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AC Atendimento Complementar
ACES Agrupamento de Centros de Saúde
ACSS Administração Central do Sistema de Saúde
ADR Área Dedicada para Doentes Respiratórios
ARS LVT Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
BCG Bacillus Calmette-Guérin
Bi-CSP Bilhete de Identidade dos Cuidados de Saúde Primários
CADI Carers Assessment of Difficulties Index (Índice de Avaliação das Dificuldades do Cuidador)
CAM Consumo de Antimicrobianos
CAMI Carers Assessment of Managing Index (Índice de Avaliação das Estratégias de Coping do Cuidador)
CASI Carers Assessment of Satisfation Index (Índice de Satisfação do Cuidador)
CCS Conselho Clínico e de Saúde
CES Comissão de Ética para a Saúde
CID Classificação Internacional de Doenças
CIPE Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem
CPCJ Comissão de Proteção de Crianças e Jovens
CQSD Comissão da Qualidade e Segurança do Doente
CSP Cuidados de Saúde Primários
CTH Consulta a Tempo e Horas
DAV Diretivas Antecipadas de Vontade
DGS Direção Geral de Saúde
DiOr-CSP Diagnóstico de Desenvolvimento Organizacional nos Cuidados de Saúde Primários
ECCI Equipas de Cuidados Continuados Integrados
ECL Equipa Coordenadora Local
ECSCP Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos
EN European Norm (Norma Europeia)
ERPI Estrutura Residencial Para Idosos
ERS Entidade Reguladora da Saúde
IACS Infeções associadas aos cuidados de saúde
ICPC International Classification of Primary Care (Classificação Internacional de Cuidados de Saúde Primários)
IDG Índice de Desempenho Global
IDS Índice de Desempenho Sectorial
IPST Instituto Português do Sangue e da Transplantação
ISO International Organization for Standardization (Norma Internacional)
LAC Livre Acesso e Circulação
MCDT Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica
MGF Medicina Geral e Familiar
MIM@UF Módulo de Informação e Monitorização das Unidades Funcionais
NACJR Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco
NP Norma Portuguesa
PA Processos Assistenciais
PAI Plano de Auditoria Interna
PAPA Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica
PAUF Plano de Ação da Unidade Funcional
PBCI Precauções Básicas de Controlo de Infeção
PEM Prescrição Eletrónica Médica
PG Processos de Gestão
PNSD Plano Nacional para a Segurança dos Doentes
PNV Plano Nacional de Vacinação
PPCIRA Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos
PS Processos de Suporte
USF Cartaxo Terra Viva Pág. 3
Manual de Boas Práticas Saúde Materna
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 6
1.1 OBJETIVOS ............................................................................................................................................. 6
2. GRAVIDEZ DE BAIXO RISCO ..................................................................................................................... 7
3. CONSULTA PRÉ-CONCEPCIONAL.............................................................................................................. 8
3.1 ATIVIDADES MÉDICAS ........................................................................................................................... 8
3.2 ATIVIDADES DE ENFERMAGEM ............................................................................................................. 9
3.3 REFERENCIAÇÃO HOSPITALAR ............................................................................................................. 10
4. VIGILÂNCIA DE GRAVIDEZ DE BAIXO RISCO .......................................................................................... 11
4.1 ACTIVIDADES MÉDICAS ....................................................................................................................... 11
4.2 ACTIVIDADES DE ENFERMAGEM ......................................................................................................... 13
4.3 EXAMES COMPLEMENTARES DURANTE A GRAVIDEZ ......................................................................... 20
4.4 SUPLEMENTAÇÃO DURANTE A GRAVIDEZ .......................................................................................... 22
