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Engenheira Agrônoma
CDD: 635.060
________________________________________________
Prof. Dr. Francisco de Souza Fadigas
Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas – UFRB
(Orientador)
__________________________________________
Prof. Dr. Robson Rui Cotrim Duete
Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário - EBDA
________________________________________________
Prof. Dr. Washington Luis Cotrim Duete
Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas – UFRB
Dedico a Paulo Amaro, meu saudoso pai, que como a maioria dos
quilombolas da sua época, sem escolaridade, trabalhou muito, renunciando os
prazeres da vida para que seus irmãos e filhos estudassem; partiu desta vida sem
ver seus filhos concluírem, ao menos, o curso fundamental, a Anisia, minha
querida mãe, que comprometeu a sua saúde, plantando em área arrendada, para
garantir os estudos dos nove filhos, aos meus filhos: Antonio Jorge, que é
também meu colega e Augusto Emanuel que se dedicou ao trato de doentes, às
minhas noras: Mariana, Fernanda a minha mãe do coração, Ana, aos meus
irmãos, sobrinhos, em especial, a minha irmã, a minha Amiga Irmã e a “Garden”
que por serem portadoras de doenças comportamentais, motivaram a minha volta
aos estudos na melhor idade, para dedicar o tempo de vigor que me resta, aos
meus irmãos dos quilombos, portadores de doenças comportamentais.
Agradecimento
Agradeço a Deus pela coragem e saúde que ainda tenho para estudar já
sexagenária, aos meus familiares que assumiram os cuidados com a minha mãe
e com minha irmã, quando viajava para Cruz das Almas para estudar, a cada um
dos meus colegas que me ajudaram a cuidar dos meus experimentos, na casa de
vegetação, na coleta de dados e elaboração de artigos em trabalhos coletivos,
quando estava trabalhando na EBDA, aos estudantes de graduação, em especial
José Linhares e Telma, a diretoria e colegas da EBDA, em especial, ao meu chefe
imediato Dr. João Batista Crisóstomo, pelo cuidado, defesa e compreensão, ao
pessoal de apoio da UFRB que com dedicação cuidou dos meus experimentos de
campo dando suporte em todas as etapas do cultivo, aos professores: Drª
Franceli, Drª Cintia, Dr. Luciano, Dr. Anacleto, Dr. Jorge Gonzaga, Dr. Albany, Dr.
André, Dr. Gilmar e ao meu orientador, sem o qual o meu trabalho não teria
sucesso, obrigado Dr. Francisco de Souza Fadigas, pela sua atenção, dedicação
e firmeza.
SUMÁRIO
Página
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO........................................................................................... 01
Capitulo 1
ASSIMILAÇÃO DE LÍTIO, SÓDIO E POTÁSSIO POR PLANTAS DE
ALFACE NA PRESENÇA DE ADUBO ORGÂNICO E MINERAL COM
ADIÇÃO DE LÍTIO AO SOLO.................................................................... 08
Capitulo 2
ASSIMILAÇÃO DE LÍTIO, SÓDIO E POTÁSSIO POR PLANTAS DE
ALFACE NA PRESENÇA DE ADUBO MINERAL E
ORGÂNICO................................................................................................ 35
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 52
ASSIMILAÇÃO DE LÍTIO, SÓDIO E POTÁSSIO POR PLANTAS
DE ALFACE
ABSTRACT: The present study deals with the assimilation of Lithium (Li) for
lettuce (Lactuca sativa L.), which is a vegetable commonly consumed by the
population. Li is an essential mental and behavioral human health and trace
elements is beneficial for treating other pathologies. This study consists of two
works: an essay in the greenhouse, where treatments were arranged in a
completely randomized design in 5x2x4 arrangement with five doses of Li (0,0;
0,5; 1,0; 1,5 and 2,0 mg kg-1), combined with manure or urea + superphosphate
in four repetitions and another field in which the plants were grown with fertilizer-
based cattle manure + urea + potassium chloride (T1 - without fertilizer, T2 –
7,11 g urea and 5,33 g of potassium chloride (KCl); T3 – 3,55 g urea + 2,67 g
KCL + 320,00 g cattle manure and T4 - 640,00 g manure). Treatments were
arranged in a randomized block design with five replicates. The measured
concentrations of Li, Sodium (Na) and Potassium (K) in plants, fertilizers and soil
was performed by flame photometry. The addition of Li to the soil did not
increase their uptake nor its concentration in the air part, but fertilizers interfere
with the assimilation of Li, Na and K by lettuce. There was a positive interaction
between organic manure and mineral fertilizers resulting in higher production and
favoring the total accumulation of Li in plants. The highest concentration of Li
occurred in shoots, indicating that lettuce can be used in human diet as a
primary source of minerals.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VANYO, L. V. U. T.; RAMOS, M.; AMIN, J.; CONNER,S. S.; BATEMAN, R.;
TISMAN, G.: Lithium induced perturbations of vitamin B12, folic acid and DNA
metabolism. pp 17–30, 1991.
