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INSTRUMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS

PÚBLICAS
PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

RENATA BONFIM¹
RONEY CRUZ
TIAGO MARTINS

ROSALVO PEIXOTO²
1. INTRODUÇÃO
“A preservação dos recursos naturais passou a ser preocupação mundial e nenhum país
tem o direito de fugir dessa responsabilidade. A necessidade de proteção ambiental é antiga,
surgindo quando o homem passou a valorizar a natureza, inicialmente de forma mais amena,
e atualmente, de forma mais acentuada. Primordialmente, se dava a importância à natureza
por ser uma criação divina. Depois, que o homem começou a reconhecer a interação dos
componentes bióticos e abióticos que interagem no ecossistema é que efetivamente sua
responsabilidade aumentou. Com a evolução da sociedade, o homem foi rapidamente
degradando o meio ambiente, contaminando-o com resíduos nucleares, disposição de lixos
químicos, domésticos, industriais, hospitalares de forma inadequada, pelas queimadas, pelo
desperdício dos recursos naturais não renováveis, pelo efeito estufa, pelo desmatamento
indiscriminado, pela contaminação dos rios, pela degradação do solo através da mineração,
pela utilização de agrotóxicos, pela má distribuição de renda, pela acelerada
industrialização, pelo crescimento sem planejamento das cidades, pela caça e pela pesca
predatória. A preocupação com a preservação do meio ambiente é recente na história da
humanidade, realidade esta também no Brasil. Com o acontecimento de catástrofes e
problemas ambientais, os organismos internacionais passaram a exigir uma nova postura,
sendo marcante a atuação da Organização das Nações Unidas (ONU) que em 1972
organizou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano. A partir dessa
Conferência, com a elaboração da declaração de princípios (Declaração de Estocolmo), os
problemas ambientais receberam tratamentos diferentes, tendo repercussão no Brasil. Há
pouco a legislação nacional sofreu um forte impacto com o surgimento de novas leis e, em
especial, da Lei 6.938/81, conhecida como Lei da Política Nacional do Meio Ambiente , que
reconhece juridicamente o meio ambiente como um direito próprio e autônomo e terminou
com as preocupações pontuais, centradas em problemas específicos inerentes às questões
ambientais de vizinhança, propriedade, ocupação do solo, utilização dos recursos minerais e
apropriação das florestas, etc.. A partir desse momento, iniciou-se no Brasil uma Política
Nacional do Meio Ambiente que estabeleceu princípios, diretrizes e instrumentos para a
proteção ambiental. Sob a influência de paradigmas internacionais, o Brasil avança e,
na Constituição de 1988, criou-se o elemento normativo que faltava para considerar o
Direito Ambiental uma ciência autônoma dentro do ordenamento jurídico brasileiro, a
exemplo do que já ocorria em outros países.” (SALLES, 2020, p. 2 “Políticas públicas e a
proteção do meio ambiente”; Jusbrasil. Disponível em:
https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/artigos/112178412/politicas-publicas-e-a-protecao-do-
meio-ambiente. Acesso em 24 de outubro de 2022)
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I –
06/10/22
2

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Uma das necessidades básicas para a sobrevivência dos seres vivos em nosso planeta é
a água. Diante disso analisaremos as informações conforme descrito por TUNDISI-TUNDISI
(2020, p.99) “O mundo não está no caminho certo pelas seguintes razões: Milhões de pessoas
ainda não tem saneamento básico e água limpa adequada; A poluição da água está
aumentando; A água e saneamento básico necessitam de mais investimento;”

“A população urbana mundial, atualmente (2020) e de


mais de 4 bilhões de pessoas, ou seja mais de 50% do
total de habitantes do Planeta Terra. Cerca de 950
milhões de pessoas vivem nas periferias de grandes
metrópoles em cidades de médio ou pequeno porte
(entre 250.000 e 20.000 habitantes) em precárias
condições de saneamento básico acessibilidade e saúde.
Portanto um dos grandes desafios referentes a gestão de
recursos hídricos no século 21 e promover o
gerenciamento adequado das águas urbanas centrado
especialmente na quantidade de água (ou seja,
disponibilidade total de água para toda a população) e
na qualidade de água.” TUNDISI-TUNDISI (2020,
p.100)

“A maior parte da superfície terrestre é composta por água, em torno de 70%. Porém
apenas uma pequena porcentagem é adequada para consumo, ou seja, de toda a superfície
composta por água, 97% é composta pela água salgada dos mares e oceanos, e apenas 3% de
água doce adequada para o consumo dos seres vivos. Segundo a ONU, o acesso a água
potável é um direito humano; é um direito á vida e a dignidade humana; deve ser distribuída
em quantidades suficientes por pessoa ao dia, o que equivale de 50 á 100 litros, podendo ser
cobrada ou não, mas que a cobrança não ultrapasse 5% da renda familiar.

