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Lúcifer éSatanás?

INTRODUÇÃO

"A maior façanha do diabo foi convencer a todos de que ele não existe." Charles
Baudelaire – O Jogador Generoso – 1864

Vivemos numa época de ceticismo, imersos num mundo materialista...


Parte do processo que tem levado a humanidade a
uma crescente decadência em termos morais e espirituais
deriva da negação da antiga personificação do Mal, a
antiga "serpente", também conhecida como Satanás.
Avançando na descrença, as tradições são vistas
como obstáculos contrários ao direito de ser e pensar
livremente, anunciado pelo advento de uma "Nova Era".
O imediatismo consumista e o mau exemplo dos que
ocupam as lideranças sociais conduzem a uma perigosa
perda de referências no discernimento entre o certo e o
errado. Diante da idéia de que o Mal não existe,
florescem os apelos para o usufruto dos prazeres de uma
vida sem culpas; sem o peso do pecado que nada mais
seria do que uma forma de controle instituída pelas
religiões. Principalmente, a cristã.
Um dos grandes chamarizes desse convite à
liberdade que facilmente converge para a libertinagem,
abrindo portas para todos os vícios, éo objetivo
indefinido de uma expansão da consciência. Deus étransformado numa inteligência
universal amorfa com a qual podemos nos sintonizar através de métodos de meditação e
a comunhão com uma fraternidade de mestres responsáveis pela evolução humana, no
mesmo nível de Cristo.
Fazer com que o homem simplesmente negasse a existência de Deus seria impraticável,
pois crer em Deus e clamar por sua misericórdia sempre resulta positivo. Ninguém
estaria disposto a abrir mão daquilo lhe faz bem sem receber algo em troca. A solução
para negar a Deus surge, indiretamente, pela negação de Satanás. Negar a existência do
Mal, recebendo um simulacro de liberdade onde tudo épermitido, conduz àuma
efêmera sensação de conforto e bem estar derivada da gratificação dos sentidos. Essa é
uma troca tão comum quanto sutil...
Como combater algo cuja existência nós repudiamos e, portanto, passamos a não
enxergar? Iludido pelo propósito de conhecer a si mesmo, através de um individualismo
experimental que nada condena e ainda ensina que a vontade pessoal éa única lei, o
homem corre o risco de se envolver em práticas que corrompem a moral e os bons
costumes, comprometendo a sua saúde fí sica, mental e espiritual. E por ignorar a
natureza do Mal, torna-se, ele próprio, o mais perfeito canal para a sua expressão.
É necessário que a noite exista para que possamos enxergar as estrelas e
reconhecer a luz de cada amanhecer. Satanás virou motivo de piada e deboche,
identificado com superstições da crendice popular e aberrações das crenças religiosas.
Mas a conseqüência de ignorar a existência do Mal éignorar igualmente a existência do
Bem, perdendo-se de seus princípios num mundo cujo verdadeiro príncipe éo próprio
Diabo que apenas sorri e agradece.

O IMITADOR DE DEUS

“O demônio transportou-o uma vez mais, a um monte muito alto, e lhe mostrou todos os
reinos do mundo e a sua glória, e disse-lhe:
- Dar-te-ei tudo isto, se prostrando-te diante de mim, me adorares.
Respondeu-lhe Jesus:
- Para trás, Satanás, pois está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás.”
Mateus 4, 8-10

Satanás éum usurpador!


É importante ter em mente a noção de que, desde o princípio dos tempos, ele quis
ocupar o lugar de Deus no coração dos homens.
Uma vez que isto esteja bem claro, ficará
bem mais fácil reconhecer muitas das suas
artimanhas, utilizadas para confundir os homens.
Boa parte delas se dáatravés de jogos de palavras
e da perversão ou limitação de seus reais
significados.
Sem dúvida, uma delas éa distorção da
relação existente entre Vênus (a estrela da manhã,
estrela d’alva ou estrela matutina) e Satã.
Sabemos que Lúcifer éuma das
denominações utilizadas para identificar o Anjo
Caído. Mas ela deriva de uma metáfora que
granjeia os predicados de glória e beleza
atribuídos ao planeta Vênus. Pelo que nos ensina a
Bíblia, antes de se tornar ha-Satan (hebraico, “o
Acusador”) ou al-Shaitan (árabe, “O Adversário”),
o Diabo era um anjo de esplendida majestade, daí
ser honrado com uma analogia à estrela da manhã. Jesus diz que ele “não se firmou na
verdade” (João 8, 44), o que conduz àdedução de que ele jáesteve nela algum dia e, até
se rebelar, desfrutou de prestígio junto ao Criador.
Ainda, biblicamente falando, o termo “Estrela d’Alva” parece não estar mesmo
destinado a ser uma referência exclusiva, servindo como analogia para representar mais
do que um único ser:

“Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus


jubilavam?” Jó 38,7

TEOSOFIA – A Matriz do Movimento Nova Era


Para aqueles que não estejam familiarizados com as escolas de ocultismo, farei
uma breve apresentação da Sociedade Teosófica. Alguns podem confundir a teosofia
com a teologia que éo estudo sobre Deus. O vocábulo teologia deriva do grego
theologia; onde theos significa Deus e logos se refere ao estudo ou razão. No
cristianismo, tal estudo se debruça sobre a revelação de Deus na Bíblia, buscando obter
uma compreensão racional da natureza divina. Jáa palavra Teosofia deriva de theosofia,
ligando theos com outra palavra grega que ésophos e significa sabedoria. Portanto,
teosofia écomumente traduzida como “sabedoria divina”.
A Sociedade Teosófica foi fundada pela
aristocrata russa, médium e satanista, Helena
Petrovna Blavatsky e o coronel Henry Steel
Olcott, seu primeiro presidente; ambos iniciados
na Maçonaria. Basicamente, a Teosofia se ocupa
de um conjunto doutrinário que pretende revelar
a sabedoria divina que estaria na raiz de todas as
religiões e filosofias; sob o pressuposto de uma
verdade única capaz de integrar todas as
correntes de pensamento. Na prática, trata-se de
um movimento disseminador de métodos e
princípios ocultistas que propõem a comunhão com uma hierarquia de mestres
invisíveis, supostamente encarregados de instruir a humanidade para a evolução de sua
consciência. De acordo com os ensinamentos teosóficos, Jesus seria apenas um dos
mestres dessa “Fraternidade Branca”, também denominados avatares, que
eventualmente se manifestam na terra para guiar a humanidade. Ela se opõe a Teologia
Cristãe como veremos no Glossário Teosófico, identifica Lúcifer ou Satanás como o
verdadeiro benfeitor da humanidade cuja imagem teria sido corrompida pela Igreja.
A Sociedade Teosófica pretendeu apresentar o novo “Instrutor do Mundo” ou
“Mestre Espiritual” que seria o avatar para uma Nova Era. Seu nome era Jiddu
Krishnamurti. O grande mentor de Krishnamurti e articulador da campanha para
promovê-lo como messias foi Charles Leadbeater, maçom de grau 33 e líder teosófico,
envolvido em escandalosas acusações de assédio homossexual e pedofilia. Para esse fim,
derivaram a Ordem Internacional da Estrela do Oriente, tempos depois dissolvida pelo
próprio Krishnamurti que, aparentemente, recusou-se a servir de canal para aquele
propósito. Digo aparentemente porque, ao “desligar-se”, Krishnamurti se tornou um
ícone da anti-religião, pregando contra o sistema, condicionamentos e toda forma de
autoridade restritiva; em favor da descoberta pessoal e da liberdade experimental, onde
cada um pode e deve ser o seu próprio mestre, não existindo verdadeiramente nenhum
Salvador.
Curiosamente, Krishnamurti se tornou o guru que pregava pela rejeição de mestres
e gurus, nas sendas do individualismo preconizado pela Nova Era que nega a divindade
de Jesus. Propositalmente ou não, diria que ele realizou com perfeição a obra para a
qual foi destinado, tanto quanto a Sociedade Teosófica cumpriu muito bem o papel para
o qual foi criada.
Vejamos o que diz o Glossário Teosófico sobre Lúcifer:

Lúcifer (Lat.) – O planeta Vênus, considerado como a brilhante “Estrela Matutina”.