O artigo a ser ajustado e submetido ao Comitê Editorial do periódico científica Revista Brasileira
de Agroecologia, em versão na língua portuguesa.
ASSIMILAÇÃO DE LÍTIO, SÓDIO E POTÁSSIO POR ALFACE NA
PRESENÇA DE ADUBO ORGÂNICO E MINERAL COM ADIÇÃO
DE LÍTIO AO SOLO
de cor verde a roxa, formando ou não cabeça, sendo muito apreciada e acessível
a toda a população brasileira pelo sabor, valor nutritivo, pela facilidade de cultivo e
pelo preço (EMBRAPA, 2004; 2010). É uma das culturas que tem capacidade de
absorver e assimilar Lítio do solo, mesmo em pequenas quantidades.
O objetivo deste trabalho foi estudar a assimilação do Lítio por Alface em
presença de adubo mineral e orgânico, com adição de Lítio ao solo.
MATERIAL E METÓDOS
Solo, 1989). O outro lote foi adubado com 50 g de esterco bovino por vaso, o
que corresponde a 20 Mg ha-1. Não foi realizada a correção do pH do solo
porque a absorção do lítio ocorre em solos ácidos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
1 - Peso Fresco da Parte Aérea e Raiz
140,0
120,0
Peso fresco da parte
100,0
80,0
aérea (g)
60,0
40,0 y = -57,364x2 + 81,574x + 95,421
20,0 r2 = 0,92
0,0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Dose de Li (mgkg-1)
12,0
10,0
Peso seco da parte aérea (g)
8,0
6,0
y = -4,748x2 + 6,52x + 7,8506
r2 = 0,91
4,0
2,0
0,0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Dose de Li (mgkg-1)
Figura 3. Resposta a doses de Li, aplicadas ao solo, sobre o acúmulo de massa
seca na parte aérea de plantas de alface (Lactuca sativa) cultivadas com
ureia + P. Cruz das Almas-BA, 2014.
2,5
Peso seco de raízes (g)
2,0
1,5
1,0
y = -1,0011x2 + 1,6343x + 1,2188
0,5 r2 = 0,86
0,0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Dose de Li (mgkg-1)
Quando foi adicionada ao solo a maior dose (2,0 mg kg-1) de Li, a produção
de massa seca das raízes da plantas foi de apenas 0,480 g, correspondendo a
19
Quando foi adicionado aos vasos 2,0 mg kg-1de Li, na presença de esterco
bovino, a quantidade total de Li no mesmo teve um incremento de 10,00 mg,
correspondendo a um acúmulo de 24,00 mg de Li/vaso (Tabela 2). Esta
quantidade de Li/vaso combinada com 421,00 mg de Na e 953,00 mg de K/vaso
não causou prejuízo ao crescimento das plantas.
Entretanto, nos vasos adubados com ureia + P, quando foi adicionada a
mesma dose de Li (2,0 mg kg-1), a quantidade total de Li por vaso, também, teve
um incremento de 10,00 mg, passando de 10,11 mg para 20,11 mg de Li/vaso
20
nas paredes do xilema, combinado com a demanda transpiratória das folhas, fora
determinante para que a sua maior concentração ocorresse na parte aérea.
