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Objetivos
Entidades
• público
• operadores da central de emergência
• forças de segurança
• bombeiros/cruz vermelha
• tripulantes de ambulância
• enfermeiros e médicos
• técnicos de saúde e assistentes operacionais
• técnicos de telecomunicações e informática
Fases
PRIMEIRO SOCORRO
(É saber) Aplicar um conjunto de conhecimentos que permitem, perante uma situação de acidente ou
de doença súbita, estabelecer prioridades e desenvolver ações adequadas com o objetivo de estabilizar
e / ou melhorar a condição da vítima (é precoce, limitado, temporário).
Objetivos
Alertar - pedir ajuda especializada para o local do acidente para a estabilização da vítima e transporte
da mesma (nº nacional de emergência – 112).
Informar sobre:
Socorrer - prestar socorro. O sucesso das ações que desenvolve está diretamente relacionado com a
rapidez, destreza e qualidade das técnicas aplicadas.
Socorros Essenciais
Constituem situações prioritárias, em que a vida do indivíduo corre perigo. A prestação de primeiro
socorro e evacuação da vítima para o hospital deve ser efetuada o mais rápido possível.
• Alterações cardiorrespiratórias
• Choque
• Hemorragia
• Envenenamento
Socorros Secundários
São todas as situações que não colocam em risco a vida da vítima. Estas vítimas só são socorridas
DEPOIS das que estão em situação de SOCORRO ESSENCIAL terem sido assistidas.
• Feridas
• Queimaduras
• Fraturas
• manter a calma
• avaliar e garantir a segurança
• efetuar avaliação rápida da vítima
• acionar de imediato o serviço de emergência local
• Sim
▪ Coloque a sua segurança em 1º lugar
▪ Afaste possíveis perigos
▪ Quando seguro observe a vítima
• Não
▪ Obserse a vítima
Exame secundário - Após o exame primário e certificado que a vítima se encontra em segurança, faça
a observação cuidada da vítima, com o objetivo de verificar a existência de lesões no corpo (ex:
hemorragias, escoriações, fraturas, feridas, queimaduras, edemas, equimoses, …)
Sinais e Sintomas
A vítima pode referir dor, ansiedade, calor, drio, perda de sensibilidade, sensação anormal, sede,
náuseas, tontutas, formigueiro, rigidez, inconsciéncia, perda de memória, sensação de fratura...
O socorrista pode:
O socorrista avalia a reação ao toque, reação à fala e verifica a existencia de odores como alcool, gases
ou fumos, solventes ou cola, queimado, urinca, fezes...
Exame secundário:
• Pele
▪ Temperatura, grau de umidade, cor
• Pupilas
▪ Reação à luz, simetria, diâmetro
• Corpo
▪ Fraturas, feridas, edemas...
Sinais Vitais/Cardinais
Respiração
Avaliação
Pulso - A pulsação resulta da “onda de sangue” provocada pela distensão / contracção dos ventrículos
(diástole / sístole) que provoca diminuição / aumento do lúmen das artérias.
Pulso apical - avalia-se o pulso usando um estetoscópio e auscultando o coração na região do ventrículo
direito
Pulso arterial ou periférico - quando o coração ejecta sangue na circulação sanguínea, cria uma onda de
pressão que permite avaliar o pulso tactilmente pela palpação da artéria.
Avaliação
Tensão arterial - corresponde ao valor da pressão exercida pelo sangue contra as paredes das
superfícies das artérias
• Pressão arterial sistólica (máxima) - corresponde ao momento em que o coração ejecta sangue
na corrente sanguínea (sístole) em que a força é máxima, ou seja, a pressão é máxima.
• Pressão arterial diastólica (miníma) - corresponde ao momento imediatamente antes do
próximo batimento cardíaco, à fase de enchimento dos ventrículos (díastole) em que a força
exercida é mínima, ou seja, a pressão é mínima.
