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ESCOLA POLITÉCNICA
SALVADOR – BA
2018
ALEXANDRE MAGNO COUTINHO BORGES
Dissertação apresentada à
Universidade Federal da Bahia,
como parte das exigências do
Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Química para obtenção
do título de Mestre em Engenharia
Química.
Salvador – BA
2018
Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema Universitário de Bibliotecas (SIBI/UFBA),
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Keywords: Artificial Lift, Electric Submersible Pump, Performance curve for ESP,
Viscous correction factors
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1.1 OBJETIVOS ...................................................................................................... 14
1.1.1 Objetivo geral.............................................................................................. 14
1.1.2 Objetivos específicos .................................................................................. 14
1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO .......................................................................... 14
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 15
2.1 PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA ...................................................................... 18
2.1.1 Prospecção dos temas pelo sistema Science Direct ................................... 20
2.1.2 Prospecção dos temas pelo sistema Onepetro ........................................... 21
2.1.3 Prospecção dos temas pelo sistema Worldcat ............................................ 22
2.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................. 23
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 25
3.1 ELEVAÇÃO ARTIFICIAL ................................................................................... 25
3.2 BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO ............................................................ 25
3.2.1 Noções gerais ............................................................................................. 25
3.2.2 Equipamentos de Subsuperfície ................................................................. 27
3.2.2.1 Bomba de Múltiplos estágios ................................................................ 27
3.2.2.2 Admissão da bomba (Intake) ................................................................ 28
3.2.2.3 Motor elétrico........................................................................................ 28
3.2.2.4 Protetor ou Selo ................................................................................... 29
3.2.2.5 Cabos elétricos..................................................................................... 30
3.2.3 Equipamentos de Superfície ....................................................................... 30
3.2.3.1 Quadro de comandos ........................................................................... 30
3.2.3.2 Transformador ...................................................................................... 31
3.2.3.3 Caixa de ventilação .............................................................................. 31
3.2.3.4 Cabeça de produção ............................................................................ 32
3.2.4 Vantagens e Desvantagens ........................................................................ 32
3.2.5 Restrição do BCS quanto a viscosidade ..................................................... 33
3.3 MÉTODOS PARA CORREÇÃO DA CURVA DE DESEMPENHO DO BCS ...... 35
3.3.1 Método HI-USA (Hydraulic Institute-USA,1955) .......................................... 36
3.3.2 Método de Turzo et al. (2000) ..................................................................... 38
3.3.3 Método de Stepanoff (1957) ....................................................................... 40
3.3.4 Método de Ofuchi et al. (2017) .................................................................... 44
3.4 NORMAS API RP 11S2 (2008) ......................................................................... 46
3.4.1 Leis de Afinidade ........................................................................................ 46
3.4.2 Curva de desempenho da bomba fornecida pelo fabricante ....................... 50
3.4.3 Testes com fluidos viscosos ....................................................................... 51
4. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................... 51
4.1 OPERAÇÃO DO SISTEMA BCS NO LABORATÓRIO DE ELEVAÇÃO
ARTIFICIAL-UFBA .................................................................................................. 51
