Vocabulário Policial

Polícia Nacional de Angola

Título: VOCABULÁRIO POLICIAL

Autor: POLÍCIA NACIONAL DE ANGOLA

DIRECÇÃO DO COMANDO GERAL DA PNA

Comandante-Geral
Comissário-Geral Arnaldo Manuel Carlos
2.º Comandante-Geral
Comissário-Chefe António Pedro Kandela
2.º Comandante-Geral
Comissário-Chefe Domingos Ferreira de Andrade

EDIÇÃO
DIRECÇÃO DE DOUTRINA E ENSINO POLICIAL/PNA/2023
SUPERVISÃO EDITORIAL
Director Nacional de Doutrina e Ensino Policial/PNA
Comissário Morais Quifica Samuel Matulo
REVISÃO LINGUÍSTICA
Ermelinda Luzolo Tavares Viegas/DEPOL
PESQUISA
Inspector Elísio Fortunato José Mário/DEPOL
DIAGRAMAÇÃO E PAGINAÇÃO
Subinspector Erasmo Manuel Vaz Contreiras/DEPOL

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 Vocabulário Policial

ÍNDICE

LISTA DE ABREVIATURAS —————————————–—————– 5

APRESENTAÇÃO ——————————————————–———— 7

A —————————————————————————–————— 9

B —————————————————————————–————— 29

C ——————————————————————————————- 33

D ——————————————————————————————- 53

E ——————————————————————————————- 62

F —————————————————————————–————— 68

G —————————————————————————–————-- 73

H —————————————————————————-————— 76

I ——————————————————————————–————- 77

J——————————————————————————–————- 84

K —————————————————————————-————— 85

L——————————————————————————–————- 86

M ——————————————————————————————- 89

N——————————————————————————–———— 95

O --—————————————————————————–———— 98

P——————————————————————————–———— 103

Q —————————————————————————-————— 124

R——————————————————————————–———— 125

S——————————————————————————–———— 131

T——————————————————————————–————- 138

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 Polícia Nacional de Angola

U——————————————————————————–———— 143

V——————————————————————————–———— 145

Z————–——————————————————————–———— 150

REFERÊNCIAS —————————————————–—-————— 151

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 Vocabulário Policial

LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS

ACADEPOL Academia de Polícia

CFACC Centro de Formação e Adestramento de Cavalaria e
Cinotecnia
COPOL Colégio de Polícia
CPPNA Comando Provincial da Polícia Nacional de Angola
DAJ Direcção de Assessoria Jurídica
DAS Direcção de Administração e Serviços
DCII Direcção de Comunicação Institucional e Imprensa
DEP Direcção de Estudos e Planeamento
DEPAT Direcção de Educação Patriótica
DEPOL Direcção de Doutrina e Ensino Policial
DF Direcção de Finanças
DIC Direcção de Intercâmbio e Cooperação
DIE Direcção de Infra-estruturas e Equipamentos
DIIP Direcção de Investigação de Ilícitos Penais
DINFOP Direcção de Informações Policiais
DISPO Direcção de Segurança Pública e Operações
DL Direcção de Logística
DPQ Direcção de Pessoal e Quadros
DSS Direcção dos Serviços de Saúde
DT Direcção de Transporte
DTSER Direcção de Trânsito e de Segurança Rodoviária
DTTI Direcção de Telecomunicações e Tecnologias de
Informação
EPP Escola Prática de Polícia
ISCPC Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais
PSPEP Polícia de Segurança Pessoal e de Entidades Protocolares
PFA Polícia Fiscal Aduaneira
PGF Polícia de Guarda Fronteiras
PIR Polícia de Intervenção Rápida
PNA Polícia Nacional de Angola

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 Polícia Nacional de Angola

PSOE Polícia de Segurança de Objectivos Estratégicos

RUPE Recibo Único de Pagamento ao Estado
UA Unidade Aeroportuária
UAV Unidade de Aviação
UP Unidade Portuária
URP Unidade de Reacção e Patrulhamento

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 Vocabulário Policial

APRESENTAÇÃO

O contexto tão dinâmico em que vivemos tenciona excluir aqueles

profissionais que não usam a linguagem própria ou cuidada no seu dia-a-dia
para a prestação do serviço público.
A Polícia Nacional de Angola cumpre a sua missão nos preceituados da
Constituição e da lei. Tal como outras corporações, possui uma linguagem
própria, a qual se distingue das demais instituições do serviço público.
Por este facto, o presente instrumento sistematiza várias terminologias
policiais, usadas nos cenários operacionais e de apoio operacionais,
criando, assim, a base para a uniformização da comunicação falada e
escrita, entre os profissionais da PNA, bem como para com o público em
geral.
A compilação do Vocabulário Policial demonstra a necessidade do domínio
e da dinamização da comunicação e da retórica policial, através de uma
perspectiva de diálogo fluído com objectividade, coerência e argumentativa,
o que permite conferir ao efectivo a cidadania técnica policial.
O Vocabulário Policial destina-se aos profissionais de Polícia, bem como a
todos os interessados no enriquecimento dos conceitos usados no serviço
policial e aplica-se nas publicações elaboradas na PNA, no exercício de
instrução, ensino e aprendizagem policial, no planeamento, organização,
direcção e controlo operacional, de tal modo que todos os chefes, aos
distintos níveis, devem orientar e fiscalizar a adopção do mesmo.
Portanto, estamos cientes de que nenhuma obra é perfeita. Porém, estão
aqui lançadas as bases para edições subsequentes, no esteio de revisadas,
ampliadas e actualizadas.

O Comandante Geral
Arnaldo Manuel Carlos
****Comissário Geral****

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 Polícia Nacional de Angola
A
Abalroamento – expressão náutica
que designa choque entre embar-
cações em movimento.
Abandono – i) acto que consiste
no não recebimento, com o fim de
se dispensar o pagamento dos
direitos, no prazo de seis meses a
contar da data do despacho ou da
sentença que determinar a sua
entrega, das mercadorias e quais-
quer quantias pertencentes a
interessados em processo fiscal; ii)
acto de passar as mercadorias
estrangeiras, não nacionalizadas,
sob a propriedade do Estado
através do abandono tácito ou
presuntivo.
Abastecimento – actividade que
tem o propósito de prover para as
forças ou unidades policiais, o ma-
terial necessário a mantê-las em
condições de executar as missões.
Abastecimento logístico – consis-
te nas acções de fornecimento de
meios víveres, material de guerra,
aquartelamento, vestuário, medica-
mentos, combustíveis e lubrifican-
tes e outros recursos necessários
para que as forças policiais ou
unidades executem as suas atribui-
ções.
Abordagem – consiste no acto ou
efeito de manter contacto directo
com uma ou mais pessoas, em
função de um assunto relevante ou
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no sentido de se obter informações
sobre um determinado problema ou
circunstância.
Abordagem ao suspeito – consis-
te na intervenção realizada pelo
Agente da Polícia a indivíduos sus-
peitos da prática de crimes, tendo
criado o receio de que os mesmos
possam estar armados ou a portar
meios estranhos que provoquem
curiosidade operacional e, para tal,
utilizam-se recursos passivos, de-
pendendo da reacção do indivíduo.
Abordagem inopinada – consiste
na acção que compreende a fisca-
lização sem aviso prévio de veícu-
los, pessoas e bens, baseada na
verificação de uma possível infrac-
ção.
Abordagem policial – acção que o
Agente da Polícia efectua para se
aproximar de uma ou mais pessoas
que apresentam ou não indícios da
prática de crime, que estejam em
local e horário considerado crítico,
para serem identificados, revista-
dos, orientados, advertidos ou as-
sistidos.
Absentismo – constitui o não com-
parecimento do Agente da Polícia
no posto ou local de trabalho onde
estiver devidamente colocado, mui-
tas vezes, por razões injustificáveis.
Absolvição – acto judicial que de-
clara a improcedência da acção por
considerar que o autor não detém o
direito em que se funda o pedido da
acusação, e culmina com liberação
do réu.
Abuso – comportamento excessivo
ou injusto apresentado por uma
 Vocabulário Policial
pessoa, para dominar e controlar
outra, num contexto de uma relação
especial de proximidade profissional
ou de confiança que existe entre a
vítima e o protagonista do acto.
Abuso de autoridade – consiste no
acto protagonizado por um indivíduo,
detentor de poder, sem a observân-
cia das formalidades legais.
Abuso de confiança – apropriação
ilegítima de coisa móvel que tenha
sido entregue por título não transla-
tivo de propriedade, com a obriga-
ção de ser restituída ou de aplicar
certo fim. É punível com as penas
estabelecidas para crime de furto.
Abuso de poder – consiste em al-
guém que exerce o direito de fazê-
lo, mas, ao dinamizá-lo, extravasa
os limites que lhe são conferidos,
assim como aquele que não tem um
direito, mas exerce como se o tives-
se.
Abuso do pátrio-poder – faltar aos
deveres paternos; deixar um filho em
abandono; não prestação de alimen-
tos aos filhos.
Abuso do poder económico – uso
da capacidade económica de modo
ilícito, que prejudica tanto os interes-
ses nacionais e dos cidadãos, quan-
to às uniões e agrupamentos de
organizações individuais ou sociais,
que tenham por finalidade a domina-
ção dos mercados nacionais, elimi-
nando a concorrência para o aumen-
to abusivo de lucros.
Acantonamento – posicionamento
das forças policiais de forma tem-
porária, com o objectivo de espera-
rem ordens posteriores para o devi-
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do cumprimento da missão e rees-
truturação da equipa pré-existente.
Acareação – i) técnica jurídica que
consiste em apurar a verdade no
depoimento ou declaração das teste-
munhas e das partes, confrontando-
as frente a frente e levando os pon-
tos opostos, até que se chegue às
alegações e afirmações verdadei-
ras; ii) acto judicial de natureza
experimental entre acusados, entre
acusado e testemunha, entre teste-
munhas, entre acusado ou teste-
munha e a pessoa ofendida e entre
as pessoas ofendidas, que presta-
ram declarações opostas sobre uma
questão importante para a solução
da lide (ou causa), de forma que
sejam confrontadas, uma diante da
outra, na tentativa de anular as con-
tradições.
Acção – i) constitui o acto de con-
solidar um conjunto de atribuições
que auxiliam na realização de uma
operação indicada; ii) movimento
corpóreo, dentro da visão mecani-
cista.
Acção cautelar – i) procedimento
jurídico usado para a protecção ou
defesa de direitos ameaçados, em
hipóteses de urgência e pode ser
pedida antes do início do processo
principal ou durante o seu andamen-
to; ii) consiste numa medida que tem
fim temporário e que assegura um
direito, a fim de o processo conse-
guir um resultado útil, como nos
casos de arresto, sequestro, busca e
de apreensão.
Acção cívico-social – conjunto de
actos caracterizados de forma tem-
 Polícia Nacional de Angola
porária, ou programados de assis-
tência e subsídio para as popula-
ções, propagando o civismo aos
cidadãos, desenvolvidos pela Polícia
nos variados níveis de comando,
com aproveitamento do capital hu-
mano, técnicas e materiais, para so-
lucionar problemas fundamentais e
urgentes.
Acção comunitária – mecanismo
de cooperação com os líderes da
comunidade civil, realizado no senti-
do de inspirar o espírito de troca de
informações de interesse tanto da
Polícia como do cidadão, com a fina-
lidade de preparar a comunidade
para se autoassistirem e se mante-
rem em segurança, em qualquer
situação, à normalidade da vida quo-
tidiana.
Acção correctiva policial – conjun-
to de medidas tomadas para eliminar
causas ilícitas ou as causas de uma
não conformidade detectada em
uma situação indesejável, para evi-
tar que alguma ilicitude se repita
enquanto são tomadas medidas cau-
telosas.
Acção de choque – consequência
que resulta do aproveitamento coin-
cidente do carácter de blindagem
das forças de segurança pública, de
acordo com a mobilidade e a potên-
cia estratégica dos manifestantes
que estiverem no embate com o
cordão policial.
Acção de comando – acto de co-
mandar unidades ou forças policiais
para o cumprimento de uma missão
específica, tendo como base o poder
e autoridade conferida ao coman-
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dante com a rigorosa observância da
hierarquia e da disciplina.
Acção de estratégia policial – acto
em que se efectua a movimentação
e a concentração, desencadeadas
para realizar uma determinada ope-
ração.
Acção de habeas corpus – acção
penal pela qual é garantida à pessoa
ameaçada de violência ou coação, o
direito de liberdade e locomoção,
quando esta for ameaçada por ilega-
lidade ou abuso de poder.
Acção directa – excepção que a lei
permite às pessoas comuns, de utili-
zarem a força física para defende-
rem os seus direitos, isto é, uma
excepção pontual ao monopólio do
Estado, da força e da justiça, mas, é
uma excepção com um sentido dife-
rente da legítima defesa.
Acção estratégica – facto que cor-
responde a um conjunto de precau-
ções de natureza e intensidade
variável, ordenadas para o preparo e
emprego da coerção na prosse-
cução estratégica, podendo ser de
duas vertentes, acção corrente e
acção imediata.
Acção imediata do crime – medi-
das que os agentes de autoridade
têm de tomar para assegurar os
meios de prova, sempre que tiverem
notícia de um crime.
Acção penal – i) consiste no direito
de incitar o Estado, na sua função
jurisdicional, para a aplicação do
Direito Penal objectivo em um caso
concreto; direito do Estado, único
titular do jús puniendi, de satisfazer
a sua pretensão punitiva; ii) aquela
 Vocabulário Policial
que se origina a partir de um delito e
que supõe a imposição de um cas-
tigo ao autor responsável, de acordo
com o estabelecido pela lei, isto é,
este não pode sair impune. Posto
isto, a acção penal é o ponto de par-
tida do processo judicial.
Acção policial – i) actividade isola-
da e autónoma realizada por agen-
tes, a fim de prevenir e combater
crimes, incivilidades e prestar auxílio
ou outras atribuições, no decorrer da
actividade policial; ii) medida realiza-
da no ambiente onde a dimensão
política, económica, social e simbó-
lica se confluem e se relacionam em
uma teia difícil de mecanismo de
casualidade; iii) exercício em que o
policial, dentro das suas obrigações
profissionais, tem de tomar decisões
sobre a melhor maneira de resolver
uma situação de crise.
Acção preventiva – medida para
eliminar a causa de um potencial
conflito ou outra situação potencial-
mente indesejável, desenvolvida em
carácter permanente, a fim de evitar
o emprego prematuro da força e
impedir ou dificultar o surgimento de
uma desordem pública.
Acção repressiva – acto de con-
trapor o quadro de elevado compro-
metimento da segurança pública
para uma situação de harmonia so-
cial, podendo ser desencadeada na
situação de normalidade, num qua-
dro de cooperação com os órgãos
de justiça depreendida, em carácter
episódico, quando as actividades
preventivas não têm o efeito preco-
nizado.
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Acção subsidiária – actividade exe-
cutada pelas forças policiais na
interacção e cooperação com a
comunidade e a Administração local,
para a melhoria da segurança públi-
ca, contribuindo na resolução de
problemas levantados na comuni-
dade para lá do âmbito policial.
Acção táctica – actividade de en-
frentamento policial que implica o
movimento táctico e articulação das
forças para a manobra dos elemen-
tos de apoio, necessários à execu-
ção de uma operação policial.
Acção terrorista – violência física
ou psicológica, exercida através de
ataques contra elementos, instala-
ções de um governo ou da popula-
ção de modo a incutir medo ou ter-
ror.
Achados – qualquer objecto encon-
trado no fundo do mar com prove-
niência, conhecida ou não.
Acidente – acontecimento casual ou
imprevisto que resulta em ferimen-
tos, morte, danos materiais ou ruína
ao homem e outras.
Acidente capital – todo o aconteci-
mento imprevisível de um determina-
do local, cujo asseguramento, manu-
tenção ou controle da segurança
pública forneça elevada vantagem a
qualquer dos elementos criminosos.
Acidente do despacho – i) qual-
quer facto que desvia os trâmites
relacionados com o desembaraço
aduaneiro de mercadorias, sem alte-
ração no quantitativo do valor dos
direitos devidos; ii) avaria ou existên-
cia de sinais que indiquem o mau
estado das mercadorias; iii) mudan-
 Polícia Nacional de Angola
ça de regime (novo destino fiscal ou
um depósito diverso); iv) retenção
pelo extratores aduaneiros, do des-
pacho não ultimado.
Acidente rodoviário – eventuali-
dade capaz de alterar a ordem
normal das coisas e que, involunta-
riamente, provoca danos às pes-
soas ou objectos na via pública,
envolvendo veículos, peões, animais
ou qualquer obstáculo presente nas
proximidades da via.
Acta aduaneira – sistema comercial
internacional que permite a livre
circulação das mercadorias, traves-
sia das fronteiras e sua admissão
temporária num território aduaneiro
com franquia de direitos e taxas.
Actividade de enfrentamento – ac-
ção que incide essencialmente sobre
o patrulhamento preventivo (apeado,
auto, motorizado ou outro), nas inter-
venções aos factos constatados (fla-
grante delito), da resposta às solici-
tações, esclarecimento de crimes
(sequência investigativa), às opera-
ções programadas e inopinadas,
frustração de actos de violação da
fronteira, entre outros.
Actividade de inteligência – exercí-
cio de acções especializadas para a
obtenção e análise de dados, produ-
ção de conhecimentos e protecção
de conhecimentos para o País, pro-
cesso mental e sistematizado que
tem por objectivo produzir e salva-
guardar o conhecimento de interes-
se que se pretende. Consubstancia-
se em duas variantes: a inteligência,
voltada para a produção de conheci-
mentos, e a contra inteligência, que
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ressalta a necessidade para a
salvaguarda de conhecimentos.
Actividade de Polícia – i) conjunto
de operações ou tarefas de um
Agente policial; leque de acções
desenvolvidas dentro dos procedi-
mentos que definem a forma de sua
execução; ii) consubstancia-se no
modo de actuar da autoridade
administrativa, que consiste em in-
tervir no exercício das actividades
individuais susceptiveis de perigar
interesses gerais, tendo por objecti-
vo evitar que se produzam, ampliem
ou generalizem os danos sociais que
as leis procuram prevenir.
Actividade delituosa na fronteira –
conjunto de acções delitivas levadas
a cabo por grupos anti-sociais, mar-
ginais e outros na faixa fronteiriça.
Actividade inimiga – conjunto de
acções ou actividades de índole
militar contrária, que alcança o seu
objectivo através de violência arma-
da ou de inteligência contra as nos-
sas forças.
Acto administrativo – qualquer ac-
ção organizacional ou de quem a
represente, geradora de efeito jurí-
dico interno ou externo, com bases
assentes na sequência do interesse
público que se encontra justificado
na norma administrativa, propensa a
tornar concreta e imediata a conse-
cução da finalidade pública, que
caracteriza os órgãos e serviços da
administração pública, em geral.
Acto anti-jurídico – denomina-se à
contrariedade ao Direito; não à nor-
ma em si, mas aos propósitos
maiores do Direito, como a tranqui-
 Vocabulário Policial
lidade, a paz, a ordem pública, a jus-
tiça, etc.
Acto de navegação – diploma legal
que regula a nacionalidade de um
navio.
Acto hostil – acção agressiva ou
uso da coercividade contra uma
determinada ou indeterminada fac-
ção criminosa, cenário de arruaça ou
vandalismo que podem pôr em
causa a segurança das instalações,
a integridade física e até a vida de
terceiros.
Acto ilícito – conceito jurídico que
descreve qualquer acto ou omissão
contrária ao Direito. De acordo com
o Direito Civil, pode-se dizer ilícito na
esfera dos contratos dos actos unila-
terais de vontade, da família, dos
actos intrinsecamente ilícitos e do
abuso de direito.
Acto normativo – norma jurídica
que estabelece ou sugere condutas
de modo geral e abstracto, ou seja,
sem destinatários específicos e
tratando de hipóteses. Norma legal a
ser observada pela administração,
estabelecendo regras gerais e abs-
tractas de conduta que tem a mes-
ma normatividade da lei e a ela se
iguala para fins de controlo judicial.
Acto terrorista – uso de violência
física ou psicológica, através de
ataques contra elementos ou instala-
ções do governo ou população, com
o fim de provocar medo ou terror; o
mesmo que terrorismo.
Actuação policial – i) constitui uma
forma de disposição e execução de
acções tácticas e técnicas das for-
ças policiais para fazer face a
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determinada ocorrência; ii) forma ou
procedimento de se exercer determi-
nada acção ou modo de agir diante
de certa situação.
Actuação preventiva – carácter pe-
dagógico que se impõe à própria
forma de actuação policial, e é
determinante por evitar que a legí-
tima intervenção policial não seja,
ela própria, a geradora ou poten-
cializadora de conflitos.
Acúmulo de infracções – concor-
rência das penas em que incide no
mesmo indivíduo, como autor de
dois ou mais crimes cometidos antes
de ser submetido à acção da justiça.
Acusação – acção velada pelo Mi-
nistério Público, através de indícios
que o levam a convencer-se de que
a pessoa teria cometido um crime;
não precisa de ter certeza, basta
que haja indícios, passando, even-
tualmente, à fase seguinte ao inqué-
rito, à fase do julgamento, que se
produzem e examinam provas.
Adequação – consiste numa medi-
da idónea, adoptada para atingir um
fim legalmente permitido.
Adequação da força – i) constitui
medida adoptada que deve ser
idónea para alcançar o fim preten-
dido e legalmente permitido; ii) o uso
da força policial é adequado ao
objectivo de controlar um infractor
que resiste activamente.
Adestramento – processo de exer-
cícios de treino, através do qual se
ensinam animais, nomeadamente,
cavalos e cães, a aprender a obe-
decer a todos os comandos de
forma harmoniosa, graciosa e equi-
 Polícia Nacional de Angola
librada para serem aplicados na
manutenção da ordem, segurança e
tranquilidade públicas.
Administração policial – conjunto
de acções relacionadas com o poder
da Polícia, tencionando ao planea-
mento, à organização, à coorde-
nação e ao controlo dos recursos e
instalações, tudo com o objectivo de
proporcionar condições à aplicação
das forças policiais.
Admissão – acto administrativo
policial pelo qual o órgão, verifica a
satisfação de todos os requisitos le-
gais pelo particular, defere-lhe deter-
minada situação jurídica de seu ex-
clusivo ou predominante interesse,
como ocorre no ingresso aos esta-
belecimentos de ensino mediante
concurso de habilitação.
Admissão temporária – regime
aduaneiro pelo qual algumas merca-
dorias designadas são introduzidas
num território aduaneiro com um
determinado objectivo, ficando sus-
pensas ao pagamento dos direitos
aduaneiros, na condição de que
dentro do prazo determinado, deve-
rão ser reexportadas para o país ou
território aduaneiro de origem, sem
terem sofrido qualquer modificação,
excepto aquela que naturalmente
resultou da deprecia-ção normal co-
mo conseguência do uso (importa-
ção temporária).
Adolescência – i) etapa da vida
humana de particular importância
para a contenção dos desvios rele-
vantes com tendência para a crimi-
nalidade, já que durante a mesma
ocorre as principais mudanças físi-
14
cas ou corporais, com realce as va-
riações de fórum psicológico no
indivíduo; ii) nesta fase, há também
uma maior interacção com os pares
e o indivíduo vê acentuada a sua
tendência para a imitação de vários
comportamentos e acções, nomea-
damente, o modo de falar, agir,
vestir e fazer; iii) pode o indivíduo
também adquirir a adolescência num
período de extrema conturbação e
rebeldia, vulnerabilidade e instabili-
dade comportamental que o pode
descambar em práticas criminosas.
Adolescente – todo o indivíduo que
se encontra na moldura que compre-
ende entre 12 e 18 anos de idade.
Advertência com disparo – con-
siste na realização de um ou mais
tiros para o ar, no sentido de afastar
alguém de uma eventual agressão,
desde que não constitua perigo para
terceiros e que se preveja na even-
tualidade de a advertência verbal
não ser imediatamente perceptível
ou acatada.
Aeroporto franco – aeroporto inter-
nacional onde se desembarcam e
embarcam passageiros e tripulantes,
bem como desembaraçam, transbor-
dam, baldeam-se mercadorias, ba-
gagens, correios e previsões de
bordo, sem que estejam sujeitos aos
encargos aduaneiros.
Aeroporto internacional – instala-
ção vocacionada para o tráfego
(entrada e saída) internacional de
aeronaves, nas quais se cumprem a
formalidades aduaneiras, sanitárias,
serviços de emigração e outras que
tenham por fim regular o funciona-
 Vocabulário Policial
mento dos aeroportos internacionais.
Aeroporto sanitário – espaço aber-
to à navegação aérea internacional
onde funcionam permanentemente
os serviços de saúde, migração, al-
fândega com todas as condições ou
local exigido para o efeito de aten-
dimento a situação de calamidade
sanitária com os serviços de água
potável, laboratórios de testes clíni-
cos, isolamento de doentes, desin-
fecção, desinfecção e outros.
Agente – qualquer funcionário re-
vestido de algum poder para exercer
cargo ou função, operacional ou
administrativa, pertencente ao servi-
ço público.
Agente aduaneiro – pessoa colec-
tiva ou singular (despachante oficial,
caixeiro despachante e transitário)
que se ocupa profissionalmente ao
desalfandegamento das mercadorias
e todos os serviços relacionados
com as alfândegas.
Agente de navegação – funcionário
que representa legalmente uma
empresa/armador ou agencia de
navegação e goza de privilégios
para solicitar vários serviços (alfân-
degas, sanidade, emigração, capita-
nia e portuário), dentro das diversas
modalidades dos sistemas e de
serviços de outra natureza e saber
despachar, receber e entregar car-
gas aos seus proprietários ou
consignatários, vender passagem,
cobrar fretes, emitir os B/Ls ou
conhecimentos de embarque, cartas
de porte, a agilizar os procedimentos
necessários para o afretamento.
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Agente encoberto – efectivo do
órgão da Polícia Criminal que realiza
diligências ou outros tipos de opera-
ções policiais mediante a ocultação
da sua identidade e missão.
Agente fiscal – funcionário público
que tem por missão prevenir e repri-
mir as infracções fiscais.
Agente policial – i) indivíduo que
lhe é concedido um determinado
poder para o uso da persuasão,
dissuasão e da força física, no âm-
bito do cumprimento e fiscalização
das leis vigentes; ii) pessoal mili-
tarizado, profissional, com funções
policiais, armado, uniformizado, su-
jeito à hierarquia de comando inte-
grado nas carreiras de oficiais,
subchefes e de agentes da Polícia e
que prossegue às atribuições espe-
cíficas da corporação.
Agravação da moldura penal – cir-
cunstância que eleva a responsa-
bilidade penal, tendo em conta a
perigosidade ou crueldade do agen-
te (autor) do crime.
Agressão sexual – consiste na
prática do acto sexual com uma
pessoa inconsciente ou incapaz de
opor resistência, aproveitando-se do
seu estado de incapacidade, ou
obrigando-a/o a ter relações sexuais.
Agressor – indivíduo que actua
como agente (autor) de lesão corpo-
ral ou de tentativa de homicídio ou
ainda psicológica.
Aguardo – serviço operativo reali-
zado pela Polícia Fiscal Aduaneira,
principalmente nas áreas mais sus-
ceptíveis de abrigarem, acções de
contrabando de mercadorias, imigra-
 Polícia Nacional de Angola
ção ilegal, tráfico de droga e muito
mais.
Alçada – competência que uma
autoridade julgadora possui, caracte-
rizada pelo valor da causa, para o
julgamento da mesma sem direito a
recurso.
Alfândega – instituição ou serviços
administrativos responsáveis pela
aplicação da legislação aduaneira e
pela cobrança dos impostos relativos
à importação, exportação e trânsito
das mercadorias e de outras tarefas
que lhe são acometidas por lei.
Algema – i) instrumento de força,
em geral, metálico, empregado pelos
agentes policiais, com que se pren-
dem os braços de alguém, pelos
punhos na frente ou atrás do corpo,
ao ensejo da sua prisão, custódia,
condução ou em caso de simples
contenção; ii) visa possibilitar o seu
controlo e condução segura, pre-
venindo o eventual aumento de
resistência física e escala progres-
siva correspondente nos níveis de
força a utilizar pelo efectivo da Polí-
cia.
Alijamento – i) acto de lançar ao
mar, ou de descarga parcial, em
caso de força maior, da carga do
navio, com o fim de assegurar as
condições de flutuação e resistir a
violência do vento ou do mar aos
efeitos de qualquer avaria ou de
outro perigo; ii) perante as alfânde-
gas, é justificado por meio de um
“protesto de alijamento”.
Alma da arma – parte interior dos
canos. Denomina-se alma lisa quan-
do o interior dos canos é liso
16
(caçadeiras); alma estriada, quando
o interior dos canos é sulcado por
estrias em espiral, paralelas, que
acompanham todo o cano, desde a
saída da câmara de explosão até à
boca (armas para tiro à bala).
Alvará de saída – documento que
serve para autorizar a saída de
navios pela Administração Geral
Tributária depois do término das
operações de carga e descarga.
Alvo – qualquer elemento físico,
ponto, linha ou local que se pretende
determinar, acompanhar, reconhe-
cer, destruir, bloquear ou cortar.
Ambiente de trabalho – condições
que envolvem factores físicos, soci-
ais, psicológicos e ambientais (como
temperatura, esquemas de reco-
nhecimento e composição atmosfé-
rica, entre outros) no local de servi-
ço.
Ameaça – i) promessa de castigo ou
malefício, pronúncia de mal ou des-
graça; ii) qualquer acontecimento ou
acção (em curso ou previsível) que
contraria a consecução de um objec-
tivo e que, normalmente, é causador
de danos materiais ou morais.
Análise de risco – i) método
através do qual se identifica e avalia
a probabilidade de ocorrências de
situações imprevistas e contrárias
aos objectivos preconizados que
deverão ser preservados, mediante
medidas alternativas previamente
determinada; ii) dependendo das
informações disponíveis, podem ser
usados desde os modelos de simu-
lação até as técnicas colaborativas;
iii) utilização sistemática das infor-
 Vocabulário Policial
mações disponíveis relativas ao
movimento (compra e venda e
envio) de mercadorias importadas,
com o fim de se determinar a fre-
quência com a qual, certos riscos
são susceptíveis de se apresentar
para prevenir (controlo e medidas)
as consequências negativas susce-
ptíveis de se apresentar.
Análise do alvo – pesquisa das
características e dos aspectos ope-
racionais de um elemento de forma
a determinar a sua importância, a
oportunidade, o meio mais adequa-
do e o método mais eficiente para
fazer a eliminação ou corte de um
elemento ou acção criminosa.
Análise policial sobre o contexto –
i) situações ambientais ou externas
que podem ser de natureza social,
cultural, económica, tecnológica, po-
lítica e jurídica, quer a nível inter-
nacional, nacional ou regional, de-
pendendo do caso da análise; ii) as
situações internas estão relacio-
nadas com a estrutura, modelo ope-
racional, cumprimento de planos e
programas operativos, sistemas de
informações, processos e procedi-
mentos, e os recursos humanos e
económicos disponíveis para o Co-
mando.
Âncora – dispositivo feito de metal,
usado para conectar uma embar-
cação ao leito de um corpo de água,
para evitar que a embarcação se
desvie devido o vento ou a corren-
teza.
Ancoradouro fiscal – zona do
porto, estabelecida em acordo entre
as autoridades aduaneiras, marí-
17
timas e portuárias, onde fundeiam
ou atracam navios para as opera-
ções de carga e descarga de merca-
dorias e embarque ou desembarque
de passageiros.
Ancoragem – impostos ou taxa pa-
gas pelos navios ou embarcações,
por motivo da sua estadia ou perma-
nência nos ancoradouros.
Antecedente criminal – informação
histórica dos crimes cometidos por
um indivíduo e que fica registado no
arquivo policial ou no poder judicial,
que contém, entre outros, documen-
tos formulados.
Antecipação ao crime – i) acções
preconceituadas a algum comporta-
mento ilegal ou a alguma indelicade-
za por acontecer; ii) execução com
planeamento das actividades organi-
zadas e ordenadas pelos comandos.
Aperfeiçoamento activo – regime
aduaneiro através do qual, mercado-
rias não nacionais e destinadas à
reexportação são importadas para o
território aduaneiro com dispensa do
pagamento dos direitos relativos à
importação, com o fim de benefici-
arem de operações de melhora-
mento (acabamento).
Aperfeiçoamento passivo – regime
aduaneiro através do qual as merca-
dorias nacionais são exportadas
temporariamente com o fim de bene-
ficiarem de operações de melho-
ramento (acabamento) e cujo produ-
to resultante deste melhoramento é
introduzido em livre prática (reim-
portação) com isenção total ou
parcial dos direitos devidos.
Aplaca na uniforme – expressão
 Polícia Nacional de Angola
típica que designa ordem dada ao
Agente policial, no sentido de se
apresentar numa determinada unida-
de policial por quem detém o poder.
Apoio – relação de comando esta-
belecida por um comandante, entre
os escalões subordinados, que in-
cumbe uma força das tarefas de
auxiliar, proteger e complementar.
Aportar – acção de conduzir o na-
vio ao porto.
Aposentado – o mesmo que refor-
mado. Indivíduo profissional que
terminou a vida profissional em con-
formidade com os requisitos exigi-
dos, que podem ser por tempo de
contribuição, idade, deficiência, inva-
lidez e especial.
Apreciação operativa – designa-se
ao estudo ordenado e coerente de
todos os factores que afectam ou
influenciam no cumprimento da
missão, com o objectivo de determi-
nar a forma de acção mais conveni-
ente e apoio necessário, que sirva
essencialmente para que o coman-
dante tome a melhor decisão.
Apreensão – i) procedimento caute-
lar destinado à busca e ao posterior
apoderamento de coisas ou pessoas
mantidas sob custódia dos órgãos
judiciais ou policiais, a fim de garan-
tir o exercício de um direito, pode ser
real ou hipotética, sendo que recai
sobre os bens móveis e imóveis.
Trata-se de um meio de prova
consistente na apreensão de pes-
soas ou coisas que contribuem para
a elucidação do crime, via diligência
judicial ou policial; ii) tomada de
medida feita pelos agentes fiscais de
18
mercadorias e objectos encontrados
em contrabando ou transgressão
das leis ou regulamentos fiscais, e,
bem assim, dos veículos ou animais
em que forem transportados.
Apreensão policial – procedimento
no âmbito das medidas cautelares
para a recolha dos meios, nor-
malmente, relacionados com o co-
metimento de crime ou de outras
infracções.
Aprendizagem organizacional da
polícia – mudança na capacidade
de acção efectiva da instituição, para
a geração e apropriação de conheci-
mentos úteis que beneficiem a inter-
pretação da mudança institucional
da Polícia e as acções que dela
despontam.
Apuramento do regime – procedi-
mento aduaneiro que consiste na
atribuição de um novo regime às
mercadorias importadas, produtos
compensadores ou transformados
obtidos sob um regime económico
suspensivo, quando forem declara-
dos para livre prática (consumo),
exportadas, distribuídas gratuita-
mente ou inutilizadas.
Área de fiscalização aduaneira –
extensão territorial sobre a qual se
faz sentir a acção fiscal aduaneira,
compreendendo as fronteiras terres-
tres, marítimas ou ferroviárias situa-
das junto dos portos, aeroportos e
caminhos-de-ferro.
Área de jurisdição – local no qual
um determinado comando operacio-
nal tem absoluta faculdade para
encaminhar, cooperar e coordenar
as acções necessárias para o cum-
 Vocabulário Policial
primento da missão.
Área de segurança – espaço locali-
zado indefinidamente, onde se po-
dem resguardar as vítimas, afastan-
do qualquer situação que possa
perigar o local. Ponto para o socorro
e evacuação das forças e meios
afins.
Área defensiva – local pelo qual se
faz o desdobramento de resguardo,
de que se dispõe de forças e de
maior poder de fogo, para melhor
planeamento da situação operacio-
nal que compreende ao espaço de
maior segurança.
Área portuária – zona marítima e
terrestre dentro da qual se realizam
actividades e operações portuárias
como a atracagem de navios, des-
carga e carga de navios e arma-
zenagem de mercadorias, taxação, e
trabalhos de estaleiros.
Área sensível – local físico que, de
acordo com as próprias caracterís-
ticas e problemas conjunturais, é
passível de exploração por parte de
acções criminosas. Espaço de vital
importância, formado por pontos
sensíveis, bastantemente vulnerá-
veis, e que podem ser resguardados
a partir de um único contingente
policial por intermédio de patrulha-
mentos ostensivos.
Área verde – espaço firme e de
controlo das forças legalmente poli-
ciadas, no qual não são adoptadas
medidas cuidadosas de assegura-
mento no determinado perímetro.
Nesse local, as acções das forças
adversas restringem-se à forma
clandestina, ou às incursões, às
19
pequenas emboscadas, às activida-
des e às operações de inquietação.
Área vermelha – local de assegura-
mento constante ou descontínuo das
forças policiais. Neste perímetro, as
acções criminosas situadas nele
operam com grande escrupulosida-
de.
Arguido – pessoa singular contra
quem foi deduzida acusação, contra
quem foi exigida a abertura da
instrução processual ou que veio a
ser constituída como tal nos autos.
Aríete – equipamento táctico desti-
nado à abertura de portas com uma
ligeira violência.
Arma – instrumento ou aparelho
defensivo e/ou ofensivo, utilizado
pela Polícia para fazer o corte de
qualquer infracção criminal fortuita e
perigosa que possa pôr em causa a
integridade física do Agente ou de
terceiros.
Arma automática – instrumento
que o seu carregamento, disparo e
todas as operações de funciona-
mento ocorrem continuamente, en-
quanto o gatilho estiver sendo acci-
onado (dar rajadas) à custa da
energia desenvolvida pelos próprios
gases da pólvora que proporcionam
o projéctil.
Arma branca – todo o objecto ou
instrumento portátil dotado de uma
lâmina ou outro objecto com super-
fície cortante, perfurante ou agres-
siva, destinado a projectar, atirar ou
lançar, usado para a prática de um
crime, como: faca, catana, garrafa e
outros, independentemente das su-
as dimensões.
 Polícia Nacional de Angola
Arma convencional – i) instrumento
que, pelo seu uso, atende aos
desafios do combate à criminali-
dade; ii) A elas não se inclui a
categoria das armas nucleares, ra-
diológicas, biológicas e químicas,
com excepção das que produzem a
fumaça, a incendiárias e as utiliza-
das contra a situação de distúrbios.
Arma de arremesso – instrumento
de lançamento utilizado à curta dis-
tância pela mão do indivíduo (gra-
nada de mão).
Arma de fogo – toda a arte ou
mecanismo de disparo, destinado a
provocar a explosão de uma carga
propulsora geradora de uma massa
de gases, cuja expansão lança um
ou mais projécteis.
Arma de fogo municiada – arma de
fogo com pelo menos uma munição
introduzida no seu depósito ou car-
regador.
Arma defensiva – destinada a se
defender do adversário e que pode
ser individual (escudo, capacete) e
colectiva (carro blindado).
Arma eléctrica – todo o sistema
transportável alimentado por fonte
energética e destinado unicamente a
produzir descarga eléctrica que rapi-
damente neutraliza a capacidade
motora humana.
Arma lançadora de gases – dispo-
sitivo portátil destinado a soltar
gases por um cano.
Arma letal – instrumento com poder
lesante ou improvisado para prote-
ger a própria vida ou a de terceiros,
ou seja, usa-se para evitar um deter-
minado crime particularmente grave
20
em elevação.
Arma menos letal – instrumento
utilizado no sentido de incapacitar
indivíduos ou materiais operacionais,
de maneira a causar o mínimo de
danos fatais, lesões permanentes no
pessoal, danos indesejáveis às ins-
talações e comprometimento do me-
io ambiente.
Arma ordinária – para cada dispa-
ro, há a acção do utilizador, não só
sobre o gatilho, mas também sobre
o carregamento, introduzindo um
novo cartucho para cada disparo,
fazendo estas operações manual-
mente.
Arma orgânica – arma de fogo per-
tencente à Polícia Nacional de Ango-
la, atribuída ao efectivo para o cum-
primento de determinada missão de
serviço ou pela sua qualidade de
Agente de autoridade.
Armador – i) aquele que física ou
juridicamente, com recursos pró-
prios, equipa, mantém e explora co-
mercialmente as embarcações mer-
cantis; ii) empresa proprietária de
navio, que tem como objectivo trans-
portar mercadorias.
Armas ofensivas – destinadas a
dupla finalidade, defesa e ataque
(carro de combate).
Armazém (Aduaneiro) – recinto
vedado, coberto ou não, onde arre-
cadam as mercadorias cativas de
direitos ou de outros impostos, cuja
cobrança está acometida as alfânde-
gas e bem assim aquele cujo de-
sembaraço lhes pertença.
Armazém aduaneiro – regime adu-
aneiro segundo o qual as mercado-
 Vocabulário Policial
rias importadas são armazenadas
sob controlo aduaneiro em um local
autorizado para este fim pela Admi-
nistração Geral Tributária com sus-
pensão total ou parcial dos direitos e
demais imposições aduaneiras de
importação.
Armazém afiançado – i) instalação
constituída por um edifício ou recinto
vedado, proposto pelos recebedores
das mercadorias e autorizadas pelas
autoridades aduaneiras, com prévia
fiança dos direitos na qual são
guardadas mercadorias de diferen-
tes qualidades, especialmente desti-
nadas à importação e cuja saída
para o consumo é condicionada ao
pagamento dos respectivos direitos
e demais imposições; ii) depósito
afiançado.
Armazém alfandegado – depósito
destinado à arrecadação de merca-
dorias importadas para o consumo e
sob controlo aduaneiro, estando es-
tabelecido em edifício ou recinto
proposto pelos donos das merca-
dorias e aprovado pelas alfândegas,
apresentando condições necessá-
rias ao estabelecimento do convi-
ente isolamento fiscal com uma
porta com duas chaves de moldes
diferentes, fornecidas pelas alfânde-
gas a custa do proprietário, ficando
este, com uma delas e a instância
aduaneira com outra, sob fiscaliza-
ção permanente enquanto se man-
tiver aberto.
Armazém Especial – armazém es-
peciamente concebido para o depó-
sito de mercadorias com carácter
especial.
21
Armazém de baldeação – edifício
pertencente às empresas de nave-
gação aérea ou marítima onde são
arrecadadas mercadorias nacionais
ou nacionalizadas procedentes de
outros portos ou aeroportos quando
acompanhadas de guias de reexpor-
tação ao exterior ou procedentes do
exterior e que se destinam a trans-
bordo.
Armazém de leilão – depósito desti-
nado à arrecadação de mercadorias
e géneros que tenham excedido o
tempo de armazenagem e que, por
isso, são consideradas perdidas a
favor do Estado, que as submeterá à
venda em hasta pública.
Armazém de trânsito – estabele-
cimento pertencente à associações,
empresas de transporte terrestre,
marítimo ou transitários que explo-
ram o ramo do comércio de trânsito,
destinado a arrecadar mercadorias
em regime de trânsito ou transfe-
rência.
Armazém geral agrícola – recinto
destinado a receber em depósito
mercantil ou em regime de armazém
geral, produtos, adubos, alfaias e
máquinas e outros instrumentos des-
tinados à agricultura.
Armazém geral industrial – local
ou recinto destinado à recepção em
depósito mercantil ou em regime de
armazém geral, os artefactos produ-
zidos pelas indústrias ou a matéria-
prima necessária para a sua elabo-
ração com prerrogativas de emitir os
conhecimentos de depósito ou
warrants para as mercadorias neles
depositadas.
 Polícia Nacional de Angola
Armazém reentrado – depósito
destinado à arrecadação de merca-
dorias submetidas a despacho e
que, por qualquer motivo, as formali-
dades tenham sido suspensas.
Armazém-geral – estabelecimento
comercial previamente autorizado,
cuja função é prover a guarda e
conservação de mercadorias nele
depositadas e permitir a sua circula-
ção e utilização.
Armazenagem – i) acto de colocar
em armazém mercadorias nacionais
ou importadas sob qualquer regime,
estando cativas ou não os direitos
aduaneiros e demais imposições; ii)
importância que se paga pelo depó-
sito de mercadoria .
Armistício – acordo formal, segun-
do o qual certas partes envolvidas
em conflitos armados concordam em
cessar o combate; não se trata
precisamente de culminar com o
confronto, porém, de dar uma trégua
no sentido de tentar possíveis acor-
dos.
Arnel – equipamento que o Agente
operacional utiliza para efectuar o
exercício de montanha (rapel).
Arqueação – i) operação que con-
siste na medição, em toneladas ou
em metros cúbicos, a capacidade de
carga de um navio; ii) imposto de
comércio marítimo que incide sobre
a quantidade de carga desemba-
raçada num porto nacional.
Arquivo – sistema físico ou digital
de ficheiros organizados, ordenados
e classificados de acordo com a sua
natureza.
Arquivo corrente – repositório de
22
documentos utilizados com muita
frequência, durante um determinado
período, que pode ser mensal ou
anual.
Arquivo permanente – depósito de
documentos que não são de consul-
ta corrente ou que aguardam a res-
pectiva destruição.
Arresto – detenção judicial de bens
do devedor para o efeito de conser-
vação da garantia patrimonial, quan-
do o credor tem um justo receio de
ver essa garantia ameaçada por um
acto do devedor. Trata-se de acaute-
lar a conservação dos bens a que
respeita o tal receio do credor,
colocando esses bens á guarda do
Tribunal, para que eles existam e
estejam em condições de poderem
ser hipotecados quando o credor
estiver em condições de exercer
efectivamente o seu crédito, em
execução parcial.
Arribada – acto de um navio fun-
dear ou atracar num porto que não
era da sua escala ou destino ou o de
voltar ao porto de partida, e justifica-
se mediante a falta de mantimentos,
qualquer acidente ou incidente que
tenha afectado gravemente a tripu-
lação; acidente que inabilite o navio
de continuar a navegar, ou receios
fundamentados de ataques de inimi-
gos ou pirataria.
Arrogância – constitui um compor-
tamento hostil, intimidador, pois a
sensibilidade extrema, o orgulho, a
intolerância e a prepotência tomam
conta da realidade.
Arrojos – conjunto de objectos ou
mercadorias que se encontram
 Vocabulário Policial
abandonados, nas costas ou mar-
gens de rios navegáveis ou outro
local, provenientes da carga ou de
fragmentos de embarcações ou ae-
ronaves de precedência desconhe-
cida, ou que provêem de naufrágio
sucedidos à muitos anos (máritimos
ou aéreos).
Arruaça – situação de alarido em
ambiente público, geralmente consti-
tuído por grupos de amigos que
fazem insultos, palavreados de mau
grado em voz alta, ofendem, gritam
e, em situações mais graves, utili-
zam da violência física para empur-
rar pessoas nos automóveis, ruas e
residências, praticando qualquer tipo
de vandalismo para fazer valer o
interesse particular.
Articulação das forças – organiza-
ção do efectivo policial para a execu-
ção de uma operação pelo qual são
indicados os comandos principais de
cada núcleo de forças, a constituição
destes e a respectivas relações de
comando ou apoio.
Artigo pautal – codificação especí-
fica atribuída a uma mercadoria ou
grupo de mercadorias relacionadas
entre si, segundo a qualidade, clas-
se, características e grau de manu-
facturação, numa pauta aduaneira
através de um determinado número
de oito dígitos baseados na nomen-
clatura do sistema harmonizado e
codificação das mercadorias.
Asfixia mortal – ausência do oxigé-
nio por impedimento automático de
causa acidental, violenta e/ou extre-
ma, em circunstâncias variadas que
a vítima sofre.
23
Aspirante – cadete que termina a
fase curricular ministrada na sala de
aulas no subsistema de ensino
superior policial e que esteja a reali-
zar estágio profissional junto das
unidades policiais.
Assalto – actividade criminosa sim-
ples ou violenta que visa perpetrar a
subtração de meios no interior de
residências, na via pública e em
outros estabelecimentos, culminan-
do com a consumação ou não do
acto.
Assassinato – homicídio qualificado
com circunstância agravante funda-
mental que releve a perigosidade
individual ou grupal.
Assassínio em massa – acção de
matar várias pessoas de uma vez,
num mesmo local e num tempo
reduzido, sem mostrar preocupação
com a identidade das vítimas; nor-
malmente, ataca família ou grupo
que supostamente o oprimiu ou
rejeitou.
Assassínio em série – envolve dois
ou mais acontecimentos distintos
(durante os quais pode matar várias
vítimas ao mesmo tempo), com um
intervalo de tempo a separar cada
um dos homicídios (semanas, me-
ses, anos) havendo, maioritaria-
mente, uma componente sexual na
respectiva conduta criminosa.
Assassínio sádico – acto de aniqui-
lamento após obter certo prazer
erótico, realizando actividades que
resultam em dor, sofrimento ou mor-
te à vítima.
Assédio sexual – i) solicitação de
favores sexuais ou qualquer conduta
 Polícia Nacional de Angola
física ou verbal de natureza sexual
indesejável; ii) qualquer comporta-
mento do fórum sexual que seja
indesejado e que tenha um efeito
contrário na condição de serviço de
um funcionário que interfere no
desempenho profissional de um
efectivo. Cria um clima de trabalho
hostil ou intimidador.
Asseguramento combativo – servi-
ços designados para detectar a tem-
po oportuno qualquer actividade vio-
ladora ou inimiga e brindar informa-
ção necessária de forma adequada,
para permitir a rápida introdução de
outras forças e meios para a identifi-
cação, captura ou aniquilamento dos
violadores de fronteira.
Asseguramento policial – i) activi-
dade desenvolvida pelo efectivo da
Polícia com o objectivo de garantir a
segurança e a protecção em eventos
de carácter público ou privado; ii)
serviço de ordem pública que tem
por objectivo garantir a ordem, segu-
rança e tranquilidade públicas de um
determinado evento colectivo.
Assistente do processo – pessoa
(s) singular ou colectiva que, por ser
ofendida ou porque a lei lhe confere
legitimidade para se constituir como
tal, solicitou ao juiz a sua interven-
ção no processo penal para, dali,
fazer valer os seus interesses (de
natureza penal e, conjuntamente, de
natureza cível), quer em colabo-
ração com o Ministério Público (cri-
mes públicos e semipúblicos), quer
autonomamente, nos casos previs-
tos na lei (crimes particulares) e que,
por despacho judicial, foram admi-
24
tidas como tal. É um sujeito proces-
sual.
Associação – organização resultan-
te de reunião legal entre duas ou
mais pessoas, com ou sem perso-
nalidade jurídica, sem fins lucrativos
para a realização de um objectivo
comum.
Associação de emissão (Adua-
neira) – associação aprovada pelas
alfândegas e filiada directa ou
indirectamente na cadeia de fiadores
para emitir documentos referentes a
importação temporária de mercado-
rias.
Associação de garantia (Adua-
neira) – associação aprovada pelas
alfandegas e filiado na cadeia de
fiadores, com o objectivo de garantir
os montantes ou espécie referente
aos direitos aduaneiros e quaisquer
outros, dos benefícios das importa-
ções no território nacional.
Ata – sistema comercial interna-
cional que permite a livre circulação
das mercadorias, travessia das fron-
teiras e sua admissão temporária
num território aduaneiro com fran-
quia de direitos e taxas.
Ataque – acção de direccionar uma
actividade ofensiva contra uma de-
terminada instalação ou pessoa que
seja alvo de um indivíduo ou orga-
nização criminosa.
Ataque coordenado – operação po-
licial ofensiva que consiste na sin-
cronização, movimento e acção de
choque contra uma resistência cri-
minosa ou de rebelião, de acordo
com as informações disponibilizadas
que indiquem a necessidade de um
 Vocabulário Policial
melhor planeamento, reconhecimen-
to dos detalhes, centralização das
actividades e de um esforço coor-
denado por parte das forças execu-
tantes.
Ataque fronteiriço – acção realiza-
da a partir do território vizinho com
emprego de forças e meios militares
ou policiais que visam atingir um
dado objectivo na fronteira estatal de
um determinado território.
Atentado ao pudor – forçar alguém
mediante violência ou grave amea-
ça, a praticar ou permitir que com
ele se pratique acto sexual adverso
da conjunção carnal.
Atitude ofensiva – acção de tomar
a iniciativa do enfrentamento policial,
em razão da voz de mando.
Atracagem de navio – movimento
em que o navio encosta de facto no
cais ou muralha do porto com
lançamento dos cabos afixados e
amarrados nos cabeços.
Atribuições – responsabilidades ou
interesses que as leis e regulamen-
tos confiam às pessoas colectivas
ou particulares, de realizar determi-
nada missão.
Auditoria – exame das operações,
actividades e sistemas de determi-
nada entidade, com vista a verificar
se são executados ou se funcionam
de acordo com determinados objec-
tivos, orçamentos, regras e normas.
Auditoria de segurança rodoviária
– conjunto de procedimentos exe-
cutados por uma entidade indepen-
dente do dono de uma determinada
obra e do projectista, destinados a
associar, de modo explícito e formal,
25
os conhecimentos e informações
relativos à segurança rodoviária no
planeamento e projecto de estradas,
com as finalidades de amenizar o
risco de acidente e de reduzir as
respectivas consequências.
Ausente – quando alguém não se
faz presente no local indicado para o
cumprimento das suas obrigações,
estabelecidas no regulamento espe-
cífico vigente ou por uma outra
ordem superiormente emanada.
Autenticidade – certificação que dá
conta da informação ou conhe-
cimento do que é verdadeiro, como
a sua origem e seu destinatário.
Auto – i) instrumento de auten-
ticação dos termos em que os actos
processuais de forma oral se desen-
rolaram, do teor dos requerimentos
nele apresentados, das promoções
efectuadas, das declarações presta-
das e das decisões orais tomadas, a
que tiver assistido à entidade que o
escrever; ii) peça fundamental do
ofício que é elaborada nas ocor-
rências policiais, como: auto de
queixa, auto de apreensão, partici-
pação, auto de notícia por trans-
gressão, auto de colheita de amos-
tra, auto de diligências, auto de
declarações e outros.
Auto de abertura – documento
lavrado antes ou após o veredicto
final, no caso de fundadas suspeitas
de uma mala de correio conter
artigos em descaminho.
Auto de notícia – i) peça de
expediente que se elabora quando
os factos cometidos foram presen-
ciados pelas autoridades, ou seja,
 Polícia Nacional de Angola
em flagrante delito e a moldura
penal abstractamente aplicável cor-
responder à pena de prisão; ii)
narração escrita de qualquer ocor-
rência ou de factos que constituem
infracção fiscal aduaneira presen-
ciada por funcionários aduaneiros ou
agentes da Polícia Fiscal Aduaneira
ou do conhecimento desta.
Auto de queixa – peça de expe-
diente que se elabora para relatar os
factos e transmitir às autoridades
judiciárias os crimes semipúblicos ou
particulares e os factos não come-
tidos em flagrante delito.
Autoavaliação do Agente – proces-
so avaliativo realizado individual e
voluntariamente aos resultados obti-
dos, comparando-os com as mis-
sões orientadas, para analisar den-
tro dos pontos fortes os obstáculos
que impactam a sua capacidade de
atingir os seus objectivos e decidir
as acções a empreender.
Autópsia – acto médico realizado
mediante morte por causa determi-
nada ou não, em que há suspeita de
ter ocorrido de forma contrária à
aparente. Pressupõe sempre e em
qualquer caso, independentemente
da causa, a análise criteriosa, sob o
ponto de vista forense, das circuns-
tâncias que rodearam a morte, o
estudo do hábito externo e interno
do cadáver, a análise e a interpre-
tação dos resultados dos meios
complementares de diagnóstico que
se revelam necessários para a
produção de evidência diagnóstica e
a elaboração do respectivo relatório
pericial.
26
Autoria mediata – acontece quando
o autor não executa o facto por suas
próprias mãos, mas ordena outra
pessoa, sem perder o controlo da
situação; prática do facto através de
outrem, que aparece como instru-
mento da pessoa que, por detrás,
tem o domínio do processo causal.
Autoridade – competência legal-
mente conferida a um comandante
ou chefe por meio do qual é soli-
citada a decisão e emissão de
ordens que tenham efeito sobre
locais, sobre recursos humanos e
materiais, cuja jurisdição a ele tenha
confiabilidade.
Autoridade de polícia criminal –
entidade com funções de direcção
ou comando operacional das forças
policiais, ou Agente que actua sob
direcção e dependência funcional da
autoridade judiciária competente.
Autoridade tradicional – pessoa
singular de direito privado, formal-
mente investida pelo conselho su-
premo de anciões do reino e em
pleno exercício de funções, que tem
a tarefa de dignitário de monarquia e
dos respectivos órgãos supremos.
Autorização – acto administrativo
livre por meio do qual o superior
hierárquico torna possível a realiza-
ção de certa actividade, serviço ou
utilização de determinados bens
particulares ou do órgão, de seu
exclusivo ou predominante interes-
se, que a lei condiciona para o
consentimento prévio do órgão, tais
como o uso especial do bem, o porte
de arma, viatura e outros.
Avaliação – i) acção de estimar, ve-
 Vocabulário Policial
rificar, apreciar, calcular ou apontar
o valor de algo ou de alguém; ii)
processo pelo qual o mérito, o valor
e o significado de algo ou alguém é
determinado; iii) faculdade de formu-
lação de um juízo de valor sobre
factos, objectos, pessoas ou entida-
des, com base num estudo cuida-
doso das suas possíveis vulne-
rabilidades e capacidades, objecti-
vando uma tomada de decisão
assertiva.
Avaliação conjuntural – i) verifi-
cação que expressa as opiniões de
diversos especialistas sobre factos e
situações, passados e presentes, e
de um futuro derradeiro; ii) sistema
ordenado de conhecimento sobre a
realidade da provável tendência, que
contempla o interior e o exterior,
com a finalidade de identificar os
variados factores.
Avaliação contínua – apreciação
global de desempenho do pessoal
no exercício das suas funções, exe-
cução de tarefas, cumprimento de
missões e de actividades de instru-
ção e treinamento de modo ininter-
rupto.
Avaliação da situação operativa –
instrumento que reúne informações
sobre o comando, serviços e estra-
tégias implementadas, bem como a
situação da ordem pública e factores
que a afectam. Geralmente, faz-se
um relatório compilado de inteligên-
cias, estatísticas, antecedentes e
recomendações.
Avaliação de informação – proce-
dimento destinado a determinar a
fiabilidade da fonte e a credibilidade
27
da informação, a fim de medir a
exactidão da mesma.
Avaliação de risco – método atra-
vés do qual se identifica e avalia a
probabilidade de ocorrência de situ-
ações imprevistas e contrárias aos
objectivos preconizados que deve-
rão ser preservados, mediante medi-
das alternativas previamente deter-
minadas.
Avaliação dos resultados – i) aná-
lise da informação pelo qual se
desenvolve um projecto; ii) qualifica-
ção dos resultados das áreas
previamente determinadas no pro-
cesso de um planeamento.
Avaliação extraordinária – aprecia-
ção feita a qualquer momento, visan-
do um determinado fim específico.
Avaliação operacional – i) meca-
nismo pelo qual se aprecia a efec-
tividade e a adequação operacional
de um sistema, de acordo com as
condições usuais da operação; ii)
seguimento que fornece dados so-
bre a instituição, os requisitos do
pessoal e quadro, as tácticas e a
doutrina nas instruções operaci-
onais.
Avaliação ordinária – apreciação
ou estimativa realizada periodica-
mente, visando à análise global de
desempenho do efectivo.
Avaliação periódica – apreciação
global do desempenho do efectivo
no exercício das suas funções, exe-
cução de tarefas, cumprimento de
missões e de actividades de instru-
ção e treinamento, durante determi-
nado período.
Avaliado – sujeito passivo da avalia-
 Polícia Nacional de Angola