35,0
30,0
aérea (mgg-1)
25,0
20,0
15,0
y = -7,6914x2 + 16,931x + 20,692
10,0 r2 = 0,73 Adubo mineral
0,0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Dose de Li (mgkg-1)
80,0
Concentração de K na parate
70,0
60,0
aérea (mgg-1)
50,0
40,0
30,0
20,0
y = -11,498x2 + 21,856x + 54,592
10,0 r2 = 0,99
0,0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Dose de Li (mgkg-1)
14,0
12,0
Acumulo de Li na parate
10,0
8,0
y = -5,4082x2 + 7,6844x + 8,1531
aérea (mg)
6,0
r2 = 0,90
4,0
2,0
0,0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Dose de Li (mgkg-1)
5,0
4,0
concentrações de Li
2,0
(PA/R)
1,0
0,0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Dose de Li (mgkg-1)
Tabela 10. Resposta a doses de Li, aplicadas ao solo, sobre a razão entre a
concentração (PA/R) de Li, Na e K das plantas de alface cultivadas
com adubo orgânico (esterco bovino) e Na e K das plantas cultivadas
com adubo mineral (ureia + P). Cruz das Almas-BA, 2014.
RCLi1 RCNa2 RCK3
Doses de Li
mg kg-1 Adubo Adubo Adubo Adubo Adubo
orgânico orgânico mineral orgânico Mineral
0,0 (T1) 1,22a 1,10a 0,88a 1,27a 1,37ª
0,5 (T2) 1,34a 1,40a 1,62a 1,38a 2,26ª
1,0 (T3) 1,36a 1,27a 1,15a 1,33a 1,28ª
1,5 (T4) 1,23a 1,00a 2,74a 1,24a 2,10ª
2,0 (T5) 1,44a 1,20a 4,19a 1,47a 3,44ª
DMS 0,59 0,62 4,24 0,55 2,31
Médias seguidas por letras iguais na linha, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a
(1) (2)
5%. RCLi - razão de concentração de Li na planta; RCNa - razão de concentração de Na na
(3)
planta; RCK -razão de concentração de K na planta.
0,6
0,4
0,3
0,6 r2 = 0,73
0,5
0,4
Na
0,3
0,2 y = -0,0779x2 + 0,1438x + 0,3477
r2 = 0,43 Adubo mineral
0,1
0,0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Dose de Li (mgkg-1)
Figura 10. Resposta a doses de Li, aplicadas ao solo, sobre o índice de assimilação
de Na das plantas de alface (Lactuca sativa) cultivadas com ureia + P e
esterco bovino. Cruz das Almas-BA, 2014.
31
-1
Quando foi adicionada ao solo a dose máxima de Li (2,0 mg kg ) as
plantas assimilaram 19,78% menos Na que na dose que proporcionou a
assimilação máxima estimada, e 7,46% mais que a assimilação no tratamento
testemunha. Entretanto, este índice nas plantas cultivadas com esterco bovino
variou de 0,33 a 0,46, sendo que o índice máximo foi observado na dose
estimada de 0,92 mg kg-1 de Li, correspondendo a um acréscimo de 15% em
relação a do tratamento testemunha. Quando a maior dose de Li foi adicionada ao
solo este índice declinou 20,86% em relação ao registrado na dose estimada, e
6,90% menos que o do tratamento testemunha.
Os índices de assimilação de K, tanto das plantas adubadas com ureia + P,
como as adubadas com esterco bovino, não apresentaram diferença entre si pelo
teste Tukey a 5%.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HOLLENDER, R.; SHULTZ, J. Bolivia y su litio ¿Puede el “oro del siglo XXI”
ayudar a una nación a salir de la pobreza? Cochabamba – Bolivia. Mayo 2010.
O artigo a ser ajustado e submetido ao Comitê Editorial do periódico cientifica Revista Cubana de
Plantas Medicinales, em versão na língua portuguesa..
ASSIMILAÇÃO DE LÍTIO, SÓDIO E POTÁSSIO POR ALFACE NA
PRESENÇA DE ADUBO MINERAL E ORGÂNICO
Palavras- chave: lítio dieta, esterco bovino, húmus, Lactuca sativa L..
