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Quem é?
Vik Muniz, é o maior artista plástico brasileiro, residente nos Estados Unidos. É
conhecido por usar materiais inusitados em suas obras como lixo, açúcar, chocolate,
geleia, calda de chocolate, arame, pó, terra, etc. Trabalha com fotografia, pintura e
escultura.
O processo de trabalho de Vik Muniz consiste em formar imagens com os materiais,
geralmente deterioráveis, sobre uma superfície e fotografá-las, resultando no produto
final de sua produção.
Vicente José de Oliveira Muniz, nasceu no dia 20 de dezembro de 1961, em São Paulo.
Conhecido como Vik Muniz, é filho de Vicente Lopes e Maria Celeste De Oliveira
Muniz, nascidos em Pernambuco.
Carreira:
A sorte de Muniz virou quando salvou um homem rico de uma briga e, esse homem,
comprou uma passagem de avião para Vik ir para os Estados Unidos. A princípio, os
planos do fotógrafo era passar seis meses no país para conseguir aprender o idioma,
porém, ele fixou moradia em Nova York, onde se consagrou como artista.
Abriu seu primeiro ateliê de artes, em Nova York. Foi no exterior que ele ficou muito
conhecido e teve suas obras expostas em vários meios de comunicação, como o New
York Times. Foram publicações como essas que tornaram o trabalho do artista
conhecido em vários países e, depois disso, vários museus contrataram Vik..
Ele já expôs suas peças em vários países, como: Brasil, Canadá, México, EUA,
Austrália e outros países. Algumas de suas obras são reproduções de obras muito
conhecidas, por exemplo, o quadro da Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci. Ele também já
retratou alguns famosos, como Pelé, Freud, Barack Obama, Seu Jorge, entre outros.
Depois de finalizadas, as obras de Vik precisam ser fotografadas e ter as dimensões de
imagem configuradas, porque suas obras são feitas com materiais deterioráveis.
Muniz tem trabalhado em obras maiores, como imagens esculpidas na terra e outras
produzidas através de pilhas de lixo.
No ano de 2005, o artista publicou o livro “Reflex – A Vik Muniz Primer”, que contém
as imagens de seus trabalhos.
Muniz teve uma exposição no University of South Florida Contemporary Art Museum,
na Flórida, chamada de “Vik Muniz: Reflex”. Até o ano de 2008, essa exposição esteve
em um museu do Canadá e já passou por museus de Miami, Seattle e Nova York.
Em 2007, no 81º Christmas Book da Neiman Marcus, um dos retratos de chocolate “His
& Hers”, produzido por Vik, podem ser encomendados pelo valor de US $110 000, onde
os compradores receberão foto de reprodução de 60 X 48 de tamanho.
Na ocasião, o artista doou as vendas para uma organização de caridade chamada Centro
Espacial do Rio de Janeiro, onde se trabalha a arte com crianças e adolescentes pobres.
Neste mesmo ano, o trabalho do mesmo foi destaque no The Hours-Visual Art of
Contemporary Latin America, uma mostra que acontece no Museu de Arte
Contemporânea de Sydney, na Austrália.
O sucesso de Muniz foi tão grande que, em 2010, um documentário foi produzido e
nomeado “Lixo Extraordinário”, baseado no trabalho do fotógrafo e apresentando
catadores de lixo de uma região do Rio de Janeiro. O documentário foi premiado na
categoria Anistia Internacional do Festival de Berlim e também no Festival de
Sundance.
Vik em 2016, foi um dos diretores da abertura do Jogos Paraolímpicos Rio 2016. Na
ocasião, ele criou obras de arte formadas por quebra-cabeça e levadas pelas delegações
com o nome do país e as fotos dos atletas.
As peças foram todas colocadas no palco do Maracanã e, com a última peça, um
coração foi formado e uma pulsação foi iniciada a partir do uso de projetores. A
referência usada para essa arte foi a frase: “O coração não conhece limites”.
Nesse mesmo ano, Muniz realizou outro trabalho, onde 37 mosaicos passaram a decorar
um trecho do metrô de Nova York, levando em média três anos para ser finalizada e
com finalidade de explorar os diferentes tipos de pessoas que passam pelo metrô.
O artista busca unir a escultura, o desenho e a fotografia em suas obras de arte,
oferecendo grande diferencial que o levaram até museus.
O notável reconhecimento de Muniz no meio foi conquistado após uma matéria ser
publicada no jornal The New York Times, onde o crítico de arte Charles Haggan falou
sobre as obras que estariam expostas em uma galeria da cidade. A partir dessa matéria, o
artista recebeu convites para expor os seus trabalhos no museu Guggenheim e também
no Metropolitan Museum of Art.
O artista foi o primeiro brasileiro a expor obras no museu de arte moderna mais importe
do globo. Ele tem obras expostas em galerias de São Francisco, Paris, MADRI, Tóquio,
Moscou.
Os museus de arte Tate Modern, Victoria & Albert Museum, em Londres; o Gerry
Institute de Los Angeles; e o MAM, em São Paulo, também possuem obras desse artista
para contemplação, além de algumas obras estarem em acervos pessoais.
Ele criou uma obra chamada “Boom”, da série The Sarzedo Drawings, em 2002. A
fotografia foi tirada de uma obra feita com gelatina de prata com viragem e está
disponível para contemplação em um museu de Brumadinho, em Minas Gerais,
chamado de Museu do Inhotim.
