Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A água não é um bem de consumo infinito e são fundamentais políticas adequadas de gestão, regularidade
das outorgas, preservação das fontes, rios, bacias hidrográficas, matas ciliares e banhados, além de controlar
os desperdícios. Fato é que desde então a situação se agravou e em todos os anos subsequentes estiagens
impactaram negativamente a economia e causaram transtornos aos gaúchos até este momento em que a
situação é crítica com a maior estiagem dos últimos vinte anos em que os prejuízos acumulados e o
abastecimento tende ao colapso em muitos municípios sejam nas áreas rurais ou urbanas. No Brasil, há
uma visão da população e dos poderes públicos de que temos acesso ilimitado aos recursos hídricos,
especialmente a água doce, única possível de utilização para o consumo, agropecuária e muitas outras
atividades essenciais. Mas a água não é um bem de consumo infinito e são fundamentais políticas adequadas
de gestão, regularidade das outorgas, preservação das fontes, rios, bacias hidrográficas, matas ciliares e
Em 2015, a Agência Nacional das Águas – ANA previu que 55% das cidades brasileiras terão problemas de
abastecimento, não apenas em suas áreas urbanas, mas também rurais, dificultando a produção
agropecuária e de alimentos. O desperdício médio de água tratada é calculado em 37% no país. Embora o
uso doméstico rural e urbano seja minoritário com aproximadamente 10% – irrigação e uso animal 83% e
indústrias 7% – no Brasil o consumo médio é alto com 165 litros/habitante/dia. Estudos da Agência Nacional
de Águas – ANA e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO indicam que
100 litros são suficientes. A ANA também prevê um aumento na demanda brasileira de 24% até 2030. Ou
seja, são necessárias políticas públicas, responsabilidade coletiva e educação ambiental para minimizar os
problemas diretos e indiretos relacionados à disponibilidade da água. E o Rio Grande do Sul é menos
vulnerável a esta realidade brasileira e mundial? O RS apresenta um dos maiores desequilíbrios entre oferta e
demanda de água, principalmente na metade sul. Entre os dez rios mais poluídos do Brasil, três estão no RS:
Caí, Gravataí e Sinos. Na Região da Campanha, o rio Santa Maria também apresenta problemas de poluição
e diminuição da vazão, fenômeno que se repete em várias outras bacias hidrográficas, inclusive na do Rio
Uruguai.
Portanto, o RS precisa ficar alerta e aperfeiçoar o uso, conservação e restauração dos seus recursos hídricos,
enfrentar os seus possíveis problemas quanto à disponibilidade de água no futuro, mas para isso precisa