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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

PORTUGUÊS
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Ordenação: Por Matéria e Assunto (data)

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CEBRASPE (CESPE) - Of BM (CBM DF)/CBM DF/Complementar/Pastor Evangélico/2007


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
400) Internet: aprendendo a ensinar

Depois de estourarem tantas bolhas de euforia na Internet, um novo segmento é agora alvo das apostas: o ensino pela rede de computadores (e-learning), o novo filão
que mobiliza internautas, webmasters, criadores de software e investidores. Novos recursos, integração de áudio, vídeo e texto, professores que atendem online, fóruns
e chats com especialistas são alguns dos recursos que passam a ser usados de uma forma nunca vista, com o objetivo de fazer que o aluno aprenda. Os professores
assistem a todo esse movimento com um misto de perplexidade e fascinação, porque temem ficar marginalizados se não conseguirem dominar essas novas tecnologias e
porque muitos acreditam que o ensino pela Internet vai resolver os problemas de aprendizado no Brasil.

É tudo tão rápido e avassalador que se torna recomendável uma pausa para respirar, refletir e jogar no caminho algumas perguntas incômodas. A primeira: é realmente
possível aprender pela Internet? Os introdutores do e-learning e alguns alunos dizem que sim. Mas os cursos são tão novos que não existem parâmetros confiáveis para
medir a qualidade desse tipo de ensino. Como ensinar direito, se ainda não foi criado um modelo pedagógico voltado para a Web? Sem isso, esses cursos correm o risco
de servir apenas para informação e não para formação.

Urgente, nesse momento em que esses cursos são novidade no mundo todo, é a discussão que leve a uma pedagogia própria para esse veículo baseada em estudos e
pesquisas. Assim, esse recurso pode se tornar uma efetiva ajuda na enorme tarefa de disseminar a educação entre os brasileiros, e não apenas um modismo que vai
gerar diplomas rápidos e sem credibilidade.

Francisco Alves Filho. Istoé. Internet: <www.terra.com.br/istoe/artigos> (com adaptações).

Com base no texto acima, julgue o item seguinte.

A expressão “jogar no caminho” tem sentido figurado e pode ser substituída por lançar, sem prejuízo para a coerência do texto.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Of BM (CBM DF)/CBM DF/Complementar/Pastor Evangélico/2007


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
401) Em 1508, quando andava à procura de quem pintasse o teto da Capela Sistina, o papa Júlio II pediu a Michelangelo uma prova de sua competência para a tarefa.
Como resposta, o genial artista da Renascença desenhou um círculo perfeito a mão livre. Só mesmo Michelangelo — que, nos anos seguintes, transformaria o teto da
capela em uma das mais estupendas obras de arte da história — poderia imaginar uma solução tão simples para o desafio que lhe foi imposto. Até hoje, no mundo das
artes e do design, vale a lição de Michelangelo: às vezes, o mínimo é o máximo.

Leoleli Camargo. Arquitetura, o mínimo é o máximo. In: Veja, 22/11/2006, p. 121 (com adaptações).

Julgue o item que se segue com base na leitura do texto acima.

O texto, constituído com linguagem denotativa, apresenta a tese de que, em algumas situações, o mínimo é o máximo.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Alun Of (PM DF)/PM DF/2007


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
402) rondó da ronda noturna

q uanto +
p obre +
n egro
q uanto +
n egro +
a lvo
q uanto +
a lvo +
m orto
q uanto +
m orto +
u m

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Com base no texto acima, julgue o item subseqüente.

No texto, os vocábulos “negro” e “alvo”, empregados denotativamente como antônimos, não geram ambigüidade.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM ES)/PM ES/Combatente/2007


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
403) Texto para o item

A economia colonial brasileira gerou uma divisão de classes muito hierarquizada e bastante simples. No topo da pirâmide, estavam os grandes proprietários rurais e os
grandes comerciantes das cidades do litoral. No meio, localizavam-se os pequenos proprietários rurais e urbanos, os pequenos mineradores e comerciantes, além dos
funcionários públicos. Mais abaixo, estavam os artesãos, agregados das fazendas, capangas e populações indígenas. Na base, mourejavam os escravos. As relações entre
essas classes se baseavam em combinação variada de violência (relação senhor – escravo) e paternalismo (entre ricos e pobres).

Vem da colônia um aspecto essencial da política brasileira: a mistura, o conluio, entre o poder estatal e o poder privado, que leva o nome de patrimonialismo e que tem
no clientelismo um poderoso resíduo. Um dos melhores exemplos de como se mesclaram entre nós o poder do Estado e o dos particulares é o coronelismo.

A principal mudança social ocorrida no Império foi a abolição do tráfico de escravos, em 1850, e da escravidão, em 1888. Na República, o ano de 1930 foi um divisor de
águas, a partir do qual houve grande aceleração na mudanças. A crise de 1929 e, dez anos mais tarde, a Segunda Guerra Mundial aceleraram o processo de
industrialização, que não mais se interrompeu, avançando, na década de 50, com a indústria automobilística e, na década de 70, com a produção de máquinas e
equipamentos.

José Murilo de Carvalho. Fundamentos da política e da sociedade brasileira. In: Lúcia Avelar e Antônio Octávio Cintra (orgs.). Sistema político brasileiro: uma introdução. Rio de Janeiro:
Fundação Konrad Adenaur-Stiftung; São Paulo: UNESP, 2004, p. 24-9 (com adaptações).

Com referência às idéias e às estruturas linguísticas do texto, julgue o item a seguir.

A expressão “um divisor de águas" está sendo empregada em sentido denotativo, ou literal.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC ES)/PC ES/2006


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
404) O Estado moderno, não obstante apresentar-se como um Estado minimalista, é potencialmente um Estado maximalista, pois a sociedade civil, enquanto o outro do
Estado, auto-reproduz-se por meio de leis e regulações que dimanam do Estado e para as quais não parecem existir limites, desde que as regras democráticas da
produção de leis sejam respeitadas. Os direitos humanos estão no cerne desta tensão: enquanto a primeira geração de direitos humanos (os direitos cívicos e políticos)
foi concebida como uma luta da sociedade civil contra o Estado, considerado como o principal violador potencial dos direitos humanos, a segunda e terceira gerações
(direitos econômicos e sociais e direitos culturais, da qualidade de vida etc.) pressupõem que o Estado é o principal garantidor dos direitos humanos.

Boaventura de Sousa Santos. Internet: <http://www.dhnet.org.br>. Acesso em fev./2006 (com adaptações).

Quanto ao texto, julgue o item seguinte.

A palavra “cerne” está sendo empregada em sentido figurado, com o significado de a parte essencial, o âmago.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - AgFEP (DEPEN)/DEPEN/2005


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
405)

LEIO que, no Jardim Zoológico, há uma girafa, macho e triste, chamada Santoro, que matou a companheira e, por sua vez, está morrendo de tristeza. Ao lado da notícia,
uma foto do animal: o pescoço infinito ergue contra as nuvens do céu uma cabeça de fábula. É a própria imagem da solidão.

Todo homem solitário é uma girafa. Perdoem se deliro, mas é. Como vêem, discordo de Kafka, que transformou um homem solitário em inseto. Há os que viram inseto,
admito, mas há os que atravessam as ruas vertiginosamente sós, com a cabeça nas nuvens. Se ser solitário é ser girafa, o que não será uma girafa solitária?

Consulto o fascinante livro Mamíferos, editado pelo MEC, aprendo que, nas horas de aflição, as girafas gemem baixinho — é a sua fala. E, para confirmar minha
intuição, leio que, por ter pescoço tão comprido, a girafa não consegue lamber o próprio corpo. É a companheira quem faz esse serviço para ela. Quer dizer que uma
girafa solitária não se basta, nem pra se coçar. A forma diz tudo. O pescoço a distancia de si mesma. E penso com mais pena ainda na girafa Inocêncio Santoro, só, no
Jardim Zoológico, fitando por cima das árvores um horizonte sem esperanças...
Ferreira Gullar. A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989, p. 81.

A respeito das idéias e das estruturas morfossintáticas do texto acima, julgue o item a seguir.

A frase “Todo homem solitário é uma girafa” tem sentido figurado.

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Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - OI (ABIN)/ABIN/Código 01 (Administração Pública)/2004


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
406) O Ministério da Defesa vai receber R$ 1 bilhão de aumento no orçamento de 2005 para investir prioritariamente no programa de blindagem da Amazônia e no
reequipamento geral. As Forças Armadas do Brasil estão intensificando a proteção do território e do espaço aéreo do Norte, Nordeste e Oeste por meio da instalação de
novas bases, transferência para a região de tropas do Sul-Sudeste e expansão da flotilha fluvial da Marinha.

