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TECNOLOGIA e a SOCIEDADE
Desde sempre, ao longo dos anos o homem procurou resposta para os seus problemas. Procurou
olhar para as coisas tentando saber o porquê de algo que acontece. Por exemplo: porque chove, de onde
vem a água da chuva, porque está frio e depois calor, etc., etc.. Essas pessoas enquanto não encontrarem as
respostas não descansam.
Assim em todos os tempos houve pessoas que, a pouco e pouco, deram respostas às suas
interrogações. O que descobriam, iam passando a todos, ora por escrito ou oralmente.
Cada geração tem à sua disposição tudo o que antes foi descoberto. Os novos vão posteriormente
repensar e possivelmente melhorar e aperfeiçoar.
Primeiro, o homem utilizou a força do seu próprio corpo para sobreviver, produziu os seus
objectos, de seguida descobre o poder do fogo. Com o fogo pôde aplicar novas técnicas e transformar os
materiais.
Com a invenção da roda permitiu a utilização dos animais na agricultura e nos transportes. Depois
descobriu que podia aproveitar a força do vento e da água, surgiram então os moinhos de vento e as
azenhas.
Outro grande passo deu-se no século XVIII com a descoberta da máquina a vapor. As máquinas na
indústria e nos transportes eram colocadas em movimento com o recurso ao carvão. Já no século XIX com a
descoberta do petróleo começa-se a utilizar na iluminação e o desenvolvimento de novas indústrias como
por exemplo a do automóvel.
Actualmente a informática e a robótica vieram revolucionar o nosso sistema produtivo. O homem
passou a ser substituído pela máquina.
O que é a ciência
O conjunto de conhecimentos que os Homens possuem em determinada época constitui a ciência
dessa época.
A ciência está relacionada com saber o porquê das coisas. A aplicação da ciência é a técnica.
Como funciona o vapor
A água quando aquecida dilata-se e transforma-se em vapor.
O vapor introduzido num cilindro hermético e depois de arrefecido volta a contrair-se e a
transformar-se em água.
Cria-se, então, um vácuo que pode ser usado para impelir um pistão que acciona o funcionamento
da máquina.
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Organização social do trabalho
Ao contrário da especialização dos trabalhadores numa tarefa específica – modelo tradicional de
produção – hoje os postos de trabalho apontam para a polivalência de funções, isto é, exige-se que um
trabalhador execute múltiplas e variadas operações.
Mobilidade dos campos para as cidades
Com o desenvolvimento das indústrias nas cidades, milhares de pessoas abandonaram o campo e o
interior (menos desenvolvido) e fixam-se nas grandes cidades do litoral para trabalhar nas fábricas.
À medida que as famílias rurais abandonam os campos, o número de pessoas nas cidades, já
superpovoadas, aumenta, criando problemas de habitação e de emprego.
Organização das cidades
Muitos constroem habitações provisórias e clandestinas em terrenos abandonados nas zonas
limítrofes das cidades sem as mínimas condições sanitárias dando origem à marginalidade.
Com alargamento das cidades, o centro destas desloca-se para bairros periféricos, cada vez mais
extensos, com centros comerciais escolas e parques.
Os edifícios antigos, localizados nos anteriores centros são ocupados pelo comércio e escritórios
verificando-se a sua desertificação após o seu encerramento.
Recursos energéticos e desperdício
A procura crescente de produtos fabricados tem impactos na sociedade e no ambiente. As fábricas,
ao produzirem cada vez mais bens de todo o género gastam cada vez mais recursos energéticos e produzem
cada vez mais lixos (gases para a atmosfera, águas residuais, lamas industriais, etc.).
As populações, ao consumirem mais também poluem mais. Cada vez é mais difícil encontrar
soluções para o problema dos resíduos sólidos urbanos. Surgem assim as estações de tratamento desses
lixos, normalmente à saída das cidades.
Transformações na sociedade
Com a evolução das tecnologias e das sociedades surgem novas necessidades e consequentemente
novos produtos.
Com estas inovações surgem múltiplos efeitos directos ou indirectos que podem vir a manifestar-se
mais tarde.
Vejamos alguns exemplos:
Fertilizantes ecossistema
Sementes geneticamente Maior rendimento das
Maior susceptibilidade a pragas nos cultivos
transformadas colheitas
Maior desigualdade entre agricultores ricos
e pobres
Habitação
Grande densidade de
Solidão; vandalismo; desaparecimento da
Arranha-céus residentes por metro
comunidade; problemas familiares; etc.
quadrado
Toma nota
Degradação dos solos
A agricultura química, a urbanização em solos aráveis a desflorestação e a desertificação são
causa que é preciso parar.
