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Estratigrafia, idade e correlaçaõ do Grupo Serra Grande-Bacia do Parnaíba

Article · October 1984

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ANAIS DO XXXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, RIO DE JANEIRO, 1984

ESTRATIGRAFIA, IDADE E CORRELAÇÃO DO GRUPO SERRA GRANDE - BACIA


DO PARNAÍBA.

Mário Vicente Caputo


Eglemar Conde Lima
Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAS
Distrito de Exploração do Norte - DENOR
Rodovia Arthur Bernardes, 5511
Belém, Pará, Brasil

ABSTRACT

The main purpose of this paper is to discuss the age, paleoclimatology and
depositional environment of the Serra Grande Group as well as its correlation with coeval
units deposited in Brazilian and African basins.
T he Se r ra Gr a nde sedimentary sequence is made up of three formations: Ipu
(sandstone, conglomerate and diamictite beds), Tianguá (shale, siltstone and fine -grained
sandstone beds) and Jaicós (mainly sandstone and conglomerate beds). New palynological
d a t a s u gge s t a n o r d o v i c i a n - silurian age for the group. It is suggested that the lower unit
of the group was deposited under glacial and mainly periglacial conditions, when glaciation affected
northwestern Africa and parts of northern Brazil.

INTRODUÇÃO

O principal propósito deste estudo é a n a l i s a r a idade do Grupo Serra Grande da Bacia


do Parnaíba, seu ambiente de s e d i m e n t a ç ã o , paleogeografia e correlação com outras
unidades das bacias brasileiras e africanas, bem como as condições climáticas sob as quais o
grupo foi depositado.
Nas últimas décadas, o conhecimento da estratigrafia das bacias sedimentares
brasileiras aumentou consideravelmente. Entretanto, alguns estudos têm posto em dúvida a
presença de sedimentos silurianos na Bacia do Parnaíba (Petri & Fú lfaro, 1976, 1982;
Quadros, 1982), bem como na Bacia do Paraná. Mesmo na Bacia do Amazonas, a idade eo-
siluriana de parte do Grupo Trombetas, estabelecida através de fosseis há mais de um século,
tem sido contestada (Quadros, 1983).
Os argumentos levantados por Petri e Fúlfaro (1976, 1983) contra a idade siluriana de
qualquer u ma das unidades do Grupo Serra Grande da Bacia do Parnaíba são os seguintes:
a) ausência de quitinozoas e graptozoas índices do Siluriano; e
b) os leiofusídeos usados como suporte para uma idade siluriana são endêmicos (sic)
no Brasil e encontrados também no Devo niano.
Quadros (1982), partindo do pressuposto de não existir discordância entre os Grupos
Canindé e Serra Grande, ou seja, entre as formações Itaim e Jaicós, considerou a idade do
grupo basal como gediniana-siegeniana (Eodevoniano), apoiando-se, fundamentavelmente,
em acritarcas.
Como os acritarcas usados por Quadros (1982) são também encontrados no Siluriano, e
mesmo Ordoviciano, uma idade mais antiga que devoniana não está descartada para o Grupo
Serra Grande.
Quadros (1983) também concluiu que o Grupo Trombetas depositou-se do Neo-
Siluriano ao Eodevoniano e que sua passagem para a Formação Maecuru é gradacional. A
presença de macrofósseis e palinomorfos de idade eo-siluriana (Lange, 1967) no Grupo Trombetas
contradiz estas conclusões.

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Neste trabalho é atribuída idade ordoviciana-siluriana ao Grupo Serra Grande, com
base em alguns elementos geológicos analisados no decorrer da descrição das unidades
litoestratigráficas.
As bacias do Médio e do Baixo Amazonas, a área ocupada pelo “Graben” do Marajó e
a Bacia do Parnaíba constituíam baías de uma bacia maior, que abrangia a Flórida
(Cramer, 1971) e o norte da África (Beuf et al., 1971) desde as margens do atual Oceano
Atlântico até próximo ao Mar Vermelho (Etiópia), quando a África, a América do Sul e a
península da Flórida faziam parte do Continente Gonduana Ocidental. Portanto, as
unidades estratigráficas depositadas nessas vastas áreas mostram condições tectônicas,
paleoclimáticas, conteúdo fossilífero e variações do nível do mar similares, permitindo
datação e correlação intercontinentais.