Obras:
1 – Lampedusa:
A instalação criada em 2015 e apresentada na Bienal de Veneza é uma dura crítica feita
pelo artista as políticas europeias contra a abertura da fronteira aos refugiados.
O barco, feito simulando uma dobradura infantil e supostamente construído a partir de
ampliações de jornais, foi disposto num dos principais canais de Veneza e lembrava os
espectadores da morte de refugiados que encontravam-se na costa italiana.
2 - John Lennon:
O cantor inglês, ícone do pop, membro dos Beatles, ganhou um retrato feito a partir do
café. Os grãos são responsáveis por definir o seu contorno e o seu cabelo enquanto os
olhos são representados por um par de xícaras cheias.
Vik Muniz consegue criar uma belíssima peça com apenas quatro elementos: o fundo
liso, os grãos, as xícaras e o café pronto dentro delas. Após ser criada, a instalação foi
fotografada e então exibida em mostras.
A série Crianças de açúcar, criada em 1996, alçou Vik Muniz para a fama. Esse foi o
seu primeiro trabalho a ter repercussão e a levá-lo a ser reconhecido internacionalmente.
As imagens são de crianças caribenhas oriundas de famílias pobres que cortam canas de
açúcar nas plantações em St. Kitts.
“O Sugar Children” tem muito a ver com a fotografia, já que o açúcar é um cristal e a
fotografia é um cristal prateado exposto à luz. É uma série pontilhista feita com açúcar
sobre papel preto e depois fotografada em prata de gelatina. Isso desencadeou algo
muito importante. Em 1992, passei as férias na ilha de St. Kitts e brincava com as
crianças locais em uma praia de areia preta. Estas eram crianças de plantações de
açúcar. No meu último dia eles me levaram para conhecer seus pais e me surpreendeu o
quão tristes e cansados eles estavam. Como essas crianças se tornaram esses adultos?
Concluí que a vida tirara sua doçura deles. Esses retratos em açúcar agora estão em
várias coleções importantes, mas também na pequena biblioteca da escola infantil de St.
Kitts. Eu devo muito a essas crianças.”
No local, Vik contou com a ajuda dos catadores de lixo que já habitualmente
trabalhavam em Gramacho. Primeiro fotografou-os, depois, com material recolhido no
próprio lixão, montou as fotografias em dimensões gigantes num depósito próximo.
Todo o projeto foi registrado e deu origem ao consagrado documentário Lixo
extraordinário.
6. Track brawl:
Criada em 2000, Track brawl atualmente pertence a consagrada coleção The Frick
Pittsburgh.
A fotografia, com 61cm x 50,8cm de dimensões, é intitulada de modo literal (a tradução
para o português seria “briga de pista”) e representa, literalmente, uma disputa entre
dois indivíduos em cima dos trilhos de um trem.
7. Paparazzi:
A obra Paparazzi faz parte de uma coleção composta a partir de xarope de chocolate da
marca Bosco. Esse trabalho foi posterior ao das crianças de açúcar, quando Vik
começou a despertar o olhar para materiais inesperados. Vale lembrar que Hitchcock
usou xarope de chocolate Bosco para realizar a famosa cena do chuveiro porque o
sangue real não era suficientemente sangrento na tela.
Ao contrário da série produzida a partir do açúcar, que podia levar muito tempo para ser
confeccionada, nas peças produzidas com chocolate o artista precisava ser rápido, caso
contrário, ficaria seco e sem o brilho necessário.
O ícone cubano Che Guevara ganhou contornos bastante peculiares ao ser reproduzido
por Vik Muniz a partir de feijão enlatado. O sujeito que ficou marcado como o retrato
da revolução cubana foi reinterpretado com feijões porque o alimento é uma comida
típica de Cuba.
A peça foi criada no ano 2000 e é grande, trata-se de uma impressão com 150,1 cm por
119,9 cm.
9. Principia:
O objeto criado em 1997 que foi batizado com o nome de Principia possui 18,1 cm por
27,6 cm e é composto por fotografias, vidro estereoscópico, madeira e couro.
Muniz criou uma série com 100 objetos idênticos numerados, um deles encontra-se no
MAM do Rio de Janeiro e foi doado pelo Clube de Colecionadores de Gravura MAM
de São Paulo.
10. Torre Eiffel:
A criação, datada de 2015, faz parte da série Postcards from nowhere. A representação
de Paris feita a partir do olhar de Vik Muniz ganha contornos completamente diferentes
porque o trabalho é todo realizado a partir de recortes de cartões postais.
Na peça foram utilizados centenas de cartões da cidade luz que, colados, compõem a
célebre paisagem da capital francesa.
A capa do CD “Tribalistas” (2002) foi feita com calda de chocolate. O artista plástico
foi convidado pelo trio para dar a cara do álbum que se tornou icônico na música
brasileira.
Relacionamentos:
Vik Muniz se casou com a empreendedora Malu Barreto em 2016, após seis anos de
namoro. O casal possui uma filha, Dora Muniz, nascida em 2012.
Vik ainda tem mais filhos de outros relacionamentos, Mina Rosa Muniz Tschäpe foi
fruto do relacionamento do artista com Janaína Tschäpe. E Gaspar Muniz, filho de Vik
com a ex-esposa, Maria Mattos.
O artista também possui um enteado chamado Francesco, filho do primeiro casamento
de Malu Barreto.