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E 3º SIMULADO
SIMULADO PREPARATÓRIO XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DIREITO PENAL
PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL

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SEU CADERNO INFORMAÇÕES GERAIS

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Além deste caderno de rascunho contendo o • Verifique se a disciplina constante da capa deste caderno
enunciado da peça prático-profissional e das coincide com a registrada em seu caderno de textos defi-
quatro questões discursivas, você receberá do

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nitivos. Caso contrário, notifique imediatamente o fiscal

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fiscal de sala:

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• um caderno destinado à transcrição dos textos da sala, para que sejam tomadas as devidas providências.
definitivos das respostas. la b to d • Confira seus dados pessoais, especialmente nome, número
de inscrição e documento de identidade e leia atentamente
TEMPO

• 5 horas é o tempo disponível para a

ca •
as instruções para preencher o caderno de textos definitivos.
Assine seu nome, no espaço reservado, com caneta esfe-
a

rográfica transparente de cor azul ou preta.

realização da prova, já incluindo o tempo
do orm

para preenchimento do caderno de textos • As questões discursivas são identificadas pelo número
definitivos. que se situa acima do seu enunciado.
• 2 horas após o início da prova é possível • Não será permitida a troca do caderno de textos definiti-
retirar-se da sala, sem levar o caderno de
vos por erro do examinando.
lica o f
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rascunho.
• 1 hora antes do término do período de prova • Para fins de avaliação, serão levadas em consideração
é possível retirar-se da sala levando o caderno apenas as respostas constantes do caderno de textos
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de rascunho. definitivos.
• A FGV coletará as impressões digitais dos examinandos
ead

NÃO SERÁ PERMITIDO na lista de presença .

• Os 3 (três) últimos examinandos de cada sala só pode-
• Qualquer tipo de comunicação entre os exa- rão sair juntos, após entregarem ao fiscal de aplicação os
minandos.
Bas

documentos que serão utilizados na correção das provas.

• Levantar da cadeira sem a devida autorização
do fiscal de sala.
• Portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe,
walkman, agenda eletrônica, notebook, net-
book, palmtop, receptor, gravador, telefone
celular, máquina fotográfica, protetor auricu-
lar, MP3, MP4, controle de alarme de carro,
pendrive, fones de ouvido, lpad, lpod, lphone
etc., bem como relógio de qualquer espécie,
óculos escuros ou quaisquer acessórios de
chapelaria, tais como chapéu, boné, gorro
etc., e ainda lápis, lapiseira, borracha e/ou
corretivo de qualquer espécie.
• Usar o sanitário ao término da prova, após
deixar a sala.
"Qualquer semelhança nominal e/ ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência"
Esses examinandos poderão acompanhar, caso queiram,
o procedimento de conferência da documentação da sala
de aplicação, que será realizada pelo Coordenador da
unidade, na Coordenação do local de provas. Caso algum
desses examinandos insista em sair do local de aplica-
ção antes de autorizado pelo fiscal de aplicação, deverá
assinar termo desistindo do Exame e, caso se negue,
será lavrado Termo de Ocorrência, testemunhado pelos
2 (dois) outros examinandos, pelo fiscal de aplicação da
sala e pelo Coordenador da unidade de provas.
• Boa prova!
PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Thalia foi denunciada por violação do art. 124 do Código Penal. Narra a denúncia que Ana Paula, de quatorze anos de
idade, inconformada com o fato de ter engravidado de seu namorado, Felipe, de vinte e três anos de idade, procurou
a denunciada, sua amiga, de dezenove anos, estudante de enfermagem, para que esta a auxiliasse na prática de um
aborto. Indica ainda a denúncia que, utilizando seus conhecimentos de estudante de enfermagem, Thalia fez com que
Ana Paula ingerisse um remédio para úlcera. Após alguns dias, na véspera da comemoração da entrada do ano de 2018,
Ana Paula teria abortado, dizendo ao namorado que havia menstruado, alegando que não estivera, de fato, grávida.
Os fatos foram descobertos porque Felipe, que sempre sonhou em ser pai, desconfiado da versão apresentada pela
namorada, já que vinha acompanhando os nítidos sinais da gravidez, começou a observar, sem que Ana Paula perce-
besse, qual a senha utilizada pela mesma para acesso ao celular. Dias depois, entrou, sem que Ana Paula soubesse, na
residência da namorada, vasculhou as gavetas dos móveis do quarto da mesma, e encontrou, por baixo das roupas, um
envelope com o resultado positivo do exame de gravidez de Ana Paula, o frasco do remédio para úlcera embrulhado em
um papel, e, acessando o celular que se encontrava sobre a cômoda, buscou as conversas travadas entre Thalia e Ana
Paula pelo whatsapp, nas quais a primeira prescrevia a Ana Paula as doses do remédio para fins do aborto. Munido
do resultado do exame e das imagens que tirou das conversas ao telefone mantidas entre Thalia e Ana Paula, Felipe
procurou a delegacia de polícia e narrou o fato à autoridade policial, que, instaurado inquérito, indiciou Thalia por abor-
to. Ana Paula foi encaminhada para perícia no Instituto Médico Legal da comarca, onde se confirmou a existência de
resquícios de saco gestacional, compatível com gravidez, mas sem elementos suficientes para a confirmação de aborto
espontâneo ou provocado. Ana Paula não foi ouvida durante o inquérito policial porque, após o exame, rompendo rela-
ções com o namorado, mudou-se para São Paulo e, apesar dos esforços da autoridade policial, não foi localizada. Como
antes indicado, com base no referido inquérito policial, em 30/03/2018, Thalia foi denunciada e durante a instrução
foram ouvidos Ana Paula, por precatória, e Felipe. Ana Paula afirmou que realmente chegou a estar grávida, mas negou
ter abortado, insistindo que teria perdido a criança de forma espontânea. Felipe confirmou que conseguiu a prova da
gravidez de Ana Paula e do aborto no quarto da ex-namorada, e que esta não se encontrava em casa quando o mesmo
entrou em seu quarto e mexeu em suas coisas, da mesma forma que indicou não possuir autorização de Ana Paula para
acessar seu celular. Tanto na delegacia quanto em juízo, Thalia negou a prática do aborto, tendo confirmado que forne-
cera o remédio a Ana Paula, acreditando que a amiga sofria realmente de úlcera. Ao final da audiência de instrução, o
juiz permitiu, com a anuência das partes, a manifestação por escrito. A acusação sustentou a comprovação da autoria,
tanto pelo depoimento de Felipe na fase policial e ratificação em juízo, quanto pela confirmação da ré de que teria for-
necido remédio de úlcera a Ana Paula. Sustentou, ainda, a materialidade do fato, por meio do exame de laboratório e
da conclusão da perícia pela existência da gravidez. A defesa teve vista dos autos em 28/08/2018, terça-feira. Em face
dessa situação hipotética, na condição de advogado constituído por Thalia, redija a peça processual adequada à defesa
de sua cliente, alegando toda a matéria de direito processual e material aplicável ao caso. Date o documento no último
dia do prazo para protocolo. (Valor: 5,00)

Obs.: A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão.
A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.

3º SIMULADO XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO – PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL – DIREITO PENAL

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QUESTÃO 1
Pedro, nascido em 22 de maio de 1995, graduou-se no curso de medicina na Bolívia. Ao retornar ao Brasil, verificou que
para atuar em sua profissão por aqui seria preciso ter seu diploma, obtido no país vizinho, revalidado por uma universi-
dade brasileira e, posteriormente, registrar-se como médico no Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina, onde
reside.
Apesar de conhecer as possibilidades de revalidação de seu diploma, Pedro percebe que o procedimento não seria tão
ágil e fácil como pensara. Dessa forma, enquanto não revalidado seu diploma ou aprovação no exame revalida, Pedro
solicita ao seu primo, Marcos, nascido em 03 de dezembro de 1992, médico cirurgião com formação no Brasil e registro
ativo no CRM de Santa Catarina, que autorize sua atuação como plantonista em um pequeno município do interior do
estado utilizando-se dos documentos de Marcos, passando-se pelo primo e valendo-se das semelhanças físicas.
Ocorre que, devido a evidente inexperiência, funcionários do pequeno hospital começaram a questionar algumas con-
dutas prescritas por Pedro. Com o passar do tempo, os questionamentos dos colegas acabaram por tornar a convivência
profissional com Pedro mais ríspida, culminando em investigação particular sobre as desconfianças existentes. Por fim,
descobriu-se junto ao CRM-SC que Pedro não era o profissional Marcos, que alegava ser e comprovava por meio de
documentos cedidos pelo primo.
Diante dos fatos acima descritos, responda:

A) Pedro cometeu algum crime? Justifique.

B) Em caso de erro médico cometido por Pedro, existe possibilidade de responsabilização de Marcos? Justifique.

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QUESTÃO 2
Em 15 de janeiro de 2018, João, nascido em 31 de dezembro de 1978, pai de duas crianças, uma com 12 anos e outra
com 5 anos, viaja com seus filhos e esposa, Flávia, nascida em 15 de março de 1985, para a cidade de Pirenópolis/GO
onde há um hotel com parque aquático. Durante o primeiro dia, ao usufruir da área de lazer do hotel, foram informados
sobre restrições de acesso para o seu filho menor, Davi, pois lá existem locais onde o acesso não é permitido ou é ne-
cessário o acompanhamento da criança por um adulto responsável, por exemplo, tobogã e piscinas com profundidades
diversas.
Após três dias no resort, a família já estava habituada aos procedimentos e cuidados, diante da tranquilidade vivencia-
da nos dias anteriores, a família acabou por relaxar por alguns momentos, perdendo as crianças de vista, porém, com
a sensação de segurança devido ao guarda-vidas existente no local e demais funcionários que circulavam por toda a
instalação e controlavam os acessos.
O filho mais velho de João, Francisco, ao brincar próximo a uma das piscinas escorregou e torceu seu tornozelo, João foi
acionado pelo guarda-vidas, Renato, nascido em 17 de janeiro 1997, que além de vigiar as piscinas controlava o acesso
aos tobogãs, porém, ausentou-se do seu posto para auxiliar João no transporte de Francisco até uma sala reservada
para procedimentos emergenciais de cuidado a este.
Diante do ocorrido, o pai das crianças chamou a mãe das mesmas e solicitou que fosse cuidar do filho menor, pois ele
iria socorrer o filho acidentado.
Diante da ausência do pai, ao procurar pela mãe que havia permanecido no quarto e ignorou a solicitação do pai das
crianças valendo-se da sensação de segurança do resort, Davi, circulou pela área de lazer acabando por subir as escadas
que levavam ao tobogã com altura de 20 metros que deu acesso direto para a piscina com profundidade de 3 metros.
Após escorregar e cair na piscina, Davi passou por alguns minutos desaparecido até ser encontrado no fundo da piscina
para adultos. Apesar das tentativas de socorro, acionamento do SAMU e transporte para o hospital da cidade vizinha,
Davi não resistiu e veio a óbito.

A) Os pais de Davi respondem criminalmente pela morte da criança? Justifique.

B) Qual a tese de defesa poderia o salva-vidas alegar em sede de resposta à acusação caso ele fosse denunciado pelo
crime de homicídio culposo na modalidade omissiva espúria?

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QUESTÃO 3
Cristiane, amiga de longa data de Raquel, soube em 27 de agosto de 2020, que esta contou para algumas pessoas pró-
ximas situações de sua vida pessoal de foro íntimo. Ao questionar a amiga, foi recebida de forma grosseira, ouvindo co-
mentários desagradáveis e ofensas. As amigas então cortaram contato, Cristiane sentindo-se muito magoada bloqueou
a ex-amiga Raquel de todos os meios de contato possíveis. Porém, em 15 de fevereiro de 2021, foi informada por uma
colega de trabalho, Antônia, que alguém estava deixando avaliações ruins e comentários extremamente desqualifica-
dores sobre ela na sua rede social, na página comercial de seu empregador.
Ao procurar pelos referidos comentários no perfil do empregador, Cristiane verificou que três perfis estavam atacando-a
deliberadamente, narrando desde fatos imputando falsamente a ela que consumia e guardava no seu escritório subs-
tâncias ilícitas, bem como, citando termos na tentativa de desqualificá-la publicamente, tais como: “estelionatária”;
“garota de programa”; “drogada”; “vagabunda”, entre outros.
Diante das ocorrências, Cristiane fez o registro na delegacia por imagem em 18 de fevereiro de 2021 dos comentários
pejorativos e avaliações extremamente negativas. Após, os comentários foram excluídos pela empresa dona do perfil e
os perfis autores dos comentários foram bloqueados.
Em 21 de março de 2022, Cristiane soube por Antônia que Raquel era a dona dos perfis utilizados para realizar as ofen-
sas públicas verificadas meses antes, pois Raquel havia confidenciado para Antônia sua tristeza pelo distanciamento
de Cristiane e mágoa relativa aos bloqueios realizados pela ex-amiga. Após tomar conhecimento da autoria, Cristiane
procurou você, advogado, para esclarecer tecnicamente alguns pontos.

A) Quais os crimes em tese praticados contra Cristiane? Justifique.

B) Existe prazo para se ingressar com a demanda criminal? Qual prazo máximo? Quem seria o titular da demanda?

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QUESTÃO 4
Diego e Júlio César, que exercem a mesma função, estão trabalhando dentro de um armazém localizado no Porto de
Salvador, quando se inicia um incêndio no local em razão de problemas na fiação elétrica. Existe apenas uma pequena
porta que permite a saída dos trabalhadores do armazém, mas em razão da rapidez com que o fogo se espalha, apenas
dá tempo para que um dos trabalhadores saia sem se queimar. Quando Diego, que estava mais próximo da porta, vai
sair, Júlio César, desesperado por ver que se queimaria se esperasse a saída do companheiro, dá um soco na cabeça do
colega de trabalho e passa sua frente, deixando o armazém. Diego sofre uma queda, tem parte do corpo queimada,
mas também consegue sair vivo do local. Em razão do ocorrido, Diego ficou com debilidade permanente de membro.
Considerando apenas as informações narradas, responda, na qualidade de advogado(a) de Júlio, os itens a seguir.

A) Qual é a tese de direito material a ser suscitada na defesa de Júlio César? Justifique.
B) Em sendo oferecida e recebida a denúncia em face de Júlio César, cumprido o mandado de citação, qual a peça prá-
tico processual e o pedido a ser formulado pela defesa?

3º SIMULADO XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO – PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL – DIREITO PENAL

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