ESTRATIGRAFIA - GRUPO SERRA GRANDE

O termo Serra Grande foi proposto por Small (1914) para descrever uma seção com
espessura máxima de 900m, composta de arenitos, conglomerados e calcários. Os
calcários dobrados da base da seção foram excluídos por Kegel (1953), devido à presença
de uma discordância angular entre os calcários e os arenitos.
A seção Serra Grande, da Bacia do Parnaíba, é uma das mais discutidas quanto à
idade, subdivisões e ambiente de sedimentação. Neste trabalho, essa unidade é
considerada como um grupo, de acordo com a concepção de Carozzi et al. (1975),
subdividindo-a, porém, em três formações: Ipu, Tianguá e Jaicós. Além dos limites da
Bacia do Parnaíba, ocorrem remanescentes do Grupo Serra Grande, em vários pontos
isolados do nordeste do Brasil, como no vale do Cariri e na Chapada do Araripe e nas
bacias de Jatobá e Sergipe-Alagoas.
FORMAÇÃO IPU

O termo Ipu foi utilizado por Campbell (1949) para designar a seção basal da escarpa
da Serra Grande. Este termo foi descartado por Kegel (1953), tendo a seção
correspondente sido incluída na seqüência denominada de Serra Grande. Aqui, o termo
Ipu é usado na categoria de formação, para designar a seção basal do Grupo Serra
Grande, que Carozzi et al. (1975) designaram de Formação Mirador. Entretanto, a
Formação Mirador, definida por Rodrigues (1967), perfurada no poço 1-MD-1-MA, é uma
unidade mais velha (pré-ordoviciana), pertencente a um ciclo sedimentar anterior ao do
Grupo Serra Grande.
A Formação Ipu e composta de arenitos, conglomerados, arenitos conglomeráticos e
diamictitos, apresentando, na região nordeste da bacia, espessura de até 300m.
O arenito conglomerático é branco a creme, maciço ou com estratificação cruzada,
friável a bem cimentado e contém seixos disseminados de quartzo, muitos com mais de 5
cm de diâmetro. As camadas de conglomerados são recorrentes na seção e compostas
principalmente de seixos e matacões de quartzo e quartzito, com até 50 cm de diâmetro,
imersos em matriz arenosa.
Na região da Serra Vermelha, camadas de diamictitos com 6m de espessura contêm
clastos de quartzo, quartzito, arenito fino e de rochas do embasamento cristalino imersos
em matriz areno-argilosa.
A granulometria dos arenitos varia de fina a grosseira. Os corpos arenosos
apresentam-se maciços ou com abundante estratificação cruzada. Kegel (1953) descreveu
alguns seixos facetados, mas não observou seixos estriados na Formação Ipu. No poço 1-
CI-1-MA (Cocalinho), no topo dessa formação, foram identificados diamictitos.
No quadrante noroeste, em direção à Bacia do Amazonas, em afloramentos na cidade
de São Miguel do Guamá (Truckenbrodt & Alves, 1982), sua granulometria se reduz,
adquirindo aspecto semelhante ao da Formação Nhamundá, da Bacia do Amazonas.
Em subsuperfície, esta unidade se acunha e desaparece nas direções oeste e norte,
sendo encoberta pela Formação Tianguá, que assenta sobre o embasamento. No poço 1 -
CL-1-MA (Carolina), não ocorre o Grupo Serra Grande, o que indica que na região oeste
da Bacia do Parnaíba, a delgada seção basal, vista em afloramentos e considerada como
Serra Grande, é, na realidade, a Formação Itaim. Em certos locais da região oeste, esta
formação encontra-se encoberta pela Formação Pimenteiras depositada sobre o
embasamento.