4.2 GRADIENTE DE PRESSÃO E CÁLCULO DO HEAD ....................................... 55
4.3 PROPRIEDADES DOS FLUIDOS ..................................................................... 56
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 59
5.1 ANÁLISE TEÓRICA .......................................................................................... 59
5.1.1 Análise da curva característica utilizada nos testes .................................... 59
5.1.2 Curva do fabricante corrigida pelos métodos (Head) .................................. 61
5.1.3 Curva do fabricante corrigida pelos métodos (Eficiência) ............................ 62
5.1.4 Curva do fabricante corrigida pelos métodos (Potência BHP) ..................... 64
5.2 ANÁLISE PRÁTICA ........................................................................................... 65
5.2.1 Testes experimentais com os fluidos 6 cP; 12 cP e 111cP ......................... 65
5.3 ANÁLISE COMPARATIVA (TEORIAS VS EXPERIMENTOS) – 40 a 60 Hz ...... 67
5.3.1 Análise da viscosidade na curva frequência vs escorregamento ................. 67
5.3.2 Análise do Óleo XP 10: Teorias versus experimentos ................................. 68
5.3.3 Análise do Óleo XP 10 / 220: Teorias versus experimentos ........................ 71
5.3.4 Comentários sobre a limitação e discrepância dos métodos ....................... 74
6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 77
APÊNDICE A – Análise das propriedades dos fluidos ................................................ 79
APÊNDICE B - Tabelas dos parâmetros teóricos com a bomba em 60 Hz ................ 82
APÊNDICE C - Tabelas dos parâmetros práticos com a bomba em 60 Hz ................ 84
APÊNDICE D – Programação Matlab do método de Stepanoff (1957) ....................... 85
APÊNDICE E – Tabelas com dados experimentais (XP 10) ....................................... 85
APÊNDICE F – Tabelas com dados experimentais (XP 10 / 220) ............................... 87
ANEXO I – Fotos relacionadas ao sistema BCS ......................................................... 89
LISTA DE FIGURAS
C Unidade de conversão
D Diâmetro da tubulação
𝐸𝑓𝑓 Eficiência
𝑔 Aceleração da gravidade
𝑛𝑠 Rotação específica
𝑛𝑤 Eficiência da água
𝑃 Pressão
𝑄 Vazão volumétrica
𝑡 Tempo
𝑣 Velocidade do fluido
𝑑 Elemento infinitesimal
1. INTRODUÇÃO
Frisa-se que, atualmente, não há uma clareza sobre qual método apresenta
os resultados mais confiáveis de previsão. Nesse contexto, o presente trabalho
tem o intuito de confrontar os métodos de correção da curva de desempenho
que foram citados, com resultados experimentais realizados com uma bomba
centrífuga operando com fluidos de diferentes viscosidades. O foco do trabalho
está direcionado a aplicação e avaliação de uma nova metodologia proposta por
Ofuchi et al. (2017), a qual sugere previsões mais próximas aos resultados
experimentais, em relação as metodologias mais antigas propostas por
Stepanoff (1957), Turzo et al. (2000) e HI-USA (1955).
14
1.1 OBJETIVOS
1
Relação entre a frequência nominal e a frequência real de operação do sistema BCS
2
Práticas recomendadas para testes com bombas centrífugas submersas
15
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Ippen (1946) realizou mais de 200 testes para viscosidades até 2200 cP em
quatro bombas centrífugas diferentes. Os resultados dos experimentos foram
sumarizados e disponibilizados através de ábacos. Ippen relacionou um número
adimensional (número de Reynolds de Ippen) em função da velocidade
rotacional do diâmetro do rotor e da viscosidade cinemática do fluido, para obter
coeficientes de correção.
Vieira (2014) realizou uma análise das diferentes perdas de carga que
ocorrem no escoamento no interior de uma bomba centrífuga submersa.
Levando em conta diversos modelos de perda da literatura, a autora fez uma
análise de sensibilidade dessas perdas para elaborar um modelo de previsão do
desempenho de bombas operando com fluidos de várias viscosidades.
Outros autores como Stel et al. (2015) e Zhu et al. (2017) realizaram alguns
estudos baseados na análise do escoamento no interior de bombas centrífugas
submersas, partindo de modelagens numéricas e estudos experimentais para
identificar o desempenho das bombas operando com fluidos viscosos.
Nesse sentido, a análise irá explicitar que o método de Ofuchi et al. (2017)
apresenta a menor quantidade de artigos publicados (apenas um), porém, é a
teoria que sugere a melhor previsibilidade, o que justifica a importância de
maiores estudos sobre a eficácia e eficiência desse método.