4.5 AVALIAÇÃO DO ESTADO VACINAL ....................................................................................................... 22
4.6 PROFILAXIA DA ISOIMUNIZAÇÃO RH .................................................................................................. 22
4.7 PREVENÇÃO DE FORMAS GRAVES DE HEMOGLOBINOPATIAS ........................................................... 24
4.8 DOENÇAS INFECIOSAS NA GRAVIDEZ .................................................................................................. 25
4.9 REFERENCIAÇÃO HOSPITALAR NA CONSULTA DE SAÚDE MATERNA ................................................. 27
5. INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ .......................................................................................... 28
6. CONSULTA DE PUERPÉRIO ..................................................................................................................... 29
7. INDICADORES DE MONITORIZAÇÃO...................................................................................................... 30
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................. 31
1. INTRODUÇÃO
Sendo a vigilância da gravidez um processo assistencial contínuo, os cuidados prestados na consulta de Saúde
Materna (SM) deverão ser partilhados entre os três grupos profissionais (médicos, enfermeiros e secretários clínicos),
no sentido de permitir uma complementaridade dos mesmos, fundamental para melhoria da assistência à mulher
Este Manual tem como objetivo definir as principais condutas a adotar no seguimento de uma gravidez, de forma a
A otimização de resultados e ganhos em saúde durante a gravidez deve ser enquadrada num conjunto alargado de
O período da gravidez deve ser considerado como uma oportunidade para identificar e modificar situações de risco
de patologia futura, tais como a diabetes gestacional e a pré-eclâmpsia. Hoje em dia, sabe-se que a ocorrência destas
situações durante a gestação aumenta o risco futuro de diabetes e doença cardiovascular na mulher.
Pretende-se promover a Saúde da Mulher e do Feto, proporcionando a todas as grávidas identificadas a vigilância
adequada da sua gestação, com esta finalidade são lhes prestados cuidados de saúde integrados.
Realização de Consultas de Saúde Materna pela equipa de saúde, proporciona múltiplas atividades de
A prestação de cuidados tem como referência a legislação em vigor, as Orientações Técnicas e as Circulares
1.1 OBJETIVOS
Receber a mulher que pretende engravidar e/ou desde o início da gravidez, assegurando no fim da gestação, o
DEFINIÇÃO
Define-se como gravidez de baixo risco “...aquela em que não é possível identificar, após avaliação clínica de acordo
com a avaliação do risco pré-natal baseada na escala de Goodwin modificada, (…) nenhum fator acrescido de
morbilidade materna, fetal e/ou neonatal. O risco, sendo dinâmico ao longo da gravidez, deve ser reavaliado em todas
as consultas.” (DGS, Programa nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco, p.33).
DEFINIÇÃO FUNCIONAL
Conjunto de atividades centradas na mulher, casal, família que visam promover um futuro mais saudável desde o
início do ciclo de vida e que se pretende que sejam abrangentes, antecipatórias, numa perspetiva de participação ativa
de todos os envolvidos: família, cuidados de saúde primários (CSP), hospitalares e Unidade de Cuidados na Comunidade
(UCC).
Critérios de inclusão:
Critérios de saída/exclusão:
• Mulheres/famílias que vivem longos períodos do ano fora de Portugal (não invalida a possibilidade
denominador no indicador).
• A referenciação das grávidas de médio-alto risco para seguimento em meio hospitalar, quando
materno-fetal;
• O apoio às puérperas após a alta hospitalar, assegurando cuidados que promovam a sua adaptação
ao novo estadio da vida individual e familiar e promovam o aleitamento materno, de acordo com as
3. CONSULTA PRÉ-CONCEPCIONAL
Vide Circular Normativa da DGS nº 02/DSMIA de 16 janeiro/2006 e Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de
Baixo Risco de Novembro de 2015 (Capítulo 1).
