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Boas aprendizagens!
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................... 7
Olá, amigos!
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Os educandos serão incentivados a analisar como esses objetivos podem ser
alcançados por meio de ações práticas e medidas de controle. Além disso,
apresentaremos a Agenda Ambiental Escolar, destacando o papel das escolas como
agentes de transformação para um futuro sustentável.
Na terceira unidade, Empreendedorismo Sustentável, o foco será no
empreendedorismo sustentável como uma solução para a promoção do
desenvolvimento econômico na Amazônia sem comprometer a integridade ambiental.
Os educandos aprenderão sobre práticas empreendedoras inovadoras, responsáveis e
amigáveis ao meio ambiente, além de entenderem como essas iniciativas podem
contribuir para o bem-estar social e a preservação dos recursos naturais.
A última unidade, Sustentabilidade, irá aprofundar o estudo da sustentabilidade
na região amazônica, considerando suas particularidades e desafios específicos. Os
alunos terão a oportunidade de explorar a biodiversidade única da Amazônia e a
importância de sua conservação para o equilíbrio global do ecossistema. Também
serão aplicadas práticas à realidades local, incentivando o protagonismo dos
educandos na busca por soluções para os problemas ambientais enfrentados na
região.
O presente caderno também atua como um guia de apoio à formação continuada
dos educadores, promovendo uma atualização dos conhecimentos sobre a temática
ambiental e sustentável, onde é possível aprofundar nos conteúdos apresentados e
enriquecer suas próprias capacidades como agentes transformadores na educação
ambiental. Além disso, ao seguir a proposta do caderno, os educadores podem
garantir uma abordagem mais integrada e abrangente do tema, realizar seu
planejamento de forma interdisciplinar, articulando os diferentes aspectos da
Educação Ambiental e Sustentabilidade na Amazônia e relacionando-os com o
contexto dos educandos e da comunidade escolar.
Vamos juntos trilhar o caminho da Educação Ambiental e Sustentabilidade na
Amazônia!
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UNIDADE 1: EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE
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Para a construção de conceitos e reflexões é necessário questionar e socializar ideias a
fim de fazer a relação com seus costumes, maneiras de lidar com o outro, proporcionar boa
convivência em sociedade e com a preocupação das questões socioambientais, no usufruto
dos recursos naturais de uso coletivo no planeta. Neste sentido a educação ambiental
caminha com essa premissa, incutindo no indivíduo saberes necessários que se faça a partir
da fase infantil e que se prolongue por toda sua vida. Então a proposta pedagógica pode
conter uma trilha com apresentação (conceitos, vídeos e discursos), trilhas (visita em
parques, área verde, ou por meio do uso de recursos digitais (YouTube, parques nacionais), e
por fim formulários (trabalho avaliativo do seu itinerário com quiz, podcast, perguntas e
respostas ou auto avaliativo).
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MÃO NA MASSA!
Esta atividade é uma chamada para conversar sobre o estilo de vida, com o objetivo
de levar os alunos a refletirem e perceberem sua relação com o meio ambiente e suas
ações relacionadas aos conceitos da Educação Ambiental.
A pegada ecológica é uma das ferramentas e recursos do site da Global Footprint
Network/wwf, (https://www.footprintcalculator.org/sponsor/wb/wb_pt), nele você encontra
plataforma de pegadas alimentar, de dados abertos, calculadora de pegadas, ferramenta de
cenário de pegada, downloads e licença de dados, publicações, artigos e jornais, estudos
de casos e recursos educacionais que podem auxiliar seu trabalho.
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Essa Sustentabilidade refere-se ao equilíbrio entre a disponibilidade dos recursos
naturais e a exploração deles por parte da sociedade, como o equilíbrio entre o
suprimento das necessidades humanas e a preservação dos recursos naturais não
podem comprometer as futuras gerações.
O conceito de sustentabilidade é complexo, pois atende a um conjunto
de variáveis interdependentes, capaz de integrar as questões sociais, energéticas,
econômicas e ambientais, no intuito de formar e informar as pessoas para proteger o
meio ambiente, preservar os recursos naturais e promover a sustentabilidade para
adquirir a tão sonhada qualidade de vida. Portanto, um trabalho de sensibilização e
conscientização, que pode ser realizado de forma interdisciplinar, estimulando uma
reflexão sobre a relação entre as ações humanas e o meio ambiente.
Caso sua escola não possua laboratório de informática a atividade pegada ecológica
e estilo de vida pode ser realizada por meio de questionamentos, respondida pelos
estudantes e socializado em sala de aula.
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Nessa abordagem, os educandos serão desafiados a resolver problemas ambientais
reais, investigando, propondo soluções e refletindo sobre as consequências de suas
ações. A ABP envolve trabalho em equipe, pesquisa, análise crítica e tomada de decisões.
Se você ainda não faz uso da ABP, siga o passo a passo no blog tutor mundi:
https://tutormundi.com/blog/aprendizagem-baseada-em-problemas/, ou ainda em
https://blog.khanacademy.org/pt-br/aprendizagem-baseada-em-problemas/.
Planeje com seus colegas professores, de outras disciplinas para um trabalho
interdisciplinar.
Solicitar aos alunos que observem na escola e no seu entorno os problemas
ambientais e façam uma relação. Definir em conjunto um tema em que os estudantes
tenham o entendimento dos impactos das ações antrópicas desordenadas sobre o
Meio Ambiente. Faça uso dos conceitos sobre meio ambiente, educação ambiental,
sustentabilidade e qualidade de vida.
Crie um espaço de diálogo e análise com os estudantes sobre temas pertinentes que
podem causar danos ao Meio Ambiente.
Sugestão de temas: inexistência de compromisso social e ambiental para a
sustentabilidade da vida no planeta, volume elevado de resíduos (lixo) em rios,
igarapés e ruas, desperdício de alimentos, de energia e de água; fome, mudanças de
hábitos e costumes para melhorar a qualidade de vida com ênfase na região
Amazônica e realidade dos estudantes.
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Organizar visitas a espaços não formais, como parques naturais, áreas de
preservação ambiental, jardins botânicos ou áreas verdes na sua cidade, onde os
alunos possam entrar em contato direto com a natureza. Durante essas saídas, os
alunos podem aprender sobre a biodiversidade local, os ecossistemas, os problemas
ambientais e as medidas de conservação.
Solicitar que os estudantes façam uma relação dos problemas ambientais que
observarem no percurso da pesquisa. Orientar que relacionem cada problema com
suas causas e consequências. Realizar uma discussão sobre as possíveis soluções
a serem tomadas tendo por base os objetivos e princípios destacados da
legislação ambiental brasileira e estadual.
Saiba um pouco
como planejar as
saídas de campo:
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Criar uma horta na escola é uma ótima maneira de envolver os alunos na
produção de alimentos e no cuidado com a natureza. Você pode trabalhar temas
sobre os ciclos de plantio, a importância da água, a compostagem e a alimentação
saudável, além de ser um espaço para dialogar a respeito da agricultura sustentável,
a fome e segurança alimentar.
A atividade poder desenvolvida de forma interdisciplinar com a geografia, biologia,
química, língua portuguesa, utilizando os princípios e objetivos da Educação
Ambiental na busca de soluções aos problemas discutidos.
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Esta é uma proposta de dramatização com o tema “Desmatamento e queimadas”,
com foco na região Amazônica. Diante das causas e consequências do desmatamento e
queimadas, e com base nos princípios e objetivos da EA e na busca por soluções viáveis,
os estudantes irão defender posicionamentos de acordo com os interesses de diferentes
personagens.
Momento pesquisa: Dividir a turma em cinco equipes e orientar os alunos a
realizarem uma pesquisa sobre o tema desmatamento e queimada no mundo e na
Amazônia, fazendo o levantamento de dados, análise e produção de argumentos de
acordo com os personagens distribuídos a cada equipe (Fazendeiro I, Fazendeiro II,
Prefeito, Cientista/Técnico, Sociedade Civil). Os argumentos deverão estar
relacionados aos objetivos e princípios da EA de forma negativa ou positiva gerando o
debate na encenação. Veja o posicionamento de cada personagem para que os
estudantes criem seus argumentos:
PERSONAGENS
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Momento dramatização:
● Organize a sala de aula em um cenário de plenário, com mesas e cadeiras para cada
personagem, posicionadas a frente da plateia. A plateia corresponde às equipes que
estarão dispostas em cinco grupos diferentes. Professor, você será o mediador do
debate no plenário.
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Marco Histórico Nacional da Educação Ambiental
Saiba mais!
Confira no site mais
informações sobre as
cinco CNIJMA:
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Educação Ambiental no Amazonas
Você sabia?
