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Primeiros Socorros

PRIMEIROS SOCORROS
EM CONTEXTO ESCOLAR
Formadoras: Cecília Santos
Lara Martins
Susana Cunha
Apresentação (pares)
• Nome
• Local de trabalho
• Importância da Formação
• Formação na área
• Expectativas
• Outra informação de interesse….
Teste de conhecimentos
Alguns dos "pontos negros" que podem existir
numa escola:
Um pesado armário no corredor,
Uma janela de guilhotina,
Uma porta de vidro,
Um taco do chão solto,
Umas escadas mal iluminadas e sem
corrimão,
Uma baliza que não está presa ao chão…

Às urgências dos hospitais e centros de saúde chegam


sobretudo vítimas de quedas que, na maioria dos casos,
acontecem nos recreios ou espaços desportivos e no grupo
entre os 10 e os 14 anos.
"a maior parte acontece na área de Educação Física (futebol, andebol e
jogos), nos locais de recreio e devido a quedas nas escadas por empurrão"

 7% dos acidentes acontecem na faixa dos zero aos quatro anos


 28,5 % entre os cinco e os nove anos
 50,4% entre os 10 e os 14 anos
 9,8% entre os 15 e 19 anos de idade
 50% são quedas
 As lesões mais comuns são contusões e hematomas (64,8%)
http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2016-11-19-Menina-de-4-anos-homenageada-por-salvar-a-mae
Sumário

1. Primeiros Socorros: Definição, Objetivos e Princípios Gerais


2. Princípios e Responsabilidade de um Socorrista
3. Ferimentos e Outras Situações*
4. Mala de Primeiros Socorros
5. Noções Básicas de Suporte Básico de Vida
Sumário
* Ferimentos e Outras Situações

Feridas; Problemas Respiratórios (Crise de Asma);


Presença de corpos estranhos; Vómitos e Diarreia;
Mordeduras e Picadas; Extremos de temperatura corporal;
Hematomas Desmaio;
Queimaduras; Diabetes (Crise de Hipoglicemia);
Entorses e Fraturas; Convulsões;
Hemorragia; Intoxicação;
Engasgamento.
Objetivos
• Ter conhecimentos sobre situações de primeiros socorros;
• Adquirir competências de atuação em situações de primeiros
socorros, evitando maiores danos à vitima, até à chegada de
assistência qualificada (quando necessário);
• Saber os procedimentos básicos a adotar nos acidentes/incidentes
que surjam;
• Identificar o material básico utilizado na prestação de primeiros
socorros.
Intervalo

Primeiros Socorros

Intervalo
CONCEITO
São os primeiros procedimentos simples com
o intuito de preservar vidas em situações de
emergência. São feitos por pessoas comuns,
com esses conhecimentos básicos, até a
chegada de atendimento médico
especializado.
SOCORRISTA

Toda e qualquer pessoa com habilitação para


prestar socorro quando exerce este ato.
CARATERÍSTICAS BÁSICAS DE UM
SOCORRISTA
• Ter espírito de liderança;
• Ter bom senso, compreensão e paciência;
• Saber planear e executar as ações;
• Ter iniciativas e atitudes firmes;
• Reconhecer as limitações;
• Ter espírito de solidariedade humana.
OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA
• 1. Manter a calma.

• 2. Ter em mente a seguinte ordem de segurança quando


estiver a prestar socorro:
· PRIMEIRO EU (o socorrista)
· DEPOIS MINHA EQUIPA (Incluindo os transeuntes)
· E POR ÚLTIMO A VÍTIMA
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento
pré-hospital de imediato ao chegar no local do acidente.

4. Verificar se há riscos no local, para o socorrista e equipa,


antes de agir.

5. Manter sempre o bom senso.

6. Manter o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando


os curiosos.
7.Distribuir tarefas.

8.Evitar manobras intempestivas (realizadas de forma


imprudente).

9.Em caso de múltiplas vítimas dar preferência àquelas que


correm maior risco de vida.

10.Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2º


mandamento).
Primeiros Socorros
• Na escola ou em casa, por vezes, sofremos pequenos acidentes que provocam
ferimentos que necessitam de ser tratados com urgência;

• Os primeiros socorros constituem a primeira ajuda dada a uma vítima de


acidente, antes da chegada de um profissional de saúde ou uma ambulância;

• Para ajudar o acidentado devemos ter sempre à mão uma caixa de primeiros
socorros, onde se guarda alguns medicamentos e utensílios básicos e essenciais
para uma primeira assistência.
Primeiros Socorros

Finalidade:

• Evitar o agravamento do estado da vítima

• Reduzir o sofrimento da vítima

• Tentar salvar a vida da vítima


Primeiros Socorros
Princípios Gerais:

• Prevenir – é a melhor solução para


evitar acidentes e permitir uma maior
segurança no dia a dia

• Alertar – informar as autoridades


responsáveis pelo socorro e pô–las ao
corrente da situação
Primeiros Socorros
Princípios Gerais:

• Socorrer – conjunto de situações prioritárias


em relação a todas as outras,
quer na prestação dos primeiros socorros
quer na evacuação para o hospital,
uma vez que compromete a vida da vítima.
Primeiros Socorros
Princípios e Responsabilidades de um Socorrista:
• OPAS
– O – OBSERVAR

– P – PROTEGER E PROTEGER-SE

– A –AVISAR

– S - SOCORRER
Primeiros Socorros
Princípios e Responsabilidades de um Socorrista:
• Socorrer:
– Vítima respira – PLS

– Vítima não respira – 112

Paragem Cardíaca
Primeiros Socorros
Princípios e Responsabilidades de um Socorrista:

• Pedir ajuda

• Chamar 112
(Chamada gratuita e pode ser realizada em qualquer ponto do pais)
Primeiros Socorros
Princípios e Responsabilidades de um Socorrista:
Chamada para 112

Informar sobre situação, de forma calma, clara e simples:

• O tipo de situação (doença, acidente, parto, etc.);

• A gravidade aparente da situação;

• O número, o sexo e a idade aparente das pessoas a necessitar de socorro;

• As queixas principais e as alterações que observa;

• Dar contacto telefónico de onde está a ligar;

• A localização exata e, sempre que possível, pontos de referência;


Primeiros Socorros
Princípios e Responsabilidades de um Socorrista:

• A existência de qualquer situação que exija outros meios para o


local, ex:libertação de gases, perigo de incêndio, etc.

• Desligue apenas quando o operador indicar.

• É importante lembrar que o 112 é o Número Europeu de


Emergência, sendo comum, para além da saúde, a outras situações,
tais como incêndios, assaltos, etc.;

• A chamada será atendida pela Central de Emergência 112. Nas


situações de emergência médica, a chamada será transferida para o
Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM.
SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA

CODU (Centro de Orientação de


Doentes Urgentes)

É um dos organismos do INEM.


