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operação e segurança
em:
Serra
Circular
O que é uma Serra Circular?
As serras circulares são máquinas de corte constituídas de um disco circular provido de arestas
cortantes em sua periferia, montado em um eixo que lhe transmite movimento rotativo e
potência de corte, sendo o conjunto acionado por motor elétrico com transmissão direta ou por
meio de polias e correia.
A serra de meia esquadria é uma serra portátil acoplada a um mecanismo que permite cortes
em ângulos nas peças. Nesse modelo a peça deve ser fixada na base e a serra é baixada contra
a peça a ser cortada.
A serra de bancada conta com uma mesa de apoio (bancada), sendo a lâmina é fixada na
bancada e a peça a ser cortada que se movimenta (é empurrada pelo operador) no sentido do
corte. São muito robustas e com grande capacidades de corte, sendo utilizadas em
marcenarias e carpintarias de obras civis, por exemplo.
Teremos como foco a Serra Circular de Bancada uma vez que esta oferece maiores riscos aos
operadores, já que a peça a ser cortada deve ser empurrada contra a lâmina.
Exemplo de operação de uma
Serra Circular de Bancada
Componentes de uma Serra Circular portátil
1 Saída de pó
3 Capa de proteção
4 Trava eixo
Trava do interruptor
Interruptor de acionamento
1 Mesa de apoio
Guia de alinhamento
Os dentes do disco de serra devem ser mantidos em bom estado, afiados e travados e,
não podendo afiá-los, substitui-se o disco.
O avanço (Sz) deve estar entre 0,01 e 0,15mm. Materiais moles devem ser cortados
com alto avanço e materiais duros com avanços pequenos.
Capa de proteção do disco
Dispositivo de proteção obrigatório que evita qualquer contato das mãos do operador
com o disco da Serra.
Também protege retendo pedaços da lâminas que eventualmente venha a ser projetada
em sua direção em caso de quebra da mesma.
Para que essa proteção seja eficaz, é necessário que alguns procedimentos sejam
devidamente observados, tais como:
Os riscos mais
comuns na
Choques elétricos
1 Cortes e amputações:
operação do corte - Contato acidental com o disco;
15% dos
2
de madeira são: - Contato com os dentes na parte inferior da
projeção de acidentes
Retrocesso da madeira decorrente de: bancada;
materiais, pó de – Mau estado da madeira; - Contato com transmissão de força.
serra, problemas – Velocidade tangencial insuficiente;
ergonômicos
posturais, de
– Disco em mau estado ou desalinhado;
– Operação de serrar criando tensões 3
esforço e de internas;
movimentos
repetitivos, ruído
intenso, vibração e
4 Projeção do disco ou parte dele
perigo de
ferimentos no
disco de serra. Ruído ambiental
5
Organização e limpeza:
Incêndio
7
Risco de choque elétrico
A carcaça do motor elétrico da Serra de bancada deve ser aterrado ao solo para proteger os
operadores de choques elétricos e o equipamento de qualquer oscilação (descarga) da rede.
O aterramento deve ser periodicamente vistoriado por professional habilitado emitindo laudo
técnico.
Recomenda-se instalar bases de borracha nas patas da mesa e inspecionar periodicamente qualquer
anormalidade na parte elétrica da máquina, como fios desencapados por exemplo. Também é
imprescindível que o operador utilize botas com solado de borracha (EPI).
Contato com o disco
- Os acidentes podem ocorrer por contato tanto na parte superior quanto na parte inferior do disco.
- Contato inferior: geralmente é produzido quando se procede a eliminação de aparas ou serragem que se
acumulam na parte inferior da máquina durante o uso.
- Protege-se a parte inferior do disco que estará dentro do sistema de aspiração.
- Evita-se a acumulação de materiais - altamente combustíveis.
- Contato superior: a parte superior do disco deve ser protegida por capas de proteção.