O contingente atual, de 27 mil homens, chegará a 30 mil militares entre 2005 e 2006. As dotações de investimentos na área militar devem superar os R$ 7,3 bilhões no
próximo ano. O dinheiro será destinado a atender às necessidades do programa de segurança da Amazônia e para dar início ao processo de reequipamento das forças. A
estimativa é de que até 2010 sejam aplicados de US$ 7,2 bilhões a US$ 10,2 bilhões na área de defesa.

Em 2005, uma brigada completa, atualmente instalada em Niterói - com aproximadamente 4 mil soldados -, será deslocada para a linha de divisa com a Colômbia.

Roberto Godoy. Forças armadas terão mais R$ 1 bi para reequipamento. In: O Estado de S. Paulo, 8/8/2004, p. A12 (com adaptações).

Com referência ao texto acima e considerando os diversos aspectos do tema por ele abordado, julgue o item seguinte.

A palavra "blindagem" está sendo utilizada em seu sentido denotativo ou literal, uma vez que o período está tratando de equipamentos de segurança.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Ag Adm (PF)/PF/2004


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
407) Já existe, felizmente, em nosso país, uma consciência nacional - em formação, é certo -, que vai introduzindo o elemento da dignidade humana em nossa
legislação e para a qual a escravidão, apesar de hereditária, é uma verdadeira mancha de Caim que o Brasil traz na fronte. Essa consciência, que está temperando a
nossa alma e, por fim, há de humanizá-la, resulta da mistura de duas correntes diversas: o arrependimento dos descendentes de senhores e a afinidade de sofrimento
dos herdeiros de escravos.

Não tenho, portanto, medo de não encontrar o acolhimento por parte de um número bastante considerável de compatriotas meus, a saber: os que sentem a dor
do escravo como se fora própria, e ainda mais, como parte de uma dor maior - a do Brasil, ultrajado e humilhado; os que têm a altivez de pensar - e a coragem de
aceitar as conseqüências desse pensamento - que a pátria, como a mãe, quando não existe para os filhos mais infelizes, não existe para os mais dignos; aqueles para
quem a escravidão, degradação sistemática da natureza humana por interesses mercenários e egoístas, se não é infamante para o homem educado e feliz que a inflige,
não pode sê-lo para o ente desfigurado e oprimido que a sofre; por fim, os que conhecem as influências sobre o nosso país daquela instituição no passado e, no
presente, o seu custo ruinoso, e prevêem os efeitos da sua continuação indefinida.

Possa ser bem aceita por eles esta lembrança de um correligionário ausente, mandada do exterior, donde se ama ainda mais a pátria do que no próprio país.

Quanto a mim, julgar-me-ei mais do que recompensado, se as sementes de liberdade, direito e justiça derem uma boa colheita no solo ainda virgem da nova
geração. (Londres, 8 de 31 abril de 1883)

Joaquim Nabuco. O abolicionismo. In: Intérpretes do Brasil, vol. I, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000, p. 21 (com adaptações).

Em relação ao texto acima e ao tema nele abordado, julgue o item a seguir.

Nos trechos "é uma verdadeira mancha de Caim que o Brasil traz na fronte" e "uma boa colheita no solo ainda virgem da nova geração", foi utilizada linguagem figurada.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Ag Adm (PF)/PF/2004


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
408) A proximidade não nos tem tornado mais solidários e amigos. À luz da crescente mercantilização das relações humanas, quase tudo é encarado em termos
de lucro e benefício. Não importa que guerras fratricidas ameacem a existência de nações africanas. Os países metropolitanos continuarão fabricando e exportando armas
- que a África não produz - e permanecerão insensíveis ao genocídio se, no palco das operações, não houver diamantes, petróleo ou qualquer outra riqueza que justifique
a intervenção das tropas globocolonizadas, como ocorreu no Iraque e na Iugoslávia.

Idem, ibidem.

Tendo o texto acima como referência e considerando o cenário mundial contemporâneo, julgue o item que se segue.

Pelo contexto, compreende-se que a palavra "palco" foi empregada em seu sentido denotativo.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2004


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
409) No filme justiça, por meio da interação entre réus e magistrados, surge uma evidência importante, que é o papel ordenador da linguagem. A princípio, há um fosso
gigantesco entre a fala desarticulada dos presos e a oratória empolada dos juízes. Eles "traduzem" os primeiros para os registros do escrivão, convertendo gírias e elipses

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em prosa especializada. À medida que o réu se familiariza com o jargão jurídico, passa a usá-lo também, seja para causar boa impressão pessoal, seja para alegar
conhecimento das leis. É no gume de uma lâmina que justiça monta sua máquina de observação. Maria Augusta Ramos, diretora do filme, triunfa, porque sabe
equilibrar-se nesse fio tênue com arte, ética e perícia.

Carlos Alberto Mattos. Corredores sem saída. In: Internet: <http://www.nominimo.com>. Acesso em jun./2004 (com adaptações).

A respeito das idéias e das estruturas do texto acima, julgue o item a seguir.

O emprego de aspas na linha 2 indica que a palavra por elas destacada está em sentido figurado, já que tradução, em sentido estrito, é a passagem de um texto de
uma língua para outra.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - DPF/PF/2004


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
410) Texto I.

Diversos municípios brasileiros, especialmente aqueles que se urbanizaram de forma muito rápida, não oferecem à população espaços públicos para a prática de
atividades culturais, esportivas e de lazer. A ausência desses espaços limita a criação e o fortalecimento de redes de relações sociais. Em um tecido social esgarçado, a
violência é cada vez maior, ameaçando a vida e enclausurando ainda mais as pessoas nos espaços domésticos.

Internet: <http://www.polis.org.br> (com adaptações).

Considerando o texto I, julgue o seguinte item.

A expressão "tecido social esgarçado" está empregada em sentido figurado e representa a idéia de que as estruturas sociais estão fortalecidas em suas instituições
oficiais.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - PRF/PRF/2003


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
411) É opinião unânime entre os analistas políticos que, até agora, o melhor desempenho do governo Luiz Inácio Lula da Silva está se dando no campo
diplomático. O primeiro grande êxito foi a intermediação do conflito entre o presidente venezuelano Hugo Cháves e seus opositores. O segundo grande êxito dessa
política refere-se às negociações para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). Na última conferência da Organização Mundial do Comércio (OMC),
realizada no balneário mexicano de Cancun, o Itamaraty, manobrando habilmente nos meandros da diplomacia internacional, impediu que os Estados Unidos da América
(EUA) escondessem seu protecionismo ferrenho atrás da propaganda do livre comércio, que constitui a justificativa para a formação da ALCA. O mais recente êxito de
Lula na ordem internacional foi o discurso proferido na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, quando propôs a criação de um
comitê de chefes de Estado para dinamizar as ações de combate à fome e à miséria em todo o mundo.

Plínio de Arruda Sampaio. Política externa independente. In: Família Cristã, ano 69, n.º 815, nov./2003, p. 28-9 (com adaptações).

Tendo o texto por referência inicial e considerando situações históricas relativas à inserção internacional do Brasil e o quadro econômico mundial contemporâneo, julgue o
item seguinte

A palavra "meandros", empregada em sentido conotativo, confere à idéia de "diplomacia internacional" a noção de complexidade, ou seja, emaranhado de processos e
negociações sinuosas.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold BM (CBM PA)/CBM PA/2003


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
412) A árvore em fogo

Na tênue névoa vermelha da noite


Víamos as chamas, rubras, oblíquas
Batendo em ondas contra o céu escuro.
No campo em morna quietude
Crepitando
Queimava uma árvore.

Para cima estendiam-se os ramos, de medo estarrecidos


Negros, rodeados de centelhas
De chuva vermelha.
Através da névoa rebentava o fogo.
Apavorantes dançavam as folhas secas
Selvagens, jubilantes, para cair como cinzas
Zombando, em volta do velho tronco.

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Mas tranqüila, iluminando forte a noite
Como um gigante cansado à beira da morte
Nobre, porém, em sua miséria
Erguia-se a árvore em fogo.

E subitamente estira os ramos negros, rijos


A chama púrpura a percorre inteira
Por um instante fica erguida contra o céu escuro
E então, rodeada de centelhas
Desaba.

Bertolt Brecht. Internet: <http://www.google.com.br>. Acesso em 9/6/2003 (com adaptações).

Com referência ao vocabulário e às estruturas do texto acima, julgue o item seguinte.