Figura 01.
Distribuição
de Água no
Mundo
3

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/distribuicao-agua-no-mundo.html
A Constituição Federal de 1988 reconhece a necessidade de proteção das águas. E em
8 de janeiro de 1977 foi criada a lei 9.433 que estabelece a Política Nacional de Recursos
Híbridos, a PNRH. Entre os fundamentos da lei 9.433 estão: a água é um bem de domínio
público; a água é um recurso natural limitado dotado de valor econômico; em situação de
escassez, a prioridade é para consumo humano e dos animais. (MARTINS, Antonio. “O que é
a Política Nacional de Recursos Hídricos e a sua importância no meio ambiente.” Disponível
em https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/o-que-e-a-politica-nacional-de-
recursos-hidricos-e-a-sua-importancia-para-o-meio-ambiente acesso em 24 de outubro de
2022)

"A PNMA por sua vez estabelece regras e normas gerais a serem seguidas por todos
dentro da união, como estados, municípios e distrito federal conforme disposição constante na
exposição dos motivos da lei 6.938/31. Os dados e orientações foram incorporados no artigo
50 da lei 6.938/81, uma vez que a importância da obrigatoriedade da observância das regras
da PNMA é totalmente entendida, e não apenas entre a administração dos que estão na união
mas também todas e quaisquer atividades empresariais, públicas sendo privadas ou não e
projetos de médio e grande porte feitos por qualquer ator vigente." (SANTOS; LORETO,
2020, p. 297)

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Uma das necessidades básicas para sobrevivência dos seres vivos no planeta terra é a
água potável. Muito tem sido abordado sobre a preservação da água, bem como do meio
ambiente, sendo que por mais que seja um recurso renovável, ela é um recurso finito. Com
ações simples podemos contribuir para preservação dos recursos híbridos, tais como: evitar o
desperdício de água, no banho, não jogar lixo nos rios e ruas. O poder público tem como
dever zelar pelos recursos híbridos, pelo uso irracional, pela exploração comercial indevida de
água e pelo descarte incorreto de resíduos nos rios.
Hoje o nosso maior patrimônio ambiental na cidade, é o rio Cuiabá, esse rio já foi
fonte de lazer, de trabalho, econômica e cultural, e hoje serve única e principalmente de
escoamento de rede de esgotos da grande Cuiabá. Temos a necessidade de preservar esse rio
que é a maior fonte de abastecimento de água da nossa região, mas infelizmente não temos
políticas públicas para esse fim atualmente. A concessionaria atual da cidade trabalha com
sistema de sustentabilidade no tratamento da água e esgoto, porém não podemos depender
somente dessa instituição para que seja colocada em prática essas políticas de proteção
ambiental. Nossos governantes deveriam ter projetos para não deixar que essa degradação
ambiental ocorra. Mas esse desgoverno impera em todas as esferas, federal, estadual e
municipal. Sendo que a última ação ambiental realizada no leito do Rio Cuiabá aconteceu a
mais ou menos 6 anos atrás. Tais políticas públicas deveriam ser mais determinantes a tentar
minimizar esse tipo de problema, que estaremos enfrentando em breve, pois essa omissão,
tanto das autoridades, dos órgãos, das instituições, e de nós mesmo, a população, será
devastadora e causará prejuízos incalculáveis ao nosso meio ambiente.
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4. REFERÊNCIAS

MARTINS, Antonio. “O que é a Política Nacional de Recursos Hídricos e a sua importância


no meio ambiente. Disponível em https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-
ambiental/o-que-e-a-politica-nacional-de-recursos-hidricos-e-a-sua-importancia-para-o-meio-
ambiente acesso em 24 de outubro de 2022.

PENA, Rodolfo F. Alves. "Distribuição da água no mundo"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/distribuicao-agua-no-mundo.htm. Acesso em 24 de
outubro de 2022.

SALLES, Carollina. “Políticas públicas e a proteção do meio ambiente”; Jusbrasil. Disponível


em: https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/artigos/112178412/politicas-publicas-e-a-protecao-
do-meio-ambiente. Acesso em 24 de outubro de 2022.

SANTOS, P. M., & LORETO, M. das D. S. de., (2020). Política Nacional do Meio Ambiente
Brasileira: Uma Análise à Luz do Ciclo de Políticas Públicas. Perspectivas Em Políticas
Públicas, de https://revista.uemg.br/index.php/revistappp/article/view/4526

TUNDISI, José Galizia; Matsumura-TUNDISI, Takako, 2020. Á água, 1. Ed. São Carlos:
Editora Scienza, 2020.

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