Antes de Milton, Lúcifer nunca havia sido um nome do Diabo. Pelo contrário, visto que
no Apocalipse (XXII, 16) o Salvador cristão faz dizer de si mesmo: “Eu sou… a
resplandecente estrela da manhã*” ou Lúcifer. Um dos primeiros Papas de Roma
possuía tal nome e havia até, no séc. IV, uma seita cristãdenominada os Luciferianos.
[Lúcifer vem de Luciferus, portador de luz, aquele que ilumina, e corresponde
exatamente à palavra grega Phosphoros]. A Igreja dá hoje ao Diabo o nome de “trevas”,
enquanto que no Livro de Jóchama-se de “Filho de Deus”, a brilhante Estrela Matutina,
Lúcifer. Hátoda uma filosofia de artifício dogmático devido ao fato de que o primeiro
Arcanjo, que surgiu das profundezas do Caos, foi chamado de Lux (Lúcifer), o
luminoso “Filho da Manhã” ou Aurora Manvantárica. A Igreja transformou-o em
Lúcifer ou Satã, porque éanterior e superior a Jehovah e tinha de ser sacrificado ao
novo dogma. (Doutrina Secreta, I, 99-100) Lúcifer éo portador de luz da nossa Terra,
tanto no sentido físico quanto místico. (Doutrina Secreta, II, 36). Na Antiguidade e na
realidade, Lúcifer, ou Luciferus, éo nome da Entidade Angélica que preside a Luz da
Verdade, o mesmo que a luz do dia. Lúcifer é a Luz divina e terrestre, o “Espírito Santo”
e “Satã” ao mesmo tempo (Idem, II, 539). Estáem nós; énossa Mente, nosso Tentador
e Redentor, o que nos livra e salva do animalismo puro. Sem este princípio – emanação
da mesma essência do puro e divino princípio Mahat (Inteligência), que irradia de um
modo direto da Mente divina – com toda a certeza, não serí amos superiores aos animais.
(Ibidem, II, 540). Lúcifer e o Verbo são um sóem seu aspecto dual. Equivale ao
Ezanas-Sukra da Índia. (Ver Chandra-vanza, Luz Astral, Satã, etc.) Glossário Teosófico
– página 328
Mediante o glossário teosófico, Lúcifer, além de Satã, seria o próprio “Espírito Santo”.
Esta éuma afirmação bastante esperada, uma vez que éda índole de Satanás tentar se
passar por Deus. Neste caso, com o objetivo de roubar a glória da verdadeira “Estrela
Radiosa da Manhã” que é Jesus. Vejamos a íntegra do trecho Bíblico citado pelo
Glossário:

“Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e
a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã.” Apocalipse 22,16

Jesus declara que enviou o seu anjo e não que éum Anjo, muito
menos Lúcifer-Anjo. A conclusão do glossário écapciosa, pois toma a
expressão “estrela da manhã” por Lúcifer, no sentido de ser o Anjo
Caído, ao invés de ser a denominação romana para a Estrela D’Alva,
usando de astúcia para confundir Satãcom o Salvador da Humanidade...
O Filho de Deus se identifica claramente como Jesus, adotando para si
os atributos da “Estrela da Manhã” porque Ele éa verdadeira luz que
anuncia a chegada do Pai; simbolicamente, o Sol de um novo dia que iráraiar sobre um
mundo mergulhado nas trevas.
Além disso, antes de qualquer analogia, Jesus estabelece a sua linhagem com Davi
que nada tem a ver com Lúcifer e cuja menção éomitida no texto do Glossário.

VÊNUS ASTRONÔMICO
Vênus, juntamente com Mercúrio,
possui uma órbita interior àórbita
terrestre; trata-se do segundo planeta do
sistema solar e o seu brilho sóéexcedido
pelo Sol e pela Lua. Para entender
melhor o significado simbólico, é
fundamental estudar um pouco sobre
Vênus, do ponto de vista astronômico.
As órbitas planetárias não são perfeitamente circulares, mas alongadas ou elípticas
(círculos achatados). Além disso, os planetas não se movimentam nivelados dentro de
um mesmo plano. Cada qual realiza o seu percurso em torno do sol com uma inclinação
orbital que lhe éprópria.
Geometricamente, o círculo éconsiderado a figura mais perfeita e harmoniosa;
aquela que começa e termina em si mesma, remetendo, portanto, àidéia de Deus; o alfa
e o ômega; o princípio e o fim. Curiosamente, além do brilho, uma das peculiaridades
de Vênus épossuir a órbita mais circular entre todos os demais planetas.

