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HORTA ORGÂNICA

FAMILIAR OU ESCOLAR

Patrocínio:
POR QUÊ PRODUZIR HORTALIÇAS?

AGRICULTURA ORGÂNICA OU CONVENCIONAL ???


PORQUE A AGRICULTURA CONVENCIONAL
NÃO É SUSTENTÁVEL

• DEGRADAÇÃO DO SOLO
• DESPERDÍCIO E USO EXAGERADO DA ÁGUA
• POLUIÇÃO DO AMBIENTE
• DEPENDÊNCIA DE INSUMOS EXTERNOS
• PERDA DA DIVERSIDADE GENÉTICA
• SAÚDE DO HOMEM
Números do PARA
(Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em
Alimentos)
COMO PRODUZIR?
BASES PARA A PRODUÇÃO ORGÂNICA
A PRODUÇÃO ORGÂNICA DE HORTALIÇAS DEVE
SER FEITA
SEGUINDO UM CONJUNTO DE ORIENTAÇÕES :

1- TRABALHAR A TERRA COMO UM ORGANISMO


VIVO.

2- PROMOVER A DIVERSIFICAÇÃO DE PLANTAS.

3- CONVIVER COM OS INSETOS (PRAGAS) E


MANCHAS (DOENÇAS).
COMO PRODUZIR?
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES NA ESCOLHA DO
LOCAL DA HORTA

1 – O local escolhido deve receber a luz direta do sol por no mínimo 5


horas diárias.

2 - Os canteiros devem ser feitos na direção norte-sul, ou voltados


para o norte para aproveitar melhor o sol.

3 – A face SUL da HORTA deve estar protegida, pois nessa face os


ventos frios prejudicam ou até impedem o desenvolvimento de
hortaliças em geral.
– Proteção com “quebra vento”, que pode ser com o plantio de uma cerca
viva de arbustos ou mesmo com a construção de uma mureta ou de
uma cerca bem fechada.
SUGESTÃO DE LAY-OUT PARA 25m2
SUGESTÃO DE LAY-OUT PARA 25m2
SUGESTÃO DE LAY-OUT PARA 10m2
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES NA ESCOLHA DO
LOCAL DA HORTA

4 – O local escolhido não pode estar sujeito a encharcamentos ou


alagamentos, nesse caso você deverá elevar os canteiros.

5 – Dê preferência a um local que tenha uma fonte de água potável


próxima e aonde possa ser construído um abrigo para os
equipamentos e materiais.

6 - As dimensões de um canteiro podem variar. A largura deve


possibilitar o trabalho no canteiro de um só lado- onde alcance o
braço- até 1 metro a 1,20 metros. O comprimento não deve
ultrapassar os 10m para facilitar a circulação dentro da horta.

• Dica importante: A melhor água para a rega da sua HORTA é a água


de CHUVA. Aproveite a água de chuva colhendo-a através da calha de
seu telhado armazenando-a em um tambor ou em uma caixa d’água.
SOLO
Definição de Solo
(Edafologia)

Cobertura da rocha particulada que junto com a


matéria orgânica contêm os minerais e nutrientes
necessários para suportar o crescimento das
plantas

O SOLO COMO UM MEIO DE


CRESCIMENTO VEGETAL
Nesta camada é que as raízes
das plantas se desenvolvem e
obtêm os nutrientes

SOLO AGRICULTÁVEL
SISTEMA TRIFÁSICO

Todo solo é formado por


uma parte sólida (minerais e
matéria orgânica), uma
líquida (água) e uma gasosa
( ar )

COMPOSIÇÃO IDEAL
Solo está formado por frações:

• Inorgânica/ mineral
Areia (0.05-2mm)
Limo (0.002-0.05mm) Textura
Textura

Argila (menor de 0.002mm)

• Orgânica
Material orgânico em
distintos estados de Estrutura
decomposição
Fração inorgânica do solo
Fração orgânica
• As plantas não consomem MATÉRIA ORGÂNICA, e sim os
minerais produzidos a partir da transformação desse material em
húmus.

• A matéria orgânica é um dos componentes de um solo e atua como


agente de estruturação,possibilitando a existência de vida
microbiana e fauna especifica, além de adicionar nutrientes à
solução do solo.

• As Plantas apenas absorvem os nutrientes MINERALIZADOS


(transformados em elementos minerais).

