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o.

ORIENTAÇÕES

SOBRE SISTEMAS

DE PROTEÇÃO

COLETIVA PARA

SERRA CIRCULAR
ATENÇÃO:
Esta documentação corresponde a um
levantamento bibliográfico sobre a
proteção da serra circular, realizado com
o intuito de subsidiar estudos ora em
desenvolvimento pela Fundacentro sobre
o tema e fornecer àqueles que buscam
informações sobre o assunto na
Coordenação de Segurança do Processo
de Trabalho, dados sobre os aspectos
mais relevantes a serem considerados na
questão. Assim a utilização dessas

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informações para a confecção de
proteções para a serra circular, é de
exclusiva responsabilidade do usuário.
Índice

1 - Características Básicas da Serra Circular 4

2 - Risco de Acidente 4
- Estatísticas de acidentes 5

3 - Partes Componentes da Serra Circular 6


- Bancada 6
- Disco de Serra Circular 7
- Coifa 7
- Cutelo Divisor ou Lâmina Separadora 7
- Velocidade de Corte 8
- Cuidados com o Disco da Serra Circular 9
- Motor e transmissão de força 10

4 - Instalação da Serra Circular 10


- Recomendações de Segurança 10
- Instalação elétrica. 12
- Iluminação 12
- Proteção contra incêndio 13

5 - Operação 13
- Natureza do material a ser serrado 13
- Treinamento 13
- Empurradores 13
- Suportes de apoio 14
- Guia de esquadrejamento 14
-Guia lateral 14
6 - Equipamentos de proteção individual 14

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7 - Dispositivo Eletrônico de Proteção de Serra Circular 15
- Justificativa 15
- Elementos Básicos 16
- Eficiência da Proteção 16
- Riscos Remanescentes 16
- Adequação construtiva 16
- Parâmetros Básicos de Projeto 17
- Máquina 17
- Dispositivo 17

8 - Medidas de Segurança na Marcenaria 17


1 - CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA SERRA CIRCULAR

Apesar de serem as Serra Circulares um tipo de máquina cujo conhecimento básico


operacional e descritivo é bastante difundido, é desejável, entretanto, esclarecer aqui
alguns conhecimentos gerais.

Designa-se pelo nome de "Serra Circular" a máquina de corte cuja ferramenta é


constituída de um disco circular provido de arestas cortantes em sua periferia, o qual é
fixado a um eixo horizontal, apoiado em mancais, que lhe transmite movimento rotativo
e potência de corte, sendo o conjunto acionado por um motor elétrico, através de polias e
correias. Podendo ser também transmitida diretamente do motor para a serra.

Este estudo está restrito às Serra Circulares de Bancada, para trabalhos em madeira ou
materiais operacionalmente similares.

2 - RISCO DE ACIDENTE

Embora a Serra Circular pareça de fácil manejo, não pode ser utilizada por pessoas não
habilitadas, pois é uma das máquinas que oferece muitos riscos de acidente.

Sua operação requer profissional especializado, instalação adequada, dispositivos de


proteção, regulagem e manutenção periódica.

Os acidentes do trabalho podem ser ocasionados por fadiga, falta de atenção, perda de
equilíbrio, serragem de peças com pequena dimensão, e principalmente disco sem
proteção.

Citamos abaixo os riscos mais evidentes, que poderão ocasionar muitos incidentes, se as
medidas não forem observadas:

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- Retrocesso da madeira, decorrente de: mau estado da madeira, velocidade tangencial
insuficiente, disco em mau estado, desequilíbrio da tensões internas da madeira
decorrente da própria operação de serrar;

- Contato acidental com a parte operacional do disco, em caso de ausência da coifa


protetora;

- Contato com disco no final da operação de serragem, quando as mãos do trabalhador,


ao empurrar a peça, se aproximam dos dentes dos disco (ausência da coifa protetora);

- Contato com os dentes do disco, na parte inferior da bancada (falta de proteção na


parte inferior);
- Contato com a transmissão de força (ausência de proteção);

- Choque elétrico (instalação inadequada e falta de aterramento);

- Incêndio por acumulo de serragem e resíduos, imprudência com pontas de cigarro


(instalações elétricas inadequadas).

ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES

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3 - PARTES COMPONENTES DA SERRA CIRCULAR

BANCADA

Os tipos mais comuns de bancada são confeccionados em madeira ou metal. Devem


Ter boa estabilidade e fixação no chão, que deverá ser plano e resistente.

Essencialmente deve possuir extensão suficiente para corte de peças de comprimento


médio( 1m2).

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DISCO DE SERRA CIRCULAR

Disco de Serra Circular é, na realidade, a ferramenta que faz o trabalho de cortar a


madeira.

Essa tabela mostra a espessura de cada disco, de acordo com cada diâmetro.

Diâmetro do disco (mm) Espessura (mm)


200 1,5 – 2,8
250 2,0 – 3,0
300 2,0 – 3,5
350 2,5 – 3,5
400 3,5 – 4,0

COIFA

A finalidade da coifa é evitar o toque acidental do operador com os dentes da Serra.


Deve ser, de preferência, auto-ajustável, devido às variedades de espessura do material a
ser cortado pela serra.

CUTELO DIVISOR OU LÂMINA SEPARADORA

O cutelo divisor é utilizado para evitar o aprisionamento do disco pela madeira, o que
poderia causar o retrocesso da madeira que está sendo cortada.

Para que essa proteção seja eficaz, é necessário que alguns requisitos sejam devidamente
observados, tais como:
- Estar no mesmo plano do disco, com a borda de ataque concentricamente ao mesmo e
à distância de 2 a 3mm;
- Ser confeccionado em aço duro ou material semi-duro, bem faceado e polido (não deve
ser pintado). A borda deve ser em bisel;
- Ser inspecionado periodicamente;

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Tamanho Padrão de Cunhas

Diâmetro da Lâmina de Serra Cunha Abridora


150mm até 250mm 250mm
250mm até 350mm 350mm
350mm até 450mm 450mm
450mm até 500mm 500mm
500mm até 600mm 600mm
600mm até 800mm 800mm

Espessura da cunha divisora (e) não pode ser maior que a largura de corte (B). Porém
tem que ser no mínimo igual à espessura de corte (b).

e=B+b
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Se faz necessário o reajuste quando afiada a lâmina da serra.

VELOCIDADE DE CORTE

A rotação do disco deve ser adequada de acordo com o diâmetro do disco.

Essa tabela mostra, as devidas rotações;

Diâmetro do disco RPM


200 4800/5700
250 3820/4600
300 3200/3820
350 2750/3280
400 2400/2850
450 2150/2540

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A velocidade de corte deve ser adequada ao material ou conjunto de materiais usados
(valor médio aproximado); para a maioria das madeiras, a velocidade ótima está entre 50
e 70m/s. Nunca deveremos ter V < 30m/s ou V > 90m/s. Pode-se calcular a velocidade
pelas fórmulas:

CASO TENHA POLIAS:

V=Φ.D.n
19,098.d

n = rotação do motor (RPM)


d = diâmetro da polia do eixo da serra (mm)
Φ = diâmetro da serra (mm)
D = diâmetro da polia do motor (mm)

CASO NÃO TENHA POLIA, MOTOR LIGADO DIRETAMENTE NA SERRA:

V = Φ . n*
19098

Φ = diâmetro da serra (mm)


n* = rotação do motor, eixo da serra (RPM)