220
200
180
160
QTD DE PUBLICAÇÕES
140
120
WorldCat
100 OnePetro
80 ScienceDirect
60
40
20
0
2014
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2015
2016
2017
ANO
1452
x
x x 778
x x x 151
x x x x 44
x x x x 5
x x x x 9
x x x x 1
x x x x x x x 0
Vale frisar que dos 151 artigos publicados sobre desempenho do BCS,
avaliando a viscosidade, 44 artigos (em torno de 29%) foram relacionados com
o método de correção do HI-USA (1955). Os métodos de Stepanoff (1957) e
Turzo et al. (2000) apresentaram 9 (em torno de 6%) e 5 (em torno de 3,3%)
publicações respectivamente e o método de Ofuchi et al. (2017), 1 artigo (0,07%)
publicado. Por fim, pesquisado pelas teorias, de forma simultânea, não foi
identificado artigo publicado durante o período de 1998 até o ano 2017.
1899
x
x x 1633
x x x 737
x x x x 17
x x x x 20
x x x x 27
x x x x 0
x x x x x x x 0
A Tabela 2 mostra que dos 1633 artigos publicados sobre bomba centrífuga
submersa e desempenho da mesma, 737 artigos estão relacionados com
estudos sobre os efeitos viscosos. Esse dado apresenta um total de 45% quando
os assuntos performance e viscosidade estão correlacionados. Vale frisar ainda
que, dos 737 artigos publicados sobre desempenho do BCS avaliando a
viscosidade, 64 (8,7%) artigos foram relacionados com os métodos de correção
estudados.
1922
x
x x 975
x x x 94
x x x x 17
x x x x 1
x x x x 3
x x x x 2
x x x x x x x 0
Em suma, foi avaliado que o método de Ippen (1946) e KSB (2005) tem a
mesma premissa do HI-USA (1955), visto que, utiliza-se de ábacos para extrair
os coeficientes de correção. Já o método de Gülich (1999) e Solano (2010) tem
a mesma premissa do método de Turzo et al. (2000), ou seja, utiliza-se de
equações explícitas para encontrar os fatores de correção. Destaca-se ainda que
24
Posto isso, torna-se importante o estudo do método proposto por Turzo et al.
(2000) (mais citado no OnePetro) e Ofuchi et al. (2017), já que nos algoritmos
elucidados por eles, o objetivo é diminuir as imprecisões das interpretações
visuais de ábacos.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O protetor fica alojado entre o motor elétrico e a bomba centrífuga, tem como
funções: proteger o motor para que não haja entrada de fluido, equalizar a
