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Yoga Carlo Guaragna

A Ilusão do Autoconhecimento - Aula #01


Quando se fala em autoconhecimento já vem à mente a mentalidade de analisar o nosso
corpo, conhecer a nossa mente, nossos temperamentos, nosso signo astrológico ou até
mesmo as expressões faciais que nos mesmos fazemos para identificar através por exemplo de
uma avaliação neolinguística o que está acontecendo dentro da nossa mente, analisar nossas
forças nossas fraquezas. Uma série de questões surgem através da provocação do
autoconhecimento, a palavra autoconhecimento evoca estas analises que vai desde a
astrologia, aos doshas, temperamentos do ser humano e por ai vai..., porém
autoconhecimento não é nada disso. É o conhecimento de si, do ser, mas falar em “ser” falar
em “eu” já é um desembaraço que temos que fazer.

Nessa aula o que é importante é a questão do conhecimento, deixamos de lado o “auto” e


focaremos no conhecimento. Sempre que pensamos em adquirir conhecimento, estamos meio
que pressupondo que já existe um conhecimento, algo a ser conhecido e este “algo” é
verdadeiro, ele existe é uma estrutura que não basta que “eu” queira que ela exista ela tem
que existir além do meu “desejo” do meu “querer”.

Essa estrutura que pode ser conhecida muitas vezes não vai ser agradável, o
autoconhecimento as vezes parece algo brando um jardim de rosas um mundo imaginário que
surge ao autoconhecimento uma coisa super diferente. O conhecimento é a fidelidade à
realidade a busca de um conhecimento que já está que já é, ele em nenhum momento precisa
ser fabricado. O conhecimento é simplesmente você por uma presença, por uma intuição, por
um convívio conhecer e esse conhecer está além daquilo que eu quero que ele seja.

O conhecer significa querer conhecer e não querer conhecer algo, criar uma expectativa a
respeito daquilo que vou conhecer, pois muitas vezes o conhecimento desilude você.

Essa palavra desilusão é bem negativa principalmente na língua portuguesa aqui no brasil, mas
a desilusão é uma dadiva porque ela nos tira da ilusão e nos coloca na verdade. A busca do
autoconhecimento seja la o que for do autoconhecimento ou do conhecimento de qualquer
outra coisa ela vai precisar, vai ser necessário um comportamento onde nós devemos retirar
qualquer expectativa daquilo que esperamos conhecer, esse passo pode nos levar ao
conhecimento de algo que julgamos negativo ou de algo positivo. O que interessa aqui, ou
seja, a validade do conhecimento é o que é se é positivo ou negativo, bom ou ruim isso não
importa.

Um dos principais rivais do conhecimento é o “medo” de conhecer aquilo que não queremos
conhecer, muitas pessoas se fecham em uma certa ideia já compreendida e familiar para si
mesma para não ter que se expor ao conhecimento do novo da surpresa ao conhecimento de
qualquer coisa que pode surgir e como uma bola de boliche fazer um estrago em todos os
conhecimentos que eu tinha anteriormente e ficar sem aquela certeza que tinha antes por
conta de um conhecimento novo e real que acabou tirando todos os seus conhecimentos
frágeis ilusórios. É muito natural que o ser humano se feche no seu próprio mundo imaginário,
no seu mundo de pensamentos para evitar este espanto, ou seja, o passo fora dessa zona
familiar e confortável que é o conhecimento que já existe na nossa cabeça.

Adquirir um novo conhecimento deve-se ter uma coragem forte de alguém que vai sair de sua
caverna da sua ilha e que vai enfrentar tempestades, coisas inesperadas, pois o conhecimento
da realidade do espirito do eu é conhecimento “novo” sempre que preferimos um
conhecimento velho estamos buscando um pensamento à realidade do que à própria
realidade prefere-se trazer as memorias à tona e figurar tudo aquilo que você já sabe revendo
os mesmos filmes antigos que foram construídos através da nossa memória e que circulam
como signos através dos nossos pensamentos.