CUIDADOS COM O DISCO DA SERRA CIRCULAR


- Os dentes do disco da serra devem ser mantidos em bom estado, afiados e travados;
- Quando não puderem ser mais afiados, o disco deverá ser substituído;
- As flanges de aperto do disco devem ter, no mínimo, 1/3 do diâmetro do mesmo;
- Deverá existir uma proteção para a parte inferior do disco;
- Não usar a lâmina com folga no eixo;
- Não usar com batimentos axial ou radial;
- Não usar com rotações abaixo ou acima das recomendadas;
- Não usar com a guia muito aberta ou muito fechada, esta deve ficar paralela à lâmina;
- Evitar cortar material que tenha corpos estranhos e de elevada dureza;
- Ao retirar ou colocar a lâmina no eixo, desligue a chave geral;
- Nunca calce os dentes para apertar as porcas das flanges;
- Limpe e examine a lâmina com frequência;
- Evite que a lâmina sofra quedas;
- Afie em tempo hábil;
- Use luvas para manusear a lâmina;

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Use a lâmina com a menor altura “h” possível.

MOTOR E TRANSMISSÃO DE FORÇA

O motor deverá estar bem instalado na bancada, e devidamente projetado contra poeiras
intempéries.
Com essa tabela podemos determinar na força necessária a partir do diâmetro.

Diâmetro da Serra (mm) Força necessária (HP)


100 1.00
150 1.50
200 2.00
250 2.50
300 3.00
350 - 400 5.00
500 7.00

4 - INSTALAÇÃO DA SERRA CIRCULAR

RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA

Para se executar trabalhos com toda a segurança no uso da serra circular, devem-se
adotar as seguintes regras, quanto à construção do equipamento, seu manejo.

A mesa deve ser de construção sólida e pesada, de modo que seja assentada
firmemente em uma base ou piso, plano e que não apresente vibrações.

A altura deve-se situar em torno de 85cm sobre o nível do piso.

Motor deve ser escolhido de acordo com potência adequada ao disco a ser usado.

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Diâmetro das polias devem ser escolhidos de modo que a rotação do disco não
ultrapasse os valores indicados na tabela apresentada.

Disco deve ser provido na sua parte superior de lâmina separadora a capa protetora.
A parte inferior da lâmina deve ser protegida por um dispositivo fixo.

Deve ser construído um depósito na parte inferior da mesa para retirada fácil da
serragem.

Os fios de ligação do motor devem ser dimensionados de acordo com as normas e


colocados em ductos metálicos, entre a rede e a caixa de ligação do motor. Para motores
até 5 HP a bitola mínima do fio de 1,5mm.

Devem ser utilizados empurradores na operação de serragem de peças pequenas.

Deve se utilizar uma peça de apoio adicional para serragem de peças grandes, quando a
mesa da serra é de pequenas proporções.

Motor deve ser protegido contra poeira e intempéries.

A área de trabalho deve ser mantida livre e desimpedida.

Operador deve ser devidamente instruído no uso de Serra circular.

Deve ser proibido o uso de serra por pessoas não qualificadas.

Os dentes do disco devem ser mantidos em bom estado e quando não puderem ser
afiados, o disco deve ser substituído.
A serragem não deve ficar acumulada, devendo ser retirada diariamente. Mantendo o
lugar limpo e área de trabalho livre.

A localização deverá ser tal que restrinja o acesso apenas ao operador especializado e a
pessoas autorizadas.

Além destas recomendações deverá ser considerado o espaço em torno da máquina, que
deverá ser adequado em função das características da madeira a ser trabalhada e do tipo
de operação, de forma que a peça possa ser trabalhada com segurança e não interfira
com outras operações circunvizinhas.
A serra Circular deve ser disposta de maneira a facilitar os trabalhos de inspeção,
manutenção e consertos, bem como possibilitar fácil alimentação e retirada do material.

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INSTALAÇÃO ELÉTRICA

A chave de comando, de partida e de parada do motor, deverá ser blindada e colocada ao


alcance imediato do operador.

Não se deve utilizar chave de faca, para acionar ou parar a serra.

No circuito, deve ser intercalada uma chave protetora com fusíveis, ou disjuntor
termomagnético, colocada em caixa guarnecida de porta, que deverá ser mantida
fechada.

A fiação elétrica deverá estar protegida e isolada por meio de eletrodutos.

