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25/09/2023, 15:00 Unidade I

Unidade I

Plataforma: ANP Cidadã Impresso por: ODILON NASCIMENTO DA SILVA


Evento: Curso Básico de Registro Migratório - 2023.x2 Data: segunda, 25 set 2023, 14:59
Livro: Unidade I

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25/09/2023, 15:00 Unidade I

Descrição

Unidade I

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25/09/2023, 15:00 Unidade I

Índice

1. Introdução
2. Conceitos, princípios e direitos previstos na lei de migração
2.1. Conceitos, princípios e direitos previstos na lei de migração - Cont.

3. Visto
4. Prorrogação de estada do visitante
5. Autorização de Residência
5.1. Autorização de Residência - Cont.

6. Registro nacional migratório (RNM)


7. Alteração de dados do registro nacional migratório
8. Documento de identidade civil do imigrante
9. Apatridia
10. Igualdade de direitos entre portugueses e brasileiros

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1. Introdução

Migrações internacionais são os movimentos de pessoas que deixam o seu país de origem ou de residência habitual para se fixarem,
de forma temporária ou definitiva, em outro país, transpondo uma fronteira internacional com o intuito de se estabelecer, ao menos
por um tempo.

O Brasil permaneceu por cerca de 37 anos com a vigência da Lei nº 6.815/80, conhecido como Estatuto do Estrangeiro, que tinha
inspiração na Doutrina de Segurança Nacional, cuja maior preocupação era zelar pela segurança nacional, e, em muitos aspectos,
divergia da Constituição Federal de 1988.

Depois de longa tramitação, a Lei de Migração (Lei nº 13.445, de 24 de maio de 2017) foi promulgada trazendo modernidade para o
tema, que passou a ser pautado pelos direitos humanos e pela inserção do migrante na sociedade.

Nesse contexto, a Polícia Federal tem exercido as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteira, conforme preceitua o art.
144, § 1°, inciso III da Constituição Federal. De fato, a Polícia Federal desempenha relevante papel constitucional, sendo responsável
pela expedição de documentos de viagem, controle de entrada, de estada, e de saída do País, bem como, pelo registro migratório.

O objeto deste curso limita-se a noções básicas sobre o registro migratório. Assim, serão estudados os seguintes tópicos:

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2. Conceitos, princípios e direitos previstos na lei de migração

A Lei de Migração trouxe conceitos importantes para sua aplicação, e que devem ser conhecidos para melhor compreensão da
matéria:

Além dos conceitos básicos, é muito importante conhecer os princípios e diretrizes previstos no art. 3º da Lei de Migração (inovação
que não havia na legislação anterior). Dentre eles, ressaltamos alguns que fazem parte da atuação direta da Polícia Federal:

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2.1. Conceitos, princípios e direitos previstos na lei de migração - Cont.

Ter conhecimento dessas diretrizes facilita a interpretação das normas aplicáveis aos imigrantes, que não podem se afastar desses
princípios norteadores. Também é importante compreender a distinção entre dois conceitos tratados no art. 3º da Lei de Migração:

Atenção!
A Polícia Federal deve zelar para que não exista
discriminação ou xenofobia na sua atuação, e para que
os princípios e direitos dos migrantes sejam respeitados!

De forma concreta, o art. 4º da Lei de Migração assegura diversos direitos, em condições de igualdade com os nacionais, aos
migrantes que estejam no Brasil, INDEPENDENTEMENTE da sua condição migratória. Isso significa que mesmo aqueles migrantes que
estejam no país sem a documentação exigida devem ter seus direitos garantidos pelas autoridades e entidades públicas e privadas, e
pela sociedade como um todo. São eles:

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade;


direitos e liberdades civis, sociais, culturais e econômicos;
direito à liberdade de circulação em território nacional;
direito à reunião familiar do migrante com seu cônjuge ou companheiro e seus filhos, familiares e dependentes;
medidas de proteção a vítimas e testemunhas de crimes e de violações de direitos;
direito de transferir recursos decorrentes de sua renda e economias pessoais a outro país, observada a legislação aplicável;
direito de reunião para fins pacíficos;
direito de associação, inclusive sindical, para fins lícitos;
acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social e à previdência social, nos termos da lei, sem discriminação em razão da
nacionalidade e da condição migratória;
amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
garantia de cumprimento de obrigações legais e contratuais trabalhistas e de aplicação das normas de proteção ao trabalhador, sem
discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
isenção das taxas de que trata a Lei de Migração, mediante declaração de hipossuficiência econômica, na forma de regulamento;
direito de acesso à informação e garantia de confidencialidade quanto aos dados pessoais do migrante, nos termos da Lei nº 12.527,
de 18 de novembro de 2011;
direito a abertura de conta bancária;
direito de sair, de permanecer e de reingressar em território nacional, mesmo enquanto pendente pedido de autorização de
residência, de prorrogação de estada ou de transformação de visto em autorização de residência; e,
direito do imigrante de ser informado sobre as garantias que lhe são asseguradas para fins de regularização migratória.

