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Mihaly Csikszentmihalyi - A Descoberta Do Fluxo
Mihaly Csikszentmihalyi - A Descoberta Do Fluxo
A DESCOBERTA DO FLUXO
A psicologia do envolvimento
com o vido cotidiano
Tradução de
PEDRO RIBEIRO
Wmf
Rio de Janeiro - 1999
Título original
FINDING FLOW
The Psychology of Engagement
with Everyday Life
preparação de originais
RYTA VINAGRE
LAURA NEVES
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros. RJ
Csiksununihalyi` Mihaly
C969d A descoberta do fluxo: a psicologia do envolvimento corn a
vida cotidiana l Mihaly Csikszentmihalyi; tradução de Pedro
Ribeiro. - Rio de Janeiro: Rocco. 1999
. - (Ciência Atual)
Agradecimentos ................................................................. 9
l - As estruturas da vida cotidiana ..................................... il
2 - O conteúdo da experiência ........................................... 25
3 - Como nos sentimos quando fazemos coisas diferentes 41
4 - O paradoxo do trabalho............................................... 53
5 - Os riscos e as oportunidades do lazer ........................... 67
ó - Relacionamentos e qualidade de vida ............................ 80
7 - Como mudar os padrões de vida ................................... 97
8 - A personalidade autotélica ........................................... l 14
9 - O amor ao destino ....................................................... l 28
Notas ................................................................................ l 45
Referências ........................................................................ 152
Indice ................................................................................ l 59
AGRADECIMENTOS
Tabela 'I
Para onde vai o tempo?
o coNTEÚDo DA EXPERIÊNCIA
que elas investiram sua atenção durante suas vidas. Sem um sóli-
do conjunto de metas, é difícil desenvolver um self coerente. É
por meio do investimento organizado da energia psíquica propor-
cionado pelas metas que um individuo cn'a ordem na experiência.
Essa ordem, que se manifesta em ações, emoções e escolhas pre-
visíveis, com o tempo se toma reconheci'vel como um “self ` mais
ou menos único.
As metas em que a pessoa investe também determinam a sua
auto-estima.5 Como disse William James há mais de cem anos, a
auto-estima depende da proporção entre expectativa e sucessos.
Uma pessoa pode desenvolver uma baixa auto-estima porque
estabelece metas elevadas demais, ou porque alcança muito pou-
cos sucessos. Assim, não é necessariamente verdadeiro que a pes-
soa que realiza mais terá auto-estima mais elevada. Ao contrário
do que poderíamos esperar, os estudantes ásio-americanos que
têm notas excelentes tendem a ter uma auto-estima mais baixa do
que outros menos bem-sucedidos na escola, porque proporcional-
mente suas metas são ainda mais elevadas do que seus sucessos.
As mães que trabalham em expediente integral tendem a ter uma
auto-estima inferior à das mães que não trabalham, porque embo-
ra realizem mais, suas expectativas ainda assim superam suas
conquistas. Daí segue que, ao contrário do que se pensa, aumen-
tar a auto-estima das crianças nem sempre é uma boa idéia -
especialmente se isso é obtido ao reduzirmos suas expectativas.
Há outras concepções enganosas sobre intenções e metas.
Por exemplo, alguns observam que as religiões orientais, como as
várias formas de hinduísmo e budismo, prescrevem a abolição da
intencionalidade como um pré-requisito para a felicidade. Elas
alegam que só abandonando todo desejo, só alcançando uma
existência sem metas, poderemos evitar a infelicidade. Essa linha
de pensamento influenciou muitos jovens na Europa e nos
Estados Unidos a tentar rejeitar todas as metas, acreditando que
só o comportamento completamente espontâneo e fortuito leva a
uma vida iluminada.
Na minha opinião, essa leitura da mensagem oriental é bas-
tante superficial. Afinal de contas, tentar abolir o desejo é em si
mesma uma meta tremendamente difícil e ambiciosa. A maioria
de nós é tão completamente programada com desejos genéticos e
culturais que é preciso um ato de vontade quase sobre-humana
para aquietá-los. Aqueles que acreditam que ao ser espontâneos
32 A DESCOBERTA DO FLUXO
Figura l
A qualidade da experiência como uma função do relacionamento
entre desafios e habilidades. A experiência ótima, ou fluxo, ocorre
quando ambas as variáveis estão elevadas.
Altos
Exaltação
Ansiedade
DESAFIOS
Preocupação Controle
Relaxamento
| | + «8 a .aum .858o
o+1o
+ O III 96m .omufizfiuom .85250
++ +
«Enio .mofiommu .muBnom
92.22 o É EEE
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N232
44 A DESCOBERTA DO FLUXO
O PARADOXO DO TRABALHO
Tabela 3
Que empregos os adolescentes americanos esperam ter?
Executivo 7
Advogado (JIUJUJUJ-Phflltoflfl
Professor
Atleta
Engenheiro
Enfermeira
Contador
Psicólogo
Arquiteto
._
Outros 4
Fonte: adaptado de Bidwell, Csikszentmihalyi, Hedges c Schneider, 1997, no prelo.
fez foi o ano que tirou da sua carreira de sucesso para passar o
tempo com seus filhos que estavam crescendo: “Criar filhos é
muito mais recompensador do que ganhar dinheiro para uma
empresa, em termos de uma sensação de satisfação." E a maioria
desses indivíduos preenche qualquer tempo livre que possuam
com interessantes atividades de lazer, desde tocar em conceitos
públicos e colecionar mapas náuticos raros, de cozinhar e escre-
ver um livro de receitas a se oferecer para ensinar em países sub-
desenvolvidos.