A sua função é atender e avaliar cada
situação de emergência e disponibilizar
os meios mais adequados a cada caso.
SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA
MÉDICA

► Ambulâncias INEM;

► Cruz Vermelha Portuguesa ou Bombeiros Voluntários;


►Viaturas de Emergência Médica e Reanimação
Localizam-se nalguns hospitais das
áreas de Lisboa, Porto e Coimbra.
Tripulada por um médico e um
enfermeiro

► Helicóptero de Emergência Médica

PERANTE CADA SITUAÇÃO UM DESTES MEIOS É


ACIONADO PARA O LOCAL DO SINISTRO.
https://www.youtube.com/watch?v=jdjk8lnDz
eQ&t=1s
►Cadeia de Sobrevivência
https://www.youtube.com/watch?v=jdjk8lnDzeQ&t=1s
Primeiros Socorros

Almoço
Simulação de Chamadas
Ferimentos e Outras Situações
Problemas Respiratórios (Crise de Asma);
Feridas;
Vómitos e Diarreia;
Presença de corpos estranhos;
Extremos de temperatura corporal;
Mordeduras e Picadas;
Desmaio;
Hematomas;
Diabetes (Crise de Hipoglicemia);
Queimaduras;
Convulsões;
Entorses e Fraturas;
Intoxicação;
Hemorragia;
Engasgamento.
Feridas
Lesão da pele provocada por traumatismos diversos:
 Quedas;

 Cortes;

 Agressão.
Feridas
• Tipos de Feridas

 Superficiais: localizam-se nas camadas superiores da pele.


simples – não necessitam de tratamento hospitalar, no
entanto devem ser cuidadosamente observadas
complicadas – necessitam de tratamento hospitalar

 Profundas: requerem sempre tratamento médico, podem


provocar lesões nos órgãos internos do corpo.
Feridas
• Tipos de Feridas

Escoriações: lesões superficiais conhecidas por


“arranhões” ou “esfoladelas” geralmente sangram pouco
mas são muito dolorosas e resultam do atrito da pele com
superfícies muito ásperas.

Lacerantes: feridas sujas provocadas por arame farpado,


garras de animais...
Feridas

Escoriação Ferida Lacerante


Feridas
Tipos de Feridas

Incisas: conhecidas por “golpes” ou “cortes”,


provocadas por objetos cortantes.

Perfurantes: provocadas por objetos pontiagudos,


a gravidade é avaliada conforme a profundidade da
ferida.
Feridas

Ferida Incisiva Ferida Perfurante


Feridas
• Tipos de Feridas

 Contusas: causadas por objetos com superfícies


irregulares, tipo pedras, objetos não cortantes,
máquinas.

O local pode apresentar: edema, hematoma, bordas


irregulares e dilaceradas.
Feridas

Ferida Contusa
Feridas
Feridas complicadas:
 Todas as mordeduras
 Feridas com corpos estranhos encravados
 Feridas com sinais de comprometimento vascular
 Indivíduos não vacinados
 Feridas que necessitem de ser suturadas
 Amputações traumáticas
Feridas

Complicações das Feridas


 Choque
 Hemorragia
 Lesão de nervos, tendões, músculos ou outros órgãos
 Infeção local ou sistémica
Feridas
Cuidados de Emergência

 Acalmar a vítima falando com ela, saber como se feriu


e se tem as vacinas em dia (as crianças habitualmente
têm),

 Expor a zona da ferida para se poder observar


cuidadosamente,

 Retirar adornos (anéis, fios, relógio, etc. ),


Feridas
COMO PROCEDER?
 Lavar as mãos ;

 Calçar luvas;

 Retirar a roupa que cobre a ferida;

 Lavar bem a ferida com água ou soro fisiológico;

 Não esfregar os ferimentos para não piorar a solução de


continuidade da pele, e não remover possíveis coágulos existentes;

 Secar a ferida;
Feridas
COMO PROCEDER?
 Cobrir com compressa estéril para secar, limpando a ferida
no sentido de dentro para fora, para não levar
microrganismos para dentro
 Colocar compressas esterilizada sobre a ferida. Não usar
algodão.
 Limpar com Soro Fisiológico (Betadine®?);
 Fazer uma ligadura ou colocar um penso oclusivo.
Feridas
COMO PROCEDER?
A limpeza de uma ferida deve ser
feita em duas fases:

a) Lavagem da zona da pele intacta, perifericamente à


ferida, partindo dos seus bordos para a região mais
afastada.
b) Lavagem da ferida propriamente dita, a qual deve
ser feita do centro para o exterior.
× Tocar na ferida sem luvas;
× Utilizar material não esterilizado;
Feridas × Utilizar algodão;
× Reutilizar material;
× Soprar/tossir/espirrar para a ferida;
× Tentar retirar corpos estranhos, tais como: farpas ou
pedaços de vidro ou metal, a não ser que saiam
facilmente;
× Usar mercuriocromo, água oxigenada ou álcool;
× Aplicar pomadas ou outras substâncias
medicamentosas;
× Tratar uma ferida mais grave, extensa ou profunda, com
tecidos esmagados ou infetados ou que contenha
corpos estranhos.
Ferimentos e Outras Situações
Feridas; Problemas Respiratórios (Crise de Asma);

Presença de corpos estranhos; Vómitos e Diarreia;


Extremos de temperatura corporal;
Mordeduras e Picadas;
Desmaio;
Hematomas;
Diabetes (Crise de Hipoglicemia);
Queimaduras;
Convulsões;
Entorses e Fraturas;
Intoxicação;
Hemorragia;
Engasgamento.
CORPOS ESTRANHOS NO OLHO
EM CASO DE PRESENÇA DE
CORPO ESTRANHO,
É IMPORTANTE
NÃO ESFREGAR O OLHO
AFETADO!
Corpo Estranho - OLHO
É uma área de grande sensibilidade.

A existência de corpos estranhos nesta região


corporal deve ser tratada com muita cautela e
atenção.
MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS
Se o corpo estranho for móvel:
Faça a vítima fechar os olhos para permitir que as
lágrimas lavem e removam o corpo estranho;

Se esta manobra não resultar, efetuar os seguintes


procedimentos:

1. Irrigar o olho com água limpa, utilizando, por


exemplo, um pequeno copo.
2. Encostar a borda do copo à pálpebra inferior,
inclinando-o, em seguida para que a água caia no
olho, que deve permanecer sempre aberto.
Se o corpo estranho for fixo:

 Não tente retirá-lo;

 Coloque sobre o olho fechado uma compressa


e fixe com adesivo.

 Se não for possível fechar o olho, cubra-o com


um cone de papel grosso (um copo, p.ex.);

 Encaminhe a vítima ao hospital.


Corpo Estranho - Ouvido
Os corpos estranhos mais frequentes
são os INSETOS.

 SINAIS E SINTOMAS:
Pode existir surdez, zumbidos e dor, sobretudo se o
inseto estiver vivo.
 O QUE DEVE FAZER: Se se tratar de um inseto, deitar
uma gota de azeite ou óleo e depois enviar ao Hospital.
Outros corpos estranhos, enviar ao Hospital.

O QUE NÃO DEVE FAZER: Tentar remover o objeto.


Corpo Estranho - Nariz
Os mais frequentes, na criança,
são os feijões ou objetos de pequenas dimensões,
como botões e peças de brinquedos.

O QUE DEVE FAZER Pedir à criança para se assoar


com força, comprimindo a narina contrária com o
dedo, tentando assim que o corpo seja expelido.

Se NÃO obtiver resultado, enviar ao Hospital.


Primeiros Socorros

Intervalo
Ferimentos e Outras Situações
Problemas Respiratórios (Crise de Asma);
Feridas;
Vómitos e Diarreia;
Presença de corpos estranhos;
Extremos de temperatura corporal;
Mordeduras e Picadas; Desmaio;
Hematomas Diabetes (Crise de Hipoglicemia);
Queimaduras; Convulsões;
Entorses e Fraturas; Intoxicação;
Hemorragia; Engasgamento.
Mordeduras
COMO PROCEDER?
• Lavar e desinfetar a ferida;
• Proteger a ferida com uma compressa;
• Informar-se se o cão está corretamente
vacinado;
• Recorrer ao Centro de Saúde para verificar se
tem as vacinas atualizadas e para tratar as
feridas.
Mordeduras

Mordedura de gatos/ratos/porcos/equídeos
(cavalos e burros)

• Desinfetar o local da mordedura

• Transportar sempre a vítima ao Hospital.


