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GRAVIDADE

BEATRIZ BERNARDES
JOÃO COELHO
JOSÉ CONTENTE

FÍSICA 12ºB – PROF. JÚLIO MARIANO


INTRODUÇÃO

No nosso dia a dia conhecemos a gravidade como aquilo que nos puxa para a Terra, evitando que nós
sejamos disparados para os confins do espaço, ou aquilo que prende a lua à Terra, ou ainda aquilo que faz
com que os objetos caiam no chão quando não estão em contacto com uma superfície.
Com esta apresentação, pretendemos dar uma noção um pouco mais abrangente, assim como apresentar
algumas curiosidade e noções breves da astronomia.
Esperemos que aprecie esta apresentação.
A equipa:
Beatriz Bernardes
João Coelho
José Contente
O QUE É A GRAVIDADE?

 Na física moderna existem quatro tipos principais de interações (Gravidade, Eletromagnetismo, Força
Nuclear Fraca e Força Nuclear Forte), que permitem a existência de planetas, estrelas, galáxias e a
maior parte dos objetos macroscópicos no universo.
 Em termos mais científicos a gravidade é uma força fundamental da natureza (mecanismo pelo qual as
partículas interagem mutuamente);
 Na física moderna a sua descrição mais precisa é dada pela Teoria Geral da Relatividade de Einstein,
porém a mecânica clássica de Newton apresenta ainda noções válidas, conforme vamos verificar.
ISAAC NEWTON

 Isaac Newton foi um astrónomo, alquimista, filósofo natural, teólogo e


cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático.
Nasceu em 1643 e morreu em 1727.
 A sua obra principal é Princípios matemáticos da filosofia natural,
publicada em 1687, onde está descrita a famosa Lei da Gravitação
Universal.
ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES DE NEWTON PARA A FÍSICA

 Newton através de um sistema idealizado por ele e das leis de Kepler do movimento dos planetas, foi o
primeiro a demonstrar que os movimentos dos objetos são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais,
tanto na Terra como no resto do universo.
 Desenvolveu também as três leis de Newton para as forças.
LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

 A lei da gravitação universal está presente no obra os Princípios matemáticos da filosofia natural, publicada
por Newton em 1687. Essa lei afirma que dois corpos quaisquer no universo atraem-se com uma força
diretamente proporcional às suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que os
separa.
 Apesar da lei da gravitação universal ter sido formulada por Newton em 1685, foi resultado de uma série
de trabalhos realizados anteriormente à mesma, por outros físicos.
 A sua descoberta teve uma enorme importância na evolução da ciência moderna.
DOIS CORPOS DE MASSAS M1 E M2 ATRAEM-SE EXERCENDO
ENTRE SI FORÇAS COM A MESMA INTENSIDADE F1 E F2.

• 𝑭𝟏 - Módulo da força sentida pelo corpo 1 devido


à interação com o corpo 2

• 𝑭𝟐 - Módulo da força sentida pelo corpo 2 devido


à interação com o corpo 1

• G- Constante da Gravitação Universal

• 𝒎𝟏 e 𝒎𝟐 - Massas dos corpos em interação Kg

• r- distância entre os dois pontos m


N N 𝑚3 𝑘𝑔−1 𝑠 −2
ALBERT EINSTEIN

 Albert Einstein foi um físico teórico alemão, nasceu em


1879 e morreu em 1955.

 Ficou conhecido sobretudo pela sua fórmula de


equivalência massa-energia (E=mc²).

 Desenvolveu a teoria da relatividade geral, uma das


principais teorias da física moderna.

 Em 1921 recebeu um Prémio Nobel da Física devido às suas


enormes contribuições para com a física teórica.
OUTRAS CONTRIBUIÇÕES DE EINSTEIN PARA A FÍSICA

Para além de ter desenvolvido uma teoria da gravitação, Einstein esteve também envolvido em outros
campos da física, tais como:

 Mecânica quântica;

 Eletromagnetismo (na tentativa de juntar as forças gravítica e eletromagnética, acabou por


desenvolver a Teoria do Campo Unificado);
TEORIA DA RELATIVIDADE GERAL

 A Teoria da Relatividade Geral foi desenvolvida por Einstein e publicada em 1915, sendo usada na física
atual para descrever a gravidade.

