Você está na página 1de 24

AULA 2

POTENCIAÇÃO, RADICIAÇÃO E
LOGARITMO
Professor Carlos Henrique de Jesus Costa
POTENCIAÇÃO........................................................................................................... 3
RADICIAÇÃO ............................................................................................................... 9
RACIONALIZAÇÃO................................................................................................. 13
LOGARITMO ..............................................................................................................16
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 23
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 24

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


POTENCIAÇÃO
Basicamente, a potenciação é uma operação matemática que representa a
quantidade de vezes que um número precisa ser multiplicado por ele mesmo.

Exemplos:

1) 23 = 2 .2 .2 = 8

2) (-4)2 = (-4).(-4) = 16

3) (-10)3 = (-10).(-10).(-10) = -1000

As propriedades são técnicas desenvolvidas com o objetivo de facilitar as opera-


ções entre os números que possuem expoentes:

Tabela de Propriedades da Potenciação:

N° Propriedade Regra

1 Bases iguais, repete-se a base e somam-se os expoentes.

2 Bases iguais, repete-se a base e subtraem-se os expoentes.

3 Repete-se a base e multiplicam-se os expoentes.

4 Eleva-se cada fator ao expoente comum.

5 Eleva-se o numerador e o denominador ao expoente comum.

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


3
Exemplos de acordo com a sequência da tabela anterior de propriedades:

1.a)

1.b)

Outra resolução:
Note que seria possível resolver essa operação sem usar
a propriedade, calculando as potências separadamente.

2.a)

2.b)

Outra resolução:
Note que seria possível resolver essa operação sem usar
a propriedade, calculando as potências separadamente.

3.a)

3.b)

Outra resolução:
Note que seria possível resolver essa operação sem usar
a propriedade, calculando as potências separadamente.

4.a)

4.b)

Outra resolução:
Note que seria possível resolver essa operação sem usar a
propriedade, calculando primeiro a operação de “multipli-
cação” indicada dentro dos parênteses e depois a potência.

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


4
5.a)

5.b)

Outra resolução:

Note que seria possível resolver essa operação sem usar a propriedade, calculando
primeiro a operação de “divisão” indicada dentro dos parênteses e depois a potência.

Expoente inteiro negativo:

Exemplos:

1)

2)

No caso de uma fração ser elevada a um expoente


negativo, devemos primeiro inverter a base para
3) que o expoente fique positivo, e depois calculamos
a potência.

4)

Expoente racional fracionário:


Veja que podemos transformar uma operação de potenciação
com um “expoente fração” em uma operação de radiciação.
ou

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


5
Exemplos:

1)

2)

3)

Importante:

Se puder, utilize uma calculadora e veja que nos dois cálculos indicados (pela
potenciação ou pela radiciação) temos o mesmo resultado, fazendo o teste:

ou

Isso mostra que “às vezes” podemos utilizar esse recurso de transformar uma
operação de potenciação em radiciação e vice-versa para facilitar o cálculo.

Expoente zero:

Convenciona-se que , com A≠0 .

Exemplos:

1)

2)

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


6
3)

4)

Outros Exemplos:

1) Indique sob forma de potência de base 2 o número representado pela expressão:

Resolução:

2) Aplicando as propriedades das potências, simplifique a expressão:

Resolução:

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


7
3) Calcule o valor da expressão:

Resolução:

Agora é sua vez!

Tente resolver os exercícios propostos e chegar aos resultados indicados.

Atividades Práticas:
A) Efetue e simplifique:

1) Resposta:

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


8
2) Resposta:

B) Aplicando as propriedades das potências, simplifique as expressões:

3) Resposta: 9

4) Resposta: 625

5) Resposta: 0,01

RADICIAÇÃO
A radiciação é a operação inversa da potenciação. Isso significa que buscamos des-
cobrir qual é o número que foi multiplicado por ele mesmo e quantas vezes, até
que resulte no número que conhecemos.

Exemplos:

1)

2)

3)

As propriedades são técnicas desenvolvidas com o objetivo de facilitar as opera-


ções entre os números que possuem expoentes:

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


9
Tabela de Propriedades da Radiciação:

N° Propriedade Regra
A raiz enésima de um número elevado a “n” é igual a
1
esse mesmo número.
A raiz enésima do produto de dois fatores é igual ao
2
produto das raízes enésimas desses fatores.