Foram realizadas cinco Conferências Nacionais Infanto Juvenil
pelo Meio Ambiente – CNIJMA nos anos de 2003, 2005/2006,
2008/2009, 2012/2013 e 2017/2018, as quais mobilizaram cerca
de 22 milhões de pessoas e 65 mil escolas. Podemos afirmar,
sem dúvida, que os “temas Educação Ambiental e
sustentabilidade estavam acontecendo nas escolas brasileiras”,
assegurando “a participação democrática de adolescentes e
jovens, reconhecendo a importância de seu protagonismo e da
conquista de uma cidadania ativa no campo socioambiental”.
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MÃO NA MASSA!
FONTE: https://stock.adobe.com/
A linha do tempo é um recurso utilizado para pontuar eventos importantes com uso
de vários recursos. O modelo de linha de tempo interativa é construído com uso dos
recursos digitais, onde é possível incluir informações em vários formatos, como links,
textos, imagens, áudios, vídeos, sites e outros.
Dividir a turma em três grupos e distribuir a responsabilidade de pesquisarem a
história da EA divididos em nível Mundial, Brasil e Amazonas.
Orientar os estudantes a criarem uma linha do tempo interativa que represente os
principais marcos e eventos na história da EA de acordo com sua escala de pesquisa.
Podem pesquisar e selecionar eventos significativos, como conferências internacionais,
legislação ambiental importante, publicações influentes, movimentos ambientalistas,
entre outros. A linha do tempo pode ser produzida em cartazes, apresentações digitais
ou até mesmo usar plataformas online para construir uma linha do tempo interativa.
Solicitar que cada equipe identifique uma ou mais iniciativa que considerem relevante
para a consolidação da EA em ordem cronológica, em cada contexto na sua linha do
tempo, e construa uma breve descrição, para em conjunto com os demais grupos
construir um infográfico seguindo o gráfico disponível a baixo.
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“Bora fazer!”
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SUGESTÃO 1 – ENTREVISTA COM ESPECIALISTA
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● Momento Reconstrutivo: 4. Discussão dos participantes 5. Estabelecimento de
consensos
MOMENTO CONSTRUTIVO
OBS.: Formular os problemas ambientais como uma condição negativa que se deseja
superar.
MATRIZ DAS POTENCIALIDADES
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OBS.: Formular as potencialidades ambientais como uma situação virtual positiva que
existe e que se deseja implementar, ou que se pretende implantar.
Neste primeiro momento é importante questionar aos alunos para que se realize
o levantamento com a concepção que eles têm sobre problemas e potencialidades.
3. Reflexão crítica
Após a apresentação dos grupos, os estudantes deverão fazer uma reflexão sobre
os problemas ambientais levantados, com foco para sua localidade.
PROBLEMAS POTENCIALIDADES
Miséria Cumprimento dos Acordos
Explosão Demográfica Internacionais
Esgotamento dos Recursos Homens Consciente e Valorizados
Humanos Reformulação do Modelo
Uso indevido dos recursos Econômico
hídricos Política Ambiental Eficiente
Poluição Radioativa, da água, do Nova Postura Ética
ar e do solo Biodiversidade
Destruição da camada de Tecnologia usada com
ozônio racionalidade
Lixo Recursos Pesqueiros
Desmatamento/Queimadas Biodiversidade
Analfabetismo Turismo
Falta de saneamento Diversidade Cultural
Minérios
MOMENTO RECONSTRUTIVO
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Neste exemplo é possível fazer outras conexões, de forma que possamos observar
que todos os problemas e potencialidades se inter-relacionam, e assim o grupo pode
pensar em soluções para cada problema com as potencialidades que temos.
FILMES RECOMENDADOS:
O Dia de Amanhã (Roland Emmerich)
Na última Hora (Leila Conners)
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UNIDADE 2: OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
E AGENDA AMBIENTAL ESCOLAR
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OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL - ODS
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Professor, vamos trabalhar os ODS numa abordagem interdisciplinar, convide seus
colegas de outros componentes curriculares para explorar a complexidade e a
importância deste tema, permitindo que os alunos compreendam suas conexões com
diferentes áreas do conhecimento, estimulando-os a reflexão crítica sobre os desafios
globais e a importância de cada indivíduo no processo de construção de um mundo mais
sustentável.
Além disso, pretende-se promover habilidades como pensamento crítico, resolução
de problemas, trabalhos em equipe e consciência cidadã. Neste sentido, podemos trilhar
as práticas pedagógicas da ecopedagogia, uma abordagem educacional que busca
integrar cuidados com o meio ambiente e a sustentabilidade nas práticas pedagógicas.
Ela surge como resposta aos desafios ambientais e à necessidade de promover uma
consciência ambiental nas futuras gerações, e integra o conhecimento científico com os
valores éticos e culturais, promovendo a compreensão da interdependência entre os
elementos do ecossistema.
Enfatiza a importância da conexão emocional e espiritual com a natureza, buscando
despertar o senso de pertencimento e responsabilidade em relação ao meio ambiente.
Autores como Paulo Freire (1987; 1992), David Orr (2004; 2005), Fritjof Capra (1982;
1996) e outros que têm contribuído significativamente para o desenvolvimento e a
compreensão da ecopedagogia.
6.Agenda de longo prazo: Estabelecem metas e indicadores para serem alcançados até
2030. Eles representam uma agenda de longo prazo que busca direcionar os esforços
globais na direção de um futuro mais sustentável e equitativo.
Os ODS oferecem uma estrutura global para orientar ações e políticas em direção a
um futuro melhor para todos. Conhecendo esses pressupostos, sugerimos realizar seu
planejamento pedagógico contextualizado com a realidade da sua região ou se preferir
explicação individual, estudos de casos, simulações, atividades práticas e outros. Veja
algumas sugestões:
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Preparar um diálogo participativo, que consiste em expor os ODS num diálogo com os
alunos, onde você pode fazer uma contextualização, apresentando uma visão geral dos
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, explicando que são uma agenda global adotada
pela ONU para combater os desafios socioambientais e alcançar um futuro mais sustentável
até 2030.
Faça uso de recursos como slides, vídeos e materiais escritos para sua apresentação.
Discuta a importância desses objetivos para a promoção da justiça social, preservação do
meio ambiente e erradicação da pobreza, contextualizando com a realidade vivenciada pelos
estudantes.
Você pode utilizar o material do site da PNUD para organizar o seu diálogo com seus alunos.
Segue o link: PNUD. As perguntas mais frequentes sobre os Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável (ODS). Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1mexNifh0Akwg6U7nTlYWZyXx67k7M_Mf/view.
Estimule a reflexão dos alunos sobre a relevância dos ODS para a região
amazônica e as especificidades dos desafios enfrentados. Discuta como a
preservação da floresta, a valorização das comunidades tradicionais e o
desenvolvimento sustentável estão interligados aos ODS e como esses objetivos
podem ser alcançados na região.
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Organize uma simulação de conferência das Nações Unidas, na qual cada
aluno representa um país e deve discutir e propor ações relacionadas a um
ODS específico. Nessa atividade os alunos compreenderão a importância da
cooperação global na busca por um desenvolvimento sustentável.
Veja um roteiro de como organizar uma conferência:
1. Local (Configuração física): Preparar a sala de aula para simular uma
conferência das Nações Unidas. Arrume as cadeiras em formato de
semicírculo ou em dispensadas, com espaços suficientes para os
representantes dos países. Coloque uma mesa na frente da sala para
servir como mesa principal, onde o moderador e outros líderes da
conferência possam sentar.
2. Papéis dos participantes:
Moderador: Pessoa responsável por facilitar a simulação, garantir que as
regras sejam seguidas, manter a ordem durante os debates e dar tempo
igual para cada representante falar.
Representantes dos países: Cada aluno assume o papel de representante
de um país específico. Estes devem se preparar de acordo, pesquisando
sobre o país e formulando suas posições oficiais em relação aos ODS.
3. Ordem do dia: Definir uma agenda para a conferência, estabelecendo
quais ODS serão discutidos e em que ordem. Isso permite que todos os ODS
relevantes sejam observados durante a simulação. A agenda pode ser
compartilhada com os participantes antes da simulação, para que eles
possam se preparar.
4. Regras e procedimentos: Estabelecer regras claras para garantir um
ambiente de debate respeitoso e produtivo. Isso pode incluir orientações
sobre a ordem de fala, tempo limite para discursos, como fazer perguntas,
entre outros aspectos. Explique as regras aos participantes antes do inicio da
simulação, garantindo que todos tenham uma compreensão clara de como o
processo funcionará.