Na primeira estrofe do texto, a palavra “árvore” está empregada em sentido conotativo.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Aux Per (PC RR)/PC RR/2003


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
413) Texto I – item

A Assembléia Legislativa roraimense realizou, em 3/3/2003, uma sessão especial com a presença do comandante da Polícia Militar e secretário interino de Segurança
Pública, que falou sobre o aumento no índice de violência nos últimos anos em Roraima, apresentando algumas ações do governo estadual para combater esse
crescimento. Ele traçou um diagnóstico da situação de Boa Vista, onde os problemas são considerados mais acentuados. Explicou, por exemplo, que a capital está dividida
em 50 bairros e 6 invasões, estando as polícias defasadas para atender a demanda: a Militar tem dez viaturas para essa área e a Civil tem 55. De acordo com o
comandante, o problema decorre da falta de visão das administrações estaduais nos últimos 20 anos no setor de segurança pública. “O último concurso realizado para a
Polícia Civil aconteceu em 1993, e existem apenas 100 policiais de carreira em atividade”.

Além do efetivo, o comandante afirmou que o reaparelhamento das polícias é outra necessidade, algo que já está sendo resolvido pelo governo do estado.
“Encaminhamos projetos da ordem de R$ 12 milhões, cujos recursos virão do Plano Nacional de Segurança Pública (PNSP), para a compra de viaturas e armamentos”. Os
documentos estão sendo estudados pelo governo federal.

Internet: <http://www.al.rr.gov.br>. Seção “Notícias”. Acesso em 14/3/2003 (com adaptações)

Com referência às idéias e às estruturas do texto I, julgue o item subsequente.

O texto, que é o relato de um evento formal, não faz uso de palavras em sentido figurado.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Aux Nec (PC RR)/PC RR/2003


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
414) A seguir, são transcritos, com pequenas alterações, os artigos da Lei n.º 8.501/1992, que dispõe sobre a utilização de cadáver não reclamado, para fins de estudos
ou pesquisas científicas, e dá outras providências.

Art. 1.º Esta lei visa disciplinar a destinação de cadáver não reclamado junto às autoridades públicas, para fins de ensino e pesquisa.

Art. 2.º O cadáver não reclamado junto às autoridades públicas, no prazo de trinta dias, poderá ser destinado às escolas de medicina, para fins de ensino e de pesquisa
de caráter científico.

Art. 3.º Será destinado para estudo, na forma do artigo anterior, o cadáver:

I – sem qualquer documentação;


II – identificado, sobre o qual inexistam informações relativas a endereços de parentes ou responsáveis legais.

§ 1.º Na hipótese do inciso II deste artigo, a autoridade competente fará publicar, nos principais jornais da cidade, a título de utilidade pública, pelo menos dez dias, a
notícia do falecimento.

§ 2.º Se a morte resultar de causa não natural, o corpo será, obrigatoriamente, submetido a necropsia no órgão competente.
§ 3.º É defeso encaminhar o cadáver para fins de estudo, quando houver indício de que a morte tenha resultado de ação criminosa.

§ 4.º Para fins de reconhecimento, a autoridade ou instituição responsável manterá, sobre o falecido: a) os dados relativos às características gerais; b) a identificação; c)
as fotos do corpo; d) a ficha datiloscópica; e) o resultado da necropsia, se efetuada; e f) outros dados e documentos julgados pertinentes.

Art. 4.º Cumpridas as exigências estabelecidas nos artigos anteriores, o cadáver poderá ser liberado para fins de estudo.
Art. 5.º A qualquer tempo, os familiares ou representantes legais terão acesso aos elementos de que trata o § 4.º do art. 3.º desta lei.
Art. 6.º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7.º Revogam-se as disposições em contrário.

Acerca das idéias e das estruturas empregadas na redação dessa lei, bem como do assunto a ela relacionado, julgue o item que se segue.

A partir do uso das palavras no texto, é correto classificá-lo como essencialmente denotativo.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - DPF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
415) O que incomoda o terror

O verdadeiro alvo visado pelos terroristas que atacaram Nova York e Washington não foram as torres gêmeas do sul de Manhattan nem o edifício do Pentágono. O
atentado foi cometido contra um sistema social e econômico que, mesmo longe da perfeição, é o mais justo e livre que a humanidade conseguiu fazer funcionar
ininterruptamente até hoje.

Não foi um ataque de Davi contra Golias. Nem um grito dos excluídos do Terceiro Mundo que, de modo trágico mas efetivo, se fez ouvir no império. Foi uma agressão
perpetrada contra os mais caros e mais frágeis valores ocidentais: a democracia e a economia de mercado.

O que realmente incomoda a ponto de provocar a exasperação dos fundamentalistas, apontados como os principais suspeitos da autoria dos atentados, não é a
arrogância americana ou seu apoio ao Estado de Israel. O que os radicais não toleram, mais que tudo, é a modernidade. É a existência de uma sociedade em que os
justos podem viver sem ser incomodados e os pobres têm possibilidades reais de atingir a prosperidade com o fruto de seu trabalho.

É esse o verdadeiro anátema dos terroristas que atacaram os EUA. Eles são enviados da morte, da elite teocrática, medieval, tirânica que exerce o poder absoluto em
seus feudos. Para eles, a democracia é satânica. Por isso, tem de ser combatida e destruída.

Veja, 19/9/2001, p. 9 (com adaptações).

Com referência ao uso de palavras e expressões no texto, julgue o item abaixo.

O termo "anátema" está empregado em sentido denotativo, significando ódio profundo, aversão exacerbada.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - DPF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
416) Texto.

Ser ou não ser mãe é opção que todas as mulheres devem ter condições de fazer. Embora a maternidade resulte do impulso natural ao sexo, é absolutamente certo que a
decisão de procriar independe da busca do prazer, ao qual, no entanto, está ligada.

Em um país como o Brasil, onde os tabus ainda prevalecem sobre a ciência, mesmo nas classes sociais mais favorecidas, podem ocorrer situações de gravidez indesejada.
Que se dirá então das classes pobres, onde a informação não chega e a miséria instalou o caos?

A lei brasileira proíbe o aborto, com exceção dos casos em que a gravidez tenha resultado de estupro. Nos demais casos, por mais pungente que seja a situação de fato,
é vedado à mulher escolher o destino que será dado a si mesma. Isso porque a nossa sociedade não assume suas crianças, não se responsabiliza pela miséria de quase
todos, não se sensibiliza com o desespero alheio, não respeita a autodeterminação feminina.

Analisando-se a permissão legal dada ao abortamento em caso de estupro, verificamos que o legislador preocupou-se com a natureza do ato sexual de que resultou a
gravidez e com a violência brutal que o acompanhou. E julgou injusto obrigar a mulher a carregar em si um filho fruto de um momento que lhe causou horror. Esse
entendimento é correto, porém insuficiente.

Vivemos imersos na hipocrisia. Quem tem dinheiro faz aborto na hora que quer e como quer. Quem não tem, faz como pode, submetendo-se a técnicas precárias, que
muitas vezes levam à morte. Mas, de qualquer maneira, a proibição legal não impede coisa alguma, apenas agrava a situação.

Os princípios religiosos que fundamentam algumas posições contrárias à legalização do aborto devem prevalecer, mas apenas em relação às pessoas que acreditam neles.
Crenças religiosas devem ser opções do cidadão, não imposição para todos.

Luíza Nagib Eluf. Folha de S. Paulo (com adaptações).

Considerando o texto, julgue o item subseqüente.

O assunto do texto é tratado em linguagem predominantemente conotativa.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM DF)/PM DF/Combatente/2001


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
417) Texto LP-IV

A violência é a maior preocupação dos jovens: 64%deles morrem de medo de ser assaltados. Para discutir até que ponto esse pavor altera a rotina dos adolescentes, a
revista Veja reuniu garotos e garotas de classe média de São Paulo, entre 14 e 18 anos. Eis alguns desses depoimentos.

Depoimento I (Camila, 15 anos)

A violência muda nossa rotina. Evito sair à noite.Quando saio, prefiro ir a um shopping, pois sei que é um lugar seguro. Em um bar, na rua, fico muito exposta. Entra
qualquer um.

Depoimento II (Luciana, 17 anos)

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Também não ando mais sozinha, só acompanhada. E a segurança de um lugar pesa bastante na hora de escolher um programa.

Depoimento III (Lígia, 16 anos)

Tenho medo não apenas quando estou longe de casa mas também perto. Há uma rua próxima de minha casa que é bem escura. Não passo mais sozinha à noite por lá.
Prefiro dar uma volta maior para chegar em casa a correr o risco de sofrer algum tipo de violência.