pressão interna do motor com a pressão do fluido produzido, conectar a carcaça
do motor com a carcaça da bomba, evitar diferencial de pressão no motor e
dispor o volume adequado para a expansão e contração do óleo contido no
motor.
Figura 6 - Sistema com selos mecânicos (Fonte: Baker Hughes – Centrilift, 2008)
30
Figura 7 - a) Cabo elétrico chato b) Cabo elétrico redondo (Fonte: Adaptado de Prado,
2007)
3.2.3.2 Transformador
Figura 10 - Curva de desempenho BCS G68LS 538 Series 1 estágio a 60Hz (Fonte:
Baker Hughes, 2015)
𝑄𝑣𝑖𝑠𝑐 = 𝐶𝑄 𝑄𝑤 (1)
𝐻𝑣𝑖𝑠𝑐 = 𝐶𝐻 𝐻𝑤 (2)
𝑛𝑣𝑖𝑠𝑐 = 𝐶𝑛 𝑛𝑤 (3)
Onde:
𝑤 ) 𝑤
𝑦 = −112,1374 + 6,6504 ln(𝐻𝐵𝐸𝑃 + 12,8429ln(𝑄𝐵𝐸𝑃 ) (4)
Onde:
𝑤
𝐻𝐵𝐸𝑃 = Potencial ou altura de elevação da água no ponto de melhor eficiência;
𝑤
𝑄𝐵𝐸𝑃 = Vazão volumétrica da água no ponto de melhor eficiência;
Onde:
𝑤 𝑤
Ler 𝑄𝐵𝐸𝑃 em BPD e 𝐻𝐵𝐸𝑃 em ft
Encontrado 𝑄 ∗ , calcula-se os
fatores de correção 𝐶𝑄 , 𝐶𝑛 ,
𝐶𝐻0,6 , 𝐶𝐻0,8 , 𝐶𝐻1,0 e 𝐶𝐻1,2 com
as eqs. (6) a (11)
Onde:
3 −1
𝑛𝑠 = Rotação específica em 𝑅𝑃𝑀. 𝑚4 . 𝑠 2
𝑚
𝑔 = Aceleração da gravidade em 𝑠2
𝑣𝑖𝑠𝑐 𝑤
𝑄𝐵𝐸𝑃 𝐻𝐵𝐸𝑃 1,5
𝑤 =( 𝑣𝑖𝑠𝑐 ) (15)
𝑄𝐵𝐸𝑃 𝐻𝐵𝐸𝑃
A partir daí foi denominado o fator de correção para vazão, cuja relação é
descrita pela Equação (16):
𝑄 𝑣𝑖𝑠𝑐
𝐶𝑄 = 𝑄𝐵𝐸𝑃
𝑤 (16)
𝐵𝐸𝑃
𝐻 𝑣𝑖𝑠𝑐
𝐶𝐻 = 𝐻𝐵𝐸𝑃
𝑤 (17)
𝐵𝐸𝑃
E, portanto, a Equação (15) pode ser simplificada e escrita pela Equação (18):
𝐶𝑄 = 𝐶𝐻 1,5 (18)
𝑤 𝑤
Identificar (𝑄𝐵𝐸𝑃 , 𝐻𝐵𝐸𝑃 e 𝑣𝑐𝑖𝑛 ) a
uma determinada rotação
constante
𝑣𝑖𝑠𝑐
Estima-se 𝑄𝐵𝐸𝑃 . Calcula-se o
𝑅𝑒𝑆𝑡𝑒𝑝𝑎𝑛𝑜𝑓𝑓 com a equação (18)
NÃO
∆𝑄 < 𝜀?
SIM
𝑣𝑖𝑠𝑐
Calcula-se 𝐻𝐵𝐸𝑃 . Através de
𝑣𝑖𝑠𝑐 𝑤
𝐻𝐵𝐸𝑃 = 𝐶𝐻 𝐻𝐵𝐸𝑃
𝑓𝑡 3
As unidades de cada parâmetro devem ser: vazão (𝑄) em , velocidade
𝑠
rotacional (𝑁) em RPM, altura de elevação (𝐻) em 𝑓𝑡, viscosidade cinemática
𝑓𝑡 2
(𝑣𝑐𝑖𝑛 ) em .
𝑠
√𝑄𝑜𝑝
𝑛𝑠 = 𝑁 3 (21)
(𝑔𝐻𝑜𝑝 )4
4,462
−( 0,70 )
𝑅𝑒
𝐶𝐻 = 𝑅𝑒𝑚𝑜𝑑 𝑚𝑜𝑑 (22)
Vale ressaltar que a faixa de aplicação da equação (22) é entre 0,6 a 1,25,
no qual corresponde a faixa de rotação especifica normalizada.
Onde:
Figura 16 - Curvas características segundo as leis de afinidade QxH. BCS P47. 30Hz a
90Hz. (Baker Hughes, 2012)
A partir da Figura 16, é possível notar linhas verticais que cortam as curvas
de cada frequência de rotação. As regiões internas a essas linhas representam
a faixa de operação recomendada pelo fabricante.