Conhecer o novo é uma jornada que exige abertura para colocar em jogo os conhecimentos
que nos mesmos já temos como nosso, pois o novo conhecimento tem o poder de destruir o
antigo. Adquirir conhecimento em qualquer circunstância é estar vulnerável, aberto e sair
desse estado interno de um certo equilíbrio dinâmico que só vivemos dentro daquilo que já
conhecemos e que só aceitamos como novo conhecimento aquilo que não abala de nenhuma
forma a estrutura do pensar que você já tem. Conhecer é estar o tempo todo observando,
atento não aos seus próprios pensamentos, aquilo que ocorre dentro de você o velho, mas sim
ao novo. Muitas vezes conhecer vai ser conhecer algo que não possuímos reconhecer a
ausência do conhecimento, você saber aquilo que não sabe admitir para si mesmo que não
sabe uma série de coisas é o princípio número um para que você comece a saber alguma coisa,
pois é muito mais difícil sabermos alguma coisa que tem uma forma um conteúdo e que se
dirige a uma certa situação objeto da realidade do que ter ciência de um certo repertorio de
nossa ignorância saber que eu não sei já é alguma coisa isso me traz uma consistência uma
segurança.

Existe duas formas de adquirimos um conhecimento sobre algo um deles é um testemunho


direto quando eu vi algo acontecer eu sou o testemunho, observando e o testemunho indireto
ou seja alguém lhe contou algo x quando acontece essa segunda questão ocorre uma operação
dentro do cérebro onde eu vou ter que transformar todos esses conhecimentos em uma outra
linguagem e comunicar para outra pessoa, porém quando vou contar isso para a outra pessoa
ela tem algo que chamamos de juízo a pessoa que está me ouvindo vai entender a situação de
uma forma e eu estou pensando nessa situação de uma outra forma ,ou seja, existe uma
diferença entre o que eu comunico e o que a pessoa imagina o que eu comunico e o que a
pessoa entende e ai vai existir um segundo ou um terceiro telefone sem fio de maneira que o
conhecimento quando ele é retratado dado por uma segunda pessoa ou por um terceiro,
quarto, este conhecimento começa a se distanciar da origem de maneira que o conhecimento
mais rico e mais abundante é dado na experiência, ou seja, não há como você trocar mil cursos
de qualquer coisa pela experiência daquilo que se está falando, o aprendizado o conhecimento
está junto com o a ação, presença, vivencia concreta e direta a lógica aqui é a seguinte quanto
mais nos distanciamos do evento que gerou o conhecimento ficamos mais longe do próprio
conhecimento.

Essa lógica dos testemunhos se baseia no seguinte imagine que você viu um acidente x e
contou para uma amiga a lógica demanda algo que é a base do conhecimento do ser humano
que é a confiança, se não houver confiança não existe conhecimento, pois todas as
experiências que não precisamos vivenciar em algum momento para saber todos os conteúdos
que precisou viver para de certa forma experiência claro que em um grau muito menos do que
aquele que o propaga, mas confiar no outro ser humano, confiar no que ele está dizendo no
testemunho dele é a base para que possa existir uma linhagem de conhecimento uma
comunicação de eventos que aconteceram, ou seja, a confiança é a base das relações humanas
e isso está totalmente ligado com o conhecimento.

O conhecimento mais preciso que podemos ter a oportunidade de ter e de conhecer, aprender
ele está na observação da realidade. A realidade é a fonte de todos os conhecimentos que
estão escritos em todos os livros por exemplo todos os livros sobre plantas mesmo que você
estude todos os livros sobre plantas nunca conseguira chegar ao conhecimento do que
realmente tem ali dentro delas, ou seja, a própria realidade que está embaixo do nosso nariz é
a fonte de conhecimento de todo o conteúdo que vamos ver em cursos em palestras, eventos
e etc.. a realidade é a “fonte” onde existe um mar de conhecimento.

O conhecimento indireto aquele que nós não testemunhamos diretamente, mas sim aquele
que eu vou aprender por livros, por cursos relato de alguém e etc... ele necessita da confiança
esse mecanismo é o que faz a diferença dos seres humanos as outras espécies, pois ele é o
único que vai conseguir colocar a sua prole a par de uma imensidão de conhecimentos em
três, quatro ou cinco anos de maneira que esse indivíduo vai ser alguém que vai ter uma
linguagem, vai saber se vestir se portar, comunicar, relacionar ele vai compreender que existe
um conhecimento disponível tudo isso o ser humano passa um para o outro existe essa
necessidade, pois se não todo o esforço para o conhecimento que cada geração adquirisse
uma nova ia ter que começar tudo do zero o que é muita perda de tempo e ai não existe nem
evolução do autoconhecimento, pois conhecer é confiar não podemos ter todas as
experiências do mundo ao mesmo tempo, nem mesmo as que nós gostaríamos de ter para
adquirir conhecimento de algo que tanto almejamos é por isso que a confiança é a base.