Depoimento IV (Juliano, 14 anos)

Eu até saio e freqüento bares na rua, mas sempre com mais gente, nunca sozinho. Fico também bastante atento para não ter nenhuma surpresa desagradável.

A vida na bolha de plástico. “Entrevista”. In: Veja Jovens, set./2001, p. 40-1 (com adaptações).

Com respeito às estruturas lingüísticas do texto LP-IV, julgue o item abaixo.

Pelo sentido textual, o verbo morrer, em “morrem de medo” deve ser interpretado em seu sentido literal ou denotativo, de perder a vida.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - PPF/PF/2000


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
418) Estava no Brasil

A cooperação foi similar à da Operação Condor, só que estritamente dentro da lei e a favor da democracia. No último fim de semana, a Polícia Federal deteve em Foz do
Iguaçu, no Paraná, o general paraguaio Lino Oviedo, havia meses foragido, e cuja prisão preventiva com fins de extradição tinha sido pedida pelo Paraguai. No
apartamento no qual se escondia, foram encontrados um revólver calibre 38, dez telefones celulares e uma peruca. Oviedo, que já comandou uma tentativa de golpe em
1996, é acusado de tramar o assassinato do vice presidente de seu país, Luis María Argaña, no ano passado. Preso, ele poderá ser extraditado para o Paraguai, onde goza
de grande simpatia popular e nenhuma do governo. Com sua fama de golpista, Oviedo é o principal suspeito de ter planejado a última quartelada para derrubar o
governo do presidente Luis González Macchi, há um mês. É um abacaxi para os paraguaios. Se livre e clandestino, é um incômodo para o governo; dentro de uma prisão
no Paraguai, Oviedo é um perigo ainda maior, pois estará mais próximo e à vista de seus seguidores. O governo brasileiro não podia deixar de prender o general
paraguaio. Um dos compromissos dos países-membros do MERCOSUL é a adesão ao regime democrático. Dar cobertura a golpistas, como Oviedo, não é um alento à
democracia. O destino do general no Brasil está nas mãos do Supremo Tribunal Federal, responsável por julgar o pedido de extradição.

Veja, 21/6/2000 (com adaptações).

Considerando a tipologia do texto, julgue o seguinte item.

O texto tem uma linguagem metafórica que, por vezes, compromete a informação dada.
Certo
Errado

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Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
419) Estava no Brasil

A cooperação foi similar à da Operação Condor, só que estritamente dentro da lei e a favor da democracia. No último fim de semana, a Polícia Federal deteve em Foz do
Iguaçu, no Paraná, o general paraguaio Lino Oviedo, havia meses foragido, e cuja prisão preventiva com fins de extradição tinha sido pedida pelo Paraguai. No
apartamento no qual se escondia, foram encontrados um revólver calibre 38, dez telefones celulares e uma peruca. Oviedo, que já comandou uma tentativa de golpe em
1996, é acusado de tramar o assassinato do vice presidente de seu país, Luis María Argaña, no ano passado. Preso, ele poderá ser extraditado para o Paraguai, onde goza
de grande simpatia popular e nenhuma do governo. Com sua fama de golpista, Oviedo é o principal suspeito de ter planejado a última quartelada para derrubar o
governo do presidente Luis González Macchi, há um mês. É um abacaxi para os paraguaios. Se livre e clandestino, é um incômodo para o governo; dentro de uma prisão
no Paraguai, Oviedo é um perigo ainda maior, pois estará mais próximo e à vista de seus seguidores. O governo brasileiro não podia deixar de prender o general
paraguaio. Um dos compromissos dos países-membros do MERCOSUL é a adesão ao regime democrático. Dar cobertura a golpistas, como Oviedo, não é um alento à
democracia. O destino do general no Brasil está nas mãos do Supremo Tribunal Federal, responsável por julgar o pedido de extradição.

Veja, 21/6/2000 (com adaptações).

Considerando a tipologia do texto, julgue o seguinte item.

No texto, predomina a linguagem conotativa.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - PPF/PF/2000


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
420) Operação Paraguai

O comissário Adelio Gray e o oficial Miguel Deguizamón desembarcaram, quarta-feira, 1.o, de um helicóptero de combate em uma fazenda perto do município paraguaio
de Capitán Bado, a poucos quilômetros da fronteira brasileira, prontos para uma guerra. Usando uniformes de camuflagem, armados com fuzis M-16 e pistolas 9 mm, eles
comandam 30 homens da elite da polícia paraguaia que vasculham os 120 quilômetros que vão das cidades paraguaias de Pedro Juan Caballero a Capitán Bado. Gray é o
diretor nacional de narcóticos, ligado diretamente à Presidência da República do Paraguai. Os policiais do serviço antidrogas, alguns treinados nos Estados Unidos da
América (EUA), foram mandados de Assunção para ajudar a Polícia Federal (PF) brasileira em uma faxina inédita na fronteira entre os dois países. Procuram em particular
um foragido brasileiro, o traficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, ligado à quadrilha do ex-deputado Hildebrando Pascoal. Figurinha carimbada
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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
em festas e eventos em Capitán Bado, Fernandinho andava pela região em uma Blazer e uma Toyota Ranger cercado de pistoleiros armados com metralhadoras Uzi. Até a
semana passada, ele vinha-se escondendo em uma casa em Capitán Bado, cidade de dez mil habitantes separada apenas por uma rua de Coronel Sapucaia - MS. No
bunker, a polícia só encontrou dezenas de cartuchos de fuzil e antenas de rádio.

A poucos metros da sede da polícia de Capitán Bado, Fernandinho comandava a distribuição de cerca de 200 quilos de cocaína a cada 15 dias. Suspeita-se de que se
tenha mudado para a Bolívia ou a Colômbia. Enviados pelo diretor-geral da PF, Agílio Monteiro, 60 agentes cercam a área que vai de Bela Vista a Salto do Guaíra. Dos dois
lados, fazendas com pistas de pouso clandestinas tornam-se o esconderijo de armas e drogas. Nos últimos dias, brasileiros e paraguaios, com o apoio da Justiça,
entraram em fazendas de empresários apontados como amigos de Fernandinho.

Na segunda-feira, 29, a polícia paraguaia prendeu na cidade, por envolvimento com narcotráfico, um dos membros da família Morél, Israel, irmão de João e tio de Ramon,
sócio de Fernandinho. A família Morél circula livremente entre Capitán Bado e Coronel Sapucaia. Ramon é presidente da Federação de Futebol de Salão de Capitán Bado,
ligada à Confederação de Futebol da cidade, presidida pelo vereador paraguaio José Lescano. Proprietário de uma firma caseira de sofás, Lescano nega qualquer
envolvimento com o narcotráfico e se diz surpreso com as acusações: "A gente ouve falar isso tudo, mas a polícia é que deve investigar, não eu. Eu confio na polícia".

Istoé, 8/12/99 (com adaptações).

Considerando a tipologia do texto, julgue o item abaixo.

O segundo parágrafo desenvolve a argumentação, com linguagem conotativa, de que é possível viver bem, mesmo foragido, na fronteira paraguaia, já que não há
coibição por parte da polícia de lá.
Certo
Errado

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Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
421) Merecemos uma chance

- Até amanhã.

Eram mais de 22 horas de uma segunda-feira quando me despedi de minha amiga e colega M. "Até amanhã", respondeu M. E no amanhã M. não estava mais dando duro
em sua cadeira, linda e jovial como a cada dia, cumprindo compromissos e agendando tarefas. No dia seguinte M. estava num hospital, com hematomas da cabeça aos
pés, nariz quebrado, dentes amolecidos e hemorragia interna.

Acontece que entre o até amanhã e o amanhã a juventude e a jovialidade de M deram de cara com três psicopatas em busca de diversão. Eles a levaram a Osasco, na
Grande São Paulo, e bateram nela até se cansar. M. foi abandonada numa estrada seminua e ensangüentada, enquanto seus carrascos procuravam outra vítima, "mais
nova do que essa". Que tipo de pessoa é capaz de cometer uma brutalidade dessas? Não basta uma classificação psiquiátrica ou sociológica. Tente imaginar a alma de
um sujeito assim, e o que se vê é um poço sem fim, o mal em estado puro. O horror, o horror.