Alguns conceitos são importantes para aplicação adequada das normas API
RP 11S2 (2008), são eles:
Onde:
C= Unidade de conversão
𝑃𝑑𝑒𝑠 −𝑃𝑠𝑢𝑐
𝐻𝑒𝑎𝑑 = (28)
𝜌𝑔
Onde:
4. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL
Ressalta-se que a alimentação do poço foi feita por gravidade (32 metros de
queda de fluido) e de forma contínua, garantindo-se sempre, o poço cheio e a
bomba centrífuga totalmente submersa ao fluido. Durante o tempo de coleta da
vazão foram registrados valores iniciais e finais das pressões (fundo e topo), e
calculado uma média aritmética desses registros. Esse procedimento foi
necessário para minimizar a variação de pressão na sucção da bomba, uma vez
que o ideal é manter a mesma constante.
𝑑𝑝 0,5𝐶𝑓 𝜌𝑣2
= −𝜌𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃 − (29)
𝑑𝑥 𝐷
Onde:
𝐶𝑓 = Coeficiente de atrito
56
𝐷 = Diâmetro da tubulação em m
Onde:
XP 10
Viscosidade do XP10 0,0064 Pa.s
Massa especifica da 988,02 kg/m³
água
Viscosidade da água 0,0005 Pa.s
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Vale ressaltar que a linha vertical, em vermelho, corta os pontos de vazão versus
head indicando o melhor ponto de eficiência para cada frequência.
3 −1
Já a rotação específica de operação da bomba, em 𝑅𝑃𝑀. 𝑚4 . 𝑠 2 , foram de:
4,0 (60 Hz); 3,999 (55 Hz); 3,986 (50 Hz); 3,995 (45 Hz); 4,255 (40 Hz).
Figura 25 - Curvas vazão vs head para os fluidos 1 cP (Água); 6 cP (XP 10), 12 cP (XP
10 / 220) e 111 cP (XP 220)
3
Nomenclatura utilizada pela Petrobrás para óleos LUBRAX
62
A partir da Figura 25, nota-se uma redução do head, estimado pelos métodos,
quando a operação é realizada com fluidos viscosos. Percebe-se que a diferença
de desempenho entre o XP 10 e XP 10 / 220 é muito pequena, quando analisado
por A) e B) e um pouco mais acentuada quando analisado por C) e D).
Utilizando como referência uma vazão em torno de 450 BPD (BEP da água),
foi observado uma perda de altura de elevação do fluido de 6 cP em relação
água de: A) 3,5%; B) 8,8%; C) 8,2%; D) 11,9%
Utilizando como referência a mesma vazão de 450 BPD, foi observado uma
perda de altura de elevação do fluido de 12 cP em relação água de: A) 7,9%; B)
9,7%; C) 12,0%; D) 16,7%
Vale ressaltar que o algoritmo do método Ofuchi et al. (2017) não prevê
fatores de correção para eficiência. Portanto, as análises de eficiência da bomba
se restringem aos outros três métodos anteriormente citados.
63
Utilizando como referência uma vazão em torno de 450 BPD (BEP da água),
foi observado que a eficiência da bomba para o fluido de 6 cP é de: A) 36% e C)
35%. Já a eficiência da bomba operando com água é de 45%.
64
Utilizando como referência a mesma vazão de 450 BPD, foi observado que a
eficiência da bomba para o fluido de 12 cP é de: A) 31% e C) 31%.