Assim, o amor e a dedicação à vocação não precisam ter as
conotações negativas do workaholism. Este termo poderia ser
legitimamente aplicado a uma pessoa mergulhada por completo
no trabalho para fugir de outras metas e responsabilidades. Um
workaholic corre o risco de só ver os desafios relacionados ao seu
trabalho, e de aprender apenas as habilidades apropriadas para a
profissão; ele é incapaz de experimentar o Íluxo em qualquer
outra atividade. Uma pessoa dessas perde muitas das oportunida-
des que contribuem para a excelência da vida, e em muitas oca-
siões termina sua vida de uma maneira infeliz, quando, depois de
um vício avassalador pelo trabalho, não resta mais nada que ela
possa fazer. Felizmente, existem muitos exemplos de pessoas
que, embora sejam dedicadas ao trabalho, tiveram vidas multifa-
cetadas.
CINCO
OS RISCOS E AS OPORTUNIDADES
DO IAZER
Tabela 4
Quanto fluxo existe no lazer?
Figura 2
Distribuição de atividades de fluxo em uma família de três
gerações (N = 46) de Pont Trentaz, vale Gressoney, Itália
i É] Trabalho
607_f' "f" " “'-
l I lazer
50 l
40 f ¬ e
30
20 -
io +-
0 .
prio trabalho. O lazer ativo que ajuda uma pessoa a crescer não
vem com facilidade. No passado o lazer era justificado porque
dava às pessoas uma oportunidade de experimentar e desenvolver
habilidades. Na verdade, antes que as ciências e as artes se profis-
sionalizassem, grande parte da pesquisa científica, poesia, pintu-
ra e composição musical era feita no tempo livre do indivíduo.
Gregory Mendel fez seus famosos experimentos genéticos como
um hobby; Benjamin Franklin foi movido pelo interesse, não por
uma atribuição de seu cargo, a moer lentes e fazer experiências
com pára-raios; Emily Dickinson escreveu sua fantástica poesia
para criar ordem em sua própria vida. Hoje, supõe-se que só espe-
cialistas deveriam estar interessados nessas questões; os amado-
res são ridicularizados por se aventurarem em campos reservados
ao especialista. Mas os amadores - que fazem algo porque ado-
ram fazê-lo - acrescentam satisfação e interesse às suas próprias
vidas e às vidas de todos os outros.
Não só os indivíduos extraordinários são capazes de usar o
lazer de maneira criativa. Toda a arte popular - as canções, os
tecidos, a cerâmica e as esculturas que dão a cada cultura sua
identidade e renome particular - e' resultado da luta de pessoas
comuns pela expressão de sua melhor habilidade no tempo que
sobra do trabalho e das tarefas de manutenção. É difícil imaginar
como o mundo teria sido tedioso se nossos ancestrais houvessem
utilizado o tempo livre apenas para o entretenimento passivo, em
vez de encontrar nele uma oportunidade de explorar a beleza e o
conhecimento.
Hoje, cerca de 7 por cento de toda a energia não-renovável
que utilizamos - eletricidade, gasolina, papel e produtos metáli-
cos - e' utilizada primariamente para o lazer. Construir e irrigar
campos de golfe, imprimir revistas, fazer voar jatos até colônias
de férias, produzir e distribuir programas de televisão, construir e
abastecer lanchas e esquis consomem uma parte considerável dos
recursos do planeta. Ironicamente, parece que a quantidade de
felicidade e alegria que retiramos do lazer não tem relação algu-
ma - quando muito, uma relação negativa - com a quantidade de
energia material consumida enquanto o realizamos.7 Atividades
mais baratas que exigem de nós investimentos de habilidade,
conhecimento e emoções são tão recompensadoras quanto as que
utilizam muito equipamento e energia extema, em vez de nossa
própria energia psíquica. Ter uma boa conversa, praticar jardina-
78 A DESCOBERTA DO FLUXO
Figura 3
Como a experiência de qualidade dos adolescentes muda
em diferentes contextos sociais
-0.1
-0.2
-0.3 f
_f'Af;
-o.4
O ponto “o” nessa figura se refere à qualidade media da experiência
relatada durante a semana. Os sentimentos de felicidade e força pio-
ram de modo bastante significativo quando sozinhos, e melhoram com
amigos; a motivação é melhor de maneira muito significativa com
amigos. Tendências similares foram obtidas de todos os estudos ESM,
tenham sido eles feitos com adultos ou adolescentes, nos EUA ou em
outros países.
Fonte: Csikszentmihalyi e Larson, 1984.
RELACIONAMENTOS E QUALIDADE DE VIDA 85
a vida. Mas, assim como a gula que não tem relação com a fome
parece antinatural, uma obsessão com o sexo que seja divorciada
de outras necessidades humanas como intimidade, carinho e
dedicação se toma igualmente aberrante.
Quando os ousados pioneiros da liberação instintiva sauda-
ram o sexo livre como a solução para a repressão da sociedade,
eles não pensaram na possibilidade de que meio século depois o
sexo seria utilizado para vender desodorantes e refrigerantes.