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Saiba mais!
O nacional de outro país que esteja em território nacional sem a
documentação que respalde a sua condição migratória, é considerado
pela legislação um “migrante irregular”. Muitos doutrinadores,
baseados em legislação de outros países, também chamam esses
indivíduos de “migrantes não documentados”.

A irregularidade pode se referir a ausência de documento de viagem


internacional, ausência de visto para entrada, excesso de prazo de
estada, ausência de autorização para permanecer no território nacional
como residente, dentre outras possibilidades.

Já o termo “migrante ilegal” é criticado pelos doutrinadores, e deve ser


evitado, porque remete a ideia de que migrar seja considerado por si só
uma atividade ilícita.

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3. Visto

A Lei de Migração estabeleceu distinção entre a autorização


administrativa prévia, para que um viajante possa vir ao país, e a
que é concedida para ele permanecer em território nacional.

O visto é o documento ou autorização que dá ao titular a


expectativa de ingresso em território nacional com o status que
lhe foi autorizado. O Brasil possui diversos acordos internacionais
para dispensa de visto de curta duração, porém fora das
hipóteses contempladas nos acordos para dispensa de visto, a
entrada no país de pessoas de outras nacionalidades depende da
emissão de um visto prévio.

O Brasil possui 5 tipos de vistos: de visita; temporário, diplomático, oficial e de cortesia.

Os vistos de visita ou temporários são concedidos por representações do Ministério das Relações Exteriores fora do país, como
Embaixadas, Consulados-Gerais, Consulados, Vice-Consulados e, quando habilitados pelo órgão competente do Poder Executivo, por
escritórios comerciais e de representação do Brasil no exterior.

Excepcionalmente, os vistos diplomático, oficial e de cortesia poderão ser concedidos no Brasil, mas a regra é que também sejam
emitidos nas representações diplomáticas brasileiras.

Alguns vistos exigem, no seu processo de concessão, a análise da motivação da viagem e podem demandar procedimento de
autorização prévia de residência, o que facilita o processo de registro e documentação do imigrante quando ele se estabelecer no
país.

Saiba mais!
Os imigrantes com visto temporário e com autorização prévia para residir no país precisam se registrar junto à Polícia Federal para
transformar o seu visto em Autorização de Residência regular.

Já o visitante só precisa ter condições de admissibilidade para circular em território nacional (o que compreende ser portador de
documento de viagem válido, possuir visto de entrada ou dispensa de visto, dentre outras condições previstas na lei) e passar pelo
controle migratório para receber autorização de estada por determinado período, considerado de curta duração, que pode variar
de acordo com a sua nacionalidade e tratados internacionais aplicáveis à sua condição. O visitante não precisa se registrar na
Polícia Federal.

O visto de visita pode ser concedido para fins de turismo, negócios, trânsito, atividades artísticas ou desportivas, e algumas outras
hipóteses definidas em regulamento, sempre para estadas de curta duração, sem a intenção de estabelecer residência.

De maneira geral, são consideradas estadas de curta duração os períodos de estada de até 90 dias por semestre migratório, ou seja,
a cada 180 dias corridos, seja do mesmo ano civil ou não. Eventualmente, a depender da nacionalidade e de acordos internacionais, o
visitante poderá solicitar a prorrogação do seu prazo inicial de estada como visitante, a fim de usufruir de forma contínua o prazo que
teria direito em dois semestres migratórios consecutivos, e assim permanecer na condição de visitante por até 180 dias.

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4. Prorrogação de estada do visitante

O visitante que ingressar no país para usufruir estada de curta duração poderá, a depender da sua nacionalidade e de acordos
internacionais que prevejam a reciprocidade de tratamento aos brasileiros, prorrogar sua estada no país, mantendo o status
migratório de visitante.

Nesse caso, ele não é considerado residente no país e não precisa obter autorização de residência perante as autoridades
migratórias brasileiras, porém precisa solicitar a prorrogação de seu prazo junto à Polícia Federal.

A prorrogação de prazo de estada depende de requerimento pelo interessado em uma das unidades da Polícia Federal e da
apresentação de documento de viagem internacional válido, além de atendimentos dos demais requisitos legais. Portanto, não existe
prorrogação automática.

Saiba mais!
Um visitante que deseja prorrogar a sua estada deve procurar o serviço “Prorrogar Estada no Brasil” (clique aqui).

Como já estudado, visto é “o documento que dá ao titular a expectativa de ingresso em território nacional” expedido nas repartições
diplomáticas no exterior, portanto estamos falando sobre a possibilidade de prorrogação do período inicial de estada de um visitante,
e não “prorrogação de visto” como costuma incorretamente ser referido este procedimento.

É importante destacar que o prazo de validade do visto e o prazo de estada do visto são conceitos distintos. O prazo de validade do
visto é aquele ao longo do qual o visto poderá ser utilizado para entrada no País, estará indicado no documento e começará a ser
contado a partir da data de sua emissão. O visto não poderá mais ser utilizado para entrada no País quando seu prazo de validade já
tiver expirado. Já o prazo de estada do visto é aquele durante o qual o seu portador poderá permanecer no território nacional e
começa a ser contado a partir da data da primeira entrada no País.

A primeira concessão de prazo de estada do visitante é feita na entrada no Brasil, no ponto de controle migratório. A prorrogação
pode ser feita em qualquer unidade de atendimento para registro de imigrantes da Polícia Federal.

As hipóteses de simplificação de procedimento e dispensa, recíproca ou não, de vistos de visita tratados no âmbito do Ministério das
Relações Exteriores também serão considerados como vistos para efeito de possibilidade de prorrogação de estada. Assim, um
visitante de uma nacionalidade que dispensa visto de curta duração pode prorrogar a estada inicialmente concedida, se houver tal
previsão no acordo.

Entretanto, a prorrogação de prazo de estada do visitante se funda no princípio da reciprocidade, além de existir uma dinâmica
própria nos acordos internacionais, razão pela qual é preciso consultar regularmente o Quadro Geral de Regime de Vistos (QGRV) do
Ministério das Relações Exteriores para verificar a possibilidade de concessão ou não da prorrogação de prazo para a nacionalidade
do visitante que a pleiteia.

Transcorrido o prazo do visto e sua eventual prorrogação, a estada regular do visitante depende da obtenção de autorização de
residência, e somente a partir da obtenção de seu registro passa a ser considerado um imigrante regular.

O imigrante que permanece no país depois de excedido o seu prazo de visita é considerado um imigrante “irregular” ou “não
documentado”.

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5. Autorização de Residência

Autorização de Residência é a condição que habilita o imigrante a permanecer no país por prazo superior à estada de curta
duração, o que vai depender do fundamento legal utilizado para o pedido, e lhe dá o direito de residir e trabalhar de forma
remunerada no território nacional, dentre outros direitos concedidos ao imigrante regular. Ela depende do registro civil junto à
autoridade migratória.

A Autorização de Residência está disciplinada nos artigos 30 a 37 da Lei de Migração, pelos artigos 123 a 163 do Decreto nº 9.199 de
2017, além de ser regulamentada em diversas Portarias Interministeriais e Resoluções Normativas do Conselho Nacional de
Imigração (CNIG) e do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE).

O imigrante, o residente fronteiriço e o visitante, por meio de requerimento, poderão solicitar autorização de residência no território
nacional, que poderá ser concedida independentemente da situação migratória, desde que cumpridos os requisitos da modalidade
pretendida.

Podem obter autorização de residência a pessoa que tenha a condição de apátrida reconhecida, ou pedido de asilo político ou refúgio
reconhecidos, além das pessoas que sejam autorizadas a residir em território nacional em razão de política migratória ou acolhida
humanitária.

A residência poderá ser autorizada ao imigrante que tenha como finalidade se estabelecer no território nacional em razão de:

Também poderá ser concedida autorização de residência à pessoa que:

seja beneficiária de tratado em matéria de residência e livre circulação;


possua oferta de trabalho comprovada;
já tenha possuído a nacionalidade brasileira e não deseje ou não reúna os requisitos para readquiri-la;
seja beneficiária de refúgio, asilo ou proteção ao apátrida;
que não tenha atingido a maioridade civil, nacional de outro país ou apátrida, desacompanhado ou abandonado;
tenha sido vítima de tráfico de pessoas, de trabalho escravo ou de violação de direito agravada por sua condição migratória;
esteja em liberdade provisória ou em cumprimento de pena no País;
seja anteriormente beneficiada com autorização de residência, observado o disposto no art. 160 do Decreto 9.199/2017; ou
atenda a interesse da política migratória nacional.

A concessão de autorização de residência pode ser feita mediante registro e transformação do visto temporário em autorização de
residência, ou então pode ser requerida em território nacional, com pedido direcionado à Coordenação-Geral de Imigração Laboral
(CGIL) ou dirigido à Polícia Federal, conforme autoridade competente para decidir o processo.

Além disso, os imigrantes podem solicitar, ainda no seu país de origem, um visto temporário com autorização prévia de residência.
Neste caso, ao chegarem no Brasil realizam um procedimento simplificado de registro do visto, para obtenção da Carteira de Registro
Nacional Migratório (CRNM), tendo em vista que a habilitação para a autorização de residência foi previamente instruída na
repartição consular da sua origem.

Caso o imigrante já possua visto temporário para residir no Brasil, o tempo de residência a ser concedido no momento do registro e
transformação em autorização de residência vai variar de acordo com o fundamento do visto, podendo ultrapassar o prazo de
validade nele impresso.

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A regra geral prevista no art. 16 do Decreto nº 9.199/2017 é de que o visto temporário vale por até um ano, mas este prazo não se
confunde com o prazo da autorização de residência.

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5.1. Autorização de Residência - Cont.

Então são 3 conceitos diferentes:

No exemplo abaixo, o visto temporário tem a base legal fundamentada na Portaria Interministerial nº 12, de 13 de junho de 2018 que
trata da reunião familiar, e o nome do chamante é indicado no visto. Assim a autorização de residência dessa imigrante deve seguir o
mesmo prazo concedido ao chamante.

Caso o chamante seja brasileiro ou outro imigrante residente por prazo indeterminado, o imigrante portador do visto também
receberá autorização de residência por prazo indeterminado, ultrapassando o prazo de validade do visto ou período inicial de estava
nele expresso.

Em outra situação, o visto temporário pode ser fundamentado em norma laboral, por exemplo, com autorização de residência prévia
concedida pelo prazo de dois anos, e a validade expressa no visto de um ano. Portanto no momento de registrar o visto e convertê-lo
em autorização de residência, o que vale é o fundamento nele expresso.

Saiba mais!
O interessado em residir no Brasil deve procurar:

a) o serviço “Obter Autorização de Residência” (clique aqui) – nos casos de competência da Polícia Federal;

b) o serviço “Obter Autorização de Residência para fins laborais” (clique aqui) – nos casos de competência da Coordenação-Geral de
Imigração Laboral (CGIL).

É importante destacar que, segundo a Lei de Migração, a autorização de residência não será concedida à pessoa condenada
criminalmente no País ou no exterior por sentença transitada em julgado (desde que a conduta esteja tipificada na legislação penal
brasileira), ressalvados os casos de:

a conduta caracterizar infração de menor potencial ofensivo;


o prazo de cinco anos, após a extinção da pena, tenha transcorrido;
o crime a que o imigrante tenha sido condenado no exterior não seja passível de extradição ou a punibilidade segundo a lei brasileira
esteja extinta; ou

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o pedido de autorização de residência se fundamente em: tratamento de saúde; acolhida humanitária; reunião familiar; tratado em
matéria de residência e livre circulação; ou cumprimento de pena no País.

A autorização de residência ainda poderá ser negada à pessoa:

anteriormente expulsa do País, enquanto os efeitos da expulsão vigorarem;


nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto nº 4.388, de 2002,
condenada ou respondendo a processo por: crime de genocídio; crime contra a humanidade; crime de guerra; ou crime de agressão;
condenada ou respondendo a processo em outro país por crime doloso passível de extradição segundo a lei brasileira;
que tenha nome incluído em lista de restrições por ordem judicial ou por compromisso assumido pelo País perante organismo
internacional; e
que tenha praticado ato contrário aos princípios ou aos objetivos dispostos na Constituição.

A autorização de residência precisa ser registrada, como regra geral, na unidade da Polícia Federal da circunscrição onde esteja
domiciliado o requerente, ou na unidade onde o fronteiriço pretenda exercer os direitos que a legislação lhe confere.

Saiba mais! O interessado em residir no Brasil deve procurar:


a) o serviço “Obter Autorização de Residência” (clique aqui) – nos casos de competência da Polícia Federal;

b) o serviço “Obter Autorização de Residência para fins laborais” (clique aqui) – nos casos de competência da Polícia Federal.

Importante ressaltar que a autorização de residência poderá ser concedida independentemente da situação migratória, desde que
cumpridos os requisitos da modalidade pretendida. Assim, mesmo uma pessoa com visto de visita, ou que tenha ingressado no país
de maneira irregular, pode solicitar autorização de residência por meio de requerimento.

Saiba mais! O interessado que pretende se registrar e obter Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM), nos seguintes casos:
Registro de imigrante detentor de visto temporário; Autorização de residência deferida (decisão publicada em Diário Oficial da União -
DOU); Refugiado, Apátrida ou de Asilado, já reconhecidos pelos órgãos competentes, deve procurar o serviço “Registrar-se como
estrangeiro no Brasil” (clique aqui)”.

Por fim, no caso de residência temporária, antes de expirar o prazo inicial, poderá o imigrante promover a renovação do prazo de
residência ou a alteração do prazo de residência para prazo indeterminado, conforme regulamento vigente.

Caso o imigrante não se enquadre em nenhuma das hipóteses expressamente previstas no Decreto nº 9.199/2017, mas possua uma
condição especial, de natureza laboral ou não, que acredite ser prevista na Lei nº 13.445/2017, poderá solicitar ao Conselho Nacional
de Imigração que analise a sua situação.

Saiba mais! Na página oficial da Polícia Federal existe ferramenta de navegação guiada (clique aqui) para auxiliar o público externo a
encontrar o serviço desejado, mas que também pode contribuir no aprendizado da matéria.

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6. Registro nacional migratório (RNM)

Até o ano de 1969, as carteiras de identidade para os estrangeiros eram expedidas pelas Secretarias de Segurança Pública do Estado
de residência do imigrante, até o Decreto–lei nº 941, de 13 de outubro de 1969, atribuir o registro de imigrantes ao Departamento de
Polícia Federal. Havia a dispersão do controle, já que cada Estado possuía seu banco de dados próprio, que não se comunicava com o
banco de dados dos outros Estados. Além disto, a movimentação dos estrangeiros pelo território nacional, com mudança de Estado,
dificultava ainda mais o controle. Visando resolver esta situação e unificar a emissão de carteiras de identidade, a atividade foi
transferida para a Polícia Federal, e todos os imigrantes foram convocados a se recadastrarem.

Após o recadastramento dos estrangeiros que viviam no Brasil,ocorrido a partir do ano de 1986, foi criado o Sistema Nacional de
Cadastro e Registro de Estrangeiros – Sincre, que permaneceu em funcionamento até 17 de setembro de 2018, quando foi
substituído pelo Sistema de Registro Nacional Migratório – Sismigra, que é o sistema de registro civil de imigrantes utilizado
atualmente pela Polícia Federal, e que possui mais de 2.700.000 imigrantes registrados, entre registros ativos e inativos.

A nova legislação substitui a nomenclatura do antigo Registro Nacional de Estrangeiros (RNE) pela de Registro Nacional Migratório
(RNM).

O Registro Nacional Migratório (RNM), em número único, é ato personalíssimo do detentor de visto temporário ou de autorização de
residência mediante procedimento específico de coleta e inserção no Sismigra de dados biográficos e biométricos para efeito de
expedição de Documento Provisório de Registro Nacional Migratório (DPRNM) ou da Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM).

O imigrante pode requerer, no momento do registro ou posteriormente, a inclusão de nome social em seus documentos oficiais,
conforme prevê o art.69, §4º, do Decreto nº 9.199/2017. Considerando que a norma não limitou a sua utilização, neste caso a adoção
do nome social não tem qualquer relação com identidade de gênero, e pode ser feita para facilitar a identificação do imigrante na
comunidade onde vive. Nos bancos de dados da administração pública conterão os dados do nome social e do nome civil do
imigrante, e este será utilizado para fins administrativos internos.

O registro é obrigatório para todo imigrante detentor de visto temporário ou autorização de residência, e deverá ser feito no prazo de
90 (noventa) dias do ingresso no País para vistos temporários (exceto para empregado doméstico, cujo prazo é de 30 dias), e 30
(trinta) dias no caso de autorização de residência deferida no Brasil, a partir da publicação da decisão.

Na hipótese de autorização de residência com amparo comprovado nos casos de concessão de visto consular, de publicação em
Diário Oficial da União e de reconhecimento da condição de refúgio, de apátrida ou de asilo político pelo governo brasileiro, a
unidade da PF de atendimento do interessado se limitará a providenciar o RNM e a expedição da Carteira de Registro Migratório no
Sismigra,em procedimento simplificado, já que os requisitos da autorização de residência já foram analisados.

Nos casos de autorização de residência cuja competência para deferimento ou indeferimento foi delegada à PF pelo Ministério da
Justiça e Segurança Pública, o RNM no Sismigra será providenciado, ato contínuo, à concessão da autorização de residência pela
mesma unidade de atendimento do interessado.

O processo de registro começa com o preenchimento do formulário eletrônico (cada serviço disponibilizado no sítio oficial da Polícia
Federal possui um tipo de formulário). Em seguida o imigrante deve efetuar o pagamento da guia de recolhimento da União (quando
aplicável), e, se for o caso, agendar o atendimento na unidade da PF da circunscrição de seu domicílio (regra geral), ressalvadas as
exceções de atendimento em outra localidade previstas nos incisos I e III do caput do artigo 67 do Decreto nº 9.199/2017 e nos seus §
1º e § 2º.

Saiba mais!
São isentos das taxas migratórias e multas previstas no art. 131 do Decreto nº 9.199, mediante declaração, os indivíduos em condição
de hipossuficiência econômica. A condição de hipossuficiência econômica será declarada pelo solicitante, ou por seu representante
legal, e avaliada pela autoridade competente, conforme disposto no art. 312 do Decreto 9199/17 e na Portaria 218/2018. Se houver
dúvida fundamentada quanto à condição de hipossuficiência, a autoridade poderá realizar diligências e exigir complementação de
documentação para fins de comprovação da situação econômica do solicitante.

O pedido de autorização de residência ou de registro do interessado deve ser instruído com os documentos necessários, conforme
exigências informadas no sítio oficial da PF na internet, sendo vedada ao servidor da unidade responsável pelo atendimento a recusa
imotivada de recebimento de requerimento e de documentos, devendo notificar o interessado quanto ao suprimento de eventuais
falhas na instrução de seu pedido.

O protocolo de atendimento expedido pela PF não é considerado documento de identidade e a sua aceitação está condicionada à
conferência dos dados pessoais do titular por meio da apresentação de documento de identificação pelo interessado e à verificação
de sua validade por meio de consulta diretamente ao Sismigra ou sítio oficial da PF na internet.
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O protocolo já possui os dados biográficos e biométricos do documento de identificação que está em processo de confecção, e até
mesmo o número do RNM do imigrante.

Saiba mais!
O resultado da consulta da autenticidade do protocolo emitido retorna os dados biográficos e a foto do imigrante.

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7. Alteração de dados do registro nacional migratório

Considerando que o Registro Nacional Migratório é a base de dados nacional de imigrantes, eventuais alterações de dados devem
seguir certos cuidados.

Caberá alteração do Registro Nacional Migratório, por meio de requerimento do imigrante endereçado à Polícia Federal, devidamente
instruído com as provas documentais necessárias, nas seguintes hipóteses previstas no art. 75 do Decreto nº 9.199/2017:

casamento;
união estável;
anulação e nulidade de casamento, divórcio, separação judicial e dissolução de união estável;
aquisição de nacionalidade diversa daquela constante do registro;
perda da nacionalidade constante do registro.

Além disso, a Polícia Federal poderá retificar “de ofício” os erros materiais identificados no processamento do registro e na emissão
da Carteira de Registro Nacional Migratório ou Documento Provisório de Registro Nacional Migratório. Ressalvadas essas hipóteses,
as alterações no registro que comportem modificações do nome, filiação, data de nascimento e nacionalidade, dependem de decisão
judicial.

É importante destacar que a CRNM e o DPRNM podem ser utilizados - e normalmente são - para a emissão de outros documentos de
identidade no Brasil, como, por exemplo, Carteira Nacional de Habilitação, CPF e Carteira de Trabalho e Previdência Social. Além
disso, são comumente utilizados para a abertura de contas bancárias e a realização de outros tantos atos da vida civil, sendo certo
que dados como o nome, filiação, data de nascimento e nacionalidade se combinam para compor a "identidade" da pessoa, os quais
são inclusive analisados para aferir possíveis homonímias.

Assim, a legislação atual prevê critérios cuidadosos e estritos de alteração e retificação pela Polícia Federal, deixando ao Poder
Judiciário a análise de casos que extrapolem os limites permitidos à Polícia Federal no exercício de suas atribuições.

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8. Documento de identidade civil do imigrante

A Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM), prevista no art. 63 do Decreto nº 9.199/2017, é o documento de identidade do
imigrante, asilado, refugiado e fronteiriço.

O requerente de refúgio, enquanto o pedido não for julgado e decidido pelo CONARE (Comitê Nacional para os Refugiados), tem
direito à autorização de residência provisória, e assim fará jus ao Documento Provisório de Registro Nacional Migratório (DPRNM),
criado pelo Decreto nº 9.277, de 5 de fevereiro de 2018. O DPRNM é emitido pela Polícia Federal e terá validade até a decisão final do
pedido de refúgio pelo CONARE.

Se o pedido for deferido, o requerente passará a ter direito à CRNM, que terá o mesmo número de registro, ou seja, o Registro
Nacional Migratório é único e não se altera com a mudança de status. O número do registro aposto na cédula de identidade
denomina-se Registro Nacional Migratório (RNM) e é alfanumérico.

A CRNM indicará o prazo de residência do imigrante, conforme autorização de residência obtida. As pessoas que obtiverem
autorização de residência por prazo indeterminado, no entanto, receberão documento de identificação com validade de 9 (nove)
anos, a fim de possibilitar a renovação periódica dos documentos de identidade e a atualização de dados cadastrais. São exceções a
essa regra (ou seja, casos em que a CRNM será por prazo indeterminado) as situações em que o titular com residência por prazo
indeterminado houver completado sessenta anos de idade até a data do vencimento do documento ou for pessoa com deficiência.

Saiba mais!
O interessado que possui autorização de residência por prazo indeterminado e deseja renovar a validade de sua carteira deve buscar
o serviço “Substituir Carteira de Registro Nacional Migratório” (clique aqui).

A CRNM do imigrante residente pode ser utilizado como documento de viagem internacional no âmbito do Mercosul e países
associados, conforme previsto em Acordo sobre Documentos de Viagem e de Retorno dos Estados-Parte do Mercosul e Estados
Associados. Entretanto os demais documentos de identificação (DPRNM e FRONTEIRIÇO) não são aceitos para essa finalidade.

Ao longo dos anos, os documentos emitidos pela Polícia Federal, em razão do registro dos registros de imigrantes, sofreram algumas
alterações, ressaltando-se que os documentos antigos permanecem válidos, respeitando-se a data de validade.

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25/09/2023, 15:00 Unidade I

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25/09/2023, 15:00 Unidade I

Independente da data de validade impressa no documento, a aceitação do DPRNM e da CRNM está condicionada à verificação de sua
validade, por meio de consulta diretamente ao Sismigra ou ao sítio oficial da PF na internet.

Dentre os vários itens de segurança presentes nos modelos mais modernos, destaca-se o QR Code, que pode ser consultado por
qualquer pessoa para confirmar a validade do documento;

O mero vencimento da CRNM ou do DPRNM não enseja sua retenção pela PF. De igual modo, o simples fato de estar o titular da
CRNM há mais de dois anos fora do País não acarreta a retenção do documento pela PF no momento do ingresso no território
nacional, devendo o imigrante ser notificado durante a fiscalização do controle migratório para apresentar justificativa à unidade da
circunscrição de seu domicílio, sob pena de procedimento de perda da autorização de residência.

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25/09/2023, 15:00 Unidade I

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25/09/2023, 15:00 Unidade I

9. Apatridia

Apatridia é a condição do indivíduo que não é titular de nenhuma nacionalidade, e pode ser decorrente de regras existentes no seu
local de nascimento, ou no país de nacionalidade dos seus genitores, ou de conflito entre leis divergentes. A apatridia ainda pode ser
resultante de discriminação com minorias no país de origem, ou em falha no processo de secessão de Estados.

A ausência de reconhecimento de nacionalidade pode ser um grande obstáculo na vida de uma pessoa, impedindo a de ter
documentos pessoais e assim ser adequadamente inserida no contexto social.

Estima-se que existam no mundo cerca de 4,2 milhões de pessoas sem nacionalidade reconhecida, espalhadas por 76 países, de
acordo com levantamentos feitos pela ACNUR.

Em razão disso a ONU promoveu a elaboração de duas importantes convenções internacionais sobre apatridia, a Convenção sobre o
Estatuto dos Apátridas, de 1954, e a Convenção sobre a Redução dos Casos da Apatridia, de 1961. O Brasil assinou e ratificou as duas
convenções sobre apatridia.

De forma inovadora a Lei de Migração deu tratamento especial ao tema, ao estabelecer proteção do apátrida e mecanismos de
redução da apatridia, nos art. 26, com hipótese de concessão de autorização de residência e processo simplificado de naturalização.

Nesse sentido, a Portaria Interministerial nº 5, de 27 de fevereiro de 2018, dispõe sobre os procedimentos de reconhecimento da
condição de apatridia e da naturalização facilitada, caso o apátrida reconhecido deseje se tornar brasileiro.

O reconhecimento será feito pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, depois de processo administrativo para verificar se o
solicitante é considerado nacional pela legislação de algum Estado, no qual poderá considerar informações, documentos e
declarações prestadas pelo próprio solicitante e por órgãos e organismos nacionais e internacionais

Saiba mais!
O interessado deve buscar o serviço “Obter reconhecimento da condição de apátrida (SisApatridia)” (clique aqui)

Com a decisão de deferimento o apátrida reconhecido deverá comparecer à unidade da Polícia Federal cuja circunscrição abranja o
município de sua residência, a fim de obter o Registro Nacional Migratório, como residente por prazo indeterminado, e irá receber a
respectiva cédula de identidade.

Conheça a história de Maha Mamo, a


mulher que viveu por trinta anos sem
nacionalidade (

).

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10. Igualdade de direitos entre portugueses e brasileiros

A Constituição Federal de 1988 estabeleceu, em seu artigo 12, § 1º, que aos
portugueses com residência permanente no país (o que corresponde à residência por
prazo indeterminado), se houver reciprocidade de tratamento, serão atribuídos os
mesmos direitos inerentes aos brasileiros, salvo as exceções nela previstas.

A igualdade de direitos abrange as seguintes condições:

a igualdade de direitos e obrigações civis;


a igualdade de direitos e obrigações civis com gozo de direitos políticos; ou
a outorga do gozo dos direitos políticos.

O tema é disciplinado pelo Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, celebrado


entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa, foi celebrado em Porto
Seguro, em 22 de abril de 2000 e promulgado pelo Decreto nº 3.927, de 19 de setembro de 2001, que revogou a Convenção sobre
Igualdades de Direitos e Deveres, promulgada pelo Decreto nº 70.391/72.

O Estatuto da Igualdade permanece regulamentado pelo Decreto nº 70.436/72, no que couber, combinado com a Portaria
Interministerial nº 623, de 13 de novembro de 2020.

O reconhecimento da igualdade por brasileiros em Portugal e por portugueses no Brasil não é fundamento para autorização de
residência, e não implica a perda das respectivas nacionalidades, ou aquisição de uma nova nacionalidade.

O imigrante português que for titular de autorização de residência no país, por qualquer fundamento que lhe dê a condição de
residente por prazo indeterminado, poderá solicitar a igualdade de direitos.

A igualdade de direitos e obrigações civis será atribuída aos portugueses que a requeiram no Brasil, mediante decisão do Ministério
da Justiça e Segurança Pública, desde que sejam civilmente capazes, tenham residência permanente no país, ou seja, por prazo
indeterminado, e gozem da nacionalidade portuguesa.

A igualdade de direitos civis com o gozo dos direitos políticos será reconhecida aos que, além dos requisitos anteriormente
mencionados, tiverem três anos de residência por prazo indeterminado no país. Ressalte-se que a igualdade de direitos, obrigações
civis e o gozo de direitos políticos poderão ser requeridos em conjunto ou isoladamente.

O beneficiado pela igualdade de direitos solicitará à Secretaria de Segurança Pública do Estado de seu domicílio ou do órgão
responsável pela emissão do documento de identificação civil, a emissão da carteira de identidade (RG), igual aos brasileiros.

Entretanto não tem direito ao passaporte brasileiro, pois não se trata de naturalização e ele é documento de viagem internacional
exclusivo para brasileiros.

O estatuto de igualdade extinguir-se-á com a perda, pelo beneficiário, da sua nacionalidade ou com a cessação da autorização de
residência.

Saiba mais!
O interessado deve buscar o serviço “Obter a igualdade de direitos para cidadão
português” (clique aqui). O requerimento por meio do protocolo físico ou eletrônico é
apresentado diretamente no Ministério da Justiça e Segurança Pública, responsável
pela decisão. Não há mais a participação da Polícia Federal neste serviço.

https://anpcidada2.pf.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=8104 22/22

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