Avaliação
Factores que podem falsear os resultados - Tamanho da braçadeira inadequado, braço acima/abaixo do
nível do coração, avaliações sucessivas no mesmo local, não esvaziar completamente a braçadeira (nova
avaliação), libertar o ar rapidamente da braçadeira, frequência cardíaca irregular, dificuldade em ouvir
os sons, a TA nos membros inferiores geralmente é mais elevada
Fatores que interferem na TA - Exercício físico, dor, angústia, stress, frio, obesidade, aterosclerose,
perdas de sangue, desidratação, infeções, medicação…
Temperatura normal:
Hipotermia - temperatura abaixo do valor normal. Caracteriza-se por pele e extremidades frias, cianose
e tremores.
Hipertermia - temperatura acima do valor normal. A pele apresenta-se quente e seca, o doente pode
referir sede, secura na boca, calafrios, dores musculares generalizadas, sensação de fraqueza,
taquicardia, taquipnéia, cefaléia, delírios e até convulsões.
Avaliação
A avaliação da temperatura deve ser feita em locais onde exista uma rede vascular intensa ou grandes
vasos sanguíneos (cavidade oral, região axilar, rectal)
Princípios a atender - Utilizar sempre a mesma via, avaliar sempre à mesma hora, avaliar sempre no
mesmo local, utilizar sempre o mesmo tipo de termómetro
Fatores que interferem na temperatura corporal (aumentam ou reduzem o metabolismo celular levando
respetivamente a um aumento ou diminuição temperatura corporal) – Idade, exercício físico/sono e
repouso, emoções (ansiedade, stress), fatores hormonais, banhos a temperaturas muito quentes ou
frias, alimentação…
• Aguda
• Crónica
• recidivante
Traumatismo é uma lesão num tecido ou num órgão, provocada por ação violenta direta ou indireta.
Impacto traseiro
Atropelamento
Trauma fechado
Trauma penetrante
Causado por armas brancas, armas de fogo ou pela penetração de objetos no corpo. As suas
consequências clínicas dependem da energia transferida no momento do impacto e do local da lesão.
Ambas podem produzir cavitação temporária ou permanente.
Nos traumas por armas de fogo há transferência de alta energia, os tecidos circundantes são afastados
do trajeto do projétil, dando origem a Cavitação (temporária ou permanete) com três consequências:
Explosões
• Lesões primárias - é a fase mais grave da explosão e pode ser aquela que está menos visível. A
explosão provoca uma onda de choque que afeta principalmente órgãos com ar como os
pulmões, intestinos e ouvidos. Pode provocar embolia gasosa com obstrução das artérias
coronárias ou cerebrais e morte súbita
• Lesões secundárias - a maiorias das lesões são feridas múltiplas, extensas de profundidade
variável e contaminadas, causadas por fragmentos de explosão
• Lesões terciárias - a deslocação de ar pode ser tao intensa que projeta a vítima à distância,
provocando lesões de impacto
Lesão oculta
Lesão não obvia em termos de exame primário (ABCDE) necessitando de informação sobre mecanismo
de trauma ou história sugestiva associada.
Cinemática do trauma
• Questões genéricas?
▪ Cenário seguro
▪ vítima adulto, criança, grávida ou idoso;
▪ história de doença hábitos toxicómanos ou défices
▪ trauma fechado, penetrante ou explosão?
• Trauma fechado?
▪ Tipo de impacto
▪ velocidade do impacto
▪ forças envolvidas
▪ trajeto da energia, potencias órgão lesados no trajeto
▪ uso de dispositivo de contenção
▪ onde estarão as lesões mais graves?
• Queda?
▪ Altura da queda
▪ parte do corpo que embateu inicialmente?
• Explosão?
▪ Qual a distância entre a explosão e a vítima
▪ lesões primária, secundárias e terciárias presentes?
• Trauma penetrante?
▪ Sexo do agressor
▪ arma utilizada
▪ arma de fogo: calibre e munição; media ou alta energia.
Traumatismos Cranioencefálicos - nestes casos existem potenciais lesões do encéfalo (cérebro), o que
constitui por si só, situação de gravidade extrema
• Lesões primárias
▪ Abertas ou penetrantes
▪ Nas lesões fechadas os danos podem surgem pelas forças de aceleração-desaceleração.
