1. Bárbara é proprietária de um bar na zona histórica do Porto denominado “Tropical”. Na
madrugada de 4 de dezembro deste ano deflagrou um incêndio na esplanada do referido bar, cuja composição com barrotes de madeira e plástico era altamente inflamável. No dia 5 de dezembro, Bárbara foi notificada da seguinte deliberação camarária: “nesta data, o Município do Porto deliberou, em reunião ordinária, tendo em conta o incêndio verificado no dia de ontem, no sentido de ordenar o encerramento provisório do seu estabelecimento, com efeitos imediatos”. Bárbara não se conforma, defendendo que pode perfeitamente continuar a exercer a atividade dado que o incêndio ocorreu apenas no exterior. Decide, por isso, recorrer para o Ministro da Economia a solicitar a anulação da deliberação camarária, alegando que na referida reunião estavam apenas presentes 4 dos 12 vereadores que constituem o executivo, mais o Presidente e que, claramente, o assunto não podia constar da ordem do dia. Pronuncie-se sobre a viabilidade do recurso e os argumentos apresentados por Bárbara.
2. Imagine que António é proprietário de um recinto onde se desenrolam espetáculos
desportivos. Em 7 de dezembro deste ano, no seguimento de uma inspeção realizada pela PSP, foi impedido pelo Instituto do Desporto I.P. de realizar esses eventos por falta de condições de segurança. António quer recorrer da decisão do Instituto do Desporto I.P., uma vez que esta foi adotada pelo respetivo Conselho Diretivo apenas com o voto favorável do Presidente, quando o Conselho é composto por mais dois membros também presentes na reunião. Pode António recorrer para o Ministro competente na área do Desporto no sentido de solicitar a anulação da decisão referida? Responda à questão não deixando de qualificar as figuras organizatórias envolvidas no caso e de se pronunciar sobre a validade da decisão.
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