DETERMINAR/AVALIAR:
• Risco concecional, em particular o risco genético, através da história reprodutiva, médica e familiar
• Possíveis efeitos da gravidez sobre as condições médicas existentes, quer do ponto de vista da saúde materna,
quer fetal
• Modificações convenientes, orientando de acordo com os riscos identificados, para os cuidados diferenciados,
sempre que necessário
• Rastreio da violência nas relações de intimidade
EFETUAR:
DISCUTIR:
• O espaçamento recomendado entre os nascimentos, incluindo as questões relativas ao uso dos contracetivos
e à sua interrupção
• As possíveis consequências para o feto da ocorrência, na gravidez, de uma infeção de transmissão sexual e a
importância da adoção, pelo homem e pela mulher, de comportamentos seguros
• O estado nutricional, hábitos alimentares e estilos de vida
• Os aspetos psicológicos, familiares, sociais e financeiros relacionados com a preparação da gravidez
• As vantagens da vigilância pré-natal precoce e continuada
RECOMENDAR:
• A suplementação com ácido fólico, a iniciar pelo menos dois meses antes da data de interrupção do método
contracetivo
• A realização, pelo futuro pai, do rastreio da sífilis, da infeção por VIH e do estado de portador de hepatite B
PROGRAMAR:
DETERMINAR/AVALIAR:
EFETUAR:
• A Avaliação do estado vacinal e atualização do PNV (prioridade na vacinação contra o tétano, a difteria, a
rubéola e o sarampo)
DISCUTIR:
RECOMENDAR:
Deve ser referenciada para o hospital, de acordo com as normas em vigor, a mulher que deseje engravidar e que possua:
• Diabetes;
• Hipertensão arterial medicada;
• Situações familiares com risco genético;
• Antecedentes pessoais de interrupção médica da gravidez por malformação fetal;
• Doenças Autoimunes;
• Mulheres com antecedentes clínicos de trombose vascular (arterial, venosa ou de pequenos vasos);
• Mulheres com antecedentes obstétricos de:
o Uma ou mais mortes in útero inexplicadas de fetos morfologicamente normais (>10 semanas de
gestação);
o Um ou mais nascimentos prematuros (<34 semanas), de fetos morfologicamente normais, associados
a eclâmpsia ou pré‐eclâmpsia grave ou insuficiência placentar;
o Três ou mais abortos espontâneos consecutivos (<10 semanas), excluídas causas anatómicas,
hormonais e cromossómicas.
• Situações de indicação para manutenção de terapêutica crónica prévia, terapêutica potencialmente
teratogénica, ou outro risco fetal;
• Casal com relações sexuais há mais de 1 ano sem gravidez.
O esquema de vigilância e conduta durante a gravidez dependem da existência ou não de patologia. Por isso, pode
ser estabelecido um esquema comum para todas as grávidas numa gravidez de baixo risco. A identificação de um fator
de risco ou de uma situação anómala determina a atuação subsequente, podendo para este efeito serem utilizados
critérios adicionais por decisão de cada Unidade Coordenadora Funcional (saúde materna e neonatal).
Todas as grávidas deverão ser portadoras do Boletim de Saúde da Grávida (BSG), devidamente preenchido nos
Opta-se por dividir os procedimentos a serem realizados ao longo da vigilância da gravidez por trimestres devido às
especificidades de cada um deles. A avaliação do risco pré-natal é efetuada de acordo com a Tabela de Goodwin
modificada.
As consultas de Saúde Materna devem realizar-se com a periodicidade recomendada no Programa Nacional para a
A) Em todas as consultas
• Exame físico
• Suplementação com ácido fólico (400 μg/ dia) até à 12ª semana de gravidez e iodo (150-200 μg/dia) durante
toda a gravidez
• Suplementação em ferro
• Ensino sobre sinais de trabalho de parto / fisiologia do trabalho de parto / plano de parto
• Preencher Avaliação Inicial (Utilização do centro de saúde, e todos os itens de saúde da mulher);
• Associar o Programa de Saúde Materna.
• Adesão à vacinação
• Comportamento de procura de saúde
• Comportamento de adesão
• Autocuidado
• Gravidez
• Satisfação conjugal
• Adaptação
• Amamentar
• Trabalho parto
• Papel parental
INTERVENÇÕES:
• Supervisionar a adesão à vacinação - Verificar PNV se está atualizado e registar. Colocar no ALERTA a validade
da vacina antitetânica.
• Ensinar sobre vacinação - Caso a vacina estar desatualizada planear a sua administração a partir das 20
• Incentivar para a utilização de serviços de saúde - Informar sobre a necessidade de vigilância durante a gravidez
e a presença de vários profissionais como o enfermeiro e médico de família, pessoal administrativo, curso de
preparação para o parto. Poderão ser solicitados outros profissionais de saúde, de acordo com as suas
necessidades e as da sua família (Técnico de Serviços Sociais, psicólogo, higienista oral, etc.)