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No vale do Cariri, fora dos limites da bacia do Parnaíba, parte da seção Serra
Grande, descrita por Mabesoone (1977), é por nós considerada como diamictito
composto de seixos e matacões derivados do embasamento cristalino dispersos em
matriz areno-argilosa.
Nas margens da Bacia do Jatobá, a seção basal da bacia conté m espessos
conglomerados, que constituem a Formação Tacarutu ou Manari, equivalente à Formação
Ipu.
Na bacia costeira de Sergipe-Alagoas, a seção basal compreende os Membros
Atalaia, Mulungu e Boacica da Formação Batinga. O Membro Atalaia consiste de
conglomerados e o Membro Mulungu de diamictitos cinzas e castanho-avermelhados
com inclusões de fragmentos de quartzo, quartzito, gr a n i t o , f i l i t o , gnaisse, micaxisto
e outras rochas metassedimentares dispersas em matriz síltica-arenosa (Schalter, 1969;
Rocha-Campos, 1981). Para cima, essa seção grada para arenito conglomerático ou tilito
e ritmitos, esses repletos de clastos com até 1 cm de diâmetro. O tilito tem abundantes
clastos, alguns f acetados e estriados (Rocha-Campos, 1981). A superfície do
embasamento é irregular e ondulada, mostrando, em alguns pontos, cristas baixas com
polimento e estriações típicas de ação glacial, com direção N45W (Rocha-Campos,
1981).
Nenhum fóssil foi identificado na Formação Ipu. Várias idades tem sido atribuídas
ao Grupo Serra Grande, bem como para sua formação basal: Cret áceo (Small, 1914);
Carbonífero (Plummer, 1946) ; Eodevoniano (B1ankennagel, 1952; Kegel, 1953;
Quadros, 1982); Siluro-Devoniano (Aguiar, 1971; Mabesoone, 1977); Neo -Siluriano
(Muller, 1962; Mesner & Wooldridge, 1964) e Ordoviciano (Brito, 1967, 1969;
Bigarella, 1973).
Este estudo considera a Formação Ipu como depositada entre o final do Ordoviciano
e o início de Siluriano, pois é sobreposta concordantemente pela Formação T ianguá de
idade eo a neolandoveriana. Também a correlação dos diamictitos, provavelmente de
origem glacial, com tilitos observados próximo ao topo da Formação Nhamundá, da
Bacia do Amazonas (Caputo, 1984) e na Formação Tamadjert (Saara Algeriano),
localizados em posição estratigráfica equivalente, sugere uma idade neo-ordoviciana a
eo-siluriana para a Formação Ipu.
Na Bacia de Sergipe-Alagoas também existe controvérsia sobre a idade dos tilitos
do Membro Mulungu, os quais foram considerados de idade carbonífera devido à
presença de esporos florenites nos folhelhos sobrejacentes do Membro Boacica da
Formação Batinga (Schaller 1969). Entretanto, nas bacias de Jatobá e do Parnaíba, uma
seqüência de calcários, anidritas, arenitos eólicos e camadas vermelhas de idade
neocarbonífera a eopermiana caracteriza condições áridas e semi-áridas. Essas
condições são bem distintas daquelas indicadas pelo Membro Mulungu, depositado sob
condições glaciais e periglaciais. Uma discordância deve existir entre os tilitos
Mulungu e o restante da Formação Batinga (Membro Boacica). O Membro Mulungu
deve ser elevado à categoria de uma formação independente, cuja idade pode ser neo-
ordoviciana a eo-siluriana. A distribuição de rochas sedimentares da Formação Ipu e
formações equivalentes desde a costa nordeste do Brasil até o interior da Bacia do
Parnaíba sugere uma deposição em leques glaciais e periglaciais (depósitos "sandur " e
"out-wash") em toda a área dos afloramentos atuais e deposição em leques deltaicos e
frente de leque deltaico no interior da bacia, e marinho raso nas partes distais.
A Formação Ipu se correlaciona com a Formação Nhamundá da Bacia do Amazonas,
onde, próximo ao topo da unidade, ocorrem diamictitos de possível origem glacial.
A Formação Ipu correlaciona-se também com o Grupo T i c h i t (Deynoux, 1980) da
Bacia de Taoudeni (África) e com as formações Asenkaw e Ajua (Talbot, 1981) de
Acra, Gana, e com a Serie N'Khom do Gabão (Micholet et a l . 1970), as quais
apresentam c a r a c t e rí s t ic a s glaciais e fluvioglaciais. Essa Série, que contém tilitos,
foi considerada de idade permiana por Micholet et al. (l970), devido à presença de
camadas vermelhas e evaporitos com esporomorfos dessa idade na Série Agoula,
situada, estratigraficamente acima. Deve existir discordância entre as Séries N'Khom e
Agoula, devido às diferentes condições paleoclimáticas que existiam durante a
deposição de cada uma dessas unidades.
Em uma reconstituição do Continente Gonduana, a América do Sul deve sofrer uma
rotação de 45 o em sentido anti-horário, a fim de se encaixar com continente africano.
Assim sendo, qualquer “trend” encontrado na América do Sul, que tenha continuidade