Certos tipos de crime são independentes da sociedade em que se inserem. Em países ricos ou pobres, em povos cultos ou ignorantes, materialistas ou religiosos,
capitalistas ou social-democratas, entre suecos ou tanzanianos, sempre existirá gente que sai às ruas para brutalizar mulheres. Assim como existem torturadores
compulsivos, assassinos seriais, estupradores etc. De alguma maneira, isso faz parte da natureza humana.

Não se trata aqui de uma aposentada na miséria furtando remédios na farmácia (e provavelmente sendo presa). Estamos falando no crime como modo de vida. Existe
gente que literalmente vive disso. Se quer dinheiro, rouba. Não para "matar a fome", mas para comprar a melhor cocaína e o último Honda Se gente assim quer se
divertir, junta alguns amigos do mesmo caráter e escolhe mulheres ao acaso no trânsito. Na mesma delegacia onde M. prestou queixa, estavam arquivadas 10 outras
ocorrências iguais.

Para casos assim existe essa instituição chamada polícia. Polícia é um serviço público, pago com nossos impostos, e não a encarnação do mal, este papel simplista que
intelectuais, jornalistas e artistas costumam Ihe reservar. Seu dever é proteger os não-criminosos dos criminosos. Mas a polícia não está cumprindo seu papel. Há uma
guerra nas ruas. É um assalto dos marginais ao resto da sociedade. E as primeiras vítimas dessa guerra são os mais pobres, os marginalizados, a tão decantada classe
trabalhadora. É na periferia das grandes cidades que esses degenerados fazem suas primeiras vítimas. Assassinatos, crimes sexuais, roubo, tudo acontece primeiro e pior
em bairros populares.

Qual a solução? Educação? Sim, mas... Um marmanjo que escolhe suas vítimas ao acaso não precisa exatamente de educação. Aliás muitos criminosos têm educação
esmerada, e até mesmo dinheiro. São violentos porque são. Policiamento? Óbvio. Mas no Brasil a segurança da população não é prioridade. O salário dos policiais foi
enterrado. no último prejuízo do Banco do Brasil. A verba das armas foi distribuída entre cabides de empregos de prefeituras falidas. Sem estrutura, paralisada pela
burocracia, a polícia brasileira não protege a sociedade de seus criminosos. É o tipo de problema que parece não ter solução. Mas pode ter. Temos que buscar opções, e
não apenas chorar o sangue derramado. O importante é que M. não seja mais atacada por psicopatas sem freios. Nem N., nem P., nem O. Nós, os não-criminosos,
merecemos uma chance.

Analisando a semântica, o vocabulário e o estilo utilizados no texto, julgue o item seguinte.

A palavra "diversão" está empregada conotativamente, para expressar o sentido de violência.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - APF/PF/1997


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
422) COMPRAR REVISTA

Parou, hesitante; em frente à banca de jornais. Examinou as capas das revistas, uma por uma. Tirou do bolso o recorte, consultou-o. Não, não estava incluída na relação
de títulos, levantada por ordem alfabética. Mas quem sabe havia relação suplementar, feita na véspera? Na dúvida, achou conveniente estudar a cara do jornaleiro. Era a
mesma de sempre. Mas a talvez ocultasse alguma coisa, sob a aparência habitual. O jornaleiro olhou para ele, sem transmitir informação especial no olhar, além do
reconhecimento do freguês.

Peço? Perguntou a si mesmo. Ou é melhor sondar a barra?


− Como vão indo as coisas?
− Vão indo, meio paradas.

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− Não tem vendido muita revista?
O jornaleiro fitou-o, sério:
− Nem todo o dia é dia de vender muita.
− Eu sei, mais tem revista e revista ?
− Lá isso é.
− A lista está completa ?
− Que lista?
− Das revistas proibidas.
− Ah, sim, o listão. O senhor queria que não estivesse completo?
− Eu? Perguntei, apenas. Gosto de saber das coisas com certeza. Às vezes a gente pede uma revista que não tem mais, que não pode mais ter à venda, e...
− Por isso que perguntei. Não quero grilo, entende?
− Entendi.
− Nem para o senhor nem para mim, é lógico.
− Tá legal.
− Além do mais, gosto de cumprir a lei. O senhor também não gosta?
− Muito.
− Sou assim. Sempre gostei. Cumpro a lei, cumpro o decreto, cumpro o regulamento, cumpro a portaria, cumpro tudo.
− Eu também, e daí?
− Daí, não estou vendo a revista que eu queria, e fico sem saber se posso querer, se a lei me autoriza a querer minha revista.
− Bem, se não está no listão, eu tenho.
− E por que não expõe?
− Não posso expor tudo ao mesmo tempo. Tenho que mostrar as revistas esportivas, as de palavras cruzadas, as de cozinha, os fascículos de bichos e
viagens, as leis de impacto... Como é que sobra lugar?
− Compreendo. Mas não achando a revista exposta, receei que ela não pudesse mais circular.
− Por quê? Tem muita mulher nua, colorida, página dupla?
− Não.
− Marmanjo nu, como está na moda?
− Também não. De vez em quando publica umas fotos pequeninas, de cenas de filmes ou peças de teatro, com barrigas e pernas de fora. Me interessa é as
notícias, é como vai o mundo, e o que se comenta sobre ele. Quero uma revista de atualidades.
− Por que não disse logo?
− Porque tem atualidade e atualidade, então não sei? Pode me vender o Time, ou também ele já foi proibido? Veja bem, não desejo comprometê-lo. E
muito menos a mim, é evidente. Mas só quero o Time se o senhor garantir que posso levar ele para casa sem infringir a lei.

Carlos Drummond de Andrade. De noticias & não noticias faz-se a crônica. Rio de Janeiro, José Olympio. p. 158-50. 1975 (com adaptações)

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Carlos Drummond de Andrade, notável escritor da Literatura Brasileira, dá ao seu texto primoroso acabamento estilístico. Com base na estilística dos diálogos, julgue o
item a seguir.

Em "Não quero grilo, entende?", há um exemplo de linguagem grupal, chamada de gíria, com o emprego conotativo do nome do animal.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/1997


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
423) O anônimo

Tão logo o carteiro entregou a correspondência, Eduardo foi em busca daquilo que, a experiência já lhe ensinara. certamente estaria ali: a carta anônima. De fato, não
tardou a encontrar o envelope, àquela altura familiar: o seu nome e endereço escritos em neutra letra de imprensa, e a nenhuma indicação de remetente (alguns
missivistas anônimos usam pseudônimo. Aquele não fazia concessões: nada fornecia que pudesse alimentar especulações com respeito à identidade).

Com dedos um pouco trêmulos- a previsibilidade nem sempre é o antídoto da emoção - Eduardo abriu o envelope. Continha, como de outras vezes, uma única folha de
papel oficio manuscrita em letra de imprensa. Como de hábito, começava afirmando: "Descobri teu segredo." Nova linha, parágrafo, e aí vinha a acusação.

No presente caso: desonestidade. "Todos acham que você é um homem sério, correto", dizia a carta, "mas nós dois sabemos que você não passa de um refinado patife.
Você está roubando seu sócio, Eduardo. Há muito tempo. Você vem desviando dinheiro da firma para a sua própria conta bancária. Você disfarça o rombo com supostos
prejuízos nos negócios. Seu sócio, que é um homem bom, acredita em você. Mas a mim você não engana, Eduardo. Eu sei de tudo que você está fazendo. Conheço suas
trapaças tão bem como você."

Eduardo não pôde deixar de sorrir. Boa tentativa, aquela, do missivista anônimo. Desonestidade na firma, isto não é tão incomum. Com um sócio tão crédulo como era o
Ênio, Eduardo de fato não teria qualquer dificuldade em subtrair dinheiro da empresa.

Só que ele não estava fazendo isso. Em termos de negócios, era escrupulosamente honesto. Mais que isto, muitas vezes repassara dinheiro para a conta de Ênio - um
trapalhão em matéria de finanças - sem que este soubesse. Honesto - e generoso. Contudo, como certos caçadores tão pertinazes quanto incompetentes, o autor da
carta anônima atirara no que vira e acertara no que não vira.

Eduardo enganava Ênio, sim. Mas não na firma. Há meses - em realidade, desde que aquela história das cartas anônimas começara - tinha um caso com a mulher do
sócio, Vera: grande mulher. Claro, não poderia garantir que não sentia um certo prazer em passar para trás o amigo que sempre fora mais brilhante e mais bem sucedido
do que ele, mas, de qualquer forma isto nada tinha a ver com a empresa. Desonestidade nos negócios? Não. Tente outra, missivista. Quem sabe na próxima você acerta.
Tente. Tente já.