5. Introdução e abertura: O moderador inicia a simulação sobre a
importância dos ODS e os objetivos da conferência. Eles podem destacar a
necessidade de cooperação internacional para alcançar um desenvolvimento
sustentável. Cada representante dos países tem a oportunidade de fazer
uma breve introdução, apresentando informações sobre o país que está
representando.
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6. Debate e negociação em plenário: O moderador inicia a discussão de
acordo com a agenda estabelecida a cada ODS. Os representantes dos
países têm a chance de compartilhar a posição oficial do seu país em relação
a esse ODS, apresentando propostas de ações e políticas. Após a fala de
cada representante, inicia-se um período de debate e negociação. Os
representantes podem fazer perguntas, apresentar argumentos, expressar
preocupações e tentar chegar a acordos com outros países.
7. Elaboração de acordos: Com base nas discussões e negócios, os
representantes dos países devem trabalhar juntos para redigir o que
expressam os acordos e as ações a serem tomadas em relação aos ODS
discutidos. Como devemos abordar os desafios específicos, propor medidas
concretas e identificar os países responsáveis por implementá-las.
8. Votação e adoção de ações: As duas são votadas pelos representantes
dos países. O moderador registra os resultados das votações e práticas
adotadas. Os representantes dos países expressam seus votos a favor,
contra ou se abstêm. As práticas aprovadas refletem os acordos alcançados
durante a simulação e servem como um documento final que resume as
ações a serem tomadas para promover os ODS.
9. Encerramento: O moderador faz um resumo das ações e acordos
adotados, destacando os principais pontos acordados durante a simulação.
Eles também podem destacar a importância da cooperação internacional e do
trabalho conjunto para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável.
Após a simulação, faça um momento de reflexão e discussão, permitindo que
os alunos reflitam sobre a experiência. Incentive-os a discutir o que
aprenderam sobre o tema, os desafios enfrentados durante a negociação e as
perspectivas ganhas sobre a importância da colaboração global para a
sustentabilidade.
Avaliação – Peça aos alunos que avaliem a simulação, compartilhando suas
opiniões sobre a atividade, o que acharam eficazes e sugestões de melhoria.
Essa avaliação pode ajudar a aprimorar futuras simulações.
Ao seguir essas etapas, os alunos têm a oportunidade de vivenciar um
ambiente simulado de negócios internacionais, desenvolvendo habilidades de
pesquisa, argumentação, negociação e trabalho em equipe. Essa abordagem
prática e envolvente permite que eles compreendam melhor a complexidade e
os desafios sobre a importância dos ODS.
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2.2. Abordagem da Agenda Ambiental Escolar
Diante da urgência pelo cuidado com a vida no planeta e a implementação de ações
em nível mundial podemos dizer que as escolas desempenham um papel fundamental
na formação dos estudantes, e muitas instituições de ensino passaram a reconhecer a
importância de incluir a educação ambiental em seu currículo.
Professor, como você já trabalhou o processo histórico da educação ambiental com
seus alunos, vamos lembrar sobre a Agenda 21? Ela fica na história da construção de
um mundo mais sustentável por estabelecer diretrizes e recomendações para diversos
setores da sociedade, incluindo o setor educacional. Reconhece a importância da
educação e da conscientização ambiental como elementos-chave para a construção de
sociedades sustentáveis, e suas metas foram traçadas até 2015, após esta data foram
estabelecidos os ODS na Agenda 2030.
Na Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente de 2003, surge o Programa Cuidar
do Brasil com as Escolas, com a ação de implementar e fortalecer a Comissão de Meio
Ambiente e Qualidade de Vida - COM-VIDA.
A primeira proposta de se criar Com-Vida vem das deliberações da
I Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente,
realizada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o
Ministério da Educação, em 2003, quando os estudantes envolvidos
propuseram a criação de “conselhos jovens de meio ambiente” nas
escolas do país. Desde então, foi idealizado o Programa “Vamos
Cuidar do Brasil com as Escolas”, que envolveu as 16 mil escolas
que participaram do processo da I Conferência, em centenas de
seminários de formação de professores em Educação Ambiental.
Nesses seminários participaram também 21 mil estudantes,
delegados e delegadas eleitos em todas as escolas, que foram
mobilizados pelos Coletivos Jovens de Meio Ambiente em todos os
Estados do país para liderarem a estruturação da Com-Vida, um
espaço permanente e dinâmico para “Cuidar do Brasil”. (BRASIL,
2007, p. 7)
A abordagem do programa “Cuidar do Brasil com as
Escolas” é notável por envolver uma grande quantidade de
escolas em todo o país, mobilizando milhares de estudantes
e professores em seminários de formação de educação
ambiental, criando um ambiente propício para que os jovens
se tornem líderes na promoção da sustentabilidade,
conscientização ambiental e cuidados com o meio ambiente.
Ao criar espaços como a Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida, o
programa fornece uma plataforma para que as vozes dos estudantes sejam ouvidas.
Vamos levar ao
conhecimento de nossos
alunos a importância de
termos uma Agenda
Ambiental Escolar -
AAE?
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Ao implementar uma Agenda Ambiental na Escola busca-se estimular a reflexão
sobre questões relacionadas ao meio ambiente, promovendo mudanças de atitudes e
comportamento em relação à sustentabilidade. Dentre as ações realizadas numa AAE,
podem estar incluídas atividades como a coleta seletiva de resíduos, a economia de
água e energia, a criação de hortas escolares, a realização de projetos de reciclagem, a
promoção de palestras e debates sobre temas ambientais, entre outras práticas
educativas.
A Agenda Ambiental Escolar – AAE é uma forma de envolver a comunidade escolar
na construção de um ambiente mais sustentável, contribuindo para a formação de
cidadãos conscientes e comprometidos com a preservação do meio ambiente.
Integrar uma agenda ambiental escolar nas atividades educacionais é necessário
envolver a comunidade escolar com o compromisso nas causas ambientais, incentivar a
participação ativa e a reflexão dos estudantes sobre sua responsabilidade na construção
de um futuro mais sustentável e equilibrado para o planeta. Portanto, é essencial
desenvolver um currículo interdisciplinar, incentivar projetos de pesquisa e ação,
organizar palestras, estimular a participação em comissões e projetos ambientais,
debates e discussões, estabelecer parcerias na comunidade para o desenvolvimento de
algumas ações. Veja algumas sugestões para você trabalhar este tema com os
estudantes:
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Esse projeto pode ter como foco principal um tema ambiental específico, como a
preservação da água, a reciclagem de resíduos sólidos ou a conscientização sobre as
mudanças climáticas. Nesse projeto, os professores de diferentes disciplinas podem
trabalhar juntos para desenvolver atividades que abordem o tema ambiental de forma
integrada. Por exemplo, os alunos podem estudar a química da poluição da água nas
aulas de ciências, calcular a pegada de carbono em matemática, escrever redações
sobre o impacto das mudanças climáticas nas aulas de língua portuguesa e criar projetos
artísticos inspirados na natureza nas aulas de artes.
Reúna seus colegas de trabalho e planejem um trabalho interdisciplinar, escolham
um eixo temático e tracem seus objetivos e ações a serem desenvolvidas.
Sucesso no seu projeto interdisciplinar, professores!
Essa abordagem interdisciplinar permite que os alunos compreendam a
complexidade das questões ambientais e percebam a importância de uma visão
holística para resolvê-la. Além disso, promove a colaboração entre os alunos e
estimula o pensamento crítico e a criatividade.
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2.3. Relação entre Agenda Ambiental Escolar e os Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável
Professores, vocês também já sabem: os ODS e a agenda escolar ambiental estão
intrinsecamente relacionados, pois, os ODS fornecem um quadro global para as ações
ambientais e orientam os esforços em direção ao desenvolvimento sustentável em
diferentes setores da sociedade, incluindo a educação. A agenda escolar ambiental pode
ser vista como uma aplicação prática dos ODS no contexto educacional, adaptando-os e
integrando-os nas atividades curriculares, projetos escolares e práticas pedagógicas.
Ao incluir os ODS na agenda escolar ambiental, as escolas têm a oportunidade de
abordar questões ambientais globais de forma local e contextualizada. Por exemplo, ao
trabalhar com o ODS 13 (ação contra a mudança global do clima), as escolas podem
desenvolver projetos que promovam a redução das emissões de gases de efeito estufa
na comunidade escolar, incentivando práticas de economia de energia, transporte
sustentável e gerenciamento adequado de resíduos.
Além disso, a agenda escolar ambiental também pode contribuir para o alcance de
outros ODS, como a erradicação da pobreza (ODS 1), a promoção da igualdade de
gênero (ODS 5) e a promoção da educação de qualidade (ODS 4), por meio da
sensibilização e do desenvolvimento de habilidades dos alunos para enfrentar os
desafios socioambientais.