Como Herbert Marcuse e outros notaram pesarosamente, Eros
estava condenado a ser explorado de uma forma ou de outra; sua
energia era forte demais para não ser cooptada pelos poderes da
Igreja, do Estado ou, na ausência de qualquer um deles, pela
indústria da propaganda. No passado, a sexualidade era reprimida,
de modo que a energia psíquica atraída a ela pudesse ser canaliza-
da para metas produtivas. Agora a sexualidade é encorajada, de
modo que as pessoas canalizam sua energia psíquica no consumo
que lhes dá a ilusão da realização sexual. Nos dois casos, uma for-
ça que resultaria em algumas das felicidades mais profundas e
íntimas da vida é tomada e manipulada por interesses externos.
O que é possível fazer? Como acontece com outros aspectos
da vida, o que importa é decidir por si mesmo, perceber o que está
em jogo e quais os interesses que tentam controlar nossa sexuali-
dade para seus próprios fins. E útil perceber como somos vulne-
ráveis a esse respeito. Faz parte de uma condição universal:
dizem que no nosso lado das Montanhas Rochosas os coiotes às
vezes mandam uma fêmea no cio para atrair cães de fazendas,
que de nada desconfiam, para a armadilha da alcatéia. Quando
percebemos nossa vulnerabilidade, o perigo e' cair no extremo
oposto e nos tornarmos paranóicos quanto ao sexo. Nem o celiba-
to nem a promiscuidade são necessariamente vantajosos; o que
conta é como desejamos ordenar nossas vidas, e que papel dese-
jamos exercer sexualmente.
po, cada pessoa sabe que pode usar a energia psíquica coletiva da
farru'lia, se necessário. Crescendo em uma farm'lia complexa, as
crianças precisam ter uma chance de desenvolver habilidades e
reconhecer desafios, e assim são mais aptas a experimentar a vida
como fluxo.7
feliz, vai continuar assim por pior que seja sua sorte; se você não
é, um golpe de sorte pode melhorar seu humor por um período
curto, mas você logo vai voltar ao estado taciturno e desanimado
a que foi condenado por sua estrutura genética. Se isso fosse ver-
dade, não haveria esperança na tentativa de alterar a qualidade da
própria vida. Mas esse cenário determinista só está correto em
relação à exuberância extrovertida, que muitas vezes é confundi-
da corn felicidade, pois ela parece ser um traço razoavelmente
estável do caráter de uma pessoa. No entanto, a história é muito
diferente se consideramos a felicidade como a apreciação menos
óbvia da vida que o fluxo oferece.
Em um excelente estudo ESM longitudinal sobre adolescen-
tes, por exemplo, Joel I-lektner descobriu que cerca de 60 por cen-
to dos adolescentes relataram a mesma freqüência de fluxo
durante um período de uma semana medido com uma diferença
de dois anos; aqueles que vivenciaram uma boa dose de fluxo
cedo ainda o faziam depois, e aqueles que vivenciaram pouco no
início ainda o faziam dois anos depois.3 Mas os 40 por cento res-
tantes mudaram muito no mesmo período, metade deles declaran-
do uma quantidade significativamente maior de fluxo (medido
como experiências de alto desafio e alta habilidade). Aqueles
cuja freqüência de fluxo aumentara dois anos depois passavam
mais tempo estudando e menos tempo no lazer passivo, e seus
níveis de concentração, auto-estima, satisfação e interesse eram
significativamente mais elevados que os dos adolescentes cuja
freqüência de fluxo diminuíra - embora dois anos antes os dois
grupos houvessem declarado a mesma qualidade de experiência.
É importante observar que os adolescentes cujos fluxos tinham
aumentado não declararam que estavam “mais felizes” do que
aqueles cujo fluxo havia diminuído. Mas, devido às grandes dife-
renças nas outras dimensões de experiência, é seguro concluir
que a felicidade declarada pelo grupo de baixo fluxo era mais
superficial e menos autêntica. Isso sugere que de fato é possível
melhorar a qualidade da própria vida investindo energia psíquica
em atividades que tenham maior probabilidade de produzir fluxo.
A PERSONALIDADE AUTOTÉLICA
I Estudo
f ÊHobbies
El Esportes
Tv
Figura 4.2
Percentagem de tempo gasto em várias atividades
por adolescentes não-autotélicos
I Estudo
Ú Hobbies
E] Esportes
I Tv
Figura 5.'I
Qualidade da experiência durante uma semana de amostragem
ESM para 202 adolescentes autotélicos e 202 adolescentes
não-autotélicos quando envolvidos em atividades produtivas
7.5 f W ...HW
*fiz/W. C] Autotclico
I Não-autotólico ç
4 f. ' *Vim ._
Concentração Satisfação Felicidade Auto-estima Importância
para o futuro
Figura 5.2
Qualidade da experiência durante uma semana de amostragem
ESM para 202 adolescentes autotélicos e 202 adolescentes
não-autotélicos quando envolvidos em lazer ativo
Í V `v¬ifivñi W” V f V V f nl Cl .'\lll(llL"llL`(l
7 l v I Néio-zttilolclico É
5 r
fl
O AMOR AO DESTINO
sofrem e estão prestes a ser tragadas pelas forças do mal, ela acre-
dita que: “É preciso tirá-las dali, levá-los para algum tipo de espe-
rança. Eu não gosto de livros desalentados, livros que fazem você
pensar 'ah, a vida não merece ser vivida”. Eu quero fazer com que
eles pensem, sim, esse esforço é árduo, mas vale a pena, no fun-
do é cheio de alegria."