A simetria éuma caracterí stica diretamente relacionada com a beleza e atéem


seus movimentos, Vênus demonstra graciosidade ou elegância.
Por sua natureza dupla, Vênus éum planeta digno das escolas de mistérios. Na
mitologia grega éEósforo quando surge como estrela matutina e Héspero quando
aparece ao entardecer. Para os romanos éLúcifer, no nascer da aurora; e Vésper, no cair
da tarde.
Essa “duplicidade” éexplicável pela Mecânica
Celeste, ramo da astronomia que estuda o movimento
dos corpos celestes e sua posição relativa. Estamos
situados no planeta Terra e nossas observações do
movimento dos demais planetas estão baseadas neste
nosso ponto do sistema solar. Em outras palavras, a
nossa perspectiva celeste estárelacionada e é
influenciada pelo nosso referencial terrestre.
Visualizando que os planetas do nosso sistema se
movimentam em diferentes velocidades, com diferentes
órbitas e inclinações, estando localizados interna ou
externamente em relação àórbita terrestre podemos
compreender que aquilo que vemos da Terra representa
o movimento aparente dos astros.
Prestemos atenção nisto: em termos astronômicos,
existe o movimento real e o movimento aparente que
nada mais édo que a impressão que temos ao
observarmos o trajeto dos corpos celestes do ponto de vista geocêntrico. Embora não
aconteça de modo real, do ponto de vista geocêntrico, em certos perí odos, os planetas
parecem reduzir a marcha, estacionar, voltar para trás em seu percurso (movimento
retrógrado), reduzir a marcha novamente, estacionar outra vez e então retomar o passo
para frente (movimento direto).
Observemos um movimento hipotético na ilustração abaixo:

Na realidade o planeta não inverteu verdadeiramente o sentido do seu movimento.


Essa inversão apenas parece ocorrer porque a Terra também faz parte do sistema solar e
participa dessa “dança planetária”.
A próxima animação foi criada para ajudar a esclarecer este comportamento visual.
Informo que émeramente ilustrativa, não obedecendo ao formato das órbitas dos
planetas, efemérides (tábuas astronômicas que indicam as posições planetárias) ou
escalas de correspondência proporcional com suas dimensões reais. Além disto, para
fins didáticos, serão exibidos apenas o Sol, Vênus e a Terra.
Dentro do quadrado, no lado esquerdo, tentei reproduzir o movimento de Vênus
na perspectiva do observador terrestre. No lado direito, na visão sideral, usei uma linha
reta para ligar os dois planetas, projetando no espaço o movimento de Vênus visto da
Terra, de acordo com os ângulos formados na translação dos dois corpos:

Por estar dentro de uma órbita interior àórbita terrestre, Vênus nunca se distância
mais do que aproximadamente 48ºdo Sol (sua maior distância ou elongação máxima)
na perspectiva geocêntrica.
A intensidade de seu brilho e a mudança aparente
de sua localização no céu, que pode ser anterior ou
posterior ao Sol também deriva do nosso ponto de vista
como observadores posicionados na Terra.
Dependendo da época, o planeta Vênus pode ser
visto subindo do leste e antecipando o nascimento do
Sol como “Estrela da Manhã”, Eósforo ou Lúcifer;
tanto quanto pode descer ao oeste, coroando o pôr do Sol como “Estrela Vespertina”,
Héspero ou Vésper. Mas se trata de um fenômeno aparente, uma ilusão de ótica
derivada do nosso local cósmico de observação.
De igual modo, quando esse fenômeno étransposto para a linguagem simbólica, a
expressão “Estrela da Manhã” não representa uma condição real, mas uma comparação
imaginária da qual épossível extrair os atributos que desejamos associar a um anjo, a
um rei ou ao próprio Filho de Deus.
Através de uma coisa épossível representar ou sintetizar outra ou mais de uma...
Disso derivam figuras de linguagem como metáforas, alegorias e parábolas.

AS FIGURAS DE LINGUAGEM: EZEQUIEL 28 e


ISAIAS 14
Nem tudo na Bíblia deveria ser tomado em seu sentido literal. O uso de metáforas,
parábolas e alegorias enriquecem a linguagem dentro de um modelo de informações
multicamadas que pode abordar mais de um
assunto simultaneamente.
Primeiro, éinteressante definir cada um
desses recursos lingüísticos e vamos fazê-lo de
acordo com aquilo que consta no Dicionário
Aurélio da Língua Portuguesa:

 Metáfora. [Do gr. metaphorá, pelo lat.


metáphora] S. f. Ret. Emprego em que a
significação natural de uma palavra é
substituída por outra, em virtude de
relação de semelhança subentendida: a
primavera da vida; a luz da inteligência.b
 Alegoria. [Do gr. allegoría, pelo latim
allegoria.] S. f. 1. Exposição de um
pensamento sob forma figurada. 2.
Ficção que representa uma coisa para dar idéia de outra. 3. Seqüência de
metáforas que significam uma coisa nas palavras e outra no sentido. 4. Obra de
pintura ou de escultura que representa uma idéia abstrata por meio de formas
que a tornam reconhecível. 5. Simbolismo concreto que abrange o conjunto de
toda uma narrativa ou quadro, de maneira que a cada elemento do símbolo
corresponda um elemento significado ou simbolizado.
 Parábola. Narração alegórica na qual o conjunto dos elementos evoca, por
comparação, outras realidades de sentido superior.