ção cujo desempenho é apreciado

pelo superior hierárquico.
Aviso de saída – notificação prévia
que o agente de navegação distribui
às autoridades marítimas competen-
tes com a indicação do tipo de
embarcação, sua nacionalidade, pro-
veniência, data e hora da chegada
ao porto local.

28
 Vocabulário Policial
B
Bacia de evolução – local instalado
previamente nas proximidades do
cais, dotado de dimensões e profun-
didades adequadas, cuja finalidade
é fundear e manobrar as embarca-
ções.
Bagagem – objecto transportado pe-
los viajantes e destinado ao seu uso
pessoal, nas quantidades e segundo
os critérios fixados na legislação
aduaneira.
Baía – acidente geográfico ou qual-
quer lugar côncavo do litoral, onde
se possa portar, e, é de grande
significação na organização e insta-
lação de um porto;
Bailarina – equipamento que o efec-
tivo operacional utiliza como suporte
enquanto efectua o exercício de
montanha.
Baixa – inactividade temporária ou
definitiva do efectivo, resultando na
sua demissão ou transferência.
Bajulação – consiste na exaltação
de uma pessoa com base nos
interesses pessoais, na medida em
que o indivíduo idealiza algo que
outras pessoas não conseguem vis-
lumbrar.
Bala – peça metálica arredondada
ou orgival, revestida por um cartu-
cho, com que é carregada uma arma
de fogo.
Baldeação – transferência da mer-
cadoria descarregada de um meio
29
de transporte e posteriormente car-
regada para outro, havendo descar-
ga para um depósito temporário e
posterior retirada para colocação
noutro meio de transporte, que pode
ser de outro modal.
Baleeira – embarcação de pequeno
porte dotada de óptimas qualidades
de flutuabilidade e estabilidade e de
manobralidade, destinada a oferecer
segurança a tripulação em caso de
abandono do navio por uma circuns-
tância qualquer, cujas popas e proas
são finas e elevadas.
Balística – estuda o impulso, movi-
mento e impacto dos projécteis
(bala) realizado do interior ao exte-
rior da arma até ao alvo.
Balística judicial – i) mecanismo
que auxilia nos estudos da medicina
legal, avaliando as feridas causadas
por projécteis disparados por armas
de fogo; ii) especialidade da técnica
criminalística, que visa à investi-
gação de arma de fogo, seus reves-
timentos, bem como os vestígios
produzidos pelo disparo, com a
finalidade de auxiliar no esclareci-
mento de actos criminosos.
Baliza aduaneira – qualquer sinal
que serve para guiar os navegantes,
podendo ser luminoso ou não.
Banda de música central – órgão
da Polícia Nacional de Angola,
especializado no ramo da música
técnicoartística, profissional e cultu-
ral, exercendo actividades com ins-
trumentos de sopro, corda e per-
cussão em todas as suas vertentes.
Banda marcial – formação de pro-
dução musical da Banda de Música
 Polícia Nacional de Angola
Central da Polícia Nacional, que no
excercício das suas funções, utiliza
instrumentos de sopro e percussão,
numa composição de 80 à 125 mú-
sicos.
Banditismo – tipo de crime organi-
zado cometido por criminosos que
normalmente envolvem a ameaça ou
utilização de violência.
Barcaça ou alvarenga – embarca-
ção robusta, sem proporção própria,
com fundo chato, utilizado ao em-
barque e desembarque ou balde-
ação de carga.
Barco farol – embarcação que fica
flutuando no porto ou perto da
margem, com um farol aceso, a fim
de guiar os navios que aportam
durante a noite.
Barragem filtrante – dispositivo se-
lectivo em que os elementos poli-
ciais são colocados a dois ou três
passos de intervalo e só devem
deixar passar os portadores de
cartões especiais ou as pessoas que
apresentam razões justificáveis, de-
signadamente os moradores e ou-
tros, por motivos óbvios.
Barreira – impedimento artificial
construído com materiais variados,
como veículos inutilizados, pedras,
madeiras, máquinas e outros, colo-
cados em forma de obstáculos.
Barreira policial – dispositivo que
consiste em impedir a circulação
para interpelar e revistar pessoas,
proceder à busca de veículos com o
objectivo de prevenir, minimizar,
neutralizar e reprimir transgressões
criminais ou administrativas.
Bastão ou cassetete – i) instru-
30
mento em forma de taca ou porrete,
normalmente mais grosso, numa das
extremidades e, geralmente, feito de
um material sólido, nomeadamente
madeira, metal ou borracha, utilizado
para fins de necessária força física;
ii) material policial revestido de bor-
racha ou de ferro, usado na manu-
tenção da ordem pública.
Batalha – choque agressivo de
forças opositoras de considerável
valor, no qual ambos visam modifi-
car a situação estratégica actual,
conquistando posições no terreno.
Batalhão – conjunto de companhias
ou forças militarizadas que se reú-
nem em direcção ao combate, com
um único objectivo, vencer o inimigo.
Batida – acção efectuada por uma
força de efectivo variável, para reco-
nhecimento em áreas abertas, fe-
chadas ou condicionadas, com o
objectivo de procurar, descobrir ou
encontrar algo ou alguém de interes-
se.
Benefício fiscal – regime especial
de tributação que envolve uma van-
tagem ou simplesmente um desa-
gravamento fiscal, perante o regime
normal, assumindo-se como uma
forma de isenção, redução de taxas,
deduções a matéria colectável, a-
mortizações e outras medidas fiscais
desta natureza.
Bem de uso pessoal – objecto novo
e/ou usado, sem características co-
merciais nas quantidades e segundo
os critérios fixados nas instruções
preliminares da pauta aduaneira.
Bens em circulação – mercadorias
ou bens que por diversos motivos,
 Vocabulário Policial
não estando livres da fiscalidade
aduaneira, se encontrem fora dos
locais de produção, transformação,
fabrico, exposição ou dos respec-
tivos estabelecimentos comerciais
de venda.
Berço (marítimo) – aparelho sobre
o qual corre o navio do estaleiro
para água.
Bioterrorismo – utilização de armas
biológicas, gases infectantes e para-
lisantes, transmissão de bactérias ou
vírus, com objectivos político-econó-
micos, espalhados através do envio
de correspondências dirigidas às ví-
timas ou libertados em ambientes
fechados.
Bivaque – local de estacionamento
no qual as forças se instalam sob a
protecção de coberturas pré-existen-
tes ou abrigos naturais, que servem
de escudo para posterior reacção.
Bloqueio de ponto – i) inviabiliza-
ção efectuada através da utilização
de transmissores reflectores de es-
treitamento da faixa e sintonia pre-
cisa; ii) mecanismo usado de forma
individual sobre a largura da área
ocupada, na aparição, pelo receptor
do rival, cuja eficiência depende, em
grande medida, da obtenção da fre-
quência exacta de operação.
Boletim de ocorrência – registo
feito por meio de sistema digital ou
em livro, formado por vários campos,
discriminando o histórico, a identi-
ficação pessoal e o preenchimento
dos quesitos que correspondem à
narrativa do facto sob registo, para
posterior investigação.
Branqueamento de capital – pro-
31
cesso por meio do qual se pretende
ocultar a origem ilegal dos capitais
resultantes de uma determinada
actividade criminosa, permitindo a
manutenção do controle sobre o
produto da actividade criminosa e
oferecendo uma cobertura legal para
as diversas fontes ilícitas de ren-
dimento.
Brio – sentimento de amor-próprio,
autoestima, expressão de honra e
dignidade.
Brio do Polícia – i) apresentação de
uma boa imagem por parte das
forças de segurança pública, que
pesa decisivamente na obtenção de
empatia da população; ii) constitui
uma inteligente demonstração e dis-
ciplina, atavio, cortesia e cumpri-
mento do dever.
Bunkering – exercício da actividade
de abastecimento ou transbordo de
combustível à navegação nos termi-
nais petrolíferos.
Burla – acto criminal realizado com
o intuito de enganar, praticar fraude
em qualquer sistema, lesar ou ludi-
briar alguém; acção ardil.
Burla por defraudação – i) crime
que consiste na fraude ou fingimento
(explícito ou implícito), no engano,
para obter a entrega (voluntária) ao
agente, de dinheiro ou bens que, de
outro modo, o respectivo titular não
lhe entregaria; ii) consensualidade
ou voluntariedade, mas a vontade
do ofendido é viciada pelo engano e
consubstancia-se na associação cri-
minosa, corrupção activa e tráfico de
influência.
Busca – diligência escrupulosa de
 Polícia Nacional de Angola

investigação, que tende a localizar o

suspeito ou qualquer objecto ou ves-
tígio do crime que, pela sua natureza
e significado, interessa evitar que se
perca ou se altere com o tempo ou
por acção humana.
Busca domiciliar – i) autorização
para prender criminosos, coisas a-
chadas ou obtidas por meios cri-
minosos, apreender instrumento de
falsificação e objectos falsificados; ii)
ordem judicial que um magistrado ou
juiz emite, para autorizar a Polícia a
conduzir a busca de uma pessoa,
local ou veículo por vestígio de um
crime e confiscar qualquer evidência
que encontrar.
Busca judiciária – acção ordenada
pelo Magistrado Judiciário mediante
o respectivo mandato, executada por
força policial e direccionada para en-
contrar num determinado lugar pes-
soas ou objectos relacionados com a
prática de crime.
Busca policial – acção executada
pelas forças policiais e direccionada
para encontrar num determinado
lugar, pessoas ou objectos relacio-
nados com indícios de infracções
criminais ou administrativas.