A raiz enésima da razão (divisão) é igual à razão (divisão)


3
das raízes enésimas.

Para simplificar a raiz de uma raiz, basta multiplicar


4
seus índices.

O expoente “m” no radicando pode ser transferido para


5
fora da raiz, obtendo uma raiz enésima elevado a “m”.

Exemplos de acordo com a sequência da tabela anterior de propriedades:

1a)

1b)

Resolução:

2a)

2b)

Resolução:

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


10
3a)

3b)

4a)

Outra resolução:
Note que seria possível resolver essa operação sem
usar a propriedade, calculando primeiro a “raiz
quarta” de dentro e depois a “raiz cúbica” de fora.

4b)

5a)

5b)

Outra resolução:
Note que seria possível resolver essa operação sem
usar a propriedade, calculando primeiro a potência
que está dentro da raiz e depois extraindo a raiz.

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


11
Importante: todo radical pode ser escrito na forma de potência com expoente fra-
cionário, como segue:

Veja que podemos transformar uma operação de raiz em uma


operação de potenciação com um “expoente fração”.

Exemplos:

1)

2)

Outros exemplos:

Simplifique as expressões:

1)

Resolução:

2)

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


12
Resolução:

Optamos em calcular primeiro a que está


dentro do outro radical (raiz cúbica).

Somamos termos semelhantes, então temos


duas raízes iguais, ou seja, .

RACIONALIZAÇÃO
Basicamente, racionalizar a fração é “tirar” a raiz do denominador, ou seja,

frações tais como e possuem denominadores irracionais

(números que são dízimas periódicas) e elas têm de ter seus denominadores trans-
formados em números racionais.

1° caso: O denominador é um radical com índice 2 (raiz quadrada).

a)

Veja que multiplicamos a primeira fração por outra fração


que foi formada apenas mantendo o denominador da primeira
fração em cima (numerador) e em baixo (denominador).

Observação: Se puder, confira os resultados por meio de uma calculadora (pode


ser a de seu celular). Veja que o valor das duas frações (da primeira e da segunda),
precisam dar o mesmo resultado (lembre-se de que toda fração é uma divisão, ok!),
conforme segue:

Conferindo…

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


13
Calculadoras:

b)

c)

2° caso: O denominador é um radical com índice diferente de 2.

a)

De um modo geral, o fator racionalizante de é , ou seja, temos


no denominador da primeira fração e, para calcularmos a segunda
fração, utilizamos a seguinte estratégia (fator racionalizante).

b)

3° caso: O denominador é uma soma ou diferença de dois radicais.

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


14
a)

Repare que a outra fração é o “conjugado” do denominador da


primeira fração, ou seja, mudamos o sinal entre as duas raízes, assim:

“Denominador” da primeira fração:

“Conjugado” desse “denominador”:

b)

“Fator racionalizante”:

“Denominador” da primeira fração:

“Conjugado” desse “denominador”:

Agora é sua vez!

Tente resolver os exercícios propostos e chegar aos resultados indicados.

Atividades Práticas:
Simplifique as expressões:

1) Resposta:

2) Resposta:

3) Resposta: 1

4) Resposta: 12

5) Resposta:

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


15
LOGARITMO
O logaritmo é uma função matemática (ferramenta) que está baseada nas pro-
priedades da potenciação e exponenciação. O logaritmo na base b (0<b≠1) de um
número a (a>0) é o expoente (x) que deve elevar a base b para se obter o número
a, ou seja:

Observação: Veja que, para calcularmos o logaritmo algebricamente, precisamos


seguir as “setas” e transformar a “forma logarítmica” para a “forma exponencial”.

Exemplos:

Cálculo de logaritmos.

Importante:

Podemos utilizar uma calculadora (científica) para o cálculo de logaritmo, veja que
ela traz dois logaritmos com bases diferentes:

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


16
Às vezes, em algumas situações, devemos transformar o logaritmo em outra base,
principalmente quando usamos a “calculadora”.