Sentou à mesa, tomou uma folha de papel oficio e escreveu, numa bela mas inconspícua letra de imprensa: "Descobri teu segredo."

Moacyr Seliar Correio Brasiliense. Caderno Dois.p 2, 21/12/97 (com adaptações)

Para a leitura compreensiva se efetivar, um dos passos essenciais é o entendimento do vocabulário utilizado. Julgue o item a seguir, considerando o sentido das palavras
do texto.

O vocábulo "concessões" está utilizado denotativamente, com o sentido de privilégios; da mesma forma, "especulações" traz o sentido de negociações.

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Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/1997


Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
424) O anônimo

Tão logo o carteiro entregou a correspondência, Eduardo foi em busca daquilo que, a experiência já lhe ensinara. certamente estaria ali: a carta anônima. De fato, não
tardou a encontrar o envelope, àquela altura familiar: o seu nome e endereço escritos em neutra letra de imprensa, e a nenhuma indicação de remetente (alguns
missivistas anônimos usam pseudônimo. Aquele não fazia concessões: nada fornecia que pudesse alimentar especulações com respeito à identidade).

Com dedos um pouco trêmulos - a previsibilidade nem sempre é o antídoto da emoção - Eduardo abriu o envelope. Continha, como de outras vezes, uma única folha de
papel oficio manuscrita em letra de imprensa. Como de hábito, começava afirmando: "Descobri teu segredo." Nova linha, parágrafo, e aí vinha a acusação.

No presente caso: desonestidade. "Todos acham que você é um homem sério, correto", dizia a carta, "mas nós dois sabemos que você não passa de um refinado patife.
Você está roubando seu sócio, Eduardo. Há muito tempo. Você vem desviando dinheiro da firma para a sua própria conta bancária. Você disfarça o rombo com supostos
prejuízos nos negócios. Seu sócio, que é um homem bom, acredita em você. Mas a mim você não engana, Eduardo. Eu sei de tudo que você está fazendo. Conheço suas
trapaças tão bem como você."

Eduardo não pôde deixar de sorrir. Boa tentativa, aquela, do missivista anônimo. Desonestidade na firma, isto não é tão incomum. Com um sócio tão crédulo como era o
Ênio, Eduardo de fato não teria qualquer dificuldade em subtrair dinheiro da empresa.

Só que ele não estava fazendo isso. Em termos de negócios, era escrupulosamente honesto. Mais que isto, muitas vezes repassara dinheiro para a conta de Ênio - um
trapalhão em matéria de finanças - sem que este soubesse. Honesto - e generoso. Contudo, como certos caçadores tão pertinazes quanto incompetentes, o autor da
carta anônima atirara no que vira e acertara no que não vira.

Eduardo enganava Ênio, sim. Mas não na firma. Há meses - em realidade, desde que aquela história das cartas anônimas começara - tinha um caso com a mulher do
sócio, Vera: grande mulher. Claro, não poderia garantir que não sentia um certo prazer em passar para trás o amigo que sempre fora mais brilhante e mais bem sucedido
do que ele, mas, de qualquer forma isto nada tinha a ver com a empresa. Desonestidade nos negócios? Não. Tente outra, missivista. Quem sabe na próxima você acerta.
Tente. Tente já.

Sentou à mesa, tomou uma folha de papel oficio e escreveu, numa bela mas inconspícua letra de imprensa: "Descobri teu segredo."

Moacyr Seliar Correio Brasiliense. Caderno Dois.p 2, 21/12/97 (com adaptações)

Para a leitura compreensiva se efetivar, um dos passos essenciais é o entendimento do vocabulário utilizado. Julgue o item a seguir, considerando o sentido das palavras
do texto.

O termo "crédulo" apresenta conotações de religiosidade; significando crente, devoto.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - PT (CBM CE)/CBM CE/2014


Língua Portuguesa (Português) - Polissemia
425) A história da formação dos corpos de bombeiros no país começou no século XVI, no Rio de Janeiro. Nessa época, quando ocorria um incêndio, os voluntários,
aguadeiros e milicianos, corriam para apagá-lo e, na maior parte das vezes, perdiam a batalha devido às construções de madeira. Os incêndios ocorridos à noite
vitimavam ainda mais pessoas, devido à precária iluminação das ruas.

Quando havia um incêndio na cidade, os aguadeiros eram avisados por três disparos de canhão, partidos do morro do Castelo, e por toques de sinos da igreja de São
Francisco de Paula, correspondendo o número de badaladas ao número da freguesia onde se verificava o sinistro. Esses toques eram reproduzidos pela igreja matriz da
freguesia. Assim, os homens corriam para os aguadeiros, e a população fazia aquela fila quilométrica, passando baldes de mão em mão, do chafariz até o incêndio.

Os primeiros bombeiros militares surgiram na Marinha, pois os incêndios nos antigos navios de madeira eram constantes. Porém, eles existiam apenas como uma
especialidade, e não como uma corporação. A denominação de bombeiros deveu-se a operarem principalmente bombas d’água, dispositivos rudimentares em madeira,
ferro e couro.

Com a vinda da família real portuguesa ao Brasil, no século XIX, mais precisamente ao Rio de Janeiro, foi criado, em julho de 1856, por decreto imperial, o Corpo de
Bombeiros Provisório da Corte. Quando recebiam aviso de incêndio, os praças saíam puxando o corrico (que tinha de seis a oito mangueiras) pela via pública e
procuravam debelar o fogo, solicitando os reforços necessários, conforme a extensão do sinistro.

Internet: <www.bombeirosfoz.com.br> (com adaptações).

Considerando as ideias e a estrutura linguística do texto, julgue o item que se segue.

O substantivo “freguesia” pode ser substituído no texto, sem prejuízo de sentido, por clientela.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - DPF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Polissemia
426) O que incomoda o terror

O verdadeiro alvo visado pelos terroristas que atacaram Nova York e Washington não foram as torres gêmeas do sul de Manhattan nem o edifício do Pentágono. O
atentado foi cometido contra um sistema social e econômico que, mesmo longe da perfeição, é o mais justo e livre que a humanidade conseguiu fazer funcionar

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 10/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
ininterruptamente até hoje.

Não foi um ataque de Davi contra Golias. Nem um grito dos excluídos do Terceiro Mundo que, de modo trágico mas efetivo, se fez ouvir no império. Foi uma agressão
perpetrada contra os mais caros e mais frágeis valores ocidentais: a democracia e a economia de mercado.

O que realmente incomoda a ponto de provocar a exasperação dos fundamentalistas, apontados como os principais suspeitos da autoria dos atentados, não é a
arrogância americana ou seu apoio ao Estado de Israel. O que os radicais não toleram, mais que tudo, é a modernidade. É a existência de uma sociedade em que os
justos podem viver sem ser incomodados e os pobres têm possibilidades reais de atingir a prosperidade com o fruto de seu trabalho.

É esse o verdadeiro anátema dos terroristas que atacaram os EUA. Eles são enviados da morte, da elite teocrática, medieval, tirânica que exerce o poder absoluto em
seus feudos. Para eles, a democracia é satânica. Por isso, tem de ser combatida e destruída.

Veja, 19/9/2001, p. 9 (com adaptações).

Com referência ao uso de palavras e expressões no texto, julgue o item abaixo.

O adjetivo "caros", no contexto, admite dois sentidos: o afetivo, significando estimados ou queridos, e o econômico, na acepção de validosos.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM DF)/PM DF/Combatente/2001


Língua Portuguesa (Português) - Polissemia
427) Confúcio ensinava que, ao observarmos um homem magnificamente digno e virtuoso, podemos nos regozijar, porque qualquer um da mesma sociedade—ou da
espécie humana—poderá atingir o mesmo grau de dignidade e virtude. Alertava, porém, que, da mesma forma, devemos ficar alertas quando vemos alguém
extremamente vil, pois equivalente vileza poderá ser encontrada em qualquer um. Ou seja, não estamos isolados sobre a face da Terra. Quem de nós se eleva eleva os
demais, quem de nós decai leva consigo todos.

Idem, ibidem.

Julgue o item seguinte com relação à organização das idéias no texto acima.

As duas ocorrências consecutivas de “eleva” estão gramaticalmente corretas.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Ordenação de parágrafos
428) Os fragmentos abaixo constituem um texto mas estão ordenados aleatoriamente.

I Isso sugere uma crescente percepção de que existe algo que pode ser chamado de "bem público", algo que pertence à coletividade e deve ser protegido.

II Aparecem muito nos noticiários, associados ao crime organizado, ao tráfico de drogas. É como se esse tipo de crime, ao atingir setores até então protegidos da
sociedade, descobrisse seu lado mais sombrio.

