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Intensivo

SEXUALIDADE
E ESPIRITUALIDADE II

DO DESPERTAR
RESUMO AULA 01
JUNHO 2023

O Amor é a Seiva da Vida

Eu tenho dedicado minha vida na trans-


missão de uma mensagem que tem o amor
como centro, e o meu propósito de alma é
compartilhar essa visão onde o amor é uma
medicina universal para todos os males. O
amor é a seiva da vida, porque Deus é amor.

Se o amor é um remédio, porque seguimos


tão doentes e miseráveis?

Na grande maioria da humanidade, o fluxo


do amor está travado por conta do ódio e do
medo, que foram criados para anestesiar as
feridas emocionais. O egoísmo do falso "eu"
trava esse fluxo e vai na direção oposta da
doação.

Se estamos sonhando o sonho de egoísmo


(do ódio e do medo), é difícil acreditar que
o amor está em todo lugar, e passamos a

fantasiá-lo. Expressamos esse amor nas


músicas, filmes, novelas.... porque sentimos
falta dele. Carregamos uma angústia
e sentimos falta de nós mesmos: Saudade
de nós mesmos!

Não temos acesso a esse “gosto de quem


somos”. Não conhecemos, mas falamos
“desse gosto” com bastante autoridade e
muitos se arrogam doutores do assunto.
Mas na verdade, o que se conheceu, foi um
vislumbre do amor e o que se tem é uma
ínfima memória desse gosto.

Conhecemos o amor egoísta em seu aspec-


to infantil, por exemplo, quando mamamos
no peito da mãe, tivemos um ínfimo vislum-
bre do amor e acreditamos que esse seja o
Amor Real. Tomamos o falso como real e
inconscientes de quem somos, ninguém
ama ninguém.

E no núcleo do bloqueio do fluxo do Amor ou


da consciência de si mesmo, está o bloqueio
da energia sexual. O amor é como o
perfume de uma flor. A semente dessa flor é
o sexo. Se a semente é condenada, não é
possível destravar o fluxo do amor, já que
não é possível se tornar consciente de si
mesmo.

Para se amar alguém de verdade, o sexo


deve ser aceito sem reservas. Esse amor
que conhecemos, no seu aspecto infantil,
deve ser compreendido. Aceitar o sexo sem
reservas, é superar a repressão e não deixar
o egoísmo tomar conta da energia sexual.
Essa tríade da força vital, do Eros e do amor,
é que possibilita a abertura dos canais de
ascensão.

Só com consciência de si mesmo


é possível ver a sacralidade do sexo

Vou dar um exemplo dessa nossa sociedade


insana que vivemos atualmente.

Tenho visto com regularidade notícias de


abusos sexuais. Todo dia tem um abuso
e logo na sequência dessa notícia, tem uma
propaganda de pornografia, estimulando
objetivamente as fantasias sexuais dos
pobres bloqueados, reprimidos e, conse-
quentemente, estimulando o abuso. Chega-
mos nesse lugar de violência contra o nosso
espírito com tamanha insanidade.

Toda essa miséria vem da condenação da


semente que é o sexo. A proibição do sexo
está na gênese da maioria das religiões: Eva
comeu a maçã, descobriu o desejo sexual e
transou com Adão. Sem consciência de si
mesmo não é possível se libertar desses
condicionamentos, deste lixo mental e assim
ver a sacralidade do sexo.

Graças aos condicionamentos repressores,


tratamos o sexo ou como um fenômeno
meramente biológico destinado a pro-
criação ou como um pecado, gerador de um
prazer aterrorizante. Mas se você não
é capaz de amar a si mesmo e de sentir
o prazer positivamente orientado, não é
possível amar o próximo. Ninguém ama a
Deus ou ao próximo se não amar a si
mesmo. É o prazer na luz!

Por isso, no atual estágio de nossa evolução,


somos detentos dos dois primeiros chakras:
Sobrevivência e sexualidade. Dinheiro e
sexo. Você quer dinheiro para ter poder e
comprar o sexo e aliviar a angústia da
saudade de si mesmo. Para ascendermos
precisamos sacralizar essa energia sagrada.
Só assim vamos entender o quanto o sexo
também é divino, e não um negócio... uma
mercadoria. Com sexo podemos subir ou
podemos descer.

A liberdade verdadeira
acontece quando não existe
nenhuma repressão
Voce só vai se emancipar verdadeiramente
e se tornar livre, ou um celibatário real,
quando não tiver mais nenhuma repressão,
nenhuma condenação e, consequente-
mente, as distorções oriundas dessa
repressão como: a luxúria, a pornografia,
promiscuidade, perversidade…
Não podemos deixar o templo do sagrado
ser profanado. Precisamos primeiramente
querer isso e assumir esse compromisso
com o amor, largando os maus hábitos.

Na verdade, estamos fugindo do perdão


e apegados aos modelos de dramas de
controles das 9 matrizes do eu inferior e suas
máscaras, onde o orgulho-medo-obsti-
nação se destacam.

Sem esquecer de falar da inveja também,


que não é qualquer coisa. Precisamos
querer abrir mão dessas distorções para
entrar no campo da sexualidade sagrada.

Não havendo mais bloqueios, a energia


naturalmente sobe, e a utilização da energia
sexual passa a ser uma meditação. Você vai
pouco a pouco, se desinteressando pela
união carnal. Não por ser contra ou por ser
proibido, mas simplesmente porque sua
energia subiu. Embora que, eventualmente,
possa acontecer se assim você quiser, pois
você é livre.

O mistério do sexo como uma possibilidade


de ser um instrumento de ascensão se
revela quando você o aceita. Ao com-
preender o amor você compreende
o universo. O amor é o único mistério a ser
revelado. Osho falou certa vez que:
“Quanto mais pecaminosa e irreverente for
sua maneira de abordá-lo, mais feio e
pecaminoso será o sexo com o qual você se
defrontará”.

Exercício para ajudar a entrar


no campo da sexualidade sagrada

Como fazer então, na prática, para


entrar no campo da sexualidade
sagrada?

Primeiramente, pode ser de grande


valia reconhecer e admitir suas fanta-
sias sexuais, sem qualquer julgamento
ou condenação. Elas dizem muito a
respeito da natureza do seu bloqueio e
te trazem cura. Não precisa falar delas
para seus parceiros (a não ser que
queira).

As fantasias não são para serem


vividas, porque são símbolos do
inconsciente que dizem respeito aos
aspectos da personalidade que
precisam de integração. Você tem
mais acesso a elementos para se
entender, da mesma maneira como
fazemos com os sonhos. O que significa
fantasiar com um trisal, por exemplo?
O que você sente que pode estar
faltando em você?
Autoconfiança? Uma ferida aberta
com a mãe? Com o pai? Que sentimen-
tos você ainda nega ou esconde de si
mesmo?

Tome consciência das suas necessi-


dades de dominar, de controlar
o outro. Da sua possessividade, da sua
insegurança… e vai pouco a pouco
descobrindo o que de fato você está
buscando no outro. Um encontro com
uma parte de si mesmo? De unidade?
Está em busca de reparação das
injustiças que você acredita que a vida
fez com você?

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