Partes metálicas, como carcaça do motor ou bancada de metal, devem ser aterradas
eletricamente, pois, embora não estejam ligadas diretamente à rede elétrica, poderão
conduzir a corrente, oferecendo condições para que o operador receba um choque
elétrico.

Para a execução do aterramento, recomendamos seguir as instruções contidas na NB-3,


“Execução de instalações elétricas de baixa tensão”, da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas).

ILUMINAÇÃO

A serra circular deve ser instalada em local que ofereça iluminação adequada, uniforme
distribuída, geral e difusa, a fim de evitar ofuscamento, reflexos fortes, sombras e
contrastes excessivos, que poderiam dificultar a visibilidade do operador e causar
acidentes.

Quando necessário, deve ser usada iluminação artificial, observando-se os níveis de


iluminação exigidos na NR-15 da Portaria 3214, de 08/06/1978, do Ministério do
Trabalhador, conforme o quadro a seguir:

Operação Nível de iluminação (em lux)


Serragem e aparelhamento, trabalho grosseiro 150
Dimensionamento, plainagem, lixamento grosso,
aparelhamento semi-preciso, colagem, filheamento e 250
montagem
Aparelhamento de precisão, lixamento fino e 500
acabamento

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PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Próximo à Serra Circular, deve ser instalado um extintor de incêndio. O extintor poderá
ser de espuma, água pressurizada ou gás carbônico (CO 2). Quando o incêndio ocorrer
nas instalações elétricas, somente poderá ser utilizado o extintor de CO 2. Os extintores
de espuma ou água pressurizada somente poderão ser utilizados após ser desligada a
energia elétrica.

5 - OPERAÇÃO

NATUREZA DO MATERIAL A SER SERRADO

A madeira deverá ser observada cuidadosamente, para que não influa negativamente na
operação e não ocorra acidentes, os fatores que permitem isso são:
- Nós;
- Partes de alburno de cor contrastante;
- Zonas resinosas;
- Zonas ressecadas;
- Estrias, empenamentos, provenientes da armazenagem inadequada ou exposição à
interpérie.

TREINAMENTO

A utilização da serra circular somente poderá ser feita por pessoa habilitada.

Na contratação de novos trabalhadores, estes deverão ser orientados quanto à forma


correta de utilização da Serra, ressaltando-se os riscos que ela oferece e o modo correto
de evitar acidentes.

EMPURRADORES

Para evitar um eventual contato das mãos do operador com o disco da Serra,
principalmente no trabalho com peças pequenas, deve ser utilizado um dispositivo
empurrador como elemento intermediário.

Recomenda-se utilizar madeiras moles para as tábuas guia, de madeira que os cabos
sejam manuseados sem esforço.

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SUPORTES DE APOIO

Quando as peças forem de grande comprimento, é recomendável a utilização de


suportes.

Podem ser cavaletes como nesta figura:

GUIA DE ESQUADREJAMENTO

A guia de esquadrejamento tem a finalidade de proporcionar maior firmeza à madeira a


ser esquadrejada.

Indiretamente funciona como dispositivo de proteção, pois evita o esbambear de


madeira.

Quando a peça for grande, o operador deverá efetuar o seu esquadrejamento em


conjunto com outro profissional auxiliar, especializado, de forma a realizar a operação
com maior segurança.

GUIA LATERAL

A guia lateral é um dispositivo destinado a auxiliar o corte alinhado da madeira.

Atua, ao mesmo tempo, como um elemento de proteção, na medida em que evita o


esbambear da madeira, que poderia ocasionar seu retrocesso e causar acidentes.

6 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Deverá ser utilizado, de preferência, um protetor facial resistente ao impacto de


partículas volantes (aparas ou nós da madeira), protegendo totalmente a face do
operador.

Os óculos de segurança são utilizadas em operações mais simples, de curta duração,


onde haja menor desprendimento de poeira.

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Os protetores auriculares devem ser considerados como indispensáveis, quando o nível e
ruído estiver acima dos limites tolerância previstos no anexo 1 da NR-15 da Portaria no
3214, de 08/06/1978, do Ministério do Trabalho.

Outros equipamentos, como por exemplo, sapatos de segurança, com biqueira e palmilha
de aço, e máscaras contra poeiras, deverão ser utilizados quando a natureza específica
da operação solicitar.

Nível de ruído (dB) Máxima Exposição diária


permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 horas e 45 minutos
98 1 horas e 15 minutos
100 1 horas
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos

7 - DISPOSITIVO ELETRÔNICO DE PROTEÇÃO DE SERRA CIRCULAR

JUSTIFICATIVA

Os problemas peculiares desta categoria de máquinas, aliados ao fato de já ter sido alvo
de um grande número de estudos semelhantes, passaram a exigir uma concepção de
projeto mais elaborada, sólida, mas inovadora, em que se pudessem aproveitar todos os
bons aspectos dos estudos anteriores, e ainda propor soluções que viessem ao encontro
dos aspectos não vencidos do problema.

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ELEMENTOS BÁSICOS

Qualquer projeto de proteção para serra circulares não pode prescindir de elementos
básicos, quais sejam o cutelo divisor e a coifa protetora.
O primeiro, devidamente projetado e posicionado, evita o chamado “retrocesso” do
material, fonte de graves lesões ao operador; e o segundo, propõe-se evitar o contato
acidental do operador com a aresta cortante da serra.

EFICIÊNCIA DA PROTEÇÃO

Verificando-se o objetivo da coifa, constatamos que, dos sistemas correntes de coifas


protetoras, a concepção da proteção fixa, porém ajustável a cada espessura do material,
não resulta funcional, uma vez que pode ser tornada inoperante pelo operadormal
capacitado. Tal possibilidade, aparentemente banal, não pode, em absoluto, ser
desconsiderada.

Uma proteção auto-ajustável, portanto, deve ser provida.

RISCOS REMANESCENTES

Deu-se encaminhamento, então, à concepção do tipo articulado-móvel, auto-ajustável a


quaisquer espessuras de material. Neste caso, a própria peça a ser trabalhada ajusta a
abertura de passagem da coifa, ao ser introduzida para corte.

A articulação da coifa é feita no próprio cutelo divisor, sem prejuízo para a rigidez do
conjunto.

A restrição, contudo, que há de ser feita à concepção convencional, é que, embora


ofereça proteção eficiente à parte superior do disco (no caso de quedas ou resvalos, por
exemplo), não pode evitar o contato do operador com a Serra, no ponto de operação,
pois as suas mãos, tal como a madeira ao ser introduzida, deslocam a coifa articulada,
golpeando-se contra articulada, golpeando-se contra a aresta cortante.

ADEQUAÇÃO CONSTRUTIVA

A adequação compreende um cutelo divisor convencional, onde se articula uma coifa


auto-ajustável, que possui sensores táteis, eletromecânicos, de modo que, se tocado
durante a operação de corte, desligam o motor da máquina e promovem a sua parada
instantânea (num tempo de 0,2 segundos).

O ponto sensível ao toque é justamente a zona de risco definida anteriormente, risco este
presente este presente na forma básica original e agora praticamente eliminado. A pronta

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parada do conjunto se faz à custa de um freio cônico, de arranjo simples e que permite
flexibilidade de adaptação em máquinas existentes.

PARÂMETROS BÁSICOS DE PROJETO

MÁQUINA

Serra circular de bancada, para fins gerais de marcenaria, serviços auxiliares médios e
leves na Construção Civil, manutenção em geral, onde a carpintaria não é a atividade
principal.