John Archibald Wheeler, um dos físicos mais renomados do
século XX, passa seu tempo se perguntando como exercemos um
papel vital em trazer para a realidade o mundo material que pare-
ce existir objetivamente fora e distinto de nós. Benjamin Spock,
o eminente pediatra, está tentando redefinir a espiritualidade em
relação ao que faz sentido para nossos tempos. E também existem
aqueles que, como o economista e ativista Hazel Henderson, ado-
taram uma filosofia pessoal livre em que a sua identidade é vista
como uma encarnação momentânea da corrente contínua da vida:
De certa forma me sinto um extraterrestre. Estou aqui em visita,
temporariamente. E também tenho uma forma humana. Sou mui-
to apegado emocionalmente a essa espécie. Mas também possuo
um aspecto infinito dentro de mim. Tudo isso se relaciona de uma
maneira bastante fácil para mim. Pode parecer brincadeira, mas o
fato é que isso é uma prática espiritual para mim.
cAPiTuLo i
1 . Uma excelente série de reflexões sobre a poesia de Auden e seu lugar na litera-
tura contemporânea pode ser encontrada em Hecht (1993).
2. As bases teóricas e empíricas para as afimtações feitas neste livro podem ser
encontradas. por exemplo. em Csikszentmihalyi (1990. 1993); Csikszent-
mihalyi e Csikszentmihalyi (1988); Csikszentmihalyi e Rathunde (1993).
3. Uma descrição detalhada das atividades de primatas em liberdade é dada por
Altmann (1980). As atividades diárias de camponeses no sul da França durante
a Idade Média são relatadas em Le Roy Ladurie (1979).
4. Os historiadores franceses associados ao periódico Annales foram pioneiros no
estudo do modo como as pessoas viviam em diferentes períodos históricos. Um
exemplo do gênero é Davis e Farge (1993).
5. Thompson (1963) fornece algumas das descrições mais vividas de como a vida
diária mudou como resultado da industrialização na Inglaterra.
ó. As fontes para os dados apresentados nesta tabela são as seguintes: o orçamen-
to de tempo dos adultos americanos. usando o ESM. foi relatado em Csiks-
zentmihalyi e Graef (1980); Csikszentmihalyi e LeFreve (1989); Kubey e
Csikszentmihalyi (1990); l_.arson e Richards (1994); para o orçamento de tem-
po dos adolescentes` ver Bidwell et al. (no prelo); Csikszentmihalyi e Larson
(1984); Csikszentmihalyi, Rathunde e Whalen (1993).
7. A quantidade de tempo que os caçadores-coletores gastavam em atividades pro-
dutivas foi estimada por Marshall Sahlins (1972). Resultados similares também
são relatados em Lee e DeVore (1968). Para orçamentos de tempo no século
XVIII. ver Thompson (1963)` e nos tempos recentes, Szalai (1965).
8. A citação é de I-qton (1993, p. 30).
9.. Para uma história detalhada do lazer. ver Kelly (1982).
10. Mckim Marriott descreve a visão tradicional hindu da posição do indivíduo no
contexto social (Marriott 1976); para a comparação de crianças caucasianas e
do leste da Ásia. ver Asakawa (1996).
1 1 . O argumento sobre a importância de ter uma esfera pública para o desenvolvi-
mento da individualidade foi feito por Hannah Arendt (1956).
146 A DESCOBERTA DO FLUXO
12. Aqueles interessados nos detalhes deste metodo devem consultar Csikszent-
mihalyi e Larson (1987); Moneta e Csikszentmihalyi (1996).
cAPíTuLo 2
l . As principais emoções que podem ser diferenciadas e que são reconhecidas em
todas as culturas são alegria. raiva, tristeza. medo. interesse. vergonha. culpa,
inveja e depressão (Campos e Barrett. 1984).
2. Embora o próprio Charles Darwin tenha percebido que as emoções serviam a
finalidades de sobrevivência que tinham evoluído do mesmo modo que os
órgãos físicos do corpo. foi só muito recentemente que os traços psicológicos
começaram a ser estudados a partir de uma perspectiva evolutiva. Um exemplo
recente é a obra de David Buss (1994).
3.Um dos primeiros estudos psicológicos da felicidade. The Structure of
Psychological Well-Being. de Norman Bradbum (1969). originalmente tinha a
palavra “felicidade” no título. mas foi posteriormente alterado para “bem-estar
psicológico" para não parecer pouco científico. Estudos atuais incluem o exten-
so resumo do tópico por Myers (1992), a obra de Myers e Diener (1995) e
Diener e Diener (1996). que descobre que as pessoas geralmente estão felizes;
outra fonte é Lykken e Tellegen (1996). As comparações internacionais de ren-
da e felicidade estão em Inglehart (1990). O principal problema é que esses
estudos se baseiam nas declarações globais do participante quanto a sua própria
felicidade. Como as pessoas possuem uma forte inclinação a considerar sua
própria vida feliz, independentemente do seu conteúdo. essa medida não nos
proporciona muita informação sobre a qualidade de vida da pessoa.
4. A entropia psíquica ou conflito de consciência. e seu oposto, a negaentropia
psíquica. que descreve estados de harmonia psíquica. são descritos em
Csikszentmihalyi (1988. 1990); Csikszentmihalyi e Csikszentmihalyi (1988);
Csikszentmihalyi e Rathunde (no prelo).
5. A fórmula de William James para a auto‹estima foi publicada em James (1890).
O contraste de auto-estima entre grupos étnicos está em Asakawa (1996) e
Bidwell et al. (no prelo). As diferenças de auto-estima entre mães que estão tra-
balhando e que estão em casa foram estudadas por Ann Wells (1988).
ó. Discuti o papel da atenção no pensamento em Csikszentmihalyi (1993). O psi-
cólogo de Yale Jerome Singer estudou o devaneio extensivamente (J. L. Singer
1966. 1981).