 Generaliza a teoria da relatividade restrita (teoria publicada por Einstein em 1905 que descreve a física do
movimento na ausência de campos gravitacionais) e a lei da gravitação universal de Newton.

 Fornece uma descrição unificada da gravidade como uma propriedade geométrica do espaço e do tempo,
ou espaço-tempo. Em particular, a "curvatura do espaço-tempo" está diretamente relacionada à energia e
ao momento de qualquer matéria e radiação presente. A relação é especificada pelas equações de campo
de Einstein, um sistema de equações diferenciais parciais.
TEORIA DA RELATIVIDADE

 O tempo e o espaço são relativos;

 Quanto mais rápido andamos, mais o tempo anda devagar para nós, em relação a outro indivíduo parado;

 Se atingirmos a velocidade da luz, o tempo “para”, em relação a outros;

 Suponhamos que eu entrava numa nave capaz de atingir a velocidade da luz, para a Terra, passariam
infinitos anos, mas para mim era apenas uma questão de segundos;
 https://www.youtube.com/watch?v=l-BVkHRLPfo
EQUAÇÕES DE CAMPO DE EINSTEIN

 As equações do campo de Einstein descrevem


como o espaço-tempo se curva pela matéria e,
reciprocamente, como a matéria é influenciada
pela curvatura do espaço-tempo, ou digamos,
como a curvatura dá lugar à gravidade.
EM RESUMO, O QUE É A GRAVIDADE?

 MECÂNICA CLÁSSICA  EINSTEIN


 Segundo Newton, a gravidade é uma força atrativa  Deformação no espaço-tempo gerada pela presença
entre dois corpos; de um corpo massivo;

 𝐹𝑔 = 𝐺
𝑚𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜1 ∗𝑚𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜2  Ex: Terra, Sol, Estrela de neutrões…
2
𝑅𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜2
 Ex: A Terra provoca uma curvatura no espaço e nós
 Ex: Nós estamos sujeitos a uma força atrativa mútua apenas sentimos isso mesmo e somos direcionados
com o planeta Terra para o centro
PORQUE É QUE OS PLANETAS RODAM TODOS NO MESMO
SENTIDO?

 Inicialmente, os corpos orbitavam nos dois sentidos;

 Durante esse período inicial, houveram vários choques entre corpos;

 Ao chocarem, esses corpos perdiam a velocidade orbital;

 Com isso, e tendo em conta a interpretação de Einstein relativamente à gravidade, esses corpos acabavam
por cair em “direção” ao Sol, sofrendo acreção.
EFEITOS DA GRAVIDADE NA TERRA

 A força da gravidade faz com que os corpos em queda livre próximos da superfície terrestre sofram
uma aceleração de aproximadamente 9,8 m/𝑠 2 . Essa aceleração varia em cada ponto da Terra, tendo
em conta o relevo e a densidade das rochas do seu interior, uma vez que a distribuição de massa na
Terra não é homogénea.

 Como a distribuição da massa da Terra é variável, o campo gravítico da mesma também varia. Essas
variações do campo gravítico terrestre juntamente com as forças gravitacionais exercidas pela lua e
pelo Sol na Terra, fazem com que a Terra apresente deformações, sobretudo na superfície oceânica.
EFEITOS DA GRAVIDADE NA TERRA

 Essas deformações fazem com que a Terra pareça cada vez menos
uma esfera perfeita;
 As deformações da superfície oceânica estão sempre a mudar
devido à mudança do posicionamento da Lua em relação à Terra e
ocorrem da seguinte maneira:
 A Terra tem força gravitacional suficiente para manter a Lua em órbita;
 Ao girar em torno do nosso planeta, a Lua também atrai a Terra, mas
com muito menos intensidade; Mapa do relevo terrestre
Vermelho – Alta altitude
 A força gravitacional lunar é demasiado baixa para mover o corpo Verde – Média Altitude
sólido da Terra, mas no entanto consegue ter impacto na parte líquida Azul – Baixa Altitude
(sobretudo nos oceanos).
GRAVIDADE NO ESPAÇO

 Neste tópico, iremo-nos focar na ação da gravidade nos satélites.


