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FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS E SOCIAIS DE PETROLINA - FACAPE

CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO


DISCIPLINA: Direito Internacional Público
PROFESSORA: Anne Serra
ALUNAS: Camila Silva de Freitas, Cristiane de Souza Lima e Joseneide P. F. Guirra.

Atividade 5- Respostas
1- Sim. É importante ressaltar que, a regra geral é a liberdade dos Estados para
escolherem que mecanismo de solução de controvérsia querem adotar para
determinado caso específico. No entanto, como o art. 36 da Carta da ONU prevê
que, diante de um litígio entre Estados, o Conselho de Segurança recomenda a
adoção de métodos de solução apropriados para melhor resolver o caso, sem
desconsiderar aqueles já adotados entre as Partes. Logo, deve-se considerar que
essa resolução, na verdade, pode ser imposta às partes, tendo em vista que as
decisões do referido Conselho são executáveis.

2- A diferença é que enquanto na mediação o mediador PROPÕE a base jurídica


que fundamentará o processo de negociação, na conciliação a comissão de concili-
adores irá indicar o direito aplicável ao caso e os fatos apurados na investigação. Ou
seja, eles FIXAM as bases jurídicas e a forma de condução das negociações. Em
seguida, podem levantar questões de fato e de direito relacionados ao caso, como
na investigação internacional e ainda propõem soluções para o conflito.

3) Tal princípio encontra-se consagrado no art. 2º da Carta da ONU, in verbis: Todos


os Membros, a fim de assegurarem para todos em geral os direitos e vantagens re-
sultantes de sua qualidade de Membros, deverão cumprir de boa fé as obrigações
por eles assumidas de acordo com a presente Carta.
Consiste no dever dos Estados portarem-se com justiça e lealdade com relação aos
compromissos assumidos perante a comunidade internacional.
Assim, quando um Estado assume o compromisso de iniciar a solução pacífica de
um litígio de boa-fé significa que ele deve realmente procurar uma solução pacífica e
não utilizar o sistema como uma forma de ganhar tempo para se preparar para um
conflito armado, por exemplo, ou então reforçar sua posição durante o conflito.

4) A arbitragem é um procedimento através do qual os litigantes escolhem um árbi-


tro ou um tribunal composto de várias pessoas, normalmente escolhidas pela sua
especialidade na matéria, bem como pela neutralidade e imparcialidade, para dirimir
um litígio mais ou menos delimitado pelos litigantes, segundo procedimentos igual-
mente estabelecidos diretamente por eles, ou fixados pelo árbitro, por delegação dos
Estados instituidores da arbitragem.
A arbitragem se distinguiria em dois tipos: voluntária ou facultativa e permanente ou
obrigatória. A primeira surgiria do compromisso entre as partes para a solução de
uma controvérsia que já surgiu. Assim, não há um acordo anterior entre as partes,
pois o litígio não foi previsto. A convenção arbitral para a instauração desse tipo de
julgamento é chamada de compromisso. Nesse compromisso, os litigantes men-
cionam as regras do direito aplicável, designam o árbitro ou o tribunal arbitral, even-
tualmente estabelecem prazos e regras de procedimento e se comprometem a
cumprir a sentença arbitral como preceito jurídico obrigatório. É também conhecida

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