• Informar sobre o Boletim de Saúde da Grávida- Fornecer e preencher boletim da grávida com dados de
anamnese, biometrias entre outros e informar sobre a necessidade de o boletim a acompanhar em todas as
consultas
• Ensinar sobre sinais de alarme- Informar sobre sinais e sintomas de alerta nesta fase tais como hemorragia
• Ensinar sobre condições de risco para a infeção- Relativas a infeções alimentares, urinárias e sexuais.
• Ensinar sobre hábitos alimentares durante a gravidez - Ensino sobre alimentação equilibrada e polifracionada,
restrição de açúcar e gorduras, suplementos de ferro e acido fólico. Alimentos recomendados e a evitar devido
• Ensinar sobre hábitos de exercício- Ensinos sobre exercício físico, práticas de desporto e precauções nas
viagens
• Informar sobre relação sexual - Desmistificar mitos e esclarecer dúvidas. Explorar sentimentos da grávida,
alterações da libido. Poderão existir complicações na gravidez e aí é desaconselhável ter relações sexuais.
• Informar sobre vestuário - Roupa adequada nesta fase. Não deve ser apertada, roupa interior de algodão
• Informar sobre higiene- Informar sobre hábitos de sono e repouso, higiene corporal e dentária
• Ensinar sobre desenvolvimento fetal - Ensinos respetivos a evolução e desenvolvimento do feto no interior
• Explicar nova fase do ciclo de vida da família - Ter em conta N.º de filhos, idades, aceitação da gravidez,
• Informar sobre alterações corporais durante a gravidez - Ensinos relativos a crescimento do abdómen (pouco
visível nesta consulta) alteração dos seios e da cor da pele, maior sonolência, obstipação e polaquiúria,
• Informar sobre desconfortos na gravidez - Registo de todos os desconfortos associados a este trimestre bem
como ensinos e medidas de alívio, tais como hipersensibilidade mamária, corrimento vaginal, náuseas e
• Informar sobre direitos sociais - Situação profissional, lei da maternidade e paternidade (dispensa para
consultas pré-natais)
• Monitorizar frequência cardíaca, tensão arterial, peso corporal, urina através de “combur
• Providenciar material de leitura - Facultar panfletos e brochuras sobre aspetos falados anteriormente
INTERVENÇÕES
• Informar sobre alimentação, alterações corporais durante a gravidez, vestuário, relação sexual, desconfortos
• Reforçar ensinos anteriores sobre: sinais de alarme, desenvolvimento fetal, condições de risco para a infeção,
hábitos alimentares durante a gravidez, hábitos de exercício, relação sexual, vestuário e higiene
• Monitorizar frequência cardíaca, tensão arterial, peso corporal, urina através de “combur
• Providenciar material de leitura- Facultar panfletos e brochuras sobre aspetos falados anteriormente
INTERVENÇÕES
• Informar sobre alimentação, alterações corporais durante a gravidez, vestuário, relação sexual, desconfortos
• Reforçar ensinos anteriores sobre: sinais de alarme, desenvolvimento fetal, condições de risco para a infeção,
hábitos alimentares durante a gravidez, hábitos de exercício, relação sexual, vestuário e higiene
• Monitorizar frequência cardíaca, tensão arterial, peso corporal, urina através de “combur
• Providenciar material de leitura- Facultar panfletos e brochuras sobre aspetos falados anteriormente
INTERVENÇÕES
• Informar sobre alimentação, alterações corporais durante a gravidez, vestuário, relação sexual, desconfortos
na gravidez
• Ensinar sobre desconfortos na gravidez associados a 2, º trimestre de gravidez como: cefaleias, lombalgias,
edemas, hipotensão,
• Reforçar ensinos anteriores sobre: sinais de alarme, desenvolvimento fetal, condições de risco para a infeção,
hábitos alimentares durante a gravidez, hábitos de exercício, relação sexual, vestuário e higiene
• Monitorizar frequência cardíaca, tensão arterial, peso corporal, urina através de “combur
• Ensinar sobre transporte do RN - Ensino sobre segurança rodoviária e cadeira adequada ao transporte do bebé
• Providenciar material de leitura- Facultar panfletos e brochuras sobre aspetos falados anteriormente
INTERVENÇÕES
• Reforçar ensinos anteriores sobre: sinais de alarme, desenvolvimento fetal, condições de risco para a infeção,
hábitos alimentares durante a gravidez, hábitos de exercício, relação sexual, vestuário e higiene, enxoval e o
• Monitorizar frequência cardíaca, tensão arterial, peso corporal, urina através de “combur
gravidez: aumento de frequência urinaria, cãibras, contrações, insónias, sensação de falta de ar, etc.
