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ARUC É MULTADA PELO IBRAM E INTERDITADA PARA

EXECUÇÃO DE MÚSICA MECÂNICA E AO VIVO

A ARUC, mais antiga escola de samba da cidade e maior campeã


do Carnaval de Brasília, Patrimônio Cultural e Imaterial do Distrito
Federal, foi multada em R$ 5 mil, nessa terça-feira (20), pelo IBRAM –
Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal –
Brasília Ambiental, por emissão sonora acima dos limites estabelecidos
pela Lei do Silêncio, durante um ensaio da Bateria, e interditada para a
execução de música mecânica e ao vivo.
O fiscal do IBRAM esteve na ARUC às 19h53, durante o ensaio da
Bateria, por conta de uma denúncia, e registrou a emissão sonora de
69m2 dB, acima do limite estabelecido pela Lei para o horário, que é
de 60 dB. Vale registrar que os ensaios da Bateria da ARUC estão
sendo realizados na quadra de esportes, que fica voltada para o
comércio, distante das residências.
A ARUC recorreu das punições.
A ARUC enfrenta, desde outubro de 2020, uma ação judicial na
Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF,
impetrada por um dos seus vizinhos, que reclama do barulho dos
ensaios da Bateria e eventos realizados pela entidade, com base na Lei
do Silêncio.
O autor da ação recusou duas tentativas de conciliação. Uma
pela Administração Regional do Cruzeiro – da qual se recusou a
participar; e uma Audiência de Conciliação, convocada pelo juiz
responsável pela ação, não aceitando nenhuma proposta de assinatura
de um Termo de Ajustamento de Conduta, numa evidente
demonstração de total intransigência.
Tal ação está com sua tramitação suspensa, desde 25 de maio
de 2022, por decisão do juiz Carlos Frederico Maroja Rodrigues, em
razão do pedido de suspeição do promotor do Meio Ambiente e do
Patrimônio Cultural, Roberto Carlos Batista, arguida pelo autor da
ação, sob a alegação de que o promotor é “amigo da ARUC”. O MP
recorreu do pedido de suspeição, por um agravo que está sendo
analisado pela 4ª Turma Cível do TJDFT, o que provocou a decisão do
juiz de suspender a tramitação da ação até o julgamento desse
agravo, interposto pelo MP.
A ARUC foi fundada em 21 de outubro de 1961 – completa 61
anos de existência no mês que vem, está na área que ocupa desde
1974, é a maior campeã do Carnaval de Brasília, com 31 títulos
conquistados, desenvolve projetos sociais, comunitários, culturais e
esportivos, com grande participação da comunidade, e é conhecida e
respeitada pelos sambistas de todo o Brasil.
Por tudo isso foi reconhecida oficialmente pelo GDF, pelo decreto
nº 30.132, de 4 de março de 2009, como Patrimônio Cultural e
Imaterial do Distrito Federal.
Vamos continuar lutando por todos os meios jurídicos e políticos
para enfrentar essa evidente perseguição e mobilizar a comunidade
em defesa da nossa entidade, do samba, do esporte e da cultura
popular.
A ARUC é baobá e ninguém pode derrubar!

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