Sobre a parábola, podemos assumir por “sentido superior” algum preceito moral
ou religioso que se queira comunicar.
Vamos agora examinar a polêmica existente quanto a interpretação de Ezequiel 28,
cujo sentido querem atribuir exclusivamente a uma profecia contra o rei de Tiro ou
estender a Adão, isentando Satanás:
1. E veio a mim a palavra do Senhor dizendo:
2. Filho do homem, dize ao prí ncipe de Tiro: Assim diz o Senhor DEUS:
Porquanto o teu coração se elevou e disseste: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me
assento no meio dos mares; e não passas de homem, e não és Deus, ainda que estimas o
teu coração como se fora o coração de Deus;
3. Eis que tu és mais sábio que Daniel; e não hásegredo algum que se possa
esconder de ti.
4. Pela tua sabedoria e pelo teu entendimento alcançaste para ti riquezas, e
adquiriste ouro e prata nos teus tesouros.
5. Pela extensão da tua sabedoria no teu comércio aumentaste as tuas riquezas; e
eleva-se o teu coração por causa das tuas riquezas;
6. Portanto, assim diz o Senhor DEUS: Porquanto estimas o teu coração, como se
fora o coração de Deus,
7. Por isso eis que eu trarei sobre ti estrangeiros, os mais terríveis dentre as nações,
os quais desembainharão as suas espadas contra a formosura da tua sabedoria, e
mancharão o teu resplendor.
8. Eles te farão descer àcova e morrerás da morte dos traspassados no meio dos
mares.
9. Acaso dirás ainda diante daquele que te matar: Eu sou Deus? Mas tu és homem,
e não Deus, na mão do que te traspassa.
10. Da morte dos incircuncisos morrerás, por mão de estrangeiros, porque eu o
falei, diz o Senhor DEUS.

Nessa primeira parte fica claro que se trata de um vaticínio contra um homem.
Deus o coloca em seu devido lugar como ser mortal que apesar de toda sua inteligência
e sabedoria não se pode equiparar a Ele. Diferentemente do anterior, o trecho seguinte é
intitulado como uma lamentação (também traduzido em outras versões como um
“cântico fúnebre”). Neste ponto, ingressamos numa alegoria porque fica claro que Deus
compara o destino do príncipe de Tiro com um destino semelhante dado a outro ser
igualmente orgulhoso que a Ele pretendeu se igualar:

11. Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:


12. Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim
diz o Senhor DEUS: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em
formosura.
13. Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura:
sardônica, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro;
em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram
preparados.
14. Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de
Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.
15. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, atéque se
achou iniqüidade em ti.
16. Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e
pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, óquerubim
cobridor*, do meio das pedras afogueadas.
17. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua
sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que
olhem para ti.
18. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os
teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em
cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem.
19. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande
espanto te tornaste, e nunca mais subsistirá.

*Cobridor étambém traduzido por “protetor” em outras versões.


Querer atribuir essa passagem a Adão éforçar todo e qualquer entendimento
razoável, seja em função de debilidades interpretativas ou atéde interesses
inconfessáveis com máfédeliberada.
Desde quando Adão era um querubim? Adão se cobria de ornamentos e de pedras
preciosas ou andava nu, atéficar ciente de sua condição? E Adão era protetor do quê?
Proteger não éuma função angélica?
Desde quando Adão resplandecia por causa de sua sabedoria, se era inocente até
consumir o fruto proibido? Adão tinha violência no coração? Ele foi punido por cometer
iniqüidades ou por uma desobediência induzida pelo próprio anjo tentador de que fala o
texto?
Que tipo de comércio era praticado por Adão? A palavra comércio também se
refere a trato social, convivência, além de relações sexuais ilícitas... Não édito que os
“Filhos de Deus” desposaram as filhas dos homens? (Gênesis 6, 1-2)
Diz o versículo 17: ”corrompeste a tua
sabedoria por causa do teu resplendor”. Que
resplendor éesse senão o conhecimento? Atributo
que difere da sabedoria e pode levar a arrogância.
Aqueles que dizem deter o conhecimento dos
mistérios não se intitulam iluminados?
Existe uma ligação metafórica relacionando
luz com conhecimento. Assim éque a luz que se diz
trazida por Lúcifer àhumanidade éa luz do
conhecimento. Vimos atrás que o Glossário
Teosófico declara que Lúcifer seria portador da luz
da “Verdade”. Outra metáfora.
Ser o “selo da medida” éuma qualidade que
pode ser relacionada ao planeta Vênus; pois medida
se refere a equilíbrio, equidade, simetria e jáfoi dito
que, astronomicamente, Vênus éo planeta que
possui a órbita mais perfeita ou circular. Não épor
acaso que, na Astrologia, Vênus rege o signo de Libra ou Balança. Signo ligado àbeleza,
a estética, as artes, àjustiça e àprecisão matemática. Isto tudo estáde acordo com a
descrição de ser “perfeito em formosura”.
Aquele que vivia em resplendor foi lançado por terra e isto éo que aconteceu com
Lúcifer-Satanás.
Uma única palavra pode fazer grande diferença na interpretação de um texto.
Vejamos João 8,44:

“Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi
homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não háverdade nele.
Quando ele profere mentira, fala do que lhe épróprio, porque émentiroso, e pai da
mentira.” João 8.44

É preciso notar que o texto diz que o Diabo “não se firmou na verdade” ao invés
de “nunca se firmou na verdade” como já vi alguns comentarem de modo a distorcer
completamente o sentido da frase.
Como o texto de Isaias 14 também faz menção a Satanás e tem sido colocado em
dúvida quanto aos reais protagonistas da narrativa, éimportante analisá-lo sob igual
prisma, eventualmente, acareando as distintas versões da Bíblia Online, Bíblia Católica
e Vulgata.

Vejamos:
4.“Então proferirás este provérbio1 contra2 o rei de babilônia, e dirás: Como3 já
cessou o opressor, como já cessou a cidade dourada!”
4.“Cantarás esta sátira1 contra2 o rei de Babilônia, e dirás: Como3? Não existe
mais o tirano! Acabou-se a tormenta!”
4.“Sumes parabolam1 istam contra2 regem Babylonis et dices quomodo3 cessavit
exactor quievit tributum”

NOTA:
1. Aquilo que a Bíblia Online traduz por provérbio, que é
uma máxima popular ou um ditado; a Bíblia Católica (versão da
Editora Ave Maria) traduz por sátira, no sentido de ridicularização
ou escárnio; enquanto a Vulgata remete àidéia de uma parábola,
reforçando o sentido alegórico. Portanto, não se deve tomar os
próximos versículos em seu sentido literal.
2. Outra observação importante éque não são os reis da
Babilônia quem falam, conforme jáouvi mencionarem, mas écontra o rei babilônico
que éfalado de forma a ridicularizá-lo, escarnecendo de sua arrogância. Esse primeiro
versículo éapresentado em um formato diferente nas três versões, mas cada qual zomba,
ao seu modo, da queda do rei da babilônia. A palavra dos “reis da Babilônia” sóse faz
notar a partir do versículo de número dez.
3. O advérbio “como” serve tanto para questionar a causa quanto para afirmar a
maneira como o rei caiu, o que érevelado através da continuidade da leitura.

Prossigamos:
5. “Já quebrantou o SENHOR o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores.”
6. “Aquele que feria aos povos com furor, com golpes incessantes, e que com ira
dominava sobre as nações agora é perseguido, sem que alguém o possa impedir.”
7. “Já descansa, já está sossegada toda a terra; rompem cantando.”
8. “Até as faias se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano, dizendo: Desde que tu
caíste ninguém sobe contra nós para nos cortar.”
9. “O inferno desde o profundo se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua
vinda; despertou por ti os mortos, e todos os chefes da terra, e fez levantar dos seus
tronos a todos os reis das nações”
10. “Estes todos responderão, e te dirão: Tu também adoeceste como nós, e foste
semelhante a nós.”
11. “Já foi derrubada na sepultura a tua soberba com o som das tuas violas; os
vermes debaixo de ti se estenderão, e os bichos te cobrirão.”