• Incentivar amamentação- esclarecer dúvidas existentes e registar motivação da gravida para amamentar
• Informar sobre métodos de ajuda no trabalho de parto- métodos físicos psicológicos e analgesia
• Providenciar material de leitura- Facultar panfletos e brochuras sobre aspetos falados anteriormente
INTERVENÇÕES
• Reforçar ensinos anteriores sobre: sinais de alarme, condições de risco para a infeção, hábitos alimentares
durante a gravidez, hábitos de exercício, relação sexual, vestuário e higiene, alterações corporais e
• Monitorizar frequência cardíaca, tensão arterial, peso corporal, urina através de “combur
• Incentivar amamentação- esclarecer dúvidas existentes e registar motivação da gravida para amamentar
• Providenciar material de leitura- Facultar panfletos e brochuras sobre aspetos falados anteriormente
INTERVENÇÕES
• Reforçar ensinos anteriores sobre: sinais de alarme, condições de risco para a infeção, hábitos alimentares
durante a gravidez, hábitos de exercício, relação sexual, vestuário e higiene, alterações corporais e
• Monitorizar frequência cardíaca, tensão arterial, peso corporal, urina através de “combur
• Reforçar ensinos sobre amamentação, - benefícios e técnica de amamentação e relação entre amamentação e
vinculação mãe/filho
INTERVENÇÕES
• Incentivar a amamentação
• Ensinar os pais sobre alimentação do lactente - Ensinos realizados sobre aleitamento materno, aleitamento
artificial
1º TRIMESTRE
✓ Eletroforese da hemoglobina;
✓ Hemograma completo;
✓ Glicémia em jejum;
✓ VDRL;
✓ Serologia Rubéola – IgG e IgM (se desconhecido ou não imune em consulta pré-concecional);
✓ Serologia Toxoplasmose – IgG e IgM (se desconhecido ou não imune em consulta pré-concecional);
✓ Ac VIH 1 e 2;
✓ AgHBs;
gravidez (comprimento crânio-caudal), diagnosticar malformações major e contribuir para a avaliação do risco de
aneuploidias.
2º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
✓ VDRL;
✓ Ac. VIH 1 e 2;
✓ AgHBs (nas grávidas não vacinadas e cujo rastreio foi negativo no 1º trimestre).
cefálico e abdominal, comprimento do fémur, estimativa ponderal e parâmetros biofísicos de avaliação do bem‐estar
fetal.
A suplementação com Iodo, ácido fólico e ferro, durante a preconceção, gravidez e amamentação deverá acontecer
de acordo com o descrito no Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco de Novembro de 2015.
A avaliação do estado vacinal durante a preconceção, gravidez e amamentação deverá acontecer de acordo com o
Considerando os benefícios que advêm para as futuras mães e crianças da profilaxia da isoimunização Rh às 28
semanas de gestação e, tendo em vista garantir a equidade no acesso aos cuidados de saúde, a Direcção-Geral da Saúde
estabelece que a imunoglobulina anti-D (300 mcg) deve ser disponibilizada, às 28 semanas de gestação, a todas as
De acordo com o despacho n. º1051/2000, deverá ser sempre preenchido o impresso modelo n. º1804 da Imprensa
Ig anti-D no Boletim de Saúde da Grávida. No entanto, a administração da Ig anti-D é condicionada pelo prévio
consentimento livre e esclarecido por parte da grávida. Este esclarecimento deve abranger informação relativa ao
eventual risco associado aos hemoderivados e a possibilidade da não administração se o pai biológico for Rh-.