ASSIMILATION OF LITHIUM, SODIUM AND POTASSIUM IN
LETTUCE IN THE PRESENCE OF FERTILIZER MINERAL AND
ORGANIC
ABSTRACT: This study was conducted on the experimental farm of the Federal
University of Reconcavo of Bahia, Campus of Cruz das Almas, with the aim of
studying the assimilation of Lithium (Li) of the soil by plants of lettuce (Lactuca
sativa L.) in the presence of mineral and organic fertilizer to cultivate. The variety
used was butter lettuce; plants were grown with fertilizer based cattle manure +
urea + potassium chloride (T1 - without fertilizer; T2 – 7,11 g urea + 5,33 g
potassium chloride (KCl); T3 – 3,55 g urea + 2,67 g KCL + 320 g cow manure and
T4 - 640 g manure). Treatments were arranged in a randomized block design with
five replicates. The measured concentrations of Li, Na and K were performed
using a flame photometer. Were evaluated: fresh weight and dry weight of shoots
and roots, concentrations, accumulations, the ratios of concentrations and rates of
assimilation of Li Na and K by plants; The contents of Li, Na and K, and the ratios
of the concentrations of Li and Na, Li and K in the soil. The form of fertilization
which resulted in better production of fresh weight, dry weight and assimilation of
lettuce by Li was the combination of mineral fertilizer with organic. However, the
mechanisms that regulate the uptake and concentration of Li, Na and K by lettuce
plants need to be further studied.
O Lítio (Li) é um metal alcalino, o mais leve dos minerais, está em muito
pequena quantidade no solo, em rochas (0,004%), em salinas e em água salgada;
na natureza está em forma de dois isótopos: Li7 (92,5%) e Li6 (7,5%); pertence á
família IA da Tabela periódica, de massa atômica 6,941. Foi isolado pela primeira
vez em 1855, pelo alemão Robert Wilhem Bunsen, através da eletrólise do cloreto
de lítio (SKOOG et al, 2006).
As principais reservas deste mineral (85% da reserva mundial) se
encontram na América do Sul, nas salmouras da Bolívia (Solar de Uyuni), do
Chile (Solar de Atacama) e da Argentina (Solar Del Hombre Muerto) (HOLLENDE;
SHULTZ, 2010). O Afeganistão possui reservas deste mineral que podem ser as
maiores do mundo em diferentes formações geológicas (OLIVEIRA, 2010). No
Brasil as maiores reservas de Li se encontram nos estados de Minas Gerais e
Ceará (RAMOS, 1999). Podem ocorrer concentrações anômalas no solo e nas
águas, devido ao descarte de pilhas e baterias no lixo comum (PROCHNOW, T.;
PROCHNOW, E., 2009).
O Li é essencial á saúde mental e comportamental dos seres humanos;
desde 1949 o Carbonato de Lítio vem sendo adotado como medicamento eficaz
no tratamento do Transtorno Bipolar e na atualidade o Li esta sendo adicionado à
água potável ou como suplemento alimentar (levedura), como medida mitigadora
para controlar a manifestação de doenças comportamentais e o crescimento do
percentual de suicídio ente os jovens na Europa, (SCHRAUZER, 2002).
O “Lítio dieta” está presente nos vegetais (alimentos), na levedura e na
água potável, cuja concentração está limitada a 2,5 mg L-1 pela legislação
brasileira através da Resolução 357/05 do CONAMA.
É muito pequena a quantidade de estudos a cerca da absorção de Li pelos
vegetais, em razão de algumas limitações como a sua disponibilidade na crosta
terrestre, da disponibilidade e qualidade da água e do cultivo com correção do pH,
visto que sua maior absorção se dá em condição de pH ácido (DIAS; BLANCO,
2010).
O Li contido na solução do solo é absorvido pelas plantas, através raízes
pelo mecanismo do fluxo de massa; assim como os demais micronutrientes,
depende da água para a sua absorção e distribuição para os demais órgãos, via
39
químico e orgânico.