NOTA:
Deus pode partir os símbolos de majestade
que representam os poderosos (bastão e cetro)
quando bem entender, perseguindo os opressores
violentos e gananciosos para pacificar a terra. Eis o
motivo da queda do rei da Babilônia.
O escárnio continua através da zombaria dos
que outrora foram vítimas, metaforicamente
representados por faias e cedros que não temem
mais serem “cortados”.
Do versículo oito atéo número nove, esse
sarcasmo fica ainda mais evidente. O rei da
babilônia cai do trono de sua altivez e causa
espanto aténo inferno, despertando os próprios mortos para recebê-lo, assim como
chefes e monarcas que se constrangem por que o rei se revelou tão mortal quantos eles
próprios.
No décimo e décimo primeiro versículo, outros soberanos do império manifestam
o seu espanto e declaram que a primeira coisa derrubada na sepultura do rei da
Babilônia foi a sua própria soberba, o falso orgulho ou arrogância... Mesmo assim, não
se deve considerar o conteúdo como sendo, literalmente, a palavra dos outros reis, mas
uma conjectura zombeteira do que eles diriam por assombro da tragédia que se abateu
sobre o rei da Babilônia.
Veremos agora aquela que me parece a passagem mais interessante e reveladora:
12.“Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste
cortado por terra, tu que debilitavas as nações!”
12.“Então! Caíste dos céus, astro brilhante, filho da aurora! Então! Foste abatido
por terra, tu que prostravas as nações!”
12.“Quomodo cecidisti de caelo lucifer qui mane oriebaris corruisti in terram qui
vulnerabas gentes”

NOTA:
Neste versículo temos mais uma alegoria servindo para estabelecer um paralelo
entre duas situações diferentes. Desta vez, entre o Anjo Caído e o rei da Babilônia.
O advérbio “como” tem sentido comparativo. Percebam que não se trata de uma
pergunta, mas sim de uma afirmação. “Como”, no uso empregado pelo versículo,
sugere “do mesmo modo ou jeito” ou “semelhantemente a algo”. Ou seja, do mesmo
modo que Lúcifer foi derrubado do céu, assim caiu o rei que debilitava as nações.
A versão católica éum tanto menos precisa, mas o advérbio “então” também
possui uma conotação indicativa de tempo, significando “em tal caso” ou “nesse caso”
e implicando em condições ou circunstâncias. Pode ainda ter a conotação conclusiva de
denotar uma causa no sentido de “pois” ou “a vista disso”, principalmente por ser
citado de forma afirmativa. Assim, podemos dizer que em tal caso (orgulho soberba,
arrogância), Lúcifer foi derrubado do céu e a vista disso (dos mesmos fatores) também
foi abatido o rei que prostrava as nações.
Quomodo éa derivação latina para o advérbio “como”. Ela éusada tanto para
perguntar (de “que modo” ou de “que maneira”) quanto para correlacionar, ratificando a
idéia de comparação entre aquilo que aconteceu com o Anjo Caído e o que sucedeu ao
rei da Babilônia.

Em seguida:
13. “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus
exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.”
14. “Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.”

NOTA:
Prossegue a comparação entre o rei e Lúcifer, o qual desejou estabelecer o seu
trono acima de Deus, tornando-se semelhante ao Altíssimo.

Finalizando:
15. “E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.”
16. “Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem
que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?”
17. “Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não
abria a casa de seus cativos?”
18. “Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua
morada.”
19. “Porém tu és lançado da tua sepultura, como um renovo abominável, como as
vestes dos que foram mortos atravessados àespada, como os que descem ao covil de
pedras, como um cadáver pisado.”
20. “Com eles não te reunirás na sepultura; porque destruíste a tua terra e mataste o
teu povo; a descendência dos malignos não será jamais nomeada.”
21. “Preparai a matança para os seus filhos por causa da maldade de seus pais, para
que não se levantem, e nem possuam a terra, e encham a face do mundo de cidades.”
22. “Porque me levantarei contra eles, diz o SENHOR dos Exércitos, e extirparei
de babilônia o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto, diz o SENHOR.”
23. “E farei dela uma possessão de ouriços e a lagoas de águas; e varrê-la-ei com
vassoura de perdição, diz o SENHOR dos Exércitos.”

NOTA:
A ode de humilhação conjura a condenação final do rei da Babilônia, falando do
espanto daqueles que testemunharam o seu poder e então assistem a sua queda. O rei é
desonrado ante os nobres de outras nações que souberam agir com dignidade e com os
quais não se reuniráem sepultura, nem prolongaráo seu nome através da descendência,
pois sua posteridade seráexterminada.
Conclui-se, portanto, que não háum único versículo que possa ser atribuído a
Adão ou que tenha sido usado para denegrir o nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Vulgata éuma tradução da Bíblia feita por São Jerônimo para o latim a pedido
do Papa Damaso I, no ano 382. A palavra Lúcifer tem origem romana, sem derivação no
hebraico. Nela, o termo Lúcifer érepetido três vezes para significar a “Estrela da
manhã” com conotações distintas:

