O texto discute como a busca excessiva por informação sobre possíveis cenários futuros faz com que as pessoas percam a capacidade de viver experiências no presente. Ao tentar controlar demais o que está por vir, acabamos nos distanciando da realidade imprevisível e construindo um mundo fantasioso em que nada está sob nosso controle. Certas vivências só podem ser compreendidas quando experimentadas diretamente, não importa o quanto tentemos explicá-las.
Descrição original:
Título original
O Mal-estar da Contemporaneidade_ Notas sobre a Experiência e o Saber da Experiência
O texto discute como a busca excessiva por informação sobre possíveis cenários futuros faz com que as pessoas percam a capacidade de viver experiências no presente. Ao tentar controlar demais o que está por vir, acabamos nos distanciando da realidade imprevisível e construindo um mundo fantasioso em que nada está sob nosso controle. Certas vivências só podem ser compreendidas quando experimentadas diretamente, não importa o quanto tentemos explicá-las.
O texto discute como a busca excessiva por informação sobre possíveis cenários futuros faz com que as pessoas percam a capacidade de viver experiências no presente. Ao tentar controlar demais o que está por vir, acabamos nos distanciando da realidade imprevisível e construindo um mundo fantasioso em que nada está sob nosso controle. Certas vivências só podem ser compreendidas quando experimentadas diretamente, não importa o quanto tentemos explicá-las.
A informação é, com certeza, um pilar da existência e
assim, da experiência. Mas basta apenas o saber para termos a experiência de ter uma experiência? Muitas vezes, procura-se tanto a informação (para preparar-se para, enfim, a ação) sobre os “possíveis futuros” e o “que está por vir”, que esquece-se da práxis, esquece-se de viver a experiência em si. No mundo de hoje, as pessoas se habituaram no looping frenético de organização e controle que se perdem do que era o objetivo inicial - um eterno pensar e um nunca fazer. Então, ficamos nesse mundo perfeito e fantasioso em que tudo está sob controle, algo que a realidade jamais nos proporcionaria. Porque, quando vamos para o mundo real, nada que acontece é linear, há tropeços e (quase)nada está sob controle de verdade. Há vivências que, não importa o quanto alguém tente lhe explicar, só se sabe estando ali, em carne e osso. “Só quem viveu sabe”, como diz o famoso ditado. E nessas nuances da vida, dos escapes e entres não planejados, está a mais pura das puras experiências. Às vezes, é não sabendo que se sabe.