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UFF ‐ UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

MEIOS DE TRANSMISSÃO DA INFORMAÇÃO

Nome: Larissa Gomes Ferreira da Silva


Turma: Conceitos básicos de telecomunicações – TET 00335
Professor: Paulo Cezar

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 3
2. ANTENAS ............................................................................................................................................... 3
2.1 Características das antenas ........................................................................................................... 3
2.2. Tipos de antenas ........................................................................................................................... 4
2.2.1 Antena Externa Yagi‐UDA..................................................................................................... 4
2.2.2 Antena LOG‐Periódica .......................................................................................................... 4
2.2.3. Painel Dipolo ......................................................................................................................... 5
2.2.4. Painel H ou Painel Duplo Delta ............................................................................................. 5
2.2.5. Slot ........................................................................................................................................ 6
2.2.6. SuperUnstile ou Batwing ....................................................................................................... 6
2.2.7. Parabólicas ............................................................................................................................ 7
3. CABOS ................................................................................................................................................... 8
3.1 Cabo coaxial .................................................................................................................................... 8
3.1.1 Velocidade o cabo coaxial ..................................................................................................... 8
3.1.2 Estrutura de um cabo coaxial................................................................................................ 9
3.1.3 Onde o cabo coaxial é aplicado........................................................................................... 10
3.2. PAR TRANÇADO........................................................................................................................... 10
3.2.1 Tipos de par trançado ................................................................................................................ 11
3. FIBRA ÓPTICAS .................................................................................................................................... 12
3.1 Fibras multimodos ...................................................................................................................... 12
3.2. Fibras monomodo ....................................................................................................................... 13
7. BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................................... 14

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1. INTRODUÇÃO

Em telecomunicações, o estudo do meio de transmissões é feito pela área de redes de


computadores. Podemos definir esse estudo como um sistema de transmissão que utiliza meios
para o envio das informações.

Os meios de transmissões são divididos em 3 sistemas: voz, dados e sinais. Onde utilizam meios
físicos (cabo coaxial e fibra óptica) e meios não físicos, como o espaço livre.

Um sistema de transmissão utiliza os sinais como base de comunicação. Onde um sinal é um


fenômeno físico no qual se associa a informação. Nas transmissões via voz, como na telefonia, a fala
humana é modificada em corrente elétrica que envia a voz pele sistema telefônico.

Os sistemas de telecomunicações podem ser divididos em:

 Sinais analógicos: são aqueles que conservam a forma dos sinais desde a fonte ao destino.
 Sinais digitais: são aqueles em que a forma do sinal transmitido é diferente do sinal original.
Neste sistema, as formas dos sinais são convertidas para um sistema binário antes de serem
transmitidos.

2. ANTENAS

Podemos dizer que uma antena é um dispositivo usado para transferir e captar as ondas
eletromagnéticas guiadas como sinais, ou seja, as ondas de radiação (rádio) em um meio
ilimitado no espaço, geralmente livre.

Cada antena é projetada para uma determinada faixa de frequências, de modo que fora de sua
banda de frequência de operação, a antena atenua o sinal acentuadamente ou o rejeita
completamente, onde podemos dizer que a antena é um filtro passa‐banda natural e um
transdutor, funcionando como parte essencial em sistemas de comunicação sem fio

2.1 Características das antenas

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A energia eletromagnética radiada por um determinado circuito, por uma cavidade ressonante ou por
uma linha de transmissão, pode sofrer um efeito não desejado no processo de excitação de ondas no
espaço. Procura‐se sempre evitar as perdas dessa energia em processo de radiação, moldando o circuito
de maneira a evitar a ocorrência desses fenômenos. Porém, no caso das antenas, o propósito é excitar a
ocorrência de ondas através de uma fonte de energia, em uma determinada região do espaço, de maneira
mais efetiva possível.

2.2. Tipos de antenas

2.2.1 Antena Externa Yagi‐UDA

Esse tipo de antena externa funciona para as transmissões em UHF e VHF em monocanal. As
faixas dela são mais estreitas e com operação para monocanal. Para quem não sabe,
as antenas VHF são feitas exclusivamente para captar sinal de rádio e de algumas TVs mais
antigas. O UHF é o sistema que atualmente funciona para captar a transmissão de TV aberta no
Brasil.
O sinal do receptor digital, por sua vez, também é transmitido por meio de UHF. Essas antenas
com capacidade para UHF são as mais indicadas para grandes centros urbanos, pois o material
delas faz com que as programações de TV não sofram tantas interferências, o que prejudica ou
torna inviável a qualidade de imagem e de som.

