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ARQUIVOS CONFIDENCIAIS: A INVESTIGAÇÃO DO CAMPO DE

CONCENTRAÇÃO DE PINDAMONHANGABA-SP
OSD (4) e ODS (16)

João Pedro Vicente Medeiros (EMIEF Marta Miranda Del Rei), Gabriel Antunes
Barboza de Sá (EMIEF Marta Miranda Del Rei), Gabriela Ribeiro dos Santos (EMIEF
Marta Miranda Del Rei), Rhian Henrique da Silva Garibaldi (EMIEF Marta Miranda
Del Rei), Gilberto Satin Monteiro Junior (EMIEF Marta Miranda Del Rei), Ana Júlia
Ferraz da Silva dos Santos (EMIEF Marta Miranda Del Rei), Samuel Silva Maia
(EMIEF Marta Miranda Del Rei),Thayane Aparecida Carvalho (EMIEF Marta Miranda
Del Rei) Raquel Ferreira de Souza (Laboratórios do Conhecimento) e Ludmila Pena
Fuzzi (EMIEF Marta Miranda Del Rei e Laboratórios do Conhecimento)

Ao se propor estudar um objeto cujo as fontes foram por muitos anos arquivos
confidenciais estabelecidos pelo governo federal, devemos iniciar a pesquisa com
uma questão: será que sabemos o suficiente sobre a participação do Brasil na 2ª
Guerra Mundial? No Brasil foi observado a existência de campos de concentrações
em Pindamonhangaba, Vale do Paraíba Paulista, sendo implantado em 1942. E
novamente se lança um ponto: seria tudo isso uma ironia? Afinal na Alemanha os
campos de concentração que se mantinham os judeus são muito conhecidos através
da história do Holocausto. É com esta perspectiva que a finalidade desta pesquisa é
expandir o conhecimento sobre a participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial,
investigando sobre o campo de concentração de Pindamonhangaba. A importância
deste trabalho está em alinhar todo o processo metodológico investigado, para
elaborar um material analítico de campo, devido sua complexidade em se ter uma
bibliografia coerente para estudos, o que se justifica a especificidade de conhecer
cada aspecto do campo. A metodologia se segue com os diferentes diálogos entre as
fontes encontradas em um levantamento bibliográfico, que se demonstrou raro,
justamente pelas poucas publicações sobre o tema, resultado de se tratarem arquivos
confidenciais, estipulados como secretos pelo governo federal, tendo ficado 50 anos
lacrados e sendo aberto para os pesquisadores somente a partir do ano de 1997. Para
isto, catalogou-se o histórico do campo a partir do acervo do Arquivo Histórico de
Pindamonhangaba e visitas as ruínas do local, que se situa no Parque da Cidade.
Após a pesquisa, observou-se como era organizado, que na época era um Haras, mas
com o campo, foi introduzido uma torre de vigia, e grades em vários prédios. Também
se observou a presença de moradias simples, sem grades, o que se pode considerar
os relatos dos moradores da cidade ao afirmarem que os prisioneiros eram mantidos
livres, sendo este um aspecto mais específico dentre os 31 campos espalhados pelo
Brasil. No campo, os prisioneiros realizaram trabalhos compulsórios, como o plantio
de mandioca, e não recebiam salários. No entanto, o aspecto único desse campo era
a liberdade relativa dos prisioneiros, que podiam estabelecer relações com os
moradores da cidade, inclusive participando de eventos como jogos de futebol com o
time local. Isso permitiu que as famílias vendessem produtos para se sustentarem. Ao
unir as diferentes fontes, analisar o contexto ideológico da época e mapear os
vestígios remanescentes do campo, esta pesquisa lança luz sobre um aspecto pouco
explorado da história brasileira durante a Segunda Guerra e levanta questões
importantes sobre as relações internacionais do Brasil, na época, considerando a
aliança econômica do país com o Eixo e o crescimento do integralismo no país. Por
fim, se considera que este trabalho contribuiu para a compreensão de como um campo
de concentração operou de maneira única no contexto brasileiro, alinhando resultados
para que mais produções possam ser realizadas, e com isto se propõe a reflexão: qual
seria de fato o impacto de uma divulgação científica acerca de existência dos campos
em território brasileiro?

Palavras-chave: Campo de Concentração. Pindamonhangaba. 2ª Guerra Mundial

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