Em suma, caro professor, os OSD fornecem um referencial global para o
desenvolvimento sustentável, enquanto a agenda escolar ambiental busca incorporar
esses objetivos na prática educacional. Ao trabalhar juntos, ODS e agenda escolar
ambiental podem impulsionar a transformação da sociedade em direção a um futuro
mais sustentável, envolvendo e capacitando os estudantes a se tornarem agentes de
mudança!
MÃO NA MASSA!
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Esta lista representa uma visão geral, dependendo do contexto e da indústria ou
organização específica, seja pública ou privada, pode haver outras partes interessadas
relevantes. É necessário observar e fazer esse levantamento.
Então, professores! Esta visão geral sobre a matriz de materialidade tem a intenção
de deixá-los familiarizados com os termos do mundo dos negócios. Porém, nossa
proposta é utilizá-la como uma prática pedagógica para envolver nossos alunos em
questões relevantes e preocupações relacionadas à sustentabilidade, responsabilidade
social e outros temas importantes.
Os alunos terão a oportunidade de desenvolver habilidades de pesquisa, análise
crítica, tomada de decisões, colaboração e engajamento cívico, além de aplicar conceitos
teóricos em situações de vida real, promovendo uma aprendizagem mais significativa e
contextualizada.
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Orientar os estudantes a fazerem uma pesquisa para
Passo 1: Identificar identificarem os temas – chaves que afetam a escola e sua
os temas- chaves comunidade. Explique a importância de identificar questões
relevantes para comunidade, e conduza as atividades de
pesquisa e discussão em grupo, envolvendo todos na escola.
Alguns exemplos podem ser:
Obs.: Crie sua lista de temas sempre observando a realidade de sua escola!
Neste primeiro passo, você pode trabalhar com questionários, grupos focais e análise
de notícias.
Grupos Focais
Questionários Realizar grupos focais
Análise de notícias
com diferentes grupos
Elaborar de interesse (alunos, Fazer uma análise
questionários é uma sobre a escola e o
pais, professores, etc.)
estratégia para
envolver alunos, pais
pode ajudar a identificar sistema educacional
e professores na pontos de vistas pode ajudar a
identificação dos divergentes e identificar temas
temas – chaves. aprofundar o relevantes para a
entendimento sobre os
sociedade em geral.
temas identificados.
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O segundo passo é identificar os stakeholders, ou seja, os
Passo 2: Identificar as grupos de interesse, que são afetados pelos temas-chave
partes interessadas identificados no passo anterior e escolhidos por cada equipe,
relevantes
relacionados à escola. Isso pode incluir alunos, pais,
professores, funcionários, comunidade local, autoridades
educacionais, parceiros, entre outros.
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parceiros
rs são nossos
Os stakeholde ção de
ntes na constru
ANÁLISE DE IMPACTOS: Os educandos devem mais importa st en táveis!
justas e su
escolas mais
analisar os temas identificados e classificar com base dos principais
Alunos são um
da escola.
em seu potencial de impacto na escola e na stakeholders
também são
comunidade. Isso envolverá a reflexão crítica e a Professores podem
importantes e
stakeholders ntes em
tomada de decisões cautelosas. as difere
ter expectativ icados.
mas identif
relação aos te
Passo 4: Identificar os
riscos e oportunidades
associados a cada tema
45
ELABORAÇÃO DA MATRIZ: Com base nas informações coletadas, oriente os
educandos a criarem o gráfico da matriz de materialidade, com categorias de impacto no
eixo vertical e os temas relevantes no eixo horizontal. Eles devem preencher uma matriz
com a classificação dos temas de acordo com sua importância e prioridade, justificando
suas escolhas.
CLASSIFICAR OS TEMAS: Classifique os temas identificados com base em sua
importância e encorajamento para a escola usando critérios como o potencial impacto
positivo/negativo, urgência, interesse dos stakeholders, entre outros. Não esqueça
depois de classificar os temas, relacioná-los aos ODS com base em sua importância e
impacto. Eles podem considerar como cada tema contribui para o alcance dos ODS, o
grau de urgência e colaboração para a escola e a comunidade.
impacto de competitividade
Gerenciar por causa de
na escola.
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PROJETOS E AÇÕES: Com base na matriz de materialidade, os alunos podem
desenvolver projetos ou ações concretas relacionadas aos temas identificados. Eles
podem criar campanhas de conscientização, implementar práticas de consumo na
escola, propor soluções para problemas específicos ou buscar parcerias com a
comunidade.
AVALIAÇÃO CONTÍNUA: Incentivar os alunos a revisar e atualizar a matriz de
materialidade regularmente, à medida que novas informações surgem ou conforme
prioridades mudam. Isso ajuda a compreender que a gestão de questões materiais é um
processo contínuo e dinâmico.
SAIBA MAIS!
https://hubspot.atlasgov.com/blog/matriz-de-materialidade
https://blog.softexpert.com/como-construir-matriz-
materialidade/
https://www.silcon.com.br/wp-content/uploads/2021/06/Matriz-
de-Materialidade.pdf
https://www.fdc.org.br/conhecimento-site/nucleos-de-pesquisa-
site/Materiais/guia_howto_matriz_materialidade.pdf
2.4. Pré Projeto: Jovens protagonistas e boas práticas para uma sociedade
sustentável
Chegamos ao final do capítulo sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e
vocês, professores, com certeza levaram seus alunos a construírem conceitos e
entender a importância dos ODS na vida pessoal e coletiva do cidadão. Agora vamos
avaliar a aprendizagem dos nossos alunos?
Destaque um tema na matriz de materialidade que seja mais relevante para a escola e
construa uma ação como parte da agenda ambiental escolar que atenda uma das ODS.
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UNIDADE 3: EMPREENDEDORISMO SUSTENTÁVEL
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Discuta com eles as vantagens competitivas que as empresas podem obter, bem
como os desafios e as oportunidades que elas enfrentam. E não se esqueçam de levar
ao conhecimento dos jovens os três pilares do mundo do investimento que enfatiza o
desenvolvimento sustentável: o pilar ambiental, o pilar social e o pilar da
governança. Pilares estes utilizados como critérios e considerações que investidores
devem fazer para investir ou comparar pequenas e grandes empresas, ou até mesmo
iniciar seu pequeno negócio.
Vamos explorar ideias, estudo de casos e práticas inovadoras que podem transformar
não apenas sua visão de negócios, mas também como vemos e interagimos com o
mundo ao nosso redor. Portanto, optamos por conduzi-los pelos caminhos da
metodologia da problematização, uma abordagem que busca estimular a reflexão e a
transformação social, colocando os estudantes como sujeitos ativos na construção do
conhecimento. Valoriza a problematização das vivências e experiências dos alunos, o
diálogo, a colaboração e a ação social consciente.
A metodologia da problematização na educação ambiental visa despertar a
consciência crítica dos estudantes e incentivá-los a agir de maneira sustentável em
relação ao meio ambiente. Ao promover a reflexão, a pesquisa, o debate e as ações
práticas, vocês professores, estarão capacitando os estudantes a se tornarem cidadãos
comprometidos com a preservação ambiental e buscar soluções para os desafios
enfrentados em sociedade.
49
O empreendedorismo sustentável envolve uma visão holística que considera os
aspectos biológicos, ambientais e sociais. Os observadores buscam criar valor não
apenas para si mesmos, mas também para a sociedade e o meio ambiente.
Para introduzir o conceito de empreendedorismo sustentável com uma abordagem no
protagonismo juvenil e na teoria da problematização, faça de três a quatro perguntas aos
educandos para investigar o que eles já sabem previamente sobre empreendedorismo (o
que é empreender? Quais tipos de empreendedorismo você conhece? O que é
empreendedorismo sustentável? Como empreender de forma sustentável?).
Oriente que cada um exponha sua opinião para uma breve discussão sobre o tema.
Escolha um dos vídeos sugeridos abaixo, eles explicam e exemplificam o que é
empreendedorismo sustentável. Mostre exemplos de empreendedores jovens que estão
fazendo a diferença em suas comunidades e no mundo, destacando a importância de
combinar negócios e impacto socioambiental positivo.
Estimule uma reflexão por meio de uma roda de conversa.
50
Campanha de reciclagem comunitária na escola. Forneça recipientes de coleta
seletiva para diferentes tipos de materiais recicláveis e incentive os moradores locais
a participarem. Isso inclui papel, plástico, vidro e metal. Ou ainda, para as escolas de
Manaus, podem entrar em contato com a equipe do Drivethru Ambiental pelo
instagram @drivethruambiental, e convidar a equipe para uma roda de conversa
com os alunos, em seguida sugira dicas de como fazer a coleta comunitária.