Para além de ser disponibilizada às 28 semanas de gestação, a todas as grávidas Rh- não sensibilizadas, a
Imunoglobulina anti-D (300 mcg), deve ser ainda administrada nas circunstâncias descritas na Circular Normativa nº
2/DSMIA de 15/01/2007.
Após a administração de Ig anti-D às 28 semanas, o teste de Coombs indireto será sempre positivo, pelo que não é
necessário realizá-lo.
O pedido da Ig anti-D é feito na consulta realizada antes das 24 semanas, na qual deverá ser realizado o pedido de
consentimento informado. As requisições são entregues na Secretaria, onde cabe aos secretários clínicos enviarem a
requisição para a responsável de Compras e Logística do ACeS Lezíria, através de correio interno ou excecionalmente
O médico de família deverá efetuar pedido de teste de Coombs indireto para a grávida realizar entre as 24 e 26
semanas. O resultado deverá acompanhá-la na consulta das 28 semanas (se vigiada na unidade) ou na marcação da
consulta de enfermagem para administração de Ig anti-D (no caso de grávidas não vigiadas na unidade).
Depois da chegada à Unidade, devem ser verificadas condições de transporte e de imediato a Ig anti-D deve ser
armazenada no frigorífico até à sua administração. Ao receber a Ig anti-D o enfermeiro deve conferir os dados desta
com a requisição, averiguar as condições de transporte da mesma (deve ser transportado em recipiente isotérmico),
Administração:
A administração é feita na consulta das 28 semanas, e se teste de Coombs indireto for negativo, realiza-se a
administração da Ig anti-D. Em caso da não administração nessa consulta, poderá ser realizada até às 30 semanas e 6
dias.
Antes, procede-se ao preenchimento e arquivo dos impressos com respetivo consentimento informado em local
A Ig anti-D deverá estar à temperatura ambiente antes de ser administrada por via intramuscular e em segurança,
preferencialmente no glúteo com a utente deitada. Após esta administração, a utente deve permanecer em observação
durante pelo menos 30 minutos. Por fim regista-se na requisição de hemoderivados (impresso modelo n. º1804 da
Imprensa Nacional) a data de administração e o lote do medicamento, faz-se o registo em SClinico, nomeadamente no
No caso de a utente faltar à administração na data prevista, deverá ser convocada com maior brevidade possível
Se administração Ig anti-D ocorrer noutra unidade de saúde, aquela que estava reservada para a grávida em questão
adultos portadores (heterozigotos), a identificação e o aconselhamento genético dos casais em risco, e, quando
Nos últimos anos, tem-se verificado uma acentuada migração interna no País e o acolhimento de um número
crescente de imigrantes provenientes daqueles países, assim como, da Europa de Leste e da Ásia, áreas com elevada
prevalência de hemoglobinopatias e características genéticas distintas. Neste contexto, deverá ser proposta a pesquisa
de hemoglobinopatias a todas as mulheres em idade reprodutiva, em particular, nas consultas de planeamento familiar,
pré-concecional ou, com carácter de urgência, na primeira consulta da gravidez, de acordo com a seguinte metodologia
proposta.
Rubéola
• Ac IgG/IgM rubéola:
✓ “Não imune” – Repete análise às 18-20 semanas;
Nota: procedimento a verificar mesmo se a mulher foi vacinada; recomendar a não exposição a pessoas doentes,
particularmente crianças.
Toxoplasmose
• Ac IgG/IgM toxoplasmose:
Sífilis
• VDRL:
✓ “Não reativo” – repete no 3º Trimestre;
• TPHA ou FTA-ABS:
✓ “Negativo” – falso positivo;
✓ “Positivo” – suspeita de primoinfeção/recorrência → Referenciar ao hospital;
Hepatite B
• AgHBs:
✓ “Negativo” – Repete no 3º Trimestre;
✓ “Positivo” – Solicitar marcadores da Hepatite B (AgHBe) e Hepatite C e função hepática (transaminases,
fosfatase alcalina, LDH e gama GT) e referenciar ao hospital.