Diminuindo a utilização intensiva dos fertilizantes e pesticidas nos solos agrícolas, ordenando o
território, limpando e replantando as matas e florestas, reduzindo o consumo de madeira, podemos vir a
evitar muitos dissabores no futuro.
Degradação da água doce
Temos de ter em atenção à contaminação e o consumo excessivo de água.
Diminuindo o consumo de água potável e reutilizando a água usada, chamada “águas de sabão”
em lavagens e em regas. Aplicando multas pesadas aos poluidores.
Poluição do ar
As alterações climatéricas provocadas pela emissão de produtos poluentes na atmosfera são sem
dúvida um grave problema.
Resíduos sólidos
O aumento descontrolado da produção industrial de bens de consumo é mais um problema a ter em
conta.
É necessário mudarmos de atitude em relação ao consumo evitando assim o aumento de resíduos
sólidos urbanos.
São resíduos sólidos urbanos é tudo o que resta da actividade humana.
A Política dos 3Rs
O que é que isto significa?
Muitos produtos podem ter consequências negativas depois de terminada a sua utilização. Exemplo
disto são por exemplo os cemitérios de automóveis em que vemos os metais a enferrujar (oxidar), os
plásticos a deteriorar-se, os óleos e os combustíveis a verter e consequentemente a infiltrarem-se
envenenando os solos e as águas.
A quantidade e variedade de produtos que se produzem, metralhados pela publicidade leva a um
consumo excessivo e ao desperdício.
Por todos estes motivos é urgente implementarmos a politica dos 3 R, ou seja reduzir, reutilizar e
reciclar.
Reduzir
A redução é a melhor forma de diminuir a quantidade de lixo que produzimos. As indústrias cada
vez mais devem utilizar produtos menos poluentes, recorrendo ainda a tecnologias menos poluentes.
Nós, os consumidores devemos, por exemplo:
Não utilizar louça descartável;
Usar caixas para guardar alimentos em vez das folhas de alumínio ou plástico;
Reutilizar os sacos do supermercado;
Comprar embalagens familiares em vez de individuais;
Preferir produtos com recarga.
Reutilizar
Reutilizar é utilizar um produto mais do que uma vez, não necessariamente para o mesmo fim para
o qual foi adquirido.
A opção por produtos reutilizáveis diminui a curto prazo a quantidade de resíduos domésticos que
têm de ser eliminados.
Vejamos alguns exemplos simples que podemos ter no nosso dia a dia:
Utilizar garrafas de vidro com depósito, tem retorno e pode ser utilizada novamente;
Utilizar o verso das folhas usadas para rascunho;
Usar frascos de vidro para guardar compotas e doces.
Reciclar
A reciclagem não é mais do que recolher e transformar um determinado resíduo de modo a que este
possa ser novamente utilizado, quer para o mesmo fim quer para outro diferente do original
Tecnologia e o consumo
Será que precisamos de todos os objectos que compramos?
Como poderemos avaliar a necessidade de um produto? Responde a estas questões.
Será que tenho realmente necessidade desse produto?
Há quanto tempo existe?
Como se fazia antes de ele existir?
Como é constituído?
Qual a natureza dos materiais que o compõem?
São materiais recicláveis?
Poder-se-ia fazer o mesmo produto de outra maneira, com mais durabilidade e ser mais fácil de ser
reparado?
Ao utilizá-lo colocarei em causa a minha integridade física ou a dos outros?
CARATERÍSTICAS DOS PRODUTOS DE “ONTEM” E DE “HOJE”
Produtos de ontem Produtos de hoje
Longa duração, servindo geralmente várias Duração cada vez mais curta e dificuldade nas
gerações reparações
Pouco numerosos Numerosos e variados quanto à marca e qualidade
Técnicas de fabrico simples e evoluindo pouco Técnicas de fabrico cada vez mais sofisticadas e
evoluindo rapidamente
Decisão de compra racional, pensada Decisão de compra cada vez mais irracional, não
pensada, motivada pela publicidade e moda
Publicidade
Actualmente é preciso ter consciência do poder que a publicidade exerce sobre a nossa vontade.
Porque é que compramos muitos produtos que não necessitamos? Hoje, cada vez mais somos
bombardeados através dos media – rádio, televisão, jornais, revistas, etc., de publicidade sobre inúmeros
produtos. São feitos estudos do mercado tentando saber o que consomem quer os jovens, os homens e as
mulheres etc.
