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O Mal-estar da Contemporaneidade: Notas sobre a

Experiência e o Saber da Experiência

A informação é, com certeza, um pilar da existência e


assim, da experiência. Mas basta apenas o saber para termos a
experiência de ter uma experiência? Muitas vezes, procura-se
tanto a informação (para preparar-se para, enfim, a ação)
sobre os “possíveis futuros” e o “que está por vir”, que
esquece-se da práxis, esquece-se de viver a experiência em si.
No mundo de hoje, as pessoas se habituaram no looping
frenético de organização e controle que se perdem do que era o
objetivo inicial - um eterno pensar e um nunca fazer. Então,
ficamos nesse mundo perfeito e fantasioso em que tudo está sob
controle, algo que a realidade jamais nos proporcionaria.
Porque, quando vamos para o mundo real, nada que acontece é
linear, há tropeços e (quase)nada está sob controle de
verdade.
Há vivências que, não importa o quanto alguém tente lhe
explicar, só se sabe estando ali, em carne e osso. “Só quem
viveu sabe”, como diz o famoso ditado. E nessas nuances da
vida, dos escapes e entres não planejados, está a mais pura
das puras experiências. Às vezes, é não sabendo que se sabe.

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