Destacam-se dois tipos:
 Satélites Naturais: astros celestes que orbitam em torno de um planeta,
como por exemplo, a Lua que orbita em torno da Terra;
 Satélites Artificiais: objetos feitos pelo homem e colocados em órbita de
um corpo celeste. Existem vários tipos de satélites artificias como por
exemplo satélites de comunicação, meteorológicos, militares e
astronómicos.
 Atualmente são conhecidos 214 satélites naturais no sistema solar,
sendo Saturno o planeta com mais satélites, 82;
 Em 2019, existiam cerca de 5 mil satélites artificiais em torno da
Terra.
GRAVIDADE NOS SATÉLITES NATURAIS E ARTIFICIAIS

 O movimento dos satélites em torno de um planeta obedece às Leis de Kepler e à Gravitação


Universal.
 A força de atração gravitacional entre o satélite e o planeta é centrípeta, logo é dada pelas
expressões:
𝑚𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜1 ∗𝑚𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜2 𝑣2
 𝐹𝑔 = 𝐺 2 e 𝐹𝑐 = 𝑚𝑟
𝑅𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜2

 Como a única força aplicada nos satélites é a gravitacional, vem:

𝑚𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜1 ∗𝑚𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜2 𝑣2 𝐺∗𝑚𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜 2


 𝐹𝑔 = 𝐹𝑐 <=> 𝐺 2 = 𝑚𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜1 𝑟 <=> 𝑣𝑆𝑎𝑡é𝑙𝑖𝑡𝑒 =
𝑅𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜2 𝑅
INTERAÇÕES ENTRE OS CORPOS CELESTES

 Tal como os planetas do sistema solar orbitam em volta do Sol, o mesmo acontece em vários outros
sistemas no universo. Essa afirmação é confirmada pela captação de imagens periódicas dos outros
sistemas.
ALGUMAS LEIS QUE REGEM O MOVIMENTO DOS ASTROS

 Lei das órbitas - Os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol;

 Lei das áreas - Durante a sua órbita os planetas percorrem a mesma área no mesmo tempo;

 Lei dos períodos - A razão entre o quadrado do período e o cubo do raio médio da órbita é uma
constante k;
 A Lei da Gravitação Universal e a Terceira Lei de Newton - Que dizem que quaisquer dois corpos
dotados de massa se atraem mutuamente devido à interação gravitacional entre ambos, e que a toda
ação, corresponde uma reação – ou seja: todo agente é também paciente, respetivamente.
 Podemos observar algumas destas regras no filme “Gravidade”, que explica claramente a regência da
Terceira Lei de Newton, assim como a órbita de um corpo em relação a outro de maior massa, ou mesmo o
tempo constante que os satélites demoram a dar uma volta completa à Terra.
 Link do trailer: https://www.youtube.com/watch?v=kC3rHl_US4Q
GRAVIDADE ZERO

 Se nos restringirmos ao planeta Terra, define-se gravidade zero como um local hipotético onde a força
gravítica terrestre não existe.
 Mas se passarmos para o nosso Universo, chegamos à conclusão que não existe gravidade zero absoluta,
isto é, estamos sujeitos a forças atrativas de todos os lados.
 O termo gravidade zero vem da soma de todas as forças atrativas, pois somando-as a força resultante é
nula.
O que pensamos que está a acontecer