Toma atenção a análise dos produtos e a tomada de decisão em os adquirir, esta deve basear-se
numa relação equilibrada entre necessidade, utilidade, qualidade, preço e apreciação estética.
As marcas mais caras podem não ser as de melhor relação qualidade/preço.
O PROCESSO TECNOLÓGICO
Como surgem os objectos? Quem os pensou?
Estas são as primeiras dúvidas que temos.
Qualquer produto passa por diversas fases até chegar ao mercado para ser comercializado.
A este conjunto de fases chamamos processo tecnológico.
As etapas do projeto
1- Enunciado
Nesta fase devemos identificar o problema, identificar as necessidades, descrever a situação e propor
um enunciado.
2 – Investigação
Aqui vamos pesquisar, recolher informação, analisar e definir critérios e requisitos.
3 – Ideias
Vamos idealizar e propor diferentes hipóteses capazes de resolver o problema inicial.
4 – Solução
Avaliação das ideias de acordo com os critérios. Selecção das alternativas de acordo com os recursos e
limitações existentes.
5 – Projecto
Registar a solução escolhida utilizando os meios de representação gráfica necessários à compreensão
do trabalho.
6 – Realização
Realização da proposta de solução executando um modelo/protótipo ou produto final.
7 – Avaliação
Finalmente avalia-se o grau de sucesso e testa-se o nosso objecto. Verificamos se pode ou não ser
melhorado e onde.
Projectar para as necessidades
Os objectos surgem fruto das necessidades. Ninguém vai conceber um objecto para colocá-lo numa
prateleira. Uma empresa antes lançar um produto faz muitos estudos do mercado para saber das
necessidades dos consumidores.
Quando da investigação devemos sistematizá-la, assim devemos pensar:
Onde recolher O que recolher
Comércio Catálogos, divulgações publicitárias, relatórios
Indústrias/fábricas Protótipos, feiras e exposições
Serviços Desdobráveis de divulgação e publicações
Livros Livros técnicos, enciclopédias
Revistas Revista da especialidade
Internet Diversos sites
Multimédia CD-ROM, DVD e vídeo
DESENHO TÉCNICO
O desenho técnico é um tipo de representação gráfica rigorosa que tem como função principal ser o elo de
ligação entre o desenhador ou projectista e a pessoa ou pessoas que vão realizar o projecto.
EQUIPAMENTO
Para a execução do desenho será necessário por exemplo:
Lápis, borracha, lapiseira, esquadros, régua T, compasso, caneta para tinta da china, escantilhões, etc.
NORMAS DE DESENHO
O desenho técnico rege-se por normas e regras bem definidas com a seguinte finalidade:
- Permitir a circulação dos desenhos por pessoas de nacionalidades diferentes.
- Simplificar processos de produção.
- Unificar as características dos aparelhos, máquinas, instrumentos, etc..
VEJAMOS ALGUMAS NORMAS
a) PAPEL
Os arquitectos e engenheiros hoje já utilizam os computadores para executar os seus desenhos. Esses são
posteriormente impressos através ploter ou impressora.
Quando não existam esses meios utiliza - se o papel que é barato e está sempre à nossa disposição.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS PAPEIS
TIPOS: Opacos, translúcidos, transparentes.
GRAMAGEM
Peso por unidade de superfície ( g/m2) 80g/m2, 100g/m2, etc.
FORMATOS NORMALIZADOS
A0, A1, A2, A3, A4, A5.
MEDIDAS DE CADA FORMATO
A0 - 841 x 1189 mm
A1 - 841 x 594 mm
A2 - 420 x 594 mm
A3 - 420 x 297 mm
A4 - 210 x 297 mm
A5 - 210 x 148 mm
LEGENDA
A legenda faz parte integrante do desenho técnico.
Esta contém informações complementares muito importantes para a informação e compreensão do desenho.
1 - Indicações complementares
2 - Designação ou título
3 - Entidade que promove o desenho
ESCALAS
A escala é a relação que existe entre por exemplo as medidas reais de um objecto e as medidas no desenho.
Estas podem ser de redução ou de ampliação.
Quando desejamos fazer um desenho de uma casa ou uma peça de grandes dimensões, naturalmente que as
suas projecções, na verdadeira grandeza, não caberiam na folha de papel.
Assim é necessário representar numa dimensão menor e proporcional, isto é a uma determinada escala.
COTAGEM
Para que um objecto possa ser executado a partir de um desenho é necessário que este nos informe das
medidas do objecto.
Designa-se por cotagem as informações inscritas no desenho e representadas por linhas, setas, símbolos e
valores.
A estes valores chamamos cotas e correspondem às dimensões reais dos objectos representados.