32
 Vocabulário Policial
C
Cabotagem – navegação marítima
que se realiza entre portos da mes-
ma costa ou costas vizinhas.
Cabotagem doméstica – navega-
ção que conecta os pontos diferen-
tes da costa de um só país.
Cabotagem Internacional – nave-
gação costeira, envolvendo dois ou
mais países.
Caça furtiva – prática de persegui-
ção de animais selvagens, com o
objectivo de alimentar-se, entreter-
se ou para fins comerciais.
Cadeia de comando – linha de au-
toridade formal na instituição policial.
Em geral, ela pode ser observada
num organograma da instituição, o
qual identificam os papéis de cada
indivíduo e quem deve responder a
quem, dentro da estrutura organiza-
cional. A atribuição de autoridade
implica dois conceitos fundamentais:
hierarquia e amplitude de controlo.
Cadete – estudante que frequenta o
curso no subsistema de ensino su-
perior policial.
Cais – estrutura geralmente de pla-
taforma fixa em estacas, ou região a
beira da água, na borda de uma
obra ou de um porto, onde os barcos
podem atracar e aportar para car-
regar e descarregar carga e pas-
sageiro.
Calamidade pública – constitui uma
situação de emergência, causada
33
por factores anormais e hostis que
influam imensamente uma determi-
nada comunidade, privando-a de for-
ma absoluta ou parcial, do aten-
dimento às suas necessidades ou
lastimando a integridade dos seus
elementos.
Calibre da arma – diâmetro interior
do cano da arma. Nas armas de tiro
com projéctil, o calibre pode ser
referenciado pelo sistema métrico,
ou por centésimos de polegada; nas
armas de caça de canos de alma
lisa, o calibre corresponde ao nú-
mero de esferas de chumbo com o
diâmetro igual ao do interior do cano
na sua parte mais larga, necessárias
para perfazer uma libra de peso.
Câmara de explosão da arma –
alojamento na parte anterior do cano
no qual são introduzidas as muni-
ções para serem disparadas.
Câmara-ardente – força armada de
espingarda ou de espada, especial-
mente postada para render homena-
gem aos restos mortais das entida-
des policiais ou civis, ou de policiais
no activo ou na reforma.
Camuflagem – decisão adoptada
para ludibriar qualquer actividade cri-
minosa, sonegando o entendimento
do verdadeiro sentido de uma insta-
lação ou infiltração de qualquer acti-
vidade ou de um equipamento de
recolha de dados de interesse poli-
cial, usando a simulação, a dissimu-
lação e o mascaramento.
Canal verde e vermelho – sistema
de controlo aduaneiro simplificado
que permite aos viajantes, à chega-
da, declarar ou não perante as alfân-
 Polícia Nacional de Angola
degas, os bens de que se fazem
acompanhar durante a viagem.
Capacete – objecto que serve exclu-
sivamente para proteger o crânio
dos ocupantes dos veículos em caso
de choques, prevenindo ou minimi-
zando possíveis lesões graves.
Capacete à prova de golpe – equi-
pamento policial para a protecção do
tronco, ombro e parte pélvica.
Capacete balístico – meio de pro-
tecção individual que o Agente poli-
cial usa para contrapor o banditismo
armado.
Capacete de protecção – meio poli-
cial usado no combate ao distúrbio
público.
Capacidade de agir – idoneidade
para actuar juridicamente, adqui-
rindo direitos ou assumindo obriga-
ções, por acto próprio e exclusivo ou
mediante um representante volun-
tário ou procurador, isto é, um
representante escolhido pelo próprio
representado.
Capacidade de exercício – aptidão
para a prática dos actos que põem
em movimento a sua esfera jurídica,
de forma pessoal e autónoma, para
actuar por acto próprio e exclusivo
ou mediante um representante vo-
luntário ou procurador.
Capacidade de gozo – constitui-se
na medida de direitos e vinculações
de que uma determinada pessoa
pode ser titular e a que pode estar
submetida.
Capacidade de mando – arte de
saber dirigir ou influenciar os su-
bordinados, obtendo obediência vo-
luntária, confiança, respeito, coope-
34
ração e lealdade para cumprir mis-
sões com êxito.
Capacidade jurídica – medida de
direito e vinculações de que uma
pessoa é susceptível, ou seja, esta-
belece que as pessoas podem estar
sujeitas a quaisquer relações jurídi-
cas.
Capacitação policial – processo
sistemático de aperfeiçoamento e/ou
aquisição de novos conhecimentos,
habilidades e atitudes para uma mel-
hor qualificação, com tendência ao
maior exercício laboral para o bem-
estar profissional e social.
Captura – acção de detenção feita
sempre que se fundam suspeitas de
que determinado indivíduo é o autor
do crime que o investigador procura
conhecer, tanto na fase de investiga-
ção preliminar como na fase de
instrução preparatória, devendo se-
rem efectuadas com sustento legal.
Captura de foragido – acção em
que o acto não requer muito rigor,
bastando a lavratura de boletim de
ocorrência a respeito, sem a neces-
sidade de interrogatório policial;
nada impede que o detido seja
informalmente instado sobre o seu
status ou ouvido em declarações,
para financiar o registo.
Carga – mercadorias que são trans-
portadas para fins de importação/ex-
portação.
Carga embalada – carga transpor-
tada a bordo de uma aeronave ou
de um navio em recipiente (con-
tentores, caixas, tambores, garrafas:
ou coutaras embalagens) incluindo
os hidro-carbonetos.
 Vocabulário Policial
Carga operacional – deslocamento
de uma forma rápida das forças para
a dispersão dos manifestantes.
Cargo – ocupação oficial de um
funcionário, ou seja, aquilo pelo qual
foi contratado ou nomeado.
Cargo policial – i) lugar fixo na es-
trutura orgânica da Polícia Nacional
de Angola que compreende ao de-
sempenho de funções organica-
mente definidas e cujo preenchi-
mento é adequado ao posto, servi-
ço, especialidade ou classe policial,
de acordo com os níveis de
responsabilidade e qualificações exi-
gidas; ii) conjunto de tarefas dirigi-
das para alcançar o objectivo que
exige o empenho de um efectivo
que, com um mínimo de qualifi-
cações e de acordo com o tipo de
função que exerce ou pode exercer
de maneira competente as atribui-
ções que o seu exercício confere.
Carimbo – instrumento de marcação
a óleo ou a seco, usado para auten-
ticar documentos importantes com
elevada relevância.
Carnet acta – documento aduaneiro
combinado ao sistema de garantia
internacional através do qual se
concede pela importação temporária
de mercadoria, à excepção dos equi-
pamentos e meios de transportes,
uma garantia válida internacional-
mente podendo ser utilizadas em
substituição dos documentos adua-
neiros nacionais.
Carnet CPD – documento aduaneiro
combinado ao sistema de garantia
internacional através do qual se con-
cede, pela importação temporária de
35
equipamento e meios de transporte,
à excepção das mercadorias, uma
garantia válida internacionalmente,
podendo ser utilizada em substitui-
ção dos documentos aduaneiros
nacionais e garantir os direitos e
taxas de importação, cobrir a admis-
são temporária dos meios de trans-
porte e controlo de exportações
temporárias e reimportações, mas
neste caso, a garantia internacional
perde a sua validade.
Carnet E.C.S – documento passado
pela importação e exportação tem-
porária de mercadoria, de modelos
comerciais e amostras em regime de
franquia de direitos e demais imposi-
ções, sob a égide de uma caução de
carácter internacional.
Carregador de arma – dispositivo
de armazenamento e alimentação
de munições dentro ou anexado a
uma arma de repetição.
Carreira – conjunto hierarquizado de
postos, em cada categoria, relativo a
determinada forma de prestação de
serviço e a que corresponde o exer-
cício de cargos e o desempenho de
funções diferentes entre si.
Carta operacional – ferramenta me-
todológica que permite elaborar um
inventário ordenado e sistemático
sobre o modus operandi dos crimi-
nosos, como criar estratégias para
contrapor quaisquer situações de
insegurança pública.
Cartucho – carga de uma arma de
fogo fechada num cilindro de cartão,
metal ou plástico.
Casa da guarda – compartimento
onde, regularmente, o pessoal do
 Polícia Nacional de Angola
Corpo da Guarda é acomodado para
descanso temporário.
Casamento policial – acto cele-
brado entre um (a) policial e/ou um
(a) civil que legitima a união volun-
tária, formalizada nos termos da lei
vigente, com objectivo de estabe-
lecer uma plena comunhão de vida.
Categoria – posição que o pessoal
com funções policiais ocupa na car-
reira.
Caução – i) cautela, precaução, se-
gurança, penhor, depósito de va-
lores aceites para tornar efectiva
uma determinada responsabilidade;
ii) medida de coação que pode ser
aplicada ao arguido da prática de um
crime punível com pena de prisão e
consiste na hipoteca ou fiança,
bancária ou não, do montante que
for fixado pelo juiz; iii) obrigação de
depositar uma determinada quantia
que é fixada pelo juiz para que
aguarde em liberdade os ulteriores
termos do processo.
Causa – i) aquilo que provoca o
início ou determina a origem de algo;
origem, princípio; ii) antecedente
lógico ou real que produz um efeito.
Cautelas fiscais – i) dispositivos de
segurança físicos ou electrónicos,
compreendendo a lacração, cinta-
gem e marcação, registo das con-
frontações, entre outros, e o acom-
panhamento fiscal, em casos excep-
cionais; ii) adoptadas para impedir a
violação dos volumes, recipientes de
carga e para o rastreio, permitindo o
controlo do meio de transporte ou da
carga.
36
Cavalaria – arma ou instrumento
das forças actuantes por via ter-
restre, que se destina à acções de
choque ou de reconhecimento e
consubstancia-se num mecanismo
mais móvel e operacional da Polícia.
Cela – compartimento destinado à
reclusos. É o local onde cada conde-
nado é colocado isoladamente ou
em grupos.
Cena do crime – área física onde
ocorreu um facto, esclarecido ou
não, até então que apresente carac-
terísticas e/ou configurações de um
delito.
Centro de comunicação – agre-
gação de variados meios e postos
de transmissões orientados de rece-
bimento, processamento, análise,
criptografia e controlo de dados.
Centro de operação táctica – força
constituída no posto de comando de
divisões da Polícia que, quando for
em caso de enfrentamento e força-
tarefa (conjunto de forças mistas) de
valor único, reunindo os principais
oficiais com o objectivo de fazer o
acompanhamento de operações cor-
rentes, enquanto os restantes se
dedicam nas projecções das opera-
ções futuras.
Centro de operações – local de-
finido, denominado por posto de
comando de unidade policial em
missão onde trabalham os oficiais de
inteligência e de operações, que
dispõem de cartas que designam a
situação e os meios de comuni-
cações do sistema de comando.
Cerco de emboscada – bloqueio
simples e linear em que as funções
 Vocabulário Policial
que o estabelecem se mantêm em
segredo e actuam sob a forma de
cilada.
Cerimonial – conjunto de formalida-
des que determina a sequência dos
acontecimentos em um evento.
Certidão de declaração – docu-
mento apresentado pelo exportador
às alfândegas na reexportação de
mercadorias, através de uma estân-
cia aduaneira diferente daquela que
serviu para o seu desembaraço
aquando da importação.
Certidão de não manipulação –
documento que atesta a autenti-
cidade da origem de uma mercado-
ria; ida de um país beneficiário para
outro de preferência e, embarcada
por intermédio de um terceiro, sem
sofrer qualquer manipulação.
Certificação policial – procedimen-
to pelo qual a Polícia atesta por
escrito ou através de selo de confor-
midade que um produto, processo
ou serviço satisfaz os requisitos
específicos no regulamento vigente.
Certificado de avaria – documento
que junto da alfândega serve para
justificar a avaria da mercadoria ou
navio.
Certificado de fumigação – docu-
mento passado pela entidade oficial
responsável no país de origem, certi-
ficando que a mercadoria, objecto de
exportação (roupa usada e outras),
não constitui perigo para a saúde da
população, ou seja, não está infecta-
da por qualquer endemia que possa
prejudicar a saúde da população ou
do ambiente.
37
Certificado de mercadorias peri-
gosas – declaração que certifica
que as regras para embalagem e a
etiqueta de mercadorias perigosas
foram respeitadas e estão de acordo
com as condições internacional-
mente exigidas para a transportação
de mercadorias perigosas, sem
constituir qualquer perigo aos uten-
tes, á restante mercadoria ou ao
próprio meio de transporte.
Certificado de navegabilidade –
documento que atesta a segurança
e as condições de navegabilidade
de um navio ou de uma aeronáve e
sua respectiva fiscalização.
Certificado de origem – documento
passado por um organismo autori-
zado no país de origem, certificando
expressamente que as mercadorias
a que se refere provém deste país
específico.
Certificado justificado de origem –
documento que simultaneamente
serve para justificar a veracidade da
declaração de origem e da decla-
ração do certificado de origem.
Charanga – formação de produção
musical de instrumentos de sopro e
percussão, montados a cavalos em
andamentos a passo, trote e a ga-
lope, com uma composição da qua-
renta (40) a oitenta (80) músicos.
Chefe de sector – oficial ao qual
compete orientar a equipa de sector,
coordenar a sua segurança e a exe-
cução no âmbito do policiamento de
proximidade.
Chefe operativo – individuo com
funções policiais cuja categoria,
hierarquia e grau é responsável de
 Polícia Nacional de Angola
executar ou dirigir uma determinada
operação e cumprir com a missão
designada.
Chefiar – influenciar e dirigir o com-
portamento dos colaboradores ou
subordinados, de maneira a levá-los
a cumprir uma missão ou alcançar
objectivos, conseguindo da parte de-
les, a obediência, a confiança, o
respeito e a cooperação.
Choque – encontro inesperado en-
tre as forças policiais e as crimino-
sas, onde se produzem troca de
disparos, no sentido de se restabe-
lecer a ordem pública.
Ciber terrorismo – acção criminosa
que se junta à criação de um
sistema internauta, cujo objectivo é
danificar arquivos e programas de
sites de forma estratégica, para
adquirir algumas vantagens sobre o
sistema de informações de gover-
nos, universidades, empresas priva-
das e estatais, centros de pesquisa
e órgãos de imprensa.
Ciclo de fogo – conjunto de opera-
ções realizadas sequencialmente,
que ocorrem de forma persistente no
funcionamento das armas de fogo
durante o carregamento pela culatra.
Ciclo do patrulhamento – conjunto
de actividades policiais realizadas
pelo efectivo em bicicleta, a cavalo,
apeado, preferencialmente em zo-
nas urbanas, turísticas, balneares,
que facilitam a mobilidade dos Agen-
tes e a garantia de maior proximi-
dade com a população.
Ciências policiais – i) conjunto de
disciplinas que convergem, cuja fun-
ção é descrever ou explicar as
38
acções policiais, reais e potenciais,
por meio de esquemas teóricos,
sociológicos, criminógenos, antropo-
lógicos e jurídicos que interpretam e
proporcionam ao Estado, na sua
função de Polícia, uma compreen-
são mais exacta dos tais crimes e
poder de prognóstico, para garantir,
conservar e restabelecer a ordem
pública; ii) curso ministrado nas
instituições de ensino policial, nos
distintos níveis.
Cifra – encadeamento de cripto-
grafia no qual as letras de cada
palavra do texto em claro são substi-
tuídas por outras letras, símbolos ou
algarismos, segundo as regras de-
terminantes, para adquirir o texto
selado que a Polícia utiliza para se
desviar de elementos indesejáveis
que podem interferir na comuni-
cação institucional.
Cifra negra – criminalidade oculta,
não revelada pelas vítimas aos ór-
gãos policiais.
Cinotecnia – conjunto de conheci-
mentos e técnicas relacionados à
criação selecionada, manejo e trei-
namento de cães para tarefas espe-
cíficas (guarda, investigação e pro-
tecção).
Circulação condicionada de mer-
cadoria – procedimento aduaneiro
de natureza fiscal que consiste em
restringir ou controlar o movimento
de mercadoria de origem desco-
nhecida, desacompanhadas da res-
pectiva documentação ou cuja quali-
dade se mostre duvidosa e, por isso,
deve estar sob vigilância das autori-
dades afins.
 Vocabulário Policial
Circulares – ordens escritas de ca-
rácter uniforme, expedidas a deter-
minados funcionários incumbidos de
certo serviço, ou de desempenho de
certas atribuições em circunstâncias
especiais.
Clandestinidade do terrorismo –
ilegalidade praticada por organiza-
ções terroristas e criminosas que
podem se valer do manto protector
de uma pseudolegalidade, a fim de
levar a cabo actos de terror.
Classificação pautal – codificação
e distribuição sistemática de merca-
dorias na pauta aduaneira, segundo
um sistema harmonizado, permi-
tindo, para além dos objectivos fun-
damentados pela própria nomen-
clatura do sistema harmonizado de
uma tributação correta das merca-
dorias, recolha de dados estatísticos
nacionais, aplicação das restrições
quantitativas, entre outros.
Classificador de expediente –
instrumento administrativo pelo qual
se sistematiza e organiza a forma
como as pastas devem estar posi-
cionadas nos arquivos, dentro das
pastas, a forma e a ordem que
devem ser arquivados os documen-
tos.
Cláusula da nação mais favore-
cida – benefício ou vantagem con-
cedido por um Estado-membro à
qualquer produto originário ou des-
tinado à um terceiro país-membro,
ao qual deverá, nos termos do
contrato, ser cedido um tratamento
idêntico ao produto originário ou
destinado aos territórios dos Estado-
membros.
39
Coação sexual – consiste em cons-
tranger outra pessoa por meio de
violência sexual, ameaça grave para
tal fim, tornar a vítima inconsciente,
e com a impossibilidade de resistir.
Coautoria – conforma vários indi-
víduos que, em conjunto, planeiam e
executam uma certa acção. Existem
dois pontos fundamentais na coau-
toria: decisão ou plano conjunto de
levar a cabo uma certa actividade
criminosa; há uma divisão de tarefas
entre indivíduos, na mesma fase de
execução cada um presta a sua
contribuição.
Cobrança – operação administrativa
que consiste no recebimento ou en-
trada da importância respectiva no
cofre da entidade competente para
efectuar essa operação; esta é a
última fase da vida do imposto.
Código do sistema harmonizado –
codificação numérica formada por
oito dígitos, atribuída a uma merca-
doria ou grupo de mercadorias
relacionadas entre si segundo a
qualidade, classe, característica e o
grau de manufacturação, na Nome-
clatura do Sistema Harmanizado,
com o objectivo de satisfazer as
finalidades que se pretendem alca-
nçar por meio da classificação pau-
tal.
Código policial – i) consubstancia-
se na transmissão sucinta e tele-
gráfica, de sinais favorecendo a
economia de tempo, ao invés de
grandes enunciados, o agente man-
tém o contacto verbal com menos
termos e expressões, o que lhe
permite interagir com rapidez e
 Polícia Nacional de Angola
eficácia, facilitando a acção policial.
ii) O código é amplamente usado
nas comunicações via rádio, entre o
comando operacional e as forças
policiais, com vista à facilidade na
comunicação e a não descodifi-
cação ou rastreio por outros indiví-
duos.
Código Q – ferramenta de comu-
nicação internacional, intensamente
utilizada pela Polícia em toda a sua
corporação, com o objetivo de redu-
zir o tempo de comunicação e opti-
mizar a sua eficácia operacional.
Coercibilidade – imposição coactiva
das medidas adoptadas pela Admi-
nistração e constitui também atributo
do poder de Polícia. Por natureza,
todo o polícia é imperativo (obriga-
tório para o seu destinatário), ad-
mitindo até o emprego da força
pública para o seu cumprimento.
Coice da arma – recuo da arma por
força do disparo. Denomina-se tam-
bém por chapa de coice a zona da
coronha da arma que o atirador
apoia directamente no ombro.
Colaborador – indivíduo colocado à
disposição dos órgãos operativos da
Polícia e recebe uma remuneração
de forma permanente, independen-
temente da sua categoria.
Colaborador de rota – aquele que,
pela sua mobilidade, desenvolve o
seu trabalho por todo o território na-
cional, sem limitação à sua acção, a
uma área ou objectivo determinado.
Normalmente, usado nos serviços
de investigação.
Colaborador secreto – sujeito que
tem a capacidade de obter informa-
40
ções de interesse policial e que, por
isso, é recrutado pelos órgãos afins
para trabalhar secretamente com
estes, com objectivo de esclarecer
crimes, prevenir ou proceder ao
corte de actos delitivos que, em
tese, configuram crime num deter-
minado território.
Collect – termo aduaneiro que desi-
gna frete pago no destino.
Colunas de tributação – subdivi-
sões verticais que se encontram
junto dos textos das pautas, nas
quais estão registadas as taxas de
importação e exportação para as
mercadorias classificadas numa
pauta aduaneira.
Comandante – nome atribuído ao
responsável máximo de uma insti-
tuição policial, que tem a missão de
comandar, organizar, planificar, co-
ordenar e fiscalizar as actividades de
carácter operativo e administrativo
num determinado território e respon-
der perante o seu superior hierár-
quico.
Comandar – aplicação da autori-
dade e responsabilidade conferida
por uma disposição legal, em virtude
do grau, para dirigir e administrar
uma unidade policial ou dependên-
cia para o cumprimento de uma
determinada missão. O termo impli-
ca informação, planeamento, organi-
zação, treinamento, direcção, coor-
denação das funções do processo
administrativo que permitem cumprir
com os desideratos da Polícia.
Comando – poder de dirigir e de
ordenar ou instruir uma força policial
com vista ao comprimento de mis-
 Vocabulário Policial
sões específicas.
Comando e controlo – constitui-se
na concepção que envolve três com-
ponentes: a autoridade legítima in-
vestida, apoiada por uma organiza-
ção, da qual emanam as decisões
que materializam o exercício do
comando e para onde fluem as
informações necessárias ao exer-
cício do controlo; a sistematização
de um processo decisório que
permite a formulação de ordens,
estabelecendo o fluxo de informa-
ções e assegurando os mecanismos
destinados à garantia do cumpri-
mento pleno das ordens; e a estru-
tura, incluindo pessoal, equipa-
mento, doutrina e tecnologia neces-
sárias para a autoridade acom-
panhar o desenvolvimento das ope-
rações.
Comando firme e ininterrupto –
consiste em manter o comando e
controlo das forças e meios durante
as acções, para garantir o cumpri-
mento da missão, e para tal depen-
de em grande medida nos meios
técnicos e da efectividade do siste-
ma de comunicações.
Comando municipal – unidade de
força constituída pelo primeiro esca-
lão, organizada hierarquicamente na
dependência do Comando provin-
cial, que assegura o planeamento,
gestão, comando, direcção e coor-
denação operacional das esquadras
e postos policiais da área territorial
de sua competência.
Comando provincial – unidade de
força constituída pelo primeiro esca-
lão, organizada hierarquicamente na
41
dependência do Comando Geral da
Polícia de Angola, que assegura o
planeamento, gestão, comando, di-
recção e coordenação operacional
dos municipais a nível da província.
Comando táctico – competência
atribuída a um comandante para
delegar tarefas para as forças sob
sua responsabilidade, para o cum-
primento de uma actividade superi-
ormente imposta. Constitui ainda a
sua autoridade, os assuntos de
administração, organização interna e
instrução das suas unidades.
Combate – confronto directo que
visa reprimir uma série de acções
que põem em causa a segurança e
estabilidade social.
Comércio de cabotagem – activida-
de que se exerce por meio de nave-
gação marítima, entre portos do
mesmo país fiscal.
Comissão aduaneira – remune-
ração pecuniária paga pelo comi-
tente ao comissário, calculada por
percentagem ou permilagem, pela
venda ou compra de mercadoria
importadas em nome do vendedor
do comprador ou em nome próprio.
Comissão especial de serviço –
prestação de serviço, de natureza
não policial, em órgãos do Estado.
Comissão normal de serviço –
prestação de serviço, de natureza
não policial, na Casa Militar da
Presidência da República, no Minis-
tério do Interior, nas Forças Arma-
das Angolanas, nos Serviços de
Segurança, nas Missões Diplomá-
ticas e Consulares e nas Institui-
ções Policiais Internacionais.
 Polícia Nacional de Angola
Comissário de limite fronteiriço –
chefe de missão destinado a colabo-
ração com outras entidades do país
limítrofes para implantar no terreno a
delimitação ajustada por tratado,
convenção ou declaração e portador
de instruções gerais e de outras es-
peciais em que os limites lhe são
especificados.
Comoção social – actos delituosos
que causam gritaria, medo ou susto
à população.
Companhia policial – agrupamento
de forças de três pelotões, possu-
idoras de elementos necessários
para contrapor eventos organizados
com poder de perspicácia, potência
de fogo, flexibilidade, solidez, osten-
ta armamento, munições, material e
equipamento para intervenção.
Competência – i) conjunto de pode-
res funcionais que a lei confere aos
diversos órgãos das pessoas colec-
tivas públicas, para a prossecução
das atribuições; ii) agregação de
conhecimentos e procedimentos téc-
nicos, tácticos e tecnológicos, atitu-
des e valores, que permitem os
membros de uma instituição realizar
com sucesso determinadas activi-
dades.
Competência policial – conjunto de
conhecimentos, habilidades técni-
cas, tácticas e tecnológicas, atitudes
e valores, que permitem ao efectivo
executar com sucesso o trabalho
policial.
Complexo desportivo – i) insta-
lação destinada à prática desportiva
de uma ou mais modalidades;
ii) compreende os espaços reser-
42
vados ao público e ao parquea-
mento de viaturas, bem como
arruamentos particulares a que Polí-
cia assegura em momentos oportu-
nos.
Comportamento suspeito – condu-
ta humana analisada através de um
conjunto de movimentos físicos,
faciais e inquietações relacionados
com o cenário e as circunstâncias
momentâneas que transmitem ao
observador a mensagem de que a
pessoa está ocorrendo numa infrac-
ção.
Compromisso ao serviço policial
– consiste no engajamento do efec-
tivo na execução das tarefas decor-
rentes da missão policial, visando à
manutenção da ordem, segurança e
tranquilidade públicas.
Comunicação – conjunto de prá-
ticas e procedimentos determinados
para trocar informações, ideias,
transmitir orientações e ordens com
objectivos específicos.
Comunicação social – área do con-
hecimento humano responsável pelo
estudo dos fenómenos relacionados
aos meios de comunicação, funda-
mentalmente dos veículos e meios
de massa, como a internet, a im-
prensa, a televisão, a rádio, cinema
e outros. Constitui-se, como um
órgão vital de qualquer sociedade,
mas também como um instrumento
para influenciar opiniões sobre o
estado e o sentimento de segurança
pública.
Concurso de crimes – quando o
autor comete, mediante uma ou
mais de uma acção ou omissão, dois
 Vocabulário Policial
ou mais crimes da mesma natureza
ou diferentes.
Concurso de infracção – acumula-
ção ou concurso de crimes sempre
que o autor, mediante condutas in-
dependentes, viola diversas normas
penais incriminadoras ou a mesma
norma incriminadora várias vezes.
Condecoração – acto ou efeito de
distinção honrosa de insígnia da or-
dem honorífica.
Condenado – indivíduo contra quem
já foi proferida uma sentença conde-
natória.
Condicionante operacional – cir-
cunstância que define os critérios de
emprego doutrinário policial, no de-
sempenho das actividades almeja-
das pelas forças, no território de sua
jurisdição.
Condução coercitiva – forma auto-
ritária de levar os sujeitos do proce-
sso à presença das autoridades
policiais ou judiciárias, independen-
temente de suas vontades os sujei-
tos do processo incluem os ofendi-
dos, as testemunhas, os acusados
ou peritos. A autoridade, antes de
decretá-la, deverá motivar, em des-
pacho fundamentado, a expedição
do mandado nos autos de inquérito
policial.
Conduta – manifestação de compor-
tamento do indivíduo, o qual pode
ser boa ou má, dependendo do
código moral e ético do grupo onde
o mesmo se encontra.
Conduta da inspecção – conjunto
de princípios relevantes para a
profissão, prática de inspecção e
das normas de conduta que des-
43
crevem o comportamento esperado
dos inspectores.
Condutor – indivíduo responsável
pelos comandos de acção de um
veículo ou animais na via pública.
Conferência aduaneira – reunião
realizada pelos agentes de fisca-
lização na presença do importador
ou seu representante legal, esten-
dendo-se sobre todas as mercado-
rias despachadas ou parte delas,
conforme os critérios fixados pela
legislação aduaneira.
Conferência de carga e descarga
– acto de conferir ou confrontar as
mercadorias a serem carregadas ou
descarregadas em um navio ou
veículo, se coincidem com as que os
manifestos de carga fazem menção.
Confiabilidade – possibilidade de
que um determinado sistema tenha
uma funcionalidade em consonância
com as discriminações, durante um
dado intervalo temporal e em deter-
minadas condições operacionais.
Confiança mútua – forma de actua-
ção policial que procede mediante o
policiamento de proximidade e que
sugere um melhor relacionamento
entre a comunidade e a Polícia, ba-
seado no princípio da boa-fé através
da ética e do respeito recíproco.
Confidencialidade – categoria de
reserva atribuída aos assuntos clas-
sificados, cujo conhecimento por de-
terminado elemento não autorizado
pode ser desfavorável aos interes-
ses nacionais, a indivíduos ou enti-
dades, ou criar obstruções adminis-
trativas.
Confidencialidade operativa – re-
 Polícia Nacional de Angola
serva, segredo; aplica-se aos docu-
mentos ou comunicações de interes-
se muito especial para a Polícia,
cuja divulgação pode ser prejudicial
ou perigosa ou garantia de protec-
ção das informações dadas pessoal-
mente em confiança e protecção
contra a sua revelação não autori-
zada.
Confinamento – situação que ocor-
re quando alguém permanece fecha-
do num ambiente onde o ar não
sofre renovação e, consequente-
mente, os níveis de oxigénio dimi-
nuem e os de gás carbónico aumen-
tam, causando insuficiência respira-
tória.
Confisco – acto administrativo poli-
cial ou judicial que consiste na
apropriação pública de bens, sem
retribuição ou indemnização adequa-
da.
Conflito – qualquer situação que
causa desentendimento, fricção ou
discórdia entre duas ou mais partes,
ou ainda entre Estados, quando as
acções de uma das partes resistir ou
não aceitar as condições impostas.
Conflito de deveres – situação que
se impõe ao sacrifício de um dos
interesses alheios e a prevalência de
outro, em consequência da impos-
sibilidade de cumprimento tempes-
tivo ou simultâneo dos deveres que
entre si colidem.
Conflito de interesse – i) qualquer
relação existente ou aparente que
seja contrária aos melhores interes-
ses da instituição; ii) situação que
afecta a capacidade de um indivíduo
cumprir, com objectividade, os seus
44
deveres e responsabilidades.
Conformidade inspectiva – consis-
te no respeito e na adesão às
políticas, planos, procedimentos, le-
gislação, regulamentos, contratos e
outros requisitos.
Conhecimento operacional – agre-
gação de informações essenciais
acerca dos meios de apoio e de
serviço ao combate à criminalidade
em áreas relacionadas com as
características físicas, com a base
logística necessária ao planea-
mento, à execução e ao controlo das
operações policiais.
Conivente – i) aquele que entrou
em conluio com outrem na prática da
mesma transgressão; ii) colaboração
moral no delito por deixar outrem
perpetrar, podendo estorvá-lo ou
impedi-lo; relativo à cumplicidade.
Conjunção carnal – introdução do
membro viril na cavidade vaginal
além da barreira himenal. É conhe-
cida como acto sexual.
Conluio – combinação, trama ou
conspiração entre duas ou mais pes-
soas, com a finalidade de ferir tercei-
ro.
Consciência da situação – interiori-
zação da tomada de conhecimento
preciso dos factores e condições
que influenciam na execução da
tarefa durante um determinado tem-
po, permitindo ou conformando ao
seu decisor; ii) estar ciente do que
se passa ao seu redor e assim ter
condições de focar o pensamento à
frente do objectivo.
Consentimento da vítima – acto
livre e consciente do ofendido, capaz
 Vocabulário Policial
de anuir ou concordar de modo
inquestionável com a lesão ou
perigo de lesão a um bem jurídico
disponível, do qual é o único titular
ou agente expressamente autoriza-
do a dispor sobre ele.
Consequência jurídica – constitui
uma criação do espírito humano,
uma resposta da ordem jurídica a
uma dada situação.
Consumo de bordo – operação
económica que consiste na utili-
zação de bens e serviços neces-
sários à operacionalidade do meio
de transporte respectivo.
Contentor – caixa de metal ou ma-
deira de grande dimensão, desti-
nado ao acondicionamento e trans-
porte de carga em navios, aerona-
ves e comboios.
Continência – forma típica, tradicio-
nal e obrigatória de saudação e de
reconhecimento nas forças militares
e policiais, podendo ser individual ou
colectiva.
Continência individual – forma de
saudação que o Agente da Polícia,
isolado e quando uniformizado, com
ou sem cobertura, deve aos sím-
bolos nacionais, às entidades e as
forças; os polícias saúdam-se mutu-
amente e o superior responde à
saudação de um subordinado.
Contrabando – i) actividade clande-
stina ligada à importação ou exporta-
ção de qualquer mercadoria, proibi-
da ou não, assim como a sua
comercialização, sem que estes
bens sejam objecto de verificação e
fiscalização pelos serviços afins e
que sejam considerados ilícitos; ii)
45
toda a acção ou omissão fraudulenta
que tenha por fim fazer entrar no
território aduaneiro ou dele fazer sair
quaisquer mercadorias e ou meios
de transporte sem as fazerem pas-
sar pelas alfândegas ou sem esta-
rem sujeitos aos trâmites legais
aduaneiros de desalfandegamento,
ou devida autorização.
Contrainformação – acção ou es-
tratégia para impedir ao inimigo ou a
uma entidade o acesso à informação
verdadeira, através da divulgação de
informações falsas.
Contrainsurgência – i) conjunto de
técnicas e práticas aplicadas pelos
Estados com objectivo de detectar e
destruir os membros e bases de
apoio dos grupos insurgentes; ii)
estratagema pelo qual se precisa
fazer o corte de focos de revolta,
rebelião, arruaça pelo emprego de
diferentes tácticas dos indivíduos
perturbadores, com a intenção de
eliminar o apoio da população à
desordem.
Contrainteligência – actividade de-
senvolvida para identificar e neutra-
lizar as acções de espionagem,
sabotagem, subversão, terrorismo
ou outra criminalidade organizada,
que ameaçam à segurança do País,
das instituições e/ou de cidadãos,
colocados por serviços de informa-
ção.
Contramarca fiscal – registo numé-
rico de natureza fiscal atribuída
ordinariamente durante o ano aos
navios ou aeronaves de carga que
entram e saem em território adua-
neiro de um país.
 Polícia Nacional de Angola
Contrato – vínculo jurídico entre
dois ou mais sujeitos de direito,
correspondido pela vontade da res-
ponsabilidade do acto firmado, ca-
paz de criar, modificar ou extinguir
direitos e resguardado pela segu-
rança jurídica em seu equilíbrio
social.
Contrato a terceiro – acção reali-
zada por meio de combinação de
uma das partes em assumir perante
outra, que tenha na promessa um
interesse digno de protecção legal, a
obrigação de efectuar uma pres-
tação a favor de terceiro, estranho
ao negócio; diz-se promitente a
parte que assume a obrigação e
promissório o contraente a quem a
promessa é feita.
Contrato de comodato – contrato
pelo qual uma das partes entrega à
outra certa coisa, móveis ou imóveis,
para que se sirva dela, com a
obrigação de a restituir.
Contrato de depósito – contrato
pelo qual uma das partes entrega à
outra, uma coisa, móvel ou imóvel,
para que a guarde e a restitue
quando for exigido.
Contrato de empreitada – contrato
pelo qual uma das partes se obriga
em relação à outra a realizar certa
obra, mediante um preço.
Contrato de mútuo – contrato pelo
qual uma das partes empresta a
outra, algum valor monetário ou
outra coisa fungível, ficando a
segunda obrigada a restituir outro
tanto do mesmo género e qualidade.
Contrato de trabalho – consubstan-
cia-se na obrigação, mediante retri-
46
buição, a prestação a sua actividade
intelectual ou manual a outra pes-
soa, sob autoridade e direcção
desta.
Contravenção – consiste unicamen-
te na violação ou na falta de
observância das disposições pre-
ventivas das leis e regulamentos,
independentemente de toda a inten-
ção maléfica, sendo o meio de que o
Estado se serve para prevenir a
ofensa de interesses a que deve
protecção.
Controlar – seguimento da execu-
ção de qualquer actividade por meio
da avaliação e correcção das acções
fiscalizadas, de forma a não permitir
que se desvie da intenção estabele-
cida, intervindo, quando essencial,
para garantir os resultados preconi-
zados.
Controlo – i) actividade de monitori-
zação dos resultados de uma acção
e de tomar medidas para tomar
correcções imediatas e medidas pre-
ventivas para evitar acontecimentos
indesejáveis no futuro; ii) qualquer
acção empreendida tendente ao
aperfeiçoamento, gestão de risco e a
melhorar a possibilidade do alcance
dos objectivos e metas da organi-
zação.
Controlo aduaneiro – conjunto de
medidas que se destinam a as-
segurar as leis, regulamentos e pro-
cedimentos aduaneiros na entrada e
saída de passageiros, mercadorias e
bens, no território aduaneiro.
Controlo do valor aduaneiro – pro-
cedimento aduaneiro que consiste
na verificação da exactidão e vera-
 Vocabulário Policial
cidade do valor aduaneiro decla-
rado das mercadorias importadas,
através de observação das leis e
regulamentos afins.
Controlo interno – sistema de veri-
ficação da conformidade dos actos
dos órgãos policiais, face aos pro-
cedimentos, normas e orçamentos
aprovados.
Controlo operacional – i) aptidão
atribuída a um determinado coman-
dante para aplicar e avaliar as forças
em missões específicas e limitadas;
ii) conjugação harmónica de valen-
tias de elementos diferenciados,
preconizando alcançar um mesmo
objectivo e evitando a dupla acção,
a dispersão de recursos e a dis-
cordância de soluções.
Controlo social – conjunto de ins-
trumentos e de técnicas de que o
grupo se serve para pressionar os
seus membros a adoptar os com-
portamentos conforme às regras de
conduta existentes.
Convénio – acto legal que decorre
do consentimento das partes; desi-
gna comumente o mesmo que o
termo "tratado", embora seja menos
geral.
Cooperação estreita e permanente
– coordenação do empenho das
forças entre si e com as forças coo-
perantes por tempo, lugar e objecti-
vos constantes na veiculação com
os outros órgãos do MININT, com os
Comandos e Unidades, Forças Ar-
madas, assim como com as entida-
des.
Coordenação operacional – activi-
dade de acompanhamento, orienta-
47
ção e supervisão da execução de
acções operacionais de manutenção
ou reposição da ordem, segurança e
tranquilidade públicas.
Coragem – consiste na capacidade
de enfrentar e superar os obstáculos
da insegurança pessoal ou de ou-
trem e trata-se de ponte entre dois
extremos: cobardia e a temeridade.
Cordino – corda fina para seguran-
ça e suporte que o operacional usa
para o exercício de armadura.
Cordino vermelho – corda ou fita
que o operacional usa no seu bolso
esquerdo da dólmã, camisa, com
apito para comunicação, simbolizan-
do a actividade na montanha.
Coroa – moldura da popa de um na-
vio.
Coronha da arma – parte posterior
da arma de fogo, tradicionalmente
construída de madeira, ou baquelite
que serve para ajustar a arma ao
ombro e à cara do atirador.
Corpo da guarda – i) conjunto de
elementos da guarda e guarnição
incumbidos da actividade de protec-
ção e segurança do Comando; ii)
forma ordenada e disciplinada de
proceder ao asseguramento perma-
nente do comando, utilizando os
meios e técnicas disponíveis para o
efeito.
Corpo de delito – conjunto de ves-
tígios materiais deixados pela infrac-
ção penal. Tudo o que pode ser
visto, ouvido, tocado, cheirado ou
degustado.
Corpo de guarda permanente –
conjunto de elementos com funções
policiais, previamente designados e
 Polícia Nacional de Angola
escalados para o serviço de guarda
e guarnição aos comandos e uni-
dades da Polícia.
Corpo de intervenção – i) força de
manutenção e reposição da ordem
pública; contraposição das situações
de violência concertada; ii) estrutura-
se pela cooperação, colaboração e
coordenação com forças simétricas
e afins, no sentido de garantir a
segurança pública na sua plenitude.
Correio diplomático – funcionário
que transporta a mala diplomática
conforme previsto na Convenção de
Viena sobre Relações Diplomáticas.
Corrupção – acto ou efeito de se
corromper, oferecer algo para obter
vantagem em relação aos outros por
meios considerados ilegais ou
ilícitos.
Cortesia policial – conjunto de
códigos de conduta que fazem parte
do respeito e lealdade aos superio-
res. As cortesias e saudações
podem ser ignoradas em pontos
negros, pois os delinquentes podem
seleccionar seus alvos prestando
atenção nas suas movimentações
pela sua mais alta graduação.
Cossofredor – consiste no facto de
dois ou mais indivíduos resignados
pelos mesmos problemas e circuns-
tâncias serem colocados na condi-
ção de vítima de um determinado
comportamento reprovável.
Costa – parte do território de um
país banhado pelo mar.
Crachá – credencial utilizada para
obter entrada em uma determinada
área com pontos de entrada de
controlo de acesso automatizado.
48
Cremação – processo de queima de
restos humanos.
Crime – toda a acção ou omissão
ilícita, para qual a lei condena
sanção penal de reclusão ou de
detenção, quer isolada, quer alterna-
tiva ou, concomitantemente, com
pena de multa.
Crime comum – facto que pode ser
praticado por qualquer pessoa;
qualquer um pode cometê-lo e não
exige uma qualidade especial para
ser praticado, seja ele do sujeito
passivo, seja do activo.
Crime consumado – tipo legal que
reúne todos os elementos da sua
definição legal, ou seja, quando o
facto concreto se subsume ao tipo
abstracto descrito na lei penal.
Crime continuado – quando al-
guém, pelas condições de tempo,
lugar, maneira de execução e outras
semelhantes, dá a entender que o
crime posterior é com sequência do
anterior.
Crime culposo – acto ilícito prati-
cado com ausência de malícia,
geralmente, de forma imprudente ou
negligente. Possui, em regra, os
seguintes elementos: conduta vo-
luntária, inobservância do dever de
cuidado, resultado naturalístico invo-
luntário, nexo causal, tipicidade da
conduta culposa e previsibilidade
objectiva.
Crime de acção múltipla – tipo
penal com mais de uma conduta,
acção ou verbo; induzimento, auxílio
ao suicídio.
Crime de acção única – crime prati-
cado por apenas uma conduta, um
 Vocabulário Policial
verbo.
Crime de colarinho branco – crime
cometido por uma pessoa respei-
tável e de alta posição social, no
exercício de suas ocupações; abran-
ge fraudes, suborno, uso de informa-
ções privilegiadas, peculato, crimes
informáticos e contrafacção, perpe-
trados por funcionários ou empre-
sários engravatados.
Crime de dano – aquele que exige
efectivamente um dano; lesão corpo-
ral, infanticídio.
Crime de forma livre – aquele em
que o tipo penal não prevê meio
algum para a execução da trans-
gressão, portanto, pode ser come-
tido de qualquer maneira.
Crime de forma vinculada – possui
determinação específica a respeito
do modo de praticá-lo, ocorrendo
somente a consumação pelo modo
como a lei prescreveu.
Crime de género – toda a violação
interpessoal, organizacional ou politi-
camente orientada perpetrada contra
pessoas devido à sua identidade de
género, orientação sexual, ou loca-
lização nos sistemas sociais de
hierarquia de dominação masculina,
tais como família, organizações
paramilitares ou do mercado de
trabalho.
Crime de ímpeto – consubstancia-
se num tipo legal, praticado sob
violenta emoção, por impulso.
Crime de mão própria – tipo legal
que somente o autor pode praticar,
não tem como pedir para que outro o
faça por ele.
Crime de perigo – tipo legal que
49
não se exige o dano, apenas o
perigo em abstracto já consuma o
crime. A consumação ocorre em
determinado momento e não mais
se prolonga no tempo.
Crime dissimulado – consiste na
autoria sem comprovação do indiví-
duo, porque o mesmo, logo em
seguida, comete outro crime menor
para servir como álibi.
Crime formal – tipo legal que con-
forma um resultado previsto na lei,
mas não é exigido para sua
consumação, no caso em que há
extorsão mediante sequestro.
Crime frustrado – ocorre quando o
agente pratica um crime com
intenção de produzir todos os efeitos
de execução pretendidos, mas não
acontece por circunstâncias inde-
pendentes à sua vontade.
Crime funcional – infracção penal
cometida intencionalmente por quem
se acha investido de um ofício ou
função pública, praticada, contra a
administração pública.
Crime habitual – descreve a
frequência de uma mesma conduta
ilícita, de forma a constituir um estilo
ou hábito de vida. Somente irá
ocorrer se houver repetição da con-
duta que revela ser aquela activida-
de um procedimento costumeiro por
parte do agente.
Crime hediondo – consiste num ti-
po penal inafiançável e insusceptível
de graça, amnistia ou indulto.
Crime instantâneo – infracção em
que a consumação não se prolonga
no tempo, ou seja, de consumação
imediata.
 Polícia Nacional de Angola
Crime material – delito em que se
exige uma consequência externa à
acção do agente, no qual o mesmo
se consuma somente com a realiza-
ção do resultado.
Crime multitudinário – infracção
praticada sob a influência de multi-
dão.
Crime organizado – i) crime pratica-
do por grupos transnacionais, nacio-
nais ou locais devidamente cen-
tralizados, organizados e geridos por
pessoas que se envolvem em acti-
vidades ilícitas ou ilegais, com o
objectivo de lucro monetário; ii) exis-
tência de estrutura, operando de
forma sistematizada, com planea-
mento empresarial, divisão de traba-
lho, pautas de condutas em códigos
de procedimentos.
Crime particular – acção depen-
dente da prévia constituição como
assistente da pessoa com legitimi-
dade para tal (normalmente, o ofen-
dido com a prática do crime, ou seu
representante ou sucessor) e da
oportuna dedução da acusação
particular por essa pessoa. O perdão
da parte do ofendido põe termo à
relação jurídica processual penal,
com ele se extingue a responsa-
bilidade criminal.
Crime permanente – infracção
penal em que a sua consumação se
prolonga no tempo.
Crime pluriofensivo ou composto
– tipo legal que ofende ou atinge
mais de um bem jurídico tutelado.
Constitui-se de dupla complexidade
na sua definição jurídica, por se
tratar de duas práticas ilícitas (roubo
50
e homicídio).
Crime preterdoloso – i) espécie de
crime agravado pelo resultado; dolo
no antecedente (conduta) e culpa no
consequente (resultado); ii) lesão
corporal seguida de morte.
Crime próprio – peculato; delito de
natureza própria que exige uma
qualidade especial para ser prati-
cado, só pode ser incriminado quem
tem atribuição de requisitar ou ins-
taurar procedimento investigatório
de infracção penal ou administrativa.
Crime público – infracção penal
muito grave, nos casos de homi-
cídio, ofensa à integridade física
grave, o furto qualificado, a recep-
tação. Pode ou não ser necessária a
existência de uma queixa, bastando
que o Ministério Público tome conhe-
cimento da existência do crime,
nomeadamente através dos órgãos
policiais, para que a acção penal se
desencadeie.
Crime semipúblico – delito cujo
procedimento criminal depende da
queixa do ofendido ou de outras
pessoas, e é necessário que tais
pessoas deem conhecimento do
facto ao Ministério Público para que
este promova o processo; há admis-
sibilidade da desistência da queixa.
A lei exige apenas que o Ministério
Público fique dependente de uma
mera denúncia, participação ou quei-
xa do ofendido ou de outras pesso-
as, podendo tomar a iniciativa
processual, desde que se mostre
necessário defender o interesse
público.
Crime sexual – união carnal ou a
 Vocabulário Policial
existência de sinais de actos libi-
dinosos sem o consentimento de
uma das partes, como violentar,
coagir, impedir os movimentos, obri-
gar alguém a fazer o que não quer.
Crime vago – quando o mesmo tem
como sujeito passivo um ente desti-
tuído de personalidade jurídica.
Crimes militares – acções ou omis-
sões que violam algum dever militar
ou paramilitar afectando a segu-
rança e a disciplina das Forças
Armadas e a Polícia e que estejam
qualificadas em lei específica.
Criminalidade – consiste na ocor-
rência de condutas contrárias aos
preceitos legais, sendo a desobedi-
ência directa ou indirecta aos dita-
mes legislativos materializados nas
leis penais.
Criminalística – ciência que auxilia
o Direito Penal na análise dos
indícios de um crime, com o objec-
tivo de determinar o máximo de
dados possíveis sobre como o
incidente ocorreu e quem o praticou.
Criminalóide – pessoa que apre-
senta características que se as-
semelham às de um criminoso;
consubstancia-se no indivíduo que
não pertence a nenhum dos grupos,
tanto de criminoso nato como de
delinquente demente, mas, em de-
terminadas circunstâncias, ele co-
mete algum crime.
Criminoso nato – ofensor primitivo
caracterizado por um processo de
degeneração evolutiva que pode ser
descrito por determinadas caracte-
rísticas físicas.
Crise – estado de tensão provocado
51
por factores internos ou externos,
sob o qual um choque de interesses,
se não administrados adequada-
mente, corre o risco de sofrer um
agravamento no enfrentamento en-
tre as partes envolvidas.
Crise de segurança – alteração
grave da ordem pública, previsível
ou imprevisível, ocasionada por
acção humana ou pela natureza que
pode afectar a vida e a integridade
das pessoas, a propriedade pública
ou privada, demandando uma
resposta especial da Polícia e, em
alguns casos, a intervenção das
mais altas autoridades do Governo.
Culatra aberta – posição em que a
corrediça de uma arma se encontra
retida na sua posição mais recuada,
ou de modo que a câmara não
esteja obstruída.
Culatra da arma – instrumento da
arma de fogo que permite fixar o
cartucho na câmara de explosão.
Culatra fechada – posicionamento
da corrediça de uma arma que se
encontra na sua posição mais
avançada, ou de forma a obstruir a
câmara.
Culpa – i) conduta voluntária
contrária ao dever de cuidado que o
autor deveria seguir, de acordo com
o Direito; ii) ligação psicológica entre
uma pessoa e sua actuação, seu
comportamento e a intenção (directa
ou indirecta) de alcançar um certo
resultado, mas não se ter tido o
cuidado de o evitar.
Culpabilidade – elemento essencial
do crime, que consiste na repro-
vação de uma acção ou facto
 Polícia Nacional de Angola

repugnante que pode se fazer a uma

pessoa que tenha cometido algum
delito.
Cultura da legalidade – conjunto de
crenças, valores, normas e acções
que promovem que a população
acredite que o Estado Democrático
de Direito defende e não tolera
ilegalidade.
Cumprimento da legalidade – ob-
servância rigorosa das disposições
legais vigentes da actuação de to-
dos intervenientes, Leis, Decretos,
Regulamento, Ordens, entre outros.
Cumprimento do dever – obrigação
do efectivo da Polícia no exercício
da autoridade que representa, a
garantia da ordem e a segurança
públicas, servindo a comunidade e
protegendo as pessoas no marco de
suas competências, funções e atri-
buições legalmente estabelecidas.
Curatela – encargo imposto a al-
guém para reger e proteger a pes-
soa que, por causa transitória ou
permanente, não pode exprimir a
sua vontade, administrando os seus
bens.

52
 Vocabulário Policial
D
Dado – representação de um facto
ou ideia, em forma comunicativa ou
viciada por algum processo, na área
da Tecnologia da Informação e
Comunicação.
Dano – diminuição ou subtracção de
um bem jurídico, podendo ser
positivo ou negativo: será positivo ou
emergente, quando caracterizado
objectivamente como lesão, dimi-
nuição ou subtracção patrimonial já
materializada; e será negativa nos
casos designados por lucros ces-
santes, quando a lesão ou dimi-
nuição patrimonial for futura.
Dano moral – consiste no constran-
gimento que alguém experimenta e
uma consequência de lesão ao
direito pessoal, como a honra, boa
imagem e outros, ilicitamente proce-
dido por outrem.
Dano patrimonial – resulta dos
prejuízos materiais de fácil avaliação
monetária.
Dano pessoal – consubstancia-se
em lesões físicas ou morais.
Dano psíquico – afectação ou alte-
ração de alguma das funções
mentais ou capacidades da pessoa,
produzida por um acto ou um
conjunto de situações de violência,
que determina um desprezo tem-
poral ou permanente, reversível ou
não, do funcionamento integral
prévio.
53
Decapitação – remoção da cabeça
do resto do corpo através de algum
objecto contundente.
Decisão – revelação óbvia e neces-
sária de como o comandante resolve
cumprir a sua missão ou resolver
determinado problema.
Declaração aduaneira – documento
ou acto pelo qual, o declarante ex-
pressa a vontade, junto da Adminis-
tração Geral Tributária, de conferir a
mercadoria um determinado destino
aduaneiro.
Declaração de carga – relação ou
declaração escrita e assinada pelo
comandante do meio de transporte,
mercadorias, que, por ordem dos
portos ou aeroportos de destino,
descreve as mercadorias à bordo
transportadas por um meio de
transporte de uso comercial ou que
constituem a carga de uma unidade
de transporte.
Decreto – acto administrativo da
competência exclusiva do Chefe do
Executivo, destinado a prover situa-
ções gerais ou individuais, previstas
de modo expresso, explícito ou
implícito, pela legislação. Está sem-
pre em situação inferior a lei, e por
isso, não a pode contrariar.
Decreto Executivo – norma jurídica
expedida pelo chefe do poder
executivo, com a intenção de porme-
norizar as disposições gerais e abs-
tractas da lei, viabilizando sua apli-
cação em casos específicos. Não
cria, nem modifica direitos, questão
reservada unicamente às leis com-
plementares, ordinárias e delegadas.
Decreto-lei – instrumento legal que
 Polícia Nacional de Angola
tem força de lei, que emana do
poder Executivo, mas pode ser
previsto nos sistemas legislativos.
Pode aplicar-se à ordem económica,
fiscal, social, territorial e de segu-
rança, com legitimidade efectiva de
uma norma administrativa e poder
de lei desde a sua edição, sanção e
publicação no Diário.
Defender – aplicação da força para
conservar a posse de um local ou
ainda para preservar a integridade
de uma unidade ou conjunto de
pessoas, por intermédio de acções
protectoras.
Degolamento – acção cortante na
região posterior do pescoço (atrás,
na "gola").
Deliberação – acto que deve
sempre obediência ao regulamento
e ao regimento que for criado para a
organização e funcionamento da
instituição.
Delimitação fronteiriça – acto de
fixar os limites territoriais ou esferas
de influências confinantes, em regra,
realizado fora e longe do terreno,
baseado em informações geográfi-
cas e razões de carácter histórico,
político, demográfico e económico,
quando não haja outras que o orien-
te.
Delinquente – indivíduo que comete
delitos ou infracções à lei (crimes),
infringindo simultaneamente códigos
de conduta moral.
Delinquente demente – ofensor
que padece de patologias mentais,
acompanhadas ou não de patologias
físicas.
Delito – toda a acção típica, dolosa,
54
ilícita, antijurídica e punível sancio-
nada por lei.
Delito informático – toda a activi-
dade criminosa em que se utiliza de
computador ou uma rede de compu-
tadores como instrumento ou base
de ataque.
Delito monetário – descrição legal
que sanciona quem, indevidamente,
fabrica moeda de curso legal no
País, para pôr em circulação como
autêntica ou em troca de um valor
superior.
Demarcação – acto de implantação
dos limites no terreno feito por trata-
do, convenção ou declaração corrigi-
dos ou alterados quando necessário
e conveniente, por acordo entre dois
comissários de limites.
Demonstração de forças –
designada ludibriar o desavindo, por
meio de uma exibição da sua poten-
cialidade, no local por onde não se
procura obter uma decisão, sem que
venha a ter qualquer contacto.
Denúncia – i) acto de transmitir às
autoridades judiciárias ou policiais a
ocorrência de um crime, com a
devida indicação de provas que
constituem ilícito penal, junto à
manifestação expressa da vontade
de que seja aplicada a lei penal a
quem é presumivelmente o autor da
conduta, a quem se firma a pre-
tensão punitiva; ii) peça inicial da
acção penal pública que é apre-
sentada ao ministério público.
Deontologia policial – i) respeito
pelos direitos e obrigações inerentes
ao cuidadoso cumprimento de acti-
vidades específicas; ii) ética direc-
 Vocabulário Policial
cionada ao campo da disciplina
normativa e tem maior aplicabilidade
na corporação, exigindo dos agentes
a observância das normas, a con-
duta dos mesmos e ajudar a
instituição a atingir as finalidades
decorrentes da missão.
Deposição de coroa de flores –
distinção honrosa prestada em
memória dos polícias e entidades
civis falecidos durante serviços
prestados à Pátria, nas comemo-
rações de datas festivas, dia dos
finados ou quando superiormente
determinado.
Depósito em Regime Livre – São
aqueles onde se guardam mercado-
rias cativas de imposições aduanei-
ras e nos quais a AGT nenhuma
intervenção tem, assim como nas
suas operações internas, embora
lhes esteja reservadas a faculdade
de poder vigiar exteriormente todas
dependências onde aquelas opera-
ções se realizem.
Desalfandegamento – procedimen-
to aduaneiro que consiste no des-
pacho de mercadorias mediante o
processamento do respectivo do-
cumento único, desembaraço adua-
neiro.
Desaparecimento da vítima – tem-
se quando a vítima não é encon-
trada ou reconhecida, quando o
sumiço se tiver dado em circuns-
tâncias que não permitem duvidar da
sua morte.
Descaminho – entrada ou saída de
produtos permitidos, sem passar
pelos trâmites burocrático-tributários
devidos.
55
Descarga – operação que consiste
em descarregar mercadorias impor-
tadas e não só.
Descarga fúnebre – disparos efec-
tuados por armas de infantaria
ligeira, durante a entrada do féretro
no cemitério.
Descentralização do serviço poli-
cial – atribuição de competências
aos níveis mais baixos da cadeia de
comando, incluindo aos agentes em
serviço, ferramentas, habilidades e
autonomia para resolver os proble-
mas que lhes são apresentados.
Descobrimento operativo – cons-
titui uma das variedades do trabalho
operativo secreto, que compreende
a recolecção e apreciação de dados
sobre os delinquentes e suas acti-
vidades para a obtenção de melhor
informação.
Descrição do risco – declaração de
perigo estruturado que, geralmente,
contém quatro elementos: fontes,
eventos, causas e consequências.
Descrição do trabalho policial –
documento que identifica, descreve
e define a posição em termos de
deveres, responsabilidades, condi-
ções de trabalho e especificações do
efectivo, ou seja, relaciona o que o
pessoal faz como o faz e por que o
faz.
Desdobramento – i) configuração
de manobra táctica de ofensividade
real, na qual a incursão principal é
dirigida à conquista de objectivo à
retaguarda do dispositivo do crimi-
noso ou sobre o seu lado, evitando
sua principal posição defensiva, ser-
rando seus percursos de evasão e
 Polícia Nacional de Angola
reprimir o risco da exterminação na
própria posição; ii) processo de dis-
tribuição das forças e meios no
terreno para cumprir tarefas espe-
cíficas, previamente determinadas.
Desempenho de funções – con-
siste no exercício de competências
legalmente estabelecidas para os
titulares de cargos correspondentes.
Deserção – infracção criminal come-
tida com dolo e que consiste em
ausência sem a prévia autorização
da unidade em que dele se serve ou
do espaço em que deve permanecer
por tempo determinado ou indeter-
minado.
Desfile policial – passagem da for-
ça policial com o Estandarte Naci-
onal ou da maior Entidade presente
a uma cerimónia, a fim de lhe ser
prestada homenagem.
Desinformação – utilização das
técnicas de comunicação e informa-
ção para induzir ao erro ou dar uma
falsa imagem da realidade, mediante
a eliminação ou encobrimento de
informações, minimização da sua
importância ou modificação do seu
sentido.
Desistência voluntária – acontece
quando o autor ou agente do crime,
numa tentativa inacabada ou incom-
pleta, autossuspende o acto subse-
quente da execução, desistindo vo-
luntariamente da acção.
Desobstrução – actividade realiza-
da para a retirada de obstáculos,
naturais ou artificiais, que estejam a
estorvar a utilização de um deter-
minado local.
Despacho – acto administrativo on-
56
de o titular de um órgão manifesta a
sua intenção, determinando ou re-
gulando um conjunto de situações
de carácter geral ou concreto e são
de cumprimento obrigatório.
Despacho aduaneiro – conjunto de
formalidades realizadas nas alfânde-
gas, que consistem na entrada,
verificação da mercadoria, conferên-
cia da contagem, registo, pagamento
dos direitos, bem como dos outros
actos administrativos, para o desem-
baraço aduaneiro de mercadorias,
importadas ou por exportar.
Despacho de cabotagem – ope-
ração aduaneira do desembaraço de
mercadorias nacionais ou nacionali-
zadas, na entrada ou na saída em
portos do mesmo território adua-
neiro.
Despiste – acidente de trânsito ro-
doviário que se refere à saída do
veículo da posição circulável da
faixa de rodagem com resultados
danosos.
Despromoção – consiste na baixa
do posto que se ostenta para o outro
imediatamente inferior.
Destacamento – fragmento de uma
força isolada de uma organização
principal para cumprir uma determi-
nada actividade específica que, na
sua generalidade, é de carácter tem-
porário, com efectivo limitado, sujei-
tando a situação.
Destruição de coisa – acto sumário
da administração pelo qual se inuti-
lizam substâncias, objectos ou ins-
trumentos nocivos ao consumo (ali-
mentos deteriorados) ou de uso
(estupefacientes) proibido por lei e
 Vocabulário Policial
fiscalizado pela Polícia.
Detenção – acto processual de pri-
vação precária da liberdade por
tempo determinado na lei vigente
para uma justificável averiguação.
Detenção em flagrante – i) prisão
feita por qualquer pessoa da so-
ciedade civil; ii) consiste no carácter
administrativo, sem expedição de
mandato pela autoridade judiciária,
formalizada pela lavradura do auto
pela autoridade policial, submetida à
confirmação do Magistrado do
Ministério Público.
Devastação da flora – destruição
da flora sem a autorização das auto-
ridades competentes, baseadas no
corte e queimação de plantas e ár-
vores para fins diversos.
Dever de obediência – consiste na
obrigação de o inferior hierárquico
(subordinado) cumprir as ordens e
as instruções dos seus legítimos
superiores, dadas em objecto de
serviço. Não existe dever de obe-
diência em relação às ordens julga-
das ilegais, de tal modo que o dever
de obediência cessa se as ordens
ou instruções implicarem a prática
de um crime.
Dever jurídico – comportamento a
adoptar pelo titular passivo da rela-
ção jurídica (o obrigado), sobre o
qual recai um direito subjectivo
propriamente dito.
Difusão da informação – comuni-
cação processada para os órgãos
que a exigem ou solicitam para
serem usadas de forma eficaz e
oportuna.
57
Dignidade – implica inviolabilidade
da integridade física e moral das
pessoas, respeitando sempre a
diferença. O Agente da Polícia deve
ter sempre presente que mesmo o
mais ardil criminoso tem a sua
dignidade, que para tal, deve ser
preservada, mesmo quando as
pressões sociais assim o apontarem.
Diligência policial – acção reali-
zada para o cumprimento de deter-
minada missão, quer de natureza
processual ou para a garantia da
ordem e tranquilidade públicas.
Diligências preliminares – corres-
pondem aos primeiros actos urgen-
tes e necessários, realizados pelos
órgãos de polícia criminal para asse-
gurar os meios de prova, imediata-
mente, após o conhecimento da
ocorrência de um facto que constitui
crime.
Diligências subsequentes – todos
os actos investigativos desenvolvi-
dos pelos órgãos de polícia criminal,
com vista a conseguir provas para o
processo.
Diplomacia preventiva – consu-
bstancia-se na tentativa de se usar
ferramentas diplomáticas para pre-
venir a ocorrência de conflitos, bem
como minimizar os danos causados
por estes.
Directiva – acto administrativo ou
normativo emitido por uma direcção,
para estabelecer orientações ou
objectivos de natureza operacional
através da atribuição precisa de
responsabilidades e recursos, para
facilitar o cumprimento do plano
estratégico da instituição policial e
 Polícia Nacional de Angola
de outras normas da ordem cons-
titucional, legal ou regulamentar.
Directiva inicial – disposição orien-
tada pelo comandante da força
policial escolhida para conduzir uma
operação onde estiver estabelecida,
entre outras, as seguintes disposi-
ções: designação de meios, missão,
relações de comando, comandantes
envolvidos, área do objectivo e tér-
mino da operação.
Directiva operacional – comuni-
cação escrita, de natureza estraté-
gica ou táctica, que reflecte o pen-
samento do Comando, para desen-
volver e controlar as acções especí-
ficas do serviço policial.
Directiva permanente – instrumen-
to que, pela sua validade, envolve
um período indeterminado, definido
a partir da data de emissão corres-
pondente ou qualquer outro que seja
indicado para o início da sua vali-
dade.
Directiva preliminar de planea-
mento – documento normalmente
empregado pelo comandante de
uma força, em sua sequência de
acções de comando e de Estado-
maior, para a execução do processo
de planeamento policial que con-
solida as informações estimativas e
orientações existentes, bem como o
levantamento das possibilidades dos
policiais, fornecendo orientação pre-
cisa aos trabalhos de planeamento.
Directiva transitória – instruções
para responder às situações tem-
porárias, inclui orientações para a
realização das actividades antes,
durante e depois do evento que lhe
58
deu origem.
Directriz – guia de acção; instrução
ou regra geral para a execução do
serviço policial.
Direito – conjunto de normas jurídi-
cas que regem ou regulam a con-
vivência em sociedade, estabele-
cendo obrigações e deveres para
todos.
Direito à defesa – constitui a fa-
culdade de ser ouvido; controlar a
prova de cargo; valorizar a prova
produzida e expor as razões tácticas
e jurídicas para obter do Tribunal
uma sentença favorável. A falta de
fundamento pode pôr em evidência
a potestade penal do Estado ou
qualquer circunstância que a exclua
ou atenue.
Direito aduaneiro – conjunto de
direitos que regulam o movimento
relacionado com a entrada e saída
de mercadorias no território de um
Estado, a criação, lançamento, con-
tagem e a arrecadação dos impostos
e das taxas dos quais se sujeitam
tais mercadorias, assim como todos
os procedimentos que emergirem
destes factos.
Direito da família – trata das rela-
ções familiares e das obrigações e
direitos decorrentes dessas rela-
ções, tem como conteúdo os
estudos do casamento, união está-
vel, relações de parentesco, filiação,
alimentos, bem de família, tutela,
curatela e guarda.
Direito policial – ramo do Direito
Administrativo geral ou comum que
regula a actividade da organização
policial, com vista à satisfação do
 Vocabulário Policial
interesse público de segurança inter-
na e à garantia do pleno exercício
dos direitos e liberdades funda-
mentais dos cidadãos. Compreende
os princípios, as normas positivas
(regulamentos), as decisões polici-
ais, as decisões administrativas e as
doutrinas aplicáveis internamente
aos elementos pertencentes à insti-
tuição policial.
Direito positivo – conjunto de nor-
mas jurídicas em vigor ditadas e
impostas por um Estado e que varia
segundo as condições sociais de
uma determinada época e em um
determinado território.
Direito potestativo – corresponde à
sujeição, ou seja, é o tipo legal que
impõe uma situação a uma parte,
sem que ela refute.
Direito processual penal – sistema
de normas ou regras jurídicas que
regulam a aplicação do Direito Penal
aos comportamentos delituosos, por
meio do processo, os institutos da
acção e da defesa, além da inves-
tigação criminal pela Polícia.
Direito subjectivo – poder jurídico
(reconhecido pela ordem jurídica a
uma pessoa) de livremente exigir ou
pretender de outrem um comporta-
mento positivo (acção) ou negativo
(omissão) ou de por um acto livre de
vontade só de per si ou integrado
por um acto de uma autoridade
pública, produzir determinados efei-
tos jurídicos que, inevitavelmente, se
impõe a outra pessoa (contraparte
ou adversário).
Dirigir – acompanhar e certificar o
funcionamento de um serviço, com-
59
preendendo o planeamento e a
supervisão.
Disciplina – i) conjunto de leis ou
ordens que regem certas colecti-
vidades; submissão à autoridade; ii)
obediência ao conjunto de regras e
normas que são estabelecidas por
determinado grupo; iii) princípio ético
ou faculdade do agente interpretar
regras, a fim de identificar um pos-
sível resultado vexatório ou cons-
trangimento de natureza ilegal.
Disparo – acto de pressionar o gati-
lho, accionando o mecanismo de
disparo da arma, de forma a provo-
car o lançamento do projéctil.
Disparo de advertência – acto
voluntário de disparar uma arma
apontada para zona livre de pessoas
e bens.
Dispensa – acto que exime a parti-
cularização do cumprimento de de-
terminada obrigação exigida por
regulamento no âmbito da prestação
do serviço policial.
Dispersão – recurso utilizado para
situações de alteração e/ou reposi-
ção da ordem pública que envolve
disposição sistemática dos arreben-
tamentos de granadas de fumaça,
lançamento de gás lacrimogénio ou
jacto de água, sob condições es-
pecíficas para o espalhamento de
arruaceiros e vândalos.
Disponibilidade – condição em que
o Agente se apresenta apto de
forma física e psíquica para o
cumprimento das suas atribuições.
Dispositivo flash bang – granadas
e petardos que actuam em simultâ-
neo por um som estrondoso e clarão
 Polícia Nacional de Angola
com elevada intensidade de luz.
Dissuasão – atitude hábil policial
que tem por finalidade desacon-
selhar ou desviar os criminosos reais
ou potenciais, de possíveis ou pre-
sumíveis propósitos maléficos, que
ctua com o propósito de desesti-
mular a ameaça ou ante a proba-
bilidade de ocorrência de um crime,
contravenção, ou conflito ao cida-
dão.
Distintivo policial – ornamento, in-
sígnia honorífica ou acessório usado
pela Polícia como mero meio de
identificação, que é apresentado ou
exibido para indicar alguma realiza-
ção notável em serviço.
Distribuição do esforço – constitui
na priorização da valentia total de
meios que o comandante destina a
determinada intervenção durante um
intervalo de tempo, e dissemina os
recursos disponíveis entre as em-
preitadas a serem executadas, com
base nas recomendações dos co-
mandantes.
Distrito da guarda – espaço li-
mitado e reservado à movimentação
do corpo de guarda, cuja dimensão
depende da extensão e importância
do objecto a assegurar, que pode ter
no máximo até duzentos metros.
Distúrbio – conflito de pessoas com
violência, ocorrido nas ruas, pela
qual se altera a ordem e a tran-
quilidade públicas.
Divulgação – conjunto de acções de
comunicação e de transferência de
conhecimento, realizadas por diver-
sos meios que permitem aos funcio-
nários públicos ter acesso para as
60
disposições previstas.
Docente policial – instrutor, agente
da mudança e da transformação
colocado diante dos formandos para
mediar, orientar e auxiliar o processo
de aprendizagem, exercendo um
papel determinante na formação de
atitudes, despertar a curiosidade,
desenvolver a autonomia acadé-
mica, estimular o rigor intelectual
técnico-operativo e comportamental
para o bom desempenho das fun-
ções policiais.
Documento administrativo – quais-
quer suportes de informação, que
podem ser sonoros, visuais, informá-
ticos ou registos de outra forma,
elaborados pela administração públi-
ca directa ou indirecta e autónoma,
designadamente: processos, relató-
rios, estudos, pareceres, actas, au-
tos, ofícios, circulares, ordens de
serviços, despachos normativos in-
ternos, instruções e orientações de
interpretação legal ou outros ele-
mentos de informação.
Documento único – declaração a-
duaneira que serve para desem-
baraço de mercadorias importadas
ou exportadas, ou seja, documento
que acompanha as mercadorias no
decurso da execução das diversas
formalidades.
Dólmã – espécie de túnica militar ou
policial muito ornamentada. É uma
das peças do fardamento muito
facilmente identificável, e, quando se
vê, reconhece-se imediatamente.
Dolo – artifício utilizado com base
na má-fé intencionando levar outrem
à prática de um acto que configure
 Vocabulário Policial

prejuízo a si mesmo ou violar direito do sistema nervoso, que se mani-

alheio. festa através de perturbações fun-
Domicílio – local prefixado em lei ou cionais).
em contrato, onde se poderá encon-
trar a pessoa natural ou jurídica,
para que a mesma possa arcar com
as suas obrigações legais.
Dossier – conjunto de documentos
ou actos jurídicos, ou um pequeno
arquivo que contém papeis relativos
a determinado processo, empresa
ou pessoa.
Doutrina – i) conjunto de princípios,
conceitos, normas e procedimentos
fundamentados principalmente na
experiência, destinado a estabelecer
linhas de pensamentos e a orientar
acções expostas de forma integrada
e harmoniosa; ii) estudos jurídicos
de diversa espécie, como tratados,
manuais, artigos e anotações.
Doutrina policial – conjunto har-
monioso de ideias, princípios, no-
ções, teorias e de entendimentos
que definem, ordenam, distinguem e
qualificam as actividades da insti-
tuição, para o preparo e emprego
das forças policiais. Engloba a
administração, organização e o
funcionamento da instituição policial.
Droga – toda substância natural,
lícita ou ilícita que, quando consu-
mida, altera o estado psicológico e/
ou físico do consumidor, provocando
dependência e tolerância e podendo
levar à prática de actos criminosos.
Ela incide na actividade psíquico-
física, quer dizer, influem no sistema
nervoso central e, em particular,
sobre o cérebro e suas células
especializadas, as neuroses (doença

61
 Polícia Nacional de Angola
E
Edema traumático – caracteriza-se
pelo aumento de volume do corpo
(região afectada) em função da
acção de um instrumento contun-
dente por agressão física.
Efectividade – capacidade de pro-
duzir e manter um efeito, que pode
ser positivo ou negativo; estado
activo de facto ou presença contínua
e regular do efectivo no local de
serviço.
Efectividade policial – sistema es-
tratificado de correlação entre o po-
der de comando que compete ao
superior e o dever de obediência
que recai sobre a subordinação.
Efectivo – número determinado de
pessoal com funções policiais.
Efectivo policial – indivíduo habili-
tado e pertencente à Polícia, respon-
sável pelo cumprimento das orien-
tações emanadas pelas leis e regu-
lamentos, no sentido de salva-
guardar o interesse público, da insti-
tuição e pessoal.
Eficácia – i) obtenção de um efeito
desejado; ii) medida do grau com
que o material se aproxima de sua
capacidade nominal e alcança facili-
dade de manutenção e operação.
Eficácia operacional – termo rela-
cionado aos materiais de emprego
policial. Consiste na capacidade de
um sistema em cumprir sua desti-
nação. Este material deve ser ope-
62
rado por um pessoal adequadamen-
te preparado e deve ser empregado
de forma planeada, considerando-se
a organização, a doutrina e os as-
pectos relacionados à vulnerabilida-
de e ao ambiente operacional.
Eficiência – capacidade de produzir
um efeito com o emprego racional
de meios disponíveis.
Eficiência operacional – aptidão
que a unidade operacional possui
para executar de forma adequada e
com gestão de meios todas as
missões de combate à criminalidade,
previstas na sua essência doutriná-
ria.
Ejector da arma – peça fixa ou mó-
vel consoante a arma, cuja função é
lançar as munições ou invólucros
para fora, através da janela de ejec-
ção, após terem sido extraídas da
câmara de explosão.
Emergência – acontece quando há
uma situação que não pode ser
adiada, que deve ser resolvida rapi-
damente, como incidentes ou outro
estado anormal em que as altera-
ções da ordem pública atentam
contra o desenvolvimento normal
das missões.
Emolumentos gerais aduaneiros –
encargo devido pela prestação dos
serviços realizados pelas alfândegas
e que se destina ao processo de
renovação e melhoramento dos seus
serviços.
Emprego das forças – refere-se a
todas as acções e processos desti-
nados a facilitar o destacamento do
pessoal e equipamento disponível
para uma área da missão a ser
 Vocabulário Policial
executada.
Encargo Aduaneiro – valor ou taxa
acrescido, para além das taxas
aduaneiras fixadas na pauta ou em
outro diploma legal, cobrável, para
os fins específicos pelos quais foi
instituído.
Encobrimento – acto de encobri-
mento pessoal que se destina ao
ocultamento, quer do criminoso,
quer dos vestígios do crime, com o
propósito de prejudicar o interesse
do Estado na administração da
justiça.
Enforcamento – aperto no pescoço
por meio de um laço fraccionado
pelo peso do próprio corpo. A posi-
ção do corpo, no caso de enforca-
mento é completo se este estiver
totalmente suspenso.
Enfrentamento policial – conjunto
de acções operacionais destinadas a
manter o estado de ordem, seguran-
ça e tranquilidade públicas num
determinado espaço territorial, con-
substanciadas em operações de
patrulhamento (apeado, auto, moto-
rizado, aéreo e outros).
Entrada em serviço – momento em
que o Agente da Polícia inicia as
suas actividades laborais, observan-
do o horário de entrada previamente
estabelecido.
Entrada ilegal no país – quando
determinado cidadão nacional ou
estrangeiro, singular ou coletivamen-
te entre no território nacional violan-
do as disposições legais estabeleci-
das pelas entidades competentes de
migração.
Entreposto aduaneiro – instalações
63
destinadas à arrecadação de merca-
dorias de importação e exportação
com a suspensão do pagamento dos
direitos e demais imposições.
Entrevista – conferência entre duas
ou mais pessoas, onde se pretende
orientar uma conversa e reunir os
factos, tal como são referidos pelo
entrevistado, sem nada a contestar;
conferência marcada por pessoas
em um lugar determinado.
Equimose – decorre de uma força
contusa aplicada na superfície cor-
pórea; ruptura de vasos nos minús-
culos e, consequentemente, sai uma
quantidade pequena de sangue, que
fica preso debaixo da pele, causan-
do mancha roxa.
Escala de serviço – documento no
qual consta a discriminação dos
serviços de guarda e guarnição,
operacionais e de apoio, e que de-
termina o número do efectivo, os
horários, os turnos e o tempo de
folga.
Escalão da força policial – escalão
de forças composto pelos elementos
necessários para a conquista dos
objectivos operacionais, inclusive re-
servas e forças de apoio, em uma
operação.
Escalão de comando – cada um
dos sucessivos e distintos níveis da
cadeia de comando.
Escalão de enfrentamento – con-
junto de elementos previstos no
plano de manobra do comandante
para executar as acções de combate
ao crime, necessárias ao cumpri-
mento da missão.
Escolta – agente policial indicado
 Polícia Nacional de Angola
para proporcionar segurança estáti-
ca ou dinâmica às altas entidades
policiais ou civis; para o caso, a
prioridade consiste na transição das
mesmas.
Escolta de honra – força armada a
cavalo ou motorizada, destinada a
acompanhar o Estandarte Nacional,
as altas entidades, ou outros a quem
se lhes deva prestar honra policial.
Escolta de honras fúnebres – força
destinada ao acompanhamento dos
restos mortais de altas entidades
policiais ou civis falecidos em servi-
ço activo ou na condição de reforma.
Escopeta – arma com calibre de 12
mm que serve para a protecção
contra granada.
Escoriação (arranhadura) – cicatriz
que resulta da acção tangencial de
um instrumento contundente sobre o
corpo da vítima. A acção de arrancar
a epiderme.
Escuta operativa – caracteriza-se
pela acção de auscultação de sinais
sonoros, com recurso às tecnologias
de informação e de comunicação,
com a finalidade de investigar actos
ilícitos.
Esganadura – acto de apertar o
pescoço da vítima, obstruindo as
vias respiratórias causando asfixia.
Esgorjamento – acção de cortar a
região frontal do pescoço.
Espargidores químicos (spray) –
arma de descarga de gás neutrali-
zante.
Especialista de sector – agente
policial que tem por missão desen-
volver acções no âmbito do policia-
mento comunitário.
64
Especialização policial – processo
de aprimorar as competências das
áreas de conhecimento de actuação
policial, a fim de melhorar o desem-
penho de suas funções.
Espingarda – arma de fogo portátil
de alma lisa, que utiliza como
munição cartuchos de projécteis
múltiplos ou de um único projéctil.
Espionagem – obtenção secreta da
informação realizada por elementos
instruídos em matéria de inteligên-
cia, com fins de obter, dirigir e con-
trolar por via secreta, informações
de carácter estratégico ou operativo.
Espionagem policial – obtenção
secreta de informação, realizada por
agentes policiais instruídos em ma-
téria de inteligência, com o objectivo
de obter dados de interesse policial.
Espírito de corpo – sentimento que
une os integrantes de uma força,
capaz de fazê-los sentirem-se orgul-
hosos por pertencerem a ela e de
impulsioná-los a cumprir com as
suas obrigações, por mais difíceis
que sejam.
Espólio policial – acto de devolu-
ção de meios logísticos que inte-
gram o património da corporação,
por um agente policial, em caso de
demissão, comissão de serviço
especial ou transferência e por
falecimento.
Esquadra policial – unidade policial
territorial, ocupando um edifício pró-
prio e assegurando o policiamento
numa determinada área de actuação
e garantindo a ordem e a tranqui-
lidade públicas.
 Vocabulário Policial
Estação aduaneira de fronteira –
terminal situado em zona primária
terrestre, marítima ou área, adjacen-
te de um ponto alfandegado de
fronteira, onde são executados servi-
ços, sob controlo aduaneiro, relacio-
nados com os veículos de carga em
tráfego internacional de verificação
de mercadorias em despacho adua-
neiro, sob regime geral e outras
operações de controlo determinadas
pelas autoridades aduaneiras.
Estado civil – condição que classi-
fica a situação matrimonial de uma
pessoa na vida jurídica: solteiro,
casado, separado, divorciado e viú-
vo.
Estado de Direito – parte da ideia
fundamental de que o poder do
Estado está limitado pelos direitos
naturais dos cidadãos, que são
anteriores e superiores ao Estado.
Estado de necessidade – prática
ou acção para salvar-se do perigo
provocado sem vontade própria,
sem poder, de qualquer modo, evità-
lo, por direito próprio ou alheio, cujos
sacrifícios nas circunstâncias não
sejam razoáveis a exigir-se.
Estagiário policial – profissionaliza-
ção do agente no início da sua
carreira, como: cadetes, ou for-
mandos das instituições de ensino
policial que frequentam as distintas
unidades ou serviços da Polícia,
visando ao aprimoramento técnico-
profissional nas suas áreas de estu-
do, com a intenção de obter expe-
riência prática.
Estância aduaneira – serviços pú-
blicos aduaneiros que se ocupam da
65
realização de toda ou parte das
formalidades aduaneiras afins relati-
vas as mercadorias que nele derem
entrada e saída.
Estandarte – tipo de bandeira que
se caracteriza normalmente pelo seu
uso e não pela sua forma.
Estandarte Nacional – bandeira
bordada em fios dourados e que não
é hasteada e sim transportada por
um porta-estandarte acompanhado
pela Guarda de Honra em cerimó-
nias solenes.
Estatuição da norma – estabelece
as consequências produzidas pela
verificação da previsão. A norma
jurídica impõe uma conduta a adop-
tar quando se verifica a sua previ-
são.
Estibordo – lado do navio que está
à direita quando o observador olha
para a proa.
Estímulo policial – conjunto de polí-
ticas, planos e programas, com o
objectivo de elevar os níveis de
eficiência, satisfação, desenvolvi-
mento e bem-estar dos membros da
corporação, no desempenho das
suas funções policiais e contribuir
para a aplicação efectiva dos resul-
tados da instituição.
Estrangulamento – acto que con-
siste em pressionar o pescoço
interrompendo o fluxo de oxigénio
para o cérebro, podendo levar o
indivíduo que sofre a acção à in-
consciência ou mesmo à morte. Ao
contrário do enforcamento, o corpo
da vítima age passivamente.
Estratégia – selecção da melhor
alternativa para a realização de um
 Polícia Nacional de Angola
objectivo ou propósito. É um curso
traçado por uma organização para a
realização de um objectivo e inclui o
conjunto de programas, projectos,
actividades e tarefas que a mesma
desenvolve.
Estratégia avaliativa – i) conjunto
de métodos usados para analisar o
desempenho do efectivo, medindo
os seus conhecimentos em determi-
nados assuntos; ii) acto de deter-
minar se as possibilidades e as
vulnerabilidades constantes no local,
podem ou não influenciar de forma
favorável, nas finalidades e políticas
existentes nos desafios estratégicos
da instituição.
Estratégia da dissuasão – habilida-
de que se determina pela manuten-
ção de forças policiais satisfatoria-
mente prontas e poderosas, para a
aplicação imediata, capazes de
desencorajar qualquer hostilidade.
Estratégia operacional – arte de
deslocar, desdobrar preparar e
empregar as forças policiais, visando
atender, nas melhores condições,
aos objectivos que lhes forem desi-
gnados.
Estratégia policial – técnica do pro-
cesso de planificação que direciona
as actividades concretas para alcan-
çar as metas e objectivos operacio-
nais.
Estrias da arma – fendas cavadas
em forma helicoidal (semelhante à
hélice) nas paredes internas (almas)
dos canos, nos quais os projécteis
são forçados a entrar.
Estrutura de comando e controle
– conjunto de centros de comando e
66
controle, subordinados a um mesmo
comandante, que contêm os recur-
sos adequados e perfeitamente
configurados para o fluxo das ordens
e das informações para o exercício
do comando, podendo ser estabele-
cidos em nível nacional de teatro, de
operações, de comando combinado
ou em nível táctico.
Estupro – consiste na agressão ca-
racterizada pelo coito forçado ou
violação sexual. Pode ser realizado
por força física, coerção, abuso de
autoridade ou contra uma pessoa
incapaz de consentir, tal como: me-
nor de idade, o inconsciente, o inca-
pacitado ou alguém que temdefi-
ciência mental.
Ética policial – conjunto de normas
e valores morais que consubstan-
ciam a conduta do agente policial na
vida profissional e social.
Evidência – informação utilizada pa-
ra confirmar ou negar uma teoria ou
hipótese científica.
Excesso de legítima defesa – tra-
duz-se no chamado excesso intensi-
vo, o qual consiste na utilização de
meios que excedem, em grau ou
espécie, os meios idóneos ou ade-
quados, para repelir uma agressão.
Execução das penas – consiste no
cumprimento da sentença criminal
que impõe a pena ou medida de
segurança ao infractor.
Execução penal – corpo normativo
que regulamenta o cumprimento es-
crupuloso das penas restritivas da
liberdade, limitativas de direito, as-
sim como medidas de segurança,
bem como os direitos e obrigações
 Vocabulário Policial

dos internos, tratamento peniten- terior, de mercadorias nacionais ou

ciário que se deve desenvolver no
estabelecimento prisional.
Exercício de simulação – simula-
ção de uma operação policial, apoia-
da ou não por um programa,
envolvendo duas ou mais forças
oponentes e conduzidas mediante
regras, dados e procedimentos fixa-
dos, para representar uma situação
real ou imaginária.
Exigibilidade da força policial –
medida precisa e rigorosa a ser
adoptada pelo agente da Polícia no
cumprimento das suas funções, com
o objectivo de salvaguardar os di-
reitos fundamentais.
Expediente policial – conjunto de
princípios e peças ordenadas de
forma operacional, administrativa e
de apoio que orienta a actividade
policial.
Exploração sexual – meio pelo qual
o indivíduo obtém lucro financeiro
em troca de favores sexuais, incen-
tivo à prostituição, turismo sexual ou
rufianismo.
Exportação – regime aduaneiro que
consiste na saída do território adu-
aneiro para outro no exterior, de
mercadorias nacionais ou nacionali-
zadas num território aduaneiro.
Exportação definitiva – regime a-
duaneiro aplicável às mercadorias
em livre circulação que saem do
território aduaneiro e se destinam a
permanecer definitivamente fora de-
le.
Exportação temporária – regime a-
duaneiro que consiste na saída de
um território para o outro, no ex-
nacionalizadas, por um tempo deter-
minado findo o qual deverão regres-
sar ao território aduaneiro de proce-
dência.
Exportador – proprietário de qual-
quer mercadoria exportada; alguém
que suporta o risco de qualquer
mercadoria exportada ou a exportar
e com actos como se fosse ele o
exportador ou proprietário de qual-
quer mercadoria.
Extorsão – crime de constrangi-
mento a pessoa, através da violên-
cia ou ameaça, com a intenção de
obter para si ou para outrem van-
tagem financeira ou económica.
Extractor da arma – mecanismo
existente nas armas de fogo, com a
função de extrair da câmara de
explosão as munições ou invólucros.
O extractor de um revólver é accio-
nado manualmente; no caso da pis-
tola de funcionamento automático,
actua em conjunto com a culatra.

67
 Polícia Nacional de Angola
F
Facto de relevância policial – situ-
ação ou acontecimento de elevada
gravidade ou complexidade, susce-
ptível de alterar significativamente o
estado de segurança pública, parti-
cularmente motins, manifestações
violentas e actos violentos contra
órgãos de soberania, dirigentes e
diplomatas.
Facto jurídico – consiste em todo o
acto humano ou acontecimento
natural juridicamente relevante, que
pode ser voluntário ou involuntário.
Factura – documento ou relação
que descreve as mercadorias ven-
didas com os respectivos preços
unitários e globais, bem como as
respectivas etapas ou locais de
venda.
Falta de serviço – ausência do fun-
cionário ou agente policial no local
de serviço, com ou sem justificação
plausível.
Família – núcleo fundamental da or-
ganização da sociedade, que é
objecto especial de protecção do
Estado, quer se funda em casa-
mento, quer em união de facto, entre
homem e mulher, que consiste na
criação, prestação de alimentos e
educação dos filhos.
Fanfarra – i) formação de produção
musical da banda de música central
da Polícia Nacional de Angola, que
utiliza instrumentos naturais de so-
68
pro, percussão e não só, com uma
composição de quarenta (40) a
oitenta (80) músicos; ii) a fanfarra é
análoga da Banda de Marcial no
desempenho das missões que lhe
são acometidas, podendo contribuir
com terno de fanfarra.
Farda de intervenção (macacão) –
uniforme de intervenção usado em
missões ao banditismo armado e ao
distúrbio público.
Farda full (joelheira) – uniforme de
intervenção usado em missões ao
banditismo armado e ao distúrbio
público.
Farda policial – uniforme específico
que possui determinado padrão e
que é utilizado pela Polícia no
exercício das suas funções, para a
identificação inequívoca da sua
presença.
Fase – período distinto de uma acti-
vidade ou operação no fim do qual
muda a natureza ou característica
da acção, iniciando-se outra.
Feminilicídio – homicídio doloso
(consumado ou tentado) qualificado,
praticado contra uma mulher, por
razões da condição de sexo, pelo
qual envolve violência doméstica,
menosprezo ou discriminação à
condição do género.
Ferida perfuro-cortante – incisão
provocada por instrumento de ponta
e gume, actuando por mecanismo
misto: penetra perfurando pela ponta
e cortando com a borda afiada os
planos superficiais e profundos do
corpo da vítima.
Fiabilidade do Agente – faculdade
de confiar no carácter, capacidade,
 Vocabulário Policial
força ou verdade de um cidadão. Ser
transcendental para os profissionais
da Polícia na tomada de decisões
com firmeza, justiça e segurança.
Fiança – direito do indiciado ou do
réu que lhe permite, desde que
preencha determinados requisitos,
mediante caução e cumprimento de
certas obrigações, ficar em liberdade
durante o seu processo investiga-
tivo. O seu valor é fixado, regra
geral, mediante a gravidade do
crime e da situação económica,
podendo ser prestada pelo próprio
preso ou por terceiro a seu favor.
Filicídio – homicídio doloso, que se
consubstancia no acto deliberado de
um filho matar os pais, ou os pais
matarem seu próprio filho(a).
Fiscalização aduaneira – conjunto
de disposições que permitem obser-
var o cumprimento das leis e regula-
mentos fiscais aduaneiros, legisla-
ção especial ou outras leis e
regulamentos sob sua responsabi-
lidade, através do policiamento e
vigilância dos edifícios aduaneiros,
depósitos, zonas fiscais e outros
locais sujeitos à fiscalização adua-
neira.
Fiscalização externa – fiscalização
exercida pelas alfândegas e Polícia
Fiscal Aduaneira, fora dos edifícios
aduaneiros, nomeadamente nos por-
tos, aeroportos, fronteiras terrestres,
ferroviárias, marítimas, ancoradou-
ros, enseadas e lacustres.
Fiscalização interna – inspecção
exercida exclusivamente pelas alfân-
degas no interior dos edifícios das
estâncias aduaneiras, incluindo as
69
suas dependências, depósitos e ar-
mazéns autorizados para perma-
nência.
Fiscalização marítima e fluvial –
compreende a Polícia e vigilância
exercida pelos agentes da Polícia
Fiscal Aduaneira nos portos, en-
seadas e ancoradouros, nos rios
navegáveis confinantes e na zona
marítima de respeito.
Fiscalização policial – processo
sistemático de verificação da con-
formidade de actos com as normas e
procedimentos, com vista a verificar
se são executados ou funcionam em
conformidade com determinados ob-
jectivos, orçamentos, regras e nor-
mas. A fiscalização é uma acção
que se realiza periodicamente.
Fiscalização terrestre – compre-
ende o serviço de polícia, vigilância,
fiscalização, fronteira terrestre, e do
litoral dos caminhos de ferro, aeró-
dromos sobre tudo os aeroportos
abertos a navegação internacional
ininterrupta e asseguramento exerci-
do no exterior dos edifícios tribu-
tários, estancias fiscais e correspon-
dentes armazéns, as instalações de
quaisquer empresas industriais, nos
depósitos ou armazéns de regime
livre.
Flagrante delito – crime cometido
no momento em que as autoridades
policiais ou qualquer pessoa pode
visualizá-lo e determinar a prisão,
sem necessidade de provas ou
inquéritos; ocorre quando o agente
está em pleno desenvolvimento dos
actos executórios da infracção penal
ou quando ele acabou de concluir a
 Polícia Nacional de Angola
prática delitiva.
Folga – período de descanso conce-
dido ao elemento com funções poli-
ciais que cumpriu integralmente o
serviço de guarda ou cumprimento
de um turno de serviço.
Folha de efectividade – instrumen-
to administrativo diário de controlo
da efectividade do pessoal da Po-
lícia, através dos registos do livro de
ponto, para a concessão de férias e
outros direitos dos funcionários.
Fonte – qualquer mecanismo aberto
ou fechado, ou pessoa singular ou
colectiva que detém ou preste infor-
mação relevante para a execução de
determinada diligência investigativa
ou outro tipo de operação policial e
cuja identidade deve ser protegida.
Força – designação genética dada
ao conjunto de unidades integradas
por componentes. Dispõe de coman-
do próprio e é estabelecida para fins
administrativos, operacionais ou lo-
gísticos.
Força adjudicada – conjunto de uni-
dades ou organizações de uma força
policial que integra uma força combi-
nada.
Força adversa – grupos de pressão
compostos por pessoas ou organiza-
ções pelos quais a actuação exige o
pleno funcionamento do Estado de-
mocrático de Direito, na manutenção
da ordem pública e a paz social.
Força combinada – coposta por
elementos ponderáveis de mais de
uma componente, sob comando úni-
co.
Força componente – conjunto de
unidades e organizações de uma
70
mesma força que integra uma força
combinada. Pode ser força de
Ordem Pública, Polícia de Interven-
ção Rápida, Polícia de Guarda
Fronteira e Unidade Aérea e Marí-
tma Policial.
Força de acção rápida – forças
cujas características de organização,
articulação e adestramento confe-
rem, aos elementos integrantes,
mobilidade táctica e estratégica para
em curto prazo, possibilitar à força
uma pronta resposta às situações
em que a rapidez e a oportunidade
constituem factores preponderantes
para o emprego da força. Pode ser
regional, estratégica ou provincial.
Força de apoio – força não perten-
cente à força-tarefa, que recebe a
missão de apoiar uma operação
policial de segurança pública.
Força de choque – constitui um
conjunto de meios dotados de poder
de impacto, utilizados pela Polícia de
intervenção no contra-ataque, para
neutralizar situações que põem em
causa a ordem públicas.
Força de segurança – composição
de agentes policiais que têm por
missão proteger e garantir a ordem e
a segurança públicas num determi-
nado território operacional.
Força operacional – conjunto de
efectivo ubicado num comando, que
recebe a missão de operar em um
espaço de intervenções.
Força policial – i) conjunto de uni-
dades integradas por efectivos ou
pela combinação desses componen-
tes, que dispõem de um comando
exclusivo e é estabelecido para
 Vocabulário Policial
objectivos operacionais; ii) fracção
simples ou composta, em serviço
operativo.
Força tarefa – agrupamento tempo-
rário de forças de unidade ou subu-
nidade, sob comando único, formado
com o propósito de executar uma
operação ou missão específica, que
exija a utilização de uma forma pe-
culiar de combate em proporções
adequadas.
Forças da subunidade – corres-
ponde às acções levadas a cabo
pelas subunidades no sistema esca-
lonado de protecção de fronteira e
reforço das actividades das forças.
Forças da unidade – acção das
forças dos comandos e unidades
realizadas mediante manobras para
os sectores de fronteiras com altera-
ções graves, acções para a reposi-
ção da legalidade, quando o nível de
ameaça transcende o estado nor-
mal.
Força-tarefa combinada – força
combinada, organizada para a
execução de uma missão específica,
de objectivos e duração limitados,
sendo desativada após o cumpri-
mento da missão.
Formação em coluna, linha e cu-
nha – opção táctica usada no com-
bate ao distúrbio ou ao banditismo.
Formação policial – período de
ensino policial, que tem por fina-
lidade qualificar e habilitar, dentro de
cada nível doutrinário, o efectivo
para o exercício de funções e cargos
inerentes aos postos nas mais diver-
sas categorias funcionais.
Formalidades aduaneiras – cum-
71
primento das formalidades neces-
sárias para a liberação de merca-
dorias em conformidade com um
procedimento aduaneiro.
Formatura – alinhamento ou dispo-
sição que tomam as forças em
parada.
Formulação do processo – con-
siste em determinar o método que a
Polícia utiliza para investigar crimes
descobertos no diagnóstico e que
são considerados prioritários.
Fotografia de revista – instrumento
utilizado para definir o local do crime
como tal, (interior e exterior), objecti-
vando dar uma ideia sobre a
situação geral do cenário, incluindo
seus arredores, para auxiliar nas
decisões da Justiça.
Fotografia judicial – meio pelo qual
se procede a gravação de imagens
de todos os objectos, pessoas ou
aspectos de interesse forense, a fim
de ajudar o confronto e esclare-
cimento de um crime e a identifica-
ção do seu autor.
Fotografia sinalética – consiste no
registo fotográfico do rosto do indiví-
duo, de frente e de perfil, e em
marcar sinais gerais e não particu-
lares, nos corpos e depois cruzar os
dados determinando um em especí-
fico.
Fractura – lesão a nível da camada
óssea, a qual pode ser fechada (sem
exposição do osso) ou exposta (com
exposição do osso).
Fraude – todo o artifício malicioso
que uma pessoa emprega com a
intenção de prejudicar o direito ou
interesses de terceiros, que se con-
 Polícia Nacional de Angola
substancia em dolo, burla, falsifica-
ção de produtos industriais, entre
outros.
Fronteira – conjunto de sinais con-
vencionais expostos no mapa, tradu-
zido no terreno através da implanta-
ção de marcos e uma picada peri-
metral.
Fronteira artificial – barreira feita
pelas forças, que serve de pontos de
referência geométrica ou geodésica,
assinalada por marcos ou balizas
divisórias.
Fronteira marítima – constituição
de elementos geográficos naturais
de delimitação ou divisão de dois
territórios, tanto mais eficazes e in-
transponíveis.
Fuga ao fisco – acções ilícitas reali-
zadas por elementos estrangeiros ou
nacionais, individuais ou colectivos,
que infringem as normas aduaneiras
para evitar o pagamento de taxas,
impostos e outros tributos. Entre os
métodos usados para violar o fisco,
está a omissão de informação, fal-
sas declarações e a produção de
documentos que contêm informa-
ções falsas ou variadas, como em
contratação de notas fiscais futuras
e outros.
Fulminante da arma – designa-se à
pequena cápsula que contém uma
matéria explosiva que detona por
percussão e deflagra a carga de
pólvora instalada no cartucho ou no
invólucro da bala.
Função do Estado de Direito –
consiste no exercício da função de
protecção da ordem social e pelo
exercício da mesma, toda a tarefa
72
de investigar, de esclarecer, de pros-
seguir, sentenciar e punir os crimes
cometidos dentro da chamada área
da sua jurisdição, isto é, dentro do
território em que ele exerce a sua
autoridade político-judiciária.
Função policial – atribuição especí-
fica ou conjunto de tarefas que um
agente policial ostenta para realizar
as suas actividades.
Furto – crime contra o património,
consistente em subtrair, para si ou
para outrem, coisa alheia móvel.
Considera-se qualificado quando co-
metido com a destruição ou rompi-
mento de obstáculos para a subtra-
ção da coisa, envolvendo abuso de
confiança, ou mediante fraude, es-
calada ou destreza; emprego de
chave falsa; ou mediante concurso
de duas ou mais pessoas.
Furto de uso – apoderamento e uso
temporário, seguido de restrição de
coisa móvel alheia e que não se
pode gastar ou usar.
Furto famélico – acto do agente do
crime que incitado pela fome, pelo
frio ou por outra calamidade, subtrai
alimentos ou roupas para poder
subsistir.
Fustigamento policial – operação
desenvolvida por um ou mais sec-
tores territoriais previamente deter-
minados, envolvendo simultâneas
acções, nomeadamente interpela-
ções, abordagens ou revistas, com o
objectivo de efectuar detenções de
cidadãos suspeitos e apreensões de
objectos proibidos.
 Vocabulário Policial
G
Galil – arma ofensiva, portátil, ligeira
e individual de projecção de fogo,
automática de funcionamento semi-
automático.
Garantia – compromisso feito junto
das alfândegas pelo importador, ex-
portador ou representante, assumin-
do e assegurando o cumprimento
das obrigações fiscais e financeiras
resultantes das operações adua-
neiras pela importação ou exporta-
ção de mercadorias.
Gericho – pistola semiautomática de
dupla acção simples, que contém
um carregador para dezasseis muni-
ções em nove milímetros.
Gestão de competência – consiste
na administração do talento do
agente, com base na identificação
do desempenho na instituição poli-
cial que o diferencia de outras ins-
tituições com características se-
melhantes ou iguais, nomeadamente
com as outras forças do sector da
segurança.
Gestão de crises – acções comuns
destinadas a facilitar o processo de
tomada de decisões que visam
evitar, neutralizar ou dissuadir actos
graves de perturbação da ordem
pública ou uma catástrofe econó-
mica, social, política ou natural que,
devido aos seus efeitos imediatos,
coloque seriamente em perigo a
estabilidade institucional, a segu-
73
rança do Estado ou da comunidade
e os seus recursos.
Gestão de documentos – conjunto
de actividades administrativas e
técnicas, destinadas ao planeamen-
to, gestão e organização da docu-
mentação produzidas e recebidas
pelas diversas entidades, desde a
sua origem até ao seu destino final,
de forma a facilitar a sua utilização e
conservação.
Gestão de informação – processo
institucional que permite a gestão
adequada da informação para a
tomada de decisões oportunas.
Gestão de pessoal e quadros –
conjunto de políticas, processos,
actividades, resultados e indicadores
que visam incorporar, manter e
desenvolver as habilidades do efec-
tivo, tornando-o mais eficaz, de
forma a obter um desempenho bem-
sucedido, para que a instituição
cumpra a sua missão e responda às
exigências da acção policial.
Gestão de risco – abordagem siste-
mática e estruturada para identificar,
analisar, avaliar e tratar os riscos e
assim garantir o cumprimento das
leis e das regras aduaneiras.
Gestão do risco policial – conjunto
de requisitos de controlo que inter-
relacionados, permitem a instituição
analisar e avaliar tais acontecimen-
tos negativos, tanto internos como
externos, que podem afectar ou im-
pedir a realização dos seus objecti-
vos institucionais, para a melhor
execução da missão.
Gestão e coordenação operacio-
nal – actividade de acom-panha-
 Polícia Nacional de Angola
mento, orientação e supervisão de
execução de acções operacionais de
manutenção ou reposição da ordem,
segurança e tranquilidade públicas.
Gestão por competências – meto-
dologia de gestão de pessoal e
quadros, focada em identificar, anali-
sar e gerir os colaboradores, confor-
me os seus perfis profissiográficos,
com ênfase nos pontos de excelên-
cia e nos pontos a melhorar.
Giro policial – itinerário previamen-
te definido através de um conjunto
de artérias de um determinado ter-
ritório a percorrer por dois ou mais
agentes policiais, (patrulha simples
ou dobrada), tendo em conta as
características da própria área, para
a reposição da legalidade e a ordem
pública.
Gorro (balaclava) – assessor facial
que o operacional usa para camufla-
gem e dissuasão psicológica que
oculta a face.
Graduação – consiste na ascensão
temporária, excepcional do pessoal
com funções policiais, a um posto
superior ao que ostenta, por motivo
de exercício de cargo ou desempe-
nho de funções indispensáveis que
não seja possível prover com outro
do respectivo posto, sem necessida-
de de satisfação de condições pre-
vistas no Regulamento de Carreiras
Profissionais da Polícia Nacional de
Angola.
Granadas de mão – artefato explo-
sivo de gás irritante ou de efeito mo-
ral neutralizante.
Granel – carga acondicionada ou
não em grande quantidade não em-
74
balada, e muitas vezes diversificada.
Grau de ameaça – intensidade de
um perigo resultante de aconteci-
mentos ou acções violentas con-
cretizadas por infractores, dirigidos
ao efectivo policial ou a terceiros,
numa abordagem operacional. O
grau de ameaça é considerado com
base nas percepções fundamen-
tadas em factos concretos para que
os elementos policiais possam
seleccionar o nível de força ade-
quado para neutralizar a ameaça
actual e ilícita.
Grau de ameaça a pontos e áreas
sensíveis – parte do resultado da
avaliação da ameaça que traduz o
tempo provável para ocorrer uma
acção detectada ou a probabilidade
desta ocorrência, em função de
ataques não detectados e ocorridos.
Grau de sigilo – graduação con-
cedida a dados, conhecimentos,
áreas ou instalações, ponderadas
confidenciais, em decorrência de
sua índole ou conteúdo.
Gravidade da infracção – consiste
na seriedade e no grau de perigo-
sidade da ameaça ou ofensa pelo
qual os critérios determinam a natu-
reza e a intensidade da força policial
a utilizar.
Gravidade do terrorismo – consiste
na crueldade e destruição com que
são perpetrados os actos. Incide no
temor do emprego de armas de des-
truição em massa, por terroristas
cuja intensidade provoca um eleva-
do número de mortes e ferimentos
com grande impacto nos traumas
que estas causam.
 Vocabulário Policial

Grupo – conjunto de várias pessoas do para a movimentação da sen-

que compartilham certas caracterís- tinela, a fim de exercer a sua acti-
ticas, interagem uns com os outros, vidade profissional.
aceitam direitos e obrigações como Guarnição – força policial integrada
sócio do grupo e que compartilham no corpo da Guarda para assegurar
uma identidade comum. a protecção e segurança no perí-
Grupo de alarme – i) organização metro próximo do comando ou uni-
combativa, composta por um colecti- dade policial.
vo superior a cinco efectivos; ii) mis- Guarnição e reforço – sistema pre-
são realizada com recurso a meios ventivo e de asseguramento, com-
aéreos, navais, canino, solípedes ou posto por forças e meios, com vista
apeados. a apoiar o corpo da Guarda em toda
Guarda de honra – força armada, a extensão.
especialmente postada para prestar Guerra – confronto sujeito a interes-
homenagem às autoridades, cuja ses da disputa entre dois ou mais
formação é feita em função do grupos distintos de indivíduos mais
espaço disponível, sendo selecio- ou menos organizados, utilizando-se
nado um dispositivo conveniente à armas para aniquilar fisicamente o
revista e que permite ligeira modifi- oponente. A mesma pode ser entre
cação ou simples movimento, para a países, tribos e grupos menores.
formação adequada ao desfile.
Guarda de honra à câmara-arden-
te – força armada de espingarda ou
de espada, especialmente postada
para render homenagem aos restos
mortais de entidades policiais ou
civis, ou de Polícias no activo ou
reforma.
Guarda honorífica – força armada
de espada e lanças encarregue de
prestar honra honorífica aos Órgãos
de Soberania Nacional: Assembleia
Nacional (interior e exterior), Palácio
da Justiça e núcleos provinciais da
Assembleia Nacional.
Guarda policial – força policial inte-
grada no corpo-da-guarda, com a
função de garantir a protecção e
segurança no perímetro imediato
das instituições.
Guarita – espaço limitado e reserva-

75
 Polícia Nacional de Angola

de acordo com o estabelecido em

H
Regulamento específico.
Horário de serviço – limite de horas
obrigatórias estabelecidas em um
documento previamente elaborado
pela instituição policial a que os
Habitante da zona fronteiriça – efectivos estão sujeitos, para a ma-
pessoas estabelecidas ou residentes terialização das atribuições de um
numa zona fronteiriça. serviço operacional ou de apoio.
Hematoma – acúmulo de sangue
fora dos vasos sanguíneos, que
pode acontecer em qualquer parte
do corpo, e surge, geralmente, em
decorrência de algum trauma ou
lesão.
Hierarquia policial – ordem que
estabelece os diferentes níveis de
poder ou importância, de forma que
um nível de classe inferior seja
sempre subordinado a um nível de
classe superior.
Homenagem das forças – honras
policiais de grande realce, prestadas
directamente pelas forças policiais, e
subdividem-se em: guardas de hon-
ras, escolta de honras e salvas de
gala.
Honestidade – qualidade de ser
verdadeiro: não mentir, não fraudar,
não enganar; consubstancia-se no
facto de o agente possuir as virtudes
intrínsecas de qualquer pessoa con-
formada dentro dos padrões médios
sociais aceitáveis, não se deixando
envolver em situações que atentem
contra o seu comportamento e inte-
gridade moral, por mais tentador que
o acto seja.
Honras militares – homenagens co-
lectivas que se prestam aos militares
e policiais, de acordo com a sua
hierarquia, e as altas entidades civis,
76
 Vocabulário Policial
I
Identidade fictícia – pseudónimo
operativo que corresponde à identi-
dade autêntica e de utilidade especi-
almente operacional.
Identificação – i) acto pelo qual se
estabelece a identidade de uma pes-
soa ou de alguma coisa pela
presença dos atributos que a
caracterizam; ii) acção que consiste
em colher dados pessoais de uma
pessoa suspeita da prática de uma
infracção criminal, administrativa ou
de incivilidades.
Ilícito penal – conduta contrária a
uma norma de cultura reconhecida
pelo Estado e lesiva de bens juridi-
camente protegidos.
Ilicitude – contrariedade formal com
a ordem jurídica considerada no seu
conjunto. Em princípio, é indiciada
pelo facto de a acção ser típica, e é
desconsiderada se funcionar uma
causa de justificação.
Impacto criminal – considerado
quando o diagnóstico detecta a
ocorrência ou possível ocorrência de
um fenómeno criminoso que atrai a
atenção da opinião pública, como o
terrorismo, homicídio, crimes sexu-
ais com menores, entre outros.
Imparcialidade – garantia de não
haver risco de favorecimento, nem
de desvios de poderes. As decisões
das entidades devem ser justas,
tendo como propósito evitar a subor-
77
dinação.
Importação – entrada, no território
aduaneiro, de mercadorias a ele
destinadas e procedentes de outro
território aduaneiro.
Importação definitiva – regime
aduaneiro que consiste na entrada,
a título definitivo, para o território
nacional, de mercadorias, com o
pagamento dos direitos e demais
imposições aduaneiras.
Importação temporária – regime
aduaneiro que permite receber, num
território aduaneiro, certas merca-
dorias importadas com um objectivo
definido e destinadas a serem reex-
portadas num prazo determinado,
sem sofrerem modificação, salvo a
depreciação normal, devido ao seu
uso.
Importador – i) proprietário de qual-
quer mercadoria importada; ii) al-
guém que suporta o risco de
qualquer mercadoria importada; iii)
alguém que pratica actos como se
fosse o importador ou o proprietário
de qualquer mercadoria importada.
Imposições aduaneiras – impostos
ou taxas adicionais que recaem
sobre mercadorias objecto de rela-
ção jurídico-aduaneira, para fins es-
peciais, constituindo por vezes fun-
dos para ocorrer despesas de natu-
reza especial e são, em geral, colec-
tados em conjunto com os direitos
aduaneiros.
Imposto – contribuição unilateral,
obrigatória e definitiva de natureza
pecuniária e coactiva, prescrita por
lei, a favor do Estado ou de um ente
público, para a realização de fins
 Polícia Nacional de Angola
públicos.
Imposto de selo – incide sobre
todos os actos, contratos, documen-
tos, títulos ou operações de outros
factos nos termos previsto na lei.
Imposto industrial – incide sobre
os lucros imputáveis ao exercício de
qualquer actividade de natureza co-
mercial ou industrial, ainda que
acidentais.
Imposto predial – incide sobre
todos os prédios urbanos e rústicos
de acordo com a legislação em vi-
gor.
Imposto sobre aplicação de ca-
pitais – incide sobre os rendimentos
provenientes da simples aplicação
de capitais.
Imposto sobre o valor acrescen-
tado – incide sobre as transmissões
de bens, as prestações de serviços
efectuadas no território nacional, a
título oneroso, por um sujeito passi-
vo, agindo nessa qualidade, bem
como sobre as importações de bens.
Imposto sobre os rendimentos de
trabalho – incide sobre os rendi-
mentos por conta de outrem (de
natureza contratual ou não contra-
tual, periódicos ou ocasionais, fixos
ou variáveis, independentemente da
sua proveniência, local, moeda,
forma estipulada para o seu cálculo
e pagamento).
Imposto sobre veículos motoriza-
dos – incide sobre os veículos moto-
rizados registados na República de
Angola.
Imprevisibilidade terrorista – ac-
ções violentas que ocorrem repen-
tinamente, sem aviso prévio, ocasio-
78
nando terror e uma sensação de
insegurança pela vulnerabilidade
permanente.
Imprudência – comportamento pas-
sível de fazer algo sem cautela;
insensatez.
Impunidade – gozo da liberdade, ou
de isenção de outros tipos de pena,
por uma determinada pessoa, ape-
sar de ter cometido alguma acção
passível de punição.
Imputabilidade – i) caracteriza-se
como um elemento de culpa, cujo
sistema punitivo descreve a vertente
liberal do Estado, em estabelecer o
máximo de pena compatível com as
exigências de preservação da digni-
dade da pessoa humana e da ga-
rantia do livre desenvolvimento da
sua personalidade; ii) possibilidade
de atribuir a autoria ou responsa-
bilidade de um acto criminoso a
alguém.
Imunidade a entidades públicas –
estatuto especial de protecção que
garante às entidades o privilégio de
exercer as suas funções de forma
autónoma, contra processos judiciais
tendenciosos ou prisão arbitrária.
Inactividade temporária – situação
de impedimento temporário do pes-
soal com funções policiais no activo,
por razões de saúde, de estudos,
disciplinares ou criminais.
Incidência – facto que altera o de-
senrolar dos acontecimentos, peri-
pécia, episódio ou uma circunstância
acidental acessória de um aconte-
cimento principal.
Incidente de fronteira – acção sus-
ceptível de provocar reacção ou lití-
 Vocabulário Policial
gio por parte de um país que se sin-
ta lesado.
Incursão criminosa – acção ofen-
siva ilícita de criminosos em pe-
quena ou grande escala, abrangen-
do penetração nos espaços vulne-
ráveis.
Incursão policial – operação ofen-
siva de pequena escala, abrangendo
uma rápida penetração em espaço
sob controlo do criminoso, a fim de
se adquirir informações, confundir,
neutralizar os objectivos limitados,
terminando com uma retirada
planificada.
Indemnização – refere-se à com-
pensação devida a alguém para
anular ou reduzir um dano, geral-
mente, de natureza moral ou mate-
rial, originado por incumprimento
total ou cumprimento parcial de uma
obrigação, ou através da violação de
um direito absoluto.
Independência inspectiva policial
– liberdade de sujeição às condições
que ameaçam a objectividade. Tais
ameaças são geridas ao nível do
inspector policial, individualmente, e
da organização, no geral.
Indício – facto diferente do que se
quer provar, mas que a ele se liga
de forma necessária ou costumeira
como a sua manifestação ou conse-
quência.
Indivíduo suspeito – pessoa cujas
características físicas, vestuário,
postura, atitude ou ainda no decurso
de uma investigação, são informa-
dos aos policiais, após a prática ou
suspeita da prática de algum crime
ou infracção, quer por qualquer
79
cidadão que o identificou e solicitou
a intervenção policial.
Indulto – i) consiste no modo de
extinção da punição, sem que haja
referência expressa a cada benefi-
ciário da medida e sem fazer cessar
os efeitos secundários da condena-
ção; ii) acto de clemência de Poder
Político em favor de um ou de vários
réus pelo qual a competência é
exclusiva do Presidente da Repú-
blica. O indulto individual pode ser
total, atingindo todas as sanções
impostas ao condenado, ou parcial,
quando reduz ou substitui a sanção.
Infanticídio – consiste no facto de a
progenitora matar o próprio filho, sob
a influência do estado puerperal,
durante ou logo depois do parto.
Infiltração policial – técnica espe-
cial de investigação ou um meio de
obtenção de prova, na qual o agente
policial é inserido no seio de uma
determinada organização criminosa
com a finalidade de obter elementos
informativos para subsidiar a inves-
tigação, ou seja, com auxílio de cola-
boradores secretos, no âmbito da
actividade policial para a busca de
informação de interesse operativo.
Informação policial – conjunto or-
ganizado de dados que a Polícia
recolhe no exercício da sua activi-
dade operativa, sobre pessoas e
instituições de interesse, com a
finalidade de servir de base aos
actos decisórios para esclarecer,
actualizar ou formar opinião para a
garantia da segurança pública, ten-
do sempre em conta os princípios
legais.
 Polícia Nacional de Angola
Informe policial – documento que
agrega todas as diligências resul-
tantes da investigação que a Polícia
realiza sobre um determinado as-
sunto.
Infracção da cadeia de comando –
consiste na usurpação de autori-
dade, conferida aos diversos esca-
lões de comando, assumindo o
carácter de abuso ou ultrapassa-
gem, e tende a anular a respectiva
autoridade.
Infracção disciplinar – comporta-
mento doloso e culposo (acção ou
omissão) imputável ao agente po-
licial, que compromete dignidade e o
decoro da função policial, ferir a
disciplina e a hierarquia, prejudicar a
eficiência da actuação policial ou
causar prejuízo de qualquer natu-
reza que põe em causa a boa
imagem da corporação.
Infracção fiscal – qualquer facto ilí-
cito declarado e punível de acordo
com a legislação fiscal e aduaneira.
Infracção insidiosa – perpetrada
por um agente policial por meio de
alguma astúcia ou estratégia, de
modo que a vítima não tome conhe-
cimento sobre uma determinada
situação constrangedora, que possa
perigar a sua integridade física e/ou
psíquica.
Inimputabilidade – comportamento
associado a menores de idade e a
doentes mentais que, por força de
anomalia psíquica, se tornam inca-
pazes de serem responsabilizados
criminalmente no momento da prá-
tica do facto.
80
Injustiça – qualidade relativa à ile-
galidade ou a resultados imerecidos.
A designação pode ser aplicada em
relação a um evento ou situação
particular, ausência ou o oposto da
justiça.
Inocente útil – indivíduo que se
serve à manipulação pela força
adversa por exibição, que, inadverti-
damente, por ingenuidade, boa-fé ou
ignorância, é usada no interesse de
acção, medida ou causa de tercei-
ros.
Inquérito policial – método infor-
mativo que compreende o conjunto
de diligências realizadas pela auto-
ridade para a apuração do facto e
descoberta da autoria, pois consiste
em perguntar e investigar os factos,
como ocorrem e qual o seu autor.
Inquirição policial – acto de fazer
perguntas às testemunhas, para
apurar a verdade, quanto ao come-
timento de um crime.
Inspecção – avaliação da conformi-
dade por observação e opinião,
acompanhada, se for caso disso, de
medição, ensaio ou comparação
com os padrões.
Inspecção das mercadorias – ope-
rações pelas quais se procede ao
exame físico das mercadorias, a fim
de se certificarem de que a sua
natureza, origem, estado, quantida-
de, valor, especificações pautais,
incluindo as respectivas taxas e o
regime a que possam estar sujeitas,
estão em conformidade com os
dados da declaração aduaneira.
Inspecção física de mercadoria –
verificação minuciosa de mercadoria
 Vocabulário Policial
importada ou exportada e declarada
em documento, perante autoridade
aduaneira, conferindo o tipo, qua-
lidade e quantidade contido no lugar
ou meio de transporte, actividade
levada a cabo pela Polícia Fiscal
Aduaneira.
Inspecção policial – prática de vigi-
lância sistemática sobre determina-
da actividade que tem seu proce-
dimento legal.
Inspecção pré-embarque – conjun-
to de actividades ou operações
relativas à verificação e controlo da
qualidade, quantidade, preço, condi-
ções financeiras, classificação pau-
tal, características técnicas, sanitá-
rias e comerciais das mercadorias
exportadas para um determinado
país.
Instigação ao crime – acção perpe-
trada por um indivíduo em reunião
ou ajuntamento público para incitar
directamente a prática de um deter-
minado crime.
Instrução policial – i) conjunto de
actividades com a finalidade de
transmitir conhecimentos e procedi-
mentos básicos da doutrina cas-
trense aos cidadãos que ingressam
na corporação; ii) ordem escrita e
geral a respeito do modo e forma de
execução de determinado serviço
policial, expedida pelo superior hie-
rárquico, com o escopo de orientar
os subalternos no desempenho das
atribuições que lhes estão afectas e
assegurar a unidade de acção no
organismo administrativo.
Instrução preparatória – fase inicial
de uma acção investigativa, con-
81
duzida sob orientação do Ministério
Público, por meio de provas, as
quais são objecto de regulamen-
tação minuciosa nas várias dispo-
sições baseadas nos exames labo-
ratoriais, prova testemunhal por
declarações, etc., com o intuito de
averiguar se houve ou não um ilícito
penal.
Instrução processual – fase facul-
tativa do processo comum em
processo penal, dirigida pelo juiz de
instrução (assistido pelos órgãos de
Investigação Criminal), através da
qual se decide se o inquérito deve
ser arquivado ou submetido a julga-
mento.
Instruções preliminares da pauta
– conjunto de normas que regula-
mentam os procedimentos de clas-
sificação e codificação das mercado-
rias, de determinação da sua origem
e valor aduaneiro e de fixação da
matéria colectável e das taxas apli-
cáveis, bem como os processos de
contagem e liquidação dos direitos e
demais imposições aduaneiras.
Instruendo – indivíduo admitido
para a frequência da formação
militar e/ou policial até a conclusão
do Curso Básico de Polícia.
Instrumento contundente – objecto
que, pelo seu uso, causa lesão con-
tusa que pode ser por pressão ou
por deslizamento, ou ambas. Acções
provocadas por chutes, socos ou
outras formas de ataque e defesa
usadas pelo homem.
Instrumento cortante – objecto
com gume afiado que, depois da
pressão ou deslizamento exercido
 Polícia Nacional de Angola
sobre a pele íntegra ou órgãos,
favorece o rompimento dos tecidos
superficiais e profundos.
Instrumento perfurante – peça
rígida cujo contacto com o corpo se
faz por um ponto; o modo de acção
e a pressão realizada na extremi-
dade deste instrumento causa gran-
des repercussões na profundidade
do corpo da vítima, pôs são, geral-
mente, finos, alongados e pontiagu-
dos.
Instrutivo – i) instrução ou à fase do
processo judicial em que se reúnem
os meios de prova e a forma de os
usar; ii) documento emanado de
uma autoridade que contém normas
com cobertura geral, de um tópico
específico e validade indeterminada,
em que se destina a reiterar, cla-
rificar ou acrescentar aspectos do
serviço indicado nas disposições an-
teriores.
Insubordinação – consubstancia-se
no facto de o agente policial desres-
peitar o mando superior ou as nor-
mas, ou ainda o Regulamento da
corporação.
Inteligência policial – conjunto de
acções secretas de baixa visibili-
dade, realizada para a obtenção e
análise de dados, visando produzir e
disseminar informações sobre factos
e situações de natureza ou interesse
policial no processo decisório da
actividade operacional.
Interacção Polícia – Comunidade
– consiste em reuniões regulares
que a Polícia realiza com a comu-
nidade, instituições, sociedade civil e
associações, com objectivo de iden-
82
tificar, avaliar e prognosticar proble-
mas relacionados com a segurança
pública, no sentido planear de forma
conjunta a sua resolução.
Interdição de actividade – acto
pelo qual os órgãos afins impedem
alguém de praticar actos sujeitos ao
seu controle ou que incidam sobre
seus bens. Deve ser precedida de
processo regular e do respectivo
auto que possibilita a defesa do
interessado.
Interdição operativa – acto ou efei-
to de impedir por qualquer meio, ao
inimigo, o acesso a uma área ou via,
a fim de privá-lo da capacidade de
prover os suprimentos e reforços
para o apoio das próprias forças.
Interpelação – acção em que o
agente policial, no decorrer da sua
actividade de patrulhamento, aborda
os transeuntes que apresentam
indícios ou que estejam na iminência
da prática de crimes ou em local e
horário considerados críticos, para
os identificar, revistar, orientar,
advertir, assistir ou deter.
Interrogatório – contacto interpes-
soal entre o acusado e o investi-
gador, para a obtenção de infor-
mações essenciais, devendo arguir
causas excludentes de culpabi-
lidade, antijuridicidade, circunstân-
cias que diminuam a pena ou o
direito a certos benefícios penais.
Intervenção da vizinhança – i) exe-
cução de procedimentos básicos de
vigilância que a comunidade faz
para a sua segurança; ii) esquema
entre a Polícia e a comunidade,
visando coordenar as iniciativas, do
 Vocabulário Policial

ponto de vista da segurança, nos termos da lei.

aconselhando sobre os riscos e as Isenção da actuação policial –
formas de prevenir os crimes. consiste em não retirar vantagens
Intervenção policial – acção que os directas ou indirectas das funções
agentes policiais executam com o exercidas, actuando com indepen-
objectivo de resolver, conter ou dência em relação aos interesses e
controlar determinada situação de pressões de qualquer índole, na
alteração da ordem, por solicitação perspectiva do respeito pela igualda-
ou iniciativa própria. de, na abordagem ao cidadão.
Investigação – estudo cuidadoso e
detalhado de um assunto, material,
serviço, processo ou sistema, com o
objectivo de se chegar a uma con-
clusão ou tomar alguma decisão.
Investigação criminal – consiste
num conjunto de diligências que se
destinam a averiguar a existência de
um crime, determinar os seus agen-
tes, a sua responsabilidade e reco-
lher as provas no âmbito do proces-
so.
Investigação de proximidade – ac-
ções que vão ao encontro das víti-
mas e de pessoas vulneráveis com
problemas e as causas da crimi-
nalidade.
Investigação policial – conjunto de
diligências que visam averiguar a
existência de um crime, determinar
os seus agentes e a responsa-
bilidade dos mesmos, descobrir e
preservar o local e as provas.
Investigador – agente de autorida-
de do órgão de Polícia criminal, do-
tado de conhecimentos técnicos e
tácticos em matéria de investigação
criminal e instrução processual, que
realiza diligências investigativas ou
procede à instrução dos referidos
processos-crime, sob direcção do
magistrado judiciário competente,

83
 Polícia Nacional de Angola

outros encargos tributários, no prazo

J
legal contado a partir do dia seguinte
até uma data limite para o cum-
primento da obrigação tributária.
Juro compensatório – juro con-
tado dia-a-dia, que visam compen-
Jovem – indivíduo que se encontra sar o Estado pelos atrasos da
no período entre a infância e a idade liquidação de impostos por factos
adulta, com a capacidade de ser imputáveis aos contribuintes.
forte, conseguir, enxergar o mundo Juro indemnizatório – juro conta-
por todos os ângulos e estar imerso dos dia-a-dia que visam compensar
em um contexto de grandes desafios o contribuinte por erro de liquidação
e complexidades que podem desen- imputável à Administração Geral
cadear ou não comportamentos mar- Tributaria, do qual resulta o paga-
ginais. mento de uma dívida tributária.
Juízo de certeza – decisão do tribu- Justiça criminal – consiste na for-
nal necessária à condenação do ma peculiar pela realização de actos
agente de um crime e à aplicação da processuais penais, cujos interveni-
pena cominada na lei; sem ele, a entes são a Polícia, o Ministério
condenação não é possível. Público e os Tribunais.
Julgamento – acto de julgar ou de- Justiça material – ajustamento tri-
cidir uma causa com a absolvição ou butário distributivo.
a condenação do réu.
Jurisdição aduaneira – compe-
tência exercida no território adua-
neiro de um país fiscal, por um
tribunal comum ou especial sobre
assuntos aduaneiros, velando pela
aplicação das leis e regulamentos
aduaneiros e julgar as respectivas
violações.
Jurisprudência – conjunto de deci-
sões, aplicações e interpretações
das leis feitas pelos tribunais de uma
determinada jurisdição. É uma espé-
cie de histórico de decisões tomadas
pelos tribunais sobre casos semel-
hantes que apontam para uma mes-
ma direcção.
Juro de mora – ganho devido pelo
atraso do pagamento de imposto ou

84
 Vocabulário Policial

K
Kilo-zulu – expressão típica do
código fonético militar para designar
a abreviatura da palavra Kwanza, no
sentido de se referir à existência ou
não de valores monetários.
Kit anti-trauma – equipamento poli-
cial de protecção da cabeça, tronco
e outros membros.

85
 Polícia Nacional de Angola
L
Lagarta – dispositivo que se posi-
ciona na faixa de rodagem, usada
contra a fuga de um automobilista e
contém ocos e pontiagudos que se
soltam na passagem do veículo,
destinada a perfurar os pneumá-
ticos, provocando o esvaziamento
dos mesmos e a consequente
diminuição da velocidade.
Lançador de granada – arma de
arremesso.
Latrocínio – consiste no crime de
roubo qualificado pelo resultado de
morte; roubo pós-morte da vítima, na
qual exige dolo na conduta antece-
dente; considerado crime hediondo.
Se a violência empregada no crime
de roubo resultar na morte da vítima,
estará configurado o crime de
latrocínio.
Legalidade – atributo jurídico de
qualquer acto humano ou pessoa
jurídica que indica se é ou não
contrário às leis; configura-se co-
mo um dos princípios mais impor-
tantes no Direito Constitucional.
Legislação aduaneira – conjunto de
prescrições legislativas e regulamen-
tares relativas à importação e expor-
tação de mercadorias e outros regu-
lamentos que, eventualmente, as
Alfândegas devem cumprir e fazer
cumprir, no âmbito das atribuições e
poderes que lhe são confiadas no
processo de desembaraço, controlo
86
e fiscalização de mercadorias im-
portadas e a exportadas.
Legítima defesa – constitui o facto
praticado como meio necessário
para repelir a agressão actual e
ilícita de interesses juridicamente
protegidos do agente ou de terceiro.
Legitimidade – característica atri-
buída a tudo aquilo que cumpre o
que é imposto pelas normas legais e
é considerado um bem para a soci-
edade, ou seja, tudo que é legítimo.
Legitimidade do poder – designa a
relação de conformidade entre a ori-
gem e a conduta do poder e o
disposto em regras morais, determi-
nantes para grupos sociais defi-
nidos.
Lei – sistema de normas jurídicas de
carácter imperativo, emanadas do
poder legislativo e promulgada pelo
titular do poder executivo, visando
pautar comportamentos de uma co-
munidade ou sociedade.
Leilão – venda pelas alfândegas em
hasta pública, de mercadorias, veí-
culos, com bens de equipamento
etc, cujo tempo de armazenagem
tenha excedido nos portos, aero-
porto ou outo local similar sob
jurisdição aduaneira no país de des-
tino; arrematação.
Lesado – todo o indivíduo que, se-
gundo as normas de Direito Civil,
tem sido prejudicado em seus inte-
resses juridicamente protegidos.
Lesão – resulta da violação de um
direito, acto ou efeito de lesar, cau-
sar prejuizo alheio, do qual resulta
dano pecuniário; ofensa à integri-
dade física, moral ou fisiológica de
 Vocabulário Policial
alguém cujo resultado pode ser a
morte ou alteração ostensiva, seja
ela temporária, seja ela permanente.
Licença disciplinar – i) ausência
consentida do emprego; ii) acto
administrativo vinculado e definitivo
pelo qual a Polícia, verificando que o
interessado atendeu a todas as
exigências legais, faculta-lhe o
desempenho de atividades ou a
realização de fatos materiais antes
vedados ao particular.
Licitude – conformidade com a lei e
não é por ela proibido.
Líder – elemento que exerce a con-
dução de um determinado grupo de
pessoas, devendo este conhecer a
sua capacidade de formas a influ-
enciar e incentivar os seus cola-
boradores a trabalharem em con-
junto para o alcance de um objectivo
comum.
Liderança – capacidade do nível de
gestão para alcançar a unidade de
propósito dentro da instituição, ge-
rando e mantendo um ambiente
favorável, no qual todos os agentes
policiais estão envolvidos na con-
secução dos objetivos da entidade.
Liderança estratégica – viabili-
zação das mudanças necessárias,
gerenciando recursos para a sua
implementação e, principalmente,
motivando os integrantes da institu-
ição, de forma a comprometê-los
com a visão estabelecida e torná-los
partícipes activos das acções em-
preendidas.
Liderança organizacional – con-
junto de acções adoptadas pelo
Comando Geral da Polícia Nacional,
87
para direccionar o efectivo em prol
de objectivos comuns, ligados aos
interesses da actividade policial.
Liderança policial – capacidade e
habilidade que o superior possui
para influenciar o seu efectivo a
trabalhar entusiasticamente, visando
atingir objectivos comuns para o
interesse público, inspirando confi-
ança por meio da força do carácter.
Limite – linha convencional e teórica
ajustada pelas chancelarias como
separação de territórios ou esferas
de influência confinantes.
Liquidação do imposto – apu-
ramento do imposto devido pelo
contribuinte mediante aplicação da
taxa do imposto à matéria coletável.
Liquidação dos direitos – determi-
nação ou cálculo do montante dos
direitos e demais imposições adua-
neiras a cobrar pelas alfândegas na
importação, exportação e trânsito de
mercadorias.
Litígio – trata-se de uma questão
judicial, do conflito de pretensões
que serão discutidas entre as partes
numa determina da acção e sub-
metidas ao juiz, para serem exami-
nadas.
Litispendência – consubstancia-se
na questão resolvida noutro Tribu-
nal, se já tiver uma acção pendente,
não vai, agora, o Tribunal Penal
pedir a outro que a resolva; aguarda,
em princípio, que seja decidida a
questão no órgão competente.
Livro de ponto – instrumento admi-
nistrativo destinado a aferir diaria-
mente a pontualidade e assiduidade
do agente policial no seu local de
 Polícia Nacional de Angola

trabalho.
Livro de registo – instrumento onde
se cadastra todo documento que dá
entrada ou saída num determinado
órgão, para o devido controlo e a
respectiva tramitação da origem até
o arquivo.
Local da operação policial – área
geográfica delimitada em que se
realiza uma determinada operação
policial.
Local de desembarque directo –
local onde as mercadorias são
desembarcadas directamente para
darem entrada no país de impor-
tação.
Local de embarque directo – local
onde a mercadoria é expedida ou
embarcada directamente, com des-
tino ao país de importação, sem
qualquer transbordo, excepto em
casos imprevisíveis.
Local de risco – lugar que, pelas
suas características, é susceptível
de causar impactos negativos à
segurança pública.
Local do crime – lugar ou área
física onde tenha ocorrido algum
crime, esclarecido ou não.
Lugar público – lugar acessível a
todos os cidadãos, onde se realizam
eventos de interesse geral.
Luxação – deslocamento das extre-
midades dos ossos que compõem
uma articulação, provocando dor
intensa, limitação dos movimentos,
inchaços e hematomas.

88
 Vocabulário Policial
M
Maceração – fenómeno cadavérico.
Quando o cadáver permanece al-
gum tempo em ambiente líquido,
ficando com a pele enrugada, es-
branquiçada, amolecida, branco par-
dacento; acontece também com os
fetos que morrem, mas não são
expulsos (e, com isto, pode-se
detectar quando ocorreu a morte).
Mala do correio diplomático –
embalagem devidamente fechada e
selada com selo oficial acompa-
nhada de um documento preso
sobre a superfície por selo de lacre,
ou com inscrição de carácter per-
manente e indestrutível dela cons-
tante em que a entidade competente
dos serviços diplomáticos expedi-
dores da mala certifique, por forma
de reconhecimento autêntico, que
elas só contêm documentos oficiais.
Mandado – consiste na ordem judi-
cial escrita, emanada por autoridade
judicial, que prescreve o cumpri-
mento de acto processual a ser
executado por oficial de justiça;
Mandato – contrato pelo qual uma
das partes obriga a praticar um ou
mais actos jurídicos por conta da
outra.
Mando – i) consubstancia-se na
faculdade de dirigir ou conduzir o
efectivo, exercendo, ao mesmo tem-
po, domínio intelectual e moral, para
obter obediência voluntária, confi-
89
ança, cooperação legal e respeito; ii)
mando único – orientação hierarqui-
zada no exercício funcional da
Polícia, no âmbito polítio, adminis-
trativo, operacional e disciplinar pelo
superior máximo da corporação,
destinado a todos os níveis sob seu
domínio.
Manifestação – acto colectivo em
que os cidadãos se reúnem publi-
camente para expressar uma opini-
ão política a favor ou contra deter-
minada causa que se quer ver resol-
vida.
Manobra evasiva – acção que um
automobilista realiza de forma a
guinar ou desviar da trajectória que
o levaria a um acidente, evitando ou
diminuindo as suas consequências.
Manquieco – nomenclatura típica
usada para se referir a um indivíduo
suspeito de ter cometido algum ilícito
penal, ou indivíduo identificado e
caracterizado como delinquente.
Manutenção da ordem pública –
conjunto de operações policiais leva-
das a cabo por formações ou unida-
des policiais de dimensão variável.
Tem por objectivo fazer face a even-
tos de natureza colectiva, organi-
zativa ou espontânea, hostil ou
amigável, violenta ou pacífica, de
carácter reivindicativo ou festivo.
Manutenção de meios policiais –
actividade que se realiza para evitar
fracassos, queda no desempenho
do material e diminuir a possibilidade
de danos e degradações, por meio
de inspecções, testes, reparações
ou substituições do material em uso
durante a missão.
 Polícia Nacional de Angola
Marca – sinal ou combinação de
sinais registados, que servem para
distinguir bens ou produtos e servi-
ços, de outros idênticos ou semel-
hantes.
Marcha policial – deslocamento do
efectivo a pé, a veículo automóvel
ou animal, com objectivos previa-
mente estabelecidos e com a inten-
ção de se expor ou se apresentar a
uma alta entidade posicionada na
parte mais privilegiada da parada.
Martelo da arma – peça da arma de
fogo que, ao ser accionada, embate
no percutor (o qual vai ferir o fulmi-
nante da munição); nas armas com
cão à vista, o mesmo pode ser ar-
mado manualmente.
Máscaras anti-gás – meio de pro-
tecção policial contra gases.
Material em excesso – material que
existe além da quantidade autori-
zada para determinada unidade,
quer em consequência de alteração
nos planos de operações, quer por
falta de disciplina de suplemento.
Material essencial – material indis-
pensável, do ponto de vista de sua
utilização para empreender uma ac-
ção estratégica e, em face das
condições acessibilidade e das con-
junturas geopolíticas e geoeconó-
micas, exige medidas especiais para
a sua obtenção, produção, industria-
lização e comércio.
Material sigiloso – toda a matéria,
substância, ou artefacto que, por
sua natureza, deve ser de conheci-
mento restrito, por conter, utilizar e/
ou veicular assunto sigiloso.
Material sigiloso controlado – todo
90
o material sigiloso que, por sua
importância, necessita de medidas
adicionais de controlo.
Matriz – trata-se de um método
sistemático de organização de da-
dos ou informação visualmente em
formatos digitais ou físicos, como
mecanismo de monitorização e con-
trolo institucional.
Matriz dafo – método de análise de
problema.
Matriz de associação – mecanismo
gráfico utilizado pelo analista para,
facilmente, chegar ao diagrama
(técnica que pode ser adaptada para
demonstrar a associação entre nú-
meros de telefone, e-mail, matrículas
de veículos, entre outros); permite
estabelecer relações entre pessoas/
organizações, pessoas/pessoas e
organizações/organizações, para de-
terminar a envolvência criminal, de
acordo com a sua desenvoltura.
Maus tratos – consubstancia-se em
infligir de modo reiterado ou não,
repugnantes tratos físicos ou psíqui-
cos, incluindo castigos corporais,
privações da liberdade e ofensas
sexuais; tratar cruelmente alguém.
Mediação de conflito – processo de
diálogo e negociação em que um
terceiro (agente policial) auxilia duas
ou mais partes na contestação de
um determinado assunto ou coisa,
com o devido consentimento destas,
para prevenir, gerir ou resolver um
litígio, sem recorrer ao uso da força.
Medida cautelar – consiste na pro-
vidência cumulável como qualquer
outra que pode ser aplicada quando
o crime for punível com pena de
 Vocabulário Policial
prisão.
Medida de averiguação – constitui
o principal nível das medidas de
busca, para determinar ou certificar
a identidade de um indivíduo ou
vigiar seu comportamento.
Medida de coação – acção proces-
sual que condiciona a liberdade do
arguido, ou seja, aplica-se durante a
fase do inquérito (fase de instrução)
ao arguido, nos casos do termo de
identidade de residência, prisão pre-
ventiva ou suspensão do exercício
de funções.
Medida de persuasão – acção,
adotada como extremo aviso a um
indivíduo, classificada como suspei-
to, que se nega a obedecer às or-
dens transmitidas pelo agente poli-
cial.
Medida de Polícia – acto jurídico ou
operação material emanado de auto-
ridade de Polícia, independentemen-
te do ilícito (essencialmente de cariz
preventivo) com vista a impedir in-
fracções à ordem jurídica.
Medida de segurança à vítima –
acção adoptada pelas autoridades
policiais para salvaguardar a integri-
dade física ou psicológica de alguém
que se mostre ameaçada por um
certo indivíduo que tenha provável
intenção de causar algum dano. Os
órgãos afins aplicam as medidas de
protecção para proibir o contacto
entre a vítima e o criminoso.
Medidas operacionais de protec-
ção preventiva – sistema flexível de
protecção contra os ataques que
contém sugestões para a decisão do
comando sobre equipamento de
91
protecção adequado a usar em dada
situação.
Medo do crime – constitui um clima
de inquietação, tensão e preocu-
pação pela ordem social, que leva o
indivíduo, de acordo com o conhe-
cimento da circunstância vivida, a
tomar medidas cautelares mais ou
menos consistentes.
Meio ambiente – conjunto de condi-
ções, influências e interações de or-
dem física, química e biológica, que
permite, obriga e rege a vida em
todas as suas formas.
Meio audiovisual – todo o material
ou recurso utilizado para veicular
uma infiormação, utilizando som ou
imagem.
Meio de coerção – consubstancia-
se num instrumento ou forma de
equilíbrio entre o grau de ameaça e
o respectivo nível de força adequada
para neutralizar a ameaça actual.
Meios – força e elementos materiais
que integram o poder de combate ao
crime.
Meios visuais – meios destinados à
sinalização à curta distância, segun-
do um código pré-estabelecido.
Mensagem – termo empregado nas
comunicações para todas as instru-
ções, partes, ordens, documentos,
fotografias, mapas ou outras infor-
mações em texto claro ou cripto-
grafado, enviado pelos meios de
comunicação.
Mercado negro – espaço de venda
de bens e serviços que fazem parte
de uma economia activa, não acau-
telado por uma legislação específica
e onde se pratica a especulação
 Polícia Nacional de Angola
mercantil.
Mercadoria – produto natural, maté-
riaprima, artigo manufacturado, pro-
duto semiacabado, produto acabado
(obra), animal, moeda, substância
ou outras coisas, incluindo, meios de
transporte, equipamentos, peças, e
acessórios, no âmbito de importa-
ção, exportação e trânsito.
Mercadoria demorada – qualquer
mercadoria mantida em local de
depósito temporário por não ter sido
cumprida a obrigação de apresenta-
ção de uma declaração aduaneira,
ou a obrigação de pagamento de
direitos e demais imposições adua-
neiras.
Mercadoria em regime de trânsito
– produto que entra no território
aduaneiro do país importador e dele
sai, sem o pagamento dos direitos
aduaneiros, pois, não será declarada
para o consumo interno.
Mercadoria pirateada – consubs-
tancia-se nas cópias feitas fora do
consentimento do detentor do direito
ou de uma pessoa previamente
autorizada pelo detentor de direito,
no país de produção em que são
feitas directa ou indirectamente a
partir de um artigo, nos casos em
que a realização desta cópia
constitua um atentado ao direito do
autor (ou ao direito conexo) em
contravenção à legislação do país
de importação.
Mercadorias nacionalizadas – mer-
cadorias disponíveis no país após
desalfandegamento, destinadas a
entrada em livre circulação e que
tenham sido importadas mediante o
92
pagamento de direitos e demais
imposições aduaneiras devidos ou
que deles estejam isentas por dispo-
sição legal.
Método operacional – maneira
geral e adequada para a consecu-
ção de determinado propósito rela-
cionado com o combate ao crime.
Metodologia – conjunto de práticas
recomendadas para realizar determi-
nada tarefa, acompanhada, na maio-
ria das vezes, por material de treino
e programas de capacitação, planil-
has e ferramentas de diagramação.
Missão – tarefa, dever ou acção que
deve ser executada por um indi-
víduo, equipa, subgrupo, grupo,
companhia ou unidade, mais o
propósito que se tem em vista
alcançar, unidos pela expressão “a
fim de”. Seu enunciado deve indicar
claramente a tarefa ou acção a ser
executada e o fim a ser atingido.
Missão policial – execução de qual-
quer actividade no âmbito do policia-
mento. Para que ocorra com êxito, é
necessário que a entidade compe-
tente se certifique de que o dispo-
sitivo tenha o claro conhecimento e
a devida compreensão da missão a
executar, o que inclui a determi-
nação correcta da tarefa a realizar, o
local, o tempo e o estado final que
se deseja alcançar.
Mobilidade – capacidade de uma
força deslocar-se prontamente e a
grandes distâncias, mantendo um
elevado nível de prontidão, ou seja,
em condições de emprego imediato.
Mobilidade estratégica – mobili-
dade de uma força, relacionada a
 Vocabulário Policial
grandes distâncias, relativa à execu-
ção de acções estratégicas e apreci-
ada, particularmente, pela transpor-
tabilidade, raio de acção, velocidade
de intervenção e flexibilidade de
emprego.
Mobilidade táctica – mobilidade de
uma força, no campo operacional,
relativa à execução de acções tácti-
cas, apreciada, particularmente, pela
transportabilidade, raio de acção,
velocidade, insensibilidade ao terre-
no e às condições metereológicas e
flexibilidade de emprego.
Modus faciendi – expressão típica
que se consubstancia na forma de
agir de um indivíduo; caminho trilha-
do pelos sujeitos do processo.
Modus operandi – descreve as
técnicas, tácticas, métodos e meios
para o aperfeiçoamento e sucesso
da operação policial.
Modus vivendi – designação refe-
rente ao modo de vida ou maneira
de viver de uma determinada comu-
nidade, desde a sua representação
cultural, costume, idioma e hábito
alimentar.
Morte por afogamento – acto em
que o indivíduo, por aspirar muita
água, afixia-se e perde a consciên-
cia, acabando por sucumbir. Pode
consubstanciar-se em homicídio ou
suicídio.
Mosquetão – assessor ou equipa-
mento que o operacional usa nas
actividades de montanha.
Movimento – designação geral da
operação policial, que consiste no
deslocamento da força de uma para
outra.
93
Movimento preparatório – movi-
mento executado por uma força,
tendo em vista facilitar a missão que
terá de executar posteriormente.
Movimento táctico – movimento de
forças ou elementos policiais, sob
condições operacionais, com a finali-
dade de cumprir uma missão tática.
Mudança de regime – concessão
de um novo regime aduaneiro, a
uma mercadoria importada ou expor-
tada sob um regime anterior, com
mudança ou não do beneficiário.
Multa – i) pena paga em dinheiro, de
natureza civil, imposta pelo ressar-
cimento de danos causados às
finanças públicas por pessoas que
infringiram ou fraudaram leis ou
regulamentos fiscais ou adminis-
trativos; ii) punição imposta a uma
pessoa julgada e condenada por
infracção da norma legal e consiste
no pagamento pecuniário fixado na
sentença originária da condenação.
Multidão – agrupamento elevado de
pessoas dentro de um ambiente so-
cio-cultural, político, económico ou
financeiro.
Munição – designação genérica
dada aos cartuchos, mísseis, fogue-
tes, bombas, granadas e outros
artefactos do género.
Munição de exercício – munição
sem carga de arrebentamento que
utiliza lastro inerte ou carga sina-
lizadora no lugar de explosivo,
destinada ao exercício de tiro ou
lançamento.
Munição de manejo – munição que
obrigatoriamente não é carregada
com material explosivo, cuja finalida-
 Polícia Nacional de Angola

de é o uso em actividade de adestra-

mento, tais como montagem e ma-
nuseio. É uma munição que, pelas
características possuídas, sua utili-
zação é proibida como item de em-
prego e lançamento, mesmo em
instrução.
Munição de salva – festim ou cartu-
cho sem projectil para simular tiro
real.
Munição não letal – projécteis es-
pecializados, normalmente não me-
tálicos, disparados por armas espe-
cíficas ou ordinárias que visam ao
controlo dos infractores, através de
impactos que possam neutralizar o
infractor e conduzi-lo à cela ou
espaço de confinamento.

94
 Vocabulário Policial
N
Naipe – conjunto de instrumentos
musicais, idênticos, do mesmo tipo,
classe e timbre.
Naufrágio – perda total ou parcial
de um navio por acidente no mar,
rios ou lagos.
Navegação – movimento de embar-
cações sobre as águas.
Navegação marítima – embarcação
de pequeno, medio e grande porte
sobre os oceanos e mares transpor-
tando passageiros e mercadorias,
que são por excelência no campo da
importação e exportação.
Navio – qualquer embarcação, gran-
de ou pequena que serve para
transportar passageiros e mercado-
rias sobre o mar, lagos e rios.
Navio de carga a granel – navio
preparado para transporte de carga
avulsa, isto é, não embalada ou não
acondicionada.
Navio ro-ro – roll on-roll off, seg-
mento especifico dentro do universo
da navegação, cujas operações de
carga e descarga são de per si;
Necessidade – princípio que se
cinge nas medidas de Polícia, usado
quando não há possibilidade de
prevenir o crime de outra forma.
Necessidade de conhecer – condi-
ção indispensável, inerente ao exer-
cício funcional, para que uma pes-
soa, possuidora de credencial de
segurança, tenha acesso ao conhe-
95
cimento ou dado sigiloso específico,
compatível com o seu credencia-
mento.
Necrópsia – conjunto de exames e
dissecações médicolegais feitos em
cadáveres, com o fim de se verificar
a natureza e extensão das lesões
nos seus órgãos e o meio empre-
gado para produzilas e determinar a
morte.
Negligência – decorre da omissão,
quando o sujeito causador do dano
deixa de observar o dever de cui-
dado.
Negligência inconsciente – dá-se
quando o agente não chegou a
prever a possibilidade de verificação
do evento ilícito.
Nexo causal quanto ao crime –
relação de causa e efeito entre a
conduta culpável do agente e o dano
por ele provocado; o dano deve ser
fruto da conduta reprovável do autor.
Nível de capacitação operacional
– estágio de preparação de uma
força ou organização policial, para
emprego imediato ou futuro, em
operações policiais.
Nível de força – tipo de reacção ou
de medida que se revele necessária,
adequada e proporcional para anular
determinada ameaça.
Nível de responsabilidade – grau
de interferência tido numa tarefa,
actividade, processo ou procedimen-
to e o nível de participação directa
ou indirecta na sua execução.
Nível de risco – i) magnitude ou ta-
manho de uma combinação de ris-
cos, expressa em termos da ligação
de consequências e da sua pos-
 Polícia Nacional de Angola
sibilidade; ii) soma da multiplicação
da probabilidade pelo impacto de
todos os riscos de um processo ou
da instituição.
Nível estratégico – corresponde ao
planeamento orientado para alcan-
çar os objectivos da instituição, ten-
do a finalidade de estabelecer os
planos de acção para o funciona-
mento do órgão.
Nível operacional – compreende o
planeamento policial e a condução
das operações requisitadas pela
hostilidade, em conformidade com a
linha estratégica estabelecida.
Nível táctico – estrutura responsá-
vel por criar metas e condições para
que as acções estabelecidas no
nível estratégico sejam atingidas; as
decisões são tomadas por pessoas
que ocupam os cargos entre a alta
direcção e o operacional.
No tango pica – expressão típica
utilizada para dizer que não há
qualquer problema, relativamente a
uma determinada situação.
Nomenclatura do sistema harmo-
nizado – sistema universalmente
elaborado para identificar, classi-
ficar, designar e codificar as merca-
dorias segundo a classe e por ordem
do seu grau de manufacturação,
agrupando-as por secções, capítulos
e códigos.
Norma – regulamento ou lei de acor-
do com as crenças e valores que os
membros de um grupo prosseguem
para coabitarem em harmonia.
Norma de Execução Permanente
“NEP”– documento de carácter jurí-
dico normativo, que rege a aplicação
96
prática das actividades diárias de um
determinado serviço operacional.
Norma jurídica – regra, artigo de lei,
prescrição legal, fórmula objectiva
da vontade social manifestada im-
perativamente a todos pelo Estado.
Norma orgânica – instrumento que
regula a organização da adminis-
tração pública, ou seja, regra que
estabelece as entidades e organis-
mos que fazem parte da adminis-
tração, e que determinam a sua
estrutura, os seus órgãos e serviços
(define a organização).
Norma supletiva – destinada a su-
prir a falta de manifestação de
vontade das partes sobre aspectos
do negócio jurídico que carecem de
regulamentação do domínio de
preferência, o Direito das Obriga-
ções.
Normativo – documento que, ao ser
aprovado pela autoridade compe-
tente, é convertido em norma de
procedimento interno, passando a
vigorar como norma da instituição
para situações análogas subse-
quentes.
Notícia – qualquer facto documental
ou material cujo conhecimento se
revela susceptível de ter interesse
para a finalidade da actuação po-
licial, que pode ser entendido como
dados não processados de qualquer
natureza para a produção de
informação.
Notícia do crime – conhecimento
espontâneo ou provocado pela auto-
ridade policial de um facto aparen-
temente criminoso.
 Vocabulário Policial

Notificação – documento formal que

serve para comunicar alguém sobre
um acontecimento ou decisão impor-
tante do seu interesse, pela entidade
encarregue da instrução processual
para a comparência obrigatória, feita
por telefone, por meio de cartório, de
registo de títulos e documentos.
Núcleo de operação – consubstan-
cia-se em assessorar o comandante
na planificação, coordenação, con-
trolo e análise da actividade operaci-
onal da unidade, recolher, tratar e
difundir informações de segurança
pública, assegurar a comunicação
entre os diversos serviços e esca-
lões.
Numerador – instrumento constitu-
ído por um quadriculado sequencial
de números, tendo no topo a descri-
ção dos tipos de documentos, cujo
objectivo é sistematizar a numera-
ção a que determinados documentos
estão sujeitos.

97
 Polícia Nacional de Angola
O
Obediência – i) comportamento pelo
qual um ser aceita as ordens dadas
por alguém; ii) cumprimento das
ordens ou respeito pelos superiores
da corporação policial.
Objectividade inspectiva – atitude
mental imparcial que permite que os
inspectores desempenhem o seu
trabalho de formas que acreditam
honestamente no produto do seu
trabalho. A objectividade exige que
os inspectores não subordinem o
seu juízo nas questões de auditoria
aos outros intervenientes.
Objectivo táctico – objectivo cuja
destruição, neutralização ou captura
é necessária ao bom êxito das
operações policiais.
Obrigação – dever imposto por lei,
uso ou convenção; título credor;
cargo; favor; benefício; dívida; carac-
teriza-se como o vínculo jurídico
transitório entre credor e devedor
cujo objecto consiste numa presta-
ção de dar, fazer ou não fazer.
Refere-se a uma relação entre pelo
menos duas partes e para que se
concretize, é necessária a imposição
de uma dessas e a sujeição de outra
em relação a uma restrição de liber-
dade da segunda.
Observação policial – acção que
se consubstancia em prestar devida
atenção às pessoas e situações que
aparecem na via pública, durante a
98
actividade de patrulhamento ou ou-
tra actividade policial, buscando
memorizar os detalhes importantes,
de modo a reunir elementos neces-
sários para uma abordagem ou inter-
venção policial, elementos ou ob-
jectos e informações de interesse
passíveis de serem investigados.
Observação radiotécnica – i) con-
siste na observação e vigilância con-
tínua de um objectivo, local ou tra-
mo; ii) actividade realizada mediante
recurso a meios radiotécnicos, tais
como, complexos fixos e móveis de
vigilância e rastreamento, de ilumi-
nação e de detenção de movimen-
tos.
Observação visual – acção que
consiste na utilização da vista para
captar imagens de interesse policial,
apoiada por meios ópticos e técnicos
(fotografia e filmagem).
Ocorrência – registo utilizado pelos
órgãos de Polícia para a descrição
de um crime, ou seja, facto que deve
ser apurado através do exercício da
actividade policial ou judiciária.
Ofendido – sujeito passivo (imedi-
ato) do delito, isto é, ao titular do
bem jurídico lesionado ou exposto
ao risco de lesão pela prática crimi-
nosa de terceiro.
Ofensa corporal – agressão física
de carácter doloso, ou seja, acção
voluntária que alguém usa contra
outrem.
Oficial – i) adjectivo relativo a tudo
que é anunciado, declarado ou orde-
nado por uma autoridade recon-
hecida; ii) constitui o membro de
uma força policial investido numa
 Vocabulário Policial
alta posição de autoridade.
Oficial Comissário – designação
atribuída à classe mais elevada da
carreira policial, pertencente ao nível
estratégico das missões e decisões
da segurança pública do País. É
nomeado pelo Presidente da Repú-
blica e Comandante-em-chefe das
Forças Armadas Angolanas.
Oficial operativo – investigador po-
licial que tem como principal função
o descobrimento oportuno, para a
prevenção e o corte das actividades
delituosas de carácter comum e o
eficaz esclarecimento dos factos de-
lituosos consumados.
Oficial subalterno – classe que hie-
rarquicamente se subordina a de
Oficial Superior. Ascende a esta
classe todo aquele que tiver servido
no mínimo três anos, com boa con-
duta e que tenha frequentado um
curso de oficial de Polícia e o ensino
médio concluído.
Oficial superior – classe que, hie-
rarquicamente se subordina a de
Oficial Comissário. Ascende a esta
classe todo o Oficial Subalterno que
tenha servido no mínimo quatro
anos, com boa conduta e que tenha
frequentado um Curso de Oficial
Superior de Polícia ou equivalente.
Ofício – i) documento utilizado para
solicitar, reivindicar, notificar ou co-
municar formalmente sobre determi-
nado tema; ii) instrumento oficial ou
correspondência usada por servi-
dores e funcionários da adminis-
tração pública.
Omissão – i) forma de culpa que
consiste no facto de alguém se
99
abster(espontaneamente e com vio-
lação do dever jurídico que se
impunha), sem que se expusesse a
risco eminente, de fazer, mencionar
ou dizer alguma coisa, ou de praticar
certo acto que se tornava necessário
ao interesse social; ii) falta de acção
no cumprimento de um dever; não
dizer ou de deixar de dizer alguma
coisa; não fazer ou deixar de fazer
alguma coisa.
Omissão de socorro – deixar de
prestar atenção ou assistência a
quem não tem condições de socor-
rer a si próprio ou comunicar o
evento a autoridade pública compe-
tente que o possa fazê-lo quando
possível.
Operação combinada – operação
empreendida por elementos ponde-
ráveis de mais de uma força, sob a
responsabilidade de comando úni-
cio.
Operação combinada interaliada –
operação na qual participam ele-
mentos de uma ou mais forças de
países aliados, sob a responsabili-
dade de um comando único.
Operação componente – caracteri-
zada como a realizada por uma
parcela de determinada força, que
não estará sob comando táctico do
seu comandante, para executar as
tarefas que lhe forem atribuídas.
Operação conjunta – operação que
envolve o emprego coordenado de
elemento de mais de uma força
singular, com propósitos interdepen-
dentes ou complementares sem que
haja a constituição de um comando
único no escalão considerado.
 Polícia Nacional de Angola
Operação continuada – funciona-
mento ininterrupto de uma organiza-
ção durante um período determi-
nado, com vista ao atendimento de
situações de crises reais ou sin-
gulares.
Operação de aperfeiçoamento –
conjunto de operações que se reali-
zam sobre mercadorias importadas
ou exportadas sob os regimes de
aperfeiçoamento activo, passivo, be-
neficiando de complemento de fabri-
co, transformação, afinação, restau-
ração, melhoramento e acabamento.
Operação de inteligência – con-
substancia-se nas acções de busca,
com a aplicação de técnicas opera-
cionais e meios especializados, pla-
neados e executados visando à
obtenção de dados de interesse dos
trabalhos desenvolvidos pela activi-
dade de inteligência.
Operação defensiva – operações
policiais destinadas a derrotar um
ataque inimigo, ganhar tempo, eco-
nomizar forças e criar condições
favoráveis para desencadear opera-
ções ofensivas.
Operação investigativa – consiste
na resposta às situações concretas
da criminalidade, sobretudo a violen-
ta, envolvendo marginais com eleva-
do grau de perigosidade, ou seja,
combate à criminalidade, que influ-
encia no sentimento de insegurança
dos cidadãos, empregando, para o
efeito, unidades de forças conjuntas.
Operação ofensiva – actividade
executada pela força policial que
toma a iniciativa de levar a batalha
ao inimigo. As suas finalidades
100
variam de época a época, mas são
sempre uma acção policial agressiva
que visa, em última instância, des-
truir as forças inimigas.
Operação policial – conjunto de ac-
ções específicas, planificadas e exe-
cutadas por dispositivo composto,
em um ou vários territórios operacio-
nais por tempo previamente definido
sob comando único ou conjunto,
podendo contar com a participação
de vários órgãos públicos ou priva-
dos, com a missão de alcançar
determinado objectivo no âmbito da
segurança pública. Fundamenta-se
na forma como o comandante pro-
jecta a execução da operação,
desde o início, o desenrolar até ao
final, levando a efeito a modalidade
de acção escolhida.
Operação stop – consubstancia-se
na necessidade que as forças poli-
ciais têm, de realizar operações de
controlo de tráfego, durante as
quais se fazem abordagens de viatu-
ras em que privilegiem a segurança
e a mobilidade; tais operações têm
carácter rotineiro ou para a interce-
pção de indivíduos suspeitos.
Operação táctica – acção que se
desenvolve dentro de um cenário de
operações de uma zona de defesa
ou em outras áreas limitadas, mas
que, no seu conjunto, contribui para
o cumprimento da missão do coman-
dante da unidade.
Oposição à verificação – recusa do
contribuinte na apresentação às au-
toridades, de mercadorias, docu-
mentos, escrita comercial, livros,
arquivo geral etc, que, por motivos
 Vocabulário Policial
legais, são solicitados para consulta
pelas alfândegas, afim de se veri-
ficar o fim pelo qual se prossegue.
Ordem – i) posição, classe ou cate-
goria a que pertencem as pessoas
ou as coisas num conjunto racio-
nalmente organizado ou hierarqui-
zado; ii) prescrição, acção de man-
dar, regras ou classificação adequa-
da dos recursos para se atingir um
determinado fim.
Ordem de serviço – determinação
especial dirigida ao responsável por
serviços operativos, autorizando seu
início, ou contendo imposições de
caráter administrativo, especificando
as técnicas sobre a forma de sua
realização.
Ordem de soltura – determina a
liberdade de uma pessoa que se
encontra presa, quando cumprida ou
extinta a pena, será posta imediata-
mente em liberdade.
Ordem pública – conjunto de facto-
res de segurança em que se veri-
ficam as condições mínimas para o
exercício dos direitos, liberdades e
garantias dos cidadãos, o funciona-
mento das instituições democráticas,
a independência, a soberania e o
desenvolvimento de um país num
ambiente de convivência harmonio-
sa e pacífica entre todos.
Ordem unida – formação que se
destina a ensinar um grupo de
pessoas, sobretudo militares ou poli-
ciais, como se movimentar em situ-
ações que não são de combate,
formando uma unidade coesa e
marchando de modo harmonioso e
cadenciado.
101
Ordenança – elemento com funções
policiais ou militares posicionado
junto à entrada do Comando ou
Unidade para orientar o acesso dos
cidadãos aos distintos comparti-
mentos dos órgãos ou a saída
destes das instalações.
Organização – modo pelo qual os
elementos estruturais que integram
uma sociedade são ordenados para
o seu melhor funcionamento.
Organograma policial – forma de
representação gráfica da estrutura
da instituição. Serve para visualizar
os escalões gerais ou parciais, as
relações de autoridade e as situ-
ações hierárquicas dos sectores,
divisões, departamentos e direcções
da Polícia e a relação de comuni-
cação que deve existir entre eles.
Órgão de polícia criminal – serviço
policial que assiste e auxilia as au-
toridades judiciárias na investigação
dos crimes e na instrução dos res-
pectivos processos, realizando dili-
gências investigativas na fase de
instrução preparatória, solicitadas
pelo magistrado do Ministério Públi-
co, juiz ou no âmbito da autonomia
táctica e técnica do próprio órgão.
Origem da mercadoria – país em
que a mercadoria foi totalmente pro-
duzida ou manufacturada, ou em
que sofreu a sua última transforma-
ção industrial relevante, o que impli-
ca que, pelo menos vinte e cinco por
cento do custo de produção dessas
mercadorias correspondem a materi-
ais produzidos ou a trabalho presta-
do no território desse país.
Orquestra – formação de produção
 Polícia Nacional de Angola

musical da banda de múcica central

da Polícia Nacional de Angola,
composta por músicos, que execu-
tam instrumentos clássicos, entre
eles de sopro, corda, madeira, per-
cussão, teclas e vozes, com uma
composição de quarenta (40) a oi-
tenta (80) músicos.
Ovagem de mercadorias – consiste
na fiscalização e acondicionamento
de mercadorias em contentores des-
tinados à exportação.