Mordeduras
Mordedura de víbora ou outra cobra venenosa
• Manter a vítima imóvel e tranquila.
• Desinfetar o local da mordedura
• Colocar um garrote ou ligadura, não muito apertado nem durante muito tempo, acima da zona
mordida, para tentar evitar a difusão rápida do veneno.
Atenção: esta manobra só tem interesse se executada logo após a mordedura.
• Prevenir e combater o estado de choque.
• Dar a beber chá quente com açúcar.
• Manter a vítima em vigilância; em caso de paragem respiratória realizar o Suporte Básico de Vida
É uma situação grave que necessita transporte urgente para o Hospital.

O QUE NÃO DEVE FAZER


• Dar a beber bebidas alcoólicas.
• Queimar a ferida.
• Chupar a ferida.
• Tentar golpear a zona mordida.
Picadas
PROVOCADAS POR DIVERSOS INSETOS:

o Abelhas;

o Vespas;

o Mosquitos; …

Manifesta-se por:

o Dor intensa;

o Inflamação;

o Edema e rubor;
Picadas
 Remover o ferrão com uma pinça ou raspando com uma lâmina ou o bordo de
um cartão aplicado na perpendicular da pele;

 Lavar a ferida com soro fisiológico;

 Desinfectar a zona lesionada;

 Aplicar gelo ou compressas frias;

 Elevar a zona da picada;

 Consultar um médico se a dor e o edema persistir;

 Transportar de imediato para o hospital em caso de

ou

(falta de ar + aumento de edema)


Primeiros Socorros

2ºdia
Ferimentos e Outras Situações
Problemas Respiratórios (Crise de Asma);
Feridas;
Vómitos e Diarreia;
Presença de corpos estranhos;
Extremos de temperatura corporal;
Mordeduras e Picadas;
Desmaio;
Hematomas; Diabetes (Crise de Hipoglicemia);
Queimaduras; Convulsões;
Entorses e Fraturas; Intoxicação;
Hemorragia; Engasgamento.
Hematomas
• São lesões em órgãos e tecidos que ocorrem geralmente após
um choque (traumatismo) que leva ao rompimento de pequenos vasos
sanguíneos (capilares) e à acumulação de sangue no local.

• Quando os vasos sanguíneos que se encontram sob a pele sofrem um


choque, o sangue começa a se difundir nos tecidos (hemorragia).

• As lesões cutâneas são as mais comuns, seguidas das subcutâneas e


musculares. Outros órgãos e tecidos podem ser afetados, como o cérebro.
• Os idosos são os mais susceptíveis aos hematomas intracranianos.
Hematomas
Grupos de Risco
• Crianças (que se expõem com mais facilidade através de brincadeiras)

• Pessoas idosas (que têm a pele mais frágil e podem cair com maior facilidade).

• Atletas de desportos de contacto (futebol, andebol, rugby, artes marciais, entre


outros)

ALERTA:
Hematomas em crianças e idosos, pois são os principais sintomas de abuso e
agressão.
Nos idosos, também pode ser sinal de quedas devido à osteoporose ou a uso de
determinados medicamentos, perda de sensibilidade nas exterminadas devido à
diabetes, visão prejudicada e até mesmo função mental debilitada.
Hematomas
Causas
• Traumatismos: após um choque violento e/ou brutal, durante a
prática de desporto (futebol, por exemplo), ou ainda após um
acidente (queda de objeto, acidente de carro).

• Sobredosagem de medicamentos anticoagulantes ou como


consequência de doenças que afetam a coagulação sanguínea.

• Outras alterações hematológicas, como as anemias também


podem causar os hematomas.

• Em casos raros, os hematomas podem ser um sinal de leucemia.


Hematomas
Cor
• Os hematomas apresentam no início, lesões com uma coloração
entre o azul, o roxo e preto e um inchaço (após o choque).
• Após alguns dias o hematoma fica com uma cor mais próxima do
acastanhada, verde e amarelo, e por fim ele desaparece e a pele
retoma a sua coloração normal.
• Podem demorar alguns dias ou até meses para desaparecerem,
dependendo da gravidade/extensão e da capacidade do organismo
da pessoa de regenerar os tecidos.
Hematomas
Tratamento
• Aplique gelo (bolsa de gelo ou embale-o para evitar queimaduras) ou compressas frias de

imediato, após o choque durante 5 minutos, pressionando levemente a região. Isso ajuda a

diminuir a difusão de sangue nos tecidos profundos;

• A maioria reverte espontaneamente;

• Em casos de hematomas de grandes dimensões ou localizados em certos órgãos (ex: no

cérebro), necessitam de tratamento médico;

• Utilize cremes à base de arnica (planta), heparina (sobretudo em caso de equimose) ou

polissulfato de mucopolissacarídeo (Hirudoid®) em casos de pancadas;

• Anti-inflamatório (AINES) como o Ibuprofeno, para limitar a inflamação e a dor.


Ferimentos e Outras Situações
Feridas;
Problemas Respiratórios (Crise de Asma);
Presença de corpos estranhos;
Vómitos e Diarreia;
Mordeduras e Picadas;
Extremos de temperatura corporal;
Hematomas;
Desmaio;

Queimaduras; Diabetes (Crise de Hipoglicemia);


Convulsões;
Entorses e Fraturas;
Intoxicação;
Hemorragia;
Engasgamento.
Queimaduras

Lesão na pele provocada por:


o Objetos/ Alimentos quentes;

o Produtos químicos;

o Corrente eléctrica.
Queimaduras
1º Grau - Pele quente, seca e
vermelha; sensação de calor,
dor e ardor.

• Arrefecer, o mais possível, com água fria corrente


até a dor desaparecer;
• Aplicar creme hidratante neutro;
• Se necessário promover o transporte ao hospital.
Queimaduras
2º Grau - Pele vermelha, quente, seca, com dor e ardor;
apresenta flictenas.

• Arrefecer, o mais possível, com água;


• Não rebentar as flictenas;
• Transportar para hospital.
Queimaduras
3º Grau - Destruição da pele e de outros tecidos, podendo
chegar à carbonização; indolores por haver destruição das
terminações nervosas, nestas zonas a pele fica com um
aspecto acinzentado.
Queimaduras
DEVE-SE
• Arrefecer, o mais possível, com água;
• Proteger a zona com compressas esterilizadas ou envolver a
vítima numa lençol humedecido;
• Promover o transporte ao hospital.
Queimaduras
×Colocar qualquer tipo de pomadas;
×Rebentar bolhas ou retirar pele
resultante do rebentamento destas;

×Aplicar gorduras;
×Colocar gelo sobre as queimaduras.
Queimaduras

Queimadura por Calor:

 Remover a roupa da área queimada;

Aplicar água fria corrente pelo menos 5 minutos;

Envolver em compressas humedecidas;

Transportar sempre a criança para o Hospital.


Queimaduras
Queimadura por Químicos
Irrigar a área afetada com água

corrente pelo menos 10 minutos;

Retirar a roupa;

Cobrir a criança;
Queimaduras
Queimadura por corrente eléctrica - ELECTROCUSSÃO
Desligar a fonte de descarga elétrica de imediato;

Não tocar na criança se ela ainda estiver em contacto com a


corrente eléctrica;

Ligar de imediato 112.