• AgHBe:
• Ac HIV 1 e 2:
Varicela
Grávidas com história de contacto com Varicela e que não estejam imunizadas ou desconheçam o seu estado
imunitário, devem ser enviadas ao Serviço de Urgência de Obstetrícia/Ginecologia.
Verrugas genitais
A avaliação do risco pré-natal é efetuada de acordo com a Tabela de Goodwin modificada, sendo seguidas ao nível
dos CSP as grávidas que tenham baixo risco (≤2). O risco ao longo da gravidez é dinâmico, devendo ser calculado em
cada consulta. Assim, a grávida deverá ser referenciada aos CSS sempre que se identifique um risco médio (3 a 6 pontos)
A referenciação para os CSS deverá ser feita através de pedido de consulta via CTH-Alert P1 ou RSE-SIGA.
• Idade ≥ 40 anos;
• Toxicodependentes ou alcoolismo;
A grávida inserida no grupo de baixo risco deverá ser referenciada atempadamente para realização de consulta
A referenciação para o hospital, quer para consulta de Alto Risco, quer para consulta de ABEF, é efetuada via ALERT
• Motivo da referenciação:
ENQUADRAMENTO LEGAL
A interrupção da gravidez (IVG) pode atualmente ser realizada em estabelecimentos de saúde oficiais ou
O Código do Trabalho ‐ Artigo 38.º determina o período de Licença por interrupção da gravidez.
De acordo com a Lei 16/2007, a interrupção da gravidez por opção da mulher - alínea e) do artigo 142º do Código
Penal ‐ deve ser precedida pela realização de uma consulta, cujo objetivo é confirmar uma gestação em curso, datar a
gravidez e fornecer as informações necessárias para que a mulher possa decidir de forma livre e consciente.
Tendo em conta que os riscos de uma interrupção de gravidez são tanto menores quanto menor for a idade
gestacional, o período entre a marcação e a efetivação da consulta prévia não deve ser superior a 5 dias, sem prejuízo
Mesmo que tenha sido disponibilizado um método contracetivo no decurso do processo (DIU, implante ou outro),
deve ser garantido o seguimento, idealmente no prazo de 15 dias, em consulta de saúde reprodutiva/planeamento
6. CONSULTA DE PUERPÉRIO
As consultas do puerpério devem idealmente ser realizadas em articulação e complementaridade com as consultas
de Saúde Infantil. No puerpério que decorra sem complicações ou desvios da normalidade preconiza‐se uma consulta
a realizar entre a 4ª e a 6ª semanas após o parto, idealmente fazendo coincidir a consulta de Puerpério com a consulta
Deve ser consagrada uma consulta no puerpério precoce (até ao 15º dia pós-parto) em puérperas com situações
especificas:
As puérperas com Diabetes Gestacional deverão realizar reclassificação nas 6 a 8 semanas após o parto. As puérperas
portadoras de infeção VIH ou Hepatite B ou C serão referenciadas à Consulta de Infeciologia do Hospital Distrital de
Santarém (HDS).
7. INDICADORES DE MONITORIZAÇÃO
Cartaxo Terra Viva selecionou indicadores que podem ser monitorizados pelos sistemas informáticos
utilizados.
• Indicador 398 – Prop. gráv. fumad. c/ int. breve ou mt. breve 1ºT.
Os resultados dos indicadores acima referidos são retirados mensalmente na plataforma MIM@UF e
analisados trimestralmente.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Diário da República n.º 30/2009, Série I de 2009-02-12, Lei n.º 7/2009 – Aprova a revisão do Código do
Trabalho.
• Diário da República n.º 75/2007, Série I de 2007-04-17, Lei nº 16/2007 – Exclusão da ilicitude nos casos de
interrupção voluntária da gravidez.
• Direção-Geral da Saúde, Circular Normativa de 21/06/07 – Organização dos Serviços para implementação da
Lei 16/2007 de 17 de abril.
• Direção-Geral da Saúde, Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco, Lisboa, 2015.