՜=՜
𝐹𝑟 0
O que realmente está a acontecer
𝐹𝑔3
𝐹𝑔4

𝐹𝑔4

𝐹𝑔3

𝐹𝑔1

𝐹𝑔2

𝐹𝑔1

+ + + + ⋯+ =՜
𝐹𝑔1 𝐹𝑔2 𝐹𝑔3 𝐹𝑔4 𝐹𝑔𝑛 0
𝐹𝑔2
EFEITOS DA AUSÊNCIA DE GRAVIDADE NOS ASTRONAUTAS

 Existem consequências para os astronautas que fazem as missões espaciais:


 Ficam mais altos enquanto estão no espaço, devido à falta de pressão na coluna;
 Perdem uma percentagem significativa de massa óssea ;
 Têm má disposição;
 Perdem a orientação;
 https://www.youtube.com/watch?v=9Z2KNDGNnlc
ONDAS GRAVITACIONAIS

 Ondas gravitacionais são ondulações na curvatura espaço-tempo que se


propagam à velocidade da luz.
 Foram descritas pela primeira vez por Albert Einstein em 1916, sendo só
detetadas diretamente quase um século depois (11 de fevereiro de 2016)
pelo LIGO (Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferómetro).
 Os cientistas do LIGO que detetaram estas ondas, por meio da colisão de
dois buracos negros, receberam o Prémio Nobel da Física em 2017.
 https://sicnoticias.pt/mundo/2020-04-20-Astronomos-detetam-a-
primeira-colisao-de-buracos-negros-com-uma-estranha-discrepancia
ONDAS GRAVITACIONAIS

 As ondas gravitacionais são provocadas pela fusão de


buracões negros e a explosão de estrelas, que libertam uma
quantidade enorme de energia, o que dá origem a uma Ilustração de dois
distorção no tecido espaço-tempo e criam ondas no mesmo. buracos negros

 Em 2017 foram detetadas as primeiras ondas gravitacionais


provocadas pela colisão de estrelas de neutrões pelos
interferómetros LIGO e VIRGO, onde puderam observar e
documentar este evento.
 https://www.dn.pt/sociedade/observada-pela-primeira-vez-
a-colisao-de-duas-estrelas-de-neutroes-8847557.html
Ilustração de uma
colisão de estrelas
BURACOS NEGROS

 Um buraco negro é uma região do espaço-tempo onde o campo gravitacional é de tal forma intenso, que
nada lhe pode escapar (nem mesmo a luz!).
 Considere um pedaço de matéria bastante pesado, mas de volume bastante pequeno. Esse objeto terá uma
densidade gigantesca
Sol Anã Branca Estrela de Neutrões Buraco Negro

Se a Terra, se tornasse num


buraco negro, teria este
tamanho, mas manteria a
1,8 cm
massa atual
BURACOS NEGROS

 No Buraco negro, existe uma região do espaço onde nada, nem mesmo a luz
lhe consegue escapar.
 Não se sabe o que acontece para lá dessa “fronteira”, uma vez que não é
possível escapar-lhe;
 Porventura, se um astronauta caísse para lá, e outro estivesse a observar, ele
apenas veria uma imagem assim que o outro passasse para lá do horizonte
de eventos, e não teria mais qualquer contacto com este.
 Hawking descobriu que os buracos negros emitem um tipo peculiar de
radiação – Radiação Hawking.

Primeira Imagem de um Buraco Negro


Fonte: Event Horizon Telescope
Composição do Universo

ENERGIA ESCURA? Matéria


Escura
Átomos
5%
25%

 Força oposta à da gravidade;


Energia
 Os átomos compõem apenas 5% do nosso Universo; Escura
70%

 Tende a acelerar a expansão do Universo, contrariamente ao que era previsto.