ELEMENTOS DE COTAGEM
Os principais elementos de cotagem são:
- Linhas de cota (paralela ao desenho onde se colocam os valores)
- Linhas de chamada (perpendicular ao desenho indicando a distância que estamos a cotar)
- Números de cota (valor da medida)
- Letras e símbolos
Desenhar objectos
A representação dos objectos pode ser feita através das projecções ortogonais ou em perspectiva.
As projecções ortogonais permitem uma análise de todas as partes do objecto só a duas dimensões, são as
vistas ou alçados.
A perspectiva representa o objecto em três dimensões. Vamos falar e executar apenas a perspectiva
cavaleira e isométrica
Na perspectiva cavaleira uma das faces é desenhada paralela ao plano de projecção e todos os planos
projectados na oblíqua a 45º, sendo que as dimensões do eixo das profundidades são reduzidas a metade.
A perspectiva isométrica obtém-se com um eixo na vertical e os outros formando ângulos de 30º com a
horizontal.
Tempo
Comprimento
Temperatura
Massa
MEDIR
Som
MEDIÇÃO
ORIGEM DAS MEDIÇÕES
Medir é sempre comparar uma grandeza com outra que foi tomada como termo de comparação mas da
mesma espécie.
Desde o início da civilização que o Homem estabeleceu uma relação da unidade de medida com o corpo
humano.
Para os Egípcios era côvado ou cúbito, (distância entre o cotovelo e o extremo do dedo médio.
Os Gregos utilizavam o pé.
Os Romanos além do pé utilizavam o passo.
Como estes comprimentos variavam de pessoa para pessoa foi criado em França em 1789 o Sistema
Métrico.
Este sistema tem como unidade fundamental o metro.
SISTEMAS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (S. I.)
Grandeza Unidade
Comprimento Metro (m)
Massa Quilograma (Kg)
Tempo Segundo (s)
Intensidade de corrente Ampere (A)
Tensão Volt (V)
Potência Watt (W)
Resistência Ohm ()
Estes são alguns exemplos de grandezas e suas unidades.
CARACTERÍSTICAS DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E VERIFICAÇÃO
DIVISÃO FUNDAMENTAL DOS INSTRUMENTOS DE MEDIDA
1 - Comprimento
2 - Ângulos
3 - Verificação de nível e verticalidade
4 - Grandezas eléctricas
5 - Instrumentos para determinar o valor da massa dos corpos
Para a determinação do valor de determinadas superfícies utilizam - se os seguintes utensílios ou
instrumentos: metro articulado, fita métrica, escala graduada, paquímetro, micrómetro e o compasso.
Metro articulado - ferramenta de madeira ou metal com o comprimento de um metro articulado de 10 em 10
cm.
Fita métrica - ferramenta constituída por uma fita de aço, ou de pano resistente que se enrola numa caixa
permitindo medir comprimentos mais elevados que o metro.
Escala graduada - régua de aço ou plástico, graduada em milímetros e eventualmente em polegadas com
comprimento variável.
Paquímetro - instrumento de medida que se destina a medir valores inferiores a 200 milímetros com a
precisão de 0,1 milímetro.
Este aparelho permite - nos efectuar 3 tipos de medições:
Comprimentos - diâmetros interiores e exteriores - profundidades.
O paquímetro é basicamente constituído por uma régua graduada em milímetros e polegadas. Sobre esta
régua desliza um cursor onde se encontra uma pequena escala a que se chama nónio e que se apresenta dividido em
10 ou 20 partes.
Micrómetro - Instrumento que permite fazer medições com a precisão de 0,01 e 0,001 do milímetro.
Este utiliza-se para medição de pequenos dimensões exteriores.
Compasso - É um instrumento de medição indirecta de espessuras e de diâmetros interiores e exteriores.
Há dois tipos de compassos: de pernas e de volta.
-Suta universal
MASSA OU PESO
Para fazer esta medição utilizam-se as balanças.
Vejamos alguns tipos de balanças:
- Braços suspensos
- Braços apoiados
- Digitais
TEMPO
Alguns instrumentos de medida:
- Relógio de água
- Relógio de sol
- Ampulheta
- Diversos tipos de relógios
CUIDADOS A TER COM OS INSTRUMENTOS DE MEDIDA
É necessário que sejam utilizados com o máximo de cuidado.
São constituídos, de uma maneira geral, por materiais especiais, normalmente caros.
Após a sua utilização devem ser guardados em locais próprios e limpos.
Antes da utilização de um instrumento que desconhecemos devemos previamente informar - nos do seu
funcionamento.