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Transferência de calor em

superfícies estendidas
Transferência de Calor em Superfícies
Estendidas
O termo superfície estendida é comumente usado para descrever um
caso especial importante envolvendo a transferência de calor por
condução no interior de um sólido e a transferência de calor por
convecção (e/ou radiação) nas fronteiras do sólido.
Em uma superfície estendida, a direção da transferência de calor nas
fronteiras é perpendicular à direção principal da transferência de calor
no interior do sólido.
Transferência de Calor em Superfícies
Estendidas
A aplicação mais frequente é aquela na qual uma superfície estendida é usada
especificamente para aumentar a taxa de transferência de calor entre um sólido e
um fluido adjacente. Tal superfície é chamada de aleta.
Pela lei de resfriamento de Newton, podemos aumentar a taxa de transferência
de calor de duas formas:
1. Aumentando a velocidade do fluido e consequentemente aumentando o
coeficiente de convecção h;
2. Reduzindo o T∞ do fluido.

Uma terceira opção pode ser obtida com o aumento da área da superfície através
da qual ocorre a convecção.
Transferência de Calor em Superfícies Estendidas
Transferência de Calor em Superfícies
Estendidas
O material da aleta deve ter condutividade térmica
elevada para minimizar variações de temperatura
desde a sua base até a sua extremidade.
Dentre as geometrias mais comuns podemos
encontrar:

• Aletas planas;
• Aletas anulares;
• Aletas piniformes.
Transferência de Calor em Superfícies
Estendidas

a) Aleta plana com seção transversal uniforme; b) Aleta plana com seção transversal
não-uniforme; c) Aleta anular; d) Aleta piniforme.
Uma análise geral da Condução
Como engenheiros, estamos principalmente interessados
em saber a extensão na qual uma certa superfície estendida
ou um arranjo de aletas poderia melhorar a transferência de
calor de uma superfície para o fluido adjacente.
Para determinar a taxa de transferência de calor associada a
uma aleta, em primeiro lugar, devemos obter a distribuição
de temperaturas ao longo da aleta.
Para tal, necessita-se realizar um balanço de energia em
um elemento diferencial apropriado. Para facilidade, são
adotadas algumas simplificações.
Uma análise geral da Condução
Uma análise geral da Condução
Aplicando a exigência da conservação da energia, obtemos:

Da lei de Fourier sabemos que:

A taxa de condução de calor em x + dx pode ser representada por:


Uma análise geral da Condução
Tem-se então:

A taxa de transferência de calor por convecção pode ser representada


por:

Substituindo as equações anteriores no balanço energético dividindo


por K e dx temos:
Uma análise geral da Condução
Assim conseguimos obter uma forma geral da
equação da energia para uma superfície estendida:
Aletas com Área de Seção Transversal
Uniforme
Para resolver a solução geral, é necessário ser mais específico em
relação à geometria. Iniciando pelas aletas retangulares e piniformes de
seção transversal uniforme conforme esquema abaixo.
Aletas com Área de Seção Transversal Uniforme
As soluções obtidas, são resumidas na tabela abaixo para os quatro casos
possíveis e simplificam nossa análise. As deduções algébricas podem ser
acompanhadas no livro texto.
Desempenho de Aletas

A aleta em si representa uma resistência condutiva à transferência de


calor na superfície original. Por essa razão, não existe qualquer garantia de
que a taxa de transferência de calor será aumentada com o uso destas.
Uma investigação sobre o assunto pode ser efetuada através da
efetividade da aleta. Ela é definida como a razão entre a taxa de
transferência de calor da aleta e a taxa de transferência de calor que existiria
sem a presença da aleta.
Desempenho de Aletas
O uso de aletas será raramente justificado a não ser que a
efetividade seja maior ou igual a 2.
A efetividade pode ser melhorada pela seleção de um material com
elevada condutividade térmica. São muito utilizadas ligas de alumínio
e cobre, sendo a primeira a mais comum.
Outra justificativa para o uso de aletas, é no caso de termos um
coeficiente convectivo muito baixo, ficando evidente assim que a
necessidade de utilização é maior quando o fluido é um gás ao invés de
um líquido e quando a transferência de calor ocorre por convecção
natural.
Desempenho de Aletas
Uma outra medida do desempenho térmico de uma aleta é fornecida pela
eficiência da aleta η.
Um fator importante na definição da eficiência da aleta é o comprimento corrigido
Lc.
Para aletas retangulares:

Para aletas piniformes:

De posse deste parâmetro podemos fazer a consulta da eficiência da aleta em


tabelas para facilidade de cálculo.
Desempenho de Aletas
Desempenho de Aletas
Desempenho de Aletas
O desenvolvimento das expressões de eficiência para aletas pode ser
algo complexo, ainda mais quando se trata de geometrias variáveis.
Para fins de praticidade, expressões para a eficiência e a área
superficial de aletas com várias geometrias usuais estão resumidas em
uma tabela.
Desempenho de Aletas
Desempenho de Aletas
Desempenho de Aletas
Eficiência Global da Superfície
A eficiência global da superfície caracteriza um conjunto de aletas
e a superfície base na qual ele está fixado.
Eficiência Global da Superfície
Para o caso de aletas integrais, a eficiência global da superfície se
apresenta como:

No caso de aletas encaixadas na superfície de base, têm-se uma


resistência de contato, e a eficiência global de superfície fica como:

onde:
Referência
• INCROPERA, F. P.; DEWITT, D. P. Fundamentos de Transferência
de Calor e Massa.6ª / 7ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998.

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