O cérebro é sacudido violentamente para a frente e depois para trás (golpe-
contragolpe) ou de rotação
• Lesões secundárias (têm lugar minutos, horas ou dias depois do acidente)
▪ Intervalo livre: não há sintomas evidentes
▪ Edema cerebral
▪ Hidrocefalia
▪ Hematoma
Sintomatologia
O que fazer?
Os traumatismos de coluna são sempre situações graves dada a possibilidade de lesão de espinal
medula.
Traumatismos Torácicos
Traumatismos Abdominais
• Poderão ser fatais dada a grande quantidade de órgãos existente na cavidade abdominal
• Pode existir evisceração total ou parcial no caso de trauma aberto
• O fígado ou o baço, são por excelência grandes ‘acumuladores’ de sangue do nosso organismo e
quando fraturados, provocam violentas hemorragias internas - devemos sempre suspeitar
mesmo no trauma fechado.
• Na evisceração é fundamental que as vísceras não sejam reintroduzidas nem lavadas, mas sim
cobertas com um pano limpo e mantidas humedecidas, com água ou soro fisiológico, a uma
temperatura tépida. A vítima deve ser posicionada de forma a evitar a abertura da ferida
(sentada ou deitada, conforme os casos)
• Um traumatismo abdominal pode estar associado a uma fratura da bacia ou da região pélvica,
pelo que a mobilização e transporte da vítima deverá ter em conta esta possibilidade
Amputação
É a separação de um membro ou estrutura do restante do corpo. Pode ser causada por diversos tipos de
acidentes. Entre os mais comuns estão os com objetos cortantes (serra elétrica), os acidentes de trânsito
(principalmente de moto), o choque e o esmagamento.
Como agir:
• Se for preciso limpar o local da amputação, faça isso com um pano bem limpo e não use
nenhuma outra substância.
• Faça a compressão do local com força, com um pano limpo para conter o sangue
• Recolher a parte amputada. Se a distância até o hospital não for longa, enrole-a com um pano
limpo e coloque-a dentro de um saco plástico limpo
• Se a ajuda demorar (>6h), enrole a parte amputada num pano limpo, coloque-a em um pacote
plástico bem fechado e coloque dentro de um saco com gelo
• Não coloque a parte amputada diretamente no gelo, é necessário apenas refrigerá-la
• As amputações podem ocasionar hemorragia, infeção e levar ao estado de choque e à morte.
Por essa razão é preciso procurar o socorro rápido para evitar a falta de vascularização no local,
o que pode ocasionar gangrena
• O sucesso do reimplante vai depender principalmente do tipo de corte e do tempo decorrido do
acidente até o recebimento do socorro apropriado
Traumatismos Maxilofaciais
Embora possam ter alguma gravidade, estes traumatismos são essencialmente aparatosos dada a sua
localização.
O que fazer:
Entorse
Lesão que ocorre quando se ultrapassa o limite normal de movimento de uma articulação, mas não
ocorre descolamento das superfícies articulares. Normalmente, ocasiona distensão dos ligamentos e da
cápsula articular e, consequentemente, dor intensa ao redor da articulação, dificuldade de
movimentação em graus variáveis e, por vezes, hemorragia interna.
• REST (24/48 h) - Proteção dos tecidos moles de uma lesão adicional. Recuperação mais eficiente
dos tecidos
• ICE - diminuir a dor local, redução da magnitude do processo inflamatório reduzindo o edema
(10min/gelo alternado com 10 min de repouso seguido de 10min/gelo)
• COMPRESSION - Aplicação de ligadura elástica para auxiliar a drenagem do edema
• ELEVATION - a elevação de um segmento (acima do nível do coração) facilita a drenagem venosa
e reduz o edema por diminuição da pressão hidrostática
Contusão
É o resultado de um forte impacto na superfície do corpo. Pode causar uma lesão nos tecidos moles da
superfície, nos músculos, em cápsulas ou ligamentos articulares. Por vezes, a lesão é profunda, podendo
ser difícil determinar a sua extensão.
O que fazer?
• Quando há contusão, a pele fica escura, ocasionando hematoma e há dor na área de contato.
Deve-se aplicar gelo no local da contusão imediatamente
• Massagens ou aplicação de calor no local só podem ser realizadas após 24 horas do incidente
Luxação
O que fazer?