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na África, deve ser rotacionado de 45° em relação à África, a fim de manter a mesma
correspondência.
Cristas e depressões topográficas com polimento glacial com orientação N45W,
descritas na Bacia Sergipe-Alagoas, por Rocha-Campos (1981), correspondem a vales
glaciais com orientação E-W observados por Micholet et al. (1970), no embasamento da
Bacia do Gabão.
A presença de sedimentos glaciais, fluvioglaciais e feições oriundas de glaciação no fim
do Ordoviciano (Andar Ashgiliano) está de acordo com a existência de um centro glacial ao
sul do Saara (Beuf et al., 1971; Deynoux, 1980), na direção do Golfo da Guiné, que era
contíguo à região nordeste brasileira.
FORMAÇÃO TIANGUÁ

O Membro Tianguá, da antiga Formação Serra Grande, foi proposto por Rodrigues (1967)
para designar uma seção composta de f o l h e l h o s, s i l titos e arenitos finos, encontrados, em
subsuperfície e em afloramentos na região do município de Tianguá, na parte nordeste da
Bacia. Esta unidade ocorre também sob a forma de remanescentes na região noroeste, na área
do Rio Gurupi, Igarapé Tucunarecoara, Gurupi-Mirim e na BR-316 (Molnar & Urdininea,
1966). Carozzi et al. (1975) elevaram o membro à categoria de formação.
A Formação Tianguá é composta de três membros: (1) folhelho preto a cinza escuro,
siderítico, bioturbado ou laminado, síltico; (2) arenito fino a médio, com intercalações de
f ol hel ho , feldspático, cinza esbranquiçado e (3) folhelho e siltito intercalados, cinza escuros
a verdes, micáceos, sideríticos.
A Formação Tianguá situa-se concordantemente sobre a Formação Ipu e sob a
Formação Jaicós. Na área do município de Tianguá, a formação localiza-se a cerca de 100m
acima da base do Grupo Serra Grande, com espessura em torno de 25m. Em subsuperfície, a
Formação Tianguá alcança 270m. Macrofósseis, nesta unidade, resumem-se a graptólitos do
gênero Monograptus, ainda não definidos em nível especifico. Encontrados pelos autores
deste trabalho, no testemunho no 53 do poço 2-BJ-1-PA.
Mesner & Wooldridge (1964), com base em estudos palinológicos realizados por Müller
(1962), atribuíram idade neo-siluriana ao antigo Membro Serra Grande Superior, que
corresponde à Formação Ti a nguá .
Carozzi et al. (1975) consideraram que a deposição dessa unidade se estendeu desde o Eo-
siluriano até o fim do Eodevoniano (Andares Landoveriano até Emsiano), sem qualquer
interrupção na sedimentação.
Quadros (1982) atribuiu à Formação Tianguá, com base fundamentalmente em
acritarcas, idade eodevoniana (Andar Gediniano).
Em estudos pa li nol ógi c os , realizados em sedimentos da Formação Tianguá,
constatamos a ocorrência de quitinozoas, acritarcas e mió sporos que sugerem idade eo-
siluriana.
A presença de miósporos indica para a Formação Tianguá idade pré-Eolandoveriana
(parte média), e a ausência de formas com estrias radiais (grupo Emphanisporites) sugere
que o material é de idade pré-ludloviana. A falta de esporos verdadeiramente esculturados
indica seguramente uma idade pré-mesogediniana.
Na Formação Tianguá, a presença de rochas do Siluriano foi confirmada,
principalmente, através do reconhecimento dos quitinozoários e, secundariamente, dos
acritarcas, comparáveis àqueles ocorrentes em bacias silurianas da África e em algumas
outras da Europa e América do Norte.