102
 Vocabulário Policial
P
Paiol – instalações ou estruturas
físicas policiais que têm como fim
último a recepção e conservação do
armamento para a sua distribuição
ou atribuição aos órgãos e agentes
da Polícia Nacional.
Palestra – acção pela qual um espe-
cialista transmite aos participantes
de um evento, informações especí-
ficas acerca de um determinado
tema.
Palete – dispositivo cuja superfície
se apoia numa determinada quan-
tidade de carga, fraccionada, a fim
de se constituir uma unidade de
carga com vista a facilitar o seu
transporte, deslocação ou arruma-
ção com ajuda de aparelho mecâ-
nicos.
Papa mike – expressão típica do
código fonético internacional, usada
na actividade policial, para identificar
a sigla PM (Polícia Militar).
Papar o manquieco – expressão
típica usada para deter qualquer
indivíduo suspeito por ter intenção
de cometer ou que tenha cometido
alguma infracção.
Papel da comunidade – adopção
de serviços e programas de base
comunitária que respondem às
necessidades especiais, problemas,
interesses e preocupações, ofere-
cendo aconselhamento adequado
aos jovens e às famílias.
103
Paquete – navio que faz carreira de
longo curso e transporta as malas do
correio, encomendas e outros valo-
res fiscais.
Parceria – reunião de indivíduos
para um fim de interesse comum. A
Polícia, em colaboração com os
cidadãos, cria mecanismos para a
identificação e resolução dos proble-
mas com foco na prevenção da
violência, da criminalidade, da de-
sordem e do medo.
Parecer – documento por meio do
qual o assinante expõe opinião,
esclarecimento ou orientação sobre
quesitos submetidos à sua aprecia-
ção para simplificar o poder de
decisão de autoridade competente.
Parecer doutrinário – acto opina-
tivo elaborado por peritos especiali-
zados em certos ramos do saber ou
por órgãos colegiais baseados nos
princípios, conceitos, ideias, costu-
mes, directrizes e outros, porquanto
se consubstancia na natureza con-
sultiva.
Parricídio – consiste no acto de ma-
tar seus próprios pais ou avós.
Partes civis – pessoas (singulares
ou colectivas) que, por terem legi-
timidade para deduzirem (lesados)
ou contra eles ser deduzido em
processo penal um pedido de inde-
mnização de natureza cível, deri-
vado da prática de um crime,
intervêm ou são chamadas a intervir
no processo, os sujeitos proces-
suais.
Participação – refere-se a diferen-
tes mecanismos para o público ex-
pressar opiniões em relação às
 Polícia Nacional de Angola
decisões políticas, económicas, de
gestão ou outras decisões sociais.
Participação processual – peça de
expediente elaborada pelo agente
policial, a partir do conhecimento
directo ou através de uma denúncia
da prática de um crime, para dar a
conhecer ao Ministério Público sobre
um facto punível por lei.
Patenteamento – acto de atribuição
do primeiro posto ao pessoal com
funções policiais e constitui o ingres-
so na respectiva categoria e carreira.
Patrulha – força policial dinâmica
cuja composição varia de acordo
com a situação operativa, destinada
a garantir a ordem e tranquilidade
públicas numa determinada área,
sob responsabilidade do corpo da
guarda.
Patrulha agressiva – consiste numa
intervenção agressiva por parte da
Polícia através da utilização dos
limites dos seus poderes legais de
forma sistemática sendo, sobretudo,
utilizada em pontos quentes, empre-
gando meios proporcionais ao grau
de ameaça. A polícia intervém em
todas as condutas que tenham qual-
quer tipo de relevância criminal ou
incivilidade e opera activamente nas
ruas, identificando indivíduos suspei-
tos numa área com elevado índice
de criminalidade.
Patrulha composta – força consti-
tuída no mínimo por dois e no
máximo seis policiais.
Patrulha de baixa visibilidade –
direccionada numa determinada
área, normalmente em veículos não
caracterizados ou por agentes não
104
uniformizados (à paisana), funcio-
nando do mesmo modo que uma
patrulha uniformizada e em equipas
de dois a três elementos. É muito
utilizada em pontos quentes com
graus elevados de vitimização, no
qual se fazem observações capazes
de detectar crimes em flagrante,
fazendo actuar equipas de interven-
ção colocadas em ponto chave
previamente seleccionados.
Patrulha de reconhecimento – for-
ça de composição variável, para o
cumprimento das missões de reco-
nhecimento ou da combinação de
ambas, realizado com recurso aos
meios aéreos, navais, radio-técnico
ou apeados.
Patrulha de revisão da fronteira –
acção operativa de composição vari-
ável, levada feita pelas forças, que
envolve forças policiais, militares ou
civis de um ou dois países que con-
siste na revisão da linha de fronteira
terrestre ou áreas adjacentes, com
fim de detectar traços ou indícios de
destruição ou remoção de marcos
de fronteira, vedações, obstrução
dos limites fronteiriços e outras ano-
malias na linha de fronteira como a
ocupação territorial e construções
anárquica.
Patrulha direccionada – consiste
na afectação de agentes policiais
especializados ou com um determi-
nado grau de qualificação (vigilância,
informações e outros) ao problema,
normalmente definido pelo tipo de
crime e pela categoria de incivili-
dade. Esta afectação se direcciona a
suspeitos referenciados ou a áreas
 Vocabulário Policial
específicas durante um determinado
período.
Patrulha porta-a-porta – trata-se de
contactar as pessoas nos seus do-
micílios ou em zonas comerciais,
normalmente após a ocorrência de
altos níveis de incidência criminal
numa determinada área, ou seja,
utilizada em locais residenciais alvos
de aumento de determinado tipo de
crime, segundo o modus operandi.
Patrulha\coluna volante – serviço
operativo constituído normalmente
por três agentes, devendo, porém
quando o efectivo do posto fiscal
aduaneiro o permita, a natureza do
terreno, a distância a que se exerce
o serviço a frequência dos contra-
bandistas ou outras circunstâncias o
aconselhem a ser constituída por
maior número.
Patrulhamento – acção efectuada
pela patrulha, que consiste em per-
correr rotineiramente, a pé ou com o
auxílio de um meio de locomoção
em determinada área, previamente
demarcada, obedecendo ou não a
um itinerário, com o objectivo de
observar, interpelar, revistar, auxiliar,
contactar ou prestar informações
aos cidadãos.
Patrulhamento apeado – percurso
realizado a pé, num determinado
sector de forma contínua e pelo
tempo que for ordenado ou neces-
sário em marcha lenta ou rápida,
com cadência, atitude proactiva e
apurado sentido de observação, com
vista a impedir as desordens, incivi-
lidades ou outras situações susceptí-
veis de alterar a paz social e de
105
interferir na tranquilidade dos cida-
dãos.
Patrulhamento aquático – acção
policial que consiste em percorrer de
forma contínua a orla fluvial e marí-
tima na costa do território, visando
contrapor situações de fuga ao fisco,
contrabando, tráfico, imigração e
pesca ilegal.
Patrulhamento auto – consiste em
percorrer, de modo regular e perma-
nente, num sector ou local através
de um veículo de locomoção auto-
mática, para, em tempo oportuno,
dar resposta às chamadas urgentes
da população.
Patrulhamento e vigilância – tem
carácter definido, cujo horário de
início e término permite uma gestão
sustentável do efectivo, garantindo,
deste modo, a disponibilidade das
boas condições físicas e psíquicas.
Patrulhamento em pontos negros
– acção efectuada pela patrulha, que
consiste em percorrer rotineira-
mente a pé ou com o auxílio de um
meio de locomoção, em locais crí-
ticos onde se registam crimes fre-
quentes.
Patrulhamento intensivo – modali-
dade de carácter pró-activo, execu-
tada com a missão de repor a ordem
ou aumentar o sentimento de segu-
rança em determinado sector, duran-
te o qual os efectivos se dedicam
intensamente às suas actividades.
Patrulhamento por sector – con-
siste na ubicação de uma equipa
sob comando único, de forma coor-
denada e integrada, numa determi-
nada área que representa diversos
 Polícia Nacional de Angola
problemas de segurança pública e
que obriga o recurso de várias espe-
cialidades da Polícia.
Patrulhamento urbano/rural – ac-
ções desenvolvidas em cidades,
zonas rurais e outras povoações,
visando garantir as condições bási-
cas de segurança pública da comu-
nidade.
Pauta aduaneira – diploma legal
constituído por quadro ou tabelas
em que estão designadas as diver-
sas mercadorias, distribuídas siste-
maticamente e codificadas por posi-
ções e subposições pautais, em que
estão consignadas as taxas a que
estão sujeitas as mercadorias, no
seu movimento de entrada e saída
numa jurisdição aduaneira.
Peão – indivíduo que anda a pé;
transeunte ou pedestre andando ou
correndo numa via pública. Consi-
deram-se também peões, as pes-
soas transportadas em cadeiras de
rodas ou carrinhos de criança, sobre
patins, trotinetas ou outros meios de
circulação análogos.
Peculato – crime contra a Adminis-
tração. Em geral, consiste no facto
de o funcionário público apropriar-se
de dinheiro, valor ou qualquer outro
bem móvel, público ou particular, de
que tem posse em razão do cargo
ou desvio em proveito próprio ou
alheio.
Pelotão – força constituída por uma
unidade policial tipicamente compos-
ta entre vinte e cinquenta efectivos.
Tradicionalmente, é a menor unida-
de policial sob o comando de um
Oficial Subalterno, normalmente, um
106
inspector.
Pelotão de patrulhamento – força
constituída por uma unidade policial
tipicamente composta entre vinte e
cinquenta efectivos, com a função
de executar de acções operativas de
prevenção, repreensão e reposição
da ordem, da tranquilidade e salubri-
dade públicas no território da unida-
de.
Pensamento estratégico – arte de
criar estratégias com efectividade
para dominar o presente e conquis-
tar o futuro. Visa superar os adver-
sários, sabendo que eles estão
tentando fazer a mesma coisa que a
organização ou seus gestores se
propõem.
Percepção sobre segurança –
construção individual e social de um
imaginário ao interagir com o seu
ambiente, verificada sob critérios
estatísticos de figuras oficiais do
crime, que determinam se a segu-
rança é eficiente.
Perfídia – acção que invoca a boa-
fé do adversário, visando enganá-lo,
por lhe dar a compreender que o
mesmo tem direito à protecção e
que é obrigado a concedê-la, em
conformidade com as normas aplicá-
veis aos desacordos.
Perfil de risco – conjunto de indica-
dores de risco, previamente esta-
belecidos baseado em informações
recolhidas que, seguidamente, são
analisadas.
Perícia – vistoria, avaliação ou exa-
me (prova técnica ou técnico-cien-
tífica), realizado por um profissional
possuidor de conhecimentos técni-
 Vocabulário Policial
cos, científicos ou especializados na
matéria a observar, sobre pontos
controvertidos de maior complexi-
dade.
Perícia arbitral – feita para dirimir
conflitos, de modo a mediar acordos
entre as partes envolvidas sem ape-
lar para um processo jurídico; nor-
malmente, é mais rápido.
Perícia extrajudicial – trabalho que
visa esclarecer quesitos técnico-
científicos, relativos aos factos. Po-
rém, é feito de forma unilateral (a
pedido de uma das partes) e, na
maioria das vezes, é ligado à ins-
trução do processo (na petição inici-
al ou na contestação).
Perícia judicial – ocorre dentro do
processo, requerida pelas partes ou
determinada pelo juiz, ou ainda por
profissional escolhido por ele.
Perícia médico-legal – todo o
exame realizado com a finalidade de
esclarecer factos de interesse da
Justiça, o foro criminal. As perícias
podem ser realizadas nos vivos, nos
mortos, em animais e objectos.
Periclitação – perigo, estar em ris-
co; consiste na situação da vida e da
saúde originada no género de cri-
mes de perigo. Nos crimes de peri-
go, o dolo, ao invés de visar lesar
uma vítima em particular, busca criar
uma situação de perigo.
Perito criminal – servidor da Polícia
ou da Justiça focado na investigação
científica de crimes, chamada de
investigação forense.
Permissão do superior – acto
administrativo policial, discricionário
e precário, pelo qual o superior hie-
107
rárquico autoriza mediante a soli-
citação do inferior para cumprir
determinada actividade de interesse
particular.
Persecução – acção ou modo de
agir de quem tem a intenção de
prejudicar ou de coibir outrem. Em
sentido penal, comporta a soma da
investigação e do processo penal, o
tipo que é direccionado à deflagra-
ção do processo em si.
Perseguição policial – intervenção
policial em caso de fuga de pessoa
suspeita ou em flagrante delito.
Personalidade jurídica – condição
do sujeito de ser dotado de direitos e
obrigações.
Pés – medida padrão (inglês ou bri-
tânico) utilizada para calcular o volu-
me de um contentor, um pé corres-
ponde a doze polegadas.
Pesca costeira – navegagem à
vista da costa, dentro de determi-
nados limites.
Pesca do alto – navegagem dentro
das zonas delimitadas.
Pesca longínqua – navegagem sem
limite de zona.
Peso bruto – peso total do volume
que inclui a mercadoria, o invólucro,
a sua embalagem e tudo quanto
tenha sido empregue para o acon-
dicionamento da mesma.
Peso líquido – peso da mercadoria
depois de deduzida a tara ou peso
do respectivo invólucro e embala-
gem.
Pessoa de confiança – cidadão se-
leccionado que, ideologicamente, se
predispõe em brindar informações
aos órgãos operativos da Polícia.
 Polícia Nacional de Angola
Pessoas colectivas – organizações
constituídas por uma colectividade
de pessoas ou por uma massa de
bens, dirigidos para a realização de
interesses comuns ou colectivos, às
quais, a ordem jurídica atribui perso-
nalidade jurídica.
Petardo – engenho portátil utilizado
para destruir algo com uma explo-
são, como uma espécie de bomba
ou canhão.
Piquete policial – serviço composto
por especialistas de várias áreas
dentro da unidade policial, tendo
como missão dar o tratamento às
inquietações apresentadas pelos ci-
dadãos e a recolha das informações
constatadas pelas patrulhas ao lon-
go do turno.
Pirataria – acção violenta dirigida
contra navios ou aeronaves, com o
objectivo de desviá-lo do itinerário a
uma direcção previamente definida
pelos mesmos ou assaltos a embar-
cações com fins subversivos. A
pirataria moderna é a prática de
vender ou distribuir produtos sem a
expressa autorzação dos proprie-
tários de uma marca ou produto,
também é considerada crime contra
o direito autoral.
Pistola – arma de fogo de pequeno
porte, de boa empunhadura e de
rápido manuseio, feita originalmente
para o uso pessoal em acções de
pequeno alcance.
Pistola (spark) – arma de descarga
eléctrica.
Planeamento – processo contínuo
que procura aproveitar oportuni-
dades, reduzir ou mitigar ameaças,
108
aumentar forças, transformar fraque-
zas, fornecer soluções para proble-
mas e satisfazer necessidades, atra-
vés de estratégias que visem, de
forma eficiente, ao cumprimento de
objectivos.
Planeamento operacional – activi-
dade de recolha e análise de infor-
mação operacional, seu ordenamen-
to, e estruturação num documento,
orientado para a previsão e execu-
ção de acções operacionais, desti-
nado a transmitir ordens, informa-
ções e instruções fundamentais para
a conduta de uma operação de
forma coordenada e de acordo com
a decisão do comando superior.
Planeamento operativo – modali-
dade de planeamento voltado para
assegurar a viabilização dos objecti-
vos dos planos a longo prazo e para
a optimização do emprego de recur-
sos num determinado tempo.
Plano da política criminal – enten-
dida como a preparação racional dos
objectivos e dos meios necessários
para levar a cabo uma política crimi-
nal de justiça socialmente eficaz.
Sendo assim, é o conjunto coorde-
nado de esforços, técnicas e meios
deliberadamente empreendidos pelo
governo com a cooperação de uma
pluralidade de serviços, instituições,
organizações e peritos para formular
a política criminal exigida num perío-
do e dado país, sobre a qual há de
basear-se a organização e funciona-
mento do sistema penal.
Plano de acção – forma organizada
e que segue uma determinada meto-
dologia para definir objectivos, as
 Vocabulário Policial
actividades que devem ser realiza-
das, apontar os responsáveis por
desenvolver cada uma delas e
acompanhar o andamento de um
projecto, para que se possa atingir
os melhores resultados.
Plano de contingência – estratégia
razoavelmente prevista numa área
de sua responsabilidade.
Plano de contingência policial –
garante que a instituição tenha a
capacidade de continuar a prestar os
seus serviços sem interrupções ou
com períodos mínimos de inter-
rupção, face aos acontecimentos
inesperados, como terramotos, fa-
lhas no sistema de informação,
inundações, terrorismo, entre outros.
Plano de emergência policial –
projecto para fazer face a acon-
tecimentos ou ameaças, previsíveis
ou não, que afectam o desenrolar
normal das actividades.
Plano de trabalho – conjunto de ac-
ções administrativas ou operativas,
específicas e metódicas, elaboradas
no quadro da organização e funcio-
namento da instituição, para serem
realizadas num determinado perío-
do; normalmente, pode ser mensal,
trimestral, semestral e anual.
Plano estratégico institucional –
conjunto de acções policiais planifi-
cadas e executadas de forma a
gerar controlos que impeçam a ma-
terialização de um risco ou reduzam
o seu impacto, no caso de ocorrer.
Plano policial – intenção, projecto;
conjunto organizado e metódico de
actividades planificadas para a reali-
zação de uma operação policial ou
109
de um procedimento administrativo.
Mobiliza os recursos necessários e
atribui responsabilidades.
Plataforma off-shore – instalação
flutuante ou fixa em áreas afastadas
da costa, utilizada na exploração de
hidrocarbonetos e gás.
Poder de choque – i) capacidade
demolidora, física e psicológica da
força policial, que se produz sobre
um determinado grupo de manifes-
tantes, arruaceiros ou vândalos, pelo
acometimento possante, combate
próximo e fogo directo, impedindo a
reacção, levando-o ao baralhamento
ou intimidando-o para a rendição; ii)
tal poder é caracterizado funda-
mentalmente por forças blindadas.
Poder de combate – resulta da
combinação de factores mensurá-
veis ou não que intervêm nas
operações, considerando o efectivo
com seus meios, valor moral, nível
de eficiência operacional atingido e o
valor profissional do comandante.
Poder de Polícia – faculdade que
tem o Estado para limintar e con-
dicionar o exercício de direitos
individuais, a liberdade, a proprie-
dade, tendo como objectivo a instau-
ração do bem-estar do interesse
público.
Poder disciplinar – faculdade de
punir internamente as infracções
funcionais dos servidores e demais
elementos sujeitos à obediência ao
órgão e serviços da instituição; trata-
se de poder interno, não permanente
e discricionário.
Poder hierárquico policial – cons-
titui a estrutura orgânica policial,
 Polícia Nacional de Angola
compreendida como uma instituição
dos órgãos encarregados da execu-
ção de determinadas atribuições.
Poder paternal – compreende os
direitos dos pais sobre os filhos.
Este direito não distingue a lei dos
poderes especiais da mãe ou do pai,
em virtude da igualdade.
Polícia – corporação que engloba os
órgãos incumbidos de garantir, man-
ter e restaurar a ordem a a seguran-
ça públicas; zelar pela tranquilidade
dos cidadãos e pela protecção dos
bens públicos e particulares. A Polí-
cia distingue-se, não pelo uso real
da força, mas por possuir autoriza-
ção para usá-la.
Polícia de intervenção – força
especial de Polícia, adequadamente
instruída e preparada para missões
de vulto, para pronta resposta em
situações adversas.
Polícia de Intervenção Rápida –
força de elite da corporação policial,
que representa o último escalão da
capacidade de actuação, reacção e
intervenção de toda a Polícia, espe-
cialmente preparada e destinada a
actuar em acções de manutenção e
reposição da ordem pública e o
combate às situações de violência
concertada e da criminalidade vio-
lenta e organizada.
Polícia Nacional de Angola – força
militarizada, uniformizada e armada,
com natureza de força de segurança
pública, dotada de autonomia ope-
racional, administrativa, financeira e
patrimonial. Exerce a sua missão em
todo o território nacional e fora dele,
desde que legalmente mandatada
110
para o efeito.
Policial – pessoa sujeita a manter a
ordem pública e garantir a segu-
rança da sociedade em detrimento
da sua, sendo passível de diversas
situações perigosas durante o exer-
cício da sua função. A profissão
deve ser escolhida por pessoas que
realmente possuam o desejo de
defender a segurança das outras
pessoas em primeiro lugar.
Policiamento à instalações – ga-
rantia de protecção e segurança à
instalações sensíveis ou estraté-
gicas sujeitas à protecção policial
permanente, nomeadamente os Ór-
gãos de Soberania Nacional, insta-
lações públicas, consulares e outras.
Policiamento ambiental – consiste
na preservação da fauna, da flora e
outros recursos naturais, assim
como os crimes cometidos contra o
meio ambiente.
Policiamento comunitário – estra-
tégia organizacional que proporciona
uma parceria entre a população e a
Polícia, baseada na premissa de que
tanto o órgão quanto a comunidade,
devem trabalhar juntos para identi-
ficar, priorizar e resolver problemas
contemporâneos, como crimes, dro-
gas, insegurança, desordens e inci-
vilidades, com o objectivo de me-
lhorar a qualidade geral de vida na
área.
Policiamento de investigação cri-
minal – acção ou técnica de recolha
de indícios e informações para a
produção de prova, descoberta e
captura de suspeitos de práticas cri-
minosas para posterior trâmite legal.
 Vocabulário Policial
Policiamento de ordem pública –
conjunto de regras formais que se
originam do ordenamento jurídico da
Nação, tendo por escopo regular as
relações sociais de todos os níveis
do interesse público, estabelecendo
um clima de convivência harmoniosa
e pacífica, fiscalizado pelo poder de
Polícia.
Policiamento de proximidade –
Consiste nas acções baseadas na
presença e permanência de efec-
tivos policiais na via pública, inte-
ragindo com os cidadãos. As polí-
ticas de proximidade reforçam as
boas relações dentro das comuni-
dades, ajudando a desenvolver la-
ços de conhecimento, sentimento de
segurança e de confiança entre os
cidadãos.
Policiamento de saturação – con-
siste na presença massiva de efec-
tivos policiais em determinados
locais, com mais forças e meios, do
que seria normal no patrulhamento
comum, visando reduzir o índice de
criminalidade de forma a aumentar o
sentimento de segurança dos cida-
dãos.
Policiamento de trânsito – serviço
executado nas vias rodoviárias com
o objectivo de assegurar a circu-
lação em segurança, disciplinar o
trânsito e garantir o cumprimento
das regras aplicáveis à circulação
automóvel.
Policiamento orientado – estra-
tégia policial que visa à resolução de
problemas específicos relacionados
com a segurança pública, através de
um processo sistematizado para o
111
diagnóstico, análise, resposta e
avaliação.
Policiamento preventivo – consiste
na antecipação da criminalidade
geral e organizada, prevenção do
terrorismo, garantia da segurança
das pessoas e bens, ao nível de
grande ou pequena criminalidade
em áreas críticas.
Policiamento reactivo – atitude que
se consubstancia na caracterização
de cedência à iniciativa das acções
criminosas; normalmente, as acções
das forças policiais cingem-se es-
sencialmente nas denúncias, quei-
xas e participações.
Policiamento tradicional – estra-
tégia de prevenção mediante a
presença ostensiva de elementos
policiais uniformizados nos focos de
criminalidade e de insegurança. A
missão fundamental é vigiar pessoas
suspeitas e prestar especial atenção
às incidências locais.
Polígono – lugar destinado ao exer-
cício e experiência de tiro.
Política – i) orientação geral que
serve fundamentalmente para direc-
cionar a acção institucional e facilitar
o processo de tomada de decisões;
ii) poder organizado, instituições de
comando e de obrigatoriedade numa
nação; arte de governar as nações.
Política criminal – exposição siste-
mática e ordenada das estratégias,
tácticas e meios de sanção social
para conseguir melhor controlo da
criminalidade. É conhecida como
política do Estado, vinculada estrita-
mente ao desenvolvimento histórico
do Direito, o conteúdo científico
 Polícia Nacional de Angola
judicial e de outras disciplinas como
a Criminologia, Filosofia do Direito
ou Sociologia Criminal.
Política policial – arte de estabe-
lecer a doutrina, princípio, conceitos,
objecto e objectivos para orientar a
expressão de Polícia, a fim de capa-
citá-la visando concorrer para a
consecução de estratégias na manu-
tenção da ordem, segurança e tran-
quilidade públicas.
Política social – arte de administrar
dos governos em relação à acção
que tem impacto directo no bem-
estar dos cidadãos, abrangendo a
segurança social, assistência públi-
ca, habitação, educação, saúde e
prevenção contra o crime. Planifica
programas sociais destinados aos
jovens, angariando fundos suficien-
tes para o melhor funcionamento
dos serviços em matéria de assis-
tência social e prevenção de abuso
sexual, álcool e tratamento dos toxi-
cómanos.
Pólvora da arma – mistura explo-
siva de substâncias que queimam
com rapidez, usada como carga
propelente em armas de fogo. Pode
ser preta (mistura de carvão, salitre
e enxofre), nítrica (à base de nitro-
glicerina) ou de nitro celulose com
éter e álcool (pólvora sem fumo).
Ponte de comando – centro de na-
vegação.
Ponto de paragem policial – local
dentro do itinerário do patrulha-
mento, sujeito à vigilância policial,
onde o efectivo faz paragens tem-
porárias, dependendo da caracte-
rização do local, com vista a prevenir
112
o crime, a desordem e as incivili-
dades.
Ponto decisivo – espaço, evento-
chave específico e crítico que per-
mite ao comandante obter vantagem
relevante sobre o inimigo e influen-
ciar decisivamente o resultado de
uma acção policial.
Ponto negro ou crítico – local crí-
tico onde se registam crimes fre-
quentes ou permanentes, ou acções
de potencial risco criminal.
Popa – parte posterior de uma
embarcação.
População – cidadãos residentes,
permanentes ou temporários, deslo-
cados internos e refugiados que
estão presentes num determinado
território, partilhando alguns dos se-
guintes elementos: língua, religião,
cultura e interesses.
Porta-estandarte – oficial militar ou
policial que transporta um estandarte
em desfile ou cerimónia.
Portaló – operação que consiste em
dar cobertura da amurada (prolon-
gamento do costado do navio acima
da parede interna do casco) pela
Policia Fiscal Aduaneira a fim de
impedir o embarque ou desembar-
que de qualquer pessoa, o recebi-
mento ou retirada de qualquer
objecto durante e depois do navio
receber a autorização de livre pra-
tica, até a sua saída.
Porte de arma – ocorre quando um
indivíduo, previamente autorizado,
se locomove armado fora de sua
casa ou local de trabalho; é permi-
tido superiormente aos militares,
policiais e agentes de segurança
 Vocabulário Policial
privada.
Porto seco – recinto alfandegado
situado numa zona secundária, onde
são executadas operações, sob con-
trolo aduaneiro, de movimentação,
armazenamento e despacho adua-
neiro de mercadorias e bagagem de
importação e exportação.
Posição de combate – medida de
combate.
Posição defensiva – faixa de terre-
no com boas condições para nela se
instalarem forças que tenham cargo
para conduzir uma defesa.
Posição estática – medida policial
de prevenção para o combate.
Posição pautal – codificação que
identifica a mercadoria e designa o
lugar específico de um produto
dentro do capítulo e através deste
na secção, de modos a torná-lo
classificável e tributável correcta-
mente.
Posse de arma – permite ao cida-
dão manter uma arma exclusiva-
mente no interior da sua residência
ou no local de trabalho; direito
adquirido por meio da recepção do
certificado do registo de arma de
fogo, emitido pela Polícia.
Posto – posição que, na respectiva
categoria, o pessoal com funções
policiais ocupa, no âmbito da sua
carreira fixada de acordo com o con-
teúdo e qualificação da função.
Posto aduaneiro – local situado
numa fronteira terrestre ou ferroviá-
ria, onde as mercadorias entram
para o consumo ou para o trânsito
ou dele saem para a exportação.
Posto da guarda – local específico
113
de posicionamento do pessoal do
corpo da guarda para o serviço de
guarda e guarnição.
Posto de comando – instalação
que inclui pessoal, equipamentos,
sistemas de informação e redes,
guiados por processos e procedi-
mentos que auxiliam os coman-
dantes no exercício de dirigir a
missão.
Posto de comando alternativo –
espaço preparado para operar,
como posto de comando principal,
nas situações em que este estiver
impossibilitado de funcionar ou for
destruído.
Posto de comando principal –
constitui o comando e controle volta-
do especificamente para o planea-
mento e coordenação das opera-
ções tácticas correntes e futuras.
Este órgão recepciona todas as
informações relativas ao evento.
Posto de comando recuado –
espaço por onde se estabelece a
supervisão, controle e a coordena-
ção do apoio logístico e das activi-
dades de segurança da área de
retaguarda.
Posto de comando táctico –
acomodação de constituição leve e
com excepcional mobilidade terres-
tre. Possibilita ao comandante das
forças acompanhar de perto as ope-
rações, proporcionando-lhe agilidade
e aumentando a sua flexibilidade
para comandar e controlar as ac-
ções.
Posto de guarda fronteira – acção
combativa de asseguramento e de
segurança realizada pelas forças
 Polícia Nacional de Angola
nos postos fronteiriços na linha de
base e sua profundidade.
Posto de sentinela – espaço limi-
tado e reservado à sentinela policial,
que procede à vigilância e presta
continência aos superiores hierár-
quicos e entidades equiparadas que
transitam na área da Guarda,
dirigindo-se ou não à instituição.
Posto de socorro – instalação de
serviço de saúde, em cada unidade,
para onde se agregam as baixas e
na qual são prestados os atendi-
mentos médicos primários para a
evacuação posterior; constitui o
primeiro posto da cadeia de evacu-
ação.
Posto fiscal – divisão aduaneira
responsável pela fiscalização das
zonas fiscais das fronteiras maríti-
mas, terrestres, ferroviárias e outras
com carácter especial.
Posto móvel – posto destinado a
aumentar a visibilidade policial em
locais carenciados ou à prestação
de serviços básicos de segurança às
comunidades, dotado de meios para
cumprir as funções essenciais das
missões de Polícia, podendo ser
fisicamente estabelecidos em meios
auto, caravanas, instalações fixas
existentes ainda que pertencentes a
outros organismos, ou outras instala-
ções existentes, associações lúdi-
cas, comissão de moradores, entre
outras.
Posto policial – local em que se
posiciona uma sentinela; pequena
instalação destinada ao atendimento
público referente a ordem e segu-
rança públicas.
114
Postura do policial – atitudes que o
agente deve possuir, revestidas de
responsabilidade, profissionalismo,
legalidade e respeito à vida, à inte-
gridade, e à dignidade das pessoas,
além de a si mesmo e à sua família.
Potencial delituoso – cidadão com
ou sem registo criminal ou passa-
gem pela polícia, que se dedica à
actividades ou demonstre conduta
social com potencial risco para a
prática de crimes.
Preparação das forças – refere-se
a todas as acções e processos
através dos quais o efectivo e equi-
pamentos são disponibilizados, mo-
tivados e prontos para o desdobra-
mento.
Preservação do local do crime –
medida cautelar urgente e necessá-
ria para assegurar os meios de pro-
va, através da delimitação do espa-
ço físico do local do crime, com re-
curso a meios visíveis, tais como
cordas, fitas e outros, com a finalida-
de de impedir a entrada de pessoas
estranhas, capazes de alterar os
vestígios.
Preso – pessoa aprisionada; sujeito
detido em flagrante, sendo, no
nosso sistema processual penal, o
único destinatário expresso da nota
de culpa.
Presunção – convicção gerada na
consciência sobre a existência real
ou material de um facto ou circuns-
tâncias desconhecidas que, por sua
natureza, permitem a relação com
um facto conhecido.
Presunção de comoriência – quan-
 Vocabulário Policial
do certo efeito jurídico depender da
sobrevivência de outra pessoa pre-
sume-se, em caso de dúvida, que
uma e outra falecem ao mesmo
tempo. Consagra-se quesito uma
presunção de comoriência (mortes
simultâneas) susceptível de prova
em contrário; presunções iuristan-
tum.
Presunção de inocência – consiste
no direito de não ser declarado
culpado, a menos que se esteja
mediante sentença transitada em
julgado, ao término do devido pro-
cesso legal, em que o acusado
tenha utilizado todos os meios de
prova pertinentes para a sua defesa
(ampla defesa) e para a eliminação
da credibilidade das provas expostas
pela acusação (contraditório).
Prevenção – conjunto de proce-
dimentos de providência adoptados
pelo efectivo da Polícia, visando
garantir a manutenção das condi-
ções de segurança.
Prevenção criminal – conjunto de
acções realizadas por entidades
policiais, preferivelmente com o con-
curso de outras, que visam à dimi-
nuição da criminalidade e o aumento
do sentimento de segurança por
parte dos cidadãos. A prevenção do
crime e o tratamento do delinquente
é baseada nas circunstâncias soci-
ais, culturais, políticas e econó-
micas.
Prevenção de acidente rodoviário
– conjunto de regras que visam
orientar os passageiros e utentes da
via pública sobre a conduta correcta
para evitar a ocorrência de acidentes
115
ou incidentes.
Prevenção especial – acção judicial
pela qual se dirige atenção ao
delinquente, esperando que a pena
tenha um efeito ressocializador, cuja
finalidade da pena é que a pessoa a
ela submetida não volte a delinquir.
Prevenção geral – forma de intimi-
dação geral, evitando que as pesso-
as cometam delitos, pois, assim
actuando, serão submetidas a uma
sanção aplicada pelo órgão estatal
competente. Tem como fim a tarefa
de se criar e manter nos cidadãos
por meio da aplicação da pena, uma
atitude obrigatória de respeito pelo
Direito.
Prevenção primária – acções dirigi-
das a toda a população e destinam-
se a neutralizar os problemas antes
que eles se manifestem, através de
programas na área da educação,
trabalho, moradia, socialização e
bem-estar social.
Prevenção secundária – actua em
áreas pré-estabelecidas, onde os
índices de criminalidade são eleva-
dos, orientando-se de maneira se-
lectiva a sectores particulares da
sociedade, sendo realizada a curto e
médio prazo.
Prevenção situacional – estratégia
de prevenção centrada em acções
dirigidas à redução das oportuni-
dades para a prática de crimes e
violências na sociedade através do
aumento dos custos, benefícios e/ou
redução dos benefícios associados à
prática de crimes e violências.
Prevenção social – assemelha-se,
de alguma forma, à prevenção se-
 Polícia Nacional de Angola
cundária e terciária, actuando sobre
as motivações criminais, dirigindo-se
essencialmente ao pró-delinquente e
ao delinquente. Pode ser consi-
derada um tipo de prevenção que se
sustenta na gestão, concepção e
manipulação do ambiente físico-
social, visando reduzir a oportuni-
dade de passagem ao acto e au-
mentar o risco de deteção caso a
dissuasão falhe.
Prevenção terciária – destina-se
aos indivíduos aprisionados e busca
evitar a reincidência criminal, agindo
directamente sobre a figura do
condenado.
Previsão penal – conjunto de factos
resultantes da actividade humana
que, uma vez verificados, são pre-
ssupostos ou condição que fazem
funcionar a segunda parte da norma,
a aplicação de uma pena. A norma
jurídica regula situações de casos
que se preveem que venham a
acontecer.
Primeiro avaliador – superior hie-
rárquico responsável pelo ajuiza-
mento de desempenho do avaliado.
Primeiros socorros – medidas
emergentes que visam estabilizar a
situação do doente ou ferido, até
que receba o tratamento adequado.
Princípio da actuação preventiva –
consubstancia-se no carácter peda-
gógico, impondo-se à própria forma
de actuação da Polícia, e é determi-
nante por evitar que a legítima
intervenção policial não seja, ela
própria, geradora ou potencializa-
dora de conflitos.
Princípio da acusação – primórdio
116
estruturante da constituição proces-
sual penal. Essencialmente, só se
pode ser julgado por um crime pre-
cedendo à acusação por parte de
um órgão distinto do julgador, sendo
esta a condição e limite do julga-
mento. Este princípio é regido pela
ideia de dialecticidade processual,
no sentido de que aquilo que é intro-
duzido para julgamento posterior é
feito pelas próprias partes, sendo o
juiz o único destinatário final da
prova.
Princípio da adequação – constitui
um ponto de equilíbrio entre a
medida de Polícia e o valor constitu-
cional a salvaguardar, as medidas
restritivas revelam-se como meio
adequado para a prossecução dos
fins visados pela lei. As medidas
tomadas pelo efectivo da Polícia
revelam-se como meio idóneo e
apropriado para atingir os fins visa-
dos pela lei, salvaguardando outros
direitos ou bens jurídicos constitucio-
nalmente protegidos e de superior
valor.
Princípio da continuidade policial
– acção que o polícia exerce por um
longo tempo e de forma contínua
para a satisfação das necessidades
de segurança da comunidade, com-
preendendo uma melhor exigência
que obriga a uma resposta perma-
nente na estrutura organizacional,
nas rotinas de serviço e na menta-
liade do efectivo.
Princípio da imparcialidade – elen-
ca-se na actuação dos agentes da
Polícia com base na neutralidade, e
é executada de igual forma entre as
 Vocabulário Policial
partes, independentemente do esta-
tuto social ou outra especificidade
característica dos envolvidos.
Princípio da legalidade – funda-
mento de que o pessoal com fun-
ções policiais, no exercício das suas
actividades, observa estritamente a
lei como base e limite da sua actu-
ação. O efectivo pauta pelo estrito
respeito aos preceitos, princípios e
disposições previstos em legislações
e nos diplomas estatutários e disci-
plinares à luz dos quais interpreta e
aplica especificamente a execução
permanente.
Princípio da mínima força – con-
siste no emprego da força para
restabelecer a lei e manter a ordem
pública; deve ser considerado como
uma medida drástica, de último re-
curso, devendo ser sempre o mais
diminuto necessário possível, pois a
força excessiva ou desnecessária
pode levar a população a aumentar
a sua simpatia pelos instigadores
arruaceiros.
Princípio da necessidade – utiliza-
ção de meios coercivos susceptíveis
de perigar, afectar ou lesar a vida ou
a integridade dos cidadãos, constitui
a última ratio da actuação dos
agentes da autoridade.
Princípio da oportunidade – con-
siste numa certa margem de discri-
cionariedade concedida aos órgãos
afins para que este, desde logo,
resolva determinados casos, os ar-
quive, e não lhes dê seguimento em
determinadas situações, ou os afas-
ta, porque se trata daquelas baga-
telas penais e, por conseguinte, não
117
há lugar para a promoção do pro-
cesso, ou então há indícios da
prática do crime; houve toda uma
investigação, mas não se determi-
nam os agentes, ou determinam-se,
mas eles são irresponsáveis ou inim-
putáveis, ou estão isentos de aplica-
ção da pena; no final do inquérito, o
processo é arquivado.
Princípio da proibição da força
excessiva – i) dever de actuar para
atingir determinado fim, exige que
seja escolhido o meio menos gra-
voso e lesivo para suster tal compor-
tamento; ii) confronto dos direitos
individuais com os interesses prote-
gidos pelas normas impostas pela
Polícia;
Princípio da proporcionalidade – o
agente policial não deve recorrer aos
meios mais gravosos do uso da
força para controlar um infractor que,
pela estatura física e meios disponí-
veis, represente um nível baixo de
perigosidade. Em sentido restrito,
decreta uma razoabilidade na aplica-
ção da medida restritiva; esta terá de
ser justa e equivalente aos fins
visados de forma a ser admissível
em termos de relação custo-bene-
fício.
Princípio da racionalização – a
alocação dos recursos humanos
(efectivo policial) e materiais para a
execução do policiamento deve obe-
decer a uma criteriosa avaliação da
situação para determinar as necessi-
dades e materializà-las de modo
adequado. Visa alcançar os objecti-
vos de forma eficaz e eficiente,
tendo em conta a natureza e espe-
 Polícia Nacional de Angola
cificidade da missão a ser executa-
da.
Princípio da segurança – pressu-
põe a acção de prevenção e/ou
atendimento a uma ocorrência que
deve ser sempre superior aos infrac-
tores, seja pelo número de elemen-
tos, seja pelo armamento, seja pelo
posicionamento ou qualquer situa-
ção que privilegie a sua segurança.
Princípio da subsidiariedade poli-
cial – acções e actividades no
âmbito do policiamento; devem ser
planeadas, executadas em comple-
mento e apoio umas das outras,
numa perspectiva de optimização de
recursos, organizando de maneira a
que as forças em serviço estejam
interligadas por rádios de comunica-
ção e dispostos no terreno de forma
a serem capazes de assegurar apoio
mútuo.
Princípio do comando único –
exercício de comando militar, policial
ou administrativo, que os comandan-
tes e chefes executam à todos os
níveis sobre seus subordinados.
Princípio do controlo posterior –
exige materialmente o controlo
posterior das medidas que, legal-
mente, admitem a restrição do uso
de um meio coercivo, sob pena de
não se tratar de garantias efectivas
de legitimidade da actuação policial.
Princípio do planeamento policial
– visa cumprir com os objectivos
para o qual é executado, as acções
do policiamento obedecem a um
plano prévio, estabelecendo a mis-
são, o período de execução, recur-
sos a utilizar e medidas suplemen-
118
tares a adoptar pelo dispositivo e
outras que garantem a sua eficácia e
eficiência.
Princípios institucionais – precei-
tos éticos, verdades universais que
servem de premissa para basear e
orientar a doutrina policial e o
trabalho no desenvolvimento de fun-
ções.
Prisão – acto ou efeito de prender;
acto pelo qual a pessoa fica privada
de sua liberdade de locomoção;
local onde os presos são mantidos
cativos.
Prisão preventiva – medida de
coacção mais grave (engloba todos
os requisitos das restantes), é uma
limitadora em absoluto da liberdade
das pessoas aplicável quando há
fortes indícios de crime doloso com
pena de prisão ou quando se trata
de pessoa que tenha penetrado ou
permanecido irregularmente em ter-
ritório nacional ou contra a qual
esteja em curso o processo de extra-
dição ou expulsão, apenas quando
todas as outras medidas forem ina-
dequadas ou insuficientes.
Privatização – processo que con-
siste na transferência da proprie-
dade de um bem privado, confiscado
ou nacionalizado, para a esfera
jurídica do Estado, nos termos de lei
específica.
Proa – parte frontal do navio.
Pro-actividade policial – atitude e
postura adoptada pelo agente polici-
al em serviço, que consiste em
antecipar-se, tomar medidas e de-
senvolver acções que permitam pre-
venir a ocorrência de crimes ou de
 Vocabulário Policial
outras situações susceptíveis de
impactar negativamente na seguran-
ça pública, através da observação,
da interpelação, abordagem ou da
intervenção.
Processamento obrigatório – re-
sulta de diligências investigativas
com base no conhecimento inequí-
voco da prática de um ilícito criminal,
visando alcançar o seu cabal escla-
recimento.
Processo acusatório – caracteriza-
se pela separação das funções de
acusar, julgar e defender. O juiz é
imparcial e as provas não possuem
valor pré-estabelecido, podendo
apreciá-las de acordo com a sua
livre convicção, desde que as fun-
damente. Neste processo deve-se
ter em atenção os princípios do
contraditório, da presunção de ino-
cência, da ampla defesa e da
publicidade que conduzem todo o
processo.
Processo cautelar – norma destina-
da a prevenir a realização de outros
direitos e assegurar a pretensão das
partes diante do perigo de morosi-
dade de uma decisão de mérito.
Estabelece um padrão adicional de
carácter acautelador ou de preven-
ção, iniciando como preliminar para
a proposta de uma acção ou no
curso desta.
Processo de avaliação – inclui os
processos necessários para medir e
recolher dados destinados a realizar
análises de desempenho e melhorar
a eficácia e eficiência. Incluem ainda
processos de medição, monitoriza-
ção e auditoria interna, acções cor-
119
rectivas e preventivas, e são parte
integrante de processos estraté-
gicos, de apoio e de missão.
Processo inquisitório – sistema
jurídico em que o Tribunal ou uma
parte deste está activamente envol-
vida na investigação dos factos do
caso, ao contrário de um sistema
acusatório onde o papel do juiz é
essencialmente a de um árbitro
imparcial entre acusação e a defesa.
Neste processo é ele quem detém a
reunião das funções de acusar,
julgar e defender o investigado, que
se restringe a mero objecto do
processo.
Processo investigativo – procedi-
mento administrativo que visa juntar
as provas obtidas sobre um caso,
como documentos, dados, fotogra-
fias, mapas e outros; arrumados
pela ordem de precedência e
despachos competentes, com objec-
tivo de reunir os elementos ou
indícios de tentativa ou da prática de
factos ilícitos cujos autores não
estão determinados ou não se
conhecem e constituem infrações,
em tese.
Processo penal – conjunto de actos
e actividades que têm por fim
aplicar, pela individualização da me-
dida penal, o Direito material ou
substantivo, tendo em vista o resta-
belecimento da ordem pública ofen-
dida por comportamentos humanos,
tipificados como crimes.
Prognóstico – previsão baseada
em factos ou dados reais e actuais
que podem indicar o provável está-
gio futuro de um processo.
 Polícia Nacional de Angola
Progressão na carreira – consiste
na promoção do pessoal com fun-
ções policiais aos diferentes postos
policiais e na mudança de escalão
remuneratória.
Proibição do excesso – consubs-
tancia-se no confronto dos direitos
individuais com os interesses prote-
gidos pelas normas que impõe a
Polícia, o dever de actuar para
alcançar um determinado fim, pois
exige que seja escolhido o meio
menos gravoso e lesivo para suster
tal comportamento.
Projéctil – parte componente de
uma munição ou carregamento que
se destina a ser lançada através do
cano pelos gases resultantes da
deflagração de uma carga propul-
sora ou outro sistema de propulsão.
Promoção – acto de atribuição do
posto policial imediatamente superi-
or, proporcionando, assim, uma as-
censão na hierarquia policial.
Promotor da manifestação – indiví-
duo, associação, sindicato ou outra
entidade que representam e/ou são
partes integrantes de uma colecti-
vidade de pessoas que se manifes-
tam ou que tencionam se manifestar,
respondendo em nome desta colecti-
vidade qualquer assunto referente
ao protesto.
Prontidão – capacidade de rápida
reacção a uma situação concreta, de
forma a ultrapassá-la positivamente,
pois a actuação não coaduna com o
minimizar das normas morais, com a
falta de eficácia, sendo necessário
que todo agente investigador esteja
permanentemente preparado, técni-
120
ca e tacticamente, para fazer face a
qualquer situação.
Prontidão operacional – situação
de preparação pelo qual o efectivo
da Polícia, incumbido de uma deter-
minada missão expressamente defi-
nida, se mostra habilitado para estar
posicionado com todo o seu equi-
pamento (armas, viaturas, suprimen-
tos e demais materiais), para a
prevenção, combate e corte de uma
actividade criminosa.
Pronto-socorro – atendimento à
pacientes que correm risco eminente
de vida, como acidentados, suspei-
tas de infartos, derrames, fracturas,
entre outras complicações graves.
Prossecução do interesse público
– constitui o motor da administração
pública que actua, se move e funcio-
na para prosseguir o seu único fim, o
interesse público.
Protecção e segurança – activida-
de de vigilância, guarda e defesa
das instalações policiais para a
segurança dos funcionários e das
instalações contra ameaças e riscos
diversos.
Protecção escalonada – consiste
na distribuição das forças e meios
em várias linhas de preservação dos
limites das águas territoriais até à
sua profundidade.
Protesto – forma de manifestação
democrática pública ou reservada,
que demonstra o descontentamento
em relação a determinada coisa.
Protocolo – conjunto de normas
para conduzir o evento, ou seja, é a
legislação que coordena o cerimo-
nial.
 Vocabulário Policial
Protocolo ou acta final – instru-
mento fronteiriço das operações pa-
ra a demarcação em que o limite é
descrito conforme o terreno, median-
te discussões e conclusões sobre a
identificação geodésica ou geográfi-
ca em relação à fronteira, em geral,
e de cada marco ou limite natural,
em particular, assinado pelos dois
comissários de limites.
Prova – consiste na demonstração
da existência ou da veracidade
daquilo que se alega como funda-
mento da abertura do processo que
procura revelar a existência de uma
tendência criminal, ou fato crimino-
so, e estabelecer a autoria e as
condições em que o crime ocorreu.
Prova directa – incide imediatamen-
te sobre os factos que se pretendem
evidenciar.
Prova ilícita – obtida por meio de
violação de regra e de direito mate-
rial que ofenda, directa ou indirecta-
mente, a garantia ou o princípio
constitucional, pois, sempre que
houver a obtenção de prova, em de-
trimento de direitos e princípios
reconhecidos pelo texto constitu-
cional, independentemente do pro-
cesso, a prova será ilícita.
Prova indiciária – quando a de-
monstração da verdade é incerta e
apenas tendencial, obtida na base
de critérios quantitativos de maior ou
menor probabilidade. Tal prova as-
senta tão-somente em indícios.
Prova indirecta – quando a prova
versa sobre factos que, por sua vez,
se correlacionam com o que se pre-
tende demonstrar, dando-lhes, as-
121
sim, determinado significado. De-
monstra a existência de outro facto,
que se liga ao facto a ser provado
por uma construção lógica.
Prova material – quando resulta da
observação e análise de factos ou
coisas, como: pericial (autópsias,
exames sexológicos, exame de ar-
mas, exame lofoscópico, entre ou-
tros) e documental (arquivos).
Prova pericial – modalidade de
prova que se configura necessária
quando o juiz necessita de pessoas
munidas de conhecimentos especí-
ficos, que possam informá-lo acerca
de ocorrência sobre determinados
factos, assim como o significado dos
mesmos. O profissional que realiza a
perícia é denominado perito judicial.
Prova pessoal – resulta de uma
acção humana consciente e volun-
tária as quais relatam os factos tal
como os viram e apreenderam ou tal
como os ouviram referir por tercei-
ros, o que conduz à chamada prova
pessoal directa ou indirecta.
Prova real – resulta da observação
directa das coisas a que se enqua-
dra a prova material e os exames
realizados por peritos ou técnicos
especializados, no decurso da reco-
lha do corpo do delito.
Provisão de bordo – mercadoria
destinada ao consumo dos passa-
geiros e membros da tripulação a
bordo de navios, de aeronaves ou
de comboios, quer sejam vendidas
ou não, e as mercadorias neces-
sárias ao funcionamento e manuten-
ção dos navios, das aeronaves ou
dos comboios, incluindo os combus-
 Polícia Nacional de Angola
tíveis, os carburantes e os lubrifican-
tes.
Provocação de resposta ao delin-
quente – consiste na criação da ne-
cessidade de responder às pergun-
tas formuladas que impliquem indi-
rectamente informação de interesse
operativo.
Provocação fronteiriça – acção
realizada a partir dos territórios vizi-
nhos contra as nossas forças, com
fim de intimidar e incitar violência
que pode levar a um confronto mili-
tar mediante medidas coercivas de
retaliação.
Prudência – qualidade que o agente
policial tem, de poder decidir e actu-
ar, ou não, para dirimir certos con-
flitos de natureza pública ou privada,
quando solicitado ou quando estes
põem em causa a ordem e tran-
quilidade públicas.
Psicodependência – descrição de
um indivíduo psicologicamente sujei-
to de alguma substância psicotrópi-
ca. Provoca impulso irreprimível por
consumir o produto aditivo em forma
periódica ou contínua, com o fim de
experimentar seus efeitos ou para
evitar o mal-estar produzido por sua
ausência.
Psicologia forense – estudo que
actua em conjunto com o Direito,
para analisar as capacidades psíqui-
cas dos réus, bem como os seus
comportamentos, actuando principal-
mente em processos jurídicos e
investigativos.
Psicologia jurídica – campo da Psi-
cologia que agrega vários profissi-
onais dedicados à interacção entre a
122
Psicologia e o Direito; denominação
genérica das aplicações do saber
psicológico em práticas jurídicas ou
do Direito.
Psicologia terrorista – trata-se da
forma como se espera afetar psico-
logicamente o público-alvo pela ac-
ção terrorista ou como suas atitudes
podem ser alteradas diante dos
resultados imediatos e dos danos
decorrentes do ataque.
Psicopatia criminal – conjunto de
características comportamentais, e-
mocionais e interpessoais que con-
duzem a um comportamento patoló-
gico, tendo a desordem emocional
como a facilitadora de risco para a
ocorrência de comportamentos an-
tissociais extremistas. Aparece es-
sencialmente caracterizado por po-
bres de emoções, contudo, são ca-
pazes de simular estados emocio-
nais, sempre que isso lhes permitir
atingir os seus objectivos ou dese-
jos.
Psicopatologia – perturbação do
funcionamento psicológico nas suas
dimensões afectivas, cognitivas,
comportamentais e relacionais, que
pode ser permanente ou transitória e
que é vivida com sofrimento na tripla
relação do indivíduo consigo próprio,
com os outros e com o mundo.
Publicidade do terrorismo – forne-
ce a ligação entre o efeito do ataque
ao alvo e o público a quem pretende
aterrorizar, sem a divulgação do acto
de violência e dos seus resultados; o
atentado terrorista pode ser consi-
derado como inócuo, e a comuni-
cação social opera como agente
 Vocabulário Policial

catalisador, sem o qual os danos da

acção se tornariam ineficazes.
Público – grupo social ou um con-
junto de pessoas comuns que
podem influenciar as actividades de
uma organização ou instalação, co-
mo por elas serem influenciadas.
Público-alvo – população do qual
se pretende obter um comporta-
mento desejado por intermédio de
operações psicológicas.
Público-alvo do terrorista – cons-
titui o objectivo da acção terrorista e
podem ser uma pessoa ou grupo de
pessoas, seleccionadas ou não.
Punição – i) condenação ou repro-
vação imposta por uma entidade
superior ao inferior hierárquico que
cometeu determinada infracção dis-
ciplinar ou criminal; ii) processo no
qual se reduz a probabilidade de
determinada resposta voltar a ocor-
rer através da apresentação de um
estímulo aversivo, ou a retirada de
um estímulo positivo após a emissão
de determinado comportamento in-
desejado.

123
 Polícia Nacional de Angola
Q
Qra – denominação típica que se
utiliza por meio da comunicação via
rádio, indicando a identificação do
operador que emite ou recebe deter-
minada informação.
Qrd – designação típica que se con-
substancia na orientação para a
deslocação ou movimentação de
alguém a um determinado sítio para
o comprimento de uma missão
policial.
Qrf – expressão típica que designa
regresso e a forma rápida de al-
guém, num determinado local, ter
em conta a clandestinidade da acti-
vidade ou missão a cumprir.
Quadratim – peça metálica da
indústria tipográfica que serve para a
abertura de parágrafos ou completar
linhas que as letras preencham.
Quadriculado – instrumento de con-
trolo da presença do pessoal nas
formaturas policiais, servindo de
meio de prova para efeito de pro-
cedimento disciplinar ou outras con-
sequências administrativas.
Quarenta e um (41) – designa o
primeiro elemento na hierarquia de
um determinado grupo de efectivos
em cumprimento de um trabalho
operativo. O comandante ou chefe
de equipa pela posição funcional
que ocupa é identificado com esta
denominação principalmente por via
rádio para ilustrar que se constitui o
124
detentor das orientações e ordens
imediatas para cumprimento de uma
determinada missão.
Quarto de sentinela – espaço utili-
zado para o descanso do efectivo
em serviço diário de sentinela.
Queixa – acto de prestar às auto-
ridades policiais todo o tipo de facto
que constitua crime, transgressão
administrativa ou qualquer situação
que seja de interesse policial.
Queixa-crime – peça inicial da ac-
ção penal privada apresentada pela
própria vítima ou seu represen-tante
legal por meio de advogado.
Quépi – peça de vestuário ou es-
pécie de boné usado por militares
em vários países.
Quesito – questões que se levan-
tam ou se desenvolvem para instruir
uma determinada causa em aspec-
tos técnicos, como: o quê? Quem?
Onde? como? e por quê?
Quico – peça do vestuário, usado
fundamentalmente com o fardamen-
to policial, que tem a função de pro-
teger a cabeça do sol.
Quitação – documento escrito por
meio do qual o credor declara ter
recebido o resgate feito pelo deve-
dor do seu débito, libertando-o do
compromisso assumido.
 Vocabulário Policial
R
Racionalização policial – organiza-
ção lógica das actividades para
conferir maior rapidez, imparciali-
dade e observância do princípio da
boa-fé nas relações entre a Polícia e
os cidadãos, de forma a obter um
melhor desempenho no processo de
segurança pública.
Radar – instrumento electrónico de
fiscalização de trânsito, utilizado pe-
la Polícia de Trânsito para controlar
a velocidade de circulação dos veí-
culos, a fim de desencorajar o ex-
cesso de velocidade na via pública.
Raia – linha convencional que define
o limite dos territórios de Estados
vizinhos.
Rapto – acto de privar ilicitamente
alguém da sua liberdade, mantendo-
a em local do qual ele não possa
sair livremente, com ou sem violên-
cia, com o objectivo de tirar vanta-
gens para si.
Rapto consentido – extracção ile-
gal de qualquer pessoa do local em
que se encontra em conluio com
autor, a fim de enganar familiares e
as autoridades para obter benefício
próprio.
Rastreio – processo de monitori-
zação das acções executadas pelas
forças policiais para detectar desvios
e determinar elementos suspeitos
em locais susceptíveis da prática de
crimes e garantir que haja ordem e
125
tranquilidade públicas.
Ratificação da fronteira – acto que
aprova a demarcação implantada no
terreno por dois governos interessa-
dos por convénio ou por simples
troca de notas a que é dada a con-
veniente publicidade de carácter
oficial.
Razão – capacidade da mente hu-
mana que possibilita chegar às
conclusões a partir de premissas ou
suposições. Permite identificar e o-
perar conceitos, abstração, resolver
problemas, encontrar coerência ou
contradição entre eles para descar-
tar ou formar novos conceitos, de
uma forma ordenada e geralmente
orientada para objectivos.
Rebeldia – acção de lutar contra
alguém, usando força ou argumento;
comportamento que se caracteriza
pela desobediência e obstinação.
Rebelião – revolta espontânea de
um determinado grupo de indiví-
duos, geralmente conduzida pelas
circunstâncias contra uma instituição
pública ou privada, autoridades ou
ordem estabelecida, com a finalida-
de de obstar a execução ou cum-
primento de actos administrativos,
legislativos ou judiciais, ou desobe-
decer aos mesmos.
Recalada – procedimento que con-
siste em usar um equipamento
radiogoniométrico de uma estação
de rádio, sincronizando na frequên-
cia de emissão de outra estação,
quando pelo menos uma das esta-
ções é móvel.
Receptação – acto de adquirir, rece-
ber, transportar, conduzir, ou sone-
 Polícia Nacional de Angola
gar, em proveito próprio ou alheio,
coisa que sabe ser produto de crime,
ou influenciar para que terceiro de
boa-fé o adquira, receba ou oculte.
Recinto desportivo – espaço criado
exclusivamente para a prática des-
portiva, na qual a Polícia se insere
para garantir a segurança dos atle-
tas e assistentes, contendo uma
estrutura que permite alocação do
efectivo para a sua funcionalidade.
Reconhecimento – i) acto formal
pelo qual uma pessoa afirma como
certa a identidade da outra ou a
qualidade de uma coisa, para fins
processuais penais; ii) operação
sigilosa que tem como propósito
obter ou colectar informações de
carácter estratégico referentes às
actividades criminosas em zonas
propensas a criminalidade.
Reconhecimento táctico – conjunto
de actividades estratégicas e sigilo-
sas que visam identificar, propor-
cionar informações oportunas e
actualizadas, referentes à disposi-
ção, composição e movimentação
das forças inimigas no terreno, de
acordo com o interesse do comando
operacional.
Recrutamento – processo de selec-
ção de candidatos com o perfil pro-
fissiográfico exigido pela corpora-
ção policial.
Recuo estratégico – medida de
reorganização ou reagrupamento
das forças policiais.
Recurso – acto de apelar para uma
instância ou autoridade superior du-
ma sentença.
126
Redução de direitos – medida eco-
nómica que consiste na tributação
parcial por aplicação de taxa, a
certas actividades e fins designados,
à mercadorias ou certos sujeitos
passivos.
Reentrada – acto de retenção pelos
exactores aduaneiros dum despacho
e não chegou a ultimar-se.
Reexportação – saída de mercado-
rias não nacionalizadas e importa-
das temporariamente cuja perma-
nência e circulação fizeram-se sob
controlo fiscal aduaneiro; trânsito
internacional indirecto; ver aperfeiço-
amento activo.
Reforço operacional – auxílio pres-
tado aos agentes durante a ope-
ração de asseguramento, na movi-
mentação da capacidade de coorde-
nação e controlo, com a finalidade
de aumentar o poder de fogo das
unidades de manobra.
Reforma – i) modificação na forma,
natureza ou no tamanho de algo, a
fim de aprimorá-lo; ii) situação em
que o efectivo passa definitivamente
à inactividade, na maioria das vezes,
por idade, doença ou acidente.
Regime aduaneiro – modalidade de
tratamento que o declarante atribui
às mercadorias no momento da
apresentação da declaração adua-
neira às alfândegas, de acordo com
o uso ou destino que lhes pretender
dar no cumprimento das normas e
procedimentos prescritos na lei adu-
aneira.
Regime suspensivo – destino adu-
aneiro em que os direitos e outras
imposições referentes às mercado-
 Vocabulário Policial
rias importadas com carácter espe-
cial ou temporário ficam suspensos
do pagamento dos direitos adua-
neiros e demais imposições.
Registo criminal – acto praticado
durante a elaboração de um livro de
ocorrências ou de inserir numa base
de dados o histórico criminal de um
indivíduo que tenha ou não cometido
infracções delituosas.
Registo de ocorrência – documen-
to elaborado no piquete durante o
serviço diário, sobre situações apre-
sentadas pelos participantes, de
acordo com o interesse policial.
Registo operacional – informações
anexas durante as actividades diá-
rias realizadas a partir da sala
operativa, para que se criem estraté-
gias eficazes para futuros serviços
de enfrentamento.
Regulamento – diploma de carácter
administrativo contendo normas mi-
nuciosas para a aplicação dos prin-
cípios ou regras gerais abrangidas
nas leis aprovadas pela Assembleia.
Regulamento orgânico – instru-
mento jurídico que estabelece a
organização das Direcções Nacio-
nais, Departamentos Nacionais, Uni-
dades de Subordinação Central e
Comandos Provinciais.
Regulamento orgânico policial –
conjunto de regras e prescrições
esquematizadas num organograma,
a fim de estabelecer o modo de
organização, natureza, atribuições e
competências dos órgãos compo-
nentes da corporação.
Reimportação – regresso ao territó-
rio aduaneiro das mercadorias na-
127
cionais ou nacionalizadas exporta-
das temporariamente.
Reincidente – comportamento ca-
racterizado por uma pessoa que,
reiteradas vezes, pratica infracções
de natureza idêntica, mesmo depois
de ter sido sancionada.
Relação jurídica – vínculo entre o
sujeito activo e o passivo do Direito,
resultando no poder para sujeito
activo e o dever para o passivo.
Relatório de ocorrência – docu-
mento padrão que se destina a
registar e relatar factos que tenham
merecido a actuação ou intervenção
da Polícia.
Relatório policial – documento ela-
borado através do qual se informa a
autoridade superior sobre os factos
conhecidos durante a prestação de
um determinado serviço. Faz refe-
rência de forma clara, precisa,
oportuna, verdadeira e pormenori-
zada aos elementos que fazem parte
do facto, estado, quantidade, forma,
dimensão e medidas adoptadas.
Responde aos seguintes quesitos: o
quê? Quem? Como? Quando? onde
e por que?
Relatório técnico – documento que
apresenta informações de forma
executiva, para imediata compre-
ensão e análise, facilitando a toma-
da de decisões.
Rendição – substituição da equipa,
depois de cumprido o seu turno de
serviço. Efectua-se em parada pe-
rante o graduado de serviço ou por
razões de ordem operacional e de
vigilância reforçada, a rendição é
feita em locais como postos fixos,
 Polícia Nacional de Angola
residências de altas entidades, ins-
talações oficiais, entre outros.
Rendição da sentinela – acto prati-
cado em marcha até à área da
guarda, que culmina com a renda da
sentinela cessante, depois de veri-
ficados todos os procedimentos.
Reposição da ordem – consiste na
colocação de forças no terreno com
dimensão variável destinadas a fa-
zer face a eventos colectivos ou
individuais em locais públicos.
Representante do declarante –
pessoa singular ou colectiva que,
nos termos do Código Aduaneiro, no
uso de poderes de representação
outorgados, por instrumento próprio,
pelo importador, exportador ou pro-
prietário das mercadorias, cumpre
perante a Administração Geral Tribu-
tária os procedimentos aduaneiros
legalmente estabelecidos.
Repressão criminal – acção policial
que, por meio de coibição, tem a
finalidade de restaurar a ordem após
o dano causado à sociedade pelo
crime que, em princípio, constitui um
comportamento ofensivo ou que põe
em perigo interesses sociais.
Reservas de todo tipo – constitui
um princípio imprescindível para o
asseguramento multilateral das for-
ças e meios, no cumprimento das
missões, situações imprevistas; e a
prolongação destas consiste em
manter em reservas os artigos críti-
cos ou de difícil mais necessários
para o cumprimento das missões.
Resgate – acção de libertar alguém
do cativeiro, restituindo para isso
uma quantia aos aprisionadores.
128
Responsabilidade – direito natural
ou concedido a um indivíduo com
base na sua competência de reco-
nhecer e aceitar as consequências
de um evento.
Responsabilidade civil – dever ou
acção de um indivíduo ou instituição
compensar materialmente com din-
heiro ou outros bens, os danos que
provocou a outrem.
Ressarcimento – preparação do
prejuízo, compensação ou indemni-
zação pelo dano material ou moral a
outrem.
Ressocialização do recluso – con-
siste na execução das medidas
privativas de liberdade no sentido de
orientar de forma a reintegrar o
recluso na sociedade, prepará-lo
para o futuro e conduzir a sua vida
socialmente responsável.
Restrição – permissão de entrada
ou de saída de mercadorias sujeitas
a determinadas formalidades, além
das prescritas para os despachos
aduaneiros normais.
Retenção – privação precária da li-
berdade de um cidadão sobre o qual
existam indícios da prática de uma
infracção criminal, administrativa ou
de incivilidades, para efeitos de me-
dida de Polícia, no âmbito da garan-
tia de segurança pública.
Retrato falado – representação de
uma pessoa suspeita de ter prati-
cado algum crime e que esteja a ser
procurada pelas autoridades por
meio de uma imagem, segundo a
abstrata descrição de seus aspectos
físicos gerais, específicos e caracte-
rísticas distintas.
 Vocabulário Policial
Réu – todo o indivíduo contra quem
é intentada uma acção civil ou penal.
Reverificação – fiscalização ou revi-
são pelo reverificador do trabalho de
verificação (contagem na declaração
dos direitos e de mais imposições e
verificação física das mercadorias)
realizado pelo verificador.
Revisão de bagagem – verificação
dos volumes das bagagens.
Revista – acção que consiste em
procurar no corpo ou nas vestes de
um indivíduo que apresenta indícios
de cometimento de crimes ou trans-
porte de objectos proibidos, que
podem ser utilizados para cometer
ilícitos.
Revista judiciária – feita sempre
que há suspeita fundamentada o
bastante para crer que alguém sone-
ga na sua posse objectos relaciona-
dos com a prática de um crime que
possam servir para a respectiva
prova, para o qual é ordenada a re-
vista.
Revista policial – acção de vistoria
realizada por um agente policial du-
rante o serviço de patrulhamento.
Efectua-se, normalmente, aos tran-
seuntes, em locais aberto ao públi-
co, em meios ou objectos transportá-
veis, como veículos, pastas, malas,
computadores e outros.
Rigidez cadavérica – quando o
indivíduo morre, o corpo entra em
relaxamento (flacidez); começa o
enrijecimento entre duas e três ho-
ras após a morte, chegando ao
máximo oito horas e desaparecendo
depois de vinte e quatro horas.
Geralmente, desaparece quando se
129
inicia a putrefação.
Rixa – consiste na discussão segui-
da de luta física, entre dois ou mais
indivíduos criadores de desavenças,
disso resulte lesões corporais de um
ou mais disputantes, cuja causa po-
de ser qualquer provocação ou ra-
zões de ordem particular.
Rojão – expressão típica de ordem,
reservada a accionar uma aeronave
em estado de alerta, para cumprir
uma missão de forma imediata, quer
seja real, quer seja treinamento.
Ronda – acção desenvolvida por um
superior, que consiste em fiscalizar,
inspeccionar a actuação dos polícias
em serviço de patrulhamento.
Rondante – função atribuída ao
chefe de equipa, que consiste em
fiscalizar ou inspeccionar a actuação
dos inferiores em serviço de patru-
lhamento.
Rotulagem criminal – teoria crimi-
nológica marcada pela ideia de que
as noções de crime e criminosos são
construídas socialmente a partir da
definição legal e das acções de
instâncias oficiais de controlo social,
a respeito do comportamento de
determinados indivíduos. O rótulo é
atribuído por quem impõe as defi-
nições de moralidade (as camadas
superiores da hierarquia social ou as
forças da ordem); uma vez rotulado,
o delinquente é socialmente levado
a assumir esse título e, consequen-
temente, a reincidir na prática des-
viante.
Roubo – consiste na subtração de
coisa alheia móvel, em proveito
próprio ou de terceiro, com emprego
 Polícia Nacional de Angola

de violência ou grave ameaça a

pessoa por qualquer meio, reduzin-
do a possibilidade de resistência.
Rubefação – mancha avermelhada
na pele depois de se ter sofrido uma
lesão. Causa lesão fugaz na pele
(desaparece imediatamente) e, por
isso, deve ser examinada imediata-
mente pelo médico legista.
RUPE – Recibo Único de Pagamen-
to ao Estado.