MATÉRIA ESCURA

 Não interage com a matéria “normal” nem consigo mesma;

 Só é detetável devido aos efeitos gravitacionais sobre a matéria visível;

 Apesar da designação “escura” relacionar esta matéria coma energia escura, na realidade a matéria escura
age opostamente à energia escura, atraindo os objetos.
INTERAÇÕES DA MATÉRIA E DA ENERGIA ESCURA COM O
UNIVERSO

Inflação Ação da Matéria Ação da Energia


Escura Escura (Presente)
• Expansão • Desaceleração • Re-aceleração
acelerada do da expansão da expansão
Universo do Universo do Universo

Assista a este pequeno vídeo (em inglês) – Episode 1: The Dark Force
https://www.space.com/13277-universe-blueprint-space-video-show.html?jwsource=cl
APOLLO 11…O PRIMEIRO HOMEM NA LUA

 No dia 16 de julho de 1969, é lançado o foguetão do programa Apollo 11;

 Na chegada à órbita lunar, o LM Eagle, veículo responsável pelo transporte até à superfície lunar,
desprende-se, levando dois dos três astronautas nele (Armstrong e Aldrin);
 O terceiro astronauta, Collins, irá permanecer as próximas 22 horas à espera dos seus companheiros,
enquanto eles cumprem o objetivo da missão (trazer amostras do solo lunar, tirar fotografias, colocar a
bandeira dos EUA…).
 No fim, os três astronautas são levados de volta ao planeta Terra, de acordo com a Trajetória de Retorno
Livre.
TRAJETÓRIA DE RETORNO LIVRE

 Esta trajetória tem em conta a gravidade de dois corpos celestes (Ex: Terra e Lua).

 Por exemplo, no lançamento da Apollo 11foi usado este modelo de modo a poupar combustível no regresso
ao planeta azul.
 Através da aceleração gravítica do corpo secundário, a trajetória do foguetão é alterada de forma a
regressar ao corpo principal.
 Na imagem seguinte é possível observar uma aplicação desta trajetória no próximo grande projeto da
NASA – Artemis 2 – que pretende repetir o mesmo feito da missão Apollo.
VERSÃO SIMPLIFICADA E TRADUZIDA

LANÇAMENTO Deposição de um
ENTRADA, DESCIDA módulo de apoio
ENTRADA NA ÓRBITA E ATERRAGEM
RECUPERAÇÃO DA
TERRESTRE CÁPSULA E DA
TRIPULAÇÃO SEPARAÇÃO ENTRE OS
MÓDULOS SERVIÇO/
TRIPULAÇÃO

ÓRBITA
LUNAR

REGRESSO À TERRA

SUBIDA PARA
A ÓRBITA ALTA
TERRESTRE
TRANSPORTE ATÉ À LUA

INJEÇÃO TRANS-LUNAR PELO


MOTOR PRINCIPAL Lançamento Órbita Baixa Terrestre Órbita alta Terrestre Ida à Lua Ida à Terra Reentrada Terrestre Eliminação da Carga

4 astronautas | Duração: 10 dias | Velocidade de reentrada: 39201 km/h (32 Mach)


COMO SABEMOS QUE O UNIVERSO ESTÁ EM EXPANSÃO?

 Desvio para o vermelho, verificada pelo efeito Doppler;

 Radiação cósmica de fundo.


RADIAÇÃO CÓSMICA DE FUNDO

 Radiação micro-ondas que preenche o universo;

 Foi gerada pouco depois do Big-Bang, mas libertada 380 mil anos depois deste acontecimento;
 Nessa altura, as temperaturas rondavam os 5000ºC, o que permitiu aos eletrões e aos protões “recombinar”, gerando
átomos de hidrogénio;
 Essa recombinação libertou energia sob a forma de fotões, que continham a RCdF.

 A radiação pode ser detetada nas antigas televisões, através do som da “estática”.
COMPREENDER O EFEITO DOPPLER…

 Christian Doppler foi um físico austríaco responsável pela descoberta de


tamanho feito.
 Ao escutarmos uma ambulância a passar por nós, é possível escutar um som
mais agudo quando esta se aproxima e um som grave quando esta se
afasta.
 Doppler descobriu que a frequência das ondas varia conforme o
movimento da fonte e/ou do observador.
EFEITO DOPPLER
𝜆 é o comprimento de onda
V é a velocidade do objeto
C é a velocidade da luz no vácuo (3*10^8)

𝑣
1+𝑐
 𝜆𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜 = 𝜆𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 𝑣
1−𝑐
APLICAÇÃO DO EFEITO DOPPLER AO NOSSO UNIVERSO