Queimaduras
• Se a roupa estiver a arder, envolver a vitima numa toalha molhada,
ou fazer a vitima rolar pelo chão.
Cuidados de Emergência
 Queimaduras muito extensas

 Não despir, não arrancar a roupa. Arrefecer


imediatamente.
 Cobrir a zona ou toda a vítima com um lençol
limpo e sem pelos, levemente humedecido e depois
tapá-la com um cobertor.
 Prevenir o estado de choque.
Casos Especiais
Queimaduras nos olhos

• Agentes químicos (ácidos, álcool, detergentes…)


• Agentes físicos (fogo, líquidos a ferver, metais fundidos)
• Cicatrizes graves ou cegueira
Primeiros Socorros
-Lavar com um fio de água corrente, do canto
interno para o externo.

-Deixar o globo ocular humedecido.

-Colocar a vítima num ambiente com pouca luz, a


fim de evitar a colagem das pálpebras.

- Não fazer penso oclusivo.


Casos Especiais
Queimaduras nas articulações e em zonas de
contacto

 São locais onde a pele queimada pode ficar em


contacto com a pele também queimada, o que pode
originar colagem.

 Assim, em todos estes pontos, deve-se interpor


compressas ou panos limpos, sem pêlos e molhados
para se evitar a colagem.
Primeiros Socorros

Intervalo
Ferimentos e Outras Situações
Feridas;
Problemas Respiratórios (Crise de Asma);
Presença de corpos estranhos; Vómitos e Diarreia;
Mordeduras e Picadas; Extremos de temperatura corporal;
Hematomas; Desmaio;

Queimaduras; Diabetes (Crise de Hipoglicemia);


Convulsões;
Entorses e Fraturas; Intoxicação;
Hemorragia; Engasgamento.
Entorses e Fraturas
Provocadas por diversos traumatismos:
 Prática de desporto;

 Brincadeiras;

 Queda de objectos.
Entorses
• Lesão traumática de uma articulação, com
alongamento, arrancamento ou rotura de um
ou mais ligamentos, sem deslocamento das
superfícies articulares.
Entorses
Os músculos e os
tendões podem ser
estirados em
excesso e rompidos
por movimentos
repentinos e
violentos.
Entorses
A imobilização
diminui a dor e
previne também
uma futura lesão
de músculos, nervos,
vasos sanguíneos,
ou ainda, da pele em decorrência da
movimentação dos fragmentos ósseos.
Entorses
• Se a lesão for recente, aplicar uma
bolsa de gelo ou compressa fria, pois isso
reduzirá o inchaço, o hematoma e a dor
Entorses
Objetivo do Socorro

• Gelo
• Imobilização
• Compressão
• Elevação do membro
• Alívio da dor
 Encaminhar a vítima ao Centro de Saúde/Hospital
Entorses - Resumo
Manifestações:
 Edema / hematoma
 Dificuldade de movimentação

 Evitar movimentar a articulação lesada;

 Imobilizar;

 Aplicar gelo no local;


 Transportar a criança ao hospital,
por precaução
Fraturas
Fraturas
Sinais e Sintomas:

• Dor intensa local;


• Edema
• Perda total ou parcial da mobilidade;
• Alteração da sensibilidade;
• Encurtamento ou deformação o membro lesionado ;
• Exposição dos topos ósseos, no caso da fractura
exposta.
Fraturas
• Expor a zona da lesão;

• Verificar se existem ferimentos;

• Tentar imobilizar as articulações que se encontram antes e depois


da fratura utilizando talas apropriadas ou, na sua falta,
improvisadas (barras de metal ou varas de madeira previamente
almofadadas).

Nota:

• As fracturas têm de ser tratadas no Hospital.


Fraturas

O QUE NÃO DEVE FAZER:

• Tentar fazer redução da fratura, isto é, tentar


encaixar as extremidades do osso partido;

• Provocar apertos ou compressões que


dificultem a circulação do sangue;
POLITRAUMATIZADO
É um sinistrado que sofreu traumatismos múltiplos.
POLITRAUMATIZADO
O QUE DEVE FAZER
• Se a vítima estiver consciente, tentar acalmá-la.
• Mantê-la confortavelmente aquecida.
• Vigiar a respiração e o pulso.
• Ativar o Serviço de Emergência Médica.

O QUE NÃO DEVE FAZER

 Deslocar a vítima.
Primeiros Socorros

Almoço
Ferimentos e Outras Situações
Feridas; Problemas Respiratórios (Crise de Asma);
Vómitos e Diarreia;
Presença de corpos estranhos;
Extremos de temperatura corporal;
Mordeduras e Picadas;
Desmaio;
Hematomas;
Diabetes (Crise de Hipoglicemia);
Queimaduras; Choque Elétrico;
Entorses e Fraturas; Convulsões;
Intoxicação;
Hemorragia; Engasgamento.
Hemorragias
É a perda constante de
sangue ocasionada
pelo rompimento de
um ou mais vasos
sanguíneos (veias ou
artérias).
Dependendo do tipo, calibre e da localização do vaso sanguíneo
poderemos ter uma situação de maior ou menor gravidade.
A Hemorragia pode ser :
Interna:
• É mais difícil de detetar, uma vez que não se vê.
Porém, por vezes podem ocorrer hemorragias
nasais ou golfadas de sangue pela boca da vítima.

Externa:
• É aquela que é visível, sendo portanto mais fácil
de identificar. Se não houver atendimento
imediato, pode levar ao estado de choque.
Hemorragia arterial

 o sangue é muito oxigenado

 vermelho – vivo

 sai do coração com grande pressão

 esguicha da ferida ao ritmo da pulsação


Hemorragia venosa

 Rompimento de uma veia


 O sangue é vermelho escuro e sai
de uma forma regular
 Pode também ser abundante
 Mais fácil de controlar que a
arterial
Hemorragia capilar

 Rompimento de capilares
 Fácil controle
 Pode parar espontaneamente
Sinais e sintomas de Hemorragia
• Saída evidente de sangue;
• Ventilação rápida e superficial;
• Pulso rápido e fino;
• Pressão arterial baixa (em hemorragias
graves);
• Pele pálida e suada;
• Mal estar geral;
• Sede;
• Zumbido nos ouvidos;
• Ansiedade e agitação;
• Alterações da consciência e
inconsciência;
• Hipotermia.
Alguns tipos de hemorragias internas

• Hematemeses (vómito)
• Melenas (fezes)
• Hemoptises (expetoração)
• Otorragia (ouvidos)
• Epistaxis (nariz)
Primeiros socorros:
Tem por finalidade
estancar a hemorragia
ou, quando isso não seja
possível, limitar ao
máximo a saída de
sangue.
Modo de atuar em caso de:
Hemorragia interna invisível:
• Arejar o local para a vítima poder ventilar de forma
mais eficaz;
• Desapertar as roupas no pescoço, tórax e abdómen;
• Se consciente, instalar a vítima numa posição de
conforto, movimentando-a o menos possível;
• Se inconsciente, em PLS.
Hemorragia Externa
Provocada pela ruptura dos vasos sanguíneos

devido a:
 Traumatismo;

 Queda;

 Espirros;

 Assoar;

 Corpos estranhos.

Se ruptura dos vasos sanguíneos


da mucosa nasal

Hemorragia nasal
Hemorragia nasal
 SENTAR A CRIANÇA COM A CABEÇA DIREITA;
 PEDIR-LHE QUE RESPIRE PELA BOCA;
 APERTAR O NARIZ ABAIXO DO OSSO DURANTE CERCA DE 10MIN;
 COLOCAR GELO COM PROTECÇÃO DA PELE;
 EM ÚLTIMO CASO, FAZER O TAMPONAMENTO BILATERAL USANDO UMA TIRA DE GAZE DOBRADA EM
HARMÓNIO OU SPONGOSTAN – TAMPÃO COAGULANTE;

 SE A HEMORRAGIA NÃO PARAR EM 20 MINUTOS TRANSPORTAR A CRIANÇA PARA O HOSPITAL.