51
A exigência ESG (Ambiental, Social e Governança) no mundo empresarial da
sociedade atual é impulsionada por várias razões importantes, como questões
relacionadas à gestão dos recursos naturais, eficiência energética, emissões de carbono,
gestão de resíduos, biodiversidade e conservação ambiental. Já o componente social
abrange aspectos como a relação com os funcionários, à diversidade e inclusão, a
segurança no trabalho, a responsabilidade social e o envolvimento com as comunidades
locais. Por fim, o componente de governança trata das estruturas e práticas de gestão da
empresa, como a transparência, a ética, a responsabilidade dos executivos, a gestão de
riscos e os controles internos.
52
Esta prática pedagógica tem como objetivo principal fornecer aos alunos uma
compreensão aprofundada dos princípios ESG e sua aplicação prática na sociedade
atual. Faça a divisão da turma em três equipes, conduza uma pesquisa bibliográfica e
um estudo de caso, nas problemáticas ambientais na região amazônica, iniciando do
local onde a escola está situada.
1. Pilar ambiental
● Este grupo fará o levantamento de questões globais, atuais, como mudanças
climáticas, gases, desmatamento e escassez de recursos naturais, e especificando as
consequências destes temas na Amazônia (Procure realizar um trabalho interdisciplinar
com professores de outros componentes curriculares).
● Em seguida, pedir que explorem soluções sustentáveis, como energia renovável,
reciclagem, conservação da água e redução do consumo, entre outros, pensando nos
recursos disponíveis na sua região.
● Com os recursos da educomunicação, os estudantes poderão apresentar suas
produções gerando um debate entre os colegas.
2.Pilar Social
● Este grupo será orientado a realizar uma discussão sobre os desafios sociais
enfrentados na nossa sociedade (local/regional/global), como a pobreza, desigualdade,
acesso à educação, acesso à saúde, dentre outros (sempre olhando sua realidade).
● Em seguida, a equipe fará uma pesquisa e análise de iniciativas e organizações que
oferecem ações para promover a inclusão social, a igualdade de gênero, os direitos
humanos e a justiça social!
● Com os recursos da educomunicação, os estudantes poderão apresentar suas
produções gerando um debate entre os colegas.
3.Pilar de Governança
● Esta equipe fará um estudo por meio de pesquisa das estruturas de governança em
diferentes níveis (local, nacional e global) e como elas tiveram a tomada de decisões.
● Em seguida realizarão a análise das boas práticas de governança corporativa.
● Com os recursos da educomunicação, os estudantes poderão apresentar suas
produções gerando um debate entre os colegas.
Não se esqueça de fazer uso dos ODS para incentivar os alunos a pensar nas
soluções possíveis para as questões levantadas em estudo. Promova um trabalho
interdisciplinar onde seja possível fazer uma avaliação.
53
3.2. O Uso Racional dos Recursos
Ambientais
Singer (2002, p. 114), nos diz que “a economia solidária foi concebida
para ser uma alternativa superior por proporcionar às pessoas que a
adotam, enquanto produtoras, poupadoras, consumidoras etc., uma
vida melhor”.
Os empreendimentos solidários podem assumir diferentes formas, como
cooperativas, associações, grupos de produção, entre outros, e são geralmente
voltados para a produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
Por meio desta abordagem, professores, vamos engajar os estudantes em
reflexões críticas sobre o uso racional dos recursos ambientais, sem perder o foco na
região Amazônica. Explorando as principais características desse ecossistema, bem
como os efeitos negativos causados pelo desmatamento, pela exploração ilegal da
madeira, pela mineração desenfreada e pela expansão agrícola desordenada.
Para exploração deste tema sugerimos que seu planejamento seja de forma
interdisciplinar e integrada com outros componentes curriculares, por meio de
atividades interativas, estudos de caso e debates em sala de aula. Assim, os alunos
serão estimulados a refletir soluções e ações concretas para o uso racional dos
recursos ambientais na Amazônia.
Abordar práticas sustentáveis, como manejo florestal sustentável, a valorização da
biodiversidade, o incentivo ao turismo ecológico, agricultura familiar e a importância da
participação ativa da sociedade civil e do poder público na preservação desse
patrimônio natural. A Amazônia é um dos ecossistemas mais ricos e diversificados do
mundo e por sua biodiversidade que desempenha um papel primordial na regulação
do clima global, na manutenção da biodiversidade, além de abrigar comunidades
tradicionais e indígenas que dependem dos recursos naturais para sua subsistência.
Porém, estão presentes nesta região sérios desafios relacionados ao uso irracional
dos recursos ambientais.
Vamos a uma
prática?
54
Divida a turma em grupos e atribua a cada grupo um recurso ambiental específico da
Amazônia como: água, florestas, minerais, madeira, espécies de plantas medicinais,
entre outros.
Os grupos devem coletar informações sobre a importância desses recursos, as
ameaças que eles enfrentam (impactos ambientais e socioeconômicos) e as possíveis
soluções para uso racional.
Em seguida, promova um debate em sala de aula, no qual cada grupo apresentará
suas descobertas e argumentará sobre a importância do uso racional desses recursos.
Isso incentivará a pesquisa, o pensamento crítico e a colaboração entre os alunos.
55
Estabelecer metas e objetivos – com base no diagnóstico realizado, estabeleça
metas e objetivos claros e realistas para a gestão ambiental. Essas metas devem ser
mensuráveis e definidas com a legislação ambiental vigente e com os princípios de
sustentabilidade.
Elaboração de um plano de ação – crie um plano de ação detalhado com as
medidas necessárias para alcançar as metas inválidas. O plano deve ser
abrangente, abordando aspectos como economia de energia, gestão de resíduos,
conservação da biodiversidade, educação ambiental, entre outros. Defina
responsabilidades e prazos para a execução das ações.
Envolvimento e conscientização – descreva como irá realizar a conscientização
sobre a importância da sustentabilidade e o papel de cada um na busca por práticas
mais responsáveis e ecológicas. Proponha treinamentos e campanhas de
sensibilização.
Implementação e monitoramento das ações – relatar as atividades pensadas para
a redução de impactos ambientais, promoção da eficiência, gestão de resíduos,
preservação de áreas verdes, entre outras ações que estejam relacionadas ao tema
do grupo. Descrever como será realizado o monitoramento de suas ações e
avaliação dos resultados obtidos em relação às metas protegidas.
http://www.11gaaae.eb.mil.br/images/pdf/plano.pdf
http://www.bioaroeira.com.br/wp-
content/uploads/2020/12/PGA-Plano-de-Gestao-
Ambiental-v.02-2021.pdf
56
Professor, destaque temas relacionados às questões sociais, como a fome,
desemprego, saúde pública, educação de qualidade, lixo (resíduos sólidos) etc., sempre
visualizando a realidade da comunidade escolar, seu bairro, cidade e o estado. Verifique
organizações, instituições e ou sindicatos que se envolvam com esses temas e organize
visitas de campo com intuito de aproximar os estudantes aos problemas sociais
ambientais ou em áreas próximas que apresentem exemplos de uso racional dos
recursos ambientais. Ou ainda busque locais que com seus empreendimentos possam
afetar a vida social das pessoas, como reservas extrativas, projetos de manejo florestal
sustentável ou organizações não governamentais que trabalham com conservação da
natureza.
Além disso, convide especialistas, como biólogos, engenheiros ambientais ou líderes
comunitários, e ou especialistas relacionados ao tema escolhido para dar uma palestra.
Essas atividades proporcionam uma experiência prática e contato com profissionais,
ampliando o conhecimento e a conscientização dos alunos.
57
O espaço da agricultura familiar no Amazonas só pode ser entendido
considerando alguns elementos que podem determinar sua existência,
ou não, no futuro enquanto categoria social: a estrutura agrária, o
ambiente físico e institucional em que ela está envolvida, o limite de
uso da terra para o desenvolvimento de agrícolas, a tecnologia que
usa e a que poderia ser utilizada, o processo de inovação possível, o
papel institucional da categoria enquanto produtora de alimentos para
o Estado e, como último elemento, não menos importante que os
anteriores, estão as expectativas das famílias em relação ao seu
futuro, seu modo de vida e seu bem-estar. As políticas públicas, neste
sentido, precisam ser debatidas e não apenas outorgadas.
(MENEGHETTI e SOUZA, 2015, p. 46).
A sustentabilidade e proteção desse tipo de agricultura dependem não apenas de
questões motivacionais e políticas, mas também do impacto na vida das pessoas
envolvidas, portanto, a necessidade de um debate mais amplo e participativo sobre o
tema, diante das realidades, desafios e necessidades específicas. É importante se ter
uma visão abrangente e ponderada sobre a agricultura familiar no Amazonas, com uma
abordagem holística e inclusiva para garantir a sustentabilidade e o desenvolvimento
desse setor essencial da economia local.
Vamos a uma
prática?
58
Organizar visitas a propriedades rurais que praticam a agricultura familiar e o cultivo
de produtos orgânicos é uma excelente forma de aproximar os alunos dessa realidade.
Durante as visitas, os alunos terão a oportunidade de conversar com os agricultores,
conhecer suas técnicas de cultivo, entender os desafios e benefícios da agricultura
familiar e vivenciar o processo de produção de alimentos saudáveis e sustentáveis.
Levar os estudantes à feiras orgânicas, onde eles possam interagir com os produtores
locais, conhecer diferentes alimentos orgânicos e entender a importância de consumir
produtos saudáveis e sustentáveis.
Essas experiências proporcionam aos alunos um contato direto com a realidade rural
e ajudam a despertar uma consciência crítica sobre a importância da agricultura familiar
e dos produtos orgânicos.
59
O turismo e os artesanatos sustentáveis podem contribuir para conservação da
Amazônia, pois incentivam a valorização da cultura local, a proteção do meio ambiente e
a geração de renda para as comunidades que estão distantes das áreas urbanas. Ao
enfatizar a sustentabilidade nessas práticas, os estudantes aprenderão sobre a
preservação da biodiversidade, valorizando as tradições culturais e a promoção do
desenvolvimento socioeconômico local.
Faça seu planejamento de forma integrada com outros componentes curriculares por
meio de uma prática interdisciplinar.
60
Selecionar um estudo relacionado ao turismo sustentável na sua região. Orientar os
estudantes a realizar uma pesquisa e analisar iniciativas turísticas que buscam conciliar
o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e cultural da região.
Oriente-os a examinar como essas práticas estão contribuindo para a conservação da
biodiversidade, o empoderamento das comunidades locais e a valorização dos
artesanatos tradicionais.
Faça um momento de socialização da pesquisa e motive uma discussão sobre os
resultados da pesquisa.
Couros ecológicos
Há uma grande discussão em torno do tema sobre couros ecológicos. Referem-se a
materiais produzidos com intuito de imitar características dos couros tradicionais,
teoricamente sem a utilização de pele animal. Os couros sintéticos ou veganos
diferenciam-se na forma de produção, oferecendo uma opção mais sustentável e livre de
crueldade animal.
Os couros ecológicos ganharam popularidade devido a preocupação com o bem –
estar animal, sustentabilidade ambiental e busca por alternativa mais ética e
ecologicamente corretas na indústria da moda e do design. A tecnologia e as técnicas de
produção têm avançado significativamente, permitindo a criação de materiais sintéticos
de alta qualidade que podem se assemelhar visualmente e em textura ao couro animal.
O tema oferece a oportunidade de discutir questões ambientais relevantes, como a
conservação da floresta, a preservação da biodiversidade e a sustentabilidade na
indústria da moda. É importante desenvolver as práticas pedagógicas de forma
interdisciplinar, envolvendo disciplinas como biologia, geografia, e temas como a ética e
o empreendedorismo.
No Amazonas é possível pensar na produção deste produto levando em consideração
os seguintes pontos:
61
●Matérias – primas disponíveis: O Amazonas é conhecido por sua rica biodiversidade e
abundância de recursos naturais, podendo ser fonte de matérias – primas para a
fabricação de couros ecológicos ou sintéticos.
● Mão de obra e infraestrutura: É importante avaliar a disponibilidade de mão de obra e
infraestrutura necessária para a produção de couros ecológicos, o que inclui aspectos
como fábricas, equipamentos e logística.
● Mercado e demanda: É essencial realizar uma análise de mercado para entender a
demanda por couros ecológicos, tanto a nível nacional quanto internacional. A
conscientização sobre questões ambientais e éticas tem aumentado o que abre um
espaço para a produção de produtos sustentáveis.
● Aspectos legais e regulatórios: Necessidade de pesquisa para saber se há
regulamentações e políticas locais e internacionais relacionadas ao uso e logística de
couros e ecológicos.
● Concorrência: É importante fazer um levantamento neste setor de produção para
entender como uma empresa neste ramo poderia se destacar e oferecer valor único no
mercado.
São pontos fundamentais para seus alunos pesquisarem, realizarem um estudo sobre
este tema e aprofundar seus conhecimentos, uma vez que o investimento em couros
ecológicos pode ser uma oportunidade promissora se houver demanda crescente por
este produto e se a região apresentar vantagens competitivas para sua produção. Além
disso, pode-se trabalhar o protagonismo juvenil dos estudantes ao explorar e incentivar a
pesquisa.
Vamos lá ver como se dá a produção do couro ecológico e sua importância para a
região Amazônica?
Iniciar o tema com uma proposta de pesquisa para os estudantes sobre couros
ecológicos e suas características. Divida a turma em grupos e oriente a pesquisa
sobre diferentes aspectos, como os materiais utilizados na produção, os processos
de fabricação, os benefícios e as questões éticas relacionadas.
Promova um debate em sala de aula, onde os grupos possam compartilhar suas
descobertas e discutir vantagens e desvantagens dos couros ecológicos.
Após o debate, oriente cada equipe produzir um cartaz ou outra forma de exposição
sobre os impactos ambientais da indústria de couro convencional na Amazônia,
explorando temas como o desmatamento, poluição dos rios e emissões de gases de
efeito estufa, ou mesmo temas socioambientais, como o lixo, o desemprego, outros.
Eles devem analisar os efeitos dessa prática no ecossistema e discutir alternativas
sustentáveis, como os couros ecológicos.
62
SUGESTÃO 2 – PROJETO PRÁTICO
Desenvolva um projeto prático com os estudantes pensando em aplicar
os conhecimentos adquiridos, utilizando a matriz de materialidade e os
ODS. Eles podem criar uma proposta de negócio sustentável relacionada à
produção de couros ecológicos na sua região, considerando aspectos
como preservação ambiental, inclusão social e a viabilidade econômica.
Os estudantes podem apresentar suas propostas em formato de
apresentações, relatórios ou até mesmo simulações empresariais.
63
Madeira Certificada
Falar sobre a madeira e contextualizar esse tema na região Amazônica é colocar em
debate questões ambientais, sociais e econômicas relevantes para a sustentabilidade e
o desenvolvimento sustentável, como discussões sobre o desmatamento, o uso/retirada
ilegal da madeira, e a importância de compreender o valor da madeira certificada para
esta região, que enfrenta constantes desafios relacionados à exploração madeireira
ilegal e não sustentável.
Neste contexto, a madeira certificada surge como uma solução essencial para conciliar
o desenvolvimento econômico da região com a preservação ambiental. Por meio de
pesquisa, debates, visitas e outras práticas pedagógicas, vamos conhecer a importância
da madeira certificada, e como é realizado esse processo na região amazônica.
Iniciar o tema com uma pesquisa sobre a origem da madeira, suas características, as
principais espécies exploradas no Amazonas, e os problemas associados à exploração
irresponsável. Inclua também a madeira certificada, explicando suas características e
benefícios ambientais e econômicos.
Em seguida, promova uma roda de conversa para discutir os diferentes pontos de vista
e as soluções possíveis para o manejo sustentável das florestas. Permita que os alunos
compartilhem suas descobertas e opiniões sobre o assunto.
Essa prática incentiva à troca de ideias e o pensamento crítico em relação à
sustentabilidade e ao consumo responsável.
Propor aos alunos uma pesquisa em suas residências: eles deverão verificar em seus
móveis de madeira (se houver) rótulos de certificação e fazer uma lista da procedência
da madeira/móvel, fazendo análise de origem, produção e certificação. Ou ainda, podem
fazer esse levantamento por meio de pesquisa em outros locais e produtos, como rótulos
de objetos de madeira, móveis e papel, para identificar se são provenientes de fontes
certificadas.
Podem pesquisar sobre as principais certificações, como o FSC (Forest Stewardship
Council) e o PEFC (Programa for the Endorsement of Forest Certification),
compreendendo seus critérios e princípios.
Após a análise e estudo compartilhem em sala por meio das técnicas da
educomunicação.
https://www.scielo.br/j/se/a/5MY7r3sTt4nhhvX5djNqY9p/?
format=pdf
https://www.fca.unesp.br/Home/Extensao/GrupoTimbo/manualUsodaMadeira.pdf
3.3. Pré Projeto: Jovens protagonistas e boas práticas para uma sociedade
sustentável:
Chegamos ao final de mais um capítulo do nosso caderno pedagógico! Nele
aprendemos sobre a importância de desenvolver negócios que sejam socialmente
responsáveis e ambientalmente conscientes, buscando o equilíbrio entre o sucesso
econômico e a preservação dos recursos naturais.
É importante educar e conscientizar as pessoas quanto a sustentabilidade e o
empreendedorismo sustentável. A mudança de mentalidade e a disseminação de
conhecimento são fundamentais para promover uma cultura empreendedora que seja
ambientalmente consciente.
65
UNIDADE 4: SUSTENTABILIDADE NO MODO DE VIDA
NO AMAZONAS
66
O conceito de desenvolvimento sustentável foi popularizado por volta de 1987 com o
relatório “Nosso Futuro comum”, também conhecido como Relatório Brundtland. Este
relatório foi produzido pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento
como “o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades”.
Em outras palavras, desenvolvimento sustentável é aquele
que promove uma justiça intrageracional (com a geração
presente) e intergeracional (com as gerações futuras).
Fazer justiça com a geração presente significa promover
um desenvolvimento econômico com inclusão social, ou
seja, melhorar a qualidade de vida de quem vive hoje, aqui
e agora, melhorar o IDH e outros índices sociais dos países
e suas regiões e fazer com que todas as pessoas do
planeta tenham, no mínimo, uma vida com padrões básicos
de dignidade. (MONTEIRO, 2015, p. 10 e11)
Entende-se que o desenvolvimento sustentável busca garantir que as atividades
humanas, como a produção industrial, a exploração de recursos naturais e o crescimento
populacional não causem danos irreparáveis ao meio ambiente, nem prejudiquem a
qualidade de vida das pessoas ou comprometam a capacidade de futuras gerações a
usufruírem de recursos e oportunidades semelhantes.
A sustentabilidade, por sua vez, é um conceito mais amplo que engloba não apenas o
desenvolvimento sustentável, mas também a manutenção dos sistemas ecológicos e
socioemocionais em equilíbrio em longo prazo. Baseia-se na premissa de que a
sustentabilidade requer uma abordagem holística considerando os aspectos econômico,
social e psicológico de maneira inclusiva e justa, ao mesmo tempo em que respeita os
limites e recursos do meio ambiente, evitando a exaustão de recursos naturais e a
degradação ambiental. Abrange ações tanto a nível global quanto local, envolvendo
governo, setor privado, sociedade civil e indivíduos, para tanto, é essencial que se
adotem práticas de consumo consciente, redução da pegada ecológica, proteção da
biodiversidade, utilização de energias limpas e renováveis, políticas de inclusão social,
acesso à educação e saúde para todos, entre outras iniciativas.
O momento atual exige que a sociedade esteja mais
motivada e mobilizada para assumir um caráter mais
propositivo, assim como para poder questionar de forma
concreta a falta de iniciativa dos governos para
implementar políticas pautadas pelo binômio
sustentabilidade e desenvolvimento num contexto de
crescentes dificuldades para promover a inclusão social.
Para tanto é importante o fortalecimento das organizações
sociais e comunitárias, a redistribuição de recursos
mediante parcerias, de informação e capacitação para
participar crescentemente dos espaços públicos de
decisão e para a construção de instituições pautadas por
uma lógica de sustentabilidade. (JACOBI, 2003, p. 203)
67
Como podemos observar, professores, temos muito que explorar
com nossos alunos quando falamos em sustentabilidade.
Principalmente quando a compreendemos como um estilo de vida e
uma abordagem que considera a interdependência entre o ser
humano e o meio ambiente. Então, podemos explorar com os
estudantes os pilares que sustentam seu conceito, que são
interligados e igualmente importantes.
Saiba mais!
NOBRE, Marcos. AMAZONAS, Maurício de Carvalho. Orgs. Desenvolvimento
Sustentável: a institucionalização de um conceito. - Brasília: Ed. IBAMA, 2002.
Vamos a
uma
prática?
69
Processo de aprendizagem que visa sensibilizar, informar e
EDUCAÇÃO AMBIENTAL capacitar as pessoas para agirem de maneira sustentável,
considerando os aspectos ambientais, sociais e psicológicos
Preservação e uso sustentável dos recursos naturais, como
CONSERVAÇÃO DE florestas, oceanos, solos e minerais, para garantir sua
RECURSOS NATURAIS disponibilidade para gerações futuras.
Você irá distribuir as fichas aleatoriamente a cada aluno. Após, oriente-os a saírem de
seus lugares ao encontro do conceito da palavra-chave que recebeu ou vice-versa.
Quando todos se encontrarem, a dupla irá ler a palavra-chave e o conceito em voz alta
e juntamente com o restante da turma verificarão se o encontro está correto.
Reúna as duplas com temas que se completam ou que podem estar no mesmo debate.
Por exemplo: sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, formaremos uma equipe
com quatro componentes.
Estipule um tempo para que cada grupo possa pesquisar e coletar argumentos
relevantes, sobre os temas que receberam, para sustentar sua posição em um debate.
Inicie o debate com o grupo que recebeu os temas sustentabilidade/ desenvolvimento
sustentável, questionando se existe diferença entre as duas palavras-chave. Não se
esqueça de elaborar questionamentos que envolvam a sua região (local/estadual).
Estipule um tempo para cada grupo apresentar sua pesquisa e elaborar seus
argumentos. Você pode indicar materiais de apoio ou sites, como
https://meiosustentavel.com.br/, onde contém diversos artigos e apresentações sobre o
meio ambiente e a sustentabilidade.
70
Você pode finalizar esta atividade com o vídeo de uma entrevista da EBC na rede com
o autor Leonardo Boff, sobre sua publicação “Sustentabilidade”. (Entrevista com o
teólogo, escritor e professor Leonardo Boff - https://www.youtube.com/watch?
v=zdrMyp08TNQ. Podem utilizar somente o vídeo para a discussão e consolidar o
conceito de sustentabilidade.
Ao discutir esses temas, os estudantes desenvolvem habilidades de argumentação,
aprendem a ouvir diferentes perspectivas e passam a tomar decisões fundamentais.
Esta atividade tem como objetivo fazer com que os alunos coloquem em prática o
conceito de sustentabilidade no seu dia a dia.
Faça uma lista com frases que possa inspirar os estudantes a pensar pequenas
iniciativas em ações sobre sustentabilidade para o nosso dia a dia.
Explique que o primeiro passo, e talvez o mais difícil, é começar!
Solicite que os estudantes registrem em uma folha de papel cartão ações que seja
possível serem realizadas no dia a dia, sem gerar obrigação e que aos poucos ganhem
sentido. Abaixo seguem algumas sugestões, mas não fique preso a elas, experimente e
crie outras ações que sejam possíveis na realidade de sua escola e comunidade!
71
Fechar a torneira enquanto escova os dentes, esfrega a roupa ou lava a louça;
Tampar as panelas para consumir menos energia (gás) e cozinhar mais depressa;
Consertar todos os vazamentos de água;
Puxar a descarga do vaso sanitário após usar;
Usar as folhas de papel dos dois lados
Não jogar produtos tóxicos, medicamentos, nem pilhas no lixo comum – descarte-os
corretamente;
Plantar sempre que possível, principalmente nas cidades;
Reutilizar os objetos (pensar bem antes de descartar!);
Aproveitar a luz do dia e não acender lâmpadas sem necessidade;
Consumir mais frutas e legumes da estação e da região;
Resistir à tentação da propaganda (que leva a consumir exageradamente e sem
consciência);
Usar sacolas reutilizáveis em lugar de sacolas plásticas;
Fazer campanhas de limpeza na escola, no bairro, na comunidade.
72
4.2. Sustentabilidade na Amazônia
O bioma com a maior biodiversidade do planeta, rico em flora, fauna e recursos
naturais enfrenta grandes desafios como o desmatamento, as queimadas,
O bioma com a maior biodiversidade do planeta, rico em flora, fauna e recursos
naturais enfrenta grandes desafios como o desmatamento, as queimadas, a ocupação
desordenada, “caracterizada pela exploração intensa e desordenada do capital natural
da região - floresta a, rios, solos, fauna e flora”, como aponta Moutinho (2005, p. 49).
Acreditamos que o maior desafio é encontrar soluções práticas e economicamente
viáveis aos problemas ambientais, sociais e econômicos que afetam a população local.
Moutinho (2005) aponta que não é necessário abrir mão do desejo de crescimento
econômico para que o desenvolvimento a sustentabilidade na Amazônia ocorra. Neste
sentido, o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil deve se engajar para
mergulhar no universo amazônico e extrair os benefícios que a floresta amazônica pode
nos proporcionar e ao mesmo tempo mantê-la preservada.
A chave para um desenvolvimento mais sustentável está na
adoção de novos padrões de ordenamento da ocupação do
espaço com base em critérios fortes de sustentabilidade, e não
apenas por estabelecimento de planos de zoneamentos
ecológicos, que, muitas vezes, são de aplicação complicada.
Para isso, é preciso que se dê garantia de participação ativa da
sociedade civil na discussão de políticas para a região.
(MOUTINHO, 2005, p. 49)
rar
Vamos explo
es
as possibilidad
SUGESTÃO 1 – GUARDIÕES DA FLORESTA nos?
com os alu
(Sustentabilidade Ambiental)
73
❖ Criar uma lista de desafios, juntamente com os estudantes, como incêndios,
períodos de cheias e secas (intensificadas decorrente das mudanças climáticas), a
extração da madeira (ilegal ou legal, ou mesmo a extração seletiva de madeira),
expansão das atividades da pecuária, grilagem, desmatamento ilegais, outros.
❖ Com a lista de desafios, os jogadores deverão pensar em estratégias visando
proteger a biodiversidade e os recursos naturais. Portanto, eles terão que analisar cada
desafio mediante a legislação ambiental, aos ODS e apontar uma solução.
❖ O jogo pode ser desenvolvido em duplas, equipes e ou individual. Os jogadores
podem ganhar pontos ao tomar decisões sustentáveis e enfrentar situações negativas
(prendas) quando fizerem escolhas prejudiciais ao meio ambiente.
❖ Você pode criar regras de competição para essa atividade ou as melhores
soluções podem ser premiadas!
Para explorar temas como resíduos sólidos, poluição de rios, igarapés e sobre a
importância da reciclagem e o descarte adequado de resíduos na Amazônia sugerimos
este jogo.
Os estudantes podem criar uma simulação em que gerenciam em sua comunidade,
lidando com a coleta seletiva de resíduos, a reciclagem e a conscientização da
população local.
Os jogadores precisam encontrar soluções sustentáveis para lidar com o lixo, evitando
sua contaminação nos rios, igarapés e na floresta. O jogo pode incluir desafios para
otimizar a coleta e reciclagem, além de fornecer informações sobre impactos negativos
do descarte inadequado.
Com esta atividade você pode trabalhar com diversos temas e de forma interdisciplinar.
74
2.Responsabilidade Socioambiental: Ao
educar para o consumo, é essencial
enfatizar a responsabilidade socioambiental
dos consumidores. Os estudantes devem
ser conscientizados sobre os impactos das
suas decisões de compra no meio ambiente,
estimulando a busca por produtos atentos,
que respeitem os recursos naturais e a
biodiversidade.
3.Conscientização sobre a Publicidade:
A mídia exerce grande influência na
formação dos padrões de consumo. Nesse
sentido, a educação para o consumo deve
incluir uma análise crítica da publicidade e
suas estratégias de persuasão. Os
educandos devem aprender a identificar
propagandas enganosas e entender como a
mídia pode influenciar suas escolhas de
consumo.
Autazes
4.Valorização do Consumo Local e Ético: Ao educar para o consumo, é importante
destacar a valorização do consumo local e ético. Os educandos devem ser incentivados
a apoiar pequenos negócios e produtores locais, além de buscar informações sobre as
práticas éticas das empresas e marcas antes de realizar suas compras.
5.Planejamento Financeiro: A educação para o consumo também envolve o
desenvolvimento de habilidades de planejamento financeiro. Os educandos devem
aprender a administrar suas finanças de forma responsável, evitando o endividamento
excessivo e a adoção de padrões de consumo insustentáveis.
Para auxiliar esse trabalho podemos explorar o ODS 12 – consumo e produções
responsáveis (file:///C:/Users/34501940204/Downloads/375082por.pdf), que dispõe
orientações e indicações de propostas para promover reflexões sobre o papel do
indivíduo como participantes ativos do mercado, contribuir e incentivar os educandos a
avaliarem comportamento em relação ao consumo consciente. Consumo Sustentável -
Manual da Educação
(file:///C:/Users/34501940204/Downloads/consumo_sustentavel.pdf), que dispõe temas
sobre o cidadania e consumo sustentável, água, alimentos, biodiversidade, transporte,
energia, lixo e publicidade.
Com uso destes materiais, professor, você pode planejar a melhor forma de orientar o
estudante para o consumo consciente. É necessário trabalhar numa abordagem
interdisciplinar, trazendo reflexões e atividades práticas que abrangem estas áreas
destacadas, pois, ao educar para o consumo, estaremos capacitando nossos estudantes
a compreenderem o impacto de suas escolhas e a se tornarem consumidores ativos,
capazes de questionar propagandas enganosas, tomar decisões informadas e buscar
alternativas sustentáveis.
75
Ao mesmo tempo, estaremos ajudando-os a desenvolver habilidades socioemocionais
valiosas, como o autocontrole, a empatia e a capacidade de tomar decisões éticas.
Inicie o tema com uma conversa informal com os alunos sobre seus hábitos e
costumes em relação ao uso dos recursos disponíveis em casa, como água, energia,
alimento e outros. Desafie-os a administrar um orçamento fictício para suas
necessidades pessoais. Sugira um valor de renda mensal, e oriente-os a criarem uma
tabela para demonstrar suas escolhas de consumo: alimentos, bebidas, lazer, vestuário,
energia, luz, água, combustível, produtos de limpeza e higiene.
Estipule um tempo para essa pesquisa, de no mínimo uma semana, e depois
proporcione um espaço de reflexão. Oriente-os a destacar de suas pesquisas o que
realmente precisam para viver de uma maneira confortável, considerando o impacto
social, econômico e ambiental de cada opção. Ao longo da atividade poderão surgir
situações que exijam decisão consciente, a exemplo da escolha de produtos orgânicos,
recicláveis ou de fabricantes que respeitem os direitos trabalhistas.
Após a tarefa, promova uma discussão sobre as lições aprendidas e como aplicá-las
no cotidiano.
Esta atividade também pode ser realizada com toda a turma ao mesmo tempo,
podendo ser a tabela criada na lousa branca ou com uso de recursos tecnológicos, ou
ainda cartazes criados em conjunto.
Esta atividade promove a reflexão sobre as consequências do consumo desenfreado
e incentiva a busca por alternativas sustentáveis.
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SUGESTÃO 3 – PROJETO DE EMPREENDEDORISMO
– “Negócios Sustentáveis”
Divida a turma em grupo e oriente que criem um projeto de negócio que promova
sustentabilidade. Os estudantes devem considerar aspectos como a utilização de
materiais recicláveis, a redução de impacto ambiental, a responsabilidade social e a
conscientização dos consumidores. Cada equipe deverá apresentar sua proposta,
incluindo o plano de negócios, a estratégia de marketing e a análise de impacto
ambiental. Além disso, podem ser organizadas feiras ou exposições para que os alunos
compartilhem suas ideias com a comunidade escolar.
Esta atividade estimula a criatividade, o empreendedorismo e a consciência ambiental.
Esta atividade pode ser realizada em equipes pequenas. Atribua a cada equipe um
país ou região específica. As equipes devem pesquisar e apresentar as práticas de
consumo responsável adotadas neste local, como a redução do desperdício, o incentivo
à produção local, a valorização do comércio justo, entre outras práticas sustentáveis
adotadas por este país.
Cada equipe pode criar uma apresentação multimídia ou realizar uma exposição para
compartilhar suas descobertas. Ao final, promova uma roda de discussão em que os
alunos compartilhem suas experiências sobre diferentes abordagens ao consumo em
sua realidade.
A sugestão desta prática pedagógica amplia a compreensão sobre diferentes práticas
de consumo responsável em diferentes culturas.
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2) Planejamento do projeto: cada educando ou grupo desenvolve um projeto
sustentável para resolver um dos problemas identificados. Eles devem elaborar um plano
detalhado, incluindo objetivos, recursos necessários, cronograma e medidas de
avaliação.
3) Implementação: os projetos serão colocados em prática, envolvendo ações
concretas para promover a sustentabilidade. Os educandos podem, por exemplo, criar
hortas comunitárias, campanha de conscientização sobre o uso da água, ações de
coleta seletiva de resíduos, entre outras iniciativas.
4) Feira de projetos: ao final da atividade organize uma feira de projetos sustentáveis,
onde possam apresentar suas soluções para a comunidade escolar, professores e outros
estudantes. A feira é uma oportunidade para compartilhar conhecimentos, inspirar outras
pessoas a adotarem práticas e criar um ambiente de aprendizado colaborativo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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MARCATTO, Celso. Educação Ambiental: conceitos e princípios. - Belo Horizonte:
FEAM, 2002. Disponível em: https://portal.mpap.mp.br/images/CAOP-meio-
ambiente/Educacao_Ambiental_Conceitos_Principios.pdf. Acesso em: 26/06/2023.
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