
encontram nosso olhar, mas balançam suas cabeças em sinal de reconhecimento,
enquanto partilhamos. Notamos uma centelha de esperança em seus olhos, e eles
sorriem sem muita certeza quando os encorajamos a continuar voltando.
Alguns meses mais tarde, eles se ergueram. Aprenderam a fazer contato com os
olhos. Estão trabalhando os passos com seus padrinhos e, como resultado, estão se
restabelecendo. Nós os ouvimos partilhando nas reuniões. Depois, arrumamos as
cadeiras com eles.
Alguns anos mais tarde, estão falando numa oficina de convenção. Eles têm
uma personalidade maravilhosa e bem humorada. Sorriem quando nos vêem, nos
abraçam e nos dizem que jamais teriam conseguido sem nós. E entendem quando
dizemos: “Também não conseguiríamos sem você”.
Texto Básico, p. 22
Só por hoje: Minha orientação e minha força vêm de um Poder Superior, não de mim
mesmo. Praticarei os Doze Passos para me tornar mais centrado em Deus e menos
egocêntrico.
Aprendendo a viver de novo 27 de janeiro
Texto Básico, p. 61
Só por hoje: Eu sei mais sobre como viver do que sabia ontem, mas não tanto quanto
saberei amanhã. Hoje, aprenderei algo novo.
28 de janeiro Um adicto todos os dias
Texto Básico, p. 91
Só por hoje: Eu sou um adicto todos os dias, mas hoje posso escolher ser um adicto
em recuperação. Farei esta escolha, colocando em prática meu programa.
O Primeiro Passo – um passo de ação 29 de janeiro
Texto Básico, p. 20
A princípio muitos de nós pensaram que o Primeiro Passo não requeria ação –
bastava nos rendermos e ir para o Segundo Passo. Mas o Passo Um requer ação, sim!
A ação que tomamos no Primeiro Passo ficará evidente na maneira como
vivemos, desde nosso primeiro dia limpo. Se acreditarmos sinceramente que somos
impotentes perante nossa adicção, não escolheremos ficar perto de drogas. Continuar a
viver ou nos associarmos com adictos na ativa pode indicar uma restrição a nosso
programa. Uma crença absoluta em que o Primeiro Passo diz respeito a nós irá
assegurar que limpamos nossa casa de todas as drogas e objetos relacionados ao uso
delas.
Com o passar do tempo, não somente continuaremos com as ações básicas, mas
acrescentaremos novas ações a nosso repertório do Primeiro Passo. Aprenderemos a
sentir nossos sentimentos em vez de controlá-los. Deixaremos de tentar ser nossos
próprios e únicos guias em nossa jornada de recuperação; o apadrinhamento de si
mesmo cessará. Começaremos a procurar mais e mais satisfação espiritual em um
Poder maior do que nós em vez de tentar preencher aquele vazio com outra coisa
qualquer. Rendição é apenas o começo. Uma vez rendidos, precisaremos aprender a
viver na paz que encontramos.
Texto Básico, p. 53
Em recuperação, recebemos muitas dádivas. Talvez uma das maiores dádivas seja
o despertar espiritual que começa quando paramos de usar, intensificando-se a cada
dia que aplicamos os passos em nossas vidas. A nova centelha de vida interior é o
resultado direto de nossa relação com um Poder Superior, uma relação começada e
desenvolvida com a vivencia dos Doze Passos. Lentamente, enquanto prosseguimos
com nosso programa, a luz da recuperação dissipa a escuridão de nossa doença.
Um dos meios de expressar nossa gratidão pelas dádivas da recuperação é ajudar
os outros a descobrirem o que nós achamos. Podemos fazer isso de inúmeras maneiras:
partilhando nas reuniões, respondendo a chamadas para o Décimo-Segundo Passo,
aceitando o compromisso de um apadrinhamento, ou sendo voluntário para H&I ou
serviços telefônico. A vida espiritual que nos é dada em recuperação, requer
expressão, porque “só dando podemos conservar o que temos”.
Quando encontramos alguém em quem podemos confiar, fica mais fácil pedir
ajuda. Quando passamos a confiar em sua recuperação, aprendemos a confiar na nossa.
Texto Básico, p. 88
Só por hoje: Eu serie grato pela esperança que NA me deu. Eu vou cultivar minha
recuperação e parar de cultivar minha autopiedade.
22 de fevereiro A vontade de Deus não a minha
Passo Dez
Só por hoje: Eu desejo viver em harmonia com meu mundo; Hoje, eu vou examinar
minhas ações, perguntando: “Vontade de Deus ou a minha?”
Mensagens e mensageiros 23 de fevereiro
Tradição Doze
Texto Básico, p. 16
Só por hoje: Eu cooperar com a nova influência da irmandade e força espiritual que
Na tem introduzido na minha vida. Eu vou trabalhar o próximo passo em minha
programação.
Doente como nossos segredos - 25 de Fevereiro
Texto Básico, p. 34
Quantas vezes ouvimos dizer que estamos tão doentes quanto nossos segredos?
Enquanto muitos membros preferem não usar as reuniões parra compartilhar detalhes
íntimos de suas vidas, é importante que cada um descubra o que funciona melhor para
si mesmo. E aqueles comportamentos que trouxemos para a recuperação que, se
descobertos, nos causariam vergonha? Ao nos revelarmos, sentimo-nos confortáveis?
E revelarmo-nos para quem? Se ficarmos desconfortáveis compartilhando alguns
detalhes de nossas vidas em reuniões, para quem nos voltamos?
Descobrimos a resposta a essas perguntas no apadrinhamento. Embora uma
relação com o padrinho/madrinha leve tempo para ser construída, é importante que
venhamos a confiar em nosso padrinho/madrinha a ponto de sermos completamente
honestos. Nossos defeitos só têm poder enquanto estiverem escondidos. Se quisermos
ficar livres desses defeitos, precisamos revelá-los. Segredos só são até que os
compartilhemos com outro ser humano.
Só por hoje: Eu vou revelar meus segredos. Eu vou praticar a honestidade com meu
padrinho.
26 de Fevereiro -Remorso
Texto Básico, p. 42
Só por hoje: Eu vou usar quaisquer sentimentos de remorso que possa ter como um
trampolim para a recuperação através dos Doze Passos.
“Genuínos” motivos - 27 de fevereiro
Texto Básico, p. 46
Só por hoje: Eu vou examinar-me realisticamente. Vou procurar o poder para agir
segundo meus melhores motivos, e não os piores.
28 de fevereiro - A maior dádiva
Só por hoje: Eu tentarei ser receptivo a meus sentimentos, firme na crença de que
tenho a coragem para encarar quaisquer emoções que surgir em minha vida.
Tudo - 29 de fevereiro
Texto Básico, p. 23
Só por hoje: Onde quer que eu esteja, o que quer que eu faça, vou procurar servir os
outros, não apenas a mim mesmo. Quando me deparar com um dilema, tentarei fazer a
coisa certa pelo motivo certo.
Nós precisamos uns dos outros 3 de fevereiro
Texto Básico, p. 10
Só por hoje: Eu sei que, quanto mais variada for a experiência de meu grupo,
melhores condições terá meu grupo de oferecer-me apoio nas diferentes circunstâncias
com as quais me deparo. Hoje darei boas-vindas a adictos de todas as origens em meu
grupo de escolha.
4 de fevereiro Sentir-se bem não é a questão
Texto Básico, p. 47
Em nossa adicção ativa, a maioria de nós sabia exatamente como iríamos nos
sentir de um dia para o outro. Tudo o que tínhamos que fazer era ler o rótulo de uma
garrafa ou saber o que havia na bolsa. Planejávamos nossos sentimentos e nossa meta
para nos sentir bem em cada dia.
Em recuperação estamos sujeitos a sentir qualquer coisa de um dia para o outro,
ou mesmo e um minuto para o outro. Podemos nos sentir energizados e felizes pela
manhã, então estranhamente nos desapontamos e ficamos tristes à tarde. Porque a cada
manhã nós não mais planejamos nossos sentimentos para o dia, podemos terminar
tendo sentimentos que são de certa forma inconvenientes, como sentirmo-nos cansados
pela manhã e bem despertos na hora de dormir.
É claro que há sempre a possibilidade de nos sentirmos bem, mas essa não é a
questão. Hoje, nossa maior preocupação não é nos sentirmos bem, mas aprender a
compreender e lidar com nossos sentimentos, não importando quais sejam. Fazemos
isso trabalhando os passos e compartilhando nossos sentimentos com outros.
Só por hoje: Eu aceitarei meus sentimentos, sejam eles quais forem, exatamente como
são. Praticarei o programa e aprenderei a viver com meus sentimentos.
Continue voltando! 5 de fevereiro
Texto Básico, p. 90
Lembra como tínhamos medo quando entramos pela primeira vez numa reunião
de NA? Mesmo que tenhamos ido com um amigo, a maioria de nós se lembra como
foi difícil assistir àquela reunião. O que foi que nos levou a voltar? A maioria de nós
recorda com gratidão as boas-vindas que recebemos e como isto nos deixou à vontade.
Quando levantamos a mão como recém-chegados, abrimos a porta para outros
membros se aproximarem e nos receberem.
Às vezes, a diferença entre aqueles adictos que saem de sua primeira reunião
para nunca mais voltar a NA e os adictos que ficam para procurar recuperação, é um
simples abraço de um membro de NA. Quando já estamos limpos a algum tempo, é
fácil nos afastarmos daquela procissão de recém-chegados... Afinal de contas, já vimos
tantas pessoas indo e vindo. Mas membros limpos há algum tempo podem fazer a
diferença entre o adicto que não volta e o adicto que continua voltando. Ao oferecer
nosso número de telefone, um abraço ou simplesmente um “bem-vindo” caloroso,
estendemos a mão de NA ao adicto que ainda sofre.
Só por hoje: Eu me lembro das boas-vindas que recebi quando cheguei pela primeira
vez a NA. Hoje expressarei minha gratidão oferecendo um abraço para um recém-
chegado.
6 de fevereiro Eu não posso – nós podemos
Texto Básico, p. 68
“Eu não posso, mas nós podemos”. Esta simples mas profunda verdade aplica-se
inicialmente para nossa primeira necessidade como membros de NA: juntos, podemos
ficar limpos, mas quando nos isolamos, estamos em má companhia. Para nos
recuperarmos precisamos do apoio de outros adictos.
A auto-suficiência não dificulta apenas nossa habilidade em ficar limpo. Com ou
sem drogas, viver com vontade egocêntrica inevitavelmente conduz ao desastre.
Dependemos de outras pessoas para tudo, desde bens e serviços até amor e
companheirismo, e a vontade egocêntrica nos coloca em constante conflito com essas
mesmas pessoas. Para viver uma vida plena, precisamos de harmonia com os outros.
Não dependemos apenas de adictos e de outras pessoas de nossa comunidade.
Poder não é um atributo humano, contudo precisamos dele para viver. Encontramos
isto em um Poder maior do que nós mesmos, o qual nos proporciona a orientação e a
força que nos falta. Quando temos a pretensão de ser auto-suficiente, nos isolamos de
uma fonte de poder que é suficiente para guiar-nos efetivamente através da vida: nosso
Poder Superior.
Auto-suficiência não funciona. Precisamos de outros adictos, precisamos de outras
pessoas e, para viver plenamente, precisamos de um Poder maior que nós mesmos.
Só por hoje: Eu terei fé em que à vontade de meu Poder Superior para mim é boa, e
que sou amado. Eu procurarei a ajuda de meu Poder Superior nos momentos de
necessidade.
8 de fevereiro O que é um padrinho?
“(...) sabemos que podemos contar com nosso padrinho nesses momentos,
mas é nossa a responsabilidade de entrar em contato com ele”.
IP Nº 11, “Apadrinhamento”
O que é um padrinho? Você sabe: aquela pessoa agradável com quem você tomou
café depois da primeira reunião. Aquela alma generosa que fica compartilhando a
experiência de recuperação sem cobrar nada. Aquele que fica surpreendendo você com
a chocante intuição a respeito de seus defeitos de caráter. Aquele que fica lembrando
você de acabar seu Quarto Passo e ouve o seu Quinto Passo e não conta pra ninguém
como você é esquisito.
É bastante fácil contar com tudo isso, uma vez que estamos acostumados com
alguém disponível para nós. Podemos nos descontrolar por um tempo e dizer a nós
mesmos: “Mais tarde eu procuro meu padrinho/madrinha, mas agora eu tenho que
limpar minha casa, ir às compras, perseguir aquilo que me atrai...” E assim, acabamos
com problemas, imaginando onde foi que erramos.
Nosso padrinho/madrinha não pode ler pensamentos. Depende de nós ir atrás e
pedir ajuda. Se precisarmos de ajuda com os passos, de uma checagem da realidade
para ajudar-nos a colocar em ordem nosso pensamento oprimido, ou de um simples
amigo, é nossa a responsabilidade de fazer o pedido. Padrinhos são calorosos, sábios,
pessoas maravilhosas, e suas experiências com recuperação são nossas – tudo o que
temos a fazer é pedir.
Só por hoje: Eu sou grato pelo tempo, pelo amor e pela experiência que meu padrinho
tem compartilhado comigo. Hoje, eu procurarei meu padrinho.
Auto-aceitação 9 de fevereiro
IP Nº 19 “Auto-aceitação”
Só por hoje: Eu sou aceito em NA; eu me “encaixo”. Hoje, é seguro começar a deixar
que os outros entrem em minha vida.
10 de fevereiro Diversão!
Texto Básico, p. 8
A adicção ativa não foi um piquenique; muitos de nós raramente saímos dela
vivos. Mas vociferando contra a doença, lamentando o que ela nos fez, tendo pena de
nós mesmos pela condição em que ela nos deixou – essas coisas só podem nos manter
presos ao estado de espírito de amargura e ressentimento. O caminho para a liberdade
e o crescimento espiritual começa quando a amargura acaba, com aceitação.
Não há como negar o sofrimento trazido pela adicção. Entretanto, foi a adicção
que nos trouxe para Narcóticos Anônimos; sem ela, nós nem ao menos teríamos
procurado e encontrado a bênção da recuperação. O isolamento nos forçou a procurar
o companheirismo. Ao nos causar sofrimento, adquirimos a experiência necessária
para ajudar os outros, e ajudar o outro era nossa única possibilidade. Ao quebrar nosso
orgulho, a adicção nos deu a oportunidade de nos rendermos aos cuidados de um
Poder Superior amoroso.
Não desejaríamos a doença da adicção para ninguém. Mas o que permanece é
que nós, adictos, continuamos com essa doença – e, além disso, sem essa doença
talvez nunca tivéssemos embarcado nessa nossa jornada espiritual. Milhares de
pessoas procuram a vida toda pelo que achamos em Narcóticos Anônimos:
companheirismo, propósito de vida e contato consciente com o Poder Superior. Hoje
somos gratos por tudo que nos trouxe essa bênção.
Só por hoje: Eu aceitarei minha doença como um fato e procurarei a bênção de minha
recuperação.
12 de fevereiro Vivendo o momento
Texto Básico, p. 8
Só por hoje: Quando eu vivo plenamente cada momento, eu me abro para as alegrias
que, de outra maneira, poderiam me escapar. Se eu estou tendo problemas, eu vou
pedir ajuda a um Deus amoroso.
Os laços que nos unem 13 de fevereiro
Texto Básico, p. 65
Só por hoje: Eu vou me esforçar para ser útil para nossa irmandade. Serei destemido
para descobrir que eu sou.
14 de fevereiro Honestidade e espiritualidade
Texto Básico, p. 27
Só por hoje: Eu procuro um Poder superior a mim mesmo que possa me ajudar a
crescer espiritualmente. Hoje vou examinar minhas crenças com honestidade e chegar
a minha própria compreensão de Deus.
Um despertar espiritual 15 de fevereiro
Texto Básico, p. 53
Só por hoje: Para despertar minha alma adormecida, eu usarei os Doze Passos.
16 de fevereiro Sentimento de fé
Alguns dias simplesmente não são de maneira que desejávamos que fossem.
Nossos problemas podem ser tão simples quanto um cordão de sapato arrebentado ou
uma fila de supermercado. Ou podermos vivenciar algo muito mais sério. Como a
perda de um emprego, de um lar ou de uma pessoa amada. De qualquer forma,
freqüentemente acabamos procurando uma maneira de evitar nossos sentimentos, em
vez de simplesmente admitir que aqueles sentimentos são dolorosos.
Ninguém nos promete que tudo será de nossa maneira quando paramos de usar. O
fato é que podemos ter certeza de que a vida vai seguir seu curso, estejamos usando ou
não. Vamos encarar dias bons e dias ruins, sentimentos confortáveis e sentimentos
dolorosos. Mas não precisamos mais fugir de nenhum deles.
Podemos sentir dor, mágoa, tristeza, raiva, frustração – todos esses sentimentos
que evitávamos com drogas. Descobrimos que podemos passar por essas emoções
limpos. Não vamos morrer e o mundo não vai acabar só porque temos sentimentos
desagradáveis. Aprendemos a confiar que podemos sobreviver ao que cada dia nos
traz.
“Pode ser analisado, aconselhado, persuadido, pode se rezar por ele, pode ser
amarrado, surrado ou trancado, mas não irá parar até que queira parar “.
Texto Básico, p. 70
Talvez uma das verdades mais difíceis de encarar em nossa recuperação seja:
somos tão impotentes perante a adicção do outro, quanto somo em relação à nossa.
Podemos pensar que por termos tido um despertar espiritual em nossas vidas,
deveríamos ser capazes de persuadir o outro adicto a encontrar recuperação. Mas há
limites Mas há limites no que podemos fazer para ajudar outro adicto.
Não podemos forçá-lo a parar de usar. Não podemos dar-lhe o resultado dos
passos ou crescer por ele. Não podemos tirar-lhe sua solidão nem sua dor. Não há nada
que possamos dizer para convencer um adito amedontrado a trocar a miséria conhecida
da adicção pela assustadora incerteza da recuperação. Não podemos entrar na pele de
outra pessoa, mudar seus objetivos ou decidir o que é melhor para ela.
Entretanto, se nos recusamos a exercer este poder sobre a adicção dos outros,
podemos ajudá-los. Eles podem crescer se permitirmos que encarem a realidade, não
importa quanto ela possa ser dolorosa. Eles podem se tornar mais produtivos, à sua
própria maneira, desde que não tentemos fazer por eles. Eles podem se tornar
autoridades em suas próprias vidas, já que somos autoridades apenas em nossas
próprias. Se aceitarmos tudo isso, poderemos fazer o que se deve – levar a mensagem,
não o adicto.
Só por hoje: Eu aceitarei que sou impotente não somente perante minha própria
adicção, mas também perante a de qualquer outra pessoa. Levarei a mensagem, não o
adicto.
18 de fevereiro A parceria da recuperação
Só por hoje: Eu honrarei meu compromisso de parceria com meu Poder Superior.
Texto Básico, p. 68
Uma reserva é algo que colocamos de lado para uso futuro. Em nosso caso, uma
reserva é a expectativa que, se isso ou aquilo acontecer, certamente recairemos. Que
acontecimento esperamos que seja doloroso demais para suportar? Talvez pensemos
que se, um esposo ou amante nos deixar, teremos que ficar alterados. Se perdermos
nosso emprego, pensamos que certamente vamos usar. Ou talvez a morte de uma
pessoa amada seja insuportável. Em qualquer caso, as reservas em que nos refugiamos
nos dão permissão para usar quando se efetivam – o que freqüentemente acontece.
Podemos estar preparados para o êxito em vez de recaída, examinando nossas
expectativas e alterando-as quando pudermos. A maioria de nós carrega consigo um
catálogo de sofrimentos antecipados intimamente relacionados a nossos medos.
Podemos aprender a como sobreviver à dor observando como outros membros
superam dores semelhantes. Podemos aplicar suas lições para nossas próprias
expectativas. Em vez de ficar dizendo a nós mesmos que teremos que ficar alterados se
aquilo acontecer, calmamente reafirmaremos que também podemos ficar limpos, não
importando o que a vida possa nos trazer hoje.
Só por hoje: Eu verificarei se tenho alguma reserva que possa colocar em risco minha
recuperação e vou compartilhá-la com outro adicto.
Impotência e
20 de fevereiro responsabilidade pessoal
Texto Básico, p. 14
Só por hoje: Meus sentimentos, ações e escolhas são meus. Eu vou aceitar
responsabilidades por eles.
MARÇO
Ataque de ansiedade! - 1º de março
“(...) o Poder que nos trouxe para este programa ainda está
conosco, e continuará nos guiando se O deixarmos”.
Texto Básico, p. 29
Só por hoje: Meu Poder Superior não me trouxe até este ponto da recuperação
somente para me abandonar! Quando a ansiedade atacar, darei os passos específicos
para procurar o cuidado e a orientação contínuos de Deus.
2 de março - Sucesso
Texto Básico, p. 16
Antes de chegar em NA, poucos de nós tiveram muita experiência com o sucesso.
Cada tentativa de parar de usar por nós mesmos acabou em fracasso. Tínhamos
começado a abrir mão da esperança de encontrar qualquer alívio da adicção ativa.
Estávamos acostumados ao fracasso, esperando por ele, aceitando-o e pensando que
ele fazia parte de nossa estrutura.
Quando ficamos limpos, começamos a experimentar o sucesso em nossas vidas.
Começamos a nos orgulhar de nossas realizações. Começamos a correr riscos
saudáveis. Podemos ter alguns contratempos neste processo, mas mesmo estes podem
ser considerados como sucessos, se aprendemos com eles.
Algumas vezes, quando cumprimos uma meta, hesitamos em nos congratular, com
medo de parecer arrogantes. Mas nosso Poder Superior quer que tenhamos êxito e que
compartilhemos com os que amamos a alegria que temos de nossas realizações.
Quando compartilhamos nossos sucessos com os outros, em NA, freqüentemente eles
também começam a acreditar que podem alcançar suas metas. Quando temos sucesso,
ajudamos a colocar uma base para os outros que seguem no mesmo caminho.
Só por hoje: Eu vou me dar um tempo para saborear meus sucessos. Eu vou
compartilhar minhas vitórias com uma “atitude de gratidão”.
Recaída - 3 de março
Texto Básico, p. 88
Só por hoje: Eu agradeço a meu Poder Superior pela dádiva de NA. Eu sei que recair
não é a saída. Quaisquer desafios que enfrente, os enfrentarei com o Deus de minha
compreensão.
4 de março - O processo
Só por hoje: A vida é um processo; os Doze Passos são a chave. Hoje, eu usarei os
passos para participar desse processo, compreendendo e apreciando a mim mesmo e a
minha recuperação.
Texto Básico, p. 89
Basic Text, p.
176*
Não há dúvida que podemos racionalizar com êxito nosso caminho por algum
tempo em nossa recuperação. Porém, mais cedo ou mais tarde, temos que
honestamente encarar a verdade e começar a agir de acordo. Os princípios dos Doze
Passos nos guiam para uma vida nova em recuperação. Nela, há pouco espaço para a
racionalização.
Só por hoje: Eu não posso trabalhar os passos e também continuar enganando a mim
mesmo. Eu vou examinar minhas racionalizações, revelá-las a meu padrinho/madrinha
e me livrar delas.
*N. T. Esta página refere-se ao Livro 2 do Texto Básico em inglês.
Prioridades - 7 de março
Texto Básico, p.
47
As coisas podem se tornar realmente boas em nossa recuperação. Talvez tenhamos
encontrado nossa “alma gêmea”, construído uma carreira gratificante, iniciado uma
família. Talvez os relacionamentos com os membros de nossas famílias tenham-se
restabelecidos. As coisas estão indo tão bem que nós raramente temos tempo para
freqüentar as reuniões. Talvez comecemos a nos reintegrar na sociedade com tanto
êxito que esquecemos que nem sempre reagimos às situações como os outros.
Talvez, só talvez, tenhamos esquecidos algumas prioridades. A freqüência às
reuniões ainda é uma prioridade para nós? Ainda apadrinhamos? Telefonamos para
nosso padrinho/madrinha? Que passo estamos trabalhando? Ainda temos boa vontade
para sair da cama e atender, em alguma hora indesejável da noite, uma chamada do
Décimo-Segundo Passo? Lembramo-nos de praticar os princípios em todos os nosso
afazeres? Se outros em NA nos procuram, estamos disponíveis? Lembramo-nos de
onde viemos, ou os “bons momentos” têm nos permitido esquecer?
Para permanecer limpos, devemos nos lembrar de nosso passado. Estamos gratos
pelos bons momentos, mas não deixamos que eles nos desviem de nossa contínua
recuperação em Narcóticos Anônimos.
Só por hoje: Eu sou grato pelos bons momentos, mas não me esqueci de onde vim.
Hoje, minha primeira prioridade é ficar limpo e crescer em minha recuperação.
8 de março - Aprendendo a amar a nós mesmos
Texto Básico, p.
110
“Nós amaremos você até que você aprenda a amar a si mesmo”. Estas palavras,
freqüentemente ouvidas em nossas reuniões, prometem a chegada desse dia que tanto
esperamos – o dia em que saberemos como amar a nós mesmos.
Auto-estima – todos nós queremos essa qualidade impalpável, assim que ouvimos
falar sobre ela. Alguns de nós parecem deparar com ela acidentalmente, enquanto
outros embarcam num plano de ação completo que incluem dizer coisas positivas na
frente do espelho. Mas técnicas de faça-você-mesmo e outras curas psicológicas
tendenciosas podem somente nos levar até certo ponto.
Existem alguns passos práticos decisivos que podemos dar para demonstrar amor
por nós mesmos, quer “sintamos” esse amor ou não. Podemos cuidar de nossas
responsabilidades pessoais. Podemos fazer coisas boas para nós mesmos, como
faríamos para um amante ou amigo. Podemos começar a prestar atenção nas
qualidades que apreciamos em nossos amigos – qualidades como inteligência e humor
– e procurar por essas mesmas qualidades em nós mesmos. Com certeza
descobriremos que somos realmente pessoas dignas de amor e, uma vez que o
fizermos, estaremos bem em nosso caminho.
Só por hoje: Eu vou fazer algo que me ajude a reconhecer e sentir amor por mim
mesmo, hoje.
Pequenas coisas 9 de março
Texto Básico, p.
99
Só por hoje: Eu vou trabalhar minha paciência. Vou tentar não aumentar a dimensão
das coisas e caminhar com meu Poder Superior através de meu dia.
10 de março - Nossa própria recuperação
Texto Básico, p. 20
Existe muita coisa boa em Narcóticos Anônimos. As reuniões, por exemplo, são
ótimas. Vemos nossos amigos, ouvimos histórias inspiradoras, compartilhamos
algumas experiências práticas, talvez até mesmo entremos em sintonia com nosso
padrinho/madrinha. Os acampamentos, as convenções, as festas são todas
maravilhosas, diversão limpa em companhia de outros adictos em recuperação. Mas o
coração de nosso programa de recuperação são os Doze Passos – de fato, são o
programa!
Ouvimos dizer que não podemos ficar limpos por osmose – em outras palavras,
não podemos só freqüentar as reuniões, não importam quantas vezes, e esperar respirar
recuperação através dos poros de nossas peles. Recuperação, como diz o ditado, é um
trabalho interior. E as ferramentas que usamos para realizar este “trabalho interior” são
os Doze Passos. Ouvir interminavelmente sobre aceitação é uma coisa; trabalharmos o
Primeiro Passo, nós mesmos, é algo diferente. Histórias sobre fazer reparações podem
ser inspiradoras, ainda que nada vá nos libertar tanto do remorso quanto fazer o Nono
Passo. O mesmo se aplica a todos os Doze Passos.
Há muito o que apreciar em NA, mas para conseguir o máximo de nossa
recuperação devemos trabalhar os Doze Passos nós mesmos.
Só por hoje: Eu quero tudo o que meu programa pessoal tem para me oferecer. Vou
trabalhar os passos por mim mesmo.
Aliviando a carga 11 de março
Texto Básico, p.
41
Algumas vezes precisamos de algo para nos ajudar a compreender o quanto guardar
um ressentimento está nos fazendo mal. Podemos não estar atento a como os
ressentimentos são destrutivos. Pensamos: “E daí, eu tenho direito de estar com raiva”.
Ou: “Eu posso estar nutrindo um rancor ou dois, mas não vejo nenhum mal”.
Para ver mais claramente o efeito que guardar ressentimentos tem em nossas
vidas, poderíamos tentar imaginar que estamos carregando uma pedra por cada
ressentimento. Um pequeno rancor, tal como a raiva por alguém dirigir mal, poderia
ser representada por uma pedrinha. Nutrir má vontade em relação a um grupo inteiro
de pessoas poderia ser representado por um enorme pedregulho. Se, de fato,
verdadeiramente tivéssemos que carregar pedras por cada ressentimento, seguramente
nos esgotaríamos com o peso. Na verdade, quanto mais incômoda nossa carga, mais
sinceros nossos esforços para descarregá-la.
O peso de nossos ressentimentos impede nosso desenvolvimento espiritual. Se
verdadeiramente desejamos liberdade, vamos procurar nos livrar do máximo de peso
extra que for possível. À medida que nos aliviamos, vamos notar uma maior
habilidade para perdoar nossos companheiros seres humanos pelos seus erros, e nos
perdoarmos pelos nossos. Vamos alimentar nossos espíritos com bons pensamentos,
palavras gentis e ajuda aos outros.