DISPOSITIVO

Dispositivo protetor para Serra Circular de Bancada, de características acima


mencionadas, decorrendo do estudo:
Diâmetro do disco;
Diâmetro considerado no projeto: 300mm; faixa possível de adaptação 250 a 300mm;
Potência média assumida: 2 a 3 HP; potência de projeto: 3 HP;
Dispositivo composto de: cutelo divisor; coifa articulada com sensores eletrônicos; e
conjunto de freio cônico acionado por solenóide de corrente contínua;
Dispositivos protetores e operacionais auxiliares: guia intermediária ajustável, guarda de
transmissão e conjunto de freio.

8 - MEDIDAS DE SEGURANÇA NA MARCENARIA

Procedimentos Providências

Antes do uso
Quando a serra circular é ligada, causa
vibração em todo seu conjunto. Se
Verificar se não existem peças encostadas existirem peças ou materiais encostados ou
na máquina empilhados na mesa da serra, poderão cair
e ocasionar acidente ao operador ou a
pessoas próximas.
O disco de serra escolhido deve ser
Escolher o disco de serra com dentes apropriado ao material a ser cortado. Os
adequados ao trabalho a ser realizado dentes da serra devem estar devidamente
travados e afiados para permitir o trabalho
com mais segurança

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A lâmina separadora para estar
Verificar se a lâmina separadora está devidamente instalada, necessita estar no
devidamente instalada máximo de 2 à 3 mm da serra. Sua
finalidade é evitar o retrocesso da madeira
que está sendo serrada.
O protetor deve estar devidamente
Verificar se o protetor da serra está instalado para permitir a máxima espessura
corretamente instalado de corte,, aliviando, assim, a área de atrito
de corte e protegendo o operador dos
dentes da serra.
Na operação dessas máquinas, deve-se usar
vestimenta adequada, evitando-se usar
Vestir-se adequadamente para operar a roupas com as mangas folgadas, roupas
máquina soltas e adornos como anéis, pulseiras
colares, os quais podem causar acidentes,
durante a operação de serrar.
A área de movimentação do operador deve
Verificar se a área de movimentação está estar desimpedida, sem óleo derramado no
despendida chão, peças ou materiais espalhados a
esmo, os quais podem provocar a queda do
operador.
Durante o uso
Nos trabalhos com a serra circular devem
Utilizar os óculos de proteção ser usados óculos de segurança, para evitar
que entre serragem nos olhos, nem farpas
podendo ferir o operador.
Utilizar calço para empurrar as peças Deve ser dada atenção especial ao uso da
estreitas a serrem serradas máquina, não aproximando os dedos dos
dentes da serra
Utilizar guias e calços espaciais quando for Nos casos de peças estreita, a operação de
repigar serrar deve ser auxiliada por um calço para
empurrar a peça.
As peças serradas deverão ser empilhadas
adequadamente em locais onde não será
Empilhar corretamente as peças serradas preciso abaixar demasiadamente para não
provocar fadiga muscular, causadora de
muitos acidentes.
O motor da serra não deve ser forçado além
Evitar forçar a madeira além da capacidade da capacidade de trabalho. A madeira deve
do motor da máquina ser empurrada suavemente, para um
trabalho bem feito e com segurança.

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Nos casos necessários, ajustar as medidas
Desligar a máquina para ajustar medidas e de corte, regular os protetores e guias da
regular protetores e guias serra. Deve-se sempre desligar a máquina
completamente, a fim de evitar acidentes.
Após o uso
Para se proceder a limpeza da máquina,
Limpar a máquina com escova quando deve ser verificado se a mesma está
estiver parada completamente desligada. Deve ser limpa
com escova, tendo cuidado para que a
serragem não lha entre nos olhos.
Quando a máquina apresentar algum
irregularidade quanto ao funcionamento,
Comunicar à manutenção qualquer quer seja mecânico ou elétrico, deve ser
problema de funcionamento da máquina comunicado ao setor da manutenção para
ser providenciado o conserto. Assim, se
evitam futuros acidentes.
As máquinas depois de usadas devem ser
Lubrificar as guias e corrediças deixadas em perfeitas condições. Na serra
devem ser lubrificadas a guias e corrediças.

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