MATERIAL E METÓDOS
O presente trabalho foi realizado na Universidade Federal do Recôncavo
da Bahia, Campus de Cruz das Almas, na área experimental Projeto Talhão
Memória localizado na sede do município, dista 156 km da capital do estado da
Bahia, situado a uma altitude de 225 m, latitude: 12°39’11”S e Longitude:
39°07’19”O (INMET, 2014). A vegetação predominante é a floresta estacional
semidecidual. O solo da região é classificado como Latossolo Amarelo Álico, com
textura franco-argilo-arenosa, apresentando horizontes subsuperficiais coesos e
relevo plano (EMBRAPA, 2001). O clima tropical sub úmido a seco com
pluviosidade média anual de 1224 mm, com variações de 900 a 1200 mm, mais
chuvosos nos meses de março a agosto, e mais secos de setembro a fevereiro
com temperatura média anual de 24,50°C, clima local é do tipo Am, segundo a
tipologia climática de Köppen (SEI, 2008).
No presente estudo os tratamentos foram dispostos em delineamento de
blocos ao acaso, em arranjo fatorial 4x5 sendo cada parcela experimental
constituída de 0,8 m2 de leira (1,00 m x 0,80 m), contendo quatro linhas de
plantio, com espaçamento de 0,25 m entre linhas e 0,20 m entre plantas. Para fins
de coleta de dados foram considerada como parcela útil as duas linhas centrais.
Cada bloco foi representado por um canteiro de 0,80 m x 4,00 m, perfazendo uma
área de 16,00 m2 por experimento. As parcelas foram separadas por tapumes de
PVC na profundidade de 0,20 m, sendo estabelecida a distância de 1,00 m entre
os canteiros para impedir que houvesse interferência entre os tratamentos dos
experimentos. As doses de adubo aplicadas ao solo foram calculadas para
atender a demanda de nutrientes para produção da alface, de acordo com a
análise do solo e recomendações técnicas para a cultura.
As mudas de alface foram produzidas na estufa de Nutrição Mineral de
Plantas da UFRB, em bandejas de 128 células e 0,06 m de profundidade, a partir
de sementes de alface manteiga, cultivar babá de verão (Irecê); foram
transplantadas para canteiro quando estavam com quatro folhas definitivas; aos
vinte cinco dias do transplante, as plantas sofreram um ataque de Lagria villosa,
que foram catados manualmente e cortados com tesoura; as plantas foram
colhidas 45 dias após o transplante.
41
A análise do solo superficial (0-20 cm) foi realizada pela Empresa Baiana
de Desenvolvimento Agrícola - Central de Laboratórios (EBDA-CLA) e apresentou
o seguinte resultado: pH em água - 5,6; Carbono - 0,31 dag kg-1; Fósforo –
32 mg dm-3;Ca+Mg - 1,46 cmolc dm-3; Cálcio - 0,76 cmolc dm-3; Magnésio -
0,70 cmolc dm-3,Relação Ca Mg - 1,09; Potássio - 0,18 cmolc dm-3 (72 mg dm-3);
Sódio - 0,03 cmolc dm-3; Alumínio - 0,05 cmolc dm-3.
A recomendação de adubação foi 80 kg de Nitrogênio e 40 kg de potássio
por hectare, sendo os adubos adicionados ao solo na forma dos seguintes
tratamentos: T1 - sem adubo; T2 - 7,11 g ureia e 5,33 g cloreto de potássio (KCl);
T3 - 3,55 g ureia, 2,67 g KCL e 320 g esterco bovino; T4 - 640 g esterco bovino. A
ureia e o esterco de gado foram aplicados metade no plantio e metade em
cobertura, aos vinte dias do plantio. O KCl foi aplicado apenas no plantio. Embora
recomendada, não foi realizada a correção do pH do solo, porque a melhor
absorção do Li, geralmente, ocorre em solos ácidos (LAMBERT, 1983).
A análise do esterco bovino foi realizada pelo Centro de Tecnologia
Agrícola e Ambiental (CAMPO) e apresentou o seguinte resultado: Umidade -
17,8%; pH em CaCl2 - 6,3; Magnésio Total - 1,9% (m/m); Matéria Orgânica -
15,4%; Carbono Orgânico Oxidável - 8,9%; Nitrogênio Total - ˂1% (m/m); relação
42
C/N - 15,4; Fósforo Total - 0,47% (m m); Potássio Total - 0,51% (m m); Boro -
˂0,005;% (m/m) Cobre - ˂0,005% (m/m) Manganês Total - 0,01% (m/m) Ferro -
0,31% (m/m); Enxofre Total - 0,15% (m/m); Zinco Total - 0,01% (m/m).