2.2.2 Antena LOG‐Periódica

A antena LOG Periódica também funciona em faixas VHF e UHF, mas diferente da Yagi‐UDA, ela
trabalha em sistema de operação multicanais. A estrutura física dela é quase toda horizontal,
de tamanho compacto ideal para casas.

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2.2.3. Painel Dipolo

As antenas de Painel Dipolo têm estrutura de alumínio, material altamente resistente e,


consequentemente, durável. Ela funciona nas faixas UHF e VHF e são fabricadas para atender as
necessidades das emissoras de TV que transmitem sinais em potência máxima de até 1kW. Vale
lembrar que os limites e potências de imagem e áudio são sempre definidos e liberados pelas
emissoras de televisão.

2.2.4. Painel H ou Painel Duplo Delta

Com tamanho um pouco maior que os modelos anteriores, essa antena Painel H ou Painel
Duplo Delta funciona em média e alta potência de faixa VHF. Dois elementos fazem a estrutura
dela: irradiante em forma de Duplo Delta e um refletor de grade.

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2.2.5. Slot

Antenas Slot transmitem os sinais de TV tanto em VHF como em UHF. Esse é o tipo mais
indicado para diferentes ambientes externos.

2.2.6. SuperUnstile ou Batwing

Essas antenas tem o formato que lembra bastante várias formas geométricas. E se olhada de
longe, ela parece uma borboleta, modelo bem fácil de identificar. A função dela é para faixa em
VHF e a estrutura condizente com grandes topos e altas torres.

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2.2.7. Parabólicas

As antenas parabólicas são as mais usadas e conhecidas por todo o território nacional. Elas
funcionam como captadoras de sinal para receptor digital em UHF e também como repetidoras
de sinais.

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3. CABOS

3.1 Cabo coaxial

Foi inventado pelo engenheiro e matemático Inglês Oliver Heaviside, que patenteou o projeto em 1880.

Cabo coaxial é uma espécie de cabo condutor usado para a transmissão de sinais. Ele recebe tal nome
por ser constituído de várias camadas concêntricas de condutores e isolantes. O cabo coaxial é
basicamente formado por um fio de cobre condutor revestido por um material isolante, e ainda rodeado
por uma blindagem.

Em virtude de sua blindagem adicional, o cabo coaxial possui vantagens em relação aos outros
condutores usados em linhas de transmissão, como proteção contra fenômenos da indução, que é
causado por interferências elétricas ou mesmo magnéticas externas.

São utilizados em várias aplicações, desde áudio até linhas de transmissão de alta frequência. A sua
velocidade é bastante alta em decorrência da tolerância a ruídos em virtude da malha de proteção
existente nos cabos, podendo atingir velocidade máxima de transmissão de 20 Mb/s.

3.1.1 Velocidade o cabo coaxial

O cabo coaxial costuma manter uma capacidade constante e baixa, independente do comprimento,
assim, permitindo suportar velocidades na ordem de megabits/segundo, sem necessidade de regenerar
o sinal ou mesmo sem distorções ou ecos.

● Cabo de banda larga

Quando a malha externa do cabo coaxial é feita de alumínio, ele é denominado como grosso, ou de
banda larga, possuindo uma resistência de 75 ohms, transmitindo assim, dados em uma velocidade de
até 10 mbps (megabites por segundo) à frequência de 10 gigahertz. Esse cabo é amplamente usado em
circuitos de TV, podendo também ser indicado para instalações externas, como em conexões de redes
de computadores que estão localizados em diferentes prédios.

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● Cabo de banda base

No entanto, se a malha externa for de cobre, a resistência obtida é de 50 ohms, permitindo transmissão
de dados à velocidade de 10 mbps a uma frequência de 2 ghz. Conhecido como cabo coaxial fino ou de
banda base, obedece ao padrão 10Base2, sendo mais usado em redes padrão Ethernet com baixo
escopo atuante. Podendo assim, ter no máximo 185 metros de comprimento e até 30 nós.

3.1.2 Estrutura de um cabo coaxial

O cabo coaxial é constituído por uma parte central, denominada alma, ou seja, trata‐se de um fio de
cobre, envolvido num isolador, em seguida uma blindagem metálica trançada e por último uma bainha
externa.