• A vida no solo é de suma importância para que as reações de


transformação possam acontecer.

• A camada superficial – Horizontes 0 e A – é repleta de material


orgânico em constante processo de humificação.
Como se encontram organizados
as frações minerais e orgânicas
• Formam agregados

• Microagregados Agua
• Macroagregados Ar
microporos
Até 30µm
microagregado

Até 300µm
macroagregado

macroporos
O que mantêm unidos os
diferentes componentes de um
agregado?
hifas Limo

Argila
Areia

ar
agua

bacterias
actinomicetes

Materia orgânica
Relação da água com os poros

• Em macroporos Agua gravitacional


• Em microporos Agua aproveitável pelas
plantas - Água capilar
• Rodeando as partículas - Agua
higroscópica. Não se congela
nunca se move em forma líquida
Agua capilar
SOLO SATURADO

Macroporo
Com ar

ar

Agua
gravitacional

Necessario para a respiração


CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DO SOLO

Capacidade de Troca de Cátions

Cargas elétricas (+, -)

colóide
Ma + Mb+ (sol.)  Colóide-Mb+ + Ma+
Características Químicas

Reação do solo

a) Ácida (H, Al, Mn), Neutra ou Alcalina (K, Ca, Mg)


b) Atividade do H+ em solução

pH < 7,0: Solução ácida


pH > 7,0: Solução alcalina
pH = 7,0: Solução neutra

RS: 90% dos solos com pH < 4,5


ABSORÇÃO DE NUTRIENTES EM
FUNÇÃO DO pH

4,5 5,0 5,5 6,0 6,5

Cálcio 20% 40% 50% 67% 83%

Enxofre 40% 80% 100% 100% 100%

Fósforo 30% 32% 40% 50% 100%

Magnésio 20% 40% 50% 70% 80%

Nitrogênio 20% 50% 75% 100% 100%

Potássio 30% 35% 70% 90% 100%


CALAGEM
• Para corrigir a acidez do solo é necessário acrescentar um produto
que reaja com o alumínio, muito utilizado o calcário, calcítico ou
dolomítico.

• A fórmula básica para a correção é a adição de 150g de calcário /


m2 de solo para cada ponto de pHque se deseje elevar.
– Exemplo: pH do solo = 4 – índice que se deseja = 7, então são
necessários 3 pontos x 150g por ponto = 450g de calcário / m2
incorporados ao solo.

• Ideal fazer a análise do solo para saber o índice de pH correto.


CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO SOLO

Textura

Proporção relativa das frações granulométricas


(areia - silte - argila) que compõem a massa do
solo (terra fina: φ< 2 mm).
Características Físicas

Frações Texturais: Areia, Silte e Argila

• Areia: 0,05 - 2 mm (USDA)


0,02 – 2 mm (Atterberg, sistema Intern.)
• Silte: 0,002 - 0,05 mm (ou 0,02 mm)
• Argila: < 0,002 mm
• Argila coloidal: < 0,0002 mm
Características Físicas

IMPORTÂNCIA

Retenção e disponibilidade de H2O


Circulação de H2O e de ar
Resistência ao crescimento radicular
Resistência à mobilização do solo
Características Físicas
NUTRIENTES MINERAIS
Macronutrientes

• N (Nitrogênio) – crescimento da planta


• P (Fosfato) – floração e frutificação
• K (Potássio) – crescimento das raízes e
resistência à doenças
• Ca (Cálcio) – crescimento de raízes e
fecundação
• Mg (Magnésio) – composição de clorofila
• S (Enxofre) – síntese de clorofila e absorção de
CO2
NUTRIENTES MINERAIS
Micronutrientes
• B (Boro) – desenvolvimento de raízes, frutos e
sementes
• Cl (Cloro) – quebra da água
• Cu (Cobre) – respiração e síntese de clorofila
• Co (Cobalto) – absorção de nitrogênio
• Fe (Ferro) – respiração, síntese de clorofila,
fixação de N
• Mn (Manganês) – absorção de CO2
• Mo (Molibdênio) – fixação e nitrogênio
• Zn (Zinco) – formação e maturação da semente
FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS

PÁS

ENXADAS

TRANSPLANTADOR

ANCINHOS
PEQUENAS
FERRAMENTAS

INCORPORADOR
TESOURAS DE
PODA

MANGUEIRAS E
REGADORES

CARRINHOS
SUBSTRATOS, COMPOSTOS E
FERTILIZANTES
PRODUÇÃO DE MUDAS
PRODUÇÃO DE MUDAS

• PROPAGACÃO SEXUADA
– SEMENTES

• PROPAGACÃO VEGETATIVA
– ESTRUTURAS ESPECIALIZADAS
– ESTAQUIA
MULTIPLICAÇÃO POR SEMENTES -
SEMENTEIRAS

CANTEIRO
SEMENTEIRAS COMERCIAIS
Mudas saudáveis e
produtivas são
facilmente identificáveis.
Torrões bem formados
repletos de raízes
e folhas inteiras e
viçosas são
fundamentais para o
desenvolvimento de
plantas exuberantes.
SEMENTEIRAS E PRODUÇÃO DE MUDAS

- tratamento de solo (esterilização, adubação);

- semeadura;

- cobertura do canteiro (plástico, palha);

- cuidado especial com irrigação;

- controle de plantas daninhas;

- controle fitossanitário.
MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO VEGETATIVA

PROPAGAÇÃO POR ESTRUTURAS ESPECIALIZADAS


BULBOS
RIZOMAS
TUBÉRCULOS

 ESTAQUIA

Estaca: qualquer segmento da planta-mãe com pelo


menos uma gema vegetativa capaz de originar uma
nova planta.
BULBO TUNICADO BULBO COMPOSTO

BULBO ESCAMOSO BULBO SÓLIDO OU CHEIO


RIZOMA
ESTACA
DIVERSIFICAÇÃO DE CULTURAS
Na produção orgânica faz-se o
plantio de várias hortaliças na
mesma horta e no mesmo canteiro.

Para criar um ambiente variado,


favorecendo a vida de inimigos
naturais.

A variação de plantas também


permite um
melhor aproveitamento dos
nutrientes do solo.

Recomenda-se o plantio de faixas


de plantas de tamanho médio
(milho, girassol, cana) dentro e ao
redor da horta para harmonizar.
RESGATE DA AGROBIODIVERSIDADE
ESCOLHENDO O QUE PLANTAR
Um bom planejamento tem início com a escolha das
espécies a serem cultivadas, época de plantio e ciclo de
colheita.Por exemplo, há cenouras apropriadas para plantio
de inverno e de verão.

A escolha da melhor variedade está relacionada a:


taxa de germinação, desenvolvimento da planta,
resistência a ataque de pragas e doenças, produtividade,
aspecto do produto final, sabor.

Cada hortaliça possui características próprias


quanto ao ciclo de vida, época preferencial de plantio,
necessidade de água, exigências nutricionais.
É importante organizar o semeio de acordo com o que se
pretende colher. Por exemplo: alface tem ciclo que pode variar de 35 dias no
verão a até 60 dias no inverno. Um canteiro com 5 metros de comprimento e
1,20 metros de largura pode produzir 96 plantas por canteiro. Se um canteiro
for semeado em um único dia, haverá uma colheita de aproximadamente 96
pés em, no máximo, uma semana, uma vez que a alface tem ciclo curto e pode
“passar” do ponto de colheita neste tempo.

Isto é diferente para outras culturas que podem permanecer


bastante tempo no canteiro com a colheita estendendo-se por mais de
um mês, como a couve, berinjela, cenoura,brócolis, cebolinha, salsa
entre outras.

De acordo com o que se pretende colher, aconselha-se que


sejam realizados plantios semanais de alface, chicória, ervilha, rúcula,
rabanete.
Ao planejar um canteiro, deve-se evitar o plantio sucessivo de
uma mesma cultura,assim como plantas da mesma família.

A ROTAÇÃO DE CULTURAS reduz a chance de aparecerem


doenças e pragas e possibilita um melhor aproveitamento dos
nutrientes disponíveis.
Uma boa seqüência a ser utilizada é: folha, raiz, flor, fruto
(exemplo: alface, cenoura,brócolis, berinjela).

