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Estrategias de Marcas - Cap04 - Design Estratégico - RevFinal
Estrategias de Marcas - Cap04 - Design Estratégico - RevFinal
santos.anacaraujo@gmail.com
Design estratégico Página 2
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
4 DESIGN ESTRATÉGICO
4.1 Fundamentos
Por isso, vamos entrar no assunto de Design Estratégico, que serve também
para a construção de marcas.
The term “strategy”, originally used in military contexts to refer to the art
of winning a battle, has come to mean any long-term guideline, tool, or
plan intended to accomplish a competitive task. As such, the term is
currently widely used in a variety of fields such as politics, economy and
management. Recently, many have pointed out the importance of
“strategic design” in the context of both internally and externally focused
management approaches. (ERLHOFF; MARSHALL, 2008, p. 373)
Não por acaso, existe até mesmo uma empresa paulistana que construiu sua
marca com base nessa expressão – a Design de Conversas –, que tem entre os seus
criadores o designer e ilustrador Victor Farat. Ela traz como posicionamento a seguinte
definição: “Existe algo invisível entre as conversas que está além das palavras.
Estamos bem no meio desse encontro, entre o que foi dito e o vir-a-ser”.
Quadro 4.4 – Número de empreendedores por faixa etária, segundo estágios do empreendimento
Fonte: Relatório GEM Brasil (2017)
Em 2018, não foi diferente. “Economia criativa cresce acima da média no Brasil”
foi o título de uma reportagem de O Estado de S. Paulo publicada em julho desse
mesmo ano. A previsão, segundo a matéria, embasada na consultoria PwC, é de que
o Brasil crescerá acima da média mundial nesse setor até 2021.
Fato é que a colaboração, mais uma vez, é o eixo condutor para a mobilização
de conhecimentos interdisciplinares, por isso o empreendedor Tomás de Lara,
cofundador da incubadora Engage, destacou sabiamente, certa vez, “que a economia
colaborativa é o modus operandi da economia criativa” (VICTORINO; PEZZONI,
2015).
4.3.1 Metadesign
Mesmo assim, pode-se afirmar que a sua definição ainda é divergente entre os
diversos pesquisadores do assunto. O arquiteto e urbanista Caio Vassão, uma das
principais referências atuais na conceituação e na aplicação do Metadesign, assim o
explica, em entrevista ao Medium:
Metadesign tem “n” definições diferentes. É um pouco difícil falar apenas uma,
mas acho que o mais geral é: o design do contexto em que acontece o design,
projetar o contexto de onde acontece o projeto. Então, você se afasta um pouco
do produto final que quer gerar e pondera sobre o caminho para gerar aquele
produto. O nome disso, claro que vocês conhecem, é método. Assim, segundo
O Design Thinking foi originalmente conceituado por Tim Brown, CEO da IDEO,
consultoria de design e inovação, em seu livro de mesmo nome, hoje considerado, no
universo acadêmico e no dos negócios, como “a Bíblia do Design Thinking”.
Figura 4.5 – Exemplo de mapa mental criado por Tim Brown, em oposição ao pensamento linear
Fonte: Design Thinking (2018)
Não significa, porém, que é apenas direcionada ao universo das intuições, dos
sentimentos e das inspirações. Pelo contrário, o Design Thinking representa o
“terceiro caminho” ou o caminho alternativo entre a intuição e a racionalidade. Tanto
que, diferentemente da linearidade inerente às técnicas de administração tradicionais,
Brown afirma que não existe um único caminho para se realizar projetos baseados em
Design Thinking e obter sucesso com eles.
Figura 4.6 – Exemplo de mapa mental criado por Tim Brown, em oposição ao pensamento linear (2)
Fonte: Harvard Business Review (2018)
Entre as principais bibliografias sobre esse tema, está o livro organizado por
Stickdorn e Schneider, Isto é Design Thinking de Serviços.
No livro, os autores explicam que essa técnica é a que de fato permite aos
designers vivenciarem as experiências a partir da perspectiva do seu público e, não
por acaso, ela tem total conexão com os universos da Antropologia e da Sociologia,
aos quais se aplicam a metodologia de etnografia.
No entanto, sua definição começa a ser esboçada por pesquisadores que não
apenas estão concentrados na teoria, mas também na sua prática, como é o caso de
Raquel Noronha, professora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Não há como entender o que é Business Model Design sem imergir no livro
Business Model Generation (em português, traduzido como Geração do Modelo de
Negócios), escrito por Alexander Osterwalder e Yves Pigneur, e crocriado por mais de
400 pessoas de 45 países.
has two main phrases: idea generation, where quantity matters, and synthesis, in
which ideas are discussed, combined, and narrowed down to a small number of viable
options” (IDEM, p. 136).
Existem hoje diversas startups que estão no cerne do movimento que provocou
esse deslocamento da necessidade do produto pela do serviço. O Uber, por exemplo,
atende à necessidade de transporte que todo indivíduo tem, ofertando um serviço de
deslocamento sem deter nem oferecer um único automóvel.
Service design addresses the functionality and form of services from the
perspective of clients. It aims to ensure that service interfaces are
useful, usable, and desirable from the client’s point of view and effective,
efficient, and distinctive from the supplier’s point of view. (ERLHOFF;
MARSHALL, 2008, p. 355)
Hoje, existem diferentes visões entre teóricos e profissionais, como bem
anunciam Marc Stickdorn e Jakob Schneider, organizadores do livro Isto é Design
Thinking de Serviços. Diferentemente de outros autores, ambos reforçam a
importância de se compartilhar as diferentes percepções acerca dessa nova área de
conhecimento (STICKDORN; SCHNEIDER, 2014, p. 32-33), ainda que exista uma
convergência de todas quanto ao cliente no centro de tudo.
No livro Business Model Generation, constam fases de gestão que podem ser
facilmente aplicadas, sendo elas: mobilizar, entender, desenhar, implementar e
gerir (OSTERWALDER; PIGNEUR, 2010, p. 249).
E por falar em redesenhos, que tal abordarmos identidade visual das marcas?
Não tem como não pensar nisso quando se fala em posicionamento de marca e
planejamento de campanhas integradas. Por isso vamos seguir com a disciplina de
estratégia de marcas e o tema “identidade visual”.
REFERÊNCIAS
BROWN, Tim. Design thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim
das velhas ideias. Rio de Janeiro: Alta Books, 2018.
DESIGN Estratégico para pequenos negócios. Portal Sebrae, 2016. Disponível em:
<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/design-estrategico-para-
pequenos-negocios,e5bf848578f80510VgnVCM1000004c00210aRCRD#>. Acesso
em: 22 mai. 2020.
GOVERNO DO BRASIL. Economia criativa cresce mais que o PIB no Brasil. 2017.
Disponível em: <http://www.netsaber.com.br/noticias/-economia-criativa-cresce-mais-
que-o-pib-no-brasil>. Acesso em: 22 mai. 2020.