● Capa ou Bainha: é responsável por proteger o cabo do ambiente externo. Geralmente é de


borracha (às vezes de Cloreto polivinil (PVC), ou raramente de teflon).

● Blindagem: é o envelope metálico que envolve os cabos permitindo proteger todos os dados
que são transmitidos nos suportes dos parasitas (que são também chamados "barulho") que
podem ocasionar em uma distorção dos dados.

● Isolador: envolve a parte central e é formado por um material dielétrico que tem a função de
evitar qualquer contato com a blindagem, provocando interações elétricas, ou seja, um curto‐
circuito.

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● Condutor: possui a função de transportar os dados, geralmente é formada somente por um fio
de cobre ou vários fios trançados.

O cabo coaxial é responsável por exercer uma onda eletromagnética entre o núcleo interno e a
blindagem. Em decorrência da blindagem, o sinal é muito melhor, já que não há possibilidade de
qualquer interferência.

3.1.3 Onde o cabo coaxial é aplicado

O cabo coaxial é usado para transportar sinais de televisão e também ligar equipamentos de vídeo. Os
cabos também podem ser usados para transportar sinais de rádios, conectar receptores, transmissores e
antenas. Esse tipo de cabo já foi utilizado para ligar computadores em redes locais (LANS), porém, foi
trocado para o par trançado.

A principal razão da sua utilização deve‐se ao fato de poder reduzir os efeitos e sinais externos sobre os
sinais a transmitir, por fenômenos de IEM (Interferência Eletromagnética). Os cabos coaxiais geralmente
são usados em múltiplas aplicações desde áudio até as linhas de transmissão de frequências da ordem
dos gigahertz. A velocidade de transmissão é bastante elevada devido à tolerância aos ruídos graças à
malha de proteção desses cabos. Os cabos coaxiais são utilizados nas topologias físicas em barramento.
Os cabos coaxiais são usados em diferentes aplicações:

● Ligações de áudio

● Ligações de rede de computadores

● Ligações de sinais de radiofrequência para rádio e TV ‐ (Transmissores/receptores)

● Ligações de radioamador

3.2. PAR TRANÇADO

O cabeamento por par trançado (Twisted pair) é um tipo de cabo que possui pares de fios entrelaçados
um ao redor do outro para cancelar as interferências entre si.

Neste caso, a qualidade da linha de transmissão que utiliza o par de fios depende, basicamente, da
qualidade dos condutores empregados, bitola dos fios (quanto maior a bitola, menor a resistência por
quilometro), técnicas usadas para a transmissão dos dados através da linha e proteção dos
componentes da linha para evitar a indução nos condutores.

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A indução ocorre devido a alguma interferência eléctrica externa ocasionada por contatos, harmónicos,
osciladores, motores ou geradores eléctricos, mau contato ou contato acidental com outras linhas de
transmissão que não estejam isoladas corretamente ou até mesmo tempestades eléctricas ou
proximidades com linhas de alta tensão.

3.2.1 Tipos de par trançado

Existem três tipos de cabos par trançado:

 Unshielded Twisted Pair ‐ UTP ou Par Trançado sem Blindagem:

É o mais usado atualmente tanto em redes domésticas quanto em grandes redes industriais devido ao
fácil manuseio, instalação, permitindo taxas de transmissão de até 100 Mbps com a utilização do cabo
CAT 5e é o mais barato para distâncias de até 100 metros; para distâncias maiores emprega‐se cabos de
fibra óptica. A sua estrutura é de quatro pares de fios entrelaçados e revestidos por uma capa de PVC.
Pela falta de blindagem este tipo de cabo não é recomendado ser instalado próximo a equipamentos
que possam gerar campos magnéticos (fios de rede eléctrica, motores, inversores de frequência) e não
podem ficar em ambientes com humidade.

 Shielded Twisted Pair ‐ STP ou Par Trançado Blindado (cabo com blindagem):

É semelhante ao UTP. A diferença é que possui uma blindagem feita com a malha metálica em cada par.
É recomendado para ambientes com interferência eletromagnética acentuada. Por causa de sua
blindagem especial em cada par acaba possuindo um custo mais elevado. Caso o ambiente possua
humidade, grande interferência eletromagnética, distâncias acima de 100 metros ou exposto
diretamente ao sol ainda é aconselhável o uso de cabos de fibra óptica.

 Screened Twisted Pair:

ScTP também referenciado como FTP (Foil Twisted Pair), os cabos são cobertos pelo mesmo composto
do UTP categoria 5 Plenum, para este tipo de cabo, no entanto, uma película de metal é enrolada sobre

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o conjunto de pares trançados, melhorando a resposta ao EMI, embora exija maiores cuidados quanto
ao enterramento para garantir eficácia frente às interferências.

3. FIBRA ÓPTICAS

Fibra óptica é um filamento flexível e transparente fabricado a partir de vidro ou plástico extraído e que
é utilizado como condutor de elevado rendimento de luz, imagens ou impulsos codificados. Tem
diâmetro de alguns micrómetros, ligeiramente superior ao de um cabelo humano.

As fibras óticas são geralmente constituídas por um núcleo transparente de vidro puro envolto por um
material com menor índice de refração. A luz é mantida no núcleo através de reflexão interna total. Isto
faz com que a fibra funcione como guia de onda, transmitindo luz entre as duas extremidades. um meio
físico que permite a transmissão de luz por reflexões contínuas dentro de uma superfície até a chegada
da outra extremidade, sem perdas. Usada para transmissão de dados em vários segmentos. De formato
diminuto, com material de fácil instalação e gerenciamento e um bom custo‐benefício.

 Redes PON: PON, ou rede óptica passiva, utiliza a fibra óptica para possibilitar a conexão e
compartilhamento de diversas formas até chegar ao usuário. A rede PON é composta por
equipamentos específicos que facilitam o acesso.

 FTTH (Fiber to the Home): é uma arquitetura 100% em fibra óptica que promove a ligação das
residências por meio das fibras ópticas de acordo com a demanda necessária: Internet,
Telefonia, TV ou Rádio Digital.

 Redes FTTx: é uma expressão usada de forma generalista para arquiteturas de rede de banda
larga baseadas em tecnologia de fibra óptica.

As fibras podem ser monomodo ou multimodo, dependendo se suportam um ou mais feixes de luz.

3.1 Fibras multimodos

Nos Multimodo se encontra um núcleo com menor densidade, o que acaba dando mais “espaço” para a
luz se dispersar e refletir com maior “suavidade”.

Por um lado, é possível que haja diversos feixes de luz repercutindo o mesmo caminho, o que acaba
sendo positivo ao se pensar em uma instituição, empresa ou organização que precisa manter uma rede
interna de curto alcance, até 2 km. Porém, para transmissões externas, o mais aconselhado é a fibra
óptica Monomodo, justamente pela Multimodo possuir um alcance mais limitado.

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Em resumo: a fibra óptica Multimodo apresenta menor densidade, o que dispersa a luz e faz com que
ela perca “força”, velocidade e alcance. Por isso, é bastante aconselhada para redes internas, como a
comunicação de usuários de uma mesma empresa. Também é muito utilizada em virtude do menor
preço e da maior facilidade de instalação.

3.2. Fibras monomodo

Como explica Marcelo Lopes, a fibra óptica possui um núcleo que, além de possuir uma densidade
inferior, também consegue mudar rapidamente de acordo com a reflexão interna da luz. Isso faz com
que, ao final, seja mais eficiente de acordo com a variação de luz e diminua o número de perdas.

Exatamente por esse motivo é que a Monomodo é ideal para os sinais de maiores distâncias. Um ponto
negativo em comparação com a Multimodo é o maior grau de tecnicidade exigido para manuseamento
e manutenção, somado a um custo maior.

Resumindo, a fibra Monomodo possui: núcleo menor, apenas um caminho (um sinal de luz) para longas
distâncias e é usada em redes externas de transmissão e distribuição e redes internas. Também requer
maior expertise e possui um valor mais elevado.

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7. BIBLIOGRAFIA

https://www.oficinadanet.com.br/post/10155‐o‐que‐e‐cabo‐coaxial

https://www.cianet.com.br/blog/infraestrutura‐e‐tecnologia/fibra‐optica/

https://www.cianet.com.br/blog/infraestrutura‐e‐tecnologia/fibra‐optica/#tipos‐tecnologia‐fibra‐optica

http://www.transtelconti.com.br/pdf/cursoantenas/curso_cap2.pdf

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