“et quasi meridianus fulgor consurget tibi ad vesperam et cum te consumptum putaveris
orieris ut lúcifer”

“E a tua vida mais clara se levantará do que o meio dia; ainda que haja trevas, será
como a manhã.” Jó 11,17
“quomodo cecidisti de caelo lucifer qui mane oriebaris corruisti in terram qui
vulnerabas gentes”

“Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por
terra, tu que debilitavas as nações!” Isaías 14,12

“et habemus firmiorem propheticum sermonem cui bene facitis adtendentes quasi
lucernae lucenti in caliginoso loco donec dies inlucescat et lucifer oriatur in cordibus
vestris”

“E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a
uma luz que alumia em lugar escuro, atéque o dia amanheça, e a estrela da alva apareça
em vossos corações.” II Pedro 1,19

Mas uma vez entendido que Lúcifer tem um significado muito mais amplo do que
apenas uma referência aos tempos gloriosos de Satanás, antes de sua queda, quando ele
ainda era um exemplo de formosura, essas citações tornam-se plenamente
compreensíveis e livres de falsas contradições.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É um fato público e notório que os satanistas desprezam Jesus e louvam a rebeldia
do Anjo Caído. A luz de Lúcifer éirradiada pelo conhecimento ocultista das escolas de
mistérios que pretende conduzir a um estado de iluminação ou hiperconsciência. Jáa luz
de Jesus éa revelação do caminho que redime nossa alma de todos os pecados e conduz
àpresença do Pai Celestial. Os seguidores de Lúcifer desejam ser como deuses para
realizar os seus próprios desejos. Os seguidores de Jesus querem seguir o seu exemplo
de amor e desapego para realizar a vontade de Deus Pai Criador. Portanto, se nomes
podem ser usados para causar confusão, basta conhecer os “frutos da árvore” para
desfazer qualquer engano:
“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que
conduz àperdição, e muitos são os que entram por ela. E porque estreita éa porta, e
apertado o caminho que leva àvida, e poucos háque a encontrem. Acautelai-vos, porém,
dos falsos profetas, que vêm atévós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são
lobos devoradores. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore mádar frutos
bons. Toda a árvore que não dábom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos
seus frutos os conhecereis.”
O famigerado pentagrama invertido, com a ponta
voltada para baixo sugere queda ou precipitação. Ele
remete àidéia de uma estrela cadente e nos querem fazer
crer que Lúcifer desceu ao mundo dos homens para
trazer “conhecimento” e nos libertar das trevas da
ignorância. Porém, alguém iráacreditar que foi o próprio
planeta Vênus que caiu? Claro que não! Quem caiu foi
um Anjo cuja beleza resplandecente ainda estáassociada
ao segundo planeta do sistema solar. Assim, é
importante aprender a distinguir os significantes (neste caso, Vênus) dos significados
(no caso, Lúcifer), pois um mesmo símbolo pode ter suficiente neutralidade e
versatilidade para que lhe sejam atribuídos variados tipos de associações.
Voltando ao Apocalipse 22,16: “Estrela Matutina” não éum nome próprio e
nem um título concreto, mas uma metáfora! Também convém entender que uma
metáfora indica semelhança e não a própria identidade daquele a quem se aplica, pois,
principalmente por falarmos de Jesus, não devemos incorrer no erro de confundir o
Criador com a criatura.
Jesus não éa “Estrela d’Alva” ou o planeta Vênus em si, fisicamente falando. O
versículo também não dámargens àAstrolatria que éo antigo culto aos corpos celestes.
Diferentemente, Jesus estásugerindo uma associação alegórica que correlaciona o seu
papel para a humanidade com a natureza astronômica do planeta Vênus.
Assim, Satanás pode ter sido comparável à“Estrela D’Alva”, algum dia. Disso
resulta sua alcunha ou título simbólico
de Lúcifer, mas que, após a sua queda,
refere-se ao seu passado angelical e não
ao seu presente diabólico. A verdadeira
“Estrela Radiante da Manhã” éJesus,
porém, jamais deverí amos chamá-lo de
Lúcifer, pois, em nossos tempos, isto faz
parte do engano que vem sendo
popularizado para confundir o Nosso
Salvador com o nosso Adversário!
Que o Divino Espírito Santo
ilumine o nosso entendimento, nos
conduza pelos caminhos da verdade e
nos mostre as armadilhas do caluniador.

Autor: Compilado - Diversos

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