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Ana Luiza Freitas Palandi - 3°A

Mercado, Sociedade e Atualidade

Crise Hídrica no Brasil:

O Brasil vem perdendo, durante os anos, mais de 10% de sua superfície hídrica. Em 1991 a
área hídrica estava em torno de 20 milhões de hectares, já no ano de 2020 essa área foi
limitada a cerca de 16 milhões. De acordo com a ONU, água e saneamento básico sao diretos
humanos, entretanto, o país ainda possui fortes restrições acerca do assunto.
Segundo pesquisas do Trata Brasil, atualmente, cerca de 18% da população brasileira ainda se
encontram sem acesso a serviços hídricos básicos.
A água, sendo um recurso tão essencial para os seres humanos, ainda não é testada com a
cautela necessária para seu uso de maneira sustentável e consciente. O descaso com esse
recurso é um estigma social que vem sendo perpetuada em toda gestão estatal brasileira. Com
o estabelecimento da Política Nacional de Recursos Hídricos, em 1997, a tentativa de
valorizar e apreciar as diversas formas do uso da água - como abastecimento, saneamento,
transporte, irrigação etc. -, é possível observar como esse avanço retrata o reconhecimento da
água também como valor econômico e social.
Há diversas causas principais para a crise hídrica no Brasil, entretanto, o Estado de São Paulo
se faz destaque em relação à práticas irresponsáveis do uso de recursos hídricos. Tanto em
questões de consumo - industrial ou da população -, quanto pelas próprias companhias de
abastecimento. Alguns projetos de lei são destaque ao se levantar a pauta, como por exemplo
em 1998, com o Projeto de lei do governador Mário Covas. Entretanto, a demora da
aprovação de leis ambientais se deve principalmente ao fato de ir contra diversos setores
econômicos, em especial o agronegócio, os quais fazem forte pressão parlamentar a fim de
alterar e se isentar de taxas de cobrança.
As consequências, claro, caem sobre a população, a qual tem que enfrentar frequente
racionamento de água, bem como rios extremamente poluídos - como o Tietê e Pinheiros.
Todavia, as consequências não se limitam somente a oferta de água para população, elas
também influenciam na redução de oferta de alimentos, comprometimento do fornecimento
de energia elétrica - a qual, em sua maioria, é fornecida por usinas hidrelétricas -, bem como
impactos econômicos nacionais.

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