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MM.

JUÍZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE JOÃO PESSOA/PB

CONDOMÍNIO SPARTACUS, CNPJ nº, estabelecido na rua Rubi,


nº300, João Pessoa/PB, representado por seu síndico, NOME, nacionalidade, estado civil,
profissão, portador da Carteira de Identidadenº, expedido pelo, inscrito no CPF sob nº, endereço
eletrônico, residente e domiciliado, por seus advogados abaixo assinados, com endereço
profissional, para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações para fins do
artigo 77, inc. V, do CPC, vem a este juízo, propor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA


ANTECIPADA

pelo procedimento comum, em face de FELIZBERTO, nacionalidade, estado civil, profissão,


portador da Carteira de Identidade nº, expedido pelo, inscrito no CPF sob nº, endereço
eletrônico, residente e domiciliado no Condomínio Spartacus, rua Rubi, nº300, apartamento 501,
João Pessoa/PB, pelos fatos e fundamentos jurídicos que serão expostos a seguir:

I- DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO


 
Informo que o AUTOR tem interesse na audiência de conciliação ou mediação,
conforme arts. 319 e 334 CPC, tendo em vista a urgência na resolução da lide.

II - DOS FATOS

Após Assembléia Geral extraordinária, foi aprovada a realização de obras de


recuperação e manutenção do edifício do Condomínio Spartacus, AUTOR da presente demanda.
No curso da referida obra, foi constatado um rompimento na tubulação de esgoto da coluna do
edifício, abaixo do apartamento 501, de propriedade do RÉU.

Entretanto, mesmo após inúmeros contatos do AUTOR, seja por meio de


notificações ou de comunicação pessoal, o RÉU se recusa a autorizar o acesso em seu
apartamento, dificultando o trabalho de manutenção.

Ocorre que, ao se negar a autorizar o acesso em seu apartamento para a realização


do trabalho de manutenção, o RÉU coloca em risco a saúde e a segurança da coletividade,
prejudicando os demais moradores e em especial, um idoso e um deficiente, residentes no
apartamento 401, logo abaixo do apartamento de sua propriedade.

III – DOS FUNDAMENTOS

Tendo em vista a insistência do AUTOR em notificar e comunicar o RÉU, fica


evidenciada a má vontade do mesmo em colaborar com os interesses da coletividade,
prejudicando a outros moradores, entre eles um idoso e um deficiente, e fazendo com que se
tenha o risco de agravamento da situação, uma vez que o mesmo se recusa insistentemente me
autorizar a entrada de uma equipe de manutenção em seu apartamento, sendo assim, não resta
outra opção ao AUTOR senão a propositura da presente demanda.

Cabe destacar que a conduta praticada pelo RÉU fere aspectos do direito de
vizinhança, aspectos esses que o mesmo têm ciência, uma vez que adquiriu seu apartamento em
regime de condomínio, e que serão expostos abaixo:

"Art. 1.336. São deveres do condômino: IV - dar às suas partes a mesma destinação
que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade
e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes."

"Art. 1.348. Compete ao síndico: I - convocar a assembléia dos condôminos; IV -


cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações da
assembléia; V - diligenciar a conservação e aguarda das partes comuns e zelar pela
prestação dos serviços que interessem aos possuidores;

Diante o exposto e com base nos artigos supracitados, requer que seja acolhido o
pedido de AUTOR obrigando o RÉU a autorizar a entrada da equipe de manutenção em seu
apartamento, a fim de sanar o problema com a tubulação, restaurando a ordem, o sossego e
assegurando a segurança dos demais moradores do Condomínio.

IV - TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA

Diante do caso acima narrado e devidamente fundamentado, se faz necessária a


concessão da tutela de urgência antecipada, para que, de maneira impositiva, se estabeleça a
obrigação de fazer para o RÉU, para que se permita a entrada da equipe de manutenção para
reparar a tubulação danificada.

Conforme dispõe o art.300 do CPC, a tutela de urgência será concedida quando


houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e do perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo, sendo assim, a tutela de urgência pleiteada é cabível para a presente
demanda, uma vez que, ao não permitir a entrada da equipe de manutenção, o RÉU prejudica
os demais moradores, em especial a um idoso e um deficiente.

Cabe ressaltar que a insistente recusa do RÉU agrava ainda mais o problema da
tubulação danificada, colocando em situação de perigo de dano iminente todos os moradores do
prédio, fazendo-se necessária a concessão da tutela pleiteada anteriormente, bem como a
fixação de multa diária no valor de R$1.000,00 (mil reais) em caso de descumprimento da
decisão judicial.

V - DOS PEDIDOS

Sendo assim, o AUTOR vem requerer ao D.Juízo:

1. a concessão da tutela provisória de urgência, determinando que o RÉU seja


obrigado a permitir a entrada da equipe de manutenção para reparo da
tubulação danificada, conforme art.300 do CPC, sob pena de multa diária de
R$1.000,00 (mil reais) em caso de descumprimento, bem como a conversão da
mesma em definitivo ao final da ação;

2. que seja designada audiência de conciliação ou mediação e a consequente


citação do RÉU para comparecer em audiência de conciliação ou mediação,
ficando ciente de que não havendo acordo, iniciará o prazo para contestar, na
forma da lei – art. 334 CPC

3. a condenação do RÉU em custas processuais e honorários


sucumbenciais.

VI - DAS PROVAS

Protesta, ainda, a produção de todas as provas em direito admitidas,


na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova
pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.
DO VALOR DA CAUSA (art. 292 do CPC)

Atribui-se a presente o valor de R$ 1.212,00 (mil duzentos e doze


reais).

Nestes Termos,
Pede deferimento.

Local, 10 de abril de 2022

ADVOGADO
OAB/RJ N°

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