Texto Básico, p.
85
Às vezes parece que nada muda. Levantamo-nos e vamos para o mesmo emprego
todos os dias. Jantamos à mesma hora todas as noites. Assistimos às mesmas reuniões
toda semana. Os rituais da manhã são idênticos aos que desempenhamos ontem, na
véspera e na antevéspera. Depois do inferno de nossa adicção e da loucura da
montanha russa do princípio da recuperação, a vida estável pode ser atraente – por um
tempo. Mas, eventualmente, compreendemos que queremos algo mais. Mais cedo ou
mais tarde, nos deixamos abater pelo tédio e pela monotonia progressiva em nossas
vidas.
Com certeza, há tempos em que nos sentimos vagamente insatisfeitos com nossa
recuperação. Nos sentimos como se estivéssemos, por alguma razão, perdendo alguma
coisa, mas não sabemos o quê ou porquê. Escrevemos nossa lista de gratidão e
achamos literalmente centenas de coisas pelas quais somos gratos. Todas as nossas
necessidades têm sido atendidas; nossas vidas estão mais preenchidas do que jamais
esperamos que pudessem estar. Então o que está acontecendo?
Talvez seja a hora de desenvolver nosso potencial até sua plenitude. Nossas
possibilidades são somente determinadas pelo que podemos sonhar. Podemos aprender
algo novo, traçar uma nova meta, ajudar outro recém-chegado ou fazer um novo
amigo. Com certeza, encontramos estímulo se procurarmos atentamente, e a vida
novamente se tornará cheia de significado, variada e plena.
Só por hoje: Eu vou quebrar a rotina e desenvolver meu potencial até sua plenitude.
Aquela pessoa especial -13 de março
IP Nº 11,
“Apadrinhamento”
Pedimos a alguém que nos apadrinhasse e as razões que tivemos para pedir àquela
pessoa em particular são tantas quantos os grãos de areia numa praia. Talvez tenhamos
escutado suas partilhas numa reunião e pensamos que eles eram divertidos ou
inspiradores. Talvez pensássemos que tinham ótimos carros e que conseguiríamos um,
trabalhando o mesmo programa que eles. Ou talvez vivêssemos numa pequena cidade
e eles eram as únicas pessoas que tinha tempo disponível para ajudar.
Quaisquer que sejam as nossas razões iniciais para conseguir o padrinho que
temos, certamente nossas razões para mantê-lo são bastante diferentes. De repente,
eles nos surpreenderão com alguma perspicácia espantosa, fazendo-nos imaginar se
andaram espionando nosso Quarto Passo. Talvez estejamos atravessando alguma
espécie de crise de vida, e suas experiências com o mesmo problema nos ajudaram
como jamais sonhamos. Quando estamos sofrendo e os chamamos, eles surgem com
uma combinação especial de palavras carinhosas que fornecem conforto genuíno.
Nenhuma dessas façanhas marcantes por parte de nossos padrinhos/madrinhas é
mera coincidência. Eles simplesmente fizeram o mesmo caminho antes de nós. Um
Poder Superior colocou esta pessoa especial em nossas vidas, e somos gratos por sua
presença.
Só por hoje: Eu vou apreciar esta pessoa especial em minha vida – meu
padrinho/madrinha.
14 de março - Relacionamentos
Texto Básico, p.
31
Esta afirmação não diz tudo! Especialmente, com algum tempo em recuperação,
nossos inventários inteiros podem se focalizar em nossos relacionamentos com os
outros. Nossas vidas têm sido preenchidas com relacionamentos com amantes,
amigos, pais, colaboradores, filhos e outros com quem entramos em contato. Uma
olhada nessas associações pode nos dizer muito sobre nosso caráter essencial.
Freqüentemente nossos inventários catalogam os ressentimentos que surgem de
nossa interação com os outros no dia-a-dia. Esforçamo-nos para ver nossa parte nesses
atritos. Estamos colocando expectativas fantasiosas nessas pessoas? Impomos nossos
padrões sobre os outros? Somo às vezes absolutamente intolerantes?
Freqüentemente só o fato de escrever nosso inventário vai alivias parte da pressão
que um relacionamento problemático pode produzir. Mas devemos também
compartilhar esse inventário com outro ser humano. Dessa maneira, conseguimos
alguma perspectiva necessária de nossa participação no problema e da possibilidade de
trabalhar em direção a uma solução.
O inventário é uma ferramenta que nos permite começar a sanar nossos
relacionamentos. Aprendemos que hoje, com a ajuda de um inventário, podemos
começar a apreciar nossos relacionamentos com os outros.
Texto Básico, p.
107
A adicção ativa nos coloca à parte da sociedade, nos isolando. O medo estava no
âmago dessa alienação. Acreditávamos que, se deixássemos que os outros nos
conhecessem, eles somente descobririam nossa terrível imperfeição. A rejeição estaria
somente um passo adiante.
Quando vamos a nossa primeira reunião de NA, normalmente ficamos
impressionados com a familiaridade e amizade compartilhadas com outros adictos em
recuperação. Se nos permitirmos, também podemos rapidamente nos tornar parte dessa
Irmandade. Uma maneira de começar é ir junto com os companheiros para a
lanchonete local, depois da reunião.
Nesses encontros podemos derrubar as paredes que nos separam dos outros e
descobrir coisas sobre nós mesmos e outros membros de NA. Uma a uma, podemos às
vezes revelar coisas que talvez estejamos relutantes em compartilhar no grupo.
Aprendemos, nestes encontros, a ter conversas triviais até tarde da noite e também a
formar profundas e fortes amizades.
Com nossos recém-descobertos amigos de NA, não temos mais que viver em
isolamento. Podemos nos tornar parte de um todo maior, a Irmandade de Narcóticos
Anônimos.
Texto Básico, p.
29
Só por hoje: Se eu quero descobrir quem sou, olharei para quem tenho sido e quem
quero ser.
Verdadeira coragem 17 de março
Texto Básico, p.
93
Antes de chegar em NA, muitos de nós pensavam que eram valentes simplesmente
porque nunca tinham experimentado o medo. Tínhamos drogado todos os nossos
sentimentos, entre eles o medo, até nos convencermos de que éramos fortes, pessoas
corajosas que não se abateriam em nenhuma circunstância.
Mas encontrar coragem nas drogas não tem nada a ver com a maneira como
vivemos hoje. Limpos e em recuperação, estamos sujeitos a sentir, às vezes,
amedrontados. Quando, pela primeira vez, compreendemos que estamos nos sentindo
amedrontados, podemos pensar que somos covardes. Temos medo de pegar o telefone,
porque a pessoa do outro lado poderia não compreender. Temos medo de pedir a
alguém para nos apadrinhar porque poderíamos receber um não. Temos medo de
procurar um emprego. Temos medo de ser honesto com nossos amigos. Mas todos
esses medos são naturais, até mesmo saudáveis. O que não é saudável é permitir que o
medo nos paralise.
Quando permitirmos que o medo impeça nosso crescimento, seremos derrotados.
A verdadeira coragem não é a ausência de medo, mas, pelo contrário, a boa vontade
para caminhar apesar dele.
Só por hoje: Eu serei corajoso hoje. Quando estiver com medo, farei o que for preciso
para crescer em recuperação.
18 de março - A mensagem plena
Texto Básico, p.
60
A riqueza de nossa recuperação é boa demais para conservar só para nós. Alguns
de nós acreditam que, quando falam nas reuniões, devem “levar em consideração o
recém-chegado” e sempre tentar levar uma mensagem positiva. Mas algumas vezes a
mensagem mais positiva que podemos levar é que estamos atravessando tempos
difíceis em nossa recuperação e, apesar disto, estamos ficando limpos!
Sim, é gratificante levar uma mensagem forte de esperança para nossos membros
mais novos. Afinal, ninguém gosta de um chorão. Mas as coisas penosas acontecem, e
a vida como ela é pode gerar crises mesmo na recuperação de membros mais antigos
de Narcóticos Anônimos. Se estamos equipados com as ferramentas do programa,
podemos atravessar tal tumulto e permanecer limpos para contar a história.
A recuperação não acontece toda de uma vez; é um processo contínuo, algumas
vezes uma luta. Quando diluímos a plenitude de nossa mensagem, ao nos
descuidarmos de compartilhar os tempos difíceis que possamos ter atravessado durante
nossa jornada, falhamos em permitir aos recém-chegados a chance de ver que eles,
também, podem permanecer limpos, não importa o que aconteça. Se compartilhamos a
plena mensagem de nossa recuperação, podemos não saber quem será beneficiado,
mas podemos estar certos de que alguém será.
Só por hoje: Eu vou honestamente compartilhar tanto os bons tempos como os tempos
difíceis de minha recuperação. Eu vou lembrar que minha experiência em atravessar
adversidades pode beneficiar outro membro.
Algo valioso para compartilhar - 19 de março
Texto Básico, p.
55
Você está numa reunião. A partilha está sendo feita há algum tempo. Um ou dois
membros descrevem suas experiências espirituais de uma maneira especialmente
significativa. Outro membro nos envolveu a todos com suas histórias divertidas E
então o coordenador chama você... ai! Você timidamente se apresenta, em tom de
desculpa balbucia algumas frases, agradece a todos por ouvirem, e fica sentado o resto
da reunião em silêncio, embaraçado. Soa familiar? Bem, você não está sozinho.
Nós todos tivemos momentos em que sentimos que nossa partilha não era
suficientemente espiritual, não era suficientemente divertida, não era algo suficiente.
Mas compartilhar não é um esporte competitivo. O alimento de nossas reuniões é a
identificação e a experiência, algo que todos temos em abundância. Quando
compartilhamos com nossos corações a verdade de nossas experiências, outros adictos
sentem que podem confiar em nós, porque eles sabem que somos como eles. Quando
simplesmente compartilhamos o que tem sido eficaz em nossas vidas, podemos estar
certos de que nossa mensagem será de grande auxílio para os outros.
Nossa partilha não tem que ser elegante ou engraçada para soar verdadeira. Cada
adicto trabalhando um programa honesto que traz recuperação significativa tem
alguma coisa de imenso valor para compartilhar, algo que ninguém mais pode dar: sua
própria experiência.
Só por hoje: Eu tenho algo valioso para compartilhar. Vou assistir a uma reunião hoje
e partilhar minha experiência em recuperação da adicção.
20 de março - Poder Superior
"A maioria de nós não tem dificuldade de admitir que a adicção havia
Se tornado uma força destrutiva em nossas vidas. Nossos melhores
esforços resultavam em destruição e desespero cada vez maiores.
Chegamos a um ponto em que percebemos que precisávamos
da ajuda de um Poder maior do que a nossa adicção.”
Texto Básico, p.
25
A maioria de nós não tem dúvidas de que nossas vidas foram preenchidas com
destruição. Aprender que temos uma doença chamada adicção nos ajuda a
compreender a fonte ou a causa dessa destruição. Podemos reconhecer na adicção um
poder que devastou nossas vidas. Quando fazemos o Primeiro Passo, admitimos que a
força destrutiva da adicção é maior do que nós. Somos impotentes perante ela.
Nessa altura, nossa única esperança é encontrar um Poder maior do que a força de
nossa adicção – um Poder empenhado na preservação da vida, não em eliminá-la. Não
temos que compreendê-lo ou mesmo dar-lhe um nome; somente temos que acreditar
que pode existir este Poder Superior. A crença de que um Poder benevolente maior
que nossa adicção possa existir nos dá a esperança suficiente para permanecermos
limpos, um dia de cada vez.
Só por hoje: Eu acredito na possibilidade de algum Poder que seja maior que minha
adicção.
Uma doença tratável - 21 de março
Texto Básico, p.
3
Em nossa primeira reunião podemos ter ficado surpresos quando os membros
partilharam como a doença da adicção tinha afetado suas vidas. Pensamos: “Doença?
Eu só tenho um problema com drogas! O que afinal eles estão falando?”
Depois de algum tempo no programa, começamos a perceber que a nossa adição
era mais profunda do que nosso obsessivo e compulsivo uso de drogas. Vimos que
sofríamos de uma doença crônica que afetava várias áreas de nossas vidas. Não
sabíamos como tínhamos “pego” esta doença, mas ao nos examinar percebemos que
ela tem estado presente em nós por muitos anos.
Assim como a doença da adicção afeta todas as áreas de nossas vidas, o mesmo
acontece com o Programa de NA. Assistimos à nossa primeira reunião com todos os
sintomas presentes: o vazio espiritual, a agonia emocional, a impotência, o
descontrole.
Tratar nossa doença envolve muito mais do que mera abstinência. Usamos os
Doze Passos e, embora não “curem” nossa doença, eles começam a nos fortalecer. À
medida que nos recuperamos, experimentamos a dádiva da vida.
Texto Básico, p.
77
Só por hoje: Não há limites para a liberdade que eu possa adquirir ao me auto-
sustentar. Eu vou aceitar responsabilidade pessoal e me sustentar por meus próprios
meios hoje.
Presente de Deus 23 de março
Texto Básico, p.
51
Nosso relacionamento com nosso Poder Superior é uma rua de mão dupla. Ao rezar,
falamos e Deus escuta. Quando meditamos, fazemos o melhor que podemos para
escutar o desejo de nosso Poder Superior. Sabemos que somos responsáveis por nossa
parte deste relacionamento. Se não rezarmos e escutarmos, excluiremos nosso Poder
Superior de nossas vidas.
Quando pensamos sobre nosso relacionamento com nosso Poder Superior, é
importante lembrar que somos a parte impotente. Podemos pedir orientação; podemos
pedir boa vontade ou força; podemos pedir conhecimento do desejo de nosso Poder
Superior – mas não podemos fazer exigências. O Deus de nossa compreensão – aquele
com poder – vai preencher a metade desse relacionamento dando-nos exatamente o
que precisamos, quando precisamos.
Precisamos agir a cada dia para manter vivo nosso relacionamento com o Poder
Superior. Uma maneira de fazer isso é aplicando o Décimo Primeiro Passo. Então nos
lembramos de nossa própria impotência e aceitamos a vontade de um Poder maior do
que nós mesmos.
Só por hoje: Em meu relacionamento com meu Poder Superior, eu sou o impotente.
Recordando quem eu sou, hoje eu vou humildemente aceitar os presentes do Deus que
compreendo.
24 de março - Desprendendo-se do passado
"Não é onde estávamos que conta, mas para onde estamos indo”.
Texto Básico, p.
24
Só por hoje: Eu vou fazer as malas e me afastar de meu passado para um presente
cheio de esperança.
Eu não posso, mas nós podemos - 25 de março
Texto Básico, p.
106
Não admitir fraqueza, esconder todos os defeitos, negar cada falha, seguir só – este
era o credo que muitos de nós seguiam. Negávamos que éramos impotentes perante
nossa adicção, que nossas vidas tinham-se tornado incontroláveis, apesar de todas as
evidências em contrário. Muito de nós não se renderiam sem a certeza de que haveria
alguma coisa que valesse a pena a que se render. Muitos de nós fizeram o Primeiro
Passo somente quando tiveram a evidência de que adictos poderiam se recuperar em
Narcóticos Anônimos.
Em NA, encontramos outros que passaram pelas mesmas dificuldades, com as
mesmas necessidades, que acharam ferramentas que funcionam para eles. Estes adictos
estão querendo compartilhar estas ferramentas conosco e nos dar o apoio emocional de
que precisamos para aprender a usá-las. Adictos em recuperação sabem quanto é
importante à ajuda de outros, porque eles próprios têm recebido esta ajuda. Quando
nos tornamos parte de Narcóticos Anônimos, participamos de uma sociedade de
adictos como nós mesmos, um grupo de pessoas que sabe que nos ajudamos
mutuamente a nos recuperar.
"O padrinho é (...) alguém a quem confiamos nossas experiências boas e ruins.”
IP Nº 11,
“Apadrinhamento”
A idéia de apadrinhamento pode ser nova para nós. Passamos muitos anos sem
orientação, confiando somente no interesse pessoal, suspeitando de todo mundo, não
confiando em ninguém. Agora que estamos aprendendo a viver em recuperação,
descobrimos que precisamos de ajuda. Não podemos mais fazê-los sozinhos; temos
que correr o risco de confiar em outro ser humano. Freqüentemente, a primeira pessoa
com quem corremos esse risco é o nosso padrinho/madrinha – alguém a quem
respeitamos, com quem nos identificamos, em quem temos razão de confiar.
À medida que nos abrimos com nosso padrinho, um laço se envolve entre nós.
Revelamos nossos segredos e desenvolvemos confiança na discrição de nosso
padrinho. Compartilhamos nossa dor e somos recebidos com empatia. Conseguimos
conhecer um ao ouro, respeitar um ao outro, amar um ao outro. Quanto mais nós
confiamos em nosso padrinho, mais aprendemos a confiar em nós mesmos.
A confiança ajuda a nos afastar de uma vida de medo, confusão, desconfiança e
desonestidade. No começo, parece arriscado em confiar em outro adicto. Mas esta
confiança é o mesmo princípio que aplicamos em nosso relacionamento com o Poder
Superior – arriscada ou não, nossa experiência nos diz que não podemos viver sem ela.
E quanto mais corremos o risco de confiar em nosso padrinho, mais aberto estaremos
para experimentar nossas vidas.
Texto Básico, p.
12
Só por hoje: Eu vou deixar de lado meus julgamentos negativos dos outros e, em vez
disso, vou me concentrar em apreciar as qualidades favoráveis de todos.
28 de março - Encarando os sentimentos
Texto Básico, p.
32
Só por hoje: Eu não vou fugir das emoções desconfortáveis que eu possa
experimentar. Vou usar o apoio de meus amigos em recuperação para ajudar a encarar
minhas emoções
Nossa verdadeira vontade 29 de março
“(...) a vontade de Deus em relação a nós consiste nas coisas que mais valorizamos.
A vontade de Deus para nós torna-se nossa própria verdadeira vontade. ”
Texto Básico, p.
52
Só por hoje: Pelo aperfeiçoamento de meu contato consciente com Deus, meus
valores têm mudado. Hoje, eu vou praticar a vontade de Deus, minha própria e
verdadeira vontade.
30 de março Centrado em Deus
Texto Básico, p.
103
Só por hoje: Eu vou confiar em meu Poder Superior. Eu vou aceitar que,
independentemente do que aconteça, meu Poder Superior vai me prover de recursos
para viver.
Interior e exterior - 31 de março
Texto Básico, p.
115
Só por hoje: Eu vou checar meu exterior para ter certeza de que ele combina com meu
interior. Vou tentar agir no crescimento que tenho experimentado na recuperação.
ABRIL
Amor e adicção 1º de abril
Texto Básico, p. 7
"A nossa imagem pública consiste naquilo que temos a oferecer, uma maneira bem
sucedida e comprovada de manter um estilo de vida sem drogas.”
Texto Básico, p.
02
Sim, estamos atraindo novos membros. Mais e mais adictos estão encontrando
Narcóticos Anônimos. Mas como tratamos nossos mais novos membros quando eles
chegam, exausto de suas lutas com a adicção? Entramos em contato com os recém-
chegados que estão sozinhos em nossas reuniões, confusos e inseguros? Estamos
dispostos a dar-lhes uma carona para as reuniões? Damos atenção ao adicto que ainda
sofre? Damos o número de nossos telefones? Estamos dispostos a atender a um
chamado de Décimo Segundo Passo, mesmo que isto signifique levantar de nossas
camas confortáveis no meio da noite? Trabalharíamos com alguém que tem uma
orientação sexual diferente ou é de outra cultura? Somos generosos para doar o nosso
tempo?
Não há dúvida de que fomos recebidos com amor e aceitação por nossos
companheiros adictos. O que atraiu muitos de nós para Narcóticos Anônimos foi o
sentimento de que finalmente havíamos encontrado um lugar ao qual pertencíamos.
Estamos oferecendo a nossos novos membros aquele mesmo sentido de pertencer?
Não podemos promover Narcóticos Anônimos, mas, quando colocamos princípios em
ação em nossas vidas, atraímos os mais novos membros para o caminho de NA, da
mesma forma que fomos atraídos para a recuperação.
Só por hoje: Eu vou trabalhar com um recém-chegado. Vou lembrar que uma vez fui
um recém-chegado. Vou procurar atrair outros com o mesmo sentimento de pertencer
que descobri em NA.
Só para você - 3 de abril
Texto Básico, p. 54
Só por hoje: Não importa a forma particular, meu despertar espiritual tem me ajudado
a ocupar meu lugar no mundo com amor e vida. Por isto, eu sou grato.
4 de abril - Protegendo nossa recuperação
Texto Básico, p.
112
Muitos de nós irão deparar com escolhas que desafiam nossa recuperação. Se nos
encontramos em extrema dor física, por exemplo, teremos que decidir se tomaremos
ou não medicamentos. Teremos que ser muito honestos com nós mesmos sobre a
gravidade de nossa dor, honestos com nosso médico sobre nossa adicção e nossa
recuperação, e honestos com nossos padrinhos/madrinhas. No final, entretanto, a
decisão é nossa, pois somos nós que devemos viver as conseqüências.
Um outro desafio comum é a escolha de ir a uma festa na qual o álcool será
servido. Novamente, devemos considerar nosso próprio estado espiritual. Se alguém
que apóia nossa recuperação pode ir ao evento conosco, melhor ainda. Entretanto, se
não nos sentimos preparados para tamanho desafio, devemos provavelmente recusar o
convite. Hoje, sabemos que manter nossa recuperação é mais importante do que
preservar a imagem.
Tais decisões são duras, requerem não somente nossa consideração cuidadosa, mas
a orientação de nosso padrinho/madrinha e a entrega completa a um Poder Superior.
Usando todos esses recursos, tomamos a melhor decisão que podemos. No final,
entretanto, a decisão é nossa. Hoje, somos responsáveis por nossa própria recuperação.
Só por hoje: Diante de uma decisão que possa desafiar minha recuperação, eu
consultarei todos os recursos à disposição antes de tomar minha decisão.
Identificação - 5 de abril
Só por hoje: Eu estou agradecido por poder me identificar com outros. Hoje, ao
partilharem suas experiências, eu ouvirei e partilharei as minhas com eles.
*N.T. Esta página refere-se ao Livro 2 do Texto Básico em inglês.
6 de abril - Honestidade progressiva
Quando chegamos a Narcóticos Anônimos pela primeira vez, muito de nós não
tinha ocupação legítima. Nem todos decidem de repente que se tornarão modelos de
cidadãos, honestos e produtivos, no momento que chegamos em Narcóticos
Anônimos. Mas logo percebemos, em recuperação, que não nos sentimos tão
confortáveis fazendo muitas das coisas que fizemos, sem pensar duas vezes, quando
estávamos usando.
Ao progredir em nossa recuperação, começamos a ser honestos em questões que
provavelmente não tinham nos preocupado quando usávamos. Começamos a devolver
um troco que o caixa possa ter dado a mais por engano, ou a admitir quando batemos
em um carro estacionado. Percebemos que, se podemos começar a ser honestos nestas
pequenas coisas, testes maiores de nossa honestidade tornam-se muito fáceis de
superar.
Muitos de nós chegaram aqui com pouca capacidade de ser honesto. Mas
percebemos que, ao trabalharmos os Doze Passos, nossas vidas começaram a mudar.
Não nos sentimos mais confortáveis quando nos beneficiamos às custas dos outros. E
podemos nos sentir bem com nossa recém-descoberta honestidade.
Texto Básico, p. 11
Só por hoje: Eu não vou ter mais arrependimento por meu passado, porque com ele,
posso compartilhar com outros adictos, talvez evitando a dor ou mesmo a morte de
alguém.
8 de abril - Felicidade
Texto Básico, p.
100
Se alguém parasse você hoje na rua e perguntasse se você está feliz, o que você
diria? “Bom, huumm..., deixe-me ver..., tenho um lugar para morar, comida na
geladeira, um emprego, meu carro está funcionando... Bom, sim, acha que estou feliz”,
seria sua resposta. Estes são exemplos aparentes das coisas que muitos de nós
associam tradicionalmente à felicidade. Contudo, freqüentemente, esquecemos que
felicidade é uma escolha; ninguém pode nos fazer felizes.
Felicidade é o que encontramos em nosso envolvimento com Narcóticos
Anônimos. A felicidade que recebemos de uma vida centrada em servir ao adicto que
ainda sofre é realmente grandiosa. Quando colocamos o serviço a outros acima de
nossos próprios desejos, descobrimos que tiramos o foco de nós mesmos. Como
resultado, vivemos uma vida plena e harmoniosa. Estando a serviço de outros,
descobrimos que nossas necessidades estão sendo mais que preenchidas.
Felicidade, o que é isso, realmente? Podemos pensar na felicidade como
contentamento e satisfação. Estes estados de espírito parecem chegar a nós quando
menos lutamos para obtê-los. Quando vivemos só por hoje, levando a mensagem ao
adicto que ainda sofre, encontramos contentamento, felicidade e uma vida
profundamente significativa.
Só por hoje: Eu vou ser feliz. Encontrarei minha felicidade servindo os outros.
Deixando-se levar - 9 de abril
Só por hoje: Posso viver meus sentimentos. Com a ajuda de meu padrinho/madrinha,
meus amigos de NA e meu Poder Superior, eu estou livre para não me deixar levar por
meus sentimentos negativos.
10 de abril Muito ocupado
Texto Básico, p.
92
Depois de algum tempo limpos, alguns de nós temos a tendência de esquecer qual
é nossa prioridade mais importante. Uma vez por semana, ou menos dizemos: “Eu
tenho que ir a uma reunião hoje. Já faz...”. Estamos ocupados em outras coisas,
importantes com certeza, mas não mais importante do que nossa participação contínua
em Narcóticos Anônimos.
Isso acontece gradualmente. Encontramos trabalho. Nos reunimos com nossas
famílias. Estamos criando crianças, o cachorro está doente ou estamos indo a escola à
noite.A casa precisa ser limpa. A grama precisa ser aparada. Temos que trabalhar até
tarde. Estamos cansados. Tem um bom show no teatro hoje à noite. E, de repente,
percebemos que não telefonamos mais para o nosso padrinho/madrinha, não fomos a
uma reunião, não falamos com um recém-chegado, ou até mesmo não falamos com
Deus há bastante tempo.
O que fazemos nesta circunstância? Bem, ou renovamos nosso compromisso com
nossa recuperação, ou continuamos ocupados demais para nos recuperar, até que
alguma coisa acontece e nossas vidas tornem incontroláveis. Que escolha! Nossa
melhor opção é colocar mais energia na manutenção dos alicerces sobre os quais
nossas vidas estão construídas. Esses alicerces fazem com que todas as outras coisas
sejam possíveis e certamente irão ruir, se ficarmos muito ocupados com elas.
Só por hoje: Eu não posso me dar ao luxo de estar ocupado demais para me recuperar.
Eu irei fazer alguma coisa hoje que sustente minha recuperação.
Uma mente fechada 11 de abril
“Uma idéia nova não pode ser enxertada numa mente fechada... A mente aberta nos
conduz ao próprio discernimento, o qual nos escapou a vida todo”.
Só por hoje: Eu pedirei ao meu Poder Superior que abra minha mente às novas idéias
de recuperação.
12 de abril - O grande quadro
"... todo despertar espiritual tem alguma coisa em comum. Os elementos comuns
incluem o fim da solidão e um sentido de direção nas nossas vidas”.
Texto Básico, p.
54
Só por hoje: Eu sou apenas uma pessoa num esquema integral das coisas.
Humildemente aceito meu lugar no grande quadro.
Agradando pessoas 13 de abril
Texto Básico, p. 15
Quando outras pessoas aprovam o que fazemos ou dizemos, nos sentimos bem;
quando elas desaprovam, nos sentimos mal. Suas opiniões sobre nós, e como estas
opiniões nos fazem sentir, podem ter um valor positivo. Por nos trazerem a confiança
de estarmos traçando o rumo certo, elas nos encorajam a continuar nossa jornada.
“Agradar pessoas” é algo totalmente distinto. Nós “agradamos pessoas” quando
fazemos coisas, certas ou erradas, expressamente para conseguir a aprovação de outra
pessoa.
Baixa auto-estima pode nos fazer pensar que precisamos da aprovação de outra
pessoa para nos sentirmos bem a nosso respeito. Fazemos tudo aquilo que achamos
que será necessário para que nos digam que somos legais. Sentimo-nos bem por um
momento. E aí começamos a passar mal. Tenteando agradar a outra pessoa,
diminuímos a nós mesmos e a nossos valores. Nós nos damos conta de que a
aprovação de outra pessoa não irá preencher o vazio dentro de nós.
A satisfação interior que procuramos pode ser encontrada fazendo as coisas
certas pelos motivos certos. Quebramos o ciclo do agrado de pessoas quando paramos
de agir somente para conseguir o reconhecimento de outros e começamos a agir de
acordo com a vontade de nosso Poder Superior para conosco. Quando o fazemos,
podemos ser agradavelmente surpreendidos ao descobrir que as pessoas que realmente
contam em nossas vidas vão aprovar ainda mais nosso comportamento. Acima de tudo,
porém, nós nos aceitamos.
Só por hoje: Poder Superior ajude-me a viver de acordo com os princípios espirituais.
Somente assim poderei me aceitar.
14 de abril Uma nova visão
Texto Básico, p.
36
Só por hoje: Eu imaginarei como seria minha vida sem meus defeitos de caráter. Vou
pedir para ter boa vontade de deixar que Deus remova meus defeitos.
Continue voltando - 15 de abril
Texto Básico, p. 29
Texto Básico, p.
62
A primeira vez que escutamos que deveríamos “agir como se”, muitos de nós
protestaram: “Mas isto não é honesto! Pensei que deveríamos sempre ser honestos
sobre nossos sentimentos em Narcóticos Anônimos”.
Talvez possamos refletir sobre como chegamos ao programa. Pode ser que não
acreditássemos em Deus, mas rezávamos mesmo assim. Ou que não estivéssemos
certos de que o programa funcionaria para nós, mas continuamos voltando às reuniões
apesar de nossos sentimentos. O mesmo se aplica à medida que progredimos em nossa
recuperação. Podemos ter pavor de aglomerações, mas se agirmos confiantes e
estendermos nossa mão, não apenas nos sentiremos melhor a nosso respeito, como
também descobriremos que não mais tememos grupos grandes.
Cada ação tomada nesta direção nos aproxima mais da pessoa que deveríamos ser.
Cada mudança positiva que fazemos constrói nossa auto-estima. Agindo diferente,
descobrimos que estamos começando a pensar diferente. Estamos formando um
pensamento apropriado “agindo como se”.
Só por hoje: Eu vou aproveitar a oportunidade de agir como se fosse capaz de aceitar
uma situação da qual eu costumava fugir.
Prioridade: reuniões - 17 de abril
“No começo senti que seria impossível freqüentar mais de uma ou duas reuniões
por semana, simplesmente porque minha agenda estava sobrecarregada.
Mais tarde percebi que minhas prioridades estavam invertidas. Tudo
o mais é que deveria se adequar a minha agenda de reuniões”.
Só por hoje: Em meu coração, eu sei que as reuniões me ajudam de todas as maneiras.
Hoje, eu quero o que é bom para mim. Eu irei a uma reunião.
*NB.T. Esta página refere-se ao Livro 2 do texto Básico em inglês.
18 de abril - “Eu compreendo”
Passo
Sete
Uma vez que estejamos inteiramente prontos para que nossos defeitos de caráter
sejam removidos, muitos de nós estaremos inteiramente prontos! Ironicamente é
quando a maior parte das confusões realmente começam. Quanto mais lutamos para
nos livrar de um defeito específico, mais forte ele se torna. É verdadeiramente uma
atitude de humildade perceber que não apenas somos impotentes perante nossa
adicção, mas também perante nossos próprios defeitos de caráter.
Finalmente, deslancha. O Sétimo Passo não sugere que nos livremos de nossos
defeitos de caráter e sim que peçamos a nosso Poder Superior que nos livre deles. O
foco de nossas orações diárias começa a mudar. Admitindo nossa inabilidade em nos
aperfeiçoarmos, rogamos a nosso Poder Superior que faço por nós o que não podemos
fazer por nós mesmos. E esperamos.
Por muitos dias, nosso programa pode ficar no Sétimos Passo. Podemos não
experimentar qualquer alívio imediato e total de nossos defeitos, mas muitas vezes
experimentamos uma mudança sutil em nossa percepção de nós mesmos e de outros.
Através dos olhos do Sétimo Passo, começamos a ver quem está à nossa volta de uma
maneira menos crítica. Sabemos que, assim como nós, muitos estão lutando com
defeitos dos quais adorariam se livrar. Sabemos que, assim como nós, eles são
impotentes perante seus próprios defeitos. Pensamos se eles também rezam
humildemente para que seus defeitos sejam removidos.
Começamos a avaliar outras pessoas da mesma forma que aprendemos a avaliar a
nós mesmos, com uma empatia nascida da humildade. Enquanto observamos os outros
e mantemos vigilância sobre nós mesmos, podemos finalmente dizer: “Eu
compreendo”.
Só por hoje: Deus me ajude a ver através dos olhos do Sétimo Passo. Ajude-me a
compreender.
Mexa-se - 19 de abril
Texto Básico, p. 36
Só por hoje: Eu quero uma vida melhor. Farei um inventário do que quero,
descobrirei como conseguí-lo, falarei com meu padrinho ou madrinha sobre isto. Vou
me mexer para isso.
20 de abril Desligamento
Só por hoje: Eu vou procurar fazer minha programação e deixar minha família aos
cuidados do Poder Superior.
Medo - 21 de abril
Texto Básico, p. 23
Muitos de nós descobrem que nossa antiga maneira de pensar era dominada pelo
medo. Tínhamos medo de não conseguir nossas drogas ou de não conseguir o bastante.
Tínhamos medo de ser descobertos, presos e encarcerados. Além disto, existiam os
medos de problemas financeiros, perda do lar, overdose e doença. E nosso medo
controlava nossas ações.
Os primeiros dias de recuperação não foram diferentes para muitos de nós;
naqueles dias, o medo também dominava nossos pensamentos. “E se ficar limpo doer
demais?” – nós nos questionávamos. “E se não conseguirmos? E se as pessoas em NA
não gostarem de mim? E se NA não funcionar?” O medo por trás destes pensamentos
pode ainda controlar nosso comportamento, nos impedindo decorrer os riscos
necessários para ficar limpos e crescer. Pode parecer mais fácil nos resignar a algum
fracasso, desistindo antes de começar. Mas este tipo de pensamento só nos leva à
recaída.
Para ficar limpo, devemos encontrar a boa vontade para mudar nossa antiga
maneira de pensar. O que já funcionou para outros adictos pode funcionar para nós –
mas devemos estar dispostos a tentar. Devemos trocar nossas antigas dúvidas cínicas
pelas novas afirmações de esperança. Quando fizermos isso, veremos que o risco vale
a pena.
Só por hoje: Eu rezo pela boa vontade para mudar minha antiga maneira de pensar e
pela capacidade de superar meus medos.
22 de abril - Viajando pela estrada aberta
Texto Básico, p. 40
Quando chegamos à nossa primeira reunião de NA, parecia que era o fim da linha
para nós. Não poderíamos mais usar. Estávamos espiritualmente falidos. A maioria de
nós estava totalmente isolada e não achava que teria mais razão de viver. Quando
começamos nosso programa de recuperação, quase não nos demos conta de que
estávamos ingressamos em um caminho de possibilidades ilimitadas.
No início, só o fato de não usar já era bastante durão. Porém, à medida que
observávamos outros adictos praticando os passos e aplicando estes princípios em suas
vidas, começamos a ver que a recuperação ia além do simples fato de não usar. As
vidas de nossos amigos de NA tinham mudado. Tinham um relacionamento com o
Deus da sua compreensão. Eram membros responsáveis da Irmandade e da sociedade.
Tinham uma razão para viver. Começamos, então, a acreditar que estas coisas também
seriam possíveis para nós.
À medida que continuamos em nossa jornada de recuperação, podemos ser
afastados de nosso caminho pela complacência, intolerância ou desonestidade. Quando
isto acontecer, precisamos reconhecer estes sinais rapidamente e voltar para nosso
caminho – a estrada aberta da liberdade e do crescimento.
Texto Básico, p. 27
Só por hoje: Tudo que tenho que saber sobre meu Poder Superior, agora, é que este é
um Poder que me ajuda a me manter limpo.
24 de abril Os Doze Passos da vida
Texto Básico, p. 8
Só por hoje: Eu vou ter a sabedoria de usar os Doze Passos em minha vida e a
coragem para crescer em minha recuperação. Eu vou praticar meu programa par me
tornar um membro produtivo e responsável da sociedade.
Abraçando a realidade 25 de abril
Só por hoje: Um dos presentes de minha recuperação é viver e aproveitar a vida como
ela é efetivamente. Hoje, eu abraçarei a realidade.
26 de abril Auto-aceitação
IP Nº 19, “Auto-aceitação”
Texto Básico, p. 31
Só por hoje: Quando descobrir um ressentimento, eu o verei como ele é e abrirei mão
dele.
28 de abril Quem realmente melhora
"Podemos também usar os passos para melhorar as nossas atitudes. Nosso melhor
raciocínio meteu-nos em encrencas. Reconhecemos a necessidade de mudar.”
Texto Básico, p. 59
No início da recuperação, a maioria de nós tinha pelo menos uma pessoa que não
podia suportar. Pensávamos que aquela pessoa era a mais grosseira, a mais detestável
de todo o programa. Sabíamos que existia alguma coisa que podíamos fazer, algum
princípio de recuperação que podíamos praticar para superar a maneira como nos
sentíamos em relação a ela – mas qual? Pedíamos orientação a nosso padrinho ou
madrinha. Provavelmente nos asseguravam com um sorriso divertido que, se
continuássemos voltando, veríamos a pessoa melhorar. Isto nos pareceu sensato.
Pensávamos que os passos de NA funcionavam na vida de todo mundo. Funcionando
para nós, poderiam funcionar também para esta pessoa horrível.
O tempo passou, e em algum momento, percebemos que aquela pessoa não parecia
mais tão grosseira e detestável como antes, De fato, ele ou ela tinha se tornado uma
pessoa tolerável, talvez até agradável. Tivemos uma boa surpresa ao perceber quem,
na verdade, tinha melhorado. Por continuar voltando e trabalhar os passos, nossa
percepção dessa pessoa tinha mudado. Aquela “praga” tornou-se tolerável. Porque
desenvolvemos alguma tolerância; ele ou ela tornou-se agradável porque
desenvolvemos a capacidade de amar.
Então, quem realmente melhora? Nós! À medida que praticamos o programa,
adquirimos uma visão totalmente nova daqueles que nos cercam por obter uma nova
visão de nós mesmos.
Durante nossa adicção ativa, o medo do futuro e do que podia acontecer era uma
realidade para muitos de nós. E se fôssemos presos? Perdêssemos nosso emprego?
Nosso cônjuge morresse? Fôssemos à falência? E isso, e aquilo, e aquilo outro. Não
era incomum para nós passar horas, até dias inteiros, pensando no que “poderia”
acontecer. Encenávamos enredos e conversas inteiras antes que acontecessem e
traçávamos nosso curso na base do “e se...”. Ao fazer isso nos preparávamos para um
desapontamento após o outro.
De ficar ouvindo nas reuniões, aprendemos que viver no presente, e não no
mundo do “e se”, é a única forma de eliminar nossas profecias auto-realizadoras de
escuridão e derrota. Só podemos lidar com o que é verdadeiro hoje e não com nossas
temerosas fantasias do futuro.
Vir a acreditar que nosso Poder Superior tem somente o melhor reservado para
nós é uma maneira de combater esse medo. Ouvimos nas reuniões que nosso Poder
Superior não vai nos dar mais do que podemos suportar em um dia. E sabemos Por
experiência que, se pedirmos, o Deus que compreendemos vai certamente cuidar de
nós. Permanecemos limpos através de situações adversas pela prática da fé nos
cuidados de um Poder Superior maior do que nós. Cada vez que o fizemos, nos
tornaremos menos temerosos do “e se” e mais confortáveis com o que é.
Quantas vezes ouvimos dizer nas reuniões que “Deus faz por nós o que não
podemos fazer por nós mesmos?”. Às vezes podemos empacar em nossa recuperação,
incapazes, temerosos ou com má vontade para tomar as decisões que sabemos dever
tomar para ir adiante. Talvez sejamos incapazes de acabar com um relacionamento que
simplesmente não está dando certo. Talvez nosso emprego esteja gerando sucessivos
conflitos. Ou talvez achemos que devemos encontrar um novo padrinho ou madrinha,
mas estamos com medo de começar a procurar. Pela graça de nosso Poder Superior,
mudanças inesperadas podem acontecer precisamente na área que nos sentimos
incapazes de modificar.
Às vezes nos permitimos empacar num problema em vez de ir adiante no rumo de
uma solução. Nestes momentos, seguidamente descobrimos que nosso Poder Superior
faz por nós o que não podemos fazer por nós mesmos. Talvez nossa companheira ou
companheiro decida terminar nosso relacionamento. Podemos ser despedidos ou
afastados. Ou nosso padrinho ou madrinha nos diz que não poderá mais trabalhar
conosco, obrigando-nos a procurar um novo.
Às vezes o que acontece em nossas vidas pode ser assustador, como as mudanças
costumam ser. Mas também ouvimos que “Deus nunca fecha uma porta sem abrir
outra”. Enquanto vamos adiante com fé, a força de nosso Poder Superior nunca está
longe de nós. Nossa recuperação fica fortalecida com estas mudanças.
Só por hoje: Confio em que o Deus de minha compreensão fará por mim o que eu não
posso fazer por mim mesmo.
MAIO
Auto-estima 1º de maio
Texto Básico, p. 19
Quando viemos pela primeira vez a NA, muitos de nós tivemos grande dificuldade
em aceitar os princípios espirituais que são à base deste programa – e por boas razões.
Não importa quanto tentamos controlar nossa adicção, nos encontramos impotentes.
Ficávamos com raiva e frustrados com qualquer um que sugerisse haver esperança
para nós, porque sabíamos mais. Idéias espirituais podem ter feito sentido na vida de
outras pessoas, mas não nas nossas.
Independente de nossas indiferença ou intolerância para com os princípios
espirituais fomos atraídos para Narcóticos Anônimos. Lá, encontramos outros adictos.
Eles estiveram onde estivemos, impotentes e sem esperança, e ainda assim
encontraram não só uma maneira de parar de usar, mas de viver e desfrutar a vida
limpos. Eles falaram dos princípios espirituais que indicaram o caminho desta nova
vida de recuperação. Para eles, estes princípios não eram apenas teorias, mas uma
parte de sua experiência prática.
Sim, tínhamos boas razões para sermos céticos, mas estes princípios espirituais
dos quais outros membros de NA falavam parecia mesmo funcionar.
Uma vez admitindo isto, não aceitamos necessariamente cada uma das idéias
espirituais que ouvimos. Mas começamos a pensar que, se estes princípios
funcionaram para outros, talvez funcionassem para nós também. Para começar, esta
boa vontade foi o bastante.
Só por hoje: Talvez os princípios espirituais que ouço em NA possam funcionar para
mim. Eu quero, pelo menos, abrir minha mente para a possibilidade.
Partilhando nossa gratidão 3 de maio
Prece da Gratidão
Só por hoje: Minha gratidão tem uma voz própria; quando fala, o coração
compreende. Hoje, eu vou compartilhar minha gratidão com os outros, encontrando ou
não palavras.
4 de maio “E o recém-chegado”
Tradição Cinco
Nosso grupo de escolha significa muito para nós. Afinal de contas, onde
estaríamos sem nossa reunião predileta de NA? Nosso grupo às vezes patrocina
piqueniques e outras atividades. Freqüentemente, os membros de nosso grupo de
escolha se juntam para ver um filme ou jogar boliche. Todos nós fizemos boas
amizades através de nosso grupo de escolha e não trocaríamos aquele calor por nada
no mundo.
Mas, de vez em quando, temos que fazer um inventário sobre o que nosso grupo
está fazendo para realizar seu propósito primordial – levar a mensagem ao adicto que
ainda sofre. Às vezes, quando vamos a nossas reuniões, conhecemos quase todo
mundo e nos contagiamos pelo riso e divertimento. Mas, e o recém-chegado?
Lembramos de dar boas-vindas para aqueles que visitam nosso grupo?
O amor encontrado nas salas de Narcóticos Anônimos nos ajuda a nos recuperar
da adicção. Mas, uma vez que tenhamos ficado limpos, temos que nos lembrar de dar a
outros o que nos foi dado livremente. Precisamos nos aproximar do adicto que ainda
sofre. Afinal, “o recém-chegado é a pessoa mais importante em qualquer reunião”.
Só por hoje: Eu sou grato pela irmandade calorosa que encontrei em meu grupo de
escolha. Vou estender minha mão para o adicto que ainda sofre, oferecendo a mesma
irmandade para outros.
Qualquer distância 5 de maio
“(...) eu estava pronto para percorrer qualquer distância para me manter limpo”.
Só por hoje: Eu estou disposto a percorrer qualquer distância para me manter limpo.
Manterei a mente aberta e aceitarei sugestões quando precisar.
*N.T. Esta página refere-se ao Livro 2 do Texto básico em inglês.
6 de maio Já estamos nos divertindo?
Texto Básico, p. 60
Só por hoje: Eu posso rir de mim mesmo. Posso receber uma piada. Vou ficar leve e
me divertir hoje.
Transformar tumulto em paz 7 de maio
“Com o mundo em tamanho tumulto, sinto que fui abençoado por estar onde estou”.
Só por hoje: Eu vou aumentar a paz no mundo ao viver, falar e agir de modo pacífico
em minha própria vida.
*N.T. Esta página refere-se ao Livro 2 do Texto Básico em inglês.
8 de maio Ensinável
De certo modo, a adicção é uma grande mestra. E, se não ensinar mais nada, ao
menos nos ensinará humildade. Dizem que a melhor idéia que já tivemos foi chegar
em NA. Agora que chegamos, estamos aqui para aprender.
A Irmandade de NA é um ambiente de aprendizagem maravilhoso para o adicto
em recuperação. Não precisamos nos sentir idiotas nas reuniões. Em vez disso,
encontramos outros que estiveram exatamente onde estivemos e que encontraram uma
saída. Tudo que temos que fazer é admitir que não temos todas as respostas e, então,
escutar quando outros compartilham o que mais funcionou para eles.
Como adictos em recuperação e como seres humanos, temos muito que aprender.
Outros adictos – e outros seres humanos – têm muito o que nos ensinar sobre o que
funciona e o que não. Enquanto pudermos ser ensinados, tiraremos proveito da
experiência de outros.
Só por hoje: Eu vou admitir que não tenho todas as respostas. Vou ver e escutar as
experiências de outros para obter as respostas de que preciso.
Escreva! 9 de maio
Texto Básico, p. 32
Só por hoje: Uma das maneiras pela qual eu posso buscar a verdade em recuperação é
escrevendo. Vou escrever sobre minha recuperação hoje.
10 de maio Prontificando-se inteiramente
"(...) e olhamos bem o que estes defeitos estão fazendo nas nossas vidas.
Começamos a ansiar pela nossa libertação desses defeitos”.
Texto Básico, p. 37
Só por hoje: Eu vou aumentar meu estado de prontidão, ficando mais consciente de
minhas imperfeições.
Equilibrando a balança 11 de maio
Texto Básico, p. 46
Só por hoje: Eu busco equilíbrio em minha vida. Hoje pedirei que outros partilhem
sua experiência em encontrar este equilíbrio.
12 de maio Vivendo com experiências espirituais
Texto Básico, p. 51
Só por hoje: Eu vou procurar quaisquer respostas de que posso precisar para entender
minhas experiências espirituais e incorporá-las em minha vida diária.
Continuando na jornada 13 de maio
Texto Básico, p. 90
Quanto mais nos mantemos limpos, tanto mais nosso caminho parece tornar-se
íngreme e estreito. Mas Deus não nos dá mais do que podemos suportar. Não importa
quão difícil e estreita fica a estrada, quão tortuosas são as curvas, há esperança. Esta
esperança está em nosso crescimento espiritual.
Se continuarmos a aparecer nas reuniões e a nos mantermos limpos, a vida se
torna... bem... diferente. A busca contínua por respostas aos altos e baixos da vida
pode nos levar a questionar todos os aspectos de nossas vidas. A vida não é sempre
agradável. É neste momento que temos que nos dirigir a nosso Poder Superior com
mais fé ainda. Às vezes, tudo que podemos fazer é nos segurar firmemente,
acreditando que as coisas vão melhorar.
Em tempo, nossa fé produzirá compreensão. Começaremos a ter uma “visão
maior” de nossas vidas. Quando nosso relacionamento com nosso Poder Superior se
desenvolve e aprofunda, a aceitação se torna quase instintiva. Não importa o que
aconteça, à medida que caminhamos através da recuperação, nós confiamos em nossa
fé em um Poder Superior amoroso e continuamos em frente.
Só por hoje: Eu aceito que não tenho todas as respostas para as questões da vida.
Portanto, terei fé no Deus de minha compreensão e continuarei na jornada da
recuperação.
14 de maio Opa!
Texto Básico, p. 25
Erros! Todos nós sabemos como nos sentimos ao cometê-los. Muitos de nós
sentimos que nossas vidas inteiras têm sido um erro. Freqüentemente consideramos
nossos erros com vergonha ou culpa – no mínimo, frustração e impaciência. Temos a
tendência de ver os erros como uma prova de que ainda somos doentes, loucos,
estúpidos ou danificados demais para nos recuperar.
Na verdade, os erros são uma parte bastante vital e importante do fato de sermos
humanos. Para pessoas particularmente teimosas, (como os adictos), os erros são
muitas vezes nossos melhores professores. Não há vergonha em cometer erros. De
fato, cometer novos erros freqüentemente mostra nossa vontade de nos arriscar e
crescer.
Porém, aprender com nossos erros nos ajuda; repetir os mesmos pode ser um sinal
de que estamos parados. E esperar resultados diferentes dos mesmos velhos erros,
bem, isto é o que chamamos “insanidade”. Simplesmente não funciona.
Só por hoje: Erros não são tragédias. Mas por favor, Poder Superior, me ajude a
aprender com eles!
Medo do Quarto Passo 15 de maio
“À medida que nos aproximamos deste passo, a maioria de nós teme que
haja um monstro dentro de nós que, se for libertado, irá nos destruir”.
Texto Básico, p. 29
A maioria de nós fica apavorada de olhar para nós mesmos, de sondar nosso
interior. Temos medo de que, se examinarmos nossas ações e motivos, encontraremos
um poço escuro e sem fundo, cheio de egoísmo e ódio. Mas, ao praticar o Quarto
Passo, descobrimos que esses medos eram infundados. Somos humanos, como todo
mundo – nem mais nem menos.
Todos nós temos traços de personalidade dos quais não somos especialmente
orgulhosos. Num dia ruim, podemos pensar que nossas falhas são piores do que as de
qualquer um. Teremos momentos em que duvidaremos de nós mesmos.
Questionaremos nossos motivos. Podemos até questionar nossa própria existência.
Mas, se pudéssemos ler as mentes de nossos companheiros, encontraríamos os
mesmos conflitos. Não somos melhores nem piores do que ninguém.
Nós só podemos mudar o que reconhecemos e entendemos. Em vez de
continuar a temer o que está enterrado dentro de nós, podemos colocar isto pra fora.
Não estaremos mais amedrontados e nossa recuperação florescerá à plena luz da
autoconsciência.
Só por hoje: Eu tenho medo do que não conheço. Vou expor meus medos e deixá-los
desaparecer.
16 de maio A vontade de Deus nosso Poder Superior
"A vontade de Deus para nós torna-se a nossa a própria verdadeira vontade.”
Texto Básico, p. 52
Os Doze Passos são uma passagem para nosso despertar espiritual. Este despertar
toma a forma de um relacionamento que se desenvolve com um Poder Superior
amoroso. A cada passo, fortalecemos este relacionamento. Ao continuar a trabalhar os
passos, o relacionamento cresce, tornado-se cada vez mais importante em nossas vidas.
No decorrer do trabalho dos passos, tomamos a decisão pessoal de deixar que um
Poder Superior amoroso nos oriente. Esta orientação está sempre disponível;
precisamos apenas de paciência para buscá-la. Freqüentemente, esta orientação se
manifesta na sabedoria interior que chamamos de nossa consciência.
Quando abrimos nosso coração a ponto de sentir a orientação de nosso Poder
Superior, experimentamos uma tranqüila serenidade. Esta paz é o farol que nos guia
através de nossos sentimentos tumultuados, oferecendo uma direção clara quando
nossas mentes estão inquietas e confusas. Ao buscar e seguir a vontade de Deus em
nossas vidas, encontramos o contentamento e a alegria que, freqüentemente, se afasta
de nós quando atuamos só por nossa conta. O medo ou a dúvida pode nos contaminar
quando tentamos levar adiante a vontade de nosso Poder Superior, mas aprendemos a
confiar no momento de clareza. Nossa maior alegria consiste em seguir a vontade de
nosso Deus amoroso.
Só por hoje: Eu vou procurar fortalecer meu relacionamento com meu Poder
Superior. Sei por experiência que o conhecimento da vontade de meu Poder Superior
me oferecerá um sentido de clareza, orientação e paz.
Defeitos 17 de maio
Passo Seis
Só por hoje: Eu vou examinar minuciosamente todos os meus defeitos de caráter para
descobrir se estou pronto a deixar que o Deus de minha compreensão os remova.
Amigos e reparações –
18 de maio mantendo a simplicidade
Passo Nove
Só por hoje: Eu quero ser um amigo responsável. Eu vou lutar para manter a
simplicidade quando fizer reparações.
Um inventário de crescimento 19 de maio
Texto Básico, p. 31
Quando o dia está chegando ao fim, muitos de nós refletimos sobre as 24 horas
passadas e consideramos como podemos viver de outra maneira no futuro. É fácil para
nossos pensamentos permanecerem ligados ao prático: trocar o óleo do carro, limpar a
sala ou esvaziar o cesto de lixo. Algumas vezes é preciso um esforço especial para nos
libertar dos pensamentos do dia-a-dia e entrar em um pensamento mais elevado.
Uma simples pergunta pode nos colocar neste caminho mais elevado: o que
pensamos que nosso Poder Superior quer para nós amanhã? Talvez precisemos
melhorar nosso contato com o Deus de nossa compreensão. Talvez estejamos
desconfortáveis em nosso trabalho ou relacionamento, permanecendo apenas por
medo. Podemos estar escondendo algum defeito de caráter problemático, receosos de
partilhá-lo com nosso padrinho/madrinha. A pergunta é: em que partes de nossas vidas
queremos realmente crescer?
No fim de cada dia, descobrimos o benefício de dedicar alguns momentos a
nosso Poder Superior. Podemos começar a refletir no que mais irá beneficiar nosso
programa de crescimento espiritual no dia seguinte. Pensamos sobre áreas nas quais
recentemente crescemos e sobre áreas que ainda requerem trabalho. Existe maneira
mais adequada para terminar o dia?
Só por hoje: Eu vou dedicar algum tempo no final do dia para me comunicar com
meu Poder Superior. Vou rever o dia que passou e meditar sobre o que está entre mim
e a vontade de meu Poder Superior para minha vida.
20 de maio Saindo do isolamento
A adicção ativa nos manteve isolados pro muitos motivos. No início, evitamos
família e amigos para que eles não percebessem que estávamos usando. Alguns de nós
evitamos todos os não adictos, temendo lições de moral e repercussões legais.
Depreciamos as pessoas que tinham vidas “normais” com família e passatempos; nós
os chamávamos de “caretas”, acreditando que nunca poderíamos gostar dos prazeres
simples da vida. Chegamos até evitar outros adictos, pois não queríamos dividir nossas
drogas. Nossas vidas se limitaram e nossas idéias se restringiram à manutenção diária
de nossa doença.
Hoje, nossas vidas são muito mais plenas. Apreciamos atividades com outros
adictos em recuperação. Temos tempo para nossas famílias. E descobrimos muitas
outras buscas que nos dão prazer. Que diferença do passado! Podemos viver a vida em
plenitude, como aquelas pessoas “normais” que depreciávamos. O prazer voltou a
nossas vidas, um presente da recuperação.
Só por hoje: Eu posso descobrir prazer nas coisas simples de minha vida diária.
Continue voltando! 21 de maio
“As reuniões não só nos mantém em contato com o que passamos, como também
nos aproxima de onde podemos chegar na nossa recuperação, principalmente”.
Texto Básico, p. 60
De várias maneiras, adictos são diferentes. Quando nós viemos para Narcóticos
Anônimos, descobrimos outros como nós mesmos, pessoas que nos entenderam e que
podíamos entender. Não precisávamos mais nos sentir como extraterrestres, estranhos
onde quer que fôssemos. Nós nos sentíamos em casa nas reuniões de NA, entre
amigos.
Não deixamos de ser adictos depois que ficamos limpos durante algum tempo.
Ainda precisamos nos identificar com os outros adictos. Continuamos vindo às
reuniões de NA para não esquecer quem somos, de onde viemos e para onde estamos
indo. Cada reunião nos lembra que nunca seremos bem-sucedidos em usar drogas.
Cada reunião nos lembra que nunca estaremos curados, mas que, praticando os
princípios do programa, poderemos nos recuperar. E cada reunião nos oferece a
experiência e o exemplo de outros adictos em recuperação.
Nas reuniões, vemos como pessoas diferentes trabalham seu programa e como
os resultados são aparentes em suas vidas. Se quisermos as vidas que vemos os outros
vivendo, podemos descobrir o que eles têm feito para chegar onde estão. As reuniões
de Narcóticos Anônimos nos oferecem identificação com o lugar de onde viemos e o
lugar aonde podemos chegar – identificação sem a qual não podemos continuar e que
não encontramos em nenhum outro lugar. Isto nos faz continuar voltando.
Só por hoje: Eu vou freqüentar uma reunião de NA para me lembrar de quem sou, de
onde vim e aonde posso chegar em minha recuperação.
22 de maio Sintomas de um despertar espiritual
Texto Básico, p. 53
Só por hoje: Meu desejo mais forte é ter um despertar espiritual. Eu vou prestar
atenção a seus sintomas e me regozijar quando os descobrir.
Padrinhos e reparações 23 de maio
Texto Básico, p. 43
Só por hoje: Eu desejo aceitar a responsabilidade por meus atos. Antes de fazer
qualquer reparação, eu vou falar com meu padrinho.
24 de maio Correndo o risco de ser vulnerável
Texto Básico, p. 92
Para não ficar vulneráveis, muitos de nós desenvolveram hábitos que mantinham
os outros a uma distância segura. Estes padrões de isolamento emocional podem nos
dar a sensação de que estamos irremediavelmente presos atrás de nossas máscaras.
Costumávamos assumir riscos em nossas vidas, agora podemos assumir riscos com
nossos sentimentos. Através da partilha com outros adictos, aprendemos que não
somos os únicos. Como estamos em boa companhia, não nos tornamos excessivamente
vulneráveis simplesmente por deixar que os outros nos conheçam. Trabalhando os
Doze Passos do Programa de NA, crescemos e mudamos. Não mais queremos ou
precisamos nos esconder. Nos foi oferecida à oportunidade de largar a camuflagem
emocional que desenvolvemos para sobreviver a nossa adicção ativa.
Revelando-nos para os outros, corremos o risco de nos tornar vulneráveis, mas a
recompensa vale o risco. Com a ajuda de nosso padrinho e outros adictos em
recuperação, aprendemos a expressar nossos sentimentos honesta e abertamente. Em
troca, nos tornamos preenchidos e encorajados pelo amor incondicional de nossas
companhias. À medida que praticamos os princípios espirituais, achamos força e
liberdade em nós mesmos e naqueles que nos cercam. Somos libertados para ser nós
mesmos e desfrutar a companhia de nossos companheiros adictos.
Texto Básico, p. 26
Muitos de nós tivemos dificuldade com a idéia de um Poder Superior até que
aceitamos completamente a profundidade de nossa impotência perante a adicção. Uma
vez que aceitamos, muitos de nós estão no mínimo dispostos a considerar a procura de
ajuda de algum Poder maior que nossa doença. A primeira mostra prática que muitos
de nós tivemos deste tipo de Poder é no grupo de NA. Talvez seja onde devemos
começar a desenvolver nossa própria compreensão de Deus.
Uma evidência do Poder no grupo é o amor incondicional mostrado quando
membros de NA ajudam uns aos outros sem expectativas de recompensa. A
experiência coletiva do grupo em recuperação, por si só, é um Poder maior que nós
mesmos, porque o grupo tem um conhecimento prático do que funciona e não
funciona. E o fato dos adictos continuar voltando às reuniões de NA, dia após dia, é a
demonstração da presença de um Poder Superior, de uma força atrativa e protetora que
ajuda o adicto ficar limpo e crescer.
Todas estas coisas são evidências de um Poder que pode ser encontrado nos
grupos de NA,. Quando olhamos ao redor com mente aberta, cada um de nós estará
apto a identificar outros sinais deste Poder. Não importa se o chamarmos de Deus,
Poder Superior ou qualquer outra coisa – desde que descubramos a maneira de
incorporá-lo em nossas vidas diárias.
Só por hoje: Eu vou abrir meus olhos e minha mente para os sinais do Poder que
existe em meu grupo de NA. Eu vou evocar este Poder para me ajudar a ficar limpo.
Enfrentado o desafio do dia 27 de maio
Texto Básico, p. 28
Só por hoje: Eu vou pedir ajuda a meu Poder Superior para ajudar-me a enfrentar cara
a cara o desafio de hoje.
28 de maio Como nós O compreendemos
Texto Básico, p. 38
Texto Básico, p. 62
Texto Básico, p. 92
Há uma diferença entre estar sozinho e estar só. Estar só é um estado do coração,
um vazio que nos faz sentir tristes e algumas vezes sem esperança. A solidão nem
sempre é aliviada quando estamos em relacionamentos ou nos cercando de outros.
Alguns de nós estão sós, mesmo estando em uma sala cheia de pessoas.
Muitos de nós chegaram a Narcóticos Anônimos através de desesperada solidão de
nossa adicção ativa. Depois de freqüentar as reuniões, começamos a fazer novos
amigos e, freqüentemente, nossos sentimentos de solidão diminuem. Mas muitos de
nós devem lutar com a solidão através de nossa recuperação.
Qual é a cura para solidão? A melhor cura é começar um relacionamento com o
Poder Superior que pode ajudar a preencher o vazio de nossos corações. Achamos que,
quando temos uma crença em um Poder Superior, nunca precisamos nos sentir sós,.
Podemos estar sozinhos mais confortavelmente quando temos um contato consciente
com um Deus de nossa compreensão.
Freqüentemente encontramos profunda satisfação em nossas interações com os
outros, conforme progredimos em nossa recuperação. Percebemos também que, quanto
mais perto chegamos de nosso Poder Superior, menos precisamos de nos cercar dos
outros. Começamos a descobrir dentro de nós um espírito que é nossa companhia
constante, ao continuar a explorar e a aprofundar nosso contato com um Poder maior
do que nós mesmos. Entendemos nossa ligação espiritual com algo maior do que nós
mesmos.
Só por hoje: Eu encontrarei bem estar em meu contato consciente com um Poder
Superior. Eu nunca estou sozinho.
Mantendo a simplicidade 31 de maio
Só por hoje: Eu vou manter a simplicidade vivendo apenas este momento. Hoje, vou
me ocupar apenas com os problemas de hoje; vou deixar os problemas de amanhã para
amanhã.
JUNHO
Continue voltando 1º de junho
“Não temos que estar limpos quando chegamos aqui, mas, depois
da primeira reunião, sugerimos que os recém-chegados continuem
voltando e que voltem limpos. Não temos que esperar uma overdose
ou prisão para receber ajuda de Narcóticos Anônimos”.
Texto Básico, p. 11
Só por hoje: Eu vou fazer um esforço para ouvir com a mente aberta o que escuto ser
partilhado.
2 de junho Doente e cansado
Texto Básico, p. 5
Alguma coisa não está funcionando. De fato, alguma coisa está errada há muito
tempo, nos causando sofrimento e complicando nossas vidas. O problema é que, num
dado momento, nos parece mais fácil continuar suportando o sofrimento de nossos
defeitos do que nos submeter a uma transformação de nosso modo de vida. Podemos
querer nos livrar do sofrimento, mas raramente estamos dispostos a fazer o que é
necessário para remover a fonte de sofrimento de nossas vidas.
Muito de nós procuramos a recuperação da adicção quando já estávamos “doentes
e cansados de estar cansados e doentes”. O mesmo é verdadeiro em relação à
procrastinação dos defeitos de caráter que carregamos ao longo de nossas vidas.
Somente quando não podemos continuar suportando nossos defeitos de caráter é que
sabemos que o sofrimento da mudança não pode ser tão ruim como o sofrimento em
que estamos hoje, é que a maioria de nós estará disposta a experimentar algo diferente.
Afortunadamente, os passos estão sempre aí, não importa o quanto estamos
doentes e cansados. A ironia disso é que , assim que tomamos a decisão de começar o
processo dos Doze Passos, percebemos que nossos temores não tinham fundamento.
Os passos nos oferecem um programa suave de mudanças, um passo de cada vez.
Nenhum passo por si mesmo é tão apavorante que não possamos trabalhá-lo. À medida
que aplicamos os passos em nossas vidas, vivenciamos uma mudança que nos liberta.
Só por hoje: Não importa o que me impeça de viver uma vida plena, feliz, sei que o
programa pode me ajudar a mudar, um passo de cada vez. Não preciso temer os Doze
Passos.
Reparações diretas e indiretas 3 de junho
Texto Básico, p. 44
O Nono Passo nos diz para fazer reparações diretas sempre que possível. Nossa
experiência nos diz para acompanhar estas reparações diretas com mudanças
duradouras em nossas atitudes e nosso comportamento – isto é, com reparações
indiretas.
Por exemplo, digamos que quebramos a janela de alguém porque estávamos
com raiva. Olhar comovedoramente nos olhos da pessoa cuja janela quebramos e nos
desculpar não seria o suficiente. Reparamos diretamente o erro que cometemos,
admitindo-o e substituindo a janela – consertamos o que estragamos.
Depois seguimos nossas reparações diretas com reparações indiretas. Se agimos
com raiva, quebrando a janela , examinamos os padrões de nosso comportamento e
nossas atitudes. Depois de consertar a janela quebrada, procuramos remediar nossas
atitudes descontroladas também –tratamos de “consertar nossos modos”. Modificamos
nosso comportamento e fazemos um esforço diário para não agirmos movidos pela
raiva.
Fazemos reparações diretas consertando o estrago que causamos. Fazemos
reparações indiretas corrigindo as atitudes que nos levam a fazer o estrago, ajudando a
assegurar que não faremos mais estragos no futuro.
Só por hoje: Eu farei reparações diretas quando for possível. Também farei
reparações indiretas, “consertando meus modos”, mudando minhas atitudes e
modificando meu comportamento.
4 de junho Construir e não destruir
Texto Básico, p. 17
Espalhar fofocas alimenta uma fome obscura dentro de nós. Às vezes pensamos
que a única maneira de poder nos sentir bem é fazer alguém parecer pior através de
uma comparação. Mas o tipo de auto-estima que pode ser obtido do outro é vazio e
não vale a pena.
Como, então, podemos lidar com nossa auto-estima negativa? Simples. Nós a
substituímos por um interesse positivo para com outros. Em vez de nos debater com
nossa baixa auto-estima, nos voltamos para aqueles a nosso redor e procuramos ser
úteis a eles.
Esta pode parecer uma maneira de evitar o assunto, mas não é. Não há nada que
possamos fazer nos debatendo com nosso baixo conceito do eu, a não ser nos
conduzirmos à aflição da autopiedade. Mas, substituindo nossa autopiedade por um
interesse ativo e amoroso pelos outros, nos tornamos o tipo de pessoa que podemos
respeitar.
A maneira de fortalecer nossa auto-estima não é destruindo os outros, mas
ajudando-os a crescer através do amor e de um interesse positivo. Para nos ajudar,
podemos nos perguntar se estamos contribuindo para o problema ou para a solução.
Hoje, podemos optar por construir em vez de destruir.
Só por hoje: Mesmo que esteja me sentindo por baixo, não preciso fazer alguém
sofrer para me fortalecer. Hoje, vou substituir meu lado negativo por um interesse
positivo pelos outros. Eu construirei, não destruirei.
Orações honestas 5 de junho
Só por hoje: Eu farei o que puder para minha recuperação hoje e manterei a esperança
no processo contínuo da recuperação.
Alguém que acredita em mim 7 de junho
Só por hoje: Eu vou olhar o programa que estou praticando em favor de minha
própria recuperação. Vou praticar este programa da melhor forma que puder.
Os velhos sonhos não precisam morrer 9 de junho
A maioria de nós teve sonhos quando era jovem. Quer tenhamos sonhado com
carreiras dinâmicas, uma enorme e amorosa família, ou viagens ao exterior, nossos
sonhos terminaram quando nossa adicção se instalou. Qualquer coisa que quiséssemos
para nós foi jogada fora em nossa procura pelas drogas. Nossos sonhos nunca foram
além da próxima dose e da euforia que esperávamos que ela trouxesse.
Agora em recuperação, descobrimos uma razão para ter esperança e que nossos
sonhos perdidos ainda possam vir a se realizar. Não importa quanto sejamos velhos,
quanto nossa adicção tenha nos prejudicado ou quão improvável isso possa parecer:
liberta-nos da adicção ativa nos dá a liberdade para buscar nossas ambições. Podemos
descobrir que somos muito talentosos para alguma coisa, ou achar um hobby que
amamos, ou aprender que a continuação de nossos estudos pode nos trazer
extraordinárias recompensas.
Costumávamos usar a maior parte de nossa energia inventando desculpas e
racionalizações para nossas falhas. Hoje em dia, vamos em frente e fazemos uso das
muitas oportunidades que a vida nos apresenta. Podemos ficar impressionados com o
que somos capazes. O sucesso, a realização e a satisfação estão finalmente a nosso
alcance graças aos alicerces de nossa recuperação.
Só por hoje: Começando por hoje, eu farei o que puder para realizar meus sonhos.
10 de junho Mudando motivos
Só por hoje: Em recuperação, os meus motivos mudaram. Quero fazer as coisas pelas
razões certas e não somente para meu benefício pessoal. Hoje, vou examinar meus
motivos.
Viver limpo 11 de junho
Texto Básico, p. 99
A vida na ativa não é uma vida limpa – ninguém conhece isso melhor do que
nós. Alguns de nós viveram em completa miséria física, não se importando nem com
os que nos cercavam nem tampouco com nós mesmos. Porém, a maneira como nos
sentimos por dentro era pior do que qualquer sujeira externa. As coisas que fazíamos
para conseguir drogas, a forma como tratávamos os outros e como tratávamos nós
mesmos, faziam-nos sentir sujos. Muitos de nós lembram ter acordado várias manhãs
somente desejando que, pelo menos uma vez, pudéssemos nos sentir limpos em
relação a nós mesmos e à nossas vidas.
Hoje, temos a chance de nos sentirmos limpos ao vivermos limpos. Para nós,
adictos, viver limpo começa por não usar – no final das contas, este é o principal
significado para a palavra “limpo” em Narcóticos Anônimos. Mas ao ficarmos e ao
trabalharmos os Doze Passos, descobrimos um outro tipo de limpeza. É a limpeza que
vem de admitirmos a verdade sobre nossa adicção em vez de esconder ou negar nossa
doença. É a tranqüilidade que vem de admitirmos os nossos erros e repará-los É a
vitalidade que vem de novos valores que desenvolvemos quando procuramos a
vontade de um Poder Superior para nós. Quando praticamos os princípios do nosso
programa em todas as situações, não temos nenhuma razão para nos sentirmos sujos
em relação a nossas vidas – estamos vivendo limpos e gratos por estarmos assim
finalmente.
“Viver limpo” costumava ser só para “caretas”. Hoje, viver limpo é a nossa
única opção.
Só por hoje: Me sinto limpo porque estou vivendo limpo – e é assim que quero
continuar.
12 de junho Uma visão de esperança
Quando chegamos ao final de nossa estrada, muitos de nós havíamos perdido toda
a esperança em uma vida sem o uso de drogas. Acreditávamos estar destinados a
morrer da nossa doença. Que surpresa foi chegar em nossa primeira reunião e ver a
sala cheia de adictos que estavam ficando limpos! Um adicto limpo é, com certeza,
uma visão de esperança.
Hoje, passamos a mesma esperança para outros. Os recém-chegados vêem a luz da
felicidade em nossos olhos, observam nosso comportamento, escutam nossas partilhas
nas reuniões e normalmente querem o que já encontramos. Eles acreditam em nós até
que possa acreditar neles próprios.
Os recém-chegados nos escutam quando levamos a mensagem de esperança para
eles. Eles tendem a nos ver através de “uma nuvem cor de rosa”. Nem sempre
conseguem perceber a nossa luta com um determinado defeito de caráter ou nossa
dificuldade em melhorar o nosso contato consciente com o Poder Superior. Leva
tempo para que eles percebam que nós, os “mais antigos”, com três, seis ou dez anos
limpos, freqüentemente colocamos personalidades acima de princípios, ou sofremos de
algum desagradável defeito de caráter.
Sim, o recém-chegado algumas vezes nos coloca em um pedestal. É bom,
entretanto, admitir abertamente a natureza das nossas dificuldades em recuperação
porque, com o tempo, o recém-chegado vai passar pelas mesmas provas e vai se
lembrar de que outros passaram pelo mesmo e continuaram limpos.
Só por hoje: Eu vou me lembrar de que sou um sinal de luz para todos que seguirem
meu percurso; uma visão de esperança.
Uma vida plena 13 de junho
Texto Básico, p. 12
Só por hoje: Eu vou me lembrar de que a vida é um milagre. Em vez de ressentir com
quanto eu estou ocupado, ficarei grato por ter uma vida tão plena.
14 de junho Mantendo a nossa fé
Quando começamos a procurar um Poder maior do que nós, muito de nós ficam
presos em velhas crenças e idéias, indo desde o medo de um Deus punitivo ou
vingativo até a descrença total. Alguns de nós pensavam que fizeram coisas tão
terríveis que um Poder amoroso nunca poderia fazer nada por nós. Outros estavam
convencidos de que se um Poder amoroso tivesse existido, as coisas “ruins” que
aconteceram conosco jamais teriam acontecido. Levou algum tempo, esforço, mente
aberta e fé para adquirir uma crença eficiente em um Poder Superior amoroso que
poderia nos guiar através dos desafios da vida.
Até mesmo depois de vir a acreditar em um Poder maior do que nós mesmos,
nossas velhas idéias podem voltar a nos perseguir. Grandes contrariedades em nossas
vidas e inseguranças que estes eventos podem detonar possibilitam o reaparecimento
de nossas velhas e inadequadas idéias sobre Deus. Quando isso acontece, precisamos
nos assegurar de que nosso Poder Superior não nos abandonou, mas está esperando
para nos ajudar a atravessar os momentos difíceis da nossa recuperação. Não importa
quão dolorosa tenham sido nossas perdas, sobreviveremos a nossas contrariedades e
continuaremos a crescer e a manter a fé que o programa nos deu.
Sempre ouvimos dizer que, “quando a dor de permanecer os mesmos fica maior
que a dor da mudança, nós mudamos”. Nossos medos podem nos afastar do nosso
crescimento, temendo acabar com relacionamentos, mudar de carreira, freqüentar
novas reuniões, começar novas amizades ou tentar qualquer coisa fora do comum.
Mantemos situações que não funcionam mais, principalmente porque o que é familiar
nos faz sentir mais segurança do que tentar o desconhecido.
Qualquer mudança requer que superemos o medo. “E se eu ficar sozinho para
sempre?” – podemos pensar se considerarmos deixar nosso (a) companheiro (a). “E se
eu descobrir que sou impotente?” – podemos imaginar se considerarmos mudar de
carreira. Podemos evitar freqüentar novas reuniões porque teremos que nos desdobrar.
Nossas mentes criam centenas de dificuldades para continuar exatamente onde
estamos, com medo de tentar algo novo.
Descobrimos que grande parte de nossa dor não vem da mudança, mas da nossa
resistência à mudança. Em NA, aprendemos que mudar é o que nos faz avançar em
nossas vidas. Novos amigos, novos relacionamentos, novos interesses e desafios vão
substituir os velhos. Com essas coisas novas em nossas vidas, encontramos novos
prazeres e amores.
Só por hoje: Poder Superior, conceda-me serenidade para reconhecer a diferença entre
as coisas que podem ser mudadas e as coisas que devo aceitar. Por favor, me ajude a
aceitar com gratidão a vida que me foi dada.
Muros 17 de junho
Texto Básico, p. 90
Só por hoje: Eu vou derrubar meus muros pessoais e me aproximar dos outros. Vou
permitir a meu coração a liberdade de amar e ser amado.
18 de junho Reparações indiretas
Texto Básico, p. 44
Quando usávamos, não deixávamos que nada impedisse o nosso uso. Como
resultado, muito de nós não sabiam precisamente a quem tinham prejudicado,
financeiramente ou emocionalmente. Quando começou a hora de fazer reparações,
através do nosso Nono Passo, descobrimos que havia tanta gente que tínhamos
prejudicado que talvez não conseguiríamos nunca lembrar-nos de todos.
Com a ajuda de nosso padrinho/madrinha e de outros companheiros de NA em
recuperação, descobrimos uma solução para este obstáculo. Prometemos completar
estas reparações anônimas fazendo contribuições para nossa comunidade. Focamos
nosso esforço de serviço para ajudar o adicto que ainda sofre. Dessa forma, fazemos as
reparações, achando uma maneira de contribuir com a sociedade.
Hoje, com o amor e a orientação dos membros de NA, estamos contribuindo com
o mundo a nosso redor, em vez de o prejudicarmos. Estamos fazendo de nossa
comunidade um lugar melhor para viver, ao levar a mensagem de recuperação para
aquele que encontramos em nossa vida cotidiana.
Texto Básico, p. 49
Só por hoje: Eu praticarei “escutar” para conhecer a vontade de Deus a meu respeito,
mesmo que ainda não saiba o que escutar.
Novos níveis de honestidade 21 de junho
Texto Básico, p. 29
Quando vamos a nossa primeira reunião e ouvimos que devemos ser honestos,
podemos pensar: “Bem, isso não deve ser tão difícil. Tudo o que tenho que fazer é
parar de mentir”. Para alguns de nós, isso acontece com facilidade. Não precisamos
mais mentir para os nossos empregadores sobre a falta ao trabalho. Não precisamos
mais mentir para os nossos familiares sobre onde estávamos na noite anterior. Quando
não usamos mais drogas descobrimos que temos muito menos motivo para mentir.
Alguns de nós podemos ter dificuldade até com esse tipo de honestidade, mas pelo
menos aprender a não mentir é simples – você simplesmente não faz, não importa o
quê. Com coragem, determinação e ajuda de nossos companheiros de NA e de um
Poder Superior, a maioria de nós, afinal de contas, tem sucesso com esse tipo de
honestidade.
Honestidade, no entanto, significa mais do que simplesmente não mentir. O tipo
de honestidade que é verdadeiramente indispensável em recuperação é a consigo
mesmo, que não é fácil nem simples de alcançar. Em nossa adicção, criávamos uma
tempestade de auto-engano e racionalização, um furacão de mentiras no qual a
pequena e quieta voz da honestidade não poderia ser ouvida. Para alcançar este tipo de
honestidade, em primeiro lugar, precisamos parar de mentir para nós mesmos. Em
nossas meditações de Décimo-Primeiro Passo, precisamos ficar calmos. Então, nesta
tranqüilidade, buscamos escutar a verdade. Quando ficarmos calmos, a honestidade
pessoal estará ao nosso alcance.
Texto Básico, p. 98
Texto Básico, p. 21
Só por hoje: Existe alguma rendição que eu preciso fazer hoje? Irei recordar minha
primeira rendição e me lembrar de que não preciso mais lutar.
24 de junho Tolerância
Algumas vezes é difícil aceitar os defeitos de caráter dos outros. Ao nos recuperar
juntos, não só ouvimos os outros falarem nas reuniões, como também vemos o
progresso em recuperação. Quanto mais temos chance de conhecer outros membros,
mais nos conscientizamos de como eles levam suas vidas. Podemos formar opiniões de
como eles “trabalham seus programas”. Podemos pensar que certos membros nos
incomodam ou podemos até dizer: “Se eu praticasse o programa como eles, com
certeza usaria”.
No entanto, a tolerância é um princípio que fortalece nossa própria recuperação e
nossos relacionamentos com pessoas irritantes para nós. Torna-se mais fácil aceitar a
fragilidade de outros membros quando lembramos de que nós mesmos raramente
superamos nossos defeitos de caráter, enquanto não ficamos dolorosamente
conscientes deles.
Só por hoje: Eu vou tentar aceitar os outros como são. Tentarei não julgar os outros.
Focalizarei os princípios de amor e aceitação.
Não é apenas sorte 25 de junho
Texto Básico, p. 26
Só por hoje: Minha recuperação é mais do que uma coincidência. Minha força vem do
reconhecimento de que meu Poder Superior nunca me abandonou e continuará me
guiando.
26 de junho Renunciando à teimosia
Só por hoje: Eu vou renunciar à minha teimosia. Vou procurar conhecer a vontade de
Deus para mim e o poder para continuar. Irei deixar os resultados aos cuidados do meu
Poder Superior.
Mudança e crescimento 27 de junho
Texto Básico, p. 39
Só por hoje: Eu irei saudar cada oportunidade de crescimento com a mente aberta.
28 de junho Consciência de grupo
Texto Básico, p. 64
O serviço requer uma dedicação desinteressada para que a mensagem possa ser
levada ao adicto que ainda sofre. Mas nossa atitude de serviço não pode parar por aí. O
serviço também nos leva a olhar nossas vidas e motivações. Nossa decisão de prestar
serviço nos deixa em evidência na irmandade. Em NA é muito fácil tornarmos “um
peixão em um laguinho”. Nossa atitude controladora pode facilmente afastar o recém-
chegado.
A consciência de grupo é um dos princípios mais importantes do serviço. É vital
que nos lembremos de que a consciência de grupo é o que conta, e não nossos desejos
e crenças individuais. Emprestamos nossas reflexões e crenças para o desenvolvimento
da consciência do grupo. Quando essa consciência surge, aceitamos sua orientação. O
segredo é trabalhar com os outros e não contra eles. Se nos lembramos de que lutamos
juntos para desenvolver uma consciência coletiva, veremos que todos os lados têm o
mesmo mérito. Quando todas as discussões estiverem encerradas, todos os lados
estarão juntos para levar a mensagem unificada.
Geralmente é tentador achar que sabemos o que é melhor para o grupo. Se nos
lembrarmos de que o importante não é fazer prevalecer nossa própria opinião, então é
fácil permitir que o serviço seja o veículo que deve ser – um caminho para levar a
mensagem ao adicto que ainda sofre.
Texto Básico, p. 91
Após alguns anos em recuperação, a maioria e nós começa a sentir que não há
maiores desafios. Se fomos dedicados no trabalho dos passos, o passado está
amplamente resolvido e temos alicerces sólidos para construir nosso futuro.
Aprendemos a aceitar a vida quase que exatamente como ela é. A familiaridade com
os passos nos permite resolver os problemas quase tão rapidamente quanto se
apresentam.
Quando descobrimos este grau de conforto, tendemos a tratá-lo como uma
“parada para descansar” no caminho da recuperação. Fazendo isso, no entanto,
subestimamos a natureza de nossa doença. A adicção é paciente, sutil, progressiva e
incurável. É também fatal – podemos morrer desta doença, a não ser que continuemos
a tratá-la. O tratamento para a adicção é um programa vital e contínuo de recuperação.
Os Doze Passos são um processo, uma maneira de estar um passo à frente de
nossa doença. Reuniões, apadrinhamento, serviço e os passos serão sempre essenciais
à continuidade da recuperação. Embora, com 5 anos limpos, possamos praticar nosso
programa um pouco diferente do que aos 5 meses, isto não significa que o programa
mudou ou se tornou menos importante; apenas a nossa compreensão prática mudou e
cresceu. Para manter nossa recuperação vigorosa e vital, devemos permanecer alerta
para oportunidades de praticar o nosso programa.
Construímos nossas vidas sobre alguns alicerces. Quando usávamos, era este o
alicerce que afetava tudo que fazíamos. Quando decidimos que a recuperação era
importante, começamos a empenhar nossa energia nela. Conseqüentemente, toda a
nossa vida mudou. Para manter esta nova vida, devemos manter o seu alicerce: nosso
programa de recuperação.
Quando permanecemos limpos e mudamos nosso estilo de vida, nossa nossas
prioridades também mudam. Trabalho e estudo podem se tornar importantes porque
melhoram nossa qualidade de vida. E nossos relacionamentos podem trazer estímulo e
apoio mútuo. Mas precisamos lembrar que nosso programa de recuperação é o alicerce
sobre o qual construímos nossa nova vida. Cada dia devemos renovar nosso
compromisso com a recuperação, mantendo-a como nossa principal prioridade.
Texto Básico, p. 95
Nós adictos somos bastante diversos, vimos de diferentes origens, usamos drogas
diferentes e lembramo-nos de experiências diferentes. Nossas diferenças não
desaparecem na recuperação; para alguns, essas diferenças são ainda mais notadas. A
liberdade em face de nossa adicção ativa nos dá liberdade para ser nós mesmos, como
verdadeiramente somos. O fato de estarmos todos em recuperação não quer dizer que
tenhamos as mesmas necessidades ou objetivos. Cada um de nós tem suas próprias
lições para aprender em recuperação.
Com tantas diferenças de um adicto para outro, como é que nós ajudamos uns aos
outros em recuperação e como é que nós usamos nossas experiências mútuas? Nós nos
unimos para partilhar nossas vidas à luz dos princípios da recuperação. Apesar de
nossas vidas serem diferentes, os princípios espirituais que praticamos são os mesmos.
É pela luz desses princípios, brilhando através de nossas diferenças, que nos
iluminamos uns aos outros, na direção de nossos caminhos individuais.
Todos temos duas coisas em comum: adicção e recuperação. Quando escutamos
com cuidado, ouvimos outros companheiros falarem do sofrimento da mesma doença
que nós sofremos, indiferentemente das origens de cada um. Quando abrimos nossas
mentes, ouvimos outros adictos falarem sobre princípios espirituais que prometem
esperança para nós, independente de nossos objetivos pessoais.
Só por hoje: Eu tenho meu próprio caminho a seguir, ainda que esteja grato pelo
companheirismo de outros adictos que sofreram da adicção e estão aprendendo os
princípios da recuperação, exatamente como eu.
Momentos de silêncio 3 de julho
Só por hoje: Eu reservarei alguns momentos, depois de terminar a leitura de hoje, para
orar e meditar. Esse será o começo de um novo modelo para minha recuperação.
4 de julho Conflito
De tempos em tempos, nós todos experimentamos conflitos. Pode ser que não
consigamos nos ajudar com aquele novo colaborador. Talvez nossos amigos estejam
nos deixando loucos. Ou talvez nosso parceiro não esteja correspondendo a nossas
expectativas. Lidar com qualquer conflito é difícil para adictos em recuperação.
Quando os ânimos se exaltam, geralmente é uma boa idéia se afastar da situação
até que as cabeças esfriem. Podemos sempre dar continuidade a uma discussão quando
estivermos mais calmos. Não podemos evitar situações problemáticas, mas podemos
usar o tempo e a distância para achar uma perspectiva melhor.
Conflito é parte da vida. Não podemos passar nossa recuperação inteira sem
encontrar discórdia e diferenças de opinião. Algumas vezes podemos nos afastar
dessas situações, ganhando tempo para refletir sobre elas, mas sempre chega uma hora
em que os conflitos precisam ser resolvidos. Quando chega essa hora, respiramos
fundo, fazemos uma oração e aplicamos os princípios que o nosso programa nos tem
dado: honestidade, mente aberta, responsabilidade, perdão, confiança e todo o resto.
Nós não ficamos limpos para continuar fugindo da vida – e em recuperação, não
precisamos mais fugir.
Só por hoje: Os princípios que o programa têm me dado são suficientes para me guiar
em qualquer situação. Eu vou tentar enfrentar seriamente os conflitos de uma forma
saudável.
Explorando opções espirituais 5 de julho
Só por hoje: Eu vou explorar minhas opções para melhorar o contato consciente com
o Deus de minha compreensão.
6 de julho “Sinto muito”
Texto Básico, p. 42
Dizer “sinto muito” provavelmente não é uma idéia estranha para a maioria de
nós. Em nossa adicção ativa, essa pode ter sido uma frase bastante familiar. Estávamos
sempre dizendo às pessoas o quanto estávamos arrependidos, e provavelmente ficamos
profundamente surpresos quando alguém, cansado de nossas desculpas sem
fundamento, respondeu: “Você com certeza está sentido. De fato, você é que é
lastimável...” Essa pode ter sido nossa primeira pista de que um “sinto muito” não fez
realmente nenhuma diferença para aquelas pessoas que machucamos, especialmente
quando ambos sabíamos que faríamos a mesma coisa de novo.
Muitos de nós pensaram que fazer reparações seria um outro “sinto muito”.
Entretanto, as atitudes que tomamos nesses passos é inteiramente diferente. Fazer
reparações significa fazer mudanças e, sobretudo, corrigir a situação. Se roubamos
dinheiro, não dizemos simplesmente: “Sinto muito. Eu nunca mais vou fazer isso de
novo, agora que estou limpo”. Devolvemos o dinheiro. Se fomos negligentes ou
maltratamos nossos familiares, não nos desculpamos. Começamos a tratá-los com
respeito.
Reparar nosso comportamento e a forma como tratamos os outros é todo o
propósito do trabalho dos passos. Não podemos mais, simplesmente, dizer “estamos
arrependidos”; somos responsáveis.
Só por hoje: Eu aceito a responsabilidade por mim e por minha recuperação. Hoje,
vou reparar alguma coisa sobre a qual eu sinta muito.
Deus, uns nos outros 7 de julho
Texto Básico, p. 57
Ouvimos dizer que geralmente vemos Deus mais claramente uns nos outros.
Vemos a verdade disso quando praticamos o Décimo Segundo Passo. Quando levamos
a mensagem de recuperação para outro adicto, percebemos a presença de um Poder
maior do que nós mesmos. À medida que vemos a mensagem se manifestando,
percebemos algo singular: a mensagem é que traz a recuperação e não o mensageiro
dela. Um Poder Superior, e não nosso próprio poder, é a fonte de mudanças que
começa quando levamos a mensagem para o adicto que ainda sofre.
Enquanto a mensagem faz seu trabalho, transformando a vida de outro adicto,
vemos o Poder Superior em ação. Observamos como aceitação e esperança substituem
negação e desespero. Diante de nossos olhos os primeiros traços de honestidade, mente
aberta e boa vontade começam a aparecer. Alguma coisa está acontecendo
interiormente nesta pessoa, algo maior e mais poderoso que qualquer um de nós.
Estamos vendo o Deus que viemos a compreender funcionando na vida de outra
pessoa. Vemos o Poder Superior neles. E sabemos mais do que nunca que esse Poder
Superior está em nós também, como a força que dirige nossa recuperação.
Só por hoje: Enquanto eu levo a mensagem de recuperação para outros adictos, vou
tentar prestar atenção no Poder por trás dessa mensagem. Hoje, enquanto observo
outros adictos em recuperação, vou tentar reconhecer Deus neles para que possa
reconhecer melhor Deus em mim.
8 de julho A palavra “Deus”
“É importante você saber que vai ouvir falar em Deus nas reuniões
de NA. Nós nos referimos a um Poder maior do que nós,
que torna possível o que parece impossível”.
Só por hoje: Acreditando em “Deus” ou não, eu vou usar esse Poder que me mantém
limpo e livre.
Nós realmente nos recuperamos! 9 de julho
Texto Básico, p. 97
Só por hoje: Eu vou reconhecer o milagre de minha recuperação e ser grato por tê-la
encontrado.
10 de julho Uma atitude positiva
Só por hoje: Eu quero ficar livre da negatividade. Hoje, vou falar e agir
positivamente.
Só por hoje: Eu vou procurar o encorajamento dos outros. Vou encorajar outros que
podem precisar de minha força.
12 de julho Paciência
“Eu quero porque quero e tem que ser agora!” Foi o máximo de paciência que a
maioria de nós conseguiu ter durante nossa adicção ativa. A obsessão e a compulsão
de nossa doença só nos deram uma alternativa de pensamento; quando queríamos
alguma coisa, só pensávamos nisso. Aprendemos com o uso que bastava uma dose
para ter satisfação imediata. Não é surpresa que a maioria de nós chegou a Narcóticos
Anônimos sem a menor paciência.
O problema é que não podemos ter sempre o que queremos, na hora em que
queremos. Alguns de nossos desejos são pura fantasia; se pararmos para pensar,
chegaremos à conclusão de que não temos nenhum motivo pra acreditar que esses
desejos serão realizados durante o período em que vivermos. Provavelmente não
podemos realizá-los de uma só vez. Para adquirir ou alcançar algumas coisas, teremos
que sacrificar outras.
Em nossa adicção procurávamos satisfação imediata, esgotando nossos recursos.
Em recuperação, precisamos aprender a priorizar, algumas vezes abrindo mão da
satisfação de alguns desejos para alcançar objetivos mais importantes a longo prazo.
Fazer isso requer paciência. Para encontrar essa paciência, praticamos nosso programa
de recuperação, procurando o modo abrangente de despertar espiritual que nos
permitirá viver e desfrutar a vida como ela é.
Só por hoje: Poder Superior, me ajude a descobrir o que é mais importante em minha
vida. Me ajude a aprender a ser paciente, para que eu possa empregar meus recursos
nas coisas mais importantes.
Humildade em ação 13 de julho
Texto Básico, p. 91
Algumas vezes a recuperação fica difícil demais. Pode ser ainda mais difícil ser
suficientemente humilde para pedir ajuda. Pensamos: “Eu tenho todo esse tempo
limpo. Eu deveria estar melhor do que estou!” Mas a realidade da recuperação é
simples: quer tenhamos trinta dias ou trinta anos limpos, devemos ter boa vontade para
pedir ajuda quando precisarmos.
Humildade é um tema comum em nossos Doze Passos. O Programa de
Narcóticos Anônimos não tem nada a ver com manter aparências. Em vez disso, o
programa nos ensina a aproveitar o máximo nossa recuperação. Precisamos ter boa
vontade para expor nossas dificuldades se esperamos buscar solução para os
problemas que apareçam em nossas vidas.
Existe uma expressão antiga que às vezes é ouvida em Narcóticos Anônimos:
não podemos livrar nossa cara e salvar nossa pele ao mesmo tempo. Não é fácil
partilhar em uma reunião, quando temos muito tempo limpos, e desmanchar em
lágrimas, porque a vida sendo como ela é, nos fez reconhecer nossa impotência. Mas,
quando a reunião termina e um outro membro chega perto e diz: “Sabe, eu precisava
ouvir o que você disse”, sabemos que existe um Deus trabalhando em nossas vidas.
O gosto da humildade nunca é amargo. As recompensas por sermos humildes,
pedindo ajuda, adoçam nossa recuperação.
Só por hoje: Se eu precisar de ajuda, vou pedir. Vou colocar humildade em ação em
minha vida.
14 de julho Um “trabalho interior”
Texto Básico, p. 23
Uma das primeiras coisas que acontecem com muitos de nós, em recuperação, é
começamos a ter uma aparência melhor. Ficamos mais saudáveis; tomamos banho; nos
vestimos adequadamente. Sem o fardo da adicção ativa, muitos de nós param de
roubar, mentir e vagabundear. Começamos a ter uma aparência normal – só por ter
retirado as drogas.
Ter uma aparência normal é bem diferente de ser normal. Aceitação aos olhos da
sociedade é um benefício da recuperação; não é a mesma coisa que recuperação.
Podemos desfrutar os benefícios da recuperação, mas devemos cuidar de nutrir sua
verdadeira fonte. Recuperação duradoura não é encontrada na aceitação dos outros,
mas no crescimento interior posto em ação pelos Doze Passos.
Só por hoje: Eu sei que uma boa aparência não é o suficiente. Recuperação duradoura
é um trabalho interior.
Relações com os outros 15 de julho
Passo Oito
Só por hoje: Eu me lembrarei que sou merecedor do amor de meu Poder Superior. Sei
que sou um ser humano de valor.
Texto Básico, p. 20
O quarto está escuro. Sua testa está banhada em suor frio. Seu coração está
acelerado. Você abre os olhos, certo de que acabou de perder seu tempo limpo. Você
sonhou “que estava usando” e foi como se realmente tivesse acontecido – as pessoas,
os lugares, a rotina, a sensação horrível no estômago, tudo. Leva alguns momentos
para perceber que foi apenas um pesadelo, que não aconteceu de verdade. Devagar
você se acalma e volta a dormir.
Na manhã seguinte é o momento de examinar o que realmente ocorreu na noite
anterior. Você não usou a noite passada – mas quão perto você está de usar hoje? Você
tem alguma ilusão sobre sua capacidade de controlar o uso? Você sabe, sem dúvida, o
que aconteceria se você tomasse aquela primeira droga? O que o impede de recair?
Seu programa está forte? E os relacionamentos com seu padrinho/madrinha, seu grupo
de escolha e seu Poder Superior?
Sonhar que estamos usando não significa necessariamente uma falha em nosso
programa; para um adicto, não há nada mais natural do que sonhar em usar drogas.
Alguns de nós acreditam que sonhar que estamos usando é um presente de nosso Poder
Superior, intensamente nos lembrando o quanto é insana nossa adicção ativa e nos
encorajando a fortalecer nossa recuperação. Visto por este ângulo, podemos nos sentir
gratos por nossos sonhos em que estamos usando. Aterrorizantes como são, podem
provar serem uma grande bênção – se os usarmos para fortalecer nossa recuperação.
Texto Básico, p. 14
Só por hoje: A dádiva do desespero me ajudou a ser honesto, a ter a mente aberta e
disposta. Sou grato por esta dádiva porque tornou minha recuperação possível.
Realizando nossos sonhos 19 de julho
Texto Básico, p. 77
Só por hoje: Eu me lembrarei de que todas as coisas começam com um sonho. Hoje
irei permitir a mim mesmo fazer com que meus sonhos se tornem realidade.
20 de julho Passo Um
Passo Um
O Primeiro Passo começa com “admitimos”, e há uma razão para isso. Existe uma
grande força em admitir nossa impotência verbalmente. E quando vamos a uma
reunião e fazemos esta admissão, ganhamos mais do que apenas força pessoal.
Tornamo-nos membros, parte de um “nós” coletivo que nos permite, juntos, nos
recuperar de nossa adicção. Ao nos tornarmos membros de NA, recebemos uma fonte
de experiência: a experiência de outros adictos que encontraram um caminho para a
recuperação de sua doença.
Não precisamos mais tentar resolver o enigma de nossa adicção sozinhos. Quando
honestamente admitimos nossa impotência perante a adicção, podemos iniciar a
procura de uma maneira melhor de viver. Não estaremos buscando sozinhos – estamos
em boa companhia.
Só por hoje: Eu iniciarei o dia admitindo minha impotência perante a adicção. Vou
lembrar-me de que o Primeiro Passo começa com “admitimos”, e saber que nunca vou
precisar estar sozinho com minha doença outra vez.
Rendição é para todos 21 de julho
Só por hoje: Eu preciso de orientação, apoio bem como de um Poder além de meu
próprio. Irei a uma reunião, me aproximarei do recém-chegado, ligarei para meu
padrinho/madrinha e farei preces para meu Poder Superior – enfim, farei algo que
diga: “eu me rendi”.
22 de julho Morte espiritual
Texto Básico, p. 89
Como recém-chegados muitos de nós vieram à sua primeira reunião com apenas
uma pequena centelha de vida. Esta centelha, nosso espírito, quer sobreviver.
Narcóticos Anônimos nutre este espírito. O amor da irmandade rapidamente sopra esta
centelha até que ela se torne uma chama. Com os Doze Passos e o amor dos outros
adictos em recuperação, começamos a florescer como aquele ser humano inteiro, vital,
que nosso Poder Superior planejou. Começamos a apreciar a vida, encontrando um
propósito para nossa existência. Cada dia que escolhemos nos manter limpos, nosso
espírito é revitalizado e cresce o relacionamento com nosso Deus. Cada dia que
escolhemos a vida, nos mantendo limpos, nosso espírito fica mais forte.
Apesar do fato de que nossa vida em recuperação é recompensadora, a ânsia de
usar pode ser, às vezes, esmagadora. Quando tudo em nossas vidas parece dar errado,
uma volta ao uso pode parecer à única saída. Mas sabemos qual será a conseqüência se
usarmos: a perda de nossa espiritualidade cuidadosamente nutrida. Já fomos muito
longe em nosso caminho espiritual para desonrar nosso espírito com o uso. Apagar
uma chama espiritual que, em nossa recuperação, nos esforçamos tanto para restaurar,
é pagar um preço muito alto para ficar drogado.
Só por hoje: Eu estou grato por meu espírito estar forte e vivo. Hoje, honrarei este
espírito permanecendo limpo.
Abrindo mão da vontade egocêntrica 23 de julho
Todos nós temos idéias, planos e objetivos para nossas vidas. Não há nada no
Programa de NA que diga que não deveríamos pensar por nós mesmos, tomar
iniciativa e colocar planos responsáveis em ação. Mas, quando nossas vidas são
movidas pela vontade egocêntrica, nós nos envolvemos em problemas.
Quando estamos vivendo movidos por nossa vontade egocêntrica, vamos além
de pensar por nós mesmos, pensamos somente em nós mesmos. Esquecemos que
somos apenas uma parte do mundo e que, seja qual for a força pessoal que tivermos,
ela provém de um Poder Superior. Podemos chegar ao ponto de imaginar que as outras
pessoas existem somente para cumprir nossas ordens. Rapidamente, nos encontramos
disputando tudo e com todos à nossa volta.
Nessa altura, temos duas escolhas: ou continuar escravizados à nossa vontade
egocêntrica, fazendo exigências sem sentido e ficando frustrados porque o mundo não
gira à nossa volta; ou nos render, relaxar, buscar o conhecimento da vontade de Deus e
o poder de realizar esta vontade, encontrando o caminho de volta para uma condição
de paz com o mundo. Pensar, tomar iniciativa, fazer planos responsáveis; não há nada
de errado com estas coisas, contanto que elas sirvam à vontade de Deus, não
meramente a nossa.
Texto Básico, p. 35
Só por hoje: Eu vou abrir mão de minhas máscaras e permitir que minha auto-estima
cresça.
“Fracasso” do Décimo-Segundo Passo? 25 de julho
Passo Doze
Só por hoje: Eu vou lembrar de que sou um exemplo vivo do Décimo-Segundo Passo.
Quando tentar levar a mensagem para outro adicto, não poderei fracassar.
26 de julho Rendição incondicional
Texto Básico, p. 23
A maioria de nós tentou tudo o que podia imaginar e esgotou até as últimas forças
para preencher o vazio espiritual dentro de nós. Nada – drogas, controle e
administração, sexo, dinheiro, propriedade, poder ou prestígio – nada preenchia o
vazio. Somos impotentes; nossas vidas, pelo menos por nossos próprios esforços, são
incontroláveis. Nossa negação não vai modificar este fato.
Então nos rendemos. Pedimos a um Poder Superior que cuide de nossas vontades e
nossas vidas. Às vezes, ao nos render, não sabemos que um Poder maior do que nós
existe e pode nos devolver a plenitude. À vezes, não temos certeza se o Deus de nossa
compreensão irá cuidar de nossas vidas incontroláveis. Nossa falta de certeza,
entretanto, não afeta a verdade essencial: somos impotentes. Somente assim, podemos
nos abrir o bastante para que nossas velhas idéias e os destroços do passado possam
ser amplamente removidos e um Poder Superior posso entrar.
Só por hoje: Eu vou me render incondicionalmente. Posso escolher fazê-lo tão fácil
ou tão difícil quanto quiser. De qualquer forma, vou me render.
Nós nos recuperamos 27 de julho
Texto Básico, p. 11
Só por hoje: A recuperação que encontrei em Narcóticos Anônimos é uma coisa certa.
Sei que vou crescer se basear minha vida nela.
28 de julho Segredo e intimidade
Texto Básico, p. 34
Ter relacionamentos sem barreiras, em que podemos ser totalmente abertos sobre
nossos sentimentos, é algo que muitos de nós desejam. Ao mesmo tempo, a
possibilidade de uma intimidade assim nos causa mais medo do que qualquer outra
situação na vida.
Se examinarmos o que nos amedronta, geralmente descobrimos que estamos
tentando esconder algum aspecto de nossas personalidades do qual nos
envergonhamos, um aspecto que, às vezes, ainda não admitimos nem a nós mesmos.
Não queremos que os outros saibam de nossas inseguranças, de nossa dor ou de nossas
necessidades; então, simplesmente nos recusamos a mostrá-las. Podemos achar que, se
ninguém souber a respeito de nossas imperfeições, elas deixam de existir.
Este é o ponto até onde vão nossos relacionamentos. Qualquer um que entrar em
nossa vida não ultrapassará o ponto onde começam nossos segredos. Para manter a
intimidade em um relacionamento, é essencial que tomemos conhecimento de nossos
defeitos e que os aceitemos. Quando fazemos isto, a fortaleza da negação, erguida para
manter estas coisas escondidas, desmoronará, nos permitindo construir
relacionamentos com outras pessoas.
Só por hoje: Eu tenho oportunidades de partilhar meu eu interior. Vou aproveitar estas
oportunidades e me aproximar daqueles que amos.
Expectativas 29 de julho
Texto Básico, p. 43
Só por hoje: Eu vou tratar os outros com a tolerância e o perdão que busco para mim
mesmo.
30 de julho Inventário habitual
Texto Básico, p. 45
Fazer um inventário habitual é um elemento chave em nosso novo padrão de vida.
Em nossa adicção ativa, nós nos examinávamos o mínimo possível. Não estávamos
contentes com a maneira pela qual vivíamos nossas vidas, mas não sentíamos que
podíamos modificar nossa maneira de viver. Sentíamos que o auto-exame seria um
exercício doloroso e fútil.
Hoje, tudo isso está mudando. Impotentes perante nossa adicção encontramos um
Poder maior do que nós mesmos que nos ajudou a parar de usar. Onde antes nos
sentíamos perdidos na confusão da vida, encontramos direção na experiência de nossos
companheiros em recuperação e em nosso contato cada vez melhor com nosso Poder
Superior. Não precisamos nos sentir presos por nossos antigos padrões destrutivos.
Podemos escolher viver de forma diferente.
Ao estabelecer um padrão regular de fazer um inventário pessoal, nos damos à
oportunidade de modificar qualquer coisa em nossas vidas que não esteja funcionando.
Se tivermos começado a fazer alguma coisa que nos traz problemas, podemos começar
a mudar nosso comportamento antes que ele se torne algo fora de nosso controle. E se
estivermos fazendo coisas que evitem problemas, podemos anotar isto também e nos
encorajar a continuar fazendo aquilo que funciona.
NA não promete nada além de nos libertar da adicção ativa. É verdade que
alguns de nossos membros atingem, em recuperação, um sucesso financeiro. Compram
casas bonitas, andam em carros novos, vestem roupas finas e formam famílias lindas.
Estes sinais externos de prosperidade, entretanto, não são a coisa mais comum entre
nossos membros. Muitos de nós nunca encontram sucesso financeiro. Isto não é,
necessariamente, um reflexo da qualidade de nossa recuperação.
Quando nos sentimos tentados a nos comparar a estes membros aparentemente
mais ricos, é bom lembrar por que viemos para as salas de Narcóticos Anônimos.
Viemos porque nossas vidas estavam desmoronando. Estávamos emocional, física e
espiritualmente derrotados. Nosso Texto Básico nos lembra que “em desespero,
buscamos ajuda entre nós em Narcóticos Anônimos”. Viemos porque estávamos
vencidos.
Para adictos, mesmo um só dia limpo é um milagre. Quando nos lembramos por
que viemos para Narcóticos Anônimos e em que condições chegamos, percebemos que
o bem-estar material fica ofuscado em comparação às riquezas espirituais que
ganhamos em recuperação.
Só por hoje: Eu recebi uma dádiva espiritual muito maior do que o bem-estar
material: minha recuperação. Vou agradecer ao Deus de minha compreensão por
libertar-me da adicção ativa.
AGOSTO
Libertação da culpa 1 de agosto
Texto Básico, p. 8
Só por hoje: Eu estou grato por minhas qualidades e aceito minhas imperfeições.
Através da boa vontade e da humildade, sou libertado para poder progredir em minha
recuperação e encontrar a libertação da culpa.
2 de agosto Praticando a honestidade
Texto Básico, p. 92
Só por hoje: Eu vou abraçar a vida honestamente, com todas as suas pressões e
exigências. Vou praticar a honestidade, mesmo quando for embaraçoso. A honestidade
vai ajudar, e não prejudicar, meus esforços de viver limpo e de me recuperar.
Confiando nas pessoas 3 de agosto
Texto Básico, p. 92
Só por hoje: Eu vou confiar em meus companheiros. Mesmo não sendo perfeitos, eles
são minha melhor esperança.
4 de agosto Quando um segredo não é um segredo?
Texto Básico, p. 35
Ouvimos dizer que “a nossa doença é do tamanho dos nossos segredos”. O que
mantemos em segredo, e por que?
Mantemos em segredo aquelas coisas que nos causam vergonha. Podemos nos
agarrar a tais coisas porque não queremos abrir mão delas. Mas, se nos causam
vergonha, será que não viveríamos com mais tranqüilidade se nos livrássemos delas?
Alguns de nós se agarram às coisas que nos causam vergonha por outra razão. Não
é que não queremos nos livrar delas; simplesmente não acreditamos que podemos nos
livrar delas. Elas nos atormentam por tanto tempo, e tentamos tantas vezes nos livrar
delas, que perdemos a esperança de alívio. Mas continuam a nos envergonhar e
continuamos a mantê-las em segredo.
Precisamos nos lembrar quem somos: adictos em recuperação. Nós, que por tanto
tempo tentamos manter o nosso uso de drogas em segredo, libertamo-nos da obsessão
e da compulsão de usar. Apesar de muitos de nós gostarem do uso até o final, de
qualquer maneira buscamos recuperação. Simplesmente não podíamos agüentar o
tributo que o nosso uso estava nos cobrando. Quando admitimos nossa impotência, e
procuramos ajuda de outros, o peso de nosso segredo foi retirado de nós.
O mesmo princípio se aplica a quaisquer outros segredos que possam estar
pesando sobre nós. Sim, a nossa doença é do tamanho de nossos segredos. É somente
quando nossos segredos deixam de ser segredos que podemos começar a encontrar
alívio daquelas coisas que nos causam vergonha.
Só por hoje: Eu vou permitir que os ideais espirituais orientem os meus pensamentos.
Nessa orientação, eu encontrarei a forma de meu próprio Poder Superior.
6 de agosto Alegria interior
Só por hoje: A verdadeira alegria não pode ser comprada. Eu vou buscar minha
alegria no serviço, no companheirismo e em meu Poder Superior. Vou buscá-la dentro
de mim.
Uma lista de gratidão 7 de agosto
Texto Básico, p. 88
Só por hoje: Eu vou escrever uma lista de coisas, tanto materiais quanto espirituais,
pelas quais sinto gratidão.
8 de agosto Recuperação responsável
Só por hoje: Eu aceito a responsabilidade por minha vida e por minha recuperação.
O poder do amor 9 de agosto
Texto Básico, p. 51
Só por hoje: Eu aceito o amor de um Poder Superior em minha vida. Estou consciente
da orientação e da força deste Poder dentro de mim. Hoje, eu peço isto para mim.
10 de agosto Prece e meditação regulares
“A maioria de nós reza, quando está com dor. Aprendemos que, se rezarmos com
regularidade, não sentiremos dor com tanta freqüência ou tanta intensidade”.
Texto Básico, p. 49
Só por hoje: Eu vou me esforçar para ser ouvinte atento. Vou praticar minhas
habilidades de escutar atentamente quando outros estiverem partilhando e quando eu
estiver partilhando com outros
12 de agosto Chega
Será que para nós já chega? Esta é a pergunta crucial que precisamos fazer a nós
mesmos ao nos preparar para trabalhar o Primeiro Passo em Narcóticos Anônimos.
Não importa se quando chegamos a NA as nossas famílias estavam intactas ou não, ou
se profissionalmente nossas vidas estavam funcionando ou se todas as aparências
externas fossem de plenitude. O que importa é que chegamos a um fundo de poço
emocional e espiritual que nos impede de voltarmos para a adicção ativa. Se
chegamos, estaremos prontos a percorrer qualquer distância para parar de usar.
Quando fazemos um inventário de nossa impotência, nos fazemos algumas
perguntas simples. Posso controlar, de alguma maneira, o meu uso de drogas? Que
incidentes aconteceram como resultado de meu uso de drogas e que eu não queria que
acontecesse? De que forma minha vida está incontrolável? Acredito, de coração, que
sou um adicto?
As respostas para estas perguntas nos trazem para as salas de Narcóticos
Anônimos, e, então, estamos prontos a seguir para o próximo passo em direção a uma
vida livre da adicção ativa. Se, para nós, realmente já chega, estaremos prontos para
percorrer qualquer distância para encontrar a recuperação.
Só por hoje: Eu admito que para mim já chega. Estou pronto para trabalhar o meu
Primeiro Passo.
A maioria de nós tem uma ou duas pessoas em suas vidas que são
excepcionalmente difíceis. Como é que,em nossa recuperação, lidamos com uma
pessoa difícil?
Em primeiro lugar, fazemos o nosso próprio inventário. Erramos com esta
pessoa? Alguma atitude ou ação de nossa parte serviu como um convite para o tipo de
tratamento que estão nos dando? Se for o caso, vamos querer melhorar a situação,
admitir que erramos e pedir ao nosso Poder Superior que remova qualquer defeito que
possa impedir de ser úteis e construtivos.
Depois, como pessoas que buscam viver vidas orientadas espiritualmente,
lidamos com o problema do ponto de vista da outra pessoa. Ela pode estar encarando
um ou vários desafios que deixamos de considerar ou que nem sabemos a respeito.
Estes desafios podem estar tornando-a desagradável. Como freqüentemente é dito,
buscamos em recuperação “perdoar mais do que ser perdoado; compreender mais do
que ser compreendido”.
Finalmente, se estiver ao nosso alcance, buscamos maneiras de ajudar os outros
a superar seus desafios sem ferir sua dignidade. Oramos pelo seu bem-estar,
crescimento espiritual e pela habilidade de lhe oferecer o amor incondicional que tanto
significou para nós em nossa recuperação.
Não podemos modificar as pessoas difíceis em nossa vida, tampouco podemos
agradar a todos. Mas, podemos aplicar os princípios espirituais que aprendemos em
NA. Podemos aprender a amá-las
Só por hoje: Poder Superior ajude-me a servir a outras pessoas e não exigir que elas
me sirvam.
14 de agosto Abrindo mão de nossas limitações
Texto Básico, p. 12
Só por hoje: Eu vou abrir mão das limitações que eu mesmo me impus e vou abrir
minha mente para novas idéias.
Com o tempo 15 de agosto
Texto Básico, p. 30
Só por hoje: O meu corpo vai melhorar um pouco, minha mente vai clarear um pouco
mais e o meu relacionamento com meu Poder Superior vai se fortalecer.
16 de agosto Para cima ou para baixo
Texto Básico, p. 39
A nossa condição espiritual nunca é estática; se não está crescendo, está decaindo.
Se focarmos parados, o nosso progresso espiritual perderá seu impulso para cima.
Gradualmente, a velocidade de nosso crescimento irá diminuir, depois parar e então,
irá se reverter. A nossa tolerância ficará pequena, nossa boa vontade de servir a outros
desaparecerá e as nossas mente irão se estreitando até fechar. Em pouco tempo,
estaremos de volta ao ponto onde começamos: em conflito com tudo e com todos ao
nosso redor, não agüentando nem a nós mesmos.
A nossa única opção é a de participar ativamente de nosso programa de
crescimento espiritual. Oramos, buscando uma sabedoria maior do que a nossa, vinda
de um Poder maior do que nós mesmos. Abrimos as nossas mentes e as mantemos
abertas, nos tornando capazes de aprender e aproveitar o que os outros tenham para
partilhar conosco. Demonstramos a nossa boa vontade para tentar praticar novas idéias
e novas maneiras de fazer as coisas, experimentando a vida de modo totalmente novo.
O nosso progresso espiritual ganha velocidade e impulso, guiados por um Poder
Superior que estamos compreendendo melhor a cada dia.
No que diz respeito ao crescimento espiritual, é para cima ou para baixo que
variamos, sem meio termo. Descobrimos que o combustível da recuperação não são as
vontades e os sonhos, mas a oração e a ação.
Só por hoje: A única coisa constante em minha condição espiritual é a mudança. Não
posso me garantir no meu programa de ontem. Hoje, buscarei um novo crescimento
espiritual através da oração e da ação.
Diga a verdade 17 de agosto
Texto Básico, p. 90
Só por hoje: A verdade é a minha conexão com a realidade. Hoje, vou dedicar um
tempo para me perguntar: “Estou dizendo a verdade sobre mim mesmo?”
18 de agosto “Por quanto tempo devo continuar?”
As reuniões têm sido ótimas! A cada noite que vamos para a reunião, nos
encontramos com outros adictos para partilhar experiência, força e esperança. E a cada
dia, utilizamos o que aprendemos nas reuniões para continuar nossa recuperação.
No meio tempo, a vida continua. Trabalho, família, amigos, escola, esportes,
diversão, atividades comunitárias, obrigações civis – tudo requer nosso tempo. As
exigências da vida diária às vezes nos fazem perguntar: “Por quanto tempo será que eu
terei que continuar inda a essas reuniões?”
Vamos pensar sobre isso. Antes de chegar a Narcóticos Anônimos, conseguíamos
ficar limpos sozinhos? O que nos faz pensar que conseguiríamos agora? Depois, temos
que considerar a doença em si – o egocentrismo crônico, a obsessão e os padrões de
comportamento compulsivos que se expressam em tantas áreas de nossas vidas.
Podemos viver e apreciar a vida sem um tratamento efetivo para nossa doença? Não.
Pessoas “normais” não precisam se preocupar com coisas deste tipo, mas nós não
somos pessoas “normais”. Somos adictos. Não podemos fingir que não temos uma
doença fatal e progressiva, porque nós temos. Sem nosso programa, podemos não
sobreviver para nos preocuparmos com o trabalho, a escola, a família ou qualquer
outra coisa. As reuniões de NA nos dão o apoio e o direcionamento que precisamos
para nos recuperar de nossa adicção, permitindo-nos viver a vida o mais plenamente
possível.
Só por hoje: Eu quero viver e apreciar a vida. Para fazer isto, colocarei minha
recuperação em primeiro lugar.
Primeiro as primeiras coisas 19 de agosto
Texto Básico, p. 60
Só por hoje: Eu vou andar pelo caminho de minha recuperação praticando o passo que
está à minha frente.
20 de agosto Encarando a morte
Toda vida tem um início e um fim. Entretanto, quando alguém que amávamos
muito chega ao final de sua vida, podemos ter dificuldades em aceitar a sua ausência
repentina e definitiva. Nossa mágoa pode ser tão poderosa que temos medo que ela
possa nos engolir por inteiros, mas isso não vai acontecer. Nossa tristeza pode doer
mais do que qualquer coisa que possamos nos lembrar, mas vai passar.
Não precisamos fugir das emoções que podem surgir com a morte de um ente
querido. Morte e tristeza são partes do todo que é viver “a vida como ela é”. Ao nos
permitir a liberdade de experimentar estes sentimentos, vivenciamos mais
profundamente nossa recuperação e nossa natureza humana.
Às vezes, a realidade da morte de uma outra pessoa faz a nossa própria
mortalidade ficar muito mais aparente. Reavaliamos as nossas prioridades e
apreciamos ainda mais as pessoas que amamos e que continuam conosco. Nossa vida,
e nossa vida com elas, não continuarão para sempre. Queremos fazer o máximo do que
é mais importante enquanto ela durar.
Podemos descobrir que a morte de alguém que amamos nos ajuda a fortalecer o
nosso contato consciente com o nosso Poder Superior. Se nos lembrarmos que
podemos sempre retornar a esta fonte de força quando estivermos em dificuldades,
poderemos nos manter focados nela, não importando o que possa estar acontecendo à
nossa volta.
Só por hoje: Eu vou aceitar a perda de alguém que amo e me voltar para o meu Poder
Superior para obter a força e poder aceitar meus sentimentos. Vou dar o máximo de
meu amor para aqueles em minha vida hoje.
Amizades 21 de agosto
IP Nº 19, “Auto-aceitação”
Só por hoje: Eu vou sentir gratidão pelos amigos que tenho. Vou ter uma participação
ativa em minhas amizades.
22 de agosto Contribuição
Texto Básico, p. 63
Fazer uma diferença no mundo, contribuir com algo especial, talvez seja a mais
alta aspiração do coração humano. Cada um de nós, não importando como somos, tem
uma qualidade única para oferecer.
Pode ser que em algum momento de nossa recuperação, tenhamos encontrado
alguém que nos tocou quando ninguém mais podia. Se foi alguém que nos fez rir em
nossa primeira reunião, ou um padrinho/madrinha caloroso e cheio de compaixão, ou
um amigo compreensivo que nos apoiou durante uma tempestade emocional, e esta
pessoa fez toda a diferença do mundo.
Todos nós tivemos a dádiva da recuperação partilhada conosco por outro adicto
em recuperação. Por isto, somos gratos. Expressamos nossa gratidão partilhando
livremente com outros o que nos foi dado. A mensagem individual que levamos pode
ajudar um recém-chegado que somente nós podemos tocar.
Existem muitas maneiras de servir a nossa irmandade. Cada um de nós descobrirá
que faz certas coisas melhor do que outros, mas todo serviço é igualmente importante.
Se temos o desejo de servir, com certeza vamos encontrar aquela maneira especial de
contribuir que é adequada a nós.
Só por hoje: Minha contribuição faz diferença. Hoje, vou oferecer minha ajuda.
Tomando decisões 23 de agosto
Texto Básico, p. 98
Só por hoje: Eu vou utilizar os princípios dos Doze Passos para tomar decisões
saudáveis. Vou pedir ao meu Poder Superior a força para agir em direção a estas
decisões.
24 de agosto Buscando a vontade de Deus
Texto Básico, p. 49
Só por hoje: Eu vou abrir mão de minhas expectativas, buscar a orientação de meu
Poder Superior e aceitar a vida.
Nono Passo – retomando a vida 25 de agosto
Texto Básico, p. 45
Só por hoje: Eu vou tirar vantagem da oportunidade de retomar a minha vida. Vou
experimentar a libertação dos destroços de meu passado.
26 de agosto Inventário do Décimo Passo
Passo Dez
Um Décimo Passo diário nos mantém em constante base espiritual. Embora cada
membro faça perguntas diferentes, descobriu-se que algumas perguntas são úteis para
quase todos. Duas perguntas-chave do Décimo Passo são: “Estou em honesto contato
comigo mesmo, com minhas ações e meus motivos? E rezei pela vontade de Deus para
mim e pelo poder de realizá-las?” Estas duas perguntas, respondidas honestamente,
nos tornarão mais atentos ao nosso dia.
Quando focalizamos os nossos relacionamentos, podemos perguntas: “Machuquei
alguém hoje, direta ou indiretamente? Preciso fazer reparações a alguém como
resultado de minhas ações, hoje?” Mantemos nosso inventário simples se nos
lembrarmos de nos perguntar: “Onde foi que eu errei? Como posso agir melhor da
próxima vez?”
Membros de NA muitas vezes descobrem que seus inventários incluem outras
perguntas importantes. “Fui bom para mim, hoje? Fiz algo para alguém sem esperar
nada em troca? Reafirmei minha fé em um Poder Superior amoroso?”
O Passo Dez é um passo de manutenção do Programa de NA. O Décimo Passo nos
ajuda a continuar a viver confortavelmente em recuperação.
Só por hoje: Eu vou me lembrar de rever meu dia. Se machuquei alguém, farei
reparações. Pensarei sobre como posso agir de maneira diferente.
Escolhendo a vida 27 de agosto
Texto Básico, p. 16
Texto Básico, p. 34
O Quinto Passo nos pede para partilhar a nossa verdadeira natureza com Deus,
com nós mesmos e com um outro ser humano. Não nos encoraja a contar para todo
mundo cada um dos nossos pequenos segredos sobre nós mesmos. Não nos pede para
abrir para o mundo inteiro cada pensamento vergonhoso ou amedrontado que já
tivemos. O Quinto Passo simplesmente nos sugere que os nossos segredos nos causam
mais mal do que bem quando os mantemos totalmente para nós mesmos.
Se cedemos à nossa relutância de revelar a nossa verdadeira natureza para um só
ser humano, o lado secreto de nossas vidas se torna mais poderoso.. E quando os
segredos estão no controle, encravam uma barreira entre nós, nosso Poder Superior e
as coisas a que mais damos valor em nossa recuperação.
Quando partilhamos nosso ser secreto em confidência com, pelo menos, um ser
humano, talvez nosso padrinho/madrinha, ou um amigo próximo, esta pessoa
geralmente não nos rejeita. Nós nos abrimos para outra pessoa e somos recompensados
com a sua aceitação. Quando isto acontece, descobrimos que a partilha honesta não
ameaça a vida; os segredos perderam o seu poder sobre nós.
Só por hoje: Eu vou desarmar os segredos em minha vida partilhando-os com outro
ser humano.
Não olhe para trás 29 de agosto
“Os passos oferecem uma grande mudança numa vida dominada pela
culpa e pelo remorso. Nosso futuro é modificado, porque não temos
que evitar as pessoas que prejudicamos. Como resultado (...)
recebemos uma nova liberdade que pode pôr fim ao isolamento“.
Texto Básico, p. 42
Só por hoje: Os passos me libertaram dos arrependimentos sobre meu passado. Hoje,
eu vou olhar para frente, para minha nova vida em recuperação.
30 de agosto Indo bem, sentindo-se bem
Texto Básico, p. 49
O programa de NA nos deu mais liberdade do que jamais havíamos sonhado ser
possível. Às vezes, contudo, na rotina diária, perdemos de vista o quanto nos foi dado.
Como, exatamente, as nossas vidas modificaram em Narcóticos Anônimos?
A linha de partida, a recuperação, é claro, é a liberdade da compulsão de usar.
Não precisamos mais devotar todos os nossos recursos para alimentar nossa adicção.
Não precisamos mais nos colocar em perigo, nos humilhar e nem abusar de nós
mesmos ou de outros somente para conseguir a próxima “droga”. A abstinência, por si
só, trouxe uma grande liberdade para nossas vidas.
Narcóticos Anônimos nos tem dado muito mais do que a simples abstinência:
foi-nos dada uma vida completamente nova. Fizemos o nosso inventário e
identificamos os defeitos de caráter que nos limitaram por tanto tempo, nos impedindo
de viver e apreciar a vida. Renunciamos a estes defeitos, nos responsabilizamos por
eles e buscamos o direcionamento e a força que precisamos para viver de maneira
diferente. O nosso grupo de escolha nos deu o calor humano e o apoio que nos ajuda a
continuar a viver em recuperação. E, acima de tudo, temos o amor, o cuidado e o
direcionamento do Deus que viemos a compreender em NA.
No curso do cotidiano da recuperação, às vezes, nos esquecemos o quanto as
nossas vidas se modificaram em Narcóticos Anônimos. Será que apreciamos
plenamente o que nosso programa nos deu?
Só por hoje: A recuperação me deu liberdade. Eu vou saudar o dia com esperança,
grato por tudo ser possível hoje.
SETEMBRO
Valores verdadeiros 1º de setembro
Só por hoje: Eu estou grato pelos valores que desenvolvi. Tenho gratidão pela
capacidade que me deram de tomar decisões sábias e amorosas como um membro
responsável e produtivo de minha comunidade.
2 de setembro Fortalecido pelo Poder Superior
Texto Básico, p. 94
Só por hoje: A orientação de que eu necessito para me tornar uma nova pessoa já está
a meu alcance. Hoje, vou afastar mais de minha antiga falta de direção e me aproximar
mais de meu Poder Superior.
A humildade expressada
pelo anonimato 3 de setembro
Texto Básico, p. 83
Texto Básico, p. 44
Só por hoje: Eu limparei o que está tumultuando meu espírito, fazendo as reparações
que devo.
Não irremediavelmente maus 5 de setembro
Texto Básico, p. 17
Só por hoje: Eu estou grato por ter uma doença tratável e não um dilema moral.
Continuarei o tratamento para a doença da adicção ao praticar o Programa de NA.
6 de setembro Freqüência regular de reuniões
Texto Básico, p. 10
Texto Básico, p. 13
Em NA, começamos a interagir com o mundo à nossa volta. Não vivemos mais
no isolamento. Mas, nos libertando do isolamento, pagamos seu preço: quanto mais
interagimos com as pessoas, mais freqüentemente vamos encontrar alguém pisando em
nossos calos. E freqüentemente estas são as circunstâncias nas quais surgem os
ressentimentos.
Ressentimentos, justificados ou não, são perigosos para o andamento de nossa
recuperação. Quanto mais guardamos ressentimentos, mais amargos eles se tornam,
finalmente nos envenenando. Para ficarmos limpos, precisamos encontrara a
capacidade de abrir mão de nossos ressentimentos e perdoar. Primeiro, desenvolvemos
esta capacidade trabalhando o Oitavo e Nono Passos e a mantemos viva praticando
regularmente o Décimo Passo.
Algumas vezes, quando estamos relutantes em perdoar, é útil lembrar que nós,
também, podemos algum dia precisar do perdão de outra pessoa. Todos nós não
fizemos, uma vez ou outra, algo que lamentamos profundamente? E não nos sentimos
bem novamente quando os outros aceitaram nossa sincera reparação?
Uma atitude de perdão é um pouco mais fácil de desenvolver quando nos
lembramos que todos nós estamos fazendo o melhor que podemos. E algum dia nós,
também, vamos precisar de perdão.
Só por hoje: Eu vou abrir mão de meus ressentimentos. Hoje, se eu for prejudicado,
vou praticar o perdão, sabendo que eu preciso de perdão para mim mesmo.
8 de setembro Rebeldia
Texto Básico, p. 37
Muitos de nós vivemos revoltados a vida inteira. Nossa resposta inicial para
qualquer tipo de orientação é freqüentemente negativa. Rejeição automática à
autoridade parece ser um defeito de caráter problemático para muitos adictos.
Um auto-exame minucioso pode nos mostrar como reagimos ao mundo à nossa
volta. Podemos nos perguntar se nossa rebeldia contra pessoas, lugares e instituições é
justificada. Se continuarmos escrevendo tempo suficiente, geralmente podemos deixar
para trás o que os outros fizeram e descobrir nossa própria responsabilidade em nossos
assuntos. Descobrimos que o que os outros fizeram não é tão importante quanto nossa
maneira de reagir às situações nas quais nos envolvemos.
O inventário regular nos permite examinar os padrões em nossas reações à vida e
ver se estamos predispostos à rebeldia crônica. Algumas vezes iremos achar que,
apesar de geralmente continuar acatando o que nos é sugerido, por medo de rejeição,
secretamente abrigamos ressentimentos contra a autoridade. Se deixarmos, estes
ressentimentos podem nos desviar de nosso programa de recuperação.
O processo do inventário nos permite descobrir, avaliar e alterar nossos padrões de
rebeldia. Não podemos mudar o mundo fazendo inventário, mas podemos mudar a
maneira de reagir a ele.
Texto Básico, p. 89
Só por hoje: Meus amigos e meu padrinhomadrinha são humanos, assim como eu, e
por isso confio em suas experiências.
10 de setembro Mais poderoso que palavras
Só por hoje: Poder Superior ajuda-me a dobrar com os ventos da vida e sentir a
alegria de suas passagens. Liberte-me da rigidez.
12 de setembro Novos horizontes
Existe realmente vida sem drogas? Recém-chegados estão certos de que estão
destinados a levar uma existência enfadonha uma vez que pararam de usar. Este medo
está longe da realidade.
Narcóticos Anônimos abre a porta de uma nova maneira de viver para nossos
membros. A única coisa que perdemos em NA é nossa escravidão às drogas.
Ganhamos uma porção de novos amigos, tempo para nos dedicar ao lazer, a
capacidade de ficar estável no emprego, até mesmo a capacidade de nos dedicar aos
estudos se assim o desejarmos. Estamos capacitados a iniciar e desenvolver projetos
até o final. Podemos ir a um baile e nos sentir confortáveis, mesmo que não saibamos
dançar. Começamos a guardar dinheiro para viajar, mesmo que seja só uma viagem a
um acampamento próximo. Em recuperação, descobrimos o que nos interessa e nos
dedicamos a novas atividades. Ousamos sonhar.
A vida certamente é diferente quando temos as salas de Narcóticos Anônimos para
voltar. Através do amor que achamos em NA, começamos a acreditar em nós mesmos.
Munidos desta convicção, nos aventuramos no mundo para descobrir novos
horizontes. Muitas vezes, o mundo é um lugar melhor porque um membro de NA
esteve nele.
Só por hoje: Eu posso viver uma vida confortável e que flui – uma vida que nunca
sonhei existir. A recuperação tem aberto novos horizontes e me equipado para explorá-
los.
Texto Básico, p. 14
Muitos de nós nos sentimos diferentes das outras pessoas. Sabemos que não
somos os únicos a sentir desta maneira; ouvimos muitos adictos partilharem a mesma
coisa. Procuramos toda a vida por algo que nos fizesse sentir bem, encontrar este lugar
“diferente” dentro de nós para nos fazer inteiros e aceitáveis. As drogas pareceram
preencher esta necessidade. Quando estávamos drogados, pelo menos não sentíamos
mais o vazio ou a necessidade. Mas havia um inconveniente: as drogas, que eram
nossa solução, rapidamente se tornaram nosso problema.
Uma vez que deixamos as drogas, a sensação de vazio voltou. A princípio,
sentimos desespero porque não tínhamos nenhuma solução dentro de nos mesmo para
este anseio miserável. Mas estávamos dispostos a continuar e começamos a trabalhar
os passos. À medida que o fazíamos, achamos o que estávamos procurando, aquele
“algo diferente”. Hoje acreditamos que o anseio de toda a nossa vida era
principalmente pelo conhecimento de um Poder Superior; “algo Diferente” do que
precisávamos era um relacionamento com um Deus amoroso. Os passos nos mostram
como começar este relacionamento.
Só por hoje: Meu Poder Superior é o “algo diferente” que sempre esteve faltando em
minha vida. Eu vou usar os passos para restaurar este ingrediente que faltava a meu
espírito.
14 de setembro Segredos reservas
Texto Básico, p. 93
Tosos têm segredos, certo? Alguns de nós têm pequenos segredos que causariam
apenas pequenos embaraços, se descobertos. Alguns de nós têm grandes segredos,
áreas inteiras de nossas vidas encobertas por espessa e densa escuridão. Grandes
segredos podem representar um perigo mais óbvio e imediato em nossa recuperação.
Mas os pequenos segredos têm seu próprio tipo de dano, talvez mais insidiosos porque
pensamos que eles são “inofensivos”.
Pequenos ou grandes, nossos segredos representam o território espiritual que não
estamos dispostos a render aos princípios da recuperação. Quanto mais reservamos
pedaços de nossas vidas para serem norteados pela vontade egocêntrica, mais
vigorosamente defendemos nosso “direito” de mantê-los dentro de nós, mais danos
fazemos. Gradualmente, os territórios não rendidos de nossas vidas tendem a se
expandir, tomando mais e mais espaço.
Enquanto existirem segredos em nossas vidas, grandes ou pequenos, mais cedo ou
mais tarde irão nos conduzir para o mesmo lugar. Temos que escolher – ou rendemos
tudo a nosso programa, ou vamos perder nossa recuperação.
Só por hoje: Eu quero o tipo de recuperação que vem da total rendição ao programa.
Hoje, eu vou falar com meu padrinho/madrinha e revelar meus segredos, grandes ou
pequenos.
Preenchendo o vazio 15 de setembro
Texto Básico, p. 87
Texto Básico, p. 51
Texto Básico, p. 35
Só por hoje: Embora necessários, os Passos Quatro e Cinco sozinhos não vão trazer
recuperação emocional e espiritual. Eu irei trabalhá-los para agir baseado neles.
18 de setembro Relacionamentos honestos
Texto Básico, p. 62
Só por hoje: Eu vou receber com alegria as diferenças que fazem cada um de nós
especial. Hoje, eu vou trabalhar para ser eu mesmo.
Irmandade 19 de setembro
Só por hoje: Eu vou partilhar minhas alegrias e meus fardos com outros adictos me
recuperação. Eu também vou partilhar os deles. Eu sou grato pelos laços fortes da
irmandade em Narcóticos Anônimos.
20 de setembro Coragem para modificar
Oração da Serenidade
Só por hoje: Eu vou receber bem as mudanças. Com a ajuda de meu Poder Superior,
eu vou encontrar coragem para mudar as coisas que posso.
Prece 21 de setembro
Texto Básico, p. 50
Só por hoje: Eu sei que orar pode ser simples. Eu vou começar de onde estou e
praticar.
22 de setembro Mantendo a dádiva
Só por hoje: Minha recuperação é uma dádiva e eu quero mantê-la. Eu vou fazer a
manutenção necessária e vou partilhar minha recuperação com os outros.
Lidando com a fofoca 23 de setembro
Texto Básico, p. 12
Texto Básico, p. 26
Vir a acreditar é um processo para toda vida, nossa compreensão de Deus irá
mudar. A compreensão que temos no início da recuperação não será a mesma quando
estivermos alguns meses limpos, assim como esta compreensão não será a mesma
quando estivermos limpos a alguns anos.
Nossa compreensão inicial de um Poder maior do que nós mesmos sempre
parecerá limitada. Podemos hesitar em orar porque pensamos nas condições do que
vamos pedir que nosso Poder Superior faça por nós. Poderíamos dizer: “Puxa, isto está
tão horrível que nem mesmo Deus poderia fazer algo”; ou então: “Deus já tem gente
demais para cuidar. Não há tempo para mim”.
Mas, à medida que crescemos em recuperação, cresce nossa compreensão.
Começamos a ver que os únicos limites para o amor e a graça de Deus são os que
impomos quando nos recusamos a sair do caminho. O Deus amoroso no qual viemos a
acreditar é infinito, e a força e o amor que achamos em nossa crença são partilhados
por quase todos os adictos em recuperação ao redor do mundo.
Só por hoje: O Deus que estou vindo a compreender tem uma capacidade ilimitada
pra amar e cuidar. Eu vou confiar que meu Deus é maior que qualquer problema que
eu possa ter.
O Quarto Passo –
temendo nossos sentimentos 25 de setembro
Texto Básico, p. 32
Uma queixa comum sobre o Quarto Passo é que ele nos faz dolorosamente
conscientes de nossos defeitos de caráter. Podemos ser tentados a hesitar em nosso
programa de recuperação. Através da rendição e aceitação, podemos achar os recursos
de que precisamos para continuar trabalhando os passos.
Não é tomar consciência de nossos defeitos de caráter que causa a maior agonia
– são os próprios defeitos. Quando estávamos usando, tudo o que sentíamos eram as
drogas; podíamos ignorar o sofrimento que nossos defeitos estavam nos causando.
Agora que as drogas se foram, sentimos esta dor. A recusa em tomar conhecimento da
fonte de nossa angústia não a faz ir embora; a negação protege a dor e a faz mais forte.
Os Doze Passos nos ajudam a lidar com a miséria causada por nossos defeitos, lidando
diretamente com eles.
Se nossos defeitos nos causam dor, podemos nos relembrar do pesadelo da
adicção, pesadelo do qual agora despertamos. Podemos nos recordar da esperança de
libertação que o Segundo Passo nos deu. Podemos novamente entregar nossas
vontades e nossas vidas, através do Terceiro Passo, aos cuidados do Deus de nossa
compreensão. Nosso Poder Superior cuida de nós nos dando a ajuda de que precisamos
para trabalhar o restante dos doze Passos. Não temos que temer nossos sentimentos. Só
por hoje, podemos continuar nossa recuperação.
Só por hoje: Eu não vou ter medo de meus sentimentos. Com a ajuda de meu Poder
Superior, eu vou continuar minha recuperação.
26 de setembro Vendo-nos nos outros
Texto Básico, p. 41
Como é fácil apontar defeitos nos outros! Existe uma razão para isto: os defeitos
que identificamos mais facilmente nos outros são freqüentemente aqueles com os
quais temos mais familiaridade em nosso próprio caráter. Podemos notar a tendência
de nosso melhor amigo em gastar muito dinheiro, mas, se examinarmos nossos
próprios hábitos de gastar, provavelmente descobriremos a mesma compulsividade.
Podemos julgar que nosso padrinho/madrinha está muito envolvido em serviço, mas
descobrimos que não passamos um simples final de semana com nossas famílias nos
últimos três meses devido a um ou outro compromisso de serviço.
O que menos gostamos em nossos companheiros é freqüentemente o que menos
gostamos em nós mesmos. Podemos aproveitar esta observação em nosso benefício
espiritual. Quando somos tomados pelo impulso de julgar outra pessoa, podemos
redirecionar o impulso de maneira a reconhecer nossos próprios defeitos mais
claramente. O que vemos irá guiar nossas ações para recuperação e nos ajudar a nos
tornar indivíduos felizes e emocionalmente saudáveis.
Só por hoje: Eu vou olhar além dos defeitos de caráter dos outros e reconhecer os
meus próprios.
O apoio correto 27 de setembro
“Existe algo em nossas personalidades auto destrutivas que grita pelo fracasso”.
Texto Básico, p. 88
“Pobre de mim, coitado de mim, olhe para mim, minha vida é uma confusão!
Eu fracassei e, não importa quanto eu tente, continuo a fracassar”. Muitos de nós
chegamos a NA cantando este triste refrão.
A vida não é mais assim. É verdade, algumas vezes ainda vamos tropeçar; às
vezes iremos mesmo cair. Algumas vezes, sentimos como se não pudéssemos avançar
em nossas vidas, não importando quanto tentemos. Mas a verdade é que, com a ajuda
de outros adictos em recuperação em NA, encontramos a mão que nos levanta, sacode
a poeira e nos ajuda a começar tudo de novo. Este é o novo refrão em nossas vidas
hoje.
Não dizemos mais: “Eu sou um fracasso e não estou indo a lugar nenhum”.
Dizemos: “Caramba! Eu tropecei na mesma pedra da estrada da vida. Breve,
aprenderei a ir com calma ou evitar o tropeço”. Até lá, podemos continuar a tropeçar
de vez em quando, mas já aprendemos que há sempre uma mão nos ajudando e nos
colocando em pé novamente.
Como adictos na ativa, o desespero era a nossa companhia indesejável. Ele coloria
nossas manhãs. O desespero nasceu de nossa experiência na adicção ativa: não importa
quanto tentássemos melhorar nossas vidas, afundamos cada vez mais na miséria.
Tentativas para controlar nossas vidas freqüentemente encontravam o fracasso. De um
certo modo, a admissão de impotência em nosso Primeiro Passo era um
reconhecimento do desespero.
Os Passos Dois e Três nos guiaram gradualmente para fora do desespero e em
direção a uma nova esperança, companheira do adicto em recuperação.Tendo aceitado
que muitos de nossos esforços para mudar fracassaram, viemos a acreditar que existe
um Poder maior que nós mesmos. Acreditamos que este Poder tem condições e irá nos
ajudar. Praticamos o Segundo e o Terceiro Passos como uma afirmação de nossa
esperança numa vida melhor, recorrendo a este Poder para nos orientar. Vindo a
confiar mais e mais em um Poder Superior para a administração cotidiana de nossa
vida, o desespero nascido de nossa longa experiência com auto-suficiência desaparece.
Só por hoje: Eu vou reafirmar minha decisão do Terceiro Passo. Eu sei que com um
Poder Superior em minha vida existe esperança.
Só por hoje 29 de setembro
Só por hoje: Eu vou estar no aqui e agora. Hoje, neste momento, estou livre.
30 de setembro Sendo nós mesmos
Só por hoje: Minha experiência em recuperação é a maior dádiva que posso dar a
outro adicto. Eu vou compartilhar honestamente com os outros.
OUTUBRO
Mais do que uma
motivação para crescer 1º de outubro
Texto Básico, p. 32
Sempre que sentimos dor, pensamos: “Dor – quem precisa dela!” Não vemos
nenhum bom propósito para a dor. Parece ser um exercício de sofrimento sem sentido.
Se alguém nos menciona crescimento espiritual quando sentimos dor, provavelmente
reagimos desgostosos e nos afastamos, pensando que nunca havíamos encontrado uma
pessoa tão indesejável.
Ma, e se os seres humanos não sentissem dor – nem física nem emocional?
Parece um mundo ideal? Não é bem assim. Se não fôssemos capazes de sentir dor
física, não saberíamos quando piscar para expulsar um cisco do olho; não saberíamos
quando nem mesmo quando nos virar dormindo. Simplesmente abusaríamos de nós
mesmos por falta de um sistema natural de alerta.
O mesmo é verdade para a dor emocional. Como saberíamos que nossas vidas
se tornaram incontroláveis, se não tivéssemos sentido dor? Da mesma maneira que a
dor física, a dor emocional nos indica quando parar de fazer algo que machuca.
Mas a dor não é apenas um fator de motivação. A dor emocional proporciona
uma base de comparação quando estamos felizes. Não poderíamos apreciar a alegria
sem conhecer a dor.
Só por hoje: Eu aceitarei a dor como uma pedra necessária da vida. Sei que, no
mesmo nível em que posso sentir dor, também posso sentir alegria.
2 de outubro Mantendo a fé
Texto Básico, p. 49
Só por hoje: A fé fez com que eu ficasse limpo, e a fé me manterá limpo. Hoje, eu
manterei a fé em meu Poder Superior. Renovarei minha rendição e pedirei sabedoria e
força.
Perdendo a teimosia 3 de outubro
Só por hoje: Eu busco libertação do ego e dos conflitos gerados pela teimosia.
Tentarei melhorar meu contato consciente com o Deus da minha compreensão,
buscando a orientação e o poder de que preciso para viver em harmonia com meu
mundo.
4 de outubro A maravilha dos trinta dias
Texto Básico, p. 54
Só por hoje: Eu não sou nenhuma “maravilha dos trinta dias”.O caminho de NA é
minha maneira de viver, e estou aqui para continuar.
Peça por misericórdia, não justiça 5 de outubro
Texto Básico, p. 41
Nossas vidas estão progredindo muito bem. As coisas vão indo bem, e cada ano
em recuperação nos traz mais dádivas materiais e espirituais. Podemos ter algum
dinheiro no banco, um carro novo ou um relacionamento assumido. Temos alguma
autoconfiança e nossa fé num Poder Superior está crescendo.
Então, algo acontece. Alguém arromba nosso carro e furta o som, ou a pessoa
com quem estamos nos relacionando se torna infiel. Imediatamente nos sentimos
vítimas e lamentamos: “Onde está a justiça?” Mas, se fizermos uma retrospectiva de
nosso próprio comportamento, poderemos descobrir que já fomos culpados de fazer o
que acaba de ser feito conosco. Compreendemos que não iríamos realmente quere
justiça – nem para nós nem para os outros. O que queremos é misericórdia.
Agradecemos a um Deus amoroso pela compaixão que nos foi mostrada e
aproveitamos o momento para apreciar todas as dádivas preciosas que a recuperação
traz.
Só por hoje: Eu pedirei misericórdia, não justiça. Sou grato pela compaixão que me
foi mostrada e oferecerei misericórdia aos outros.
6 de outubro Reparações sem expectativas
Texto Básico, p. 42
O oitavo Passo nos pede que nos tornemos dispostos a fazer reparações a todas as
pessoas que prejudicamos. À medida que nos aproximamos deste passo, podemos ficar
imaginando qual será o resultado de nossas reparações. Seremos perdoados? Aliviados
de quaisquer sentimentos de culpa pendentes? Ou seremos condenados e repreendidos
pelas pessoas que prejudicamos?
Se esperamos receber os benefícios espirituais do Oitavo e Nono Passos, devemos
renunciar à nossa tendência de buscar o perdão. Se abordamos esses passos esperando
alguma coisa, é provável que fiquemos bem desapontados com os resultados.
Devemos perguntar a nós mesmos se estamos depositando nossas esperanças em obter
o perdão da pessoa a quem estamos fazendo reparação. Ou talvez esperemos ser
perdoados de nossa dívida por algum credor simpatizante, levado às lágrimas por
nossa história de má sorte.
Precisamos estar dispostos a fazer nossas reparações sem levar em conta a
conseqüência. Podemos planejar as reparações, mas não podemos planejar os
resultados. Embora seja possível que todas as pessoas a quem devemos reparações não
nos concedam um pleno perdão, aprendemos a perdoar a nós mesmos. No processo,
descobriremos que não temos mais que carregar o peso do passado.
Texto Básico, p. 77
Só por hoje: Eu dependerei do amor e da força interior que retiro do Deus de minha
compreensão.
8 de outubro Um novo padrão de viver
Texto Básico, p. 85
Só por hoje: Eu colocarei minha casa em ordem. Hoje, examinarei minha participação
nos problemas de minha vida. Se devo reparações, eu as farei.
10 de outubro Conseqüências
“Antes de ficarmos limpos, a maior parte das nossas ações eram guiadas
por impulsos. Hoje não estamos presos a este tipo de pensamentos”.
Texto Básico, p. 98
Já se sentiu tentado a fazer alguma coisa, mesmo quando sabia que os resultados
seriam desastrosos? Já pensou sobre quanto doeria fazer o que estava tentado a fazer,
seguir em frente e fazê-lo assim mesmo?
Dizem que existem conseqüências para cada ação. Antes de ficar limpos, muitos
de nós simplesmente não acreditavam nisso. Mas hoje sabemos exatamente o que isso
significa. Quando agimos, sabemos que haverá conseqüências a pagar. Não podemos
mais decidir fazer algo na ignorância, quando sabemos muito bem que não gostaremos
do preço que teremos de pagar.
Existe um prêmio e um preço. Se estivermos dispostos a pagar o preço, não há
nada de errado em agir, apesar das conseqüências, mas sempre existe um preço a
pagar.
Texto Básico, p. 59
Só por hoje: Eu verei o mundo e minha vida através das lentes limpas e espirituais de
meu programa.
12 de outubro Estar certo
“Quando admitimos que nossas vidas se tornaram incontroláveis, não temos que
discutir o nosso ponto de vista (...) Já não temos que estar sempre com a razão”.
Texto Básico, p. 63
Só por hoje: Deus, eu admito minha impotência e a falta de controle da minha vida.
Ajude-me a viver com os outros como um igual, dependente de Você para direção e
força.
Fazer uma diferença 13de outubro
Às vezes, parece que existe tanta coisa errada com o mundo, que poderíamos
também nos esquecer de tentar mudar algo. “Afinal de contas”, pensamos, “o que
posso fazer no mundo? Sou apenas uma pessoa”. Se nossas preocupações são tão
amplas que desejamos a paz mundial ou tão pessoais que simplesmente queremos que
a recuperação esteja disponível para todo adicto que a deseje, a tarefa parece
dominadora. “Tanto trabalho para fazer, tão pouco tempo”, suspiramos, às vezes,
pensando se jamais faremos algo de bom.
Surpreendentemente, a menor das contribuições pode fazer a maior diferença.
Ganhar mais da vida do que uma existência ordinária e penosa requer muito pouco
esforço de nossa parte. Somos transformados pela profunda satisfação que
experimentamos quando elevamos o estado de espírito de apenas uma pessoa. Quando
sorrimos para alguém que está carrancudo, quando deixamos alguém ir na nossa frente
na rodovia, quando ligamos para um recém chegado apenas para dizer que nos
importamos, entramos no reino do extraordinário.
Quer mudar o mundo? Comece hoje à noite com o adicto que está sentado a seu
lado e depois imagine seu ato de bondade multiplicado. Uma pessoa de cada vez, cada
um de nós faz uma diferença.
Só por hoje: Um ato de bondade não me custa nada, mas é inestimável para quem o
recebe. Hoje, eu serei gentil com alguém.
14 de outubro O fim da solidão
A adicção é uma doença solitária. Podemos estar cercados de gente, porém, mais
cedo ou mais tarde, nossa adicção cria um fosso entre nós e as pessoas de quem mais
gostamos. Muitos de nós somos impulsionados a procurar Narcóticos Anônimos por
uma solidão desesperadora.
Embora possamos nos aproximar das salas de NA com cautela e desconfiança,
somos bem recebidos com um abraço, um sorriso e um caloroso “continue voltando”.
Este poderá ser o primeiro lugar em que nos sentimos bem-vindos, há muito, muito
tempo. Observamos os outros membros conversando e rindo, saindo da reunião em
grupo para conversar mais na lanchonete local. Ficamos imaginando se nós também
poderíamos fazer parte dessa turma amorosa.
Nosso padrão de isolamento pode tornar difícil para nós nos unirmos a eles. Com o
tempo, entretanto, começamos a nos sentir “parte de”, em vez de “à parte de”. Logo,
quando entramos nas salas, nos sentimos em casa. Começamos a fazer amigos e nossas
vidas começam a mudar.
NA nos ensina como superar nosso isolamento. Através de nossas primeiras
tentativas de amizades formadas em nosso grupo de escolha, começamos a descobrir
que fazer amigos não é difícil. Uma sensação de fazer parte surge quando partilhamos
com os outros.
Só por hoje: Eu sou grato peças amizades que meu Poder Superior me deu em NA.
Graças a elas, não estou mais sozinho.
Texto Básico, p. 3
Quando estávamos crescendo, todos nós tínhamos sonhos. Toda criança ouviu
um parente ou um vizinho perguntar: “O que você quer ser quando crescer?” Mesmo
se alguns de nós não tinham elaborado sonhos de sucesso, a maioria de nós sonhava
com trabalho, família e um futuro de dignidade e respeito. Mas ninguém perguntou:
“Você quer ser um drogadicto quando crescer?”
Não escolhemos nos tornar adictos e não podemos escolher deixar de ser
adictos. Temos a doença da adicção. Não somos responsáveis por tê-la, mas somos
responsáveis por nossa recuperação. Tendo aprendido que somos pessoas doentes e
que existe um caminho de recuperação, podemos parar de ficar culpando as
circunstâncias – ou a nós mesmos – e começar a viver a solução. Não escolhemos a
adicção, mas podemos escolher a recuperação.
Passo Onze
Como oramos? Com pouca experiência, muito de nós não sabem nem como
começar. O processo, entretanto, não é nem difícil nem complicado.
Chegamos a Narcóticos Anônimos por causa de nossa adicção às drogas. Mas, por
trás disso, muitos de nós sentíamos uma profunda sensação de espanto com a própria
vida. Parecíamos perdidos, vagando por um deserto sem rumo, sem ninguém para nos
guiar. A oração é um meio para obter uma direção na vida e o poder para seguir essa
direção.
Como a oração desempenha um papel tão importante na recuperação de NA,
muitos de nós reservam um tempo específico todos os dias para orar, estabelecendo
um padrão. Neste tempo sossegado, “conversamos” com nosso Poder Superior,
silenciosamente ou em voz alta. Perguntamos: “O que Você quer que eu faça?” Ao
mesmo tempo, pedimos: “Por favor, conceda-me o poder de realizar Sua vontade”.
Aprender a orar é simples. Pedimos o “conhecimento de Sua vontade em relação a
nós e o poder para realizar esta vontade”. Fazendo isso, encontramos a direção que nos
faltava e a força que precisamos para realizar a vontade de nosso Deus.
Só por hoje: Eu reservarei um tempo sossegado para “conversar” com meu Poder
Superior. Pedirei direção desse Poder e capacidade para agir de acordo com ela.
”A Verdade” 17 de outubro
Só por hoje: Eu abrirei meus olhos e meu coração às mudanças causadas pelos passos.
Hoje, com uma mente aberta, posso entender a verdade em minha vida.
18 de outubro Todos pertencemos
Texto Básico, p. 95
Só por hoje: Não importam quais sejam minhas características pessoais, eu pertenço.
Ter objetivos 19 de outubro
Texto Básico, p. 96
Só por hoje: Eu tenho objetivos. Minha força é o resultado de viver meus valores.
20 de outubro Liberdade para escolher
Texto Básico, p. 49
Em nossa adicção ativa, muitos de nós vivíamos nossas vidas por omissão. Não
estávamos dispostos ou éramos incapazes de fazer escolhas sobre como queríamos
agir, o que preferíamos fazer ou mesmo sobre onde iríamos viver. Permitíamos às
drogas ou às outras pessoas que tomassem as mais básicas decisões por nós. Estar
livres da adicção ativa significa, entre outras coisas, a liberdade de fazer essas escolhas
por nós mesmos.
Liberdade de escolha é uma dádiva maravilhosa, mas também é uma grande
responsabilidade. A escolha nos permite descobrir quem somos e em que acreditamos.
No entanto, ao exercê-la, somos requisitados a medir nossas próprias escolhas e a
aceitar as conseqüências. Isto leva alguns de nós a buscar alguém que fará nossas
escolhas – padrinho ou madrinha, grupo de escolha, amigos de NA –, da mesma
maneira que quando estávamos usando, nossa doença fazia escolhas por nós. Isto não
é recuperação.
Buscar a experiência dos outros é uma coisa; abdicar de responsabilidade pessoa é
outra coisa. Se não utilizamos a dádiva da liberdade que nos foi dada e se nos
recusamos a aceitar a responsabilidade decorrente dela, perderemos essa dádiva e
nossas vidas ficarão diminuídas. Somos responsáveis por nossa própria recuperação e
nossas próprias escolhas. Por mais difícil que possa parecer, temos que fazer essas
escolhas por conta própria e estarmos dispostos a aceitar as conseqüências.
Só por hoje: Eu sou grata pela liberdade de viver como escolhi. Hoje, aceitarei a
responsabilidade por minha recuperação, farei minhas próprias escolhas e aceitarei as
conseqüências.
A vontade de Deus hoje 21 de outubro
Só por hoje: Eu farei o máximo, hoje, e confiarei que o ontem e o amanhã estão sob
os cuidados de Deus.
22 de outubro Olhe quem está falando
Texto Básico, p. 91
Alguns de nós dizem: “Minha doença está falando comigo”. Outros dizem:
“Minha cabeça não pára”. Ainda há outros que se referem ao “barulho em minha
mente” ou “o macaco em minhas costas”. Vamos encarar isso. Sofremos de uma
doença incurável que continua a nos afetar, mesmo em recuperação. Nossa doença nos
fornece informação distorcida sobre o que está acontecendo em nossas vidas. Ela nos
diz para não olhar para nós mesmos, porque o que veremos é muito assustador. Às
vezes, ela nos diz que não somos responsáveis por nós mesmos e nossas ações; outras
vezes nos diz que tudo que há de errado com o mundo é culpa nossa. Nossa doença
nos engana e nos leva a acreditar nisso.
O Programa de NA nos proporciona muitas vozes que contrabalançam nossa
dicção, vozes em que podemos confiar. Podemos ligar para nosso padrinho ou
madrinha para um teste de realidade. Podemos escutar a voz de um adicto tentando
ficar limpo. A solução derradeira é trabalhar os passos e recorrer à força de um Poder
Superior. Isto fará com que atravessemos aqueles tempos em que “nossa doença está
falando”.
Só por hoje: Eu ignorarei a “voz” de minha adicção. Escutarei a voz de meu programa
e de um Poder maior do que eu.
Rendição 23 de outubro
Texto Básico, p. 48
Quando estávamos usando, fazíamos tudo que podíamos para que as coisas
corressem de nosso modo. Utilizávamos todos os esquemas imagináveis para controlar
nosso mundo. Quando conseguíamos o que queríamos, nos sentíamos poderosos,
invencíveis; quando não, nos sentíamos vulneráveis, derrotados. Mas isso não nos
deteve – apenas levou a mais esforços para controlar e manipular nossas vidas,
tornando-as administráveis.
Tramar era nossa maneira de negar nossa impotência. Enquanto pudéssemos
nos distrair com nossos planos, podíamos adiar a aceitação de que estávamos fora de
controle. Apenas gradualmente percebemos que nossas vidas tinham se tornado
incontroláveis e que todas as tramóias e manipulações do mundo não iriam colocá-las
novamente em ordem.
Quando admitimos nossa impotência, paramos de tentar controlar e administrar
nosso caminho para uma vida melhor – nós nos rendemos. Carentes de um poder
próprio suficiente, buscamos um Poder maior do que nós; precisamos de apoio e
orientação, pedimos a esse Poder que cuide de nossa vontade e de nossas vidas.
Pedimos a outros em recuperação que partilhem sua experiência de viver o Programa
de NA, em vez de tentar programar nossas próprias vidas. O poder e a orientação que
buscamos estão à nossa volta; precisamos apenas nos afastar do eu para encontrá-los.
Só por hoje: Eu não tentarei tramar e manipular meu caminho para uma vida
administrável. Através do Programa de NA, me renderei aos cuidados de meu Poder
Superior.
24 de outubro Responsabilidade
Texto Básico, p. 99
Tradição Doze
Só por hoje: Eu escutarei minha consciência e farei o que é certo. Meu foco será em
princípios, não na personalidade das pessoas.
26 de outubro O caminho para a auto-aceitação
IP Nº 19, “Auto-aceitação”
Nossa adicção em sido uma fonte de vergonha para muitos de nós. Nos
escondemos dos outros, certos de que, se alguém viesse a conhecer quem realmente
éramos, essa pessoa nos rejeitaria. NA nos ajuda a aprender a auto-aceitação.
Muitos de nós encontram uma grande dose de alívio apenas comparecendo às
reuniões, ouvindo os companheiros adictos partilhando suas histórias e descobrindo
que outros têm sentido o mesmo que sentimos em relação a nós mesmos. Quando os
outros partilham honestamente conosco quem eles são, sentimos-nos livres para fazer
o mesmo. À medida que aprendemos a contar a verdade a nosso respeito, aprendemos
a nos aceitar.
No entanto, revelar-se é apenas o começo. Uma vez que partilhamos as coisas que
nos deixam incomodados em relação a nossas vidas, precisamos encontrar uma nova
maneira de viver – e é aí que entram os passos. Desenvolvemos o conceito de um
Poder Superior. Fazemos um inventário detalhado de nossas vidas e discutimos com
nosso padrinho/madrinha. Pedimos ao Deus de nossa compreensão que remova nossos
defeitos de caráter e imperfeições que são a fonte de nossos problemas. Assumimos a
responsabilidade pelas coisas que fizemos e fazemos reparações por elas. E
incorporamos todas estas disciplinas em nossas vidas diárias, “praticando estes
princípios em todas as nossas atividades”.
Trabalhando os passos, podemos nos tornar pessoas que estimamos ser. Podemos
contar livremente a verdade a respeito de nós mesmos, pois não temos nada a
esconder.
Texto Básico, p. 31
Para muitos de nós, o passado é como um sonho ruim. Nossas vidas já não são
mais as mesmas, mas ainda temos memórias emocionais, ocasionais e altamente
carregadas de um passado realmente desconfortável. A culpa, o medo e a raiva que
uma vez nos dominaram podem se derramar em nossas vidas, complicando nossos
esforços para mudar e crescer.
Os Doze Passos são a fórmula que nos ajuda a aprender a colocar o passado em
seu lugar. Através do Quarto e Quinto Passos, nos conscientizamos de que nosso velho
comportamento não funcionava. Pedimos a um Poder Superior que nos livre de nossas
imperfeições, no Sexto e no Sétimo Passos e começamos a ficar livre da culpa e do
medo que nos assolaram por tantos anos. No Oitavo e no Nono Passos, fazendo
reparações demonstramos aos outros que nossas vidas estão mudando. Não somos
mais controlados pelo passado. Uma vez que o passado perdeu seu controle sobre nós,
estamos livres para descobrir novas maneiras de viver, maneiras que refletem quem
verdadeiramente somos.
Só por hoje: Eu não tenho que ser controlado por meu passado. Viverei este novo dia
como a nova pessoa em que estou me transformando.
28 de outubro Atitudes
Texto Básico, p. 59
Não existem dias em que tudo parece conspirar contra você? Você não passa por
épocas em que está tão ocupado, ouvindo o inventário dos outros, que mal se agüenta
em pé? E quando você se pega estourando com seu companheiro de trabalho ou com a
pessoa amada sem nenhuma razão? Quando nos encontramos nesse estado de espírito
desolador, precisamos agir.
A qualquer momento do dia, podemos reservar alguns minutos e fazer um
“inventário localizado”. Examinamos como estamos reagindo às situações exteriores e
às outras pessoas. Ao fazer isto, poderemos descobrir que obviamente estamos
sofrendo de uma antiga “atitude negativa”. Um ponto de vista negativo pode
prejudicar nossa relação com nosso Poder Superior e com as pessoas em nossas vidas.
Quando somos honestos conosco, freqüentemente descobrimos que o problema se
encontra em nós mesmos e em nossas atitudes.
Não temos controle sobre os desafios que a vida nos apresenta. O que podemos
controlar é como reagimos a esses desafios. A qualquer momento, podemos mudar
nossa atitude. A única coisa que realmente muda em Narcóticos Anônimos somos nós.
Os Doze Passos nos fornecem as ferramentas para sais do problema e encontrar a
solução.
Só por hoje: Durante o dia todo, eu vou verificar minhas atitudes. Aplicarei os passos
para melhorá-las.
Viver no agora 29 de outubro
Pensamentos sobre como era ruim – ou podia ser – podem desgastar nossas
esperanças de recuperação. Fantasias de como era maravilhoso – ou podia ser – podem
nos desviar de agirmos no mundo real. É por isso que, Narcóticos Anônimos, falamos
de viver e nos recuperar “só por hoje”.
Em NA, sabemos que podemos mudar. Viemos a acreditar que nosso Poder
Superior pode devolver a integridade de nossas mentes e corações. Podemos lidar com
os destroços de nosso passado através dos passos. Mantendo nossa recuperação, só por
hoje, podemos evitar criar problemas no futuro.
A vida em recuperação não é fantasia. Divagações sobre como era bom usar ou
sobre como podemos ser bem sucedidos ao usar no futuro, ilusões sobre como as
coisas podiam ser ótimas, expectativas exageradas que nos preparam para
desapontamentos e recaídas – tudo isso perde o poder diante do programa. Buscamos a
vontade de Deus, não a nossa. Buscamos servir aos outros, não a nós. Nosso
egocentrismo e a importância de como as coisas poderiam ou deveriam ser ótimas
desaparecem para nós. À luz da recuperação, percebemos a diferença entre fantasia e
realidade.
Só por hoje: Eu sou grato pelos princípios da recuperação e pela nova realidade que
eles me deram.
30 de outubro Coragem
Narcóticos Anônimos não é lugar para medrosos! Encarar a vida em seus termos,
sem uso de drogas, nem sempre é fácil. A recuperação requer mais do que trabalho
duro; ela requer uma dose gêneros de coragem.
De qualquer modo, o que é coragem? Uma rápida olhada no dicionário nos trará a
resposta. Temos coragem quando encaramos e lidamos com qualquer coisa que
pensamos ser difícil, perigosa e dolorosa, em vez de fugir dela. Coragem significa ser
valente; ter um propósito; ter força interior. Então, o que realmente é coragem?
Coragem é uma atitude, uma atitude de perseverança.
É disso que um adicto em recuperação realmente precisa – perseverança.
Assumimos esse compromisso de permanecer com nosso programa, de evitar usar, não
importa o que aconteça. Um adicto corajoso é aquele que não usa, um dia de cada vez,
aconteça o que acontecer.
E o que nos dá coragem? Um relacionamento com um Poder Superior nos dá a
força e a coragem para permanecermos limpos. Sabemos que, contanto que estejamos
sob os cuidados de nosso Deus, teremos o poder de que precisamos para lidar com a
vida nos seus próprios termos.
Só por hoje: Eu tenho um Poder Superior que cuida de mim, aconteça o que
acontecer. Sabendo disso, hoje me esforçarei para ter uma atitude corajosa.
Nosso relacionamento
com um Poder Superior 31 de outubro
Texto Básico, p. 57
Só por hoje: Meu Deus, me ajude quando eu ajudo os outros. Hoje, vou procurar
ajudar, dando de graça o amor que o Poder Superior me deu, sabendo que este é o
caminho para mantê-lo.
2 de novembro Viver com problemas não resolvidos
Texto Básico, p. 61
Só por hoje: Aqueles problemas que não posso resolver podem se tornar toleráveis,
partilhando-os com um amigo. Hoje, eu vou conversar com alguém que se importa.
Aconteça o que acontecer 3 de novembro
“Mais cedo ou mais tarde, teremos que caminhar com as nossas próprias pernas
e encarar a vida como ela é. Por que não fazê-lo então desde o início?“.
Texto Básico, p. 97
Só por hoje: Eu vou ser honesto com os recém-chegados com quem eu partilhar e vou
deixá-los saber que, aconteça o que acontecer, não precisamos mais usar drogas.
4 de novembro Troca de amor
“(...) damos amor porque ele também nos foi dado tão livremente. Novas
fronteiras se abrem para nós à medida que aprendemos a amar. O
amor pode ser o fluxo de energia vital de uma pessoa para outra.”
Só por hoje: A vida é uma fronteira para mim e o veículo que vou usar para explorá-la
é o amor. Eu vou dar de graça o amor que recebi.
Orientação de Deus 5 de novembro
Não é sempre fácil tomar uma decisão certa. Isto é verdadeiramente especial
para adictos aprendendo a viver através de princípios espirituais pela primeira vez. Na
adicção, desenvolvemos impulsos autodestrutivos e anti-sociais. Nossa doença não nos
preparou pára tomar decisões sensatas.
Hoje, para achar a direção de que precisamos, pedimos a nosso Poder Superior.
Paramos; oramos; e, em silêncio, ouvimos a orientação interior. Viemos a acreditar
que podemos confiar que podemos confiar em um Poder Superior maior do que nós
mesmos. Este Poder está acessível sempre que precisamos dele. Tudo que precisamos
fazer é orar pedindo o conhecimento da vontade de nosso Deus e forças para realizá-la.
Cada vez que fazemos isto e cada vez que descobrimos direção no meio de
nossa confusão, nossa fé cresce. Quanto mais confiamos em nosso Poder Superior,
mais fácil se torna pedir esta direção. Descobrimos o Poder que estava faltando em
nossa adicção, um Poder que está disponível para nós em todos os momentos. Para
descobrir a direção de que precisamos plenamente e crescer espiritualmente, tudo o
que temos que fazer é manter contato com o Deus de nossa compreensão.
Só por hoje: Meu Poder Superior é a fonte de orientação espiritual dentro de mim que
eu sempre posso buscar. Hoje, quando eu perder a direção, vou pedir o conhecimento
da vontade de meu Poder Superior.
6 de novembro Entendendo a humanidade
Texto Básico, p. 38
Humildade era uma idéia tão estranha para a maioria de nós que a ignoramos
enquanto podíamos. Quando pela primeira vez vimos a palavra “humildemente” no
Sétimo Passo, podemos ter imaginado que ela significava que tínhamos bastante
humilhação guardada. Talvez tenhamos ido ao dicionário, apenas par nos tornar ainda
mais confusos com sua definição. Não entendíamos como modéstia e subordinação se
aplicavam à recuperação.
Ser humilde não significa que somos a mais baixa forma de vida. Pelo contrário,
tornar-se humilde significa atingir uma visão realista de nós mesmos e de onde nos
situamos no mundo. Alcançamos um estado de consciência baseado na aceitação de
todos os aspectos de nós mesmos. Não recusamos nossas boas qualidades nem
exageramos nossos defeitos. Honestamente aceitamos quem somos.
Nenhum de nós irá atingir um estado de humildade perfeita. Mas certamente
podemos nos esforçar para honestamente admitir nossas imperfeições, aceirar nossas
qualidades e confiar em nosso Poder Superior como fonte de força. Humildade não
significa rastejar pelos caminhos da vida, significa apenas admitir que não podemos
nos recuperar sozinhos. Precisamos uns dos outros e, acima de tudo, precisamos do
poder de um Deus amoroso.
Só por hoje: Para ser humilde, eu vou aceitar honestamente todas as minhas facetas,
vendo meu verdadeiro lugar no mundo. Para obter a força de que preciso para ocupar
este lugar, eu vou confiar no Deus de minha compreensão.
Sentindo a vontade de Deus 7 de novembro
Só por hoje: Eu vou orar pelo conhecimento da vontade de meu Poder Superior para
mim e força para realizá-la. Vou prestar atenção a meus sentimentos e agir quando eles
me fizerem bem.
*N.T. Esta página refere-se ao Livro 2 do Texto Básico em inglês.
8 de novembro Livre da insanidade
Texto Básico, p. 25
Ouvimos dizer, que a menos que estejamos amando, não podemos lembrar como é
o sentimento de estar apaixonado. O mesmo ocorre com a insanidade: uma vez que
estamos livres dela, esquecemos como podem ser verdadeiramente estranho nossos
pensamentos insanos. Mas, para ser gratos pelo grau de sanidade que recuperamos em
Narcóticos Anônimos, precisamos lembrar quanto estávamos mergulhados na
insanidade.
Hoje, pode ser ridículo imaginar um pensamento do tipo: “Por favor, me dê um
ataque do coração ou um acidente fatal?” Ninguém em seu juízo perfeito pediria algo
assim. Essa é a questão. Em nossa adicção ativa, nós cortejávamos doenças fatais,
degradações, desonestidade, desfalques, destruições, morte violenta e até mesmo
morte por completa estupidez. Neste contexto, a idéia de pedir por um ataque do
coração ou acidente fatal não soa tão estranha assim. Isso demonstra quanto estávamos
insanos.
A programação. O companheirismo e nosso Poder Superior – juntos – operam
milagres. O Segundo Passo não é uma esperança infrutífera – é realidade.
Reconhecendo o grau de insanidade a que chegamos, podemos desfrutar cada vez mais
deste Poder milagroso que nos resgata para a sanidade. Por isso, somos
verdadeiramente gratos.
Só por hoje: Eu terei algum tempo para lembrar quão insano eu estava durante minha
adicção ativa. Então agradecerei a meu Poder Superior a sanidade que venho
resgatando em minha vida.