- Com a instalação das capas de proteção se consegue dois efeitos:
- A proteção antes de um contato com o disco;
- A proteção ocular do trabalhador, é minimizada a projeção de partículas.
- A capa de proteção deve ser forte e facilmente ajustável.
Retrocesso ou
Projeção da peça
Geralmente ocorre quando a peça engasga devido a nervuras, nós ou outras irregularidades na madeira,
ferramentas mal afiadas, etc., dando lugar a um brusco retrocesso da peça que é atirada contra o
operário. Pode-se evitar estes retrocessos com um perfeito afiamento das ferramentas, controlando o
estado das madeiras e evitando passadas de grande profundidade, dando sempre passadas sucessivas e
progressivas.
Por isso, as normas regulamentam apenas a utilização de madeiras que já passaram por processos
industriais, nunca brutas, roliças, porque são irregulares e se desprendem com facilidade.
Retrocesso ou
Projeção da peça
O cutelo divisor consiste em um elemento metálico que pode adotar diversas formas e atua como uma
cunha, impedindo que as partes da peça que está sendo serrada se feche sobre o disco.
Com o retrocesso das peças é bastante frequente que se apresentem dois tipos de lesões: A produzida
pelo impacto da peça contra o operário e um possível contato das mãos com o disco de corte.
- Locais específicos para armazenagem e transporte da serragem e aparas das madeiras assim como
a limpeza das mesmas no ambiente de trabalho;
- É expressamente proibido fumar em local de trabalho, devem também ser eliminados todos os
focos de combustão;
- Cuidado com a manutenção adequada das máquinas para evitar situações de aquecimento
desnecessário de partes das mesmas, como os rolamentos;
- Além disso, devem ser instalados extintores de incêndio em lugares de fácil acesso e próximo a
serra, caso seu uso seja necessário.
Risco auditivo (ruído)
Três fatores principais são responsáveis pela emissão de ruídos gerados pela lâmina:
- As turbulências do ar são deslocadas pelas lâminas;
- As vibrações do corpo da lâmina gerada pelas turbulências aerodinâmicas
- E as vibrações causadas pelo impacto dos dentes sobre o material trabalhado.
As lâminas com maior número de dentes provocam maior intensidade de ruídos e ainda as com
fendas radiais também.
As lâminas especiais (carbono) provocam menor intensidade de ruídos e também são muito mais
resistentes, aumentando a durabilidade.
O aumento da espessura da lâmina, do diâmetro das flanges e a diminuição da velocidade também
favorecem a redução de ruídos.
Existem discos com tratamento acústico que produzem menos ruídos.
NR-12 NR-18
Segurança
Os EPI's são muito importantes para garantir que o operador da serra não venha a sofrer ferimentos ou que reduza a gravidade
desse caso ocorra:
- Protetor facial: Protege por completo a face do operador, uma vez que é extremamente resistente ao impacto de partículas.
- Respirador descartável PFF1: Proteção contra a aspiração de poeiras e névoas não oleosas que são produzidas nos processos
de trabalho.
- Óculos de proteção: Evita o impacto de partículas contra os olhos do operador durante os
cortes.
- Protetores auditivos: Produz consideravelmente de ruídos, especialmente daqueles produzidos pelo disco, garantindo um
trabalho mais focado.
- Botas de segurança.
- Avental de raspa de couro.
- O operador nunca deve usar luvas, apenas o auxiliar.
Boas práticas de operação e segurança
Os EPI's são muito importantes para garantir que o operador da serra não venha a sofrer ferimentos ou que reduza a gravidade
desse caso ocorra.
indicamos os seguintes EPI's:
- Protetor facial: Protege por completo a face do operador, uma vez que é extremamente resistente ao impacto de partículas.
Respirador descartável PFF1: Proteção contra a aspiração de poeiras e névoas não oleosas que são produzidas nos processos
de trabalho.