III Hoje em dia, fala-se muito em crimes de corrupção e roubo ao patrimônio público.

IV Porém os crimes que mais reconhecemos como tal são o roubo ao patrimônio particular, os furtos, os assaltos e os assassinatos que ocorrem nas cidades.

V Conseqüentemente, nossa atenção está muito voltada para os roubos seguidos de assassinato e para os dados estatísticos que indicamo aumento do número de
homicídiosemdeterminados bairros. Esses têm sido os crimes "por excelência", os que mais ocupam o espaço do debate público.

Andréa Buoro et al. Violência urbana - dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 26 (com adaptações).

Considerando que a organização de um texto pressupõe a ordenação lógica e coerente de seus fragmentos, julgue o item a seguir.

O fragmento II deve ser o período inicial do texto porque traz uma idéia introdutória e não se refere a antecedentes.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Ordenação de parágrafos
429) Os fragmentos abaixo constituem um texto mas estão ordenados aleatoriamente.

I Isso sugere uma crescente percepção de que existe algo que pode ser chamado de "bem público", algo que pertence à coletividade e deve ser protegido.

II Aparecem muito nos noticiários, associados ao crime organizado, ao tráfico de drogas. É como se esse tipo de crime, ao atingir setores até então protegidos da
sociedade, descobrisse seu lado mais sombrio.

III Hoje em dia, fala-se muito em crimes de corrupção e roubo ao patrimônio público.

IV Porém os crimes que mais reconhecemos como tal são o roubo ao patrimônio particular, os furtos, os assaltos e os assassinatos que ocorrem nas cidades.

V Conseqüentemente, nossa atenção está muito voltada para os roubos seguidos de assassinato e para os dados estatísticos que indicamo aumento do número de

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
homicídiosemdeterminados bairros. Esses têm sido os crimes "por excelência", os que mais ocupam o espaço do debate público.

Andréa Buoro et al. Violência urbana - dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 26 (com adaptações).

Considerando que a organização de um texto pressupõe a ordenação lógica e coerente de seus fragmentos, julgue o item a seguir.

No fragmento I, a expressão "Isso sugere" resume e retoma a idéia do fragmento IV.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Ordenação de parágrafos
430) Os fragmentos abaixo constituem um texto mas estão ordenados aleatoriamente.

I Isso sugere uma crescente percepção de que existe algo que pode ser chamado de "bem público", algo que pertence à coletividade e deve ser protegido.

II Aparecem muito nos noticiários, associados ao crime organizado, ao tráfico de drogas. É como se esse tipo de crime, ao atingir setores até então protegidos da
sociedade, descobrisse seu lado mais sombrio.

III Hoje em dia, fala-se muito em crimes de corrupção e roubo ao patrimônio público.

IV Porém os crimes que mais reconhecemos como tal são o roubo ao patrimônio particular, os furtos, os assaltos e os assassinatos que ocorrem nas cidades.

V Conseqüentemente, nossa atenção está muito voltada para os roubos seguidos de assassinato e para os dados estatísticos que indicamo aumento do número de
homicídio sem determinados bairros. Esses têm sido os crimes "por excelência", os que mais ocupam o espaço do debate público.

Andréa Buoro et al. Violência urbana - dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 26 (com adaptações).

Considerando que a organização de um texto pressupõe a ordenação lógica e coerente de seus fragmentos, julgue o item a seguir.

O termo "Conseqüentemente", no fragmento V, relaciona-se à idéia daquilo que "mais reconhecemos" como crime, apresentada no fragmento IV.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Papis (POLC AL)/POLC AL/2023


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
431) Texto 1A1
A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não condenados e em liberdade condicional à entrega de seu material genético foram assuntos
bastante discutidos no cenário estadunidense. A grande abrangência dos crimes que autorizam a extração do DNA assim como a permanência da informação por tempo
indeterminado no índice também são questões controversas. O foco é a privacidade e a intimidade do indivíduo.

Prevê a Constituição estadunidense direito à inviolabilidade da intimidade e da privacidade da pessoa, de modo a obstar buscas e apreensões desarrazoadas e sem
mandados pelo Estado. O propósito básico da quarta emenda constitucional estadunidense é proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos contra invasões
arbitrárias de autoridades governamentais. Assim, para surtir efeito, um mandado de busca e apreensão deve ser motivado por uma causa provável (suspeita
individualizada da prática de um delito) e deferido, antes da execução, por um juiz imparcial.

A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames da quarta emenda (procedida mediante mandado/decisão motivada), sob pena de ilegalidade.
Ocorre que, para a inclusão do DNA no banco de dados nacional, nem sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre quando o sujeito já foi
condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime, mas o material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros e não será
necessariamente utilizado para o esclarecimento do crime atual — diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca e apreensão com o fim de apreender drogas,
em que há suspeita individualizada da existência de entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede mandado.

Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não representar uma ofensa a esse direito constitucional — que proíbe buscas e apreensões
desarrazoadas —, é necessária a existência de uma necessidade especial ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado. Essas são as exceções
reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e apreensão sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal necessidade da
aplicação da lei, ou quando os interesses do Estado superarem os do particular.

Internet: <www.revistadoutrina.trf4.jus.br> (com adaptações).

Em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto 1A1, julgue o item que se segue.

Um possível sentido para o vocábulo “desarrazoadas” (primeiro período do quarto parágrafo) é injustas.
Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/2341665

CEBRASPE (CESPE) - Aux Per (POLC AL)/POLC AL/2023


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
432) Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real, traduzida como Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil
pessoas de diversas cidades brasileiras puderam visitar a exposição na qual os objetos expostos eram nada menos do que 16 cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar
em um salão repleto de cadáveres estripados e mutilados deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são notoriamente objetos de
tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes. Entretanto, os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou
fatiados, inteiros ou em partes, eviscerados ou não, e tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso, respiratório, digestório, excretor,
reprodutor, circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a imagem do seu conteúdo desbotado,

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 12/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos, Bodies revealed é um espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes
corporais — reduzidos a formas, cores e texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos meticulosamente em
espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.

Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o mesmo impacto se os corpos expostos fossem sintéticos ou de
animais. Isto evidencia o fato de que a relação que se estabelece entre nós, espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social, distinta da que teríamos se
fossem apenas modelos de plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas, ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As exposições de
corpos humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido, mas sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do
espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles que defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais, dissecados e
modelados, em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja riqueza de detalhes e de informações era antes acessível apenas aos
anatomistas.

Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).

No que se refere aos sentidos do texto CB3A1, julgue o item a seguir.

Estariam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto caso o termo “eviscerados” (quarto período do primeiro parágrafo) fosse substituído pela expressão com
as vísceras expostas.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Cad (CBM TO)/CBM TO/2023


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
433) Texto 1A1-I

A aparência científica de um sistema de crença não necessariamente o torna científico. Os defensores da astrologia utilizam uma coleção de argumentos comuns para
defender o status científico da disciplina, como o fato de ela estudar o movimento dos planetas, basear-se em cálculos matemáticos para a compreensão do movimento
dos astros, possuir softwares específicos para a constituição das predições, além de ter um conjunto rebuscado de pressupostos e relações complexas entre eventos,
apresentados de forma racionalmente articulada. Além disso, também é comum em muitas pseudociências os seus defensores desqualificarem os críticos, argumentando
que eles desconhecem a matéria e não estão aptos a criticá-la. Saber reconhecer os parâmetros que caracterizam o conhecimento científico é suficiente, na maioria dos
casos, para identificar a qualidade da produção das evidências por meio da aplicação do método, para compreender a qualidade do que produzem a astrologia e outras
pseudociências. É claro que somada a isso está a robusta falta de evidências para sustentar que as predições astrológicas sejam de alguma valia para explicar a realidade.

Por motivos como esse, julgo fundamental que os cientistas devam sempre se esforçar para divulgar as características de como a ciência funciona. Estou seguro de que,
se tais princípios pudessem ser amplamente compreendidos pela população geral, mesmo aquela que não tem oportunidade de passar por uma formação científica,
diversas crenças em sistemas pseudocientíficos seriam tratadas com maior ceticismo. As pessoas poderiam ser capazes de julgar com maior relatividade as próprias
crenças, o que é um dos motivos mais relevantes de por que a ciência é um empreendimento tão eficiente em melhorar nossa condição de vida e nos dar ferramentas
úteis para responder as questões que fazemos sobre o universo. Associo-me a Sagan quando ele argumenta, em O mundo assombrado pelos demônios, que faltam,
nas escolas de nossas crianças e de nossos adolescentes, estratégias que permitam admirar a ciência, mais do que simplesmente decorar o conhecimento científico. É
fundamental ensinar desde cedo a identificar as características essenciais de falseabilidade e a buscar evidências que validem nossas crenças.