130
 Vocabulário Policial
S
Sabotagem – acção deliberada que
visa enfraquecer um governo, orga-
nização, instituição ou um esforço,
através de subversão, ruptura ou
descrição com meios ou instrumen-
tos de trabalho ou com o emprego
de forças e meios militares.
Saída ilegal no país – quando um
cidadão nacional ou estrangeiro,
singular ou coletivo, saí do território
nacional, violando as disposições
legais estabelecidas pelas entidades
competentes de migração.
Salubridade pública – implica tudo
o que diz respeito à salubridade dos
produtos comestíveis que se ven-
dem ao público, ao regime das
transladações e remoções de cadá-
veres; tudo o que diz respeito às
inspecções sanitárias, as medidas
em vista à higiene e à saúde pública.
Salvas fúnebres – disparos execu-
tados por peças de artilharia com
intervalos de trinta segundos, des-
tinadas a complementar, nos casos
específicos, as honras fúnebres
prestadas.
Sanção – i) Meio competente esta-
belecido pelas normas jurídicas para
forçar seus violadores a cumprir o
que elas mandam, ou a reparar o
mal causado pela violação ou a
submeter a penas legais; ii) Termo
jurídico que aceita duas definições,
podendo ser conceituada como a
131
punição ou pena correspondente à
violação de uma lei.
Secção – conjunto de capítulos que
agrupam mercadorias da mesma
classe, qualidade e características
físicas, na pauta aduaneira.
Secreto – categoria de sigilo, atri-
buído aos assuntos referentes aos
sistemas, instalações, programas,
projectos, planos ou operações de
interesse da segurança pública e
defesa nacional; assuntos diplomá-
ticos e de inteligência, cujo conheci-
mento não-autorizado possa acar-
retar dano grave à segurança da
sociedade e do Estado.
Sector operacional – circunscrição
integrada no território de um serviço
operativo, atribuída a uma equipa ou
oficial para efeitos de coordenação e
responsabilização das acções de
segurança pública.
Sectorização operacional – pro-
cesso que consiste na divisão do
território operacional de determinada
unidade policial, para efeitos de
descentralização, controlo, coorde-
nação e responsabilização das ac-
ções de segurança pública.
Seguimento operativo – acompa-
nhamento e sequência investigativa
feita a um determinado indivíduo ou
grupo, sobre o qual recaem fortes
suspeitas de virem a cometer algu-
ma infracção criminal, com a fina-
lidade de prevenir e cortar, fazendo
com que não se efective a consu-
mação.
Segundo avaliador – superior res-
ponsável pela área do pessoal e
quadros que confirma ou infirma a
 Polícia Nacional de Angola
avaliação feita pelo primeiro avalia-
dor.
Segurança – i) conjunto de medidas
que visam a protecção de riscos,
perigos ou perdas as pessoas ou
coisas; ii) condição de todo ser hu-
mano de se sentir tranquilo, sem
qualquer receio de correr perigo em
circunstância alguma, onde e quan-
do quer que seja.
Segurança activa – secção da con-
trainteligência que, recomendando a
adopção de medidas de carácter
proactivo, se destina a detectar, ava-
liar e neutralizar as actuações de
inteligência adversa e outras acções
de qualquer natureza, dirigidas con-
tra os interesses da sociedade e do
Estado.
Segurança citadina – assunção por
cada um e por todos da respon-
sabilidade de o cidadão praticar ac-
tos que concorram para a prevenção
e a segurança individual ou colec-
tiva.
Segurança colectiva – sistema uni-
versal ou regional institucionalizado
através do qual os Estados-mem-
bros acordam conjuntamente, por
via de um tratado, reagir a qualquer
acto de agressão ou qualquer outra
forma ilegal de recurso ao uso da
força por parte de algum Estado-
membro.
Segurança comunitária – conjunto
de actividades que promovem a
união de moradores, comerciantes e
demais membros da sociedade, com
a finalidade de melhorar a seguran-
ça no seu seio. Permite que as
forças de segurança e a comunidade
132
trabalhem em conjunto para conse-
guirem encontrar formas inovadoras
de resolver os problemas.
Segurança cooperativa – associ-
ação preventiva de Estados nacio-
nais para proteger a segurança
comum, por meio da transparência,
do fortalecimento de instituições in-
ternacionais e da confiança mútua.
Segurança da arma – mecanismo
existente nas armas de fogo que
permite travar o processo de dispa-
ro, não permitindo a percussão do
cartucho quando a arma se encontra
carregada.
Segurança da informação – pro-
cesso integrado de conceitos, técni-
cas e actividades que visam propor-
cionar confidencialidade, integridade
e disponibilidade das informações,
protegendo recursos de informação
contra acções deliberadas ou não-
autorizadas de aquisição, dano, ma-
nipulação, modificação, perda e
revelação.
Segurança nacional – atribuição
essencial do Estado para garantir a
ordem, a segurança e a tranqui-
lidade públicas, contribuire assegu-
rar o normal funcionamento das
instituições democráticas, o regular
exercício dos direitos, liberdades e
garantias fundamentais dos cida-
dãos e o respeito pela legalidade
democrática.
Segurança passiva – protecção de
um espaço sem a utilização de
armas letais, baseadas no auxílio,
despistagem, dispersão, camufla-
gem, controle de danos, entre ou-
tros.
 Vocabulário Policial
Segurança passiva no acidente –
ferramentas ou equipamentos que
visam mitigar as consequências dos
acidentes com guardas de protecção
lateral nas vias.
Segurança pessoal – consiste na
salvaguarda de pessoas ou altas
entidades, membros dos órgãos de
soberania e a segurança de teste-
munhas ou a outros cidadãos sujei-
tos à ameaças.
Segurança privada – i) actividade
que tem por finalidade exercer
preventivamente a protecção de
patrimônio e das pessoas que se
encontram dentro do perímetro de
sua actuação, podendo actuar em
estabelecimentos públicos ou priva-
dos, urbanos ou rurais; ii) função
exercida de forma organizada e
supervisionada pela Polícia e desen-
volvida por pessoas capacitadas
através de formação específica.
Segurança pública – garantia que o
Estado proporciona à Nação, a fim
de assegurar a ordem pública ou
ausência de prejuízo, aos direitos do
cidadão, pelo eficiente funcionamen-
to dos órgãos do Estado. Implica
tudo o que diz respeito à comodida-
de do trânsito nas ruas, praças e
vias públicas, compreendendo ainda
a limpeza das ruas, a sua ilumina-
ção, a demolição de edifícios que
ameacem ruína, contra violações de
toda a espécie, perigos e demais
incivilidades.
Segurança rodoviária – conjunto
de medidas que visam à prevenção
de acidentes de viação com objecti-
vo de proteger vidas e bens mate-
133
riais, para baixar os níveis de sinis-
tralidade.
Seguro – valor pago pelo segurado
ao segurador, com o fim de prote-
ger-se dos possíveis prejuízos por
danos ou perda de parte ou de toda
mercadoria.
Selecção do efectivo – processo
avaliativo de candidatos para asse-
gurar a escolha dos mais aptos para
a actividade pretendida. Compara-
ção e escolha que termina com a
tomada de decisão de admissão ou
não, ao exercício da actividade poli-
cial.
Sentimento de insegurança – as-
socia-se a uma sensação difusa de
angústia ou de ansiedade que per-
manece para além dos aconteci-
mentos e que não possui um objecto
definido.
Sentinela – elemento com funções
policiais, devidamente armado, colo-
cado no posto da guarda por certo
tempo, para vigiar e assegurar a
defesa do seu posto, bem como
prestar continências aos superiores
hierárquicos.
Separado da bagagem – documen-
to emitido pela Administração Geral
Tributária, com base na constatação
física por parte do técnico tributário,
dos objectos de uso pessoal e/ou
mercadorias transportadas pelos via-
jantes, quando excedem as quanti-
dades e/ou valor previsto.
Sequenciamento – coordenação de
eventos operativos dentro do enfren-
tamento, na ordem em que seja
possível a eliminação do centro de
gravidade do inimigo.
 Polícia Nacional de Angola
Sequestro – acto de privar ilicita-
mente uma pessoa de sua liberdade,
mantendo-a em local no qual ela não
possa livremente sair.
Serviço – acção de servir ou estar
sujeito a ser prestável a alguém por
qualquer motivo, fazendo aquilo que
essa pessoa quer ou pede.
Serviço de escolta – acção destina-
da a garantir a protecção da integri-
dade física de pessoas e/ou bens
em movimento.
Serviço de ordem – consiste na
organização e posicionamento das
forças no terreno de dimensão vari-
ável com o objectivo de fazer face a
eventos colectivos em lugares públi-
cos.
Serviço de permanência – acti-
vidade de piquete e coordenação de
acções operacionais e a execução
de medidas de protecção e seguran-
ça nos Comandos e Unidades de
Polícia, realizada por efectivos com
funções policiais, no sistema de tur-
no de vinte e quatro horas, com
carácter contínuo e ininterrupto.
Serviço de permanência policial –
actividade realizada numa unidade
policial predominantemente estática,
executadoa pelo efectivo devida-
mente escalado para cumprir mis-
sões de observação, protecção e
asseguramento, assim como regista
possíveis ocorrências diárias.
Serviço de sector – faz gestão e
coordenação das acções de preven-
ção criminal, procede à ligação entre
a unidade e a comunidade para a
materialização dos programas, pro-
jectos e acções de proximidade no
134
sector operacional sob sua jurisdi-
ção.
Serviço policial – actividade de
prevenção, vigilância, seguimento e
corte de acções criminosas, no
sentido de estabelecer a salubrida-
de, ordem e tranquilidade públicas.
Serviço prestado – toda a activi-
dade na qual a Polícia auxilia os
cidadãos e as instituições, sob re-
querimento de determinados servi-
ços de segurança.
Serviço público – destina-se à sa-
tisfação das necessidades colecti-
vas, de forma geral, permanente e
contínua, sob a direcção, regulação
e controlo do Estado, bem como
aqueles através dos quais o Estado
procura preservar a ordem e asse-
gurar o cumprimento dos seus pro-
pósitos.
Serviços operativos combativos –
consiste em detectar, capturar ou
aniquilar agentes inimigos ou deter
violadores de fronteira, se compõem
por dois ou mais efectivos da Polícia
de Guarda Fronteira (PGF) em cor-
respondência com as características
das missões a se cumprir.
Serviços operativos de segurança
– organização policial para a protec-
ção, preservação e custódia de pes-
soas, objectos e lugares que, por a
sua importância, requeiram ser as-
segurados.
Sexologia forense – estudo e tra-
tamento das perturbações da sexu-
alidade, aplicando os conhecimentos
de sexologia que interessam ao
Direito. Parte da Medicina Legal que
estuda os problemas médicolegais
 Vocabulário Policial
relacionados com o sexo, instinto
sexual e reprodução.
Sierra alfa – expressão típica do
código fonético policial, usada pela
vigilância que significa sem altera-
ção.
Sigilo – consiste em guardar segre-
do profissional, relativamente a fac-
tos de que tenha conhecimento, em
virtude do exercício das funções e
que não se destinam a ser do do-
mínio público.
Simpósio – acção que objectiva
realizar um intercâmbio de infor-
mações, no qual a sua dinâmica
consiste em possibilitar que dois ou
mais especialistas exponham seus
pontos de vista sobre o tema central,
sempre sob a égide de um coorde-
nador.
Sinais de respeito – atenção res-
peitosa e de apreço entre os polí-
cias, que constituem reflexos adqui-
ridos mediante cuidadosa instrução
e contínua exigência, caracterizan-
do-se pela espontaneidade e cordia-
lidade, mais do que pela simples
obrigação imposta pela disciplina e
hierarquia.
Sincronização – documento empre-
gado no arranjo das actividades de
todos os sistemas operacionais no
tempo e no espaço, com a finalidade
de obter o máximo de poder relativo
de combate ao crime no ponto de-
cisivo.
Sinistralidade rodoviária – fenóme-
no civilizacional, fruto da existência
da circulação em massa de veículos
na via pública, cujas causas assen-
tam numa dinâmica em que intervêm
135
quatro factores interrelacionados:
homem, veículo, via e o meio ambi-
ente.
Sistema operacional – interacção
de elementos específicos de com-
bate, apoio ao combate e apoio
logístico, de forma a permitir ao
comandante o emprego oportuno e
sincronizado dos meios no tempo e
no espaço, com uma certa finali-
dade.
Situação de efectividade – caracte-
rização feita pelo exercício efectivo
de cargo e desempenho de funções
inerentes ao posto.
Situação operativa – i) conjunto de
circunstâncias determinadas pelas
ocorrências num território opera-
cional durante um certo período de
enfrentamento; ii) actividade feita
pelo efectivo com vista a determinar
as causas e condições que favo-
recem ou não o seu trabalho, num
determinado objectivo.
Situação vexatória – aquela que
humilha, traz vergonha, dor ou
aflição; execração pública; cons-
tranger, coagir física ou moralmente;
o preso não pode ser submetido ao
vexame público, sob pena da auto-
ridade que o tem em custódia ser
responsabilizada.
Sobrefacturação – preço superior
em relação ao que, normalmente, é
praticado para os mesmos produtos
exportados com destino ao mesmo
país de importação.
Sonegação – acto de ocultar infor-
mações relevantes de interesse poli-
cial, deixando de mencionar ou des-
crever os casos exigidos por lei.
 Polícia Nacional de Angola
Sonsacamento operativo – conjun-
to de métodos e procedimentos a
utilizar pela pessoa que extrai infor-
mação, a fim de que seu interlo-
cutor exponha de forma inconsciente
os dados operativos que resultam
em interesse investigativo.
Sororicida – indivíduo que mata
dolosamente seu próprio irmão ou
irmã.
Soterramento da vítima – resulta
da penetração nas vias respiratórias
por terra ou substâncias pulveru-
lentas ou semisólida na árvore respi-
ratória; ocorre, nos casos de desa-
bamento de minas.
Subchefe – categoria do efectivo da
Polícia que pertence à classe ime-
diatamente inferior à dos oficiais
subalternos. Ascende a esta classe
todo o agente que tenha servido por
no mínimo três anos, com boa con-
duta e que tenha frequentado um
curso de Subchefe de Polícia e o
ensino médio concluído.
Subfacturação – preço inferior ao
que, normalmente, é praticado para
os mesmos produtos exportados
para o mesmo país de importação.
Suborno – consiste na prática de
prometer, oferecer ou pagar a uma
autoridade, governante, funcionário
público ou profissional da iniciativa
privada qualquer quantidade de
valores monetários em troca de
favores ilícitos.
Subposição pautal – descrição ou
lugar mais específico de um artigo
numa posição pautal.
Subsídio de atavio – valor pecuniá-
rio estipulado para atribuição ao
136
pessoal do regime especial de car-
reira da Polícia, pelo facto de sua
actividade implicar o uso de traje
formal e dever legal de aprumo.
Substância psicoactiva – fármaco
ou droga, substância química de
origem natural ou sintética que afec-
ta o sistema nervoso central.
Subversão da acção policial –
dinamismo com característica funda-
mentalmente clandestina, que visa
subjugar as populações a uma movi-
mentação político-revolucionária pe-
la destruição de bases essenciais da
comunidade que a integram.
Sucessão do comando – exigência
inerente à manutenção da cadeia de
mando da instituição pela qual a
substituição é imediatamente feita,
sob pena de se cortar a cadeia,
observando o critério institucional da
antiguidade ou do posto mais eleva-
do entre os membros.
Suicídio – comportamento antijurí-
dico que consiste na particularidade
de o indivíduo exterminar por sua
livre e espontânea vontade a própria
vida.
Sujeição jurídica – consiste na ne-
cessidade imposta pela ordem jurídi-
ca ao sujeitado de suportar as con-
sequências do exercício do direito
potestativo.
Sujeito – pessoas entre quem se
estabelecem as relações jurídicas;
são os titulares do direito subjectivo
e das posições passivas correspon-
dentes (dever jurídico ou sujeição).
Suspeito – pessoa sobre a qual
recaem indícios de que tenha ou
esteja na eminência de praticar um
 Vocabulário Policial

crime, em função do que estiver a

fazer, do lugar onde se encontrar, do
horário, de outras circunstâncias ou
condições que apresenta.

137
 Polícia Nacional de Angola
T
Táctica – emprego imediato do
poder para alcançar os objectivos
fixados pela estratégia, compreen-
dendo o emprego de forças, seu
armamento e técnicas específicas.
Táctica policial – arte de empregar
o dispositivo policial nas actividades
e operações que visam prevenir,
reprimir o crime e manter a ordem e
a tranquilidade públicas.
Tanatognose – parte da medicina
legal que estuda o diagnóstico da
realidade da morte, os fenómenos
cadavéricos e as implicações médi-
colegais da morte.
Tanatologia forense – ramo das ci-
ências forenses que, partindo do
exame do local, dá informação acer-
ca das circunstâncias da morte e,
atendendo aos dados do exame
necrópsico, procura estabelecer a
identificação do cadáver, o mecanis-
mo da morte, a sua causa, o dia-
gnóstico diferencial médico-legal
(acidente, suicídio, homicídio ou
morte de causa natural).
Tara – conjunto de invólucro neces-
sários para o acondicionamento, res-
guardo ou transporte da mercadoria.
Técnica policial – conjunto de mé-
todos e procedimentos usados para
a materialização e a execução efici-
ente e eficaz das actividades poli-
ciais, voltadas à garantia da segu-
rança pública.
138
Tentativa – verifica-se quando se
preenche cumulativamente os se-
guintes requisitos: intenção do agen-
te (vontade ou decisão do agente de
cometer um crime); execução inicia-
da e incompleta dos actos que
deviam produzir o crime consumado;
ter sido suspensa a execução por
circunstâncias independentes da
vontade do agente.
Tentativa impossível de crime –
situações em que o autor ou agente
quer um determinado resultado, mas
este, por sua vez, não se verifica,
porque existe uma inaptidão do meio
empregue ou inexistência do objec-
to, ou porque o agente não tem a
qualidade típica exigida para o pre-
enchimento do tipo legal.
Terminologia policial – signo que
acha a sua função em linguagem
específica de Polícia e utiliza nas
suas actividades diárias, em conso-
nância com a dinâmica do sistema
linguístico geral. Constitui uma vari-
ante que passa por evolução e que
faz parte da situação comunicacional
distinta.
Termo de ocorrência – registo de
uma acção típica de menor relevân-
cia, que tem penalidade máxima,
combinada em privação de liberdade
ou multa correspondente, e que
tenha sido perpetrado por um indi-
víduo maior de idade.
Termo de rendição – documento à
disposição do pessoal em serviço de
guarda e guarnição que sereflecte
nas condições técnicas dos meios
de comunicação, transporte e logís-
tica, utilizados na actividade, bem
 Vocabulário Policial
como nas acções relevantes desen-
volvidas e as situações ou ocor-
rências que carecem especial aten-
ção no período subsequente.
Terno de fanfarra – composição de
um núcleo da fanfarra, que utiliza
instrumentos naturais e percussão,
com uma composição de seis a doze
músicos.
Território aduaneiro – toda a exten-
são geográfica da República de
Angola sobre a qual a Administração
Geral Tributária exerce a sua juris-
dição.
Território operacional – circuns-
crição territorial atribuída por despa-
cho de autoridade competente à
responsabilidade de um serviço ope-
rativo.
Terrorismo – acção premeditada,
sistemática e imprevisível, de carác-
ter transnacionais ou não, que pode
ser apoiada por Estados, realizada
por grupo político organizado com
emprego de violência, não impor-
tando a orientação religiosa, a causa
ideológica ou a motivação política,
geralmente, visando destruir a segu-
rança social, intimidar a população
ou influir em decisões governa-
mentais.
Terrorismo de guerra – correspon-
de a acções de sabotagem, assa-
ssinatos de líderes e sequestro de
comandantes militares, com o objec-
tivo de desgastar o inimigo, forçá-lo
a fragmentar as suas forças e a criar
abalo psicológico.
Terrorismo político – acções que
têm por objectivo derrubar ou depor
um regime político, minar as suas
139
instituições e causar descontenta-
mento na população em relação às
políticas de um governo.
Testemunha – indivíduo reconheci-
damente idóneo e previamente con-
vocado, que se ache presente à
conclusão do acto jurídico, cuja
autenticidade e formalidade concorre
com a sua assinatura, assegurando
a verdade do acto ou facto que se
quer provar.
Tipicidade – i) constitui elemento
fundamental do crime, pois qualquer
conduta só poderá ter relevância
penal, do ponto de vista da sua
incriminação, se for típica, ou seja,
quando preencher os elementos
constitutivos de um dado tipo penal;
ii) movimento externo, que pode ser
o disparar de uma arma, que
provoca objectivamente e exterior-
mente um certo resultado típico, que
é a morte de um indivíduo.
Tiro à queima-roupa – disparo com
incidência perpendicular ou oblíqua
em relação ao alvo, realizado a uma
pequena distância entre o cano da
arma e a superfície corpórea.
Tiro acidental – disparo causado
pela obstrução ou avaria da arma,
ou em consequência do funciona-
mento anormal de uma arma ou de
munição durante o disparo, provo-
cado ou não por imperícia, impru-
dência de qualquer pessoa.
Tiro de advertência – disparo efec-
tuado sobre um ponto seguro, com o
propósito de chamar a atenção de
elementos adversos, demonstrando
força, mas sem a intenção de
acertar ou causar danos, sendo que
 Polícia Nacional de Angola
os disparos não indicam o uso da
força, mas a disposição iminente de
empregá-la.
Tiro encostado – disparo com o
cano da arma encostado na pele.
Além do ferimento do projétil, uma
série de gases acompanham-no,
dilacerando a pele, produzindo uma
lesão ampla e extremamente irregu-
lar. A lesão é denominada por “Bu-
raco da Mina de Hoffman” ou “Explo-
são da Mina de Hoffman.
Tonfa – cassetete de borracha ou
de batlite usada na manutenção da
ordem pública.
Toque de clarim – som utilizado
para anunciar a chegada, saída ou a
presença de uma entidade, em uma
unidade policial e em actividades
relevantes.
Tortura – designa-se a qualquer
acto pelo qual causa dores ou sofri-
mento agudos, físicos ou mentais,
infligidos intencionalmente a uma
pessoa, a fim de obter dela informa-
ções ou confissões.
Trabalho operativo secreto – acti-
vidade sigilosa desencadeada por
agentes policiais com escopo de
prevenir, descobrir e cortar activi-
dades criminosas.
Tráfego – importações e exporta-
ções efectuadas pela população
fronteiriça de duas zonas contiguais,
para consumo próprio, sem carácter
nem fins comerciais e em quantida-
des tidas como razoavelmente acei-
tes para as suas necessidades,
desde que tal tráfego esteja contido
numa zona terrestre que vai da
fronteira terrestre do país até dez
140
quilómetros dentro do território adua-
neiro.
Traficante – indivíduo que importa,
exporta, prepara, produz, adquire
em território nacional, vende, expõe
à venda, oferece ou tem em depó-
sito, sem autorização ou em desa-
cordo com alguma determinação
regulamentar ou legal.
Tráfico de influência – crime perpe-
trado por particular contra a Adminis-
tração pública, em que determinado
indivíduo, usufruindo de sua influên-
cia sobre o acto praticado por
funcionário público no exercício de
suas funções, solicita, exige, cobra,
ou obtém vantagem ou promessa de
vantagem para si ou para terceiros.
Tráfico sexual – acção criminosa
que visa a escravidão sexual, por
um lado, e o tráfico de seres huma-
nos, por outro, para o qual a sua
execução passa pela aquisição, mo-
vimentação e exploração.
Tranquilidade pública – estado de
segurança, ordem e repouso no seio
da colectividade social, que resulta
da acção eficiente da actividade
preventiva.
Transbordo – transferência directa
e imediata de mercadoria de um
meio de transporte para outro.
Transgressão – acção humana de
atravessar e ultrapassar noções que
pressupõem a existência de uma
norma que estabelece e demarca
limites.
Transgressão administrativa – ac-
ção ou omissão de intencionalmente
ou por negligência, perturbar a
ordem pública, pôr em perigo a
 Vocabulário Policial
segurança de pessoas e bens, a
higiene, a saúde pública e a orna-
mentação e o embelezamento dos
locais públicos ou que, em geral,
perturba a actividade administrativa
do Estado e o desenvolvimento
ordenado da vida em sociedade e
não cumpre as normas com esse fim
estabelecido.
Trânsito aduaneiro – operação de
transporte de uma mercadoria não
nacionalizada, proveniente do exte-
rior, sob controlo aduaneiro de uma
estância aduaneira para outra.
Trânsito rodoviário – movimento
de veículos e de pedestres numa
determinada via pública, que corres-
ponde ao deslocamento de veículos,
pessoas ou animais de um lugar
para outro.
Transmissão – conjunto de informa-
ções baseadas nos meios técnicos,
materiais e humanos que funcionam
de forma concertada e permite o
exercício do comando, garantindo o
fluir das informações em sentido
ascendente ou descendente de
escalões, por forma a possibilitar a
decisão e veiculação das ordens.
Transparência – clareza e visibili-
dade no exercício da actividade
policial, dando margem a um com-
portamento claro, incapaz de deixar
dúvidas e não representa ambigui-
dade. Situa-se no domínio da comu-
nicação, da prestação de informa-
ção, da prestação de contas à
sociedade.
Transporte de arma – acto de
transferir uma arma descarregada e
desmuniciada de um local para ou-
141
tro.
Transporte internacional – tipo de
transporte que implica o atravessa-
mento de fronteira e se desenvolve
parcialmente em território nacional.
Transporte nacional – tipo de
transporte que se efectua totalmente
em território nacional.
Transporte policial – operação de
manutenção da ordem em todos os
escalões, que impõem o desloca-
mento de forças da ordem para os
diversos locais, para fazer face às
operações normais e às necessi-
dades dos serviços de manutenção
da ordem, para as intervenções
rápidas e locais próximos.
Trauma – resultado da acção que
possui energia capaz de produzir a
lesão.
Traumatologia – estuda a dinâmica
dos eventos traumáticos, lesões,
instrumentos ou objetos que as
produziram, permitindo estabelecer
a autoria envolvida no caso.
Travamento da arma – consiste na
resistência que as partes móveis da
arma opõem aos gases da pólvora,
após a deflagração, de forma a
permitir a saída do projéctil à boca
do cano antes da abertura da
câmara de explosão.
Treino de indução – processo de
inclusão do formando num ambiente
profissional e que permite aprender
e adaptar-se às características do
seu novo cargo e posição na hierar-
quia com facilidade.
Treino policial – processo para
adquirir conhecimentos, habilidades
e capacidades para o serviço poli-
 Polícia Nacional de Angola

cial. Supõe ganhar prática com

ferramentas, equipamentos, docu-
mentos ou materiais, no sentido de
serem usados no quotidiano policial.
Turno de serviço – divisão da jor-
nada de trabalho em períodos
relativos, determinados para o cum-
primento do serviço, sujeito a uma
escala previamente definida.
Tutela – meio normal de suprimento
do poder paternal que são integra-
dos o tutor, protutor, o conselho de
família e como órgão de controlo e
vigilância, o Tribunal de menores.

142
 Vocabulário Policial
U
Ultrapassagem do mando – cir-
cunstância que torna inadiável e
urgente a cadeia de comando, em
razão da autoridade da decisão ou
pela perda da ligação. Algumas
vezes, o escalão superior decide à
revelia do escalão subordinado,
outras vezes, por força da emergên-
cia da situação. Tal atitude exige
flexibilidade, sensibilidade e ponde-
ração.
Ultrassecreto – grau elevado de si-
gilo atribuído aos documentos que
requeiram medidas excepcionais de
segurança, referentes à soberania e
à integridade do território nacional.
União aduaneira – entidade consti-
tuída por um território que engloba
dois ou mais território aduaneiros
com as seguintes características:
possuir uma taxa aduaneira comum,
legislação aduaneira comum ou
harmonizada por aplicação das ta-
xas.
Unidade de mando – singularidade
funcional do comandante em qual-
quer instituição policial, de menor ou
de maior nível, significando que a
autoridade da direcção e controle
das forças é atribuída e exercida por
uma só pessoa.
Unidade de transporte – todo o
meio de transporte (contentor de
uma capacidade de um metro cúbico
ou mais, veículos rebocadores e
143
semi-rebocadores).
Unidade policial – instalação onde
funciona um serviço operacional da
Polícia, de natureza territorial ou não
(Comando Provincial, Comando Mu-
nicipal, Esquadra e Posto Policial).
Uniforme policial – conjunto de pe-
ças compostas por vestuário e
equipamentos, como algema, apito,
cordão, cassetete, capas de chuva,
crachá e outros meios de comuni-
cação em uso.
Uruguai – expressão típica usada
pelo superior hierárquico perante o
seu inferior, para a qual transmite
certa informação com elevada ur-
gência no sentido de que o cum-
primento seja escrupuloso e ime-
diato.
Uso da força – uso de meios coer-
civos que ocorre quando há gravi-
dade da infração, constituindo uma
série de situações que alteram a
ordem e tranquilidade públicas, pe-
las quais a força policial se baseia
para impor o seu poderio.
Uso de algema – medida que visa a
neutralização do conduzido, crendo
ser possível do ordenamento jurí-
dico, fundamento necessário para
que essa utilização ocorra sem
importar na violação da integridade
física e moral do cidadão, de modo a
ser considerado instrumento de
contenção e não de defesa.
Uso de arma – acto de empunhar
ou disparar uma arma para fazer
corte de uma situação fortuita e
ilícita.
Uso de meios coercivos – consiste
no uso dos meios policiais com base
 Polícia Nacional de Angola

no princípio da proporcionalidade,
tendo em conta, os factores da gra-
vidade da infracção e outros factores
envolventes.
Usucapião – direito que um cidadão
adquire em relação à posse de um
bem móvel ou imóvel, em decorrên-
cia do uso deste por um determi-
nado tempo de modo ininterrupto e
pacífico. Para que esse direito seja
reconhecido, é necessário que se-
jam atendidos determinados pré-
requisitos previstos na lei, especifi-
camente no Código Civil.
Usufruto – reito real conferido a
alguma pessoa durante certo tempo,
que a autoriza retirar de coisa alheia,
frutos e utilidades que ela produz,
podendo este incidir em um ou mais
bens, móveis ou imóveis, no total ou
em parte do património, instituído
por actos entre vivos, por última
vontade ou por disposição legal.
Usura – exploração ilícita em provei-
to próprio que se consubstancia na
cobrança de juros, comissões ou
descontos sobre empréstimos mo-
netários, impondo taxas acima das
que a lei prevê.
Usurpação – crime de apropriação
de coisas indevidas por indivíduo ou
organização criminosa.
Uxoricídio – homicídio de uma mul-
her perpetrado pelo próprio cônjuge.
Uzi – armas metralhadoras de fa-
brico israelita e de tripla explosão; é
eficiente pelo seu uso como uma
arma de defesa pelas forças polici-
ais, oficiais, e por forças ataque de
elite.

144
 Vocabulário Policial
V
Valor aduaneiro – preço efectiva-
mente pago ou a pagar pelas
mercadorias quando são vendidas
para exportação com destino ao país
de importação, tendo em conta as
despesas efectuadas no país de
exportação.
Vandalismo – atitude ou modo de
expressão que tem como finalidade
destruir um determinado bem públi-
co ou património particular. É um
procedimento trilhado por indivíduos
que não encontram outra forma de
canalizar sua energia e sua agressi-
vidade.
Varejo – procedimento fiscal adua-
neiro que consiste na inspecção,
numa casa de venda, loja ou arma-
zém onde existam géneros ou mer-
cadorias expostas à venda, ou não,
mas sujeitas à fiscalização, para se
verificar as condições legais em que
estas se encontram.
Variante a esquerda/direita – op-
ção táctica usada no combate ao
distúrbio ou ao banditismo.
Variante a esquerda/direita – op-
ção táctica usada no combate ao
distúrbio ou ao banditismo.
Veículo – máquina que transporta
pessoas e cargas; meio de trans-
porte como um todo.
Veículo blindado – meio de trans-
porte sobre rodas, lagartas ou sobre
ambos, que possui protecção indes-
145
trutível que lhe permite aproximar-se
do oponente sem que tenha conse-
quências graves sob efeito de tiros
de armas portáteis, estilhaços de
granadas e, até certo grau, dos efei-
tos das armas químicas, bacterio-
lógicas e nucleares.
Venefício – acto intencional e volun-
tário de envenenar alguém com
substância nociva que pode deteri-
orar o organismo da vítima e causar
danos irreversíveis.
Venicídio – homicídio qualificado
pelo emprego de veneno; para a
incidência dessa tipificação exige-se
que a substância tenha sido minis-
trada de forma insidiosa, ou seja,
sem que a vítima tenha percebido.
Verificação – acto pelo qual as al-
fândegas certificam se as mercado-
rias acondicionadas ou embaladas
nos volumes declarados estão clas-
sificadas de acordo com as respec-
tivas posições pautais e se as taxas
e demais imposições incidentes
cobrados pelas alfândegas corres-
pondem com as determinadas para
o regime de importação de merca-
dorias.
Verificação da fronteira – acto pelo
qual se verifica a posição e o estado
dos marcos e se intercalam outros
que se julgam necessários por acor-
do entre os dois governos, normal-
mente, por simples troca de notas.
Verificação documental – opera-
ções pelas quais a Administração
Geral Tributária procede ao exame
físico da documentação apresen-
tada, incluindo as operações pelas
quais se certifica de que a
 Polícia Nacional de Angola
declaração de mercadorias está feita
correctamente e os documentos jus-
tificativos necessários satisfazerem
as condições exigidas.
Verificação física – acto pela qual
se constata através do contacto fí-
sico com as mercadorias em arma-
zém ou à bordo, através de um
funcionário do quadro técnico ou dos
serviços de inspecção, a sua legali-
dade em termos de correspondência
com as declarações feitas através
de factura, manifesto de carga ou
outro documento aduaneiro afim.
Vestígio – qualquer marca, facto ou
sinal detectado em local de crime.
Via rodoviária – espaço terrestre
como pavimentos, ruas e caminhos,
com ou sem sinalização, onde circu-
lam os veículos automóveis, peões e
animais.
Viajante – toda a pessoa que, tem-
porariamente, entra no território adu-
aneiro de um país onde não tem
residência habitual, ou proveniente
do exterior e entra definitivamente
no território do país onde tenha
residência habitual ou fixa.
Vida – direito inalienável da existên-
cia que impõe ao Estado a garantia
no seio da própria sociedade, a
presença pacífica segundo as regras
da Justiça que define e impera;
capacidade de exercer direito pesso-
almente.
Vigia – vigilância fiscal na área que
lhe for designada, procurando deter
todos os indivíduos suspeitos a fim
de verificar se transportam quais-
quer artigos substraidos á fiscaliza-
ção ou por qualquer processo auxi-
146
liam os defraudadores das alfânde-
gas.
Vigiar – acção táctica que adequa
segurança a determinada região ou
força, pelo estabelecimento de uma
série de postos de observação, com-
plementada por adequadas activi-
dades, que procuram detectar a
presença do infractor.
Vigilância – acto realizado no sen-
tido de detectar, registrar e informar,
com os meios disponíveis, sobre
qualquer anormalidade ocorrida no
sector de observação.
Vilipêndio – acto de desrespeitar,
insultar, menosprezar, sendo admi-
tido através de qualquer meio de
execução (palavras, escritos, ges-
tos).
Vínculo de prestação – objecto de
obrigação, conduta ou omissão hu-
mana, de dar uma coisa, fazer um
serviço ou se abster de algum pro-
cedimento.
Vínculo jurídico – ligação com pa-
râmetros legais, que tem amparo
legal da lei, que garante que se a
obrigação não for prestada, esponta-
neamente, será feita de modo coer-
citivo. O vínculo confere ao credor
(sujeito activo) o direito de exigir do
devedor (sujeito passivo) o cumpri-
mento de determinada prestação; a
obrigação é uma via de mão dupla,
envolvendo tanto a prestação do
devedor quanto a do credor.
Vínculo transitório – consiste na
obrigação momentânea com vida
curta, podendo até ser duradoura,
mas não para sempre; o direito de
crédito se extingue quando é exer-
 Vocabulário Policial
cido.
Violação à lei – vício de natureza
material que ocorre quando há dis-
crepância entre o conteúdo estabe-
lecido na lei para a prática do acto e
o conteúdo do acto praticado.
Violação de direito autoral – uso
de obras protegidas pela lei de
direitos autorais sem permissão para
um uso, cuja autorização é necessá-
ria, infringindo, certos direitos exclu-
sivos.
Violação de domicílio – delito con-
sistente no acto de perpetrar ou ficar
em domicílio estranho ao seu, nas
suas dependências, contra a von-
tade expressa de seu proprietário ou
no silêncio, devido ao medo.
Violação de fronteira – acção reali-
zada por elemento nacional ou es-
trangeiro, residentes no interior ou
exterior do país, e que transpõe os
limites terrestres, marítimos, fluviais
ou aéreos do território nacional, fora
dos locais legalmente estabelecidos
para o efeito.
Violência – coação física ou moral,
de carácter individual ou colectiva,
exercida pelo homem sobre o ho-
mem, na medida em que é sofrida
com um ataque ao exercício de um
direito conhecido como fundamental.
Violência arbitrária – coerção per-
petrada por um funcionário público,
no exercício de suas funções ou
pretexto de exercê-la. A crueldade
não é necessariamente física, po-
dendo também ser moral, produ-
zindo humilhação a outrem ou
injúria.
147
Violência doméstica – acção de
crueldade física, sexual ou psicoló-
gica que ocorre em ambiente familiar
e que inclui, embora não se limitan-
do a maus tratos, abuso sexual,
violação entre cônjuges, crimes
passionais, mutilação sexual femini-
na e outras práticas tradicionais
nefastas, ameaças, privação arbitrá-
ria da liberdade e exploração sexual
e económica. Acontece entre pesso-
as com laços de sangue ou unidas
de forma civil.
Violência emocional – corresponde
a um conjunto de actos verbais ou
não verbais, isolados ou repetidos,
utilizados de forma intencional para
causar dano e sofrimento emocional
na vítima, como ameaçar os filhos;
magoar os animais de estimação;
humilhar o outro na presença de
amigos, familiares ou em público,
entre outros.
Violência financeira – qualquer
conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total
dos objectos, instrumentos de traba-
lho, documentos pessoais, bens,
valores e direitos ou recursos econó-
micos, incluindo os destinados a
satisfazer as necessidades.
Violência física – qualquer forma
de violência física que o agressor
inflige contra alguém. Pode traduzir-
se em comportamentos como: es-
murrar, pontapear, estrangular, quei-
mar, induzir ou impedir que o outro
obtenha medicação.
Violência sexual – toda a acção na
qual uma pessoa, em situação de
poder, obriga outra a práticas
 Polícia Nacional de Angola
sexuais, utilizando força física, in-
fluência psicológica ou uso de instru-
mentos.
Violência social – qualquer compor-
tamento negativo de controlar al-
guém, por exemplo, impedir que
este visite familiares ou amigos,
cortar o telefone ou controlar as
chamadas e as contas telefónicas,
trancar outrem em sua residência.
Violência urbana – problema social
da representação colectiva indicada
por uma certa complexidade de prá-
ticas definidas como crime, cujo foco
de atenção é o uso da força física,
que ameaça duas condições básicas
do sentimento de segurança, como a
integridade física e a garantia patri-
monial.
Visita fiscal de entrada – primeiro
acto de natureza fiscal aduaneira
praticado pelas alfândegas sobre os
navios e aeronaves, comboios que
chegam aos portos, aeroportos e
fronteira terrestre.
Visita fiscal de saída – acto de na-
tureza fiscal aduaneira praticado
pelas alfândegas sobre os navios e
aeronaves, comboios que saem nos
portos, aeroportos e fronteira terres-
tre, depois de concluída as opera-
ções de carga e descarga de mer-
cadorias e passageiros.
Vistoria – espécie de prova pericial
admitida no processo, com a finali-
dade de dar conhecimentos técnicos
aos juízes, sendo realizadas por um
perito, constituindo na avaliação de
bens imóveis na tentativa de obser-
var sua condição.
Visualização – método de previsão
148
que, através de um processo, per-
mite criar imagens coerentes e es-
truturadas do futuro. Pode ser usado
como um passo anterior para a
formulação de objectivos ou linhas
de acção.
Vítima – sujeito passivo do crime ou
titular abstracto do bem jurídico
protegido, ou seja, protagonista do
drama criminal, sujeito de direitos e
destinatário último do sistema penal,
a quem este deve servir.
Vitimização – comportamento que
provoca o cometimento do crime,
pela conduta violadora dos direitos
da vítima e pode causar vários
danos materiais, físicos e psicoló-
gicos, de acordo com a natureza da
infracção, com a sua personalidade,
sua relação com o agente violador, a
extensão do dano.
Vitimologia – estuda o criminoso, a
vítima e o próprio acto (facto crime),
analisando o aspecto amplo e inte-
gral, como psicológico, social, eco-
nómico, jurídico, entre outros. O
comportamento da vítima é relegado
a um plano secundário quando não
totalmente esquecido.
Vocabulário policial – conjunto de
terminologias específicas da arte
policial, dispostas por ordem alfabé-
tica e de forma sucinta, represen-
tando determinadas peculiaridades.
Voluntariedade criminal – acção
que não exige a existência de culpa
ou dolo para a configuração da
infracção administrativa, condição
necessária para a aplicação da
sanção, mas apenas a constatação
do animus em praticar a conduta
 Vocabulário Policial

repelida pelo direito. A perpetração

das suas actividades criminosas,
são normalmente sem coação ou
constrangimento de outrem.
Voz de prisão – ordem verbal dada
por uma autoridade ou por qualquer
pessoa da sociedade civil, no caso
de flagrante delito para determinar a
prisão de alguém.

149
 Polícia Nacional de Angola

Zona primária – área que com-

Z
preende as faixas internas dos por-
tos, aeroportos, recintos alfande-
gados e locais habilitados na fron-
teira terrestre, bem como outros
espaços ou recintos nos quais se
Zelo – consiste no empenho ex- efectuam operações de carga e
traordinário e solícito na execução descarga de mercadorias, ou embar-
de deveres ou obrigações, em que e desembarque de passageiros,
procurar um bem próprio ou alheio. procedentes ou destinados ao exte-
Zona crítica – local onde há uma rior.
elevada potencialidade de riscos, Zona secundaria – área que com-
que carecem de maior atenção por preende o restante do território adu-
parte das forças de segurança aneiro, incluindo as águas territoriais
pública, para a prevenção e corte de e o espaço aéreo.
acções criminosas. Zulu – i) expressão típica do código
Zona de acção – demarcação fonético militar referente à letra “z”;
terrestre correspondente, com o ob- ii) indicativo do fuso horário de
jectivo de atribuir responsabilidades Greenwich para as denominações
operacionais à determinada unidade das horas.
policial, num espaço de manobra
operativa adequada e compatível
com suas possibilidades.
Zona de segurança – local es-
pecialmente sinalizado, no âmbito do
trânsito rodoviário, para o refúgio ou
salvaguarda exclusivo dos peões.
Zona franca – parte do território
aduaneiro na qual as mercadorias ali
introduzidas são geralmente consi-
deradas como se não estivessem no
território aduaneiro, para efeitos de
pagamento de direitos e demais
imposições na importação.
Zona fronteiriça – faixa do território
aduaneiro contígua à fronteira ter-
restre, cuja extensão é até dez quiló-
metros dentro do território aduaneiro
e cuja delimitação se destina, nome-
adamente, a distinguir o tráfego fron-
teiriço dos outros tráfegos.

150
 Vocabulário Policial

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Angola. Luanda
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por competências visando à implementação do policiamento orientado para o
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152
Vocabulário Policial

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