 Através desse efeito, Edwin Hubble descobriu que as galáxias se afastavam umas
das outras devido ao facto dos seus comprimentos de onda serem maiores do
que se não houvesse movimento (“redshift”).
 Graças a isso, Hubble chegou à conclusão de que o nosso Universo se encontrava
em expansão.
 Como uma tentativa de descoberta da velocidade da expansão do universo,
Hubble formulou uma nova lei…
LEI DE HUBBLE

• A Lei de Hubble permite calcular a velocidade das


galáxias. 𝑽=𝑯∗𝑫
• Ela afirma que a velocidade, V, é igual à distância Km/s Km/sMPc MPc
entre o observador e a galáxia, D, multiplicada pela
constante de Hubble, H.
• Apesar do nome, a constante de Hubble, varia: Parsec (Pc)
• O Universo próximo regista uma constante de, • Corresponde a 3,08 ∗ 1016
aproximadamente, 73.5 km/sMPc metros
• Já a parte mais longínqua observada tem uma
constante de, aproximadamente, 67 km/sMPc
O INÍCIO…

 A partir das observações de Hubble, podemos chegar à conclusão que, no início, o Universo não era mais do
que um ponto infinitamente pequeno, que começou a expandir-se para o que é hoje;
 Com base nesta premissa, foi criada a Teoria do Big Bang;

 Esta teoria afirma que, o nosso Universo teve origem há 13.7 bilhões de anos atrás nesse mesmo ponto
infinitamente denso, onde estava tudo.
 Antes de prosseguir, recomendo a visualização deste pequeno vídeo (em Português do Brasil):
https://www.youtube.com/watch?v=CH24yfMrA94
COMPREENDER O BIG BANG…

 Apesar de toda a nossa tecnologia atual, pouco se sabe sobre o início do nosso universo;

 Até à data de realização deste trabalho, foi possível chegar a apenas 10−43 s após o Big Bang.
Era da Radiação

COMPREENDER O BIG BANG…

 10−43 s: Era de Planck:


 Aqui, o Universo era do tamanho inferior ao de um núcleo atómico.
 Não existia matéria, apenas energia
 A força predominante era a da Gravidade
 As outras três grandes forças não eram distinguíveis entre si
 A interpretação física atual não explica os acontecimentos que tiveram lugar.
Era da Radiação

COMPREENDER O BIG BANG…

 10−36 s: Era da Grande Unificação:


 Tempreatura: 1035 ºC.
 Também aqui a FnF=Fnf=Feletromagnética.
 Atenção! Segundo as definições atuais sobre o universo, tecnicamente não existe nada para além daquele
espaço “interior”.
 10−32 s: Inflação:
 Começa com o aparecimento da força nuclear forte
 Expansão ginórmica do Universo, o que explica a ausência de formação de um buraco negro, dada a
condensação extrema da matéria.
 Temperatura: 1028 ºC
Era da Radiação

COMPREENDER O BIG BANG…

 10−12 s: Era dos Quarks e dos Gluões


 Gluão: Assim como a troca dos fotões está diretamente relacionada com a força eletromagnética, os gluões estão
relacionados com a força nuclear forte.
 Quarks: Uma partícula elementar da física
 Curiosidade: Quarks: Neutrões e Protões; Leptões: Eletrões

 10−6 s: Era dos Hadrões: Começam-se a formar protões e neutrões

 1s: O Universo tinha agora 10 anos-luz de comprimento Gluões

 Curiosidade: O espaço vazio pode-se expandir mais rápido do que a luz Protão
 Formam-se os Neutrinos: partículas sem carga, mas fora do núcleo, e só afetadas pela força nuclear fraca
Era da Radiação

COMPREENDER O BIG BANG…

 10 s: Os eletrões e positrões aniquilam-se, fazendo com que a maioria do universo fique maioritariamente
composto por radiação;
 3-20 minutos: Formação dos primeiros núcleos atómicos (Hélio, Hidrogénio e Lítio);