CHITINOZOA:

Ancyrochitina ancyrea EIS., 1955; Angochitina cf. mourai LANGE, 1952; Conochitina
brevis conica TAUG. & JEK, 1964; Conochitina dolosa LAUFELD, 1967; Conochitina
intermedia EIS., 1955; Conochitina caputoi COSTA, 1971; Cyathochitina campanulaeformis
EIS., 1955; Cyathochitina dispar BENOTT & TAUG., 1961; Linochitina cingulata EIS., 1958;
Linochitina erratica EIS., 1968; Margachitina margaritana EIS.,1968; Sphaerochitina
sphaerocephala EIS., 1955.

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ACRITARCHA:

Baltisphaeridium cf. capillatum JARDINÉ et a1. , 1974; Dactylofusa


maranhensis BRITO & SANTOS, 1965; Diexallophasis cf. denticulata (STOCX.&
WILL.) LOEBLICH, 1970; Eupoikilofusa striatifera (CRAMER, 1964); Leiofusa
bernesga CRAMER, 1964 ; Leiofusa cantabrica CRAMER, 1964; Leiofusa cf. estrecha
CRAMER, 1964; Micrhystridium cf. acuminosum CRAMER & DIEZ, 1977,
Micrhystridium stellatum DEFLANDRE, 1942; Multiplicisphaeridium cf.
cariniosum (CRAMER, 1964) Multiplicisphaeridium cf. ramusculosum
(DEFLANDRE) LISTER, 1961; Neoveryhachium carminae (GRAMER 1964)
CRAMER,1970; Veryhachium asymmetricus (DEUNFF, 1955); Veryhachium
trispinosum (EIS.) CRAMER,1964.
Seu conteúdo p alinológico, semelhante ao da Formação Pitinga, onde se
concentram chitinozoários de idade landoveriana, sugere uma deposição desde o fim
do Eolandoveriano até o início do Neolandoveriano.
O máximo da transgressão siluriana deu -se no Mesolandoveriano, idade
esta atribuída à Formação Tianguá, no leste da Bacia do Parnaíba.
Estabelecida a correlação entre as Formações Pitinga e Tianguá, a presença de
graptólito Climacograptus innotatus NICHOLSON var. brasiliensis RUEDMANN e
de outros macrofósseis na Formação Pitinga (LANGE, 1957), suporta uma idade eo-
siluriana pa ra ambas as formações.
A existência de sedimentos glaciais neo -ordovicianos na Formação Ipu,
subjacente, é indicativa de uma idade eo-siluriana para a Formação Tianguá,
estudada, palinologicamente, nos poços indicados na Figura 4.
O mapa de isópacas da Formação Tianguá mostra espessamento da seção em
direção à Bacia do Amazonas, com espessuras semelhantes às da Formação Pitinga,
sugerindo ligação pretérita entre as bacias do Amazonas e do Parnaíba (Figura 5).
A Formação Tianguá correlaciona-se, também, cronologicamente, com a
Formação Imirhou (folhelho graptolítico) do Saara Argeliano (Beuf et al., 1971) e
com o arenito Elmina da Bacia de Acra, Gana, onde Bar e Riegel (1980) descreveram
palinomorfos semelhantes aos da Formação Tianguá. Esta formação correlaciona-
se, também, com os folhelhos da Formação Vila Maria, da Bacia do Paraná,
depositada no L andoveriano (Faria, 1983) ou mais precisamente na parte média do
Neolandoveriano (A.J.Boucot, 1984, comunicação escrita), com base em esporos
tetrados e acritarcas. É interessante notar que diamictitos de provável ori gem
glacial encontram-se intercalados com folhelhos da Formação Vila Maria, indicando
que a glaciação era ativa na América do Sul, inclusive na região andina (Caputo e
Crowell, no prelo), enquanto se retraia na África do Norte. Na África do Sul, o
Grupo Table Mountain também mostra características glaciais na Formação Pakhuis e
no Folhelho Cedarberg (Rust, 1973).
Considera-se que a Formação Tianguá foi depositada em ambiente marinho
raso, durante a fase de máxima extensão da transgressão glacio-eustática mundial que
se seguiu à fusão de gelo do norte da África. A ausência dos gêneros Domasia e
Deunffia, comumente encontrados em áreas tropicais do Siluriano (Europa e
América do Norte), deve-se ao clima frio reinante no Continente Gonduana,
posicionado em alta latitude. A Figura 6 mostra a distribuição da Formação
Tianguá, e a Figura 7 mostra a paleogeografia durante a deposição dos folhelhos
transgressivos no Continente Gonduana Ocidental.
FORMAÇÃO JAICÓS