Ronaldo Pilati. Ciência e pseudociência: por que acreditamos apenas naquilo


em que queremos acreditar. São Paulo: Contexto, 2018, p. 110 (com adaptações).

Nocparágrafo do texto 1A1-I, o vocábulo “ceticismo” tem o mesmo sentido de

a) cinismo.
b) racionalidade.
c) incredulidade.
d) realismo.

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CEBRASPE (CESPE) - GCM (Boa Vista)/Pref Boa Vista/2023


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
434) Texto CG1A2-I

Em épocas remotas, as mulheres se sentavam na proa das canoas e os homens, na popa. As mulheres caçavam e pescavam. Elas saíam das aldeias e voltavam quando
podiam ou queriam. Os homens montavam as choças, preparavam a comida, mantinham acesas as fogueiras contra o frio, cuidavam dos filhos e curtiam as peles de
abrigo. Assim era a vida entre os índios onas e os yaganes, na Terra do Fogo, até que um dia os homens mataram todas as mulheres e puseram as máscaras que as
mulheres tinham inventado para aterrorizá-los. Somente as meninas recém-nascidas se salvaram do extermínio. Enquanto elas cresciam, os assassinos lhes diziam e
repetiam que servir aos homens era seu destino. Elas acreditaram. Também acreditaram suas filhas e as filhas de suas filhas.

Eduardo Galeano. A autoridade. In: Mulheres. Internet: <www.lpm.com.br> (com adaptações).

No trecho “Somente as meninas recém-nascidas se salvaram do extermínio”, do texto CG1A2-I, a palavra “extermínio” tem o mesmo sentido de
a) aniquilação.
b) expulsão.
c) submissão.
d) anulação.

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CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC AL)/PC AL/2023


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
435) Texto CG1A1-II

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 13/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
O ordenamento jurídico pátrio, embasado pela Constituição Federal de 1988, apresenta capítulo próprio para a defesa do meio ambiente — algo que nunca havia ocorrido
antes na história das constituições brasileiras. O artigo 225 da Carta Magna transmite a ideia da imprescindibilidade de um meio ambiente ecologicamente equilibrado,
criando o dever, tanto para o poder público quanto para a coletividade, de sua preservação. Esse comando é subjacente a todas as relações da República, sejam elas
travadas sob a ordem econômico-financeira, sejam elas derivadas da gestão de direitos e garantias individuais e coletivos. Ou seja, tudo deverá passar pelo crivo do meio
ambiente sadio e equilibrado para a presente e as futuras gerações.

O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, aduziu a interpretação de que o meio ambiente ecologicamente equilibrado inscrito na Carta Cidadã faz parte do rol de cláusulas
pétreas, mas, por não estar contido no parágrafo 4.º do artigo 60, é tido como uma cláusula pétrea heterotópica, pela sua posição topográfica em outro capítulo. Diante
disso, consagra-se que toda atividade passível de gerar impacto no meio ambiente deverá ser bem discutida, de modo a evitar quaisquer interferências negativas ao
equilíbrio ambiental. Além disso, inúmeros princípios foram pulverizados nas legislações esparsas que dão supedâneo ao compromisso inarredável de um meio ambiente
livre e contínuo em sua função.

Mais recentemente, o legislador ordinário, na esteira da campanha internacional para com os cuidados do meio ambiente e dos animais, acrescentou novos parágrafos ao
art. 32 da Lei n.º 9.605/1998 (que dispõe sobre penalidades às ações lesivas ao meio ambiente), por meio da Lei n.º 14.064/2020. Com isso, trouxe o aumento de pena
para os atos de maus-tratos, ferimentos, mutilações, entre outros, contra cães e gatos. Uma inovação na matéria, pois confere proteção específica, de forma exclusiva e
precisa, a dois animais domesticáveis que fazem parte da convivência de uma grande parcela do povo brasileiro.

Primeiramente, é imprescindível analisar tal sanção no que se refere aos animais silvestres, domésticos ou domesticados (da nossa fauna ou de outros países, mas que
aqui se encontrem), sem a especificação de nenhuma espécie, nenhum epíteto. Ora, a pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa. No entanto, com o
parágrafo 1.º-A, há uma rotação inevitável de aumento de pena para tais condutas quando estas forem desferidas contra cães e gatos, e uma sanção de reclusão, de dois
anos a cinco anos, multa e proibição da guarda. Certamente, trata-se de situação peculiar e que traz implicâncias de várias searas ao ordenamento jurídico.

Internet: <https://jus.com.br> (com adaptações).

Julgue o seguinte item, que se referem a aspectos linguísticos do texto CG1A1-II.

O vocábulo “implicâncias” (último período do último parágrafo) tem, no texto, o mesmo sentido de implicações.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Esc Pol (PC PB)/PC PB/2022


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
436) Texto CG1A1-II
O conceito de herói está profundamente ligado à cultura que o criou e ao momento em que ele foi criado, o que significa que ele varia muito de lugar para lugar e de
época para época. Mesmo assim, a figura do herói aparece nas mais diversas sociedades e eras, sempre atendendo a critérios morais e desejos em comum de
determinado povo.

Na mitologia grega, o herói era uma semidivindade que estava entre os deuses e os humanos e cujos feitos evidenciavam a sua enorme disposição de se sacrificar em
nome do bem-estar dos seres humanos. Na Europa da Idade Média, quando Deus e a religião passaram a ser a bússola moral de muitas pessoas, os feitos humanos
considerados heroicos tinham relação com o temor e a fidelidade a esse Deus. Assim, heróis eram os mártires e missionários, que também entregavam suas vidas a essa
causa, que julgavam a mais nobre.

Hoje, no século 21, o status de herói é bastante diferente. Talvez por uma necessidade psicológica de adotarmos heróis, frequentemente escolhemos heróis falhos,
demasiadamente humanos, muito mais similares a nós mesmos do que os heróis de outros períodos históricos. Diferentemente do herói infalível, bom, que se sacrifica
em nome de causas nobres, o herói moderno é um personagem que erra, toma atitudes que julgamos imorais e não possui virtudes geralmente atribuídas aos heróis.

Lucas Mascarenhas de Miranda. A fronteira tênue


entre heróis e vilões. In: Ciência Hoje, edição 382. Internet:<www.cienciahoje.org.br >(com adaptações).

Na primeira linha do texto CG1A1-II, o advérbio “profundamente” é empregado com o significado de


a) exageradamente.
b) frequentemente.
c) intimamente.
d) realmente.

e) seriamente.

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CEBRASPE (CESPE) - Ag Crim (POLITEC RO)/POLITEC RO/2022


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
437) Texto LP-1-A1
Crescimento econômico geralmente implica aumento nas atividades em todos os setores – indústria, comércio, serviços, consumo. Em outras palavras, significa mais
extração de recursos naturais, mais produção e mais coisas devolvidas à terra na forma de lixo. O crescimento econômico deveria ser um meio de valor neutro para
atender às necessidades básicas de todos e criar comunidades mais saudáveis, energia mais limpa, infraestrutura mais sólida, cultura mais vibrante etc. Durante muito
tempo, ele contribuiu para a difusão desses objetivos fundamentais em algumas partes do planeta, propiciando a abertura de estradas, a construção de moradias etc.
Agora, talvez já tenhamos coisas suficientes para atender às necessidades básicas de todos; só que elas não são distribuídas de forma justa.

Uma grande parte do problema é que o sistema econômico dominante valoriza o crescimento como um objetivo em si mesmo. Por isso usamos o produto interno bruto,
ou PIB, como a medida padrão do sucesso de uma nação. O PIB contabiliza o valor dos bens e serviços produzidos a cada ano. Mas deixa de fora facetas importantes, ao
não considerar a distribuição desigual e injusta da riqueza, nem examinar quão saudáveis e satisfeitas estão as pessoas. É por isso que o PIB de um país pode seguir
subindo a ótimos 3% ao ano, e a renda dos trabalhadores ficar estagnada, caso a riqueza emperre em um determinado ponto do sistema. Além disso, os verdadeiros
custos ecológicos e sociais do crescimento não são incluídos no PIB.

A fé de nossa sociedade no crescimento econômico repousa na suposição de que sua continuidade é tão possível quanto benéfica. Mas nenhum dