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DIREITO PENAL
PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL
SEU CADERNO
INFORMAÇÕES GERAIS
‘‘Qualquer semelhança nominal e/ ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência’’
*ATENÇÃO: ANTES DE INICIAR A PROVA, VERIFIQUE SE TODOS OS SEUS APARELHOS ELETRÔNICOS FORAM
ACONDICIONADOS E LACRADOS DENTRO DA EMBALAGEM PRÓPRIA. CASO A QUALQUER MOMENTO DURANTE A REALIZAÇÃO
DO EXAME VOCÊ SEJA FLAGRADO PORTANDO QUAISQUER EQUIPAMENTOS PROIBIDOS PELO EDITAL, SUAS PROVAS PODERÃO
SER ANULADAS, ACARRETANDO EM SUA ELIMINAÇÃO DO CERTAME.
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PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Márcia, jovem de 19 anos de idade, ganha a vida como diarista na cidade de Salvador/BA, realizando trabalhos de faxina
em várias residências em dias distintos. Certo dia, Márcia combinou com Joana que passaria a realizar faxinas na sua
residência um dia por semana, ficando combinado quarta-feira o dia da faxina semanal. Na segunda semana em que foi
trabalhar, ao chegar um pouco atrasada para fazer faxina na casa de Joana, Márcia foi rispidamente repreendida por
ela, ficando, em razão disso, extremamente chateada. Embora profundamente irritada por ter sido ofendida pela patroa,
começa a realizar o seu trabalho, quando observa uma movimentação suspeita no lado externo da casa, concluindo que
era alguém analisando o local para praticar o delito de furto. Para facilitar o sucesso da subtração, Márcia deixa aberta
a porta da frente da residência. Durante a empreitada criminosa, sem saber que a porta da frente se encontrava
destrancada, uma pessoa, cuja identidade não foi possível elucidar, arrombou a porta dos fundos, ingressou na
residência, e subtraiu diversos objetos. Diante disso, foi instaurado inquérito policial, sendo constatado, a partir das
câmeras de vigilância da residência, que Márcia havia deixado a porta da frente da residência discretamente aberta. Não
foi possível, no entanto, identificar o agente que ingressou na residência, já que usava um capuz que cobria o seu rosto.
Após conclusão do inquérito policial, os autos foram enviados para o Ministério Público que ofereceu denúncia
imputando a Márcia o crime de furto qualificado pelo abuso de confiança e concurso de pessoas, nos termos do artigo
155, § 4º, II e IV, do Código Penal. A denúncia foi recebida pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Salvador/BA,
sendo, na sequência, Márcia devidamente citada, que deixou transcorrer o prazo para a resposta à acusação sem
oferecê-la, e também não constituiu defensor. Diante disso, o magistrado, de imediato, designou audiência de instrução
e julgamento. Alguns dias antes da audiência, o Magistrado nomeou defensor para acompanhar o ato. Durante a
audiência, Márcia foi levada pelo defensor nomeado à solenidade, e, por ocasião do seu interrogatório, confirmou ter
deixado a porta da frente aberta, acrescentando que havia sido ofendida pela patroa. Encerrada a instrução, foi juntada
aos autos a folha de antecedentes criminais da ré, onde consta apenas um registro de inquérito policial pela prática do
crime de receptação, bem como uma condenação pela prática do crime de apropriação indébita, que se encontra em
grau de recurso. Encaminhados os autos para o Ministério Público, foi apresentada manifestação requerendo
condenação nos termos da denúncia, com aplicação da pena-base acima do mínimo legal e reconhecimento da
agravante da reincidência. Em seguida, a defesa técnica de Márcia foi intimada, em 04 de setembro de 2018, terça-feira,
sendo quarta-feira dia útil em todo o país, para apresentação da medida cabível.
Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de Márcia, redija a peça jurídica cabível,
diferente de habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas pertinentes. A peça deverá ser datada do último
dia do prazo para interposição (Valor:5,00)
É proibida a reprodução parcial ou integral deste material e a sua solicitação em meio eletrônico. O material é de uso exclusivo dos alunos Ceisc.
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Pedro, motorista de aplicativo, teve apreendido seu veículo pela financeira por falta de pagamento. Não podendo ficar
sem o carro para o cumprimento de suas atividades diárias, resolve certa noite se dirigir a um restaurante conhecido da
cidade e, fingindo ser manobrista, recebe do proprietário a respectiva chave do carro e, em seguida, desaparece com o
veículo, sendo o fato registrado pelo lesado na delegacia da área. Após conclusão do inquérito policial, o Ministério
Público ofereceu denúncia, imputando a Pedro a prática do crime furto qualificado mediante fraude, previsto no artigo
155, § 4º, II, do Código Penal. Após regular instrução, o Magistrado proferiu sentença, condenando o réu, nos termos da
denúncia. Na dosimetria da pena, o juiz fixou a pena-base em 2 anos, acrescentando, na segunda fase de fixação da pena,
mais 6 meses, em face de o réu ser reincidente, o que ficou devidamente comprovado pela folha de antecedentes
criminais, resultando na pena total de 2 anos e 6 meses, de reclusão. Em face da reincidência, o juiz fixou o regime inicial
fechado. Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de Pedro, responda aos
questionamentos a seguir.
A) Qual argumento poderá ser apresentado para questionar a capitulação atribuída pelo Ministério Público e acolhida
pelo juiz na sentença condenatória? Justifique. (Valor: 0,60)
B) Existe argumento de direito material a ser apresentado para questionar a fixação do regime inicial fechado?
(Valor: 0,65)
Obs.: O(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.
É proibida a reprodução parcial ou integral deste material e a sua solicitação em meio eletrônico. O material é de uso exclusivo dos alunos Ceisc.
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Mauro Corona, após ministrar aula sobre o tema de competência no processo penal num conceituado curso preparatório
para o Exame de Ordem e Concursos Públicos do Brasil, quando se deslocava pelo estacionamento do estabelecimento
comercial em questão e se preparava para regressar para a cidade de Santa Maria/RS, percebeu que sua estilosa bolsa
masculina da marca Hugo Boss, a qual continha um macbook e um Iphone 15, que estavam no estacionamento, havia
sido subtraída. Após exitosa investigação, a autoridade policial conseguiu identificar o autor do furto, visualizando, por
meio de imagens registradas pelo sistema de monitoramento estabelecimento comercial, que Wilson, com emprego de
chave mixa, conseguiu abrir a BMW de Mauro, e subtraiu os objetos mencionados. Oferecida a denúncia pela prática do
delito de furto qualificado pelo emprego de chave falsa, nos termos do artigo 155, § 4º, III, do Código Penal, Wilson foi
pessoalmente citado e manifestou interesse em ser assistido pela Defensoria Pública. No curso da instrução, a vítima
Mauro confirmou a subtração dos seus luxuosos objetos. O acusado Wilson não compareceu ao ato processual em
questão, já que não havia sido intimado, uma vez que, segundo a certidão do oficial de justiça, não se encontrava no
endereço indicado no mandado. A pretensão punitiva foi acolhida nos termos do pedido inicial, tendo o Juiz condenado
Wilson à pena de 2 anos, de reclusão, fixando regime inicial aberto. Deixou, no entanto, de substituir a pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos, uma vez que Wilson registrava contra si sentença condenatória transitada em julgado
pelo crime de lesão corporal culposa, sendo, portanto, reincidente. Considerando apenas as informações narradas,
responda, na condição de advogado(a) de Wilson, aos itens a seguir.
A) Qual o argumento de direito processual pode ser apresentado pela defesa de Wilson, para desconstituir a sentença
condenatória? Justifique. (Valor: 0,60)
B) Existe argumento de direito material a ser apresentado para questionar a decisão do magistrado em não substituir
a pena privativa de liberdade em restritiva de direitos? Justifique. (Valor: 0,65)
Obs.: O(a) examinando(a) deve fundamentar corretamente sua resposta. A simples menção ou transcrição do dispositivo
legal não pontua.
É proibida a reprodução parcial ou integral deste material e a sua solicitação em meio eletrônico. O material é de uso exclusivo dos alunos Ceisc.
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Wilson, a pedido de um amigo de infância, com quem mantinha relação intensa de confiança, concordou em transportar
uma caixa com cápsulas que acreditava ser medicamentos, conforme lhe foi dito pelo amigo. Durante uma blitz, o
policial militar, em rotina de praxe, procedeu à revista no veículo de Wilson e abriu a caixa, que continha, na verdade,
quantidade de cocaína em seu interior, sendo constatada a natureza da substância entorpecente por meio de laudo
pericial. Diante disso, Wilson foi preso em flagrante, sendo após denunciado pelo Ministério Público, acusado pela
prática do crime de tráfico ilícito de drogas, previsto no artigo 33 da Lei 11.343/2006. Após regular instrução, com a
oitiva dos policiais que realizaram a apreensão da droga, Wilson foi interrogado, oportunidade em que alegou que
desconhecia que a caixa continha drogas, acrescentando que supôs estar transportando medicamentos, a pedido de um
amigo de infância, não havendo nenhum motivo para suspeitar dele. Encerrada a instrução, o Ministério Público pugnou
pela condenação do réu, nos termos da denúncia. A defesa foi intimada no dia 24 de agosto de 2016, quarta-feira. Com
base no relatado acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a
fundamentação legal pertinente ao caso.
A) Indique a peça processual cabível no caso e o último dia do prazo para apresentá-la? (Valor: 0,60)
B) Qual argumento de direito material a ser apresentado em favor de Wilson e o pedido absolutório que poderia ser
formulado? (Valor: 0,65)
Obs.: O(a) examinando(a) deve fundamentar corretamente sua resposta. A simples menção ou transcrição do
dispositivo legal não pontua.
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No dia 05 de fevereiro de 2017, Wilson, que contava com 20 anos de idade ao tempo do fato, foi acusado de praticar,
em Niterói/RJ, um crime de receptação, previsto no artigo 180 do Código Penal, sendo, no entanto, após regular
investigação, localizado na cidade do Rio de Janeiro, onde o acusado mantém domicílio. Após a conclusão do inquérito
policial, o Ministério Público, considerando o local do domicílio do réu, ofereceu denúncia perante a Vara Criminal da
Comarca do Rio de Janeiro, imputando a Wilson a prática do crime previsto no artigo 180, “caput”, do Código Penal. A
denúncia foi recebida em 5 de março de 2018. O processo se desenvolveu lentamente, por conta das reiteradas
tentativas de localizar o réu, que foi encontrado e citado no dia 15 de abril de 2022. Considerando as informações
narradas, responda, na condição de advogado(a) de Wilson, contratado para apresentar a resposta à acusação, os
seguintes itens:
A) Qual argumento de direito processual poderia ser alegado para combater o oferecimento da denúncia perante a
Vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro? Justifique. (Valor: 0,60)
B) Qual argumento de direito material deverá ser apresentado para buscar a absolvição sumária de Wilson? Justifique.
(Valor: 0,65)
Obs.: O examinando deve fundamentar suas respostas. A simples menção ao dispositivo legal não confere pontuação.
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