O nome Jaicós foi proposto por Plummer (1946) para designar, sob a categoria
de formação, os arenitos e conglomerados que ocor rem nas escarpas da Serra
Grande, porém, devido à prioridade do termo Serra Grande (Small, 1914), a
denominação de Jaicós caiu em desuso. Rodrigues (1967) retomou -o para designar a
mesma seção de Plummer (1946). Carozzi et al. (1975) utilizaram nome Jaicós
para designar, como formação, a seção sobreposta à Formação Tianguá que
corresponde à parte inferior da Formação Itaim, de Mesner & Wooldridge (1964),
e ao topo da Formação Serra Grande de Kegel (1953). A unidade é constituída por
arenito médio, grosseiro a conglomerático, cinza esbranquiçado, creme, castanho,
com estratificação cruzada, mal selecionado e friável. A unidade é mineralógica
é texturalmente imatura. A Figura 8 mostra o perfil

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típico do Grupo Serra Grande no poço 2-PM-1-MA (Pindaré Mirim). A espessura
máxima da Formação Jaicós é estimada em mais de 400m, na borda nordeste da Bacia
do Parnaíba.
A Formação Jaicós situa-se concordantemente sobre a Formação Tianguá e
discordantemente sob as formações Itaim (eodevoniana) ou Urucuia (cretácea).
A discordância erosional e paralela entre as Formações Jaicós e Itaim é difícil de ser
identificada, pois ambas são arenosas, diferenciando-se apenas pela granulometria mais
grosseira do arenito Jaicós.
Kegel (1953) mencionou alguns afloramentos, onde o contato superior da Formação
Jaicós com unidades devonianas poderia ser considerado como discordante. Se tal fosse
o caso, a Formação Jaicós seria de idade siluriana. Kegel, entretanto, admitiu não existir
essa discordância, considerando a Formação Jaicós de idade devoniana.
Na Bacia do Amazonas, discordância semelhante, entre o Siluriano e o Devoniano,
é também discutida desde longa data. Através da correlação de poços, esta discordância
paralela e erosional é evidente. De 106 quitinozoários encontrados por Lange (1967) na
seção pré-neocarbonífera, 68 ficaram restritos ao Grupo Trombetas, apenas quatro
atravessaram os intervalos estratigráficos superiores e 34 ficaram restritos aos
intervalos estratigráficos superiores. Esta distribuição bioestratigráfica dos
quitinozoários mostra, claramente, uma quebra na sucessão faunal, indicando uma
discordância entre o Grupo Trombetas e a Formação Maecuru.
Não foram observados macrofósseis na unidade. Entretanto, esporomorfos
encontrados em intercalações de folhelho sugerem uma idade wenlockiana, não se
encontrando, todavia, formas típicas do Ludloviano. Carozzi et al. (1975) consideraram a
Formação Jaicós como d epositada no Eo e Mesoemsiano (Devoniano),
concordantemente sobre a Formação Tianguá de idade landoveriana. Obviamente, este
relacionamento estratigráfico não deve estar correto, pois existe grande diferença de
tempo entre os Andares Landoveriano e Emsiano, faltando os Andares Wenlockiano,
Ludloviano, Gediniano, Siegeniano e parte do Emsiano, com uma duração de,
aproximadamente, 50 milhões de anos.
Quadros (1982), com base, fundamentalmente, em acritarcas, a t r i buiu à For mação
Jaicós idade gediniana-siegeniana (eodevoniana). Entretanto, com base em
palinomorfos, semelhantes aos da Formação Tianguá, e correl ação com a Formação
Manacapuru (Grupo Trombetas), é considerada de idade neo landoveriana a
wenlockiana.
O caráter regressivo da seção está de acordo com a regressão mundial iniciada no
Neolandoveriano, quando as linhas de costa do norte da África migraram por mais de
1.900km, desde o sul da Algéria até o norte do Marrocos (Berry & Boucot; 1973),
ficando, assim, expostas à e r os ã o a s ba c i as do Amazonas e Parnaíba.
A Formação Jaicós correlaciona-se com as formações Manacapuru do Grupo
Trombetas da Bacia do Amazonas, Furnas da Bacia do Paraná, Nardouw (África do Sul)
e Atafaitafa da Bacia do Saara argeliano (Figura 9). A Formação Furnas provavelmente é
separada da Formação Ponta Grossa por discordância paralela.
Na área de afloramentos, a Formação Jaicós foi considerada como depositada em
ambiente fluvial (Kegel, 1953; Beurlen, 1965), marinho raso (Bigarella et a1., l965;
Bigarella,1973; Mabesoone,1978) e costeiro a leque submarino (Mabesoone, 1977). Em
estudos regionais, Carozzi e t al., (1975) interpretaram a unidade como depositada em
canais distributários e frente deltaica. Nós interpretamos a sedimentação regressiva da
Formação Jaicós como depositada em leques aluviais e deltaicos nas áreas de
afloramentos e, em subsuperfície, também, em frente de leque deltaico. Neste sistema
deposicional, parte das facies de pré-frente de leque deltaico e de mar raso seriam
representadas por folhelhos e siltitos da Formação Tianguá. Observa-se que, em direção
à parte leste da bacia, ocorre gradual empobrecimento faunístico na Formação Tianguá ,
devido à mudança no ambiente deposicional - maior afluxo de clá sticos, águas mais
rasas e clima frio mais severo. A ausência geral de indicadores de clima quente no
Grupo Serra Grande sugere que sua sedimentação deu-se em clima frio.