Figura 27 - Curvas Vazão vs BHP para os fluidos 1 cP (Água); 6 cP (XP 10), 12 cP (XP
10 / 220) e 111 cP (XP 220)
65
Dessa forma, utilizando como referência a vazão de 450 BPD (BEP da água),
foi observado que a bomba requer um acréscimo de potência para o fluido de 6
cP, em relação a água, de: A) 10,0% e C) 10,61%. Utilizando como referência a
mesma vazão de 450 BPD, foi observado que a bomba requer um acréscimo de
potência para o fluido de 12 cP, em relação a água, de: A) 28,0% e C) 22,4%
Durante a coleta dos dados foi constatado que quando a operação era
mantida por algumas horas em 60 Hz, o motor elétrico de alimentação da bomba
alcançava o seu limite de temperatura operacional (140 ºC), e a intensidade de
corrente elétrica do sistema chegava ao limite de 29 amperes. Esse
comportamento foi identificado devido ao aumento da viscosidade do fluido. Por
questões de segurança, o sistema é configurado respeitando esses parâmetros
operacionais, e por isso, quando essas marcas são atingidas, a operação é
66
40
35
30
Head XP 10
25
Head/stg (Ft)
20
Head XP 10
15 / 220
10
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650
Vazão (BPD)
A partir da Figura 28, nota-se uma sensível redução do head, para os fluidos
com viscosidade de 6 e 12 cP.
Dessa forma, utilizando como referência a vazão de 450 BPD (BEP da água),
foi observado uma perda de altura de elevação, de 12% para o fluido de 6 cP e
18% para o fluido de 12 cP, em relação ao head da água.
6
Escorregamento do motor (%)
6 cP
4
12 cp
2
0
30 35 40 45 50 55 60 65
Frequência (Hz)
9%
8%
7%
6% Stepanoff - 6
cP
5% Turzo - 6 cP
Erro (%)
4%
LIMITE
3%
HI-USA - 6cP
2%
Ofuchi - 6 cP
1%
0%
30 35 40 45 50 55 60 65
Frequência (Hz)
De forma análoga a Figura 30, foi observado que em geral, todas as teorias
previram valores superiores ao que foi encontrado experimentalmente, com
exceção aos resultados na frequência de 40 Hz quando analisado pelo método
de Ofuchi et al. (2017).
13%
12%
11%
10%
9%
8%
7% Stepanoff - 12 cP
Erro (%)
6% Takacs - 12 cP
5% LIMITE
4% HI-USA - 12 cP
3% Ofuchi - 12 cP
2%
1%
0%
30 35 40 45 50 55 60 65
Frequência (Hz)
Já o método de Ofuchi et al. (2017) restringe a sua análise, para bombas com
rotação específica normalizada entre 0,6 a 1,25 (Figura 15).
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FOX, R.W.; PRITCHARD, P. J.; MC DONALD, A.T. Introdução à Mecânica dos Fluidos.
7ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
GÜLICH, J.F. Pumping Highly Viscous Fluids With Centrifugal Pump. World Pumps, vol.
395. n. 6. 1999.
GÜLICH, J.F. Centrifugal Pumps, Second. Ed. Springer-Verlag, Berlin, Germany. 2010
LIU, H., WANG, Y., YUAN S., TAN M., WANG K., 2010, Effects of Blade Number on
Characteristics of Centrifugal Pumps. Chinese Journal of Mechanical Engineering., v.23,
p. 6, 2010.
OFUCHI, E. M.; STEL, H.; VIEIRA, T. S.; PONCE, F. J.; CHIVA, S.; MORALES, R. E.
M. Study of the effect of viscosity on the head and flow rate degradation in different
78
Recommended Practice for Electric Submersible Pump Testing. API RP 11S2, American
Petroleum Institute, 2008.
STEPANOFF, A. J, Centrifugal and Axial Flow Pumps - Theory, Design and Application.,
2nd edition. Jonh Wiley & Sons, New York, 1957.
TURZO, Z.; TAKACS, G.; ZSUGA, J. Equations correct centrifugal pump curves for
viscosity. Oil & Gas Journal. Vol. 98, no. 22, pp. 57–61, 2000.