PLANTAS COMPANHEIRAS.
COMPANHEIRAS As plantas da família
das solanáceas ( tomate, batata, pimentão, entre
outras) e as da família das compostas (Cichoriaceae),
como alfaces e chicórias combinam bem entre
si. Estas famílias, por sua vez, também combinam
com umbelíferas (Apiaceae) como cenoura, salsa,
aipo, erva-doce, batata-salsa e com Liliáceas como o
alho e a cebola.
CONSTRUINDO A HORTA
MODELOS DE CANTEIROS

CANTEIROS DE ALVENARIA
CANTEIRO REBAIXADO – eliminar ervas invasoras
CANTEIRO ELEVADO COM PONTALETES DE
EUCALIPTO
PLÁSTICO NA AGRICULTURA

TÚNEIS
FORRAÇÃO

PROTETORES
DE FRUTAS

CANAIS
ESTUFAS- Ambiente Protegido
CONSTRUINDO A HORTA – Preparo do solo
PLANTANDO
Plantio Direto nos Sulcos

Algumas plantas necessitam de covas para o plantio direto,


como é o caso da abóbora, do pepino, da vagem entre
outras.

Logo após o plantio faça uma rega generosa.


generosa Nos primeiros
5 dias é necessário que se regue duas vezes ao dia, pela
manhã e no final da tarde.
PLANTANDO
Plantio indireto – mudas produzidas
TRATOS CULTURAIS
Manejo e Tratos Culturais

• Cuidados com o solo


• Rega
• Manejo básicos de condução
• Adubos e Adubações
• Identificação e controle de pragas e
doenças
CUIDADOS COM O SOLO
INCORPORE AO SOLO DA SUA HORTA, a cada 3 meses,
de 5 a 10 litros de COMPOSTO ORGÂNICO por m2.

Aproveite para fazer a reposição após a colheita, quando os


canteiros estarão vazios, espalhe o composto sobre o solo e
incorpore-o com uma enxada.
Uma prática muito útil para proteger o solo contra a chuva e o
sol é fazer uma cobertura com material vegetal morto.
morto

Nos solos argilosos evita


formação de crostas duras na
superfície.

Em solos arenosos aumenta a


retenção de água no solo.
Também evita a presença de
ervas invasoras. Pode ser feita
com palha, capim cortado,
casca de arroz ou outro
material disponível.
REGA

A irrigação deve
ser realizada,
sempre, nas
horas mais
frescas do dia.
Manejos básicos de condução Estaqueamento -suporte para
plantas trepadeiras; usado
para ervilha, feijão vagem,
tomate,pepino. Pode também
utilizar a cerca ou o alambrado
da horta. Normalmente utiliza-
se varetas de bambu para
esse fim.

Amontoa – Para plantas de


ciclo médio e longo (acima dos
60 dias) ou perenes deve-se
juntar terra ou substrato no pé
das plantas a cada 30 ou 40
dias, dessa forma as raízes
nunca ficarão expostas e o
rendimento será melhor.
Algumas que necessitam de
amontoa: couve, brócolis,
beterraba, tomate...
ADUBAÇÃO

Fertilizantes Orgânicos

São classificados como FERTILIZANTES ORGÂNICOS


as misturas que não contém em sua FORMULAÇÃO
materiais sintéticos ou químicos.

Combinados ou puros têm o poder de mineralizar Macro e


Micronutrientes através de reações químicas que ocorrem
no solo.

As misturas utilizam de resíduos vegetais e animais


(estercos) que diferem em suas composições,
disponibilizando Macro e Micronutrientes em diferentes
concentrações.
DICAS IMPORTANTES

• Os solos arenosos e aqueles que se regam muito necessitam mais


Potássio.
• Para a brotação e o crescimento, as plantas necessitam mais água
e mais Nitrogênio (N).
• Adube bem as plantas com fertilizante rico em nitrogênio antes da
brotação.
• Assim que as plantas comecem a desenvolver-se com maior vigor
(primavera), comece a fertilizá-las.
• As plantas, durante o crescimento, necessitam de mais água e mais
nutrientes.
• Plantas em floração não crescem e portanto deve-se reduzir a
adubação durante essa fase.
• A floração deve ser estimulada com adubos ricos em Potássio (K) e
Fósforo (P)
• As plantas com flores, árvores frutíferas e ornamentais necessitam
adubos ricos em Potássio (K) e Fósforo (P)
Como aplicar os adubos

• A aplicação pode ser no solo (adubos e composto):


– Incorporando o produto ao solo
– Espalhando o produto próximo a planta
– Fazendo furos ao redor da planta e preenchendo com o produto.