Hemorragia nasal
×Inclinar a cabeça para trás porque o
sangue pode descer para a garganta
e provocar o vómito;

×Embeber a compressa em álcool ou


água oxigenada.
Hemorragia externa:
Principais processos de estancamento de
sangue:

• Compressão Manual Directa;

• Compressão Manual Indirecta;


Compressão Manual Direta:
• Consiste em aplicar
sobre a ferida que sangra
um penso, improvisado
ou não, comprimindo a
zona com a mão ou
pedindo à vítima que, se
possível, faça a sua
própria compressão.
Compressão Manual Indireta
• Consiste em comprimir o vaso sanguíneo responsável
pela irrigação da zona ferida que sangra, de encontro
ao osso que lhe seja próximo (é necessário que seja
uma zona onde exista um osso), num ponto entre o
coração e o local da hemorragia.
Hemorragia Externa: CORTE PROFUNDO
Como atuar através de
compressão manual
direta:
• Após a compressão, se
o penso se ensopar de
sangue, não deve ser
retirado.
• Coloca-se outro por
cima e faz-se uma
compressão mais forte.
Primeiros Socorros

Intervalo
Mala de primeiros socorros
Deve ser colocada:
 Local seco, afastado do calor, fechado e fora do alcance das crianças;

 Local acessível para ser utilizado numa situação de emergência.


Mala de primeiros socorros
Material a incluir na mala:

 Tesoura;
 Termómetro;
 Luvas;
 Compressas esterilizadas de vários tamanhos;
 Ligaduras elásticas de protecção;
 Spongostan ®
 Pensos rápidos;
 Adesivo;
 Soro fisiológico;
 Betadine® (?);
 Caladryl pomada® para picadas de insetos;
 Analgésico e antipirético (Ben-u-ron® e Brufen®).
Mala de primeiros socorros
Ter em atenção que:

 Todos os materiais da mala devem estar organizados e protegidos na


embalagem original;

 Os medicamentos devem estar dentro


da embalagem e com os respetivos folhetos
informativos;

 A mala de primeiros socorros deve ser


revista periodicamente.
Primeiros Socorros

3ºdia
Ferimentos e Outras Situações
Feridas; Problemas Respiratórios
Presença de corpos estranhos; (Crise de Asma);

Mordeduras e Picadas; Vómitos e Diarreia;

Hematomas; Extremos de temperatura corporal;

Queimaduras; Desmaio;

Entorses e Fraturas; Diabetes (Crise de Hipoglicemia);

Hemorragia; Convulsões;
Intoxicação;
Engasgamento.
Crise de Asma
Provocada por: Manifesta-se por:
 Dificuldade respiratória;
 Exercício físico intenso;
 Coloração azulada da pele;
 Ansiedade;
 Respiração ruidosa;
 Alergias;
 Tosse;
 Constipações;  Pulso acelerado;
 Ambientes poluídos.  Aflição;
 Cansaço;
 Possível perda de consciência.
Crise de Asma
 Colocar a criança num local arejado, sem pó ou fumo;

 Sentar a criança confortavelmente, ligeiramente inclinada para a


frente;

 Se estiver medicada com bomba inaladora SOS poderá ser


administrada;

 Se não melhorar deve ser

transportada para o hospital.


Ferimentos e Outras Situações
Feridas;
Problemas Respiratórios (Crise de Asma);
Presença de corpos estranhos;

Mordeduras e Picadas; Vómitos e Diarreia;


Hematomas; Extremos de temperatura corporal;
Queimaduras; Desmaio;
Entorses e Fraturas; Diabetes (Crise de Hipoglicemia);
Hemorragia; Convulsões;

Intoxicação;

Engasgamento.
Vómitos e Diarreia
PREVENIR a DESIDRATAÇÃO
 Podem ser indicadores de Gastroentrites

 Hidratar bem: 8 a 10 copos de água por dia – tente beber um copo de água
por cada ida à casa de banho. Sumos de fruta (diluídos em água), chás e
caldos também ajudam a hidratar.

 No caso das crianças dar, pelo menos, o equivalente a duas colheres de sopa
cheias de água a cada 30 minutos.

 Se os vómitos forem intensos e impedirem que beba a quantidade mínima


de água deverá dirigir-se ao médico
Vómitos e Diarreia
PREVENIR a DESIDRATAÇÃO
• Fracione mais as refeições: não vai ter muito apetite, mas é
importante que coma, ainda que muito pouco de cada vez, várias
vezes ao dia.
• Prefira alimentos fáceis de digerir;
• Evitar comer laticínios, alimentos com gordura, muito
condimentados ou ricos em fibra, bem como cafeína, álcool e
tabaco.
• Não tome medicamentos para parar a diarreia sem falar com um
médico e não os dê a crianças.
• Descanse bastante: a gastroenterite e a perda de fluidos levam a
um cansaço maior que o habitual.
Vómitos e Diarreia
Como prevenir a contaminação:
• Lave as mãos várias vezes ao dia, minuciosamente, em especial antes de
cozinhar e preparar refeições. Lave-as de novo logo após tocar em carne
crua.
• Os utensílios de cozinha, sobretudo aqueles que estiverem em contacto
com carne, peixe e ovos devem ser muito bem limpos e lavados.
• Não consuma alimentos com molhos, maionese ou natas que estejam
fora do frigorífico há algum tempo. Evite-os em festas e banquetes e
sempre que não souber como foram preparados.
• Não beba água de fontes ou cursos de água não tratada, por mais
cristalina que lhe pareça.
• Lave a roupa suja de diarreia com lixívia com cloro, bem como as
superfícies da casa de banho. ( Atenção: Fraldas, nos casos de Bebés)
Ferimentos e Outras Situações
Feridas; Problemas Respiratórios (Crise de
Presença de corpos estranhos; Asma);

Mordeduras e Picadas; Vómitos e Diarreia;

Hematomas; Extremos de temperatura

Queimaduras; corporal;

Entorses e Fraturas; Desmaio;

Hemorragia; Diabetes (Crise de Hipoglicemia);

Engasgamento; Convulsões;
Intoxicação.
Extremos de Temperatura Corporal

GOLPE DE CALOR/INSOLAÇÃO

GOLPE DE FRIO/ENREGELAMENTO
Golpe de Calor/Insolação
É uma situação resultante da exposição prolongada
• CALOR, num local fechado e sobreaquecido
(por ex., dentro duma viatura fechada, ao sol) ou
• Exposição prolongada ao sol.

SINAIS E SINTOMAS

• Dores de cabeça;
• Tonturas;
• Vómitos;
• Excitação;
• Inconsciência.
Golpe de Calor/Insolação
O QUE DEVE FAZER
• Deitar a vítima em local arejado e à sombra;
• Elevar-lhe a cabeça.;
• Desapertar-lhe a roupa;
• Colocar-lhe compressas frias na cabeça;
• Dar-lhe a beber água fresca, se a vítima estiver consciente;
• Se estiver inconsciente, colocá-la em PLS .

É uma situação grave que necessita transporte urgente


para o Hospital, através do Serviço de Emergência Médica.

Em especial nas crianças; pode provocar hemorragia cerebral.


Golpe de Frio/Enregelamento
É uma situação resultante da exposição excessiva ao frio; existe uma
evolução progressiva que vai do torpor ao enregelamento e, por
último, à gangrena e mesmo à morte.