Os melhores planos 9 de novembro
Existe um velho ditado que algumas vezes ouvimos em nossas reuniões: “Se
você quer que Deus ria, faça planos”. Normalmente, quando ouvimos isto, também
rimos, mas com uma ponta de nervosismo em nosso riso. Imaginamos se todos os
nossos cuidadosos planos estão condenados ao fracasso. Se estamos planejando um
grande evento – um casamento, um retorno aos estudos ou, talvez, uma mudança de
carreira –, começamos a imaginar se nossos planos são os mesmos de nosso Poder
Superior. Somos capazes de nos preocupar tão obsessivamente com esta questão que
nos recusamos a fazer mais planos.
Mas o certo é que realmente não sabemos se os planos que o Poder Superior
traçou para nós são ou não definitivos. A maior parte de nós tem opiniões sobre
fatalidade e destino, mas, acreditando ou não nestas teorias, ainda temos a
responsabilidade de viver nossas vidas e fazer planos para o futuro. Se nos recusarmos
a aceitar responsabilidade sobre nossas vidas, mesmo assim estaremos fazendo planos
– planos para uma existência maçante e superficial.
O que fazemos em recuperação são planos, não resultados. Nunca saberemos
quando o casamento, a educação ou o novo emprego irá funcionar, antes de tentar.
Simplesmente, usamos bom senso, consultamos nossos padrinhos/madrinhas, oramos,
usamos toda informação disponível e fazemos os planos mais razoáveis que podemos.
No mais, acreditamos no cuidado amoroso do Deus de nossa compreensão, sabendo
que agimos responsavelmente.
Só por hoje: Eu vou fazer planos, mas eu não vou planejar os resultados. Eu vou
acreditar no cuidado amoroso de meu Poder Superior.
10 de novembro Medo ou fé
Texto Básico, p. 16
Para muitos de nós, o medo era um fator constante em nossas vidas, antes de
chegar a Narcóticos Anônimos. Nós usávamos porque tínhamos medo de sentir a dor
física ou emocional. Nosso medo de pessoas e situações nos deu uma desculpa
conveniente para usar drogas. Alguns de nós tínhamos tanto medo de tudo que éramos
incapazes mesmo de sair de casa sem antes usar.
Ao ficar limpo, substituímos nosso medo pela crença na irmandade, nos passos e
no Poder Superior. À medida que esta crença cresce, nossa fé no milagre da
recuperação começa a colorir todos os aspectos de nossa vida. Começamos a nos ver
com outros olhos, percebemos que somos seres espirituais e nos esforçamos para viver
de acordo com os princípios espirituais.
A aplicação destes princípios espirituais ajuda a eliminar o medo de nossas vidas.
Abstendo-nos de tratar os outros de maneira prejudicial ou fora da lei, descobrimos
que não precisamos ter medo de como seremos tratados. À medida que praticamos
amor, compaixão, compreensão e paciência em nossos relacionamentos com os outros,
somos tratados com respeito e consideração. Percebemos que estas mudanças positivas
são o resultado de deixar nosso Poder Superior trabalhar em nós. Viemos a acreditar –
não a pensar, mas a acreditar – que nosso Poder Superior quer apenas o melhor para
nós. Não importam quais as circunstâncias, descobrimos que podemos caminhar dom
fé e não com medo.
Só por hoje: Eu não preciso mais seguir com medo, mas poso caminhar acreditando
que meu Poder Superior tem apenas o melhor guardado para mim.
Da rendição à aceitação 11 de novembro
Texto Básico, p. 28
Só por hoje: Minha recuperação é mais paixão. Eu me rendi. Hoje, eu vou nutrir meu
contato consciente com meu Poder Superior e aceitar seu cuidado contínuo por mim.
12 de novembro Nossa própria história
Só por hoje: Eu vou lembrar que minha história honesta é o que partilho melhor.
Hoje, isto basta.
Imperfeitos 13 de novembro
Texto Básico, p. 33
Só por hoje: Eu quero tudo que a vida tem a me oferecer e tudo que a recuperação tem
para me dar. Hoje, eu vou assumir o risco, tentar algo novo e crescer.
14 de novembro Não apenas sobrevivendo
Texto Básico, p. 56
“Seria melhor morrer!” Um refrão familiar para um adicto na ativa, e com boas
razões. Tudo que podíamos esperar era continuar na existência miserável. Nosso apego
à vida era o mais frágil possível. Nossa decadência emocional, nossa morte espiritual e
o esmagador conhecimento de que nada mudaria eram constantes. Tínhamos pouca
esperança e nenhuma idéia da vida que estávamos jogando fora.
A restauração de nossas emoções, nossos espíritos e nossa saúde física leva tempo.
Quanto mais experiência adquirimos de viver, em vez de simplesmente existir, mais
compreendemos quão preciosa e encantadora pode ser a vida. Viajar, brincar com uma
criança, amar, expandir nossos horizontes intelectuais e nos relacionar estão entre as
inúmeras atividades que dizem: “Estou vivo”. Descobrimos muito mais para apreciar e
sentimos gratidão por ter uma segunda chance.
Se tivéssemos morrido durante nossa adicção ativa, nos privaríamos de muitas
belezas da vida. Toso dia agradecemos a um Poder maior que nós mesmos outro dia
limpo e outro dia de vida.
Só por hoje: Eu estou grato por estar vivo. Eu vou fazer algo hoje para celebrar.
Abrir mão 15 de novembro
Texto Básico, p. 28
Como iniciamos o processo de deixar que nosso Poder Superior oriente nossas
vidas? Quando procuramos conselho sobre situações que nos perturbam,
freqüentemente descobrimos que nosso Poder Superior trabalha através dos outros.
Quando aceitamos que não temos todas as respostas, nos abrimos para novas e
diferentes opções. A boa vontade para abrir mão de nossas opiniões e idéias
preconcebidas abre o canal para que uma orientação espiritual ilumine nosso caminho.
Às vezes temos que ser levados até nosso limite, antes de estar prontos para
entregar situações difíceis a nosso Poder Superior. Tramar ansiosamente, lutar,
planejar, preocupar-se, nada disso basta. Podemos estar certos de que, se entregarmos
nossos problemas a nosso Poder Superior, ouvindo os outros partilharem sua
experiência ou na quietude da meditação, as respostas virão.
Não há razão em viver uma existência frenética. Lutar com a vida como se a
casa estivesse pegando fogo nos exaure e não leva a lugar nenhum. A longo prazo, por
mais que manipulemos, nossa situação não mudará. Quando abrimos mão disto e nos
permitirmos ter acesso a um Poder Superior, descobriremos o melhor caminho a
seguir. Com certeza, as respostas vindas de uma base espiritual serão muito superiores
a quaisquer respostas que possamos inventar por nós mesmos.
Só por hoje: Eu vou entregar e deixar que meu Poder Superior orientar minha vida.
16 de novembro = Sozinho nunca
mais
Texto Básico, p. 39
Muitos de nós passaram muito tempo de sua adicção ativa sozinhos, evitando
outras pessoas – especialmente pessoas que não estavam usando – a todo custo. Depois
de anos de isolamento, tentar achar um lugar em uma animada e às vezes agitada
irmandade nem sempre é fácil. Podemos continuar nos sentindo isolados, focalizando
nossas diferenças em vez de nossas semelhanças. Os sentimentos esmagadores que
freqüentemente surgem no início da recuperação – sentimentos de medo, raiva e
desconfiança – também podem nos manter isolados. Podemos nos sentir como
estranhos, mas devemos relembrar que a alienação é nossa, não de NA.
Em Narcóticos Anônimos, nos é oferecida uma oportunidade muito especial de
amizade. Somos colocados junto com pessoas que nos entendem como ninguém.
Somos encorajados a partilhar nossos sentimentos, nossos problemas, nossos triunfos e
nossas falhas com essas pessoas. Aos poucos, o reconhecimento e a identificação que
descobrimos em NA preenchem o vazio da alienação em nossos corações. Como
temos ouvido falar – o programa funciona, se deixarmos.
Só por hoje: A amizade de outros membros da Irmandade é uma dádiva que sustenta a
vida. Eu vou buscar a amizade que é oferecida em NA e aceitá-la.
Passando pela dor 17 de novembro
Texto Básico, p. 90
Dói como nunca doeu antes. Você sai da cama depois de uma noite de insônia,
fala com Deus e, mesmo assim, não se sente melhor. “Vai passar”, uma pequena voz
fala. “Quando?” – você se pergunta à medida que anda de um lado para o outro
resmungando e prossegue com seu dia.
Você chora em seu carro e liga o rádio a todo volume, para nem ouvir seus
próprios pensamentos. Mas você vai direto para o trabalho e nem pensa em usar
drogas.
Você está queimado por dentro. Justamente quando a dor se torna insuportável,
você fica insensível e entorpecido. Vai a uma reunião e deseja estar tão contente como
os outros membros parecem estar. Mas você não recai.
Chora mais um pouco e fala com seu padrinho/madrinha. Dirige-se para a casa
de um amigo e nem percebe a bela paisagem, pois sua paisagem interior está desolada.
Você pode não se sentir melhor depois da visita a seu amigo – mas, pelo menos, você
não foi procurar um traficante.
Você ouve um Quinto Passo. Partilha em uma reunião. Você olha o calendário e
vê que conseguiu ficar mais um dia limpo.
Então, um dia você acorda, olha para fora e se dá conta de que o dia está lindo.
O sol brilha. O céu está azul. Você respira fundo, sorri novamente e sabe que
realmente a dor passa.
Só por hoje: Não interessa como me sinto hoje, eu vou continuar em recuperação.
18 de novembro Autoconhecimento
Texto Básico, p. 46
Só por hoje: Eu vou fazer o melhor que posso com o que tenho hoje. Cada dia vou
aprender alguma coisa nova que vai me ajudar amanhã.
A linguagem da empatia 19 de novembro
Texto Básico, p. 96
Só por hoje: Eu vou ouvir com meu coração. A cada dia, vou me tornar mais fluente
na linguagem da empatia.
20 de novembro Encontrando a realização
Texto Básico, p. 97
Só por hoje: Tenho muito para agradecer em minha vida. Eu vou apreciar a realização
espiritual que encontrei em recuperação.
Abrindo mão de nossos defeitos 21 de novembro
Texto Básico, p. 38
Iniciar o Sexto e Sétimo Passos não é sempre fácil. Podemos nos sentir como se
tivéssemos tantos erros que somos totalmente defeituosos. Podemos nos sentir como se
nos escondêssemos embaixo de uma pedra. Em nenhuma hipótese iríamos querer que
nossos companheiros adictos soubessem de nossas imperfeições.
Provavelmente iremos passar um tempo examinando tudo o que dizemos e
fazemos para identificar nossos defeitos de caráter e estarmos certos de suprimi-los.
Podemos olhar um determinado dia de nosso passado, nos sentindo humilhados por ter
a certeza de haver dito a coisa mais embaraçosa do mundo. Decidimos nos livrar a
todo custo destes traços horríveis.
Mas em lugar nenhum do Sexto e Sétimo Passos eles nos dizem que podemos
aprender a controlar nossos defeitos de caráter. De fato, quanto mais atenção dermos a
eles, mais firmemente enraizados eles se tornarão em nossas vidas. É preciso
humildade para reconhecer que não podemos controlar nossos defeitos, assim como
não podemos controlar nossa adicção. Não podemos remover nossos próprios defeitos;
apenas podemos pedir a um Deus amoroso que os remova.
Abrir mão de alguma coisa dolorosa pode ser tão difícil quanto abrir mão de
algo prazeroso. Mas vamos reconhecer – agarrar-se a ela dá muito trabalho. Quando
realmente pensamos sobre aquilo a que estamos nos agarrando, vemos que o esforço
não vale a pena. É tempo de abrir mão de nossos defeitos de caráter e pedir que Deus
os remova.
Só por hoje: Estou pronto para ter meus defeitos removidos Eu vou abrir mão e
permitir que um Poder Superior amoroso cuide de mim.
22 de novembro Primeiro os alicerces
Texto Básico, p. 94
Logo depois que ficamos limpos, alguns de nós começam a colocar outras
prioridades à frente de nossa recuperação. Trabalho, família, relacionamento – tudo
isso é parte da vida que descobrimos quando estabelecemos os alicerces de nossa
recuperação. Mas não podemos construir uma vida estável, antes de fazer o duro
serviço básico de estabelecer os alicerces de nossa recuperação. Assim como uma casa
construída na areia, esse tipo de vida seria, na melhor das hipóteses, instável.
Antes de começar a colocar toda a nossa atenção em reconstruir a estrutura de
nossas vidas, precisamos estabelecer nossos alicerces. Reconhecemos, primeiro, que
ainda temos alicerce, que nossa adicção tornou nossas vidas completamente
incontroláveis. Então, com a ajuda de nosso padrinho/madrinha e nosso grupo de
escolha, encontramos fé num Poder suficientemente forte que nos ajude a preparar o
terreno para nossas novas vidas. Limpamos os escombros do lugar sobre o qual iremos
reconstruir nosso futuro. Finalmente, desenvolvemos uma profunda familiaridade com
os princípios que iremos praticar em todas as atividades: auto-exame honesto,
confiança na orientação e na força de nosso Poder Superior e prestação de serviços aos
outros.
Uma vez preparados nossos alicerces, então podemos colocar com plena
capacidade nossas vidas em ordem. Mas primeiro temos que perguntar a nós mesmos
se nossos alicerces são seguros, pois sem eles nada que construímos pode durar muito.
Texto Básico, p. 28
Só por hoje: Eu vou me render e deixar que à vontade de meu Poder Superior
aconteça em minha vida. Eu vou aceitar a dádiva da serenidade que esta rendição traz.
24 de novembro Recuperar-se com gratidão
Só por hoje: Eu vou aceitar minha vida, com gratidão, assim como ela é.
Meditação 25 de novembro
Texto Básico, p. 50
Só por hoje: Cada momento é especial. Eu vou prestar atenção, ser grato por minhas
responsabilidades e pelas alegrias especiais que elas trazem.
Procurando ajuda de Deus 27 de novembro
Texto Básico, p. 28
Só por hoje: Eu vou relembrar que não estou sozinho, pedindo a meu Poder Superior
ajuda em cada passo do caminho.
28 de novembro Sendo nós mesmos
Texto Básico, p. 38
Só por hoje: Eu vou permitir que o conhecimento de minha natureza guie minhas
ações. Hoje, eu vou encarar o mundo sendo eu mesmo.
O cuidado de nosso Poder Superior 29 de novembro
Texto Básico, p. 62
Só por hoje: Eu vou procurar melhorar meu contato consciente com o Poder Superior
que cuida de mim. Quando a necessidade surgir, sei que estarei pronto para confiar
neste cuidado.
30 de novembro Partilhando meu verdadeiro eu
Texto Básico, p. 92
Texto Básico, p. 52
Só por hoje: Eu vou orar somente para conhecer a vontade de Deus e pelo poder de
realizá-la no mundo real.
2 de dezembro Recuperação: nossa primeira prioridade
Texto Básico, p. 89
Antes de chegarmos a NA, tínhamos várias desculpas para justificar o nosso uso
de drogas: “Ele gritou comigo.” “Ela disse isto.” “Meu companheiro me deixou.” “Fui
despedido.” Usávamos as mesmas desculpas para não procurar ajuda para nosso
problema com drogas. Tivemos que perceber que essas coisas aconteciam porque
continuávamos a usar drogas. Somente quando fizemos da recuperação nossa primeira
prioridade, estas situações começaram a mudar.
Podemos hoje estar sujeito a esta mesma tendência, usando desculpas para não
assistir às reuniões e não prestar serviço. Nossas desculpas atuais podem ser de
natureza diferente: “Não tenho com quem deixar as crianças.” “Minhas férias me
exauriram.” “Tenho que terminar este projeto para impressionar o meu patrão.” Mas,
mesmo assim, temos de colocar a recuperação como nossa primeira prioridade; caso
contrário, não teremos de nos preocupar nem mesmo com desculpas: crianças, férias e
empregos provavelmente não estarão mais em nossas vidas, se viermos a recair.
Nossa recuperação deve vir em primeiro lugar. Emprego ou desemprego,
relacionamentos ou não relacionamentos, temos que assistir às reuniões, trabalhar os
passos, telefonar para nosso padrinho, e estar a serviço de Deus e dos outros. Essas
simples ações tornam possível termos férias, famílias e patrões para nos
preocuparmos. A recuperação é o alicerce de nossas vidas, fazendo com que tudo o
mais seja possível.
Só por hoje: Manterei minhas prioridades em ordem. Em primeiro lugar na lista está
minha recuperação.
Visão sem limites 3 de dezembro
Texto Básico, p. 38
Em nossa adicção a visão que tínhamos de nós mesmos era muito limitada.
Todos os dias passávamos pela mesma rotina; obter, usar , descobrir meios e modos de
obter mais. E isso era tudo o que poderíamos razoavelmente esperar enquanto
durassem nossas vidas. Nosso potencial era limitado.
Hoje, nossos projetos são outros. A recuperação nos deu uma nova visão de nós
mesmos e de nossas vidas. Nós não mais nos encontramos presos em nossa
interminável e cinza rotina da adicção. Estamos livres para nos estender em novos
caminhos, tentar novas idéias e atividades. Fazendo isso, nos vemos de uma nova
maneira. Nosso potencial é limitado somente pela força do Poder Superior que cuida
de nós – e esta força não tem limites.
Em recuperação, a vida e tudo o mais que existe nela parece aberto para nós.
Guiados por nossos princípios espirituais, movidos pelo poder dado a nós pelo Deus de
nossa compreensão, nossos horizontes são ilimitados.
Só por hoje: Eu vou abrir meus olhos às possibilidades diante de mim. Meu potencial
é tão ilimitado e tão poderoso quanto o Deus de minha compreensão. Agirei movido
por este potencial.
4 de dezembro A vontade de Deus, não a nossa
Texto Básico, p. 49
Quando chegamos a NA, nossas vozes interiores tinham se tornado não confiável
e autodestrutivas. A adicção distorceu nossos desejos, nossos interesses, nosso senso
do que era o melhor para nós. Por isso tem sido tão importante, em recuperação,
desenvolver nossa crença num Poder maior do que nós mesmos, algo que pudesse
prover um direcionamento mais confiável e mais são do que o nosso. Começamos a
aprender como contar com o cuidado desse Poder e a confiar na direção interior que
ele nos provê.
Como em todos os processos de aprendizagem, é preciso prática para “rogarmos
apenas o conhecimento da vontade de Deus para conosco e o poder de realizar essa
vontade”.As atitudes egoístas e egocêntricas que desenvolvemos em nossa adicção não
são rejeitadas por nós da noite para o dia. Essas atitudes poderão afetar o modo como
oramos. Podemos até nos pegar fazendo uma oração do tipo: “Livre-me deste defeito
de caráter para que eu possa parecer melhor”.
Quanto mais objetivo formos sobre nossas próprias idéias e desejos, mais fácil será
distinguir entre a nossa vontade e a vontade de nosso Poder Superior. Poderemos orar:
“Deus, só para Sua informação, isto é o que eu desejo nesta situação. No entanto, peço
que Sua vontade, e não a minha, seja realizada”. Uma vez que façamos isto, estaremos
preparados para reconhecer e aceitar a orientação de nosso Poder Superior.
Só por hoje: Poder Superior aprendi a confiar em Sua orientação; no entanto, eu ainda
tenho minhas próprias idéias sobre como quero viver a minha vida. Deixe-me partilhar
essas idéias com Você e, então, entender claramente qual a Sua vontade em relação a
mim. No fim, que Sua vontade, e não a minha, seja realizada.
Aqueles que desejam se recuperar 5 de
dezembro
Texto Básico, p. 11
Só por hoje: Eu vou partilhar minha recuperação com qualquer adicto em qualquer
lugar, a qualquer hora e sob quaisquer circunstâncias. Entregarei os resultados para o
meu Poder Superior.
6 de dezembro Romance e recuperação
Texto Básico, p. 89
Só por hoje: Em meu desejo por romance, não vou ignorar minha recuperação.
Sobreviver às nossas emoções 7 de dezembro
Texto Básico, p. 33
Texto Básico, p. 37
Só por hoje: Eu darei aos meus defeitos seus nomes verdadeiros. Se tiver dificuldades
para fazer isso, pedirei ajuda ao meu padrinho.
Ouvindo 9 de dezembro
Alguma vez você já observou duas criancinhas conversando? Uma fala sobre
dragões coloridos, enquanto a outra fala sobre como é desconfortável ter areia dentro
dos sapatos. Às vezes encontramos os mesmos problemas de comunicação, à medida
que aprendemos a ouvir os outros. Talvez nas reuniões nos debatamos tentando
desesperadamente ouvir a pessoa partilhando, enquanto nossas mentes estão ocupadas
pensando no que iremos dizer quando for nossa vez de falar. Quando conversamos,
podemos de repente perceber que nossas respostas não têm nada a ver com as
perguntas que estão fazendo. Elas são na verdade discursos preparados nas garras da
nossa auto-obsessão.
Aprender a ouvir – realmente ouvir – é tarefa difícil, mas não está além do
nosso alcance. Podemos começar identificando em nossas respostas o que nosso
companheiro está dizendo. Podemos perguntar se há alguma coisa que possamos fazer
para ajudar quando alguém expressa um problema.
Com um pouco de prática, nos libertaremos mais da nossa auto-obsessão e
faremos um contato mais próximo com as pessoas em nossas vidas.
Só por hoje: Eu aquietarei meus próprios pensamentos e ouvirei o que o outro está
dizendo.
10 dezembro Vencedores
_____________________
Texto Básico, p. 31
Só por hoje: Eu não preciso sofrer, a não ser que eu realmente queira. Hoje, trocarei
meu sofrimento pelos benefícios da recuperação.
12 de dezembro Medo de Mudança
Texto Básico, p. 17
Texto Básico, p. 10
Só por hoje: Sou agradecido pela minha decisão de me tornar membro de Narcóticos
Anônimos.
14 de dezembro Adicção, drogas e recuperação
Texto Básico, p. 21
Só por hoje: Adicção não é uma doença simples, mas tem uma solução simples. Hoje,
viverei nesta solução: os Doze Passos da recuperação.
Alegria de partilhar 15 de dezembro
“Existe um princípio espiritual de dar aquilo que nos foi dado em Narcóticos
Anônimos, para podermos mantê-lo. Ao ajudarmos os outros a se manterem
limpos, desfrutamos o benefício da riqueza espiritual que encontramos.”
Texto Básico, p. 53
Texto Básico, p. 91
Texto Básico, p. 73
Texto Básico, p. 63
Só por hoje: Partilharei o mundo com os outros, sabendo que eles são tão importantes
como eu sou. Fortificarei meu espírito me doando.
Aceitação e mudança 21 de dezembro
Texto Básico, p. 63
Texto Básico, p. 95
Qual foi o pior aspecto de nossa adicção ativa? Para muitos de nós não era a
possibilidade de que poderíamos morrer algum dia de nossa doença. A pior parte era a
morte em vida que experimentávamos todo dia, a interminável falta de sentido da vida.
Nós nos sentíamos fantasmas ambulantes, e não partes vivas e amorosas do mundo à
nossa volta.
Em recuperação, viemos a acreditar que estamos aqui por uma razão: nos amarmos
e amarmos aos outros. Trabalhando os Doze Passos, aprendemos a nos aceitar. Com
esta auto-aceitação vem o respeito próprio. Vimos que tudo que fazemos tem um efeito
nos outros, somos parte das vidas daqueles à nossa volta, e eles da nossa. Começamos
a confiar em outras pessoas e tomar conhecimento de nossa responsabilidade para com
elas.
Em recuperação, voltamos à vida. Mantemos nossas novas vidas contribuindo para
o bem estar dos outros e buscando cada dia fazer isso melhor... é aí que o Décimo, o
Décimo-Primeiro e o Décimo-Segundo Passos entram. Os dias de viver como um
fantasma passaram, mas só enquanto desejamos ativamente ser saudáveis, amorosos,
partes contribuintes em nossas próprias vidas e nas vidas dos outros à nossa volta.
Só por hoje: Descobri uma nova maneira de viver. Hoje, procurarei servir aos outros
com amor e amar a mim mesmo.
Novas idéias 23 de dezembro
Aprender a viver um novo modo e vida pode ser difícil. Algumas vezes, quando
a caminhada fica especialmente dura, ficamos tentados a seguir o caminho mais fácil e
viver regido por nossas velhas idéias novamente. Esquecemos que nossas velhas idéias
estavam nos matando. Para seguir uma nova maneira de viver, precisamos abrir nossas
mentes a novas idéias.
Trabalhar os passos, assistir às reuniões, partilhar com os outros, confiar em um
padrinho, essas sugestões podem encontrar nossa resistência e até mesmo nossa
rebeldia. OP programa de NA requer esforço, mas cada passo do programa nos traz
mais perto de ser as pessoas que verdadeiramente queremos ser. Queremos mudar,
crescer e nos tornar alguma coisa a mais do que somos hoje. Para fazer isso, abrimos
nossas mentes, experimentamos as novas idéias que encontramos em NA e
aprendemos a viver um novo modo de vida.
Só por hoje: Eu abrirei minha mente para novas idéias e aprenderei a viver minha
vida de uma nova maneira.
24 de dezembro O grupo
Texto Básico, p. 74
Só por hoje: Eu estenderei a mão a outro adicto em meu grupo e partilharei minha
recuperação.
Anonimato e Teimosia 25 de dezembro
Texto Básico, p. 83
Só por hoje: Deus, por favor, liberte-me da minha teimosia. Ajude-me a compreender
o princípio do anonimato; ajude-me a viver abnegadamente.
26 de dezembro Poder infalível
Texto Básico, p. 26
Somos pessoas acostumadas a colocar todos os nossos ovos numa só cesta. Muitos
de nós tínhamos uma droga de escolha. Confiávamos nela para poder passar cada dia e
tornar a vida suportável. Éramos fiéis àquela droga; de fato nos submeteríamos a ela
sem reservas. E aí ela se virou contra nós. Fomos traídos pela única coisa da qual
sempre dependemos, e essa traição nos deixou desamparados.
Agora que encontramos as salas de recuperação, podemos ficar tentados a confiar
em outro ser humano para satisfazer nossas necessidades. Podemos esperar isto de
nosso padrinho, nosso namorado ou de nosso melhor amigo. Porém, depender de seres
humanos é arriscado. Carecem de perfeição. Podem estar de férias, dormindo ou de
mau-humor quando precisamos deles.
Nossa dependência deve se apoiar em um Poder maior do que nós. Nenhuma força
humana pode restaurar nossa sanidade, cuidar de nossa vontade e nossas vidas, ou
estar completamente disponível e amorosa sempre que tivermos necessidade.
Depositamos nossa confiança no Deus de nossa compreensão, porque apenas esse
Poder jamais nos faltará.
Texto Básico, p. 26
Só por hoje: Eu agradeço ao Deus de minha compreensão por cada ato são em minha
vida, porque.sei que eles são indicações de minha volta à sanidade.
28 de dezembro Depressão
Texto Básico, p. 29
Muitos de nós como adictos ficamos deprimidos de vez em quando. Quando nos
sentimos deprimidos, podemos ficar tentados a nos isolar. No entanto, se fazemos isso,
nossa depressão pode se transformar em desespero. Não podemos nos dar ao luxo de
deixar a depressão nos levar a usar.
Em vez disso, tentamos manter a rotina de nossas vidas. Damos prioridade
máxima à freqüência de reuniões e ao contato com nosso padrinho. Partilhar com
outros nossos sentimentos nos ajuda a tomar conhecimento de que não somos os
únicos que ficamos deprimidos em recuperação. Trabalhar com recém-chegado pode
fazer maravilhas para o nosso estado mental. E o mais importante, oração e meditação
nos ajudam a obter a força de que necessitamos para sobreviver à depressão.
Praticamos a aceitação e lembramos que sentimentos como depressão passarão
com o tempo. Em vez de lutar com nossos sentimentos, nós os aceitamos e pedimos
força para passar por eles.
Só por hoje: Eu aceito que meus sentimentos de depressão não durarão para sempre.
Falarei abertamente sobre meus sentimentos com meu padrinho ou outra pessoa que
compreenda.
Através dos olhos alheios 29 de dezembro
Texto Básico, p. 39
Só por hoje: Eu procuro me ver como verdadeiramente sou. Escutarei o que os outros
dizem sobre mim e me verei através de seus olhos.
30 de dezembro Ação e oração
Texto Básico, p. 39
Algumas vezes parece que nossa recuperação cresce muito lentamente. Nos
debatemos com os passos; lutamos com os mesmos problemas; trabalhamos sob os
mesmos sentimentos desconfortáveis dia após dia. Desejamos que a recuperação se
mova um pouquinho mais rápida para que possamos sentir algum bem estar!
Sé desejar não funciona em recuperação; este não é um programa mágico. Se
desejos curassem adicção, nós todos estaríamos bem há muito tempo! O que realmente
nos dá alívio em recuperação é a ação e oração.
Narcóticos Anônimos tem funcionado para tantos adictos porque é um programa
de ação e oração cuidadosamente traçado. As ações que empreendemos em cada um
dos passos nos trazem mais e mais recuperação em cada área de nossas vidas. E a
oração nos mantém em contato com nosso Poder Superior. Juntas, ação e oração nos
mantêm bem firmes na recuperação.
Só por hoje: Minha recuperação é muito preciosa para simplesmente desejá-la. Hoje é
um bom dia para ação e oração.
Servir 31 de dezembro
Texto Básico, p. 64
Só por hoje: Eu vou procurar oportunidades para servir em tudo que eu faço.