• A aplicação pode ser foliar (adubos solúveis em água):


– Pulverizando caules e folhas das plantas

• A aplicação pode ser na rega (adubos solúveis em


água)
– Regando a planta com o produto dissolvido na água.
PRAGAS E DOENCAS – Identificação e Controle
Pulgões

DANO / IDENTIFICAÇÃO: Suga a


seiva da planta deformando a
planta. Identifica-se pelas folhas
enrugadas. São pequenos insetos
de cor cinza esverdeado que
formam colônias na parte interna
das folhas ou junto aos caules e
talos que sugam constantemente a
planta podendo levá-la à morte.
São muito comuns em todos os
tipos de couves.

CONTROLE: Aplicação de CALDA


FUMO. Quando identificado o
ataque no início retire a ou as folhas
infectadas e queime-as.
Lagartas

DANO / IDENTIFICAÇÃO: Folhas e ou brotos furados ou derrubados.


É facilmente encontrada nas plantas.

CONTROLE: Aplicação de CALDA DE FUMO E ÓLEO DE NEEN.


Em caso de pequenas quantidades faça a catação manual e elimine-as.

IMPORTANTE: Para fazer a catação utilize luvas, algumas lagartas


podem provocar irritações na pele.
Cochonilhas

DANO / IDENTIFICAÇÃO:
Suga a seiva da planta, fora de
controle leva a planta à morte.
Formam colônias na parte
interior das folhas e nos caules,
tem forma de pequenas
escamas arredondadas de cor
marrom ou de flocos brancos
(plumagem) e pegajosos.

CONTROLE: Aplicação de
CALDA DE FUMO.

DICA: A aplicação apenas de


água com sabão também pode
surtir efeito, pois o sabão
asfixia o inseto.
Ácaros

DANO / IDENTIFICAÇÃO: Minúsculos


aracnídeos que se alojam na parte interior
das folhas formando colônias que a olho nu
parecem um pó preto. Sugadores vorazes
enfraquecem a planta e desviam nutrientes,
provocando deformações como:
superbrotações, galhas e diminuição da
floração.

CONTROLE: Aplicação de CALDA DE


FUMO.

Em caso de pequenas quantidades retire as


folhas atacadas e elimine-as.
Percevejos e Vaquinhas

DANO / IDENTIFICAÇÃO: Bonitos e coloridos que parecem


besourinhos. Picam as plantas para a sucção da seiva e injetam
substâncias infectantes, deixando nos locais perfurados
manchas escuras.

CONTROLE: Aplicação de ÓLEO DE NEEN


DOENÇAS

DANO / IDENTIFICAÇÃO: Mofos e manchas sobre as folhas ou outras


partes da planta,causando o apodrecimento.Atacam as plantas em todas
as suas partes, podendo causar a morte. A disseminação dos fungos é
feita pelo ar, ferramentas e pelas suas mãos, portanto quando uma
planta for atacada erradique-a ou cure-a imediatamente.

CONTROLE: A única indicação orgânica para o controle e o combate às


doenças fúngicas é a CALDA BORDALESA , produzida com sulfato de
cobre e possui baixa toxidade, entretanto deve-se ter cautela em sua
aplicação -
Sintoma - mancha
Cercosporiose do caupi
(Cercospora cannescens

Sintoma - mancha
Alternariose da couve-chinesa
(Alternaria brassicicola)

Sintoma - verrugose
Verrugose do maracujá
(Cladosporium herbarum)
Granulose
Melanose dos citros Plasmólise
(Phomopsis citri) Podridão mole da batata
(Pectobacterium spp.)

Plasmólise
Podridão mole da alface
(Pectobacterium spp.)
Mancha
Cercosporiose do pimentão
(Cercospora capsici)

Mancha
Alternariose da couve-chinesa
(Alternaria brassicicola)

Mancha
Sigatoka-amarela da bananeira
(Pseudocercospora musae)
Podridão
Podridão azul da laranja
(Penicillium italicum)

Podridão
Podridão radicular do feijoeiro
(Fusarium solani f.sp. phaseoli

Podridão
Podridão azeda da cenoura
(Geotrichum candidum)
Calda
de
Sabão
Exemplos representativos de manejo alternativo de pragas,
baseados em interações do sistema

Praga problema Prática alternativa Mecanismo(s) de


de manejo ação
Danos ao brócolis pelo Consorciar com mostarda Planta armadilha atrai a
coleóptero Phyllotreta silvestre (Brassica spp) praga para longe da
cruciferae cultura
Danos às folhas de Plantio de amoras pretas Aumenta a abundância de
videira pelo gafanhoto da silvestres (Rubus spp.) em hospedeiros alternativos
uva Erythroneura bordadura para a vespa parasítica
elegantula Anagrus epos
Danos às folhas de cana- Plantio de gramíneas As gramíneas deslocam
de-açucar pelo pulgão do agressivas em bordadura outras plantas que
milho Rhopalosiphum hospedam o pulgão
maidis
Exemplos representativos de manejo alternativo de pragas,
baseados em interações do sistema

Praga problema Prática alternativa Mecanismo(s) de


de manejo ação
Danos ao gergelim por Consorciar com milho ou Sombreamento pela
Antigrosta sp. sorgo planta companheira mais
alta repele a praga
Dano em pomares de Cultrua de cobertura com Fornece alimento e
maça pela traca Cydia espécies de plantas habitat adicional para
pomonella específicas inimigos naturais da traça

Danos ao repolho pela Consorciar com tomates Repele quimicamente a


traça das crucíferas mariposa, ou mascara a
Plutella xylostella presença do repolho
Doença ou Inseto
Deficiência de Cultura
que aparece
Videira Cochonilhas
CÁLCIO
Tomate Podridão apical
Tomateiro Virose “vira-cabeça”
Morango Podridão
Feijoeiro Mosca Branca
Vírus dourado
Videira Míldio
BORO
Trigo Ferrugem
Girassol Míldio
Couve-flor Míldio
Milho Lagarta do cartucho
Podridão seca da espiga
Batata Sarna
Melancia Oídio
Batata doce Sarna
Doença ou Inseto
Deficiência de Cultura
que aparece
Arroz Brusone
COBRE
Trigo Ferrugem
Cafeeiro Ferrugem
Tomateiro Infecções bacterianas
MAGNÉSIO
Acácia Besouro serrador

Aveia Infecções bacteriana


MANGANÊS
Trigo Ferrugem

Algodoeiro Lagarta rosa


MOLIBDÊNIO +
FÓSFORO

(Ana Primavesi – Cursos de solos/1989 e Manejo Ecológico de Pragas e Doenças)


PLANTAS INDICADORAS

NOME ESPÉCIE O QUE INDICAM


AZEDINHA Oxalis oxyptera Solo argiloso, pH
baixo, falta de cálcio
e/ou molibdênio
AMENDOIM BRABO Euphorbia heterophylla Desequilíbio de
nitrogênio com cobre,
ausência de
molibdênio
BELDROEGA Portulaca oleracea Solo bem estruturado,
com umidade e
matéria orgânica
CABELO DE PORCO Carex ssp. Solo muito exausto,
com nível de cálcio
extremamente baixo
NOME ESPÉCIE O QUE INDICAM
CARQUEJA Baccharis sp. Solos que retêm água
estagnada na estação
chuvosa, pobres em
molibdênio
PICÃO BRANCO Galinsoga parviflora Solos cultivados com
nitrogênio suficiente,
faltando cobre ou
outros micronutrientes
GUANXUMA Sida spp. Solos muito
contaminados
LÍNGUA DE VACA Rumex spp Excesso de nitrogênio
livre, terra fresca
NOME ESPÉCIE O QUE INDICAM
MARIA MOLE Senecio brasiliensis Camada estagnante
em 40 a 50 cm de
profundidade, falta de
potássio
NABO BRAVO Raphanusn Solos carente em boro
raphanistrum e manganês
PICÃO PRETO Bidens pilosa Solos de média
fertilidade
SAMAMBAIA Pteridium aquilinum Excesso de aluminio
tóxico
TIRIRICA Cyperus rotundus Solos ácidos,
adensados, mal
drenados e possivel
URTIGA Urtiga urens deficiência
Excesso dede nitrogênio
magnésio
livre, carência de cobre

Adaptado de Ana Primavesi, in Agricultura Sustentável, Nobel: São Paulo - 1992


Obrigado pela atenção

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