SINAIS E SINTOMAS:
(variáveis de acordo com a gravidade da situação)
• Arrepios;
• Torpor (sensação de formigueiro e adormecimento dos pés, mãos e
orelhas);
• Cãibras;
• Baixa progressiva da temperatura, extremidades geladas;
• Insensibilidade às lesões;
• Dor intensa nas zonas enregeladas;
• Gangrena;
• Estado de choque;
• Coma.
Golpe de Frio/Enregelamento

O QUE DEVE FAZER


Depende da gravidade do estado da vítima. Deve:
• Desapertar-lhe os sapatos e pedir à vítima que bata com os pés no chão e as mãos uma na
outra para reactivar a circulação.
• Envolver a vítima em cobertores.
• Dar-lhe bebidas quentes e açucaradas. Nos casos mais graves, a situação pode evoluir
para o estado de choque;
 É uma situação grave que necessita transporte urgente para o Hospital.
Golpe de Frio/Enregelamento
O QUE NÃO DEVE FAZER
• Mexer nas zonas do corpo congeladas.
• Iniciar o aquecimento por um banho quente.
• Dar a beber bebidas alcoólicas.

 O enregelamento é agravado pelo frio húmido, calçado apertado,


fadiga, posição de pé e ingestão de bebidas alcoólicas.
Golpe de Frio/Enregelamento
Previne-se:
• Evitando a imobilidade e o excesso de cansaço.
• Habituando-se progressivamente ao frio e à altitude.
• Fazendo uma alimentação com refeições frequentes e ricas em
hidratos de carbono.
• Não ingerindo bebidas alcoólicas.
• Utilizando roupas amplas e quentes, calçado largo e dois pares de
meias, umas grossas e outras finas.
Primeiros Socorros

Intervalo
Ferimentos e Outras Situações
Feridas; Problemas Respiratórios (Crise de Asma);

Presença de corpos estranhos; Vómitos e Diarreia;

Mordeduras e Picadas; Extremos de temperatura corporal;

Hematomas;
Desmaio;
Queimaduras;
Diabetes (Crise de Hipoglicemia);
Entorses e Fraturas;
Convulsões;
Hemorragia;
Intoxicação;

Engasgamento.
Desmaio
Provocado pela falta de oxigénio no cérebro
e dura +/- 2 a 3 minutos

Pode dever-se a:
 Excesso de calor;
 Fadiga;
 Jejum prolongado;
 Reação à dor;
 Emoção forte ou ansiedade.
Desmaio
Se a pessoa estiver prestes a desmaiar:
 Sentá-la e colocar-lhe a cabeça entre as pernas;

 Dar-lhe de beber uma bebida açucarada.


Desmaio
Se a pessoa estiver desmaiada:
Colocá-la de barriga para cima com as pernas elevadas e a cabeça
lateralizada;

Desapertar-lhe a roupa no pescoço;

Quando recuperar a consciência dar-lhe uma bebida açucarada.

https://www.youtube.com/watch?v=VYFYThZqUbA
Ferimentos e Outras Situações
Feridas; Problemas Respiratórios (Crise de Asma);

Presença de corpos estranhos; Vómitos e Diarreia;

Mordeduras e Picadas; Extremos de temperatura corporal;

Hematomas; Desmaio;

Queimaduras; Diabetes (Crise de Hipoglicemia);


Entorses e Fraturas; Convulsões;
Hemorragia; Intoxicação.
Engasgamento;
DIABETES
 A Diabetes é uma doença crónica caraterizada pelo aumento dos níveis de
açúcar no sangue.

 Esta doença resulta de um deficiente funcionamento do pâncreas e da


capacidade do nosso organismo usar a glicose (açúcar).

 A diabetes da criança e do jovem requer tratamento com insulina.

 A complicação mais grave e frequente do diabético é a crise de


HIPOGLICEMIA (baixa de açúcar no sangue).
Crise de Hipoglicemia
 Carateriza-se pela diminuição do nível de açúcar no sangue.

É a complicação mais grave e frequente num jovem


diabético.

Provocada por:
 Exercício físico;

 Jejum prolongado;

 Exagero na dose de insulina administrada.


Crise de Hipoglicemia
Manifesta-se por:
 Palidez, suores e tremores das mãos;

 Fome intensa ou enjoo e vómitos;

 A criança pode parecer confusa ou agressiva;

 Fraqueza;

 Expressão apática;

 Pulso acelerado;

 Desmaio.
Crise de Hipoglicemia
 Dar-lhe açúcar ou um alimento/ bebida doce;

 Determinar, se possível, uma glicemia capilar com o kit individual que


habitualmente as pessoas diabéticas transportam consigo.
 Esperar 2 a 3 minutos pela melhoria dos sintomas;
 Se a criança melhorar, dar-lhe um lanche mais completo;
 Deixá-la descansar;
Se não houver melhoria deve ser encaminhada ao hospital.
Crise de Hipoglicemia
Hipoglicemia grave
Vítima com alterações de consciência

• Deitar a vítima em Posição Lateral de Segurança (PLS)

• Fazer uma papa de açúcar e colocá-la no interior da bochecha.

• Se a vítima não recuperar, chamar o 112.

O QUE NÃO DEVE FAZER

• Deixar a vítima sozinha.

• Dar líquidos açucarados à vítima com alterações de consciência.


Ferimentos e Outras Situações
Problemas Respiratórios (Crise de Asma);
Feridas;
Vómitos e Diarreia;
Presença de corpos estranhos;
Extremos de temperatura corporal;
Mordeduras e Picadas;
Desmaio;
Hematomas; Diabetes (Crise de Hipoglicemia);
Queimaduras;
Convulsões;
Entorses e Fraturas;
Intoxicação;
Hemorragia;
Engasgamento.
Convulsão
Caraterizada por um aumento da atividade elétrica
cerebral devido a:
 Epilepsia;

 Traumatismo na cabeça;

 Febre alta;

 Intoxicações;

 Alterações do nível de açúcar no sangue.


Convulsão
Manifesta-se por:
 Movimentos bruscos e descontrolados da cabeça e dos membros;

 Perda de consciência e provável queda desamparada;

 Olhar fixo ou “olhos revirados”;

 Face e pescoço vermelhos/ cianosados;

 Espuma na boca;

 Micção e/ ou dejeção.
Convulsão
 Afastar e retirar todos os  Se a criança tiver epilepsia pode ser

objetos para que a administrado o Diazepam retal

criança não se magoe; (Stesolid®).


Convulsão
 Se a criança estiver com febre pode ser administrado Ben-u-ron® rectal;

 Terminada a convulsão colocar a criança em ambiente calmo e em Posição


Lateral de Segurança (PLS);

 Controlar o tempo anotando a duração da convulsão;


 Ligar 112 e transmitir a informação.
Convulsão
Contactar os pais/responsável pela criança e

transportar a criança para o hospital

× Colocar objetos na boca ×Tentar imobilizar ou ×Dar de beber e molhar


(dedos, espátulas, levantar a criança a criança.
colheres, lenços, durante a crise
panos…); convulsiva;

https://www.youtube.com/watch?v=UNX6Gvqg_A8
Primeiros Socorros

Almoço
Ferimentos e Outras Situações
Feridas; Problemas Respiratórios (Crise de Asma);
Presença de corpos estranhos; Vómitos e Diarreia;

Mordeduras e Picadas; Extremos de temperatura corporal;


Desmaio;
Hematomas;
Diabetes (Crise de Hipoglicemia);
Queimaduras;
Convulsões;
Entorses e Fraturas;
Hemorragia; Intoxicação;
Engasgamento.
Intoxicação
A Intoxicação é o efeito produzido no
organismo por um veneno, quer este seja
introduzido pela via digestiva, pela via
respiratória ou pela pele.
Intoxicação
Provocada por um alimento/veneno através:
 Ingestão;
 Inalação ;
 Contacto com a pele.

Obter o máximo de informação sobre o alimento/


veneno
 Nome (rótulo, embalagem);
 Quantidade;
 Hora de contacto.
Intoxicação
Intoxicação por ingestão:
 Cogumelos, marisco, ovo e morango;
 Medicamentos;
 Detergentes, lixívia.

Intoxicação por inalação:


 Gás ou óxido de carbono (braseiras, incêndios).

Intoxicação por contacto com a pele:


 Remover as roupas e irrigar com água abundante.
Intoxicação por via DIGESTIVA
SINAIS E SINTOMAS:
 Arrepios e sudação abundante;
 Dores abdominais;
 Náuseas e vómitos,
 Diarreia;
 Vertigens;
 Prostração;
 Síncope (desmaio);
 Agitação e delírio.

O QUE DEVE FAZER :

• Recolher informação junto da vítima, no sentido de tentar perceber a origem do envenenamento.

• Manter a vítima confortavelmente aquecida.

É uma situação grave que necessita transporte urgente para o Hospital.


Intoxicação por MEDICAMENTOS
SINAIS E SINTOMAS:
 Vómitos,
 Dificuldade respiratória,
 Perda de consciência,
 Sonolência,
 Confusão mental, etc.

O QUE DEVE FAZER :


• Falar com a vítima no sentido de tentar obter o maior número possível de informações
sobre o envenenamento.
• Pedir imediatamente orientações para o Centro de Informação Anti-Venenos (CIAV) do
INEM – 808 250 143.
• Indicar o produto ingerido, a quantidade provável, a hora a que foi ingerido e a hora da
última refeição.
• Manter a vítima confortavelmente aquecida.

É uma situação grave que necessita transporte urgente para o Hospital.


Intoxicação por Produtos Tóxicos
Muitos produtos químicos são altamente tóxicos quando ingeridos:
detergentes, outros produtos de limpeza, lixívia, álcool puro ou similares,
amoníaco, pesticidas, produtos de uso agrícola ou industrial, ácidos
(sulfúrico, clorídrico, nítrico e outros), gasolina, potassa cáustica, soda
cáustica, etc.

Sinais e Sintomas:
Variam com a natureza do produto ingerido; podem ser:
• Vómitos e diarreia.
• Espuma na boca.
• Face, lábios e unhas azuladas.
• Dificuldade respiratória.
• Queimaduras à volta da boca (venenos corrosivos).
• Delírio e convulsões.
• Inconsciência.
Intoxicação por Produtos Tóxicos
O Que Fazer:
Se a vítima estiver consciente:
• Questioná-la no sentido de tentar obter o maior número possível de informações sobre o
envenenamento.

• Pedir imediatamente orientações para o Centro de Informação Anti-Venenos (CIAV).

• Ingestão de álcool – Apenas neste caso, dar uma bebida açucarada.

• Queimaduras nos lábios – Molhá-los suavemente com água, sem deixar engolir.

• Contacto com os olhos – Afastar as pálpebras e lavar com água corrente durante 15 minutos.

• Contaminação da pele – Retirar as roupas e lavar abundantemente com água durante 15


minutos.
Intoxicação por Produtos Tóxicos

O QUE NÃO DEVE FAZER


• Dar de beber à vítima, pois pode favorecer a
absorção de alguns venenos.
• Provocar o vómito se a vítima ingeriu um cáustico,
um detergente ou um solvente.
• Aplicar quaisquer produtos nos olhos.
Intoxicação por Via Respiratória
Os mais frequentes são :
 gás carbónico (fossas sépticas),
 monóxido de carbono, presente nos gases
de combustão (braseiras, automóveis, esquentadores,
aquecimentos a gás, etc.) e
 gás propano/butano (gás de uso doméstico).

Sinais e Sintomas:
A vítima começa por sentir um ligeiro mal-estar, seguido de:
 dor de cabeça, zumbidos, tonturas, náuseas, vómitos e uma apatia
profunda ou confusão que a impede de fugir do local onde se encontra.
 Se a vítima não é rapidamente socorrida, este estado é seguido por
perda gradual de consciência e coma.
Intoxicação por Via Respiratória
O QUE DEVE FAZER

• Entrar na sala onde ocorreu o acidente, contendo a respiração, e abrir a janela;


• Voltar ao exterior para respirar fundo;
• Entrar de novo e arrastar a vítima para o exterior, de preferência para o ar livre;
• Ligar para o CIAV;
• Desapertar as roupas;
• Se necessário, realizar o Suporte Básico de Vida.

Atenção: Se se tratar de uma fossa séptica, não tente retirar a vítima sem utilizar
máscara antigás.

É uma situação grave que necessita transporte urgente para o


Hospital.
Intoxicação

Centro de Informação Anti-Venenos


808 250 143
 Levar a vitima ao hospital;
 Levar amostras do veneno encontrado.
Ferimentos e Outras Situações
Feridas; Problemas Respiratórios (Crise de Asma);
Presença de corpos estranhos; Vómitos e Diarreia;
Mordeduras e Picadas; Extremos de temperatura corporal;
Hematomas; Desmaio;

Queimaduras; Diabetes (Crise de Hipoglicemia);

Entorses e Fraturas; Convulsões;

Hemorragia; Intoxicação;

Engasgamento.
Engasgamento

Presença de corpo estranho na


via aérea.
Como atuar:
 Se a obstrução da via aérea for parcial, a vítima muito
provavelmente conseguirá eliminar o obstáculo,
tossindo.

 Se a obstrução for total, é necessária a intervenção


rápida, para salvar a vítima da morte por asfixia.
Como atuar:

1º Estimular a vítima a tossir.

 No caso da vítima mostrar obstrução completa, devemos


de imediato aplicar o sistema das pancadas
interescapulares.
Pancadas Interescapulares
 Coloque-se ao lado da vítima, ficando ligeiramente por
detrás;
 Coloque-se em posição de equilíbrio;
 Sustenha o tórax da vítima com uma mão e incline-a para
a frente;
 Com a outra mão, aplique cinco pancadas
interescapulares entre as omoplatas. A manobra
interrompe-se logo que reverta a obstrução, podendo não
ser necessárias as cinco pancadas.
Compressão Abdominal:

 Caso este procedimento não tenha êxito, devemos de


imediato proceder à execução da compressão abdominal
(manobra de Heimlich).

 Neste caso devemo-nos colocar atrás da vítima,


abraçando-a em redor da região epigástrica (entre o
apêndice xifoide e o umbigo).
Manobra de Heimlich

https://www.youtube.com/watch?v=aJYTTiSDsoM
Compressão Abdominal:
 Cerre o seu punho sobre essa região e agarre-o com a
outra mão, inclinando simultaneamente a vítima para a
frente;
 Apertar esse punho com a outra mão, mantendo-se
numa localização a meio caminho entre o apêndice
xifóide e o umbigo;
 Dar um puxão súbito, exercendo uma força para cima e
para trás. O corpo estranho deve ser mobilizado e
expelido pela boca.
Como atuar:
Em caso de insucesso, reavalie a boca utilizando
o dedo indicador e prossiga as manobras
anteriores, alternando cinco palmadas
intercostais com cinco compressões
abdominais.

Obs. Estes procedimentos deverão ser realizados


enquanto se espera a chegada de pessoal
qualificado, caso a gravidade se justifique.
Posição Lateral de Segurança (PLS)
Posição Lateral de Segurança (PLS)

Importante quando a pessoa está inconsciente

 Diminui o risco de aspiração de vómito, sangue, etc;

 Evita a queda da língua;

 Mantém as vias respiratórias permeáveis.