 50 mil anos: Desaceleração da expansão do Universo

 380 mil anos: Formação dos primeiros átomos - Recombinação Era da Matéria

 Composição do Universo: 75% de Hidrogénio, 25% de Hélio, uma pequena percentagem de Lítio
 Libertação dos primeiros fotões, formação da radiação cósmica de fundo
Era da Matéria

COMPREENDER O BIG BANG…

 108 anos: Aqui, os átomos começam-se a agregar;

 2* 108 anos: Nasceu a estrela mais antiga já observada

 109 anos: Nasce a via láctea

 9,2 * 109 anos: Formação do nosso Sistema Solar


Cenário Hipotético

O QUE ACONTECERIA SE A GRAVIDADE DESAPARECESSE?

 O oxigénio nos nossos pulmões expandir-se-ia e todos os animais morreriam;

 A Lua era disparada para fora de órbita;

 O planeta colapsava, uma vez que os elementos mais pesados (ferro e níquel) sairiam do núcleo,
desfragmentando a superfície.
 As estrelas perdiam a sua forma, deixando de brilhar passado algum tempo;

 As moléculas deixavam de existir, uma vez que não haveria força para os átomos se atraírem uns aos outros.
Cenário Hipotético

Gases e magma do interior terrestre eram


expelidos, devido às gigantes forças de
pressão, causando uma reação parecida à
que vemos nesta imagem

Há um erro nesta imagem, qual é?

Lua – ela já teria saído da órbita terrestre

Mais que isso, até o nosso planeta já tinha


saído da órbita heliocêntrica

E o Sol?
Cenário Hipotético

Sem a força da gravidade para manter


o sol coeso, a pressão intense no seu núcleo faria
com que o sol desaparecesse numa explosão
titânica
A matéria restante da explosão ficaria
à deriva no espaço.

𝑭𝒈
𝑭𝒈

𝑭𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐

𝑭𝒈
𝑭𝒈 Só existe
+ =՜
Cenário
Situação
Hipotético
Normal 𝑭𝒑 𝑭𝒈𝑭𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐
𝟎
WEB GRAFIA

 https://www.youtube.com/watch?v=7NlJDTM9OFY
 http://www.bbc.com/earth/story/20160212-what-would-happen-to-you-if-gravity-stopped-working
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidade
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Bang
 https://ensina.rtp.pt/artigo/big-bang/
 https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-gravidade.htm
 https://www.youtube.com/watch?v=nNAuuTIf3LE
 https://www.youtube.com/watch?v=l-BVkHRLPfo
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%BAon
 https://socratic.org/questions/what-is-the-difference-between-neutrons-and-neutrinos
WEB GRAFIA

 https://www.youtube.com/watch?v=HdPzOWlLrbE
 https://www.bbc.com/portuguese/geral-50413488
 https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/02/Artemis_2_Trajectory.jpg - Imagem Original da Artemis 2
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Apollo_11
 https://www.space.com/25179-hubble-constant.html
 https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2019/04/universo-esta-se-expandindo-muito-mais-rapido-do-que-o-
esperado.html
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Parsec
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Paralaxe
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_Hawking
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Horizonte_de_eventos
WEB GRAFIA

 https://www.space.com/20330-cosmic-microwave-background-explained-infographic.html
 https://ntrs.nasa.gov/archive/nasa/casi.ntrs.nasa.gov/19630007117.pdf
 https://nationalgeographic.sapo.pt/ciencia/actualidade/107-buracos-negros
 https://www.nasa.gov/sites/default/files/atoms/files/america_to_the_moon_2024_artemis_20190523.pdf
 https://sicnoticias.pt/especiais/50-anos-da-chegada-do-homem-a-lua/2019-07-20-Ha-50-anos-o-homem-pisou-
a-Lua-pela-primeira-vez
 https://ntrs.nasa.gov/archive/nasa/casi.ntrs.nasa.gov/20170007741.pdf
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Artemis_2
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Trajet%C3%B3ria_de_retorno_livre
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria_escura

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