ZHU, J.; GUO. X,; LIANG F.; ZHANG. H. Experimental study and mechanistic modeling
of pressure surging in electrical submersible pump. Journal of Natural Gas Science and
Engineering. Vol 45, pp. 625-636, 2017
79
14
12
Viscosidade dinâmica (cP)
10
0
10 20 30 40 50 60 70
Temperatura (ºC)
30
25
Viscosidade dinâmica (cP)
20
15
10
0
10 20 30 40 50 60 70
Temperatura (ºc)
800
700
600
Viscosidade dinâmica (cP)
500
400
300
200
100
0
10 20 30 40 50 60 70 80 90
Temperatura (ºC)
Tabela A. 1 - Propriedades do XP 10
Nível Q (BPD) HEAD (ft) EFF (%) BHP (hp) POT. HID
0,6q(BEP) 270 36,34 33,00 0,19 0,061
0,8q(BEP) 360 34,52 40,00 0,20 0,0783
1,0q(BEP) 450 31,80 45,00 0,21 0,0900
1,2q(BEP) 540 27,78 44,00 0,23 0,0946
Nível Q (BPD) HEAD (ft) EFF (%) BHP (hp) POT. HID
0,6q(BEP) 251,1 36,34 26,4 0,21 0,057
0,8q(BEP) 334,8 34,52 32,0 0,22 0,072
1,0q(BEP) 414 31,80 36,0 0,23 0,082
1,2q(BEP) 502,2 27,78 35,6 0,24 0,087
Nível Q (BPD) HEAD (ft) EFF (%) BHP (hp) POT. HID
0,6q(BEP) 232,2 36,34 21,1 0,25 0,053
0,8q(BEP) 324 34,52 28,0 0,25 0,071
1,0q(BEP) 400,5 31,80 31,5 0,26 0,080
1,2q(BEP) 480,6 27,78 30,8 0,27 0,084
Nível Q (BPD) HEAD (ft) EFF (%) BHP (hp) POT. HID
0,6q(BEP) 121,5 30,13 5,9 0,40 0,053
0,8q(BEP) 162 28,62 7,2 0,42 0,071
1,0q(BEP) 211,5 26,67 8,1 0,46 0,080
1,2q(BEP) 253,8 23,57 7,9 0,49 0,084
Nível Q (BPD) HEAD (ft) EFF (%) BHP (hp) POT. HID
0,6q(BEP) 259,20 35,25 25,3 0,22 0,057
0,8q(BEP) 345,59 33,28 30,7 0,23 0,071
1,0q(BEP) 431,99 30,10 34,6 0,23 0,081
1,2q(BEP) 518,39 25,92 33,8 0,25 0,083
83
Nível Q (BPD) HEAD (ft) EFF (%) BHP (hp) POT. HID
0,6q(BEP) 253,81 34,79 22,8 0,24 0,056
0,8q(BEP) 338,41 32,78 27,6 0,25 0,070
1,0q(BEP) 423,01 29,45 31,0 0,25 0,079
1,2q(BEP) 507,61 25,24 30,3 0,27 0,081
Nível Q (BPD) HEAD (ft) EFF (%) BHP (hp) POT. HID
0,6q(BEP) 187,97 30,43 7,9 0,47 0,037
0,8q(BEP) 250,63 28,10 9,6 0,48 0,046
1,0q(BEP) 313,29 24,20 10,8 0,46 0,050
1,2q(BEP) 375,95 20,14 10,5 0,47 0,050
Nível Q (BPD) HEAD (ft) EFF (%) BHP (hp) POT. HID
0,6q(BEP) 245,7 34,16 40,0 0,22 0,052
0,8q(BEP) 327,6 32,45 41,5 0,23 0,066
1,0q(BEP) 416,65 30,21 42,5 0,22 0,078
1,2q(BEP) 507,6 26,67 45,0 0,23 0,084
Nível Q (BPD) HEAD (ft) EFF (%) BHP (hp) POT. HID
0,6q(BEP) 228,609 32,53 31,0 0,15 0,047
0,8q(BEP) 322,884 32,11 35,0 0,19 0,065
1,0q(BEP) 410,13 29,89 39,0 0,20 0,077
1,2q(BEP) 507,924 26,67 42,0 0,20 0,085
84
Figura I. 4 – Acelerômetro