Para mudarmos a base de um logaritmo, utilizamos a seguinte fórmula:

Exemplos:

Obtenha os logaritmos.

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


17
Observação: Veja que, como aplicamos a fórmula de “Mudança de Base”, tanto faz
utilizarmos o “log” ou o “ln” na calculadora.

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


18
AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo
19
Aplicação:

Em uma definição mais simples, podemos dizer que o “o logaritmo é o expoente


(incógnita) que queremos encontrar (calcular)”.

1° exemplo:

Então, para resolvermos essa questão, utilizaremos o “logaritmo” que é uma fer-
ramenta matemática que “arrasta” o expoente “x” para baixo, ou seja, “derruba” o
expoente “x” para a linha, facilitando o cálculo, como segue:

Agora, testaremos o resultado, também pela calculadora:

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


20
2° exemplo:

Importante:

Em Matemática Financeira, temos a seguinte fórmula para o cálculo do Montante


ou Valor Futuro em Juros Compostos (capitalização composta ou juros sobre juros):

Uma certa pessoa aplicou R$ 20.000,00 a uma taxa de juros de 0,4% ao mês e após
um tempo verificou que o saldo estava em R$ 22.544,54. Calcule o período em me-
ses dessa aplicação.

Resolução:

Dados:

Capital ou Valor Presente “C” = R$ 20.000,00

Taxa de Juros “i” = 0,4% a.m. ou 0,004

Montante ou Valor Futuro “M” = R$ 22.544,54

Tempo “n” = ?

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


21
Fórmula dos Juros Compostos:

1° passo: trocando os
dados na fórmula de juros
compostos.

2° passo: utilizamos o
logaritmo dos dois lados da
equação para “tombar” o
expoente “n”.

3° passo: isolamos a variável


“n” e utilizamos uma
calculadora.

ou
Aproximadamente 30 (trinta) meses.

Resposta: A aplicação foi realizada durante 30 meses.

Agora é sua vez!

Tente resolver os exercícios propostos tanto pelo método algébrico como pela cal-
culadora e chegar aos resultados indicados.

Atividades Práticas:
Obtenha os logaritmos:

1)

2) Resposta:

3) Resposta:

4) Resposta:

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


22
5) A quantia de R$ 15.000,00 é emprestada a uma taxa de juros de 0,8% ao mês.
Aplicando-se juros compostos, o valor pago para a quitação da dívida foi de R$
15.734,55. Por quanto tempo, em meses, essa dívida foi emprestada?

Resposta: 6 (seis) meses (aproximadamente).

CONCLUSÃO
Esperamos que com as propriedades apresentadas e os exemplos resolvidos com
operações entre Potências e Raízes tenham mostrado outros caminhos para a re-
solução de expressões numéricas. Além disso, também apresentamos os logarit-
mos como ferramenta para o cálculo de expoentes envolvendo aplicações em juros
compostos para acharmos o tempo de aplicação ou empréstimo.

Agora, não deixe de reler o material teórico e refazer todos os exemplos dados e,
para complementar seus estudos ou aprofundá-los, não deixe de fazer as “Ativida-
des Práticas” propostas, ok?!

Bons estudos!

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


23
REFERÊNCIAS
DEMANA, F. D. et al. Pré-Cálculo. 2. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.

GOLDSTEIN, L. J. et al. Matemática Aplicada: Economia, Administração e Contabi-


lidade. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.

JACQUES, I. Matemática para economia e administração. 6. ed. São Paulo: Pear-


son Prentice Hall, 2010.

JOHNSON, R.; KUBY, P. Estat. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

LAPA, N. Matemática Aplicada. São Paulo: Saraiva, 2012.

SWEENEY, D. J.; WILLIAMS, T. A.; ANDERSON, D. R. Estatística aplicada à adminis-


tração e economia. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

VERAS, L. L. Matemática aplicada à economia: síntese da teoria. 3. ed. São Paulo:


Atlas, 2011.

VIEIRA, S. Estatística básica. São Paulo: Cengage Learning, 2015.

AULA 2 - Potenciação, Radiciação e Logaritmo


24

Você também pode gostar