• Sinais da luxação
▪ Deformidade e movimento anormal da articulação
▪ Cavidade entre as superfícies articulares
▪ Dor intensa e hemorragia
• Cuidadosamente, deve-se colocar os dois ossos numa posição de conforto, que permita a
imobilização e o transporte com o mínimo de dor. A articulação só deve ser recolocada no lugar
por profissionais da área. Não pode ser realizada massagem ou aplicação de calor
Fratura
É causada por uma pancada muito forte, uma queda ou esmagamento que leva a que o osso se parta.
Tipos de fraturas:
Fraturas expostas
Proteger o local com um pano limpo ou gaze, imobilizar a fratura e transportar de imediato ao hospital
HEMORRAGIA
Perda de grande quantidade de sangue, externa ou internamente, num curto período de tempo,
associada a sangramento arterial, venoso ou capilar (traumatismo, distúrbios gastrointestinais,
distúrbios pulmonares, distúrbios do aparelho reprodutor, doenças oncológicas…)
• Arteriais
• Venosas
• Capilares
• Externa
• Interna
Sinais e Sintomas:
• Sangramento visível/invisível
• Dor local ou com irradiação
• Perturbação da visão
• Pulso taquicárdico e fraco
• Ventilação rápida e superficial
• Pupilas midriáticas
• Pele pálida, fria (viscosa)
• Sede
• Zumbidos
Intervenções
Manter os sinais vitais da vítima, estabilizar a situação e evitar o seu agravamento, até que receba
assistência qualificada/especializada
Controlar a Hemorragia
Controlo da Hemorragia
1. A vítima deve fechar fortemente a mão sobre um rolo de compressas esterilizadas ou, na sua
falta, um rolo de pano lavado, de modo a fazer compressão sobre a ferida
2. Colocar em seguida uma ligadura ou pano dobrado à volta da mão
3. Colocar o braço ao peito com a ajuda de um lenço grande, mantendo a mão ferida bem
levantada, encostada
Intoxicações/Envenenamentos
Tóxico ou veneno - É toda e qualquer substância, que em contacto com o organismo pode provocar a
morte do individuo
Intoxicação - É o efeito nocivo provocado pelo tóxico quando ingerido, inalado, ou que entrou em
contacto com a pele, olhos ou membranas mucosas
Qualquer substância que seja ingerida em grandes quantidades pode ser tóxica
O socorrista não se deve expor ao tóxico e deve utilizar luvas ou outras medidas de proteção
• Agudas
• Crónicas
• Acidentais
• Intencionais
• Medicamentos
• Produtos de limpeza
• Produtos para a agricultura
• Plantas
• Produtos químicos industriais
• Substâncias alimentares
Formas de contacto:
• Transcutânea
• Respiratória
• Digestiva
• Intravenosa
Sinais e Sintomas
• Prurido
• Boca seca
• Visão turva
• Dor
• Confusão / agitação / agressividade
• Com
• Dispneia / depressão respiratória
• Alterações no ritmo cardíaco
• Dependem:
▪ Tóxico
▪ Quantidade ingerida
▪ Características da vítima
Intervenção
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transcutânea e digestiva, penetrando facilmente no SNC. Grande toxicidade para a espécie humana.
Internamento em UCIs. Diversidade de sintomatologia.
A gravidade depende:
• Agente tóxico
• Dose
• Via de absorção
• Tempo decorrido
• A nível ocular:
▪ Miose
▪ Dor ocular
▪ Congestão conjuntiva
▪ Visão diminuída
▪ Cefaleia frontal
• A nível respiratório:
▪ Rinorreia
▪ Opressão torácica
▪ Pieira (broncoconstrição ou aumento da secreção brônquica)
Absorção Transcutânea:
• Sudação localizada
• Fasciculação da área
Absorção Gastrointestinal:
• Anorexia
• Náuseas
• Vómitos
• Dores abdominais
• Diarreia
Intervenção
AVC isquémico (85%) – a irrigação sanguínea de parte do cérebro é interrompida devido à oclusão de
um vaso sanguíneo provocando um défice de oxigenação cerebral a jusante da obstrução. Esta
obstrução pode ser provocada por um trombo (obstáculo que se forma no local) ou por um êmbolo
(quando o obstáculo se desloca na corrente sanguínea até encravar num vaso de pequeno calibre); •
AVC hemorrágico (15%) – a irrigação sanguínea de parte do cérebro é interrompida por rompimento de
um vaso sanguíneo cerebral.