Posição Lateral de Segurança (PLS)
1. Ajoelhar ao lado da criança e estender-lhe as duas pernas;

2. Retirar óculos, objectos dos bolsos e desapertar-lhe o colarinho;

3. Lateralizar a cabeça da criança;

4. Colocar o braço da criança, mais próximo de si, dobrado a nível do cotovelo de


forma a fazer um ângulo recto com o corpo da criança ao nível do ombro e com a
palma da mão virada para cima;
Posição Lateral de Segurança (PLS)
5. Com a outra mão segurar a coxa da criança, do lado oposto a si, e
imediatamente acima do joelho, e
levantá-la, mantendo o pé no chão,
de forma a dobrar a perna da criança a
nível do joelho;

6. Manter uma mão a apoiar a cabeça e com a


outra mão puxar a perna, ao nível do joelho,
rolando o corpo da criança na sua direção;
Posição Lateral de Segurança (PLS)
7. Ajustar a perna que fica por cima de modo a formar um ângulo reto ao nível
da coxa e do joelho;

8. Se necessário, ajustar a mão sob a face da criança para que a cabeça fique
em extensão;

9. Verificar se a criança respira sem ruído;

10. Vigiar regularmente.


Posição Lateral de Segurança (PLS)

https://www.youtube.com/watch?v=R2zQxYIqias
Primeiros Socorros

4ºdia
Noções Básicas
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Segundo as recomendações do Conselho Português de Ressuscitação (CPR)
Baseado em “European Resuscitation Council (ERC) Guidelines for Resuscitation 2005”
OBJETIVOS
• Conhecer os elos da cadeia de sobrevivência
• Aplicar as medidas universais de proteção e garantir
condições de segurança
• Reconhecer uma vítima em PCR
• Aplicar o algoritmo de SBV
ALGUNS FACTOS IMPORTANTES
• A doença isquémica cardíaca é a causa principal de
morte no mundo.

• Cerca de 40% das vítimas de PCR apresentavam-se em


fibrilhação ventricular
• Por cada minuto que passa sem SBV as
probabilidades de sobrevivência decrescem à
ordem de 7-10 %

• As compressões são particularmente


importantes se a desfibrilhação não está
disponível nos primeiros 4-5 minutos após o
colapso.
A CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA

“European Resuscitation Council (ERC) Guidelines for Resuscitation 2005”

“…Em situações de tensão as cadeias partem pelos elos mais


fracos…”
1. Reconhecimento precoce da situação de emergência e pedido
de ajuda especializada – prevenir paragem cardíaca
2. Rápido inicio de SBV – ganhar tempo
3. Desfibrilhação precoce – recuperar ritmo cardíaco eficaz
4. Suporte avançado de vida precoce e cuidados pós reanimação
eficazes – preservar a função cardíaca e cerebral, recuperando
para a vida
Riscos para o reanimador
• Cumprir a regra essencial:
“o reanimador não se deve expor a si nem a terceiros
a risco maior do que os que corre a própria vítima.”

Avaliar sempre as condições de segurança antes de


abordar a vítima

• Respeitar as regras de segurança e utilizar as


medidas universais de proteção
Riscos para o reanimador
• Ambientais:
– tráfego, incêndios, desmoronamentos…

• Intoxicações:
– cianetos, ácidos, organofosforados…

• Infeções:
– tuberculose, HIV, meningite…
Riscos para o reanimador

• Existem apenas casos isolados de infeção contraída


durante as manobras de reanimação, como é o caso da
tuberculose

• O risco de transmissão de HIV é pouco provável exceto


se houver contacto com sangue
Medidas universais de proteção
• Máscara
• Luvas
• Óculos
• Bata
• Máscaras de reanimação, com filtro e válvula
unidirecional
• Insuflador manual
O algoritmo de suporte básico de vida
A sequência do SBV
1. Garantir a segurança para o reanimador, para a vítima
e terceiros

2. Avaliar a resposta da vítima

3. Proteger a vítima em PLS ou iniciar de imediato as


manobras de reanimação
Avaliar segurança
Antes de se aproximar da vítima verifique e garanta a
sua segurança e a de terceiros, bem como da vítima.
Avaliar consciência
• Aproxime-se da vítima e
avalie o seu estado de
consciência

• Abane os ombros da
vítima e pergunte-lhe:
“Está bem ? Sente-se
bem?”
…Se a vítima responde:
• Deixe-a na posição em que a encontrou e garanta
que não há outros perigos

• Tente descobrir o que se passa e peça ajuda se for


necessário

• Reavalie periodicamente
…se a vitima não reage:
• Grite por socorro, sem
abandonar a vítima

• Verifique se tem algum


corpo estranho na boca
e permeabilize a via
aérea
Permeabilizar a via aérea
1. Abra a boca e observe se
existe algum corpo
estranho.

2. Permeabilize a via aérea


com a extensão da cabeça
e levantamento do queixo
Verificar a ventilação
• Mantendo a via aérea aberta verifique se a vítima
ventila eficazmente utilizando a técnica do VOS até 10
segundos:

Ver movimentos respiratórios


Ouvir sons respiratórios
Sentir ar exalado

Não confundir movimentos


agónicos com respiração
normal!
…se respira normalmente:
• Coloque-a na Posição Lateral de Segurança.
• Peça ajuda ou mande alguém ir buscar ajuda
• Avalie se a vítima continua a respirar normalmente
…se a vítima não respira
eficazmente:
• Peça a alguém para ir buscar ajuda diferenciada (112)
• Se estiver sozinho abandone a vítima e peça ajuda
diferenciada (112)!
• Regresse e inicie de imediato compressões torácicas
Compressões torácicas
• Ajoelhe-se ao lado da vítima, exponha o tórax e coloque
uma das mãos no centro do tórax da vítima:
Compressões torácicas
• Coloque a outra mão
sobre a primeira

• Entrelace os dedos
das suas mãos e
garanta que a
compressão não é
aplicada sobre as
costelas, abdómen
ou apêndice xifóide.
Compressões torácicas

• 4-5 cm de depressão no
tórax

• 100 comp./minuto

• Compressão e
descompressão devem ter
igual duração
Compressões / ventilações
• Após 30 compressões permeabilize a via aérea e inicie
ventilações
• Continue as manobras de reanimação com a sequência
30:2
• Interrompa apenas quando:
– Chegue ajuda diferenciada e tome conta da situação
– A vítima inicie respiração normal
– O reanimador esteja exausto
RESPIRAÇÃO BOCA–A–BOCA
VENTILAÇÃO COM MÁSCARA
Ventilações
• Se as ventilações iniciais não forem eficazes, antes de
nova tentativa deve:
 Verificar a boca e remover algum corpo estranho
 Verificar a extensão da cabeça e elevação do queixo

Não faça mais de 2 tentativas de ventilação antes


de regressar às compressões!
Durante a RCP é importante…

• Garantir uma superfície dura sob a vítima


• Sinalizar o local da ocorrência
• Colaborar com a equipa de emergência médica
• Manter um ambiente seguro e calmo…
https://www.youtube.com/watch?v=9VfLLIIuOtA
ALGORITMO SBV
ALGORITMO SBV
Desobstrução via aérea (engasgamento)

Avaliar a gravidade
Obstrução Obstrução
ligeira grave

Tosse eficaz Tosse ineficaz

Encorajar a tosse Consciente Inconsciente


Observar se a tosse se Palmadas entre as
torna ineficaz ou se a via omoplatas Iniciar SBV
aérea obstruiu Compressões

abdominais
PRIMEIROS SOCORROS
“Quando aplicados com eficiência, os
primeiros socorros significam a diferença
entre “vida e morte”, “recuperação rápida e
hospitalização longa” ou, “ invalidez
temporária e invalidez permanente”.
Obrigada pela atenção!
Teste de conhecimentos

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