Óculos de proteção: Evita o impacto de partículas contra os olhos do operador quando em trabalhos;
Protetores auditivos: Produz consideravelmente de ruídos, especialmente daqueles produzidos pelo disco, garantindo um
trabalho mais focado.
Botas de borracha
A iluminação precisa ser adequada e o piso limpo, liso e nivelado, garantindo total estabilidade da máquina. Segundo a NR-
15 a iluminação deve ser adequada e difusa para evitar ofuscamento ou reflexos ou ainda sobras ou contrastes excessivos.
A NR 18 exige proteção das lâmpadas na carpintaria, para evitar estragos causados pela movimentação de peças de madeira.
O local deve possuir extintor de incêndio, sinalização de advertência e os EPIs adequados à operação.
A capa de proteção, bem como o cutelo divisor, devem inclinar-se com a serra, impedindo que a proteção toque a serra. A
capa de proteção deve ser forte e facilmente ajustável.
O cutelo divisor atua como uma cunha, impedindo que as partes da peça que está sendo serrada se fechem sobre o disco. As
máquinas que produzem serragem devem ser equipadas com caixa coletora de serragem.
Boas práticas de operação e segurança
OPERAÇÃO
São considerados autorizados e qualificados os trabalhadores que comprovem perante o empregador e inspeção do trabalho,
uma das seguintes condições (NR18):
• Capacitação mediante treinamento da empresa;
• Capacitação mediante curso ministrado por instituições privadas ou públicas, desde que conduzido por profissional
habilitado;
• Ter experiência comprovada em carteira de trabalho pelo menos a seis meses na função
A altura de corte da serra deve ser compatível com a espessura da peça, devendo a serra ultrapassar o equivalente a altura de
um dente da lâmina e não mais que isso.
A madeira deverá ser observada cuidadosamente pois a existência de nós, zonas resinosas, estrias, empenamentos e até
resíduos de concreto podem influir negativamente na operação de serrar e causar acidentes.
As mãos devem ser mantidas fora da linha de corte com um área de segurança de 15 cm perimetral a serra circular.
Nas operações de corte de madeira, devem ser utilizados dispositivos como empurrador e guia de alinhamento.
Boas práticas de operação e segurança
OPERAÇÃO
Peças longas de madeira deverão ser cortadas utilizando um segundo trabalhador para remover as peças cortadas. Neste caso,
a mesa deve ser estendida de tal forma que à distância entre o bordo traseiro da mesa e a lâmina da serra seja superior a 120
cm.
O assistente deve se manter sempre no bordo traseiro da mesa, longe da serra. Embora o cutelo divisor diminua o risco de
acidentes, mas não o elimina.
É proibida a retirada da capa de proteção devido à pouca distância entre a serra e a guia de alinhamento e deve-se parar
totalmente a máquina antes de ajustar a lâmina e/ou a guia e desconectá-la da rede elétrica antes de trocar a lâmina.
Utilizar sempre uma escova ou outro instrumento para limpar a serragem e os pedaços que sobraram das madeiras serradas,
desde que a máquina atenda ao item anterior.
Boas práticas de operação e segurança
MANUTENÇÃO
No caso da serra de corte de bancada, o motor é simples, com ou sem polia, e raramente gera problemas, mas é preciso
cuidado para acessar esse componente.
Qualquer intervenção deve ser feita com o equipamento desligado da corrente elétrica.
O disco deve ser adequado ao tipo de madeira cortada, mantido afiado e travado.
Quando é necessário empurrar a madeira para a serra, é sinal de que o disco não está amolado. Dessa forma, ele queima a
madeira ao invés de cortá-la e precisa ser substituído. O ideal é ter sempre um disco reserva, em boas condições de uso, para
eventual substituição
A lubrificação e a manutenção periódica desse equipamento são realizadas em intervalo normal, estabelecido pelo fabricante
(consultar manual).
Vídeos complementares
[1] Dicas de Segurança na operação de Serras Circulares Portáteis
https://www.youtube.com/watch?v=UIRZ_wWLrPM