Fatores de Risco
• Aterosclerose
• Idade
• Hx familiar
• Diabetes Mellitus
• HTA
• Tabagismo
• Colesterol elevado
Sinais e Sintomas
• Cefaleia intensa
• Compromisso motor
• Perda do conhecimento
• Desvio da comissura labial
• Agitação e ansiedade
• Paresia/paralisia facial
• Incontinência de esfíncteres
• Palidez
• Insensibilidade aos estímulos tácteis
Intervenção
• Avaliar a vítima ABCDE
• Acalmar vítima e familiares
• Falar com a vítima
• Desapertar a roupa
• Posicionar a vítima confortavelmente
• Promover o transporte para o hospital
Apresentação clínica
Complicações
• Elétricas (arritmias)
• Mecânicas (insuficiência de bomba)
Tratamento
• Fibrinolítico
• AAS
• O2
• NTG (SL)
• Morfina
• Bloqueadores ß
Intervenção
• Chamar 112
• Avaliar P e suas características
• Ajudar a vítima a colocar-se na posição que lhe for mais confortável
• Manter um ambiente tranquilo junto da vítima e reforçar a confiança
• Desapertar-lhe a roupa
• Evitar qualquer tipo de movimento
• Manter a temperatura corporal
• Verificar se toma medicação específica (se necessário colocar um comprimido debaixo da língua)
• Não lhe dar nada para beber
• Tentar tranquilizar a vítima
• Se inconsciente, colocá-la em Posição Lateral de Segurança (PLS)
• Recordar, mentalmente, as técnicas de reanimação cardiopulmonar para o caso da vítima entrar
em falência cardiorrespiratória
Manobra de Heimlich
• Colocá-la em dorsal num plano duro e aplicar a manobra posicionando as mãos sobrepostas no
andar superior do abdómen
• Efetuar 5 compressões em direção à cabeça
• Epilepsia
• Lesões cerebrais
• Tumores
• Traumatismos
• Febre elevada
• Intoxicações
• Hipoglicemia
• Baixa de oxigénio
• Manter a calma
• Afastar objetos
• Proteger a cabeça da vítima
• Não contrariar os movimentos
• Aliviar as roupas justas
• Registar duração das crises
• Não colocar nada na boca
• Posicionar a vítima confortavelmente -> reduzir estímulos
• Vigiar sinais vitais - (permeabilização da via aérea) - PLS
• Não dar de comer ou beber
• Promover o transporte para o hospital
Hipoglicemia
• Jejum prolongado
• Esforços físicos intensos
• Excesso de insulina exógena
Sinais e Sintomas
• Sudorese intensa
• Tremores
• Náuseas
• Taquicardia
• Letargia
• Visão turva
• Cefaleias
• Coma
Intervenção
Hiperglicemia
• Consumo excessivo de hidratos de carbono
• Falta de insulina exógena
Sinais e Sintomas
Intervenção
Choque
O choque é entendido como uma síndrome, dado que é um estado progressivo de deficiência
circulatória, que compreende uma grande variedade de respostas fisiológicas.
Falha circulatória
Tipos de Choque
• Choque hipovolémico
• Choque cardiogénico
• Choque distributivo
▪ Choque séptico
▪ Choque neurogénico
▪ Choque anafilático
Na tentativa de manter a perfusão dos órgãos vitais, vários são os mecanismos fisiológicos que entram
em ação:
Choque hipovolémico
Na base do choque hipovolémico está uma diminuição do volume intravascular resultante de uma
hemorragia, desidratação, queimadura ou perda de fluidos (diarreia e vómito). A redução de volume
leva à diminuição do débito cardíaco e consequentemente à hipotensão.
Dados objetivos:
Choque cardiogénico
Há alteração no funcionamento do trabalho cardíaco que pode ser devida a lesões no miocárdio,
arritmias cardíacas ou enfarte (choque obstrutivo). O coração não é capaz de bombear sangue suficiente
levando à diminuição da perfusão tecidular nos órgãos vitais, tornando-se incapaz de suprir as
necessidades dos seus próprios vasos coronários.
Dados objetivos:
Choque séptico
É a principal causa de morte nas UCIs. Resulta de uma resposta sistémica a uma infeção bacteriana
grave. A resposta imunológica torna-se insuficiente para combater esta infeção.
Dados objetivos:
Choque neurogénico
Resulta da perda de controlo do sistema nervoso simpático que pode ser provocado por traumatismo /
lesão da medula espinal, doença neurogénica e drogas. Provoca vasodilatação periférica com
consequente redução do retorno venoso e diminuição do débito cardíaco.
Dados objetivos:
Choque anafilático
Resulta de uma reação antigénio/anticorpo, originando uma reação alérgica sistémica exagerada.
Provoca perda de fluidos, hipotensão, edema da laringe com colapso cardiovascular.
Dados objetivos:
Tratamento do Choque
O choque é uma situação extrema que coloca em risco a vida do individuo. Independentemente do tipo
de choque, torna-se imperativo o inicio do tratamento o mais precoce possível tendo em vista as
funções vitais. Assim é fundamental:
Feridas e Queimaduras
Pele
• Epiderme: Tecido epitelial queratinizado e avascularizado
• Derme: Fibras de colagénio que apoiam a epiderme, estruturas vasculares e glândulas sebáceas,
sudoríparas e folículos capilares
• Tecido subcutâneo: Tecido conjuntivo preenchido com células de gordura (isola o calor do
corpo, almofada protetora e armazém de energia)
Funções
Feridas
Ferida é toda e qualquer lesão na pele, em que há perda da integridade cutânea.
• Incisas ou cortantes: são provocadas por agentes cortantes, tem bordos regulares e nítidas
• Corto-contusa: o agente provoca bordos irregulares
• Perfurante: resultam de objetos pontiagudos como prego
• Pérfuro-contusas: resultam da utilização de arma de fogo
• Lácero-contusas: por compressão, a pele é esmagada, triturada, ou por tração a pele é rasgada.
São exemplo disso as mordeduras de cão
• Perfuro-incisas - provocadas por instrumentos pérfuro-cortantes que possuem gume e ponta,
por exemplo um punhal
• Escoriações - a lesão à superfície cutânea, com arrancamento da pele deixando a área em
“carne viva”
• Equimoses e hematomas - na equimose há rompimento dos capilares, porém sem perda da
continuidade da pele, sendo que no hematoma, o sangue extravasado forma uma cavidade
Prioridades
• Avaliar a vítima
• Acalmar a vítima
• Controlar a hemorragia exercendo sobre a ferida pressão manual
• Erguer o membro da ferida afetado
• Minimizar o choque
• Pedir ajuda em SOS
Complicações
• Infeção
• Hemorragia
• Choque
• Lesão dos nervos e tendões
• Lesões de órgãos internos
• Contaminação (tétano e raiva)
Queimaduras
• Toda e qualquer lesão provocada no organismo decorrente da ação do calor ou do frio
• Feridas traumáticas causadas por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos
• As queimaduras determinam a destruição parcial ou total da pele e seus anexos, podendo
atingir camadas mais profundas: tecido celular subcutâneo, músculos, tendões, nervos e ossos
• A área lesada apresenta tecido desvitalizado, que rapidamente é colonizado por bactérias
• O tipo de lesão pode variar desde uma pequena flitena até formas mais graves, que provocam
respostas sistémicas proporcionais à gravidade da lesão
• O tempo na cicatrização, depende da gravidade da lesão e pode necessitar de enxertia
• Profundidade ou grau
▪ Queimadura de 1º grau ou superficial: só causa vermelhidão
▪ Queimadura de 2º grau: atinge toda a epiderme e parte da derme (forma bolhas)
▪ Queimadura de 3º grau: atinge toda a epiderme, a derme e outros tecidos mais
profundos, podendo chegar até os ossos. Surge a cor preta, devido a carbonização dos
tecidos
• Agente causador
▪ A. Físicos: temperatura, eletricidade, radiação...
▪ A. Químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina...
▪ A. Biológicos: animais (lagarta-de-fogo, medusa...), vegetais (látex de certas plantas,
urtiga...)
• Extensão ou severidade
• Localização
• Período evolutivo
Queimaduras elétricas
São queimaduras provocadas por eletricidade. “O trauma elétrico é gerado pela resistência à passagem
da corrente elétrica de alta voltagem. O curso imprevisível da eletricidade através do corpo e a variação
na resposta de cada tecido é o que diferencia esse trauma de outros tipos de traumas térmicos.”
1. Tipo de circuito: a corrente contínua de baixa voltagem é menos perigosa do que a corrente
alternada com a mesma voltagem
2. Intensidade da voltagem: a corrente contínua de alta voltagem é mais fatal, do que a alternada
da mesma voltagem
3. Resistência do corpo:
a. No ponto de contacto a epiderme sendo avascular e estando seca, quanto mais espessa
for (sola dos pés e palma das mãos), maior resistência oferece
b. No trajeto percorrido internamente: a resistência dos tecidos varia de maior para menor
na seguinte ordem: osso, gordura, tendão, pele, músculo, sangue e nervos
4. Relativamente ao trajeto percorrido pela corrente no corpo:
a. A partir da lesão de entrada, é difícil determinar o local exato por onde passou a
corrente
b. Os dados parecem indicar que, quando a corrente percorre o coração ou o cérebro as
lesões são mais graves
5. Relativamente ao tempo de duração do contacto:
a. Quando mais tempo estiver em contacto com a corrente, maior será o dano provocado
Efeitos Imediatos
• Perda de consciência
• Queimaduras e mutilações
• Fraturas e Luxações
• Paragem respiratória
• Paragem cardíaca
Efeitos Tardios
Queimaduras Químicas
São lesões provocadas na pele, olhos, trato digestivo ou respiratório causadas por alcaloides, ácidos ou
compostos orgânicos.
• Concentração do agente
• Quantidade de agente
• Modo e duração do contacto cutâneo
• Extensão de penetração nos tecidos
• Mecanismo de ação
Exame primário - Implica uma rápida avaliação do utente com o objetivo de identificar possíveis lesões
que ponham em risco a vida do indivíduo, ou seja, uma abordagem de acordo com a escala de avaliação
traumática: ABCDE
A observação geral do utente permite-nos fazer uma avaliação acerca da forma como aconteceu o
acidente. É importante avaliar a existência de:
• C – CIRCULATION
▪ Num queimado há grandes perdas de líquidos e eletrólitos, que condicionam o choque
hipovolémico
▪ A gravidade e prognóstico é proporcional à extensão e profundidade da lesão
▪ Deve ser rapidamente transportado para o hospital e o défice de volume deve ser corrigido
nas primeiras 24 a 36h após lesão
• D – DISABILITY (disfunção ou défice neurológico)
▪ Efetuar uma avaliação seriada do nível de consciência, tamanho e simetria pupilar, bem
como a reatividade pupilar à luminosidade (poderá ter ocorrido TCE)
• E - EXPOSURE (exposição do utente com controle de temperatura)
▪ Avaliação correta das queimaduras:
▪ retirar todas as roupas e adornos
▪ se a roupa estiver aderente à pele, deve-se recortar e molhar bem esses retalhos de
forma a não agravar a lesão
Os grandes queimados perdem calor devido a sua exposição e à grande quantidade de líquidos que lhe
são infundidos. É necessário uma vigilância e monitorização da temperatura central. Torna-se
fundamental a manutenção de uma temperatura adequada cobrindo o utente com lençóis esterilizados
e utilizando manta térmica.
Permite fazer uma avaliação rápida, da percentagem da área corporal atingida, contudo, não é rigoroso
e pode levar a erros de cálculo nomeadamente em crianças. Esta regra emprega valor igual a nove ou
múltiplo de nove às partes atingidas, ou seja, nove para cada membro superior, 9% para cabeça, 18%
para cada membro inferior, 18% para cada face do tronco e 1% para genitália
Cabeça e pescoço 9%
Genitália 1%
Membros superiores 9% cada
Tronco 36 %
Membros inferiores 18% cada