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CONCLUSÕES
1 - A distribuição biocronológica dos quitinozoários estudados revela concentração de
espécies do Eo-siluriano, o que nos leva a indicar para a Formação Tianguá uma idade eo-
siluriana. A distribuição dos acritarcas mostra idade eo a mesosiluriana, consistente, também,
com a idade eo-siluriana para a Formação Tianguá.
2 - O conteúdo fossilífero do material estudado permite o seu correlacionamento com a
Formação Pitinga Grupo Trombetas da Bacia do Amazonas, de idade landoveriana,
determinada por macrofósseis e palinomorfos (Lange, 1967).
3 – Estabelecida à correlação entre ambas as formações, uma idade eo- siluriana é
atribuída à Formação Tianguá.
4 - São reportados, pela primeira vez, na Bacia do Parnaíba, fósseis graptolïticos do
gênero Monograptus.
5 - Os folhelhos graptolíticos do Brasil e África do Norte estão l i g a dos a um mesmo
processo transgressivo relacionado à fusão das geleiras na África do Norte, enquanto estas
perduravam no sul da América do Sul e África do Sul.
6 - Os diamictitos de origem glacial (Formação Ipu), sob os folhelhos graptolíticos, no
norte do Brasil e África do Norte, provavelmente são de idade neo-ordoviciana (Andar
Ashgiliano).
7 - A Bacia do Parnaíba interligava-se com as bacias do Amazonas, da Flórida e do Saara.
As transgressões e regressões ocorridas nessas áreas relacionam-se intimamente.
8 - A discordância erosional e paralela que separa os Grupos Serra Grande e Canindé é
relacionada a uma ampla regressão mundial, que ocasionou a migração, por mais de 1.000
km, da linha da costa da África do Norte, desde o sul da Algéria até o norte do Marrocos,
quando também o mar abandonou as bacias brasileiras.
9 - Os folhelhos da Formação Tianguá não ultrapassaram os atuais limites sudeste, sul e
oeste da Bacia do Parnaíba, indicando que inexistia ligação marinha franca com a Bacia do
Paraná. Esta ultima se comunicava com as bacias andinas através do Paraguai e da Bolívia.
10- Considerando que estratos ordo-silurianos são reconhecidos no Gabão, Gana e
nordeste do Brasil, conclui-se que a Bacia do Parnaíba ocu pou área duas ou três vezes
maior do que a atual.

AGRADECIMENTOS

Expressamos os nossos agradecimentos à Paleontóloga Norma M. da Costa Cruz, pelos


trabalhos de identificação de parte dos quitinozoários e acritarcas presentes em algumas
amostras da seção estudada.

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