A concentração de N na ureia utilizada no experimento foi de 45% e o KCL
usado continha 60% K2O e 38% Cl.
O teor de Li, Na e K no esterco bovino foi realizada no laboratório de
Bioquímica da UFRB, pelo processo de digestão por via úmida, modificado de
Embrapa (2009), com H2SO4 e H2O2 e apresentou o seguinte resultado: Na - 3600
mg kg-1; K - 4400 mg kg-1; Li - 80 mg kg-1. A concentração de Li, Na e K na Ureia
e no Cloreto de potássio foi realizada pelo método descrito por EMBRAPA (2009)
no Laboratório de Química Analítica da UFRB. Na amostra de Ureia analisada
não foi detectada a presença de K e Li e na de Cloreto de potássio não foi
detectada a presença de Li, sendo que o teor de Na foi de 1954 mg kg-1 na Ureia
e o Cloreto de potássio apresentou o seguinte resultado: Na – 20.668 mg kg-1 e K
– 7.272 mg kg-1.Para as determinações dos teores naturais de Li, Na e K no solo
não adubado, as extrações foram realizadas em solução de Mehlich e as
determinações, por fotometria de chama, segundo EMBRAPA (1997). Apresentou
o seguinte resultado: Na – 134,4 mg kg-1; K – 73,3 mg kg-1; Li – 1,4 mg kg-1.
As amostras para análise da alface foram coletadas na parcela útil, as
quatro plantas centrais, segundo recomendado por Malavolta et al. (1997 Após a
coleta as raízes foram separadas da parte aérea e lavadas em água corrente,
com o auxilio de uma peneira e bacia, para evitar a perda das partes mais finas, e
posteriormente, secas com papel toalha. Todo material fresco (raiz e parte aérea)
foi pesado em balança semi-analítica (divisões de 0,001 g), submetido a pré-
secagem por quarenta e oito horas e depois, secos em estufa de circulação
forçada de ar a 65ºC por setenta e duas horas. O material seco foi pesado,
triturado em moinho elétrico vertical tipo Willye e depois acondicionados em
frascos de polietileno, previamente descontaminados em solução de ácido nítrico
a 10% e enxaguados em água destilada devidamente identificados.
As amostras da alface, do húmus e do esterco bovino foram abertas pelo
método de decomposição por via úmida, modificado da Embrapa (2009),
utilizando ácido sulfúrico (H2SO4) e peróxido de Hidrogênio (H2O2) a 30%. Foi
pesada 0,1 g de cada amostra, em tubo de ensaio de 25x250 mm, depois se
adicionou 3,5 ml de H2SO4 e após trinta minutos acrescentou-se 2,0 ml de H2O2.
43
RESULTADO E DISCUSSÃO
esterco bovino (T3), seguidas pelas médias da plantas adubadas com esterco
bovino (T4), conforme Tabela 1.
Tabela 1. Peso fresco e seco da parte aérea e raiz das plantas de alface
cultivadas com ureia + KCl e esterco bovino Cruz das Almas-BA, 2014.
Tratamento PFPA1 g PFR2 g PSPA3 g PSR4 g
Testemunha (T1) 54,40c 6,80a 2,63b 0,63ª
Ureia + KCl (T2) 71,90bc 6,72a 3,09ab 0,62ª
Ureia + KCl + esterco bovino (T3) 97,52a 9,23a 3,94a 0,86ª
Esterco bovino (T4) 88,76ab 7,80a 3,84a 0,66ª
DMS 24,32 2,73 1,07 0,29
Médias seguidas por letras iguais na linha, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5%.
(1) (2) (3)
PFPA - peso fresco da parte aérea; PFR - peso fresco da raiz; PSPA - peso seco da parte
(4)
aérea; PSR - peso seco da parte aérea.
esterco bovino (T4) não diferiram entre si,conforme teste de Tukey a 5%, (Tabela
3), apesar da inclusão do esterco bovino na adubação ter aumentado o teor e de
Li no solo, (Tabela 2).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MALAVOLTA, E.; VITTI, G.C.; OLIVEIRA, S.A. de. Avaliação do estado nutricional
das plantas: princípios e aplicações. 2.ed. Piracicaba: POTAFOS, 1997. 319p.