Reflexão quanto que você pode conhecer da realidade? Ela é uma estrutura extremamente
complexa e é ali que mora todo o conhecimento é multifacetária não conseguimos ver o
interior e o exterior ao mesmo tempo das coisas isso é impossível a realidade se mostra para
nos de uma forma limitada tridimensional, mas ela tem muitas outras dimensões e muitas
outras possibilidades e aparências, porque além de tudo isso, tudo aquilo que está na
realidade vai se modificar por exemplo: o conhecimento que eu vou ter de algo hoje vai ser a
respeito da aparência que ele está hoje, amanhã ele vai estar diferente.

Existem muitas facetas de um só objeto pela estrutura da realidade e só vamos conhecer um


pouquinho de cada vez e além disso dessa estrutura limitar nossa possibilidade de
conhecimento existe outra coisa que também vai nos limitar que é a nossa atenção, pois ela é
focal, não conseguimos prestar a atenção em tudo ao mesmo tempo temos que eleger uma
coisa apenas, se tentarmos eleger mais de uma não vamos aprender nada e nem conhecer
adquirir conhecimento é de grão em grão como uma galinha cisca o milho não tem como nos
apreendermos tudo ao mesmo tempo.

Temos a questão da memória quando parte da nossa atenção entra em contato com ela
abstraindo todo o resto e além disso aquilo que presenciamos e registramos fica guardado na
nossa memória.

Porém este guardar na memória é precário, pois a nossa memória não é algo que podemos
evocar por vontade própria ela tem evocações relativas inerentes a ela mesma a maior prova é
que você vivei algo, sabia esse algo ou até mesmo sabe, mas não consegue se lembrar e além
disso ela é extremamente fragmentada não lembramos de todos os momentos de nossa vida e
esses fragmentos são evocados a partir da evocação de outros fragmentos.

Quando falamos de conhecimentos estamos geralmente falando de coisas concretas, porém


todo conhecimento a respeito de algo que se modifica constantemente nunca pode ser um
conhecimento definitivo sobre algo, mas sim sobre a aparência momentânea dele isso
acontece muito por exemplo com a ciência hoje em dia ela faz uma série de pesquisas com
hipóteses e dessa forma de ano em ano década em década uma coisa é considerada maléfica
ou benéfica, então o que temos hoje de afirmação com relação ao conhecimento da realidade
concreta é o estado do conhecimento para a realidade que se encontra hoje. Não existe um
conjunto de certezas quando se tem uma realidade multável e mesmo que tenha é pequeno.

O conhecimento em termos de ser é o que dentro do yoga entendemos como o saratamdana,


ou seja, o conhecimento eterno porque o ser não se modifica então aquilo que é o
conhecimento do ser é o conhecimento perene é o conhecimento estático ele se cristaliza e
nós tivemos experiência já o conhecimento da natureza ele vai se modificando cada vez mais e
temos um habito muito pobre que é a ideia de que se vermos um animal desconhecido um
mini leão e alguém chega e fala isso é um gato você logo pensa ah beleza um gato nós
pegamos esta forma o nome e coloca na prateleira de conhecimento, porém saber o nome é a
forma não é conhecer o conhecimento é muito mais do que isso. Então por exem: ao observar
um gato você vai poder refletir sobre a materialidade, e vai se aprofundando distingue a forma
a finalidade e a causa eficiente quem o criou? Além disso você pode se perguntar qual o
motivo da existência do vidro? Como que alguém pensou a partir da área o copo virar um
vidro, como é o processo? E partir daí se consegue verificar que tem uma história por trás do
vidro.

O que diferencia a dificuldade do conhecimento do ser humano da do animal é que o ser


humano pode fazer muitas coisas ele tem um círculo de possibilidades muito grande ele criou
o foguete o cd, o wifi tudo e ao começamos a perceber que para entender uma planta uma
parede, conseguimos fazer o trajeto, nós conseguimos conhecer as coisas concretas, mas nós
temos uma capacidade muito maior. Quando se trata de ser humano entender conhecer é
muito complexo, pois ate quando imaginamos o ser humano temos uma imagem especifica,
porém ele tem muitas fazes em que ele está, quando falamos de conhecer uma pessoa as
qualidades, virtudes estamos apenas falando de conhecer, pois ele tem um círculo de
possibilidades muito maior do que qualquer outra coisa, conhecer alguém não significa você
ter algo elaborado dentro da sua mente para falar desta pessoa, não é ter símbolos e palavras
organizadas na mente para comunicar, conhecer é o que é exigido antes de você falar antes de
poder definir e talvez nem consiga definir o conhecimento é um ato rápido que vive dentro de
nós a capacidade de adquirir uma série de informações ele é uma atividade que requer
extrema presença e absorção para aquilo que se almeja conhecer o verdadeiro conhecimento
está em aceitar a coisa o objeto em que se está observando tal como ela é. Se transpor para
aquilo que você quer aprender abrir-se para o novo e colocar o velho em jogo o
autoconhecimento é o que existe de mais sutil no mundo é meditar sobre a própria presença
que conhece.