7. A obra canônica neste campo é a análise de Howard Gardner das sete formas
principais tomadas pela inteligência humana (Gardner 1983).
8. O esforço necessário para desenvolver o talento de um jovem é descrito nos
estudos de Benjamim Bloom (1985) e nas pesquisas que conduzi com meus
alunos (Csikszentmihalyi, Rathunde e Whalen 1993).
9. Algumas das principais fontes a respeito dessa experiência são Csikszent-
mihalyi (1975. 1990); Csikszentmihalyi e Csikszentrnihalyi (1988); Moneta e
Csikszentmihalyi (1996). Para estudos mais especializados. ver também Adlai-
Gail (1994); Choe (1995); Heine (1996); Hektner (1996); Inghilleri (1995).
“Experiência ótima” e “negaentropia psíquica" são às vezes usados como sinô-
nimos de experiência de fluxo.
10. As fontes para esta figura são Csikszentmihalyi (1990) e Massimini e Carli
(1988). Esta representação passou por várias revisões à medida que as desco-
NOTAS l47
bertas empíricas nos forçaram a rever nossas hipóteses iniciais. Por exemplo` a
revisão mais recente envolveu a inversão da colocação das experiências de
“relaxamento” e “'tédio". Originalmente eu pensava que desafios baixos e alta
habilidade deviam resultar na experiência de tédio. No entanto. muitos estudos.
por exemplo Adlai-Gail (1994), Csikszentmihalyi e Csikszentmihalyi (1988) e
Hektner (1996), mostraram que as pessoas relatam uma sensação de relaxa-
mento nessas situações, enquanto o tédio tende a ocorrer quando tanto os desa-
fios quanto as habilidades são baixos.
l l . A maior pesquisa sobre o fluxo entre os alemães é relatada em Noelle-Neu-
mann (1995). Alguns relatos interessantes sobre como o fluxo ocorre em dife-
rentes atividades são os seguintes: escrevendo. Perry (1996); computadores.
Trevino e Trevino (1992); Webster e Martocchio (1993); ensino, Coleman
(1994); leitura. McQuillan e Conde (1996); administrando` Loubris. Crous e
Schepers (1995); esportes, Jackson (1996), Stein` Kimiecik, Daniels e Jackson
(1995); jardinagem, Reigberg (1995). entre outros.
cAPíTuLo 3
l . O psiquiatra Marten De Vn'es (1992) foi um dos pn'meiros a investigar em deta-
lhes o modo como os pacientes psiquiátricos realmente se sentem, e descobn'u
vários dados básicos sobre a psicopatologia. Para a obra do professor Massi-
mini e seu grupo na Universidade de Milão. .ver Inghilleri (1995); Massimini e
lnghilleri (1986).
2. A citação de Richard Stern e as que a seguem neste livro foram extraídas de
meu estudo recente sobre a criatividade (Csikszentmihalyi, 1996), que se
baseia em entrevistas com 91 artistas, cientistas e líderes políticos e do mundo
dos negócios que alteraram a cultura em que viviam de alguma maneira. Sobre
o relacionamento entre o fluxo e a criatividade, ver também a coleção editada
por George Klein (1990). '
3. Para os efeitos prejudiciais de estar sozinho, veja, por exemplo, Csikszent-
mihalyi e Larson (1984); Larson e Csikszentmihalyi (1978); Larson` Mannell c
Zuzanek (1986).
4. Descobertas de pesquisas americanas que indicam uma relação entre a felicida-
de e ter amigos foram relatadas por Burt (1986).
5. O estudo recente de Reed l_.arson e Maryse Richards` em que todos os membros
da família participavam de um estudo ESM ao mesmo tempo (Larson e
Richards` 1994)` revela muitos padrões intrigantes presentes na experiência
familiar: como o título do seu livro, Diverging Realin'es (Realidades divergen-
tes), dá a entender, pais e filhos raramente têm a mesma experiência quando
interagem dentro de casa.
ó. Que dirigir é uma das experiências mais agradáveis nas vidas de muitas pessoas
foi sugerido por um dos nossos estudos de ESM (Csikszentmihalyi e LeFreve,
1989); um estudo ESM mais profundo patrocinado pela Nissan USA revelou
muitos detalhes que não haviam sido previstos` alguns dos quais são relatados
em diferentes partes deste livro.
7. Para uma crítica do esquecimento geral da influência do nosso ambiente sobre
nossas emoções e pensamentos, ver Gallagher (1993). Outras obras sobre este
tópico incluem Csikszentmihalyi e Rochberg-Halton (1981).
8. Dois estudos iniciais ainda inéditos` um completado por Maria Wong na
148 A DESCOBERTA DO FLUXO
cAPíTuLo 4
. Esses resultados de pesquisa são de Yankelovich (1981) e foram reproduzidos
segundo padrões similares em outros países. Para a ambivalência sobre o traba-
lho, veja Csikszentmihalyi e LeFevre (1989); e o diálogo entre os cientistas
sociais alemães está em Noelle-Neumann e Strumpel (1984). Noelle-Neumann
interpretou o vínculo entre a disposição para o trabalho e um estilo de vida posi-
tivo como evidência de que o “trabalho deixa você feliz", enquanto que
Strumpel compreende que a preferência geral pelo lazer significa que “o traba-
lho deixa você infeliz".
. Para alguns insights interessantes sobre o modo como o trabalho mudou com o
passar dos séculos. ver, por exemplo. Braudel (1985); Lee e DeVore (1968);
Norberg (1993); Veyne (1987).
3. Resultados relativos ao modo como os adolescentes norte-americanos apren-
dem atitudes e habilidades pertinentes a suas ocupações futuras foram obtidos
durante um estudo longitudinal de cinco anos com quase quatro mil estudantes
de primeiro e segundo graus em todos os Estados Unidos, financiado pela Sloan
Foundation (Bidwell et al.. 1992). As experiências negativas associadas a ativi-
dades que não eram trabalho nem diversão foram exploradas em detalhes por
Jennifer Schmidt (1997).
4. Diferenças de gênero na experiência do trabalho são relatadas em Larson e
Richards (1994). Anne Wells (1988) descobriu as diferenças na auto-estima
entre as mães que trabalhavam em tempo integral e em meio expediente.
. Estudos ESM de jovens desempregados no Reino Unido foram feitos por John
Hawonh (Haworth e Ducker, 1991). Os estudos internacionais sobre o desem-
prego foram relatados em Ingelhart (1990).
cAPíTULo 5
. O aviso dos psiquiatras foi relatado em Psychiatry (1958); para argumentos
similares, ver Gussen (1967); Kubey e Csikszentmihalyi (1990).
. A referência está em Ferenczi (1950); ver também Boyer (1955); Cattell (1955).
(JN
_¡
CAPÍTULO ó
. Refere-se ao trabalho de bewinsohn ( 1982).
. A importância de pertencer a uma rede social na Índia é discutida por Hart
(1992); Kakar (1978); Marriott (1976); no Japão, por Asakawa (1996); Lebra
(1976); Markus e Kitayama (1991).
. Para a importância da amizade para uma vida satisfatória, ver Myers (1992).
. O modo como forças seletivas ao longo da evolução formaram nossas emoções.
atitudes e comportamentos sexuais é bem descrito em Buss (1994). Para uma
história cultural da sexualidade humana` ver I. Singer (1966). A exploração da
sexualidade é discutida em Marcuse (1955).
. A composição das famílias na ldade Média e descrita em l_.e Roy Ladurie
(1979). Outras formas de arranjos familiares são discutidas em Edwards
(1969); Herlihy (1985); Mitterauer e Sieder (1982).
. Essas descobertas vêm da pesquisa, já mencionada várias vezes, de Larson e
Richards (1994).
. A noção teórica da complexidade foi aplicada ao sistema familiar por Kevin
Rathunde (no prelo). Ver também Carroll` Schneider e Csikszentmihalyi
(1996); Csikszentmihalyi e Rathunde (1993); Csikszentmihalyi e Rathunde (no
prelo); Huang (1996) para outras descobertas que usam este conceito.
. A paranóia generalizada dos dobuanos é descrita por Reo Fortune ([1932]
1963). O conceito de conversa como um meio de manutenção da realidade foi
desenvolvido pelos sociólogos Peter Berger e Thomas Luckman (1967).
.A pesquisa em questão foi relatada em Noelle-Neumann e Kocher (1993,
p. 504).
. Os dados que mostram como os estudantes que não suportam ficar sozinhos
têm problemas para desenvolver seus talentos é apresentado em Csikszent-
mihalyi. Rathunde e Whalen (1993).
. O historiador francês Philippe Ariès descreveu os pen'gos que ameaçavam os
estudantes medievais em Paris (Ariès. 1962). A ameaça para mulheres cami-
nhando nas ruas no século XVII é mencionada por Norberg (1993).
. Hannah Arendt (1956) discute a diferença nas visões de mundo implicadas por
uma vida ativa em contraposição com a vida passiva. A distinção entre modos
de vida “orientados para dentro" e “orientados para fora'` apareceu em Ries-
man. Glazer e Denney (1950). A tipologia da “extroversão” em oposição a
“introversão” foi desenvolvida por Carl Jung (1954); para sua medição atual,
ver Costa e McCrae (1984).
. As pesquisas sugerindo que os extrovertidos tendem a estar mais satisfeitos
com suas vidas são relatadas por Myers (1992).
cAPiTuLo 7
. Sobre esse número. ver última nota do Capítulo 2.
. Uma biografia de leitura bastante agradável deste teórico político italiano foi
escrita por Fiore (1973).
. O estudo relatado aqui foi feito por Joel Hektner (1996).
. As idéias mencionadas nesta seção derivam em grande parte de muitos anos de
aconselhamento de gerentes de negócios que fiz no programa de extensão de
verão da Universidade de Chicago. em Vail, Colorado.
. As biografias de indivíduos com sensibilidade moral excepcional foram coleta-
das e analisadas por Colby e Damon (1992).
150 A DESCOBERTA DO FLUXO
ó. Um dos relatos mais antigos e, até hoje. um dos mais inspirados sobre o que os
trabalhadores que têm orgulho dos seus trabalhos pensam é a série de entrevis-
tas coletada por Studs Terkel (1974).
7. O ñsiologista Hans Selye foi o primeiro a identificar o "eustresse", ou valor
positivo do estresse adrninistrável para o organismo. A resposta psicológica óti-
ma ã tensão é amplamente pesquisada (Selye. 1956).
8. A citação que descreve o prazer de uma mãe enquanto brinca com o filho é de
Allison e Duncan (1988).
cAPíruLo s
1 . A citação é de Allison e Duncan (1988).
2. Em embriologia, "neotenia" se refere ao retardamento do desenvolvimento dos
bebês humanos em comparação com outros primatas e espécies de mamíferos.
Supostamente` isso acontece para permitir que um aprendizado maior ocorra, já
que o sistema nervoso amadurece em interação com o ambiente em vez de no
isolamento (Lerner, 1984). A neotenia social é uma extensão desse conceito
para a tendência de algumas pessoas jovens de se beneficiarem de um período
de amadurecimento mais longo protegido dentro da família (Csikszentmihalyi
e Rathundc. no prelo).
3. A importância do controle da atenção. ou da “energia psíquica", é fundamental
para assumir o controle da própria vida. Alguns dos pensamentos pertinentes a
esta afirmação podem ser encontrados em Csikszenunihalyi (1978, 1993).
4. Fausto Massimini e sua equipe na Universidade de Milão entrevistaram um
grande número de indivíduos que sofreram tragédias` como por exemplo pes-
soas que ficaram paraplégicas ou cegas (Negri. Massimini e Delle Fave` 1992).
Ao contrário do que se poderia esperar, muitos desses indivíduos conseguem
desfrutar mais suas próprias vidas depois de um acidente trágico do que antes.
Ver também Diener e Diener (1996). Por outro lado, as pesquisas com ganhado-
res de loteria (Brickman, Coates e Janoff-Bulman, 1978) sugerem que ganhar
subitamente uma fonuna não aumenta a felicidade. Esses resultados confirmam
a antiga sabedoria segundo a qual não é o que acontece com uma pessoa que
determina a qualidade de vida. mas sim o que uma pessoa faz acontecer.
cAP'rruLo 9
i . Algumas das declarações recentes mais importantes sobre a falta de envolvi-
mento com valores maiores do que o indivíduo foram feitas por Bellah et al.
(1985` 1991); Lash (1990). Para comentários sobre a necessidade de criar
novos valores ã medida que os antigos perdem a credibilidade. ver Massimini e
Delle Fave (1991).
2. Uma breve descrição de como o self evoluiu filogenética e ontogeneticamente
é dada por Csikszentmihalyi (1993).
3. O conceito de Nietzsche de amorfan' está em Nietzsche ([1882] 1974). Para as
idéias de Maslow sobre o mesmo assunto, ver Maslow (1971); e para as de
Rogers. ver Rogers (1969).
4. A citação de R. J. Oppcnheimer e o problema de encontrar fluxo em atividades
destrutivas são analisados em Csikszentmihalyi (1985); Csikszentmihalyi e
Larson (1978).
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Emoções, 25-29, 32: básicas, 26; con- 44; tempo gasto em, 44
centração e. 34; dualidade das, 26; Exotclico, 115
metas e, 33; hereditan'edade, 26 Expectativas, auto-estima e, 30-31
desenvolvimento humano e, 26; Experiência ótima. Ver Fluxo
objetividade das, 25-26; energia psí- Experiências: características comuns
quica e, 32; qualidade de vida de- das, 14-15; diferenças nas, 15-18;
terminada pelas, 14; subjetividade metas e, 30; individualidade e, 16-
das, 25-26; pensamento e, 33. Ver 18; ótimas, ver Fluxo; qualidade de
Felicidade. vida determinada pelo conteúdo das.
Energia espiritual, 13 17; relacionamentos influenciando
Energia não-renovável, atividades de as, 14, 15, 22-23. Ver também Ativi-
lazer e, 77-78 dades de lazer; Atividades de manu-
Energia psíquica: personalidade autoté- tenção; Atividades produtivas; Qua-
lica e, 120-123; para concentração, lidade da experiencia.
34-35; emoções, 32 Extroversão: felicidade e, 30, 94; como
experiências formadas pela, 16; hereditária, 100; introversão versus,
família e, 89-90, 109-112; fluxo e. 93-96
38-39; futuro e, 142; metas e. 31, 32;
atividades de lazer e, 19; atividades F
Primatas: atividades dos. 15; contexto sociedades em termos de, 22, 80-83;
social e. 82 estranhos e. 92-94; tempo gasto em
Prioridades. estresse reduzido pelo esta- relacionamentos. 22-23; bem-estar
belecimento de. 105-106 e. 80-81; trabalho versus, 108-109.
Processos biológicos. vida determinada Ver Família; Amigos; Casamento;
por, 14 Solidão
Profetas, metas e, 137 Relatividade. monoteísmo e, 138
Psicologia humanista, responsabilidade Relaxamento. fluxo e, 38
pelas próprias ações e a. 120-123 Religiões orientais. sobre a abolição de
Psicopatologia, fluxo e, 45-47 metas para alcançar a felicidade. 31-
Psicoterapia. autoconhecimento e. 132 32.
Ver Budismo; Hinduísmo
Q Repouso: qualidade da experiência do.
Qualidade da experiência, 41-53: lazer 43, 44; tempo gasto no. 18
ativo e. 118-120; personalidade Responsabilidade ativa. 129
autotélica e; 117-119 concentração Responsabilidade: pela humanidade.
e. 43. 44; criatividade e. 46; dias da 129; ciência e. 141-142
semana e, 51, 52; dirigir e. 49; estu- Restaurantes: qualidade da experiência
do da; experiência pelo Método de em, 14, 44
Amostragem de Experiência. 45-47; Richards, Maryse. 89. 147
família e, 88-89; atividades de lazer Riesman. David. 93-95
e. 43, 44-45; locais e. 48-51; ativida- Rockwell. Norman. 93
des de manutenção e. 43. 44; moti- Roentgen. Wilhelm C., 103
vação e, 43, 44; relacionamentos e. Rogers. Carl. 135
41-42; relação sistemática com Roma antiga: lazer passivo e, 72-73; tra-
outras atividades e, 41-42; tempo do balho e. 54-55
dia e. 51-52. Romance, qualidade da experiência no.
Qualidade de vida: conteúdo das expe- 44
riências determinando a. 17; quali- Rousseau, Jean-Jacques. 13. 81
dade de experiência e. 44-47; rela- Ryu. Shintaro. 82
cionamentos e, 22-23; pensamentos
e emoções determinando a. 14; alo- S
cação no tempo e, 18-22. Sahlins. Marshall. 145
Salk, Jonas, 139
R Sartre. Jean-Paul. 27
Rabinow. Jacob. 64, 122 Schmidt. Jennifer. 148
Rathundc. Kevin. 149 Selye, Hans, 150
Reed. John. 65. 95. 105 Sentimentos. Ver Emoções
Relacionamentos sexuais: felicidade c. Singer. l.. 149
85-86; qualidade da experiência dos Singer, Jerome, 146
relacionamentos. 80-81: estudo de. Sistema nervoso. experiências forma-
com o Método dc Amostragem de das pelo. 14-16
Experiência. 80-81; experiência in- Socialização. Ver Conversa
fluenciada pelos, 14, 22-23; extro- Sociedade. contexto social e. 22, 81-83
versão versus introversão e. 93-96; Sociedades pré-letradas: solidão e. 90;
fluxo e, 83, 108-113; incapacidade trabalho e. 56
de firmar compromissos e. 129; Sócrates, 129
energia psíquica e. 83. 132-134; Solidão. 90-94; concentração e. 91. 92;
requisitos para, 83; diferenças de conversa e. 90-91; efeitos prejudi-
166 A DESCOBERTA DO FLUXO
ciais da, 46-47, 90-91; atitudes his- separadas do, 66, 74-76; motvação e,
tóricas para com a, 81-83; humores 59; efeitos negativos do desemprego
e, 91; preferência pela, 91; nas so- e, 61-62; condições objetivas do, 62-
ciedades pré-letradas, 90; entropia 63; entropia psíquica reduzida no,
psíquica e, 90; como um contexto 102; qualidade de experiência no, 12-
social, 23; tolerância e apreciação 13, 42, 43, 44, 45; relacionamentos
da, 48, 91-92. Ver Relacionamentos no, 111-1 13; relacionamentos versus,
Spock, Benjamin. 128, 140 108-109; ressentimento quanto ao,
Stem, Richard, 46, 132-134 100-105; formação do, segundo as
Strand, Mark, 65 necessidades do indivíduo, 106-108;
Structure of Psychological Well-Being, estresse no, 101. 105-106, 111; tem-
The (Bradbum), 146 po gasto no, 18-19
Suicídio, solidão e, 90
T U
Uso da energia, atividades de lazer e,
Talento: desenvolvimento de, 34-35; 77-78
solidão e, 92
Tédio, fluxo e, 38, 40 V
Teilhard de Chardin, Pierre, 139 Valdez, Susie, 101-103
Televisão: adolescentes assistindo à,
Valores espirituais, individualismo e
116,117;fluxo e, 70, 71; como mau
materialismo versus lealdade a` 129-
uso do lazer; 68, 71; qualidade da
130
experiência da, 43, 44, 45; tempo
Velhice, fluxo na, 97-98
gasto com a, 18, 21, 45
Verdades, 13
Tempo livre. Ver Atividades de lazer
Veteranos, ações destrutivas dos, 136
Tempo: alocação do, 17-22; personali-
Vida diária. Ver Experiências.
dade autotélica e, 124; dinheiro
Vítimas de terrorismo, energia psíquica
como, 17-18
Teresa, madre, 30
disciplinada nas, 126
Terkel, Studs, 150
Viver: definição de, 11, 13; passado
Thompson, E. P., 17 interligado à ciência para` 13-14;
Trabalho doméstico: qualidade da expe- fatores incontroláveis que determi-
riência do, 43, 44; auto-estima e, 61; nam a vida, 14. Ver Experiências.
tempo gasto no, 19 Voltaire, 29
Trabalho escolar. Ver Trabalho
Trabalho` 53-66; atitude ambivalente W
para com o` 53-66; devaneios no. 18. Waddington, C. H., 139
19; estudo do Método de Amostra- Wells, Anne, 61, 146
gem de Experiência sobre o. 53, 56- Wheeler, John Archibald, 95, 140
59, 60; família e, 65-66; descobrindo Wong, Maria, 147
novidades no, 102-105; diferenças Woodward, C. Vann, 114-115
sexuais na experiência do, 59-62; Workaholism, 66, 75
metas e, 134; desprezo histórico pelo,
63; atividades de lazer combinadas Y
com, 76-77, 79; atividades de lazer Yalow, Rosalyn, 103, 106
coLEÇÃo cIÊNcIA ATUAL
Coordenação editorial: Leny Cordeiro
Complexidade - Roger Lewin
Buracos negros. universos-bebês e outros ensaios - Stephen Hawking
Dobras no tempo - George Smoot e Keay Davidson
0 bico do tentilhão - Jonathan Weiner
Sonhos de uma teoria final - Steven Weinberg
O quark e o jaguar - Murray Gell-Mann
Nano - Ed Regis
Signos da vida - Robert Pollack
A perigosa idéia de Darwin - Daniel C. Dennett
A beleza da fera - Natalie Angier
Somos diferentes? - James Trefil
#18