O “eu” – Aula #02


O autoconhecimento não é como aprender as leis da física, dominar a matemática, saber
vários idiomas ou estudar biologia, química não se trata disso de algo concreto que tem
conteúdo que já possui uma forma. O autoconhecimento é você conhecer aquilo que pode
conter todas as formas e todos os conteúdos é o que não está sujeito a nenhuma modificação
diferente de todos os entes da realidade concreta tudo na natureza se modifica a cada instante
se existe uma constante essa é ela não existe uma estabilidade, eixo firme e concreto imutável
tudo em uma escala menor ou maior como uma flor que abrocha murcha e morre, uma
borboleta o planeta terra como um todo, tudo ira se modificar, mas existe uma coisa que é
perene. Todo conhecimento que adquirimos tem um trajeto nos conhecemos algo esse algo se
modifica o tempo todo, mas esse objeto nos absorvemos pelos nossos sentidos e percebemos
de maneira que o mundo se esparrama e desagua para dentro de todos nós através do tato,
olfato, paladar, visão e audição, porém existe uma consciência que percebe nossos sentidos,
existe uma possibilidade de estamos em um ambiente e não sentirmos nada, ou seja, não
estarmos tendo aquela experiência é como se a gente estivesse longe. A nossa consciência
nesse mundo é focal e para que a gente esteja experimentando esse corpo é preciso que a
nossa consciência esteja aqui também isso é mais complexo do que admitir que o corpo
percebe tudo a 100% do tempo o corpo pode até estar percebendo, mas você pode não está,
ou seja, exige uma diferença entre o corpo e o ser a mente e o ser, nós não somos só o corpo e
a mente, transcendemos a tudo isso, nosso corpo muda, nosso raciocínio muda, nossos valores
a ideia de quem somos, a nossa mente é descontinua e nós não podemos ser tão descontínuos
assim.

A diferença entre o eu e o resto é básica a diferença entre a nossa consciência o corpo e a


mente é primordial para compreender o que é o autoconhecimento. Existe um fenômeno que
ocorreu na década de 70 e 80 e que foi muito aclamado que são as EQM experiências de quase
morte o Carlo deixou o link eu salvei em favoritos. Essas experiências configuram um cenário
propicio para que possamos analisar e examinar com um pouco mais de veracidade e um
pouco menos de criação de hipóteses o que as filosofias, espiritualidades e religiosidades
falam a milênios que nós não somos o corpo nem a mente que somos a consciência. Em todas
as experiências os pacientes que viveram uma experiência de quase morte eles estão em
experiência biológica, ou seja, o coração não está batendo e o cérebro não está funcionando e
mesmo assim essas consciências tem experiências de visualizar o que acontece no ambiente
em que a fatalidade aconteceu e em alguns momentos depois ela é ressuscitada e ela relata
tudo que viu enquanto estava biologicamente morta em todas essas pesquisas a dúvida é
como essas pessoas por estarem mortas biologicamente como ela pode observar estando
inativo os movimentos dentro de uma cirurgia por exemplo? Esses casos nos dá uma pista para
tornar mais tangível o caso da consciência um caso famoso de 2008 foi de um doutor que teve
meningite que foi muito severa e em poucas horas ele já estava no hospital em coma e a
primeira coisa que ele afirmou quando voltou do coma foi que esses foram os melhores dias
da vida dele, pois foi onde ele conheceu uma realidade muito mais real da que ele conhecia.
Os relatos apontam que as pessoas se tornam mais lucidas as pessoas percebem e aferem a
realidade com mais abundancia a intenção real de saber da consciência é realizada o
conhecimento é adquirido por intenção você sabe a coisa, tanto que essas experiências são um
tanto quanto difíceis de se descrever.

Existe o caso de uma menina que se afoga em um lago e tem em torno de 12 paradas cardíacas
e ela cita vários detalhes dos momentos em que ela estava morta, porém dentre esses vários
exemplos que temos existem relatos de que no intervalo da vida e morte elas se veem, porém
elas são cegas de nascença e declaram ter visto onde estavam as pessoas ao seu redor ela dá a
forma visual pela primeira vez na vida. Esse debate sobre a consciência se estende até hoje.

A consciência é o objeto de relação de convívio durante o autoconhecimento e quando a gente


fala sobre ele nos queremos conhecer algo, porém esse algo não tem um início meio e fim é
um algo que envolve a nossa mente o nosso corpo é perene continua depois que o corpo vai
embora. Não podemos conhecer a consciência da mesma forma que se conhece um copo,
conhecer a si mesmo é um convívio você não vai encontrar um conteúdo uma forma, e sim
conviver consigo mesmo o autoconhecimento é algo extremamente simples, porém ele é ao
mesmo tempo algo complexo de ser vivido e gera frutos inimagináveis saber quem somos na
vida concreta é situar se melhor na vida entender que somos perenes e que no momento em
que percebemos o mundo mesmo que não seja pela os olhos essa vida concreta permite
diversas outras relações que a vida espiritual e transcendente que nós como consciência
limitado a consciência, mas também liberto como consciência porque a consciência nos liberta
em alguns sentidos e te limita em outro quando perdemos a possibilidade do corpo.

Existe um outro estudo sobre aprisionamento e libertação do corpo e mente onde nós temos a
possibilidade através do corpo que sendo apenas uma consciência você não tinha antes de se
identificar na forma de um corpo e quando nós percebemos que somos está presença,
consciência você percebe que pode acessar e perceber as coisas de uma forma extracorpórea,
pois não deixamos de ser consciência enquanto somos corpo e mente. A vida terrena é uma
aparência e temporária existe um fundo de consciência no qual nós podemos alimentar o
nosso pensamento a nossa percepção e nortear a nossa vida as nossas regras nossas formas de
viver e não ficar buscando no outro em uma moda um modismo. Essa consciência que é
perene é nossa individualidade é a base para que nós possamos conseguir encontrar uma
maneira de viver na intensidade na maneira da concretude o autoconhecimento vai fazer com
que nos percebamos como uma espécie de magnetismo de percepção de cada vez mais se
colocar no seu lugar de como você deve viver. Esse jeito você só vai aprender vivendo e
aprendendo com a sua própria alma a sua própria consciência.

A proposta – Aula #03

A realidade se expõe para a gente de diferentes maneiras e o conhecimento humano é muito


lento, temos uma atenção focal, não conseguimos lembrar o que queremos na memória.

Quando falamos de ser estamos nos referindo a algo que é imutável as características
individuais que existem na nossa alma a individualidades que temos e sempre vamos ter e
nunca sairá de nós e a consciência do observador presente que é a questão de percebemos
que existe algo maior. A todo tempo estamos morrendo, porém, o corpo tem uma capacidade
de se regenerar ele se regenera mais do que morre mais em um certo momento ele não tem
mais um certo vigor físico metabólico, orgânico para reconstruir tudo aquilo que a gente
morre, nós somos um constante desmoronar e construir o nosso corpo é uma metamorfose à
medida que envelhecemos nos notamos isso. O corpo é uma aparência um estado que está em
constante mudança assim como nossas ideias a mente é uma estrutura que fabrica
pensamentos de forma bem acelerada, porém se estivermos atentos vamos perceber que
existe uma lacuna, algo a mais que apenas um pensamento uma identidade mais profunda e a
percepção de que essa identidade é você para você mesmo independente do estado do corpo.

Quem é você? Não deve ser uma pergunta com uma resposta definitiva de quem somos é algo
que é construído. São reflexões e percepções de quem você é não só da nossa consciência,
mas também da nossa alma é necessária uma convivência com o silencio interior para que nós
possamos conviver com o que nós somos, necessário algumas dinâmicas para que possamos
rastrear quem nós somos para que você serve no final das contas para uma virtude universal
ou individual também para viver nesse mundo concreto. O propósito de vida é uma
consequência do autoconhecimento de você perceber em si mesmo as inclinações, a
característica individual da própria mente as coisas pela qual se atrai, as nossas inclinações,
nossas repulsas.

Devemos parar de buscar de tentar ser algo para os outros, cada perfil e individualidade tem
uma posição em que ela mesma tende a se colocar, mas não podemos ficar buscando dentro
da era em que vivemos um lugar para ser aplaudido. Viver sem saber quem somos é viver sem
um norte e o autoconhecimento nos coloca em um quadrante em que devemos caminhar agir.
A proposta não precisamos colocar mais camadas em nós mesmos nem ser diferente do que já
somos o ponto é perceber quem nós somos e expressar cada vez mais isso de uma forma sutil
e extra corporal. Não adicionando coisas e cobrindo você com várias camadas coisas que
mudam o seu jeito de ser, pois isso nos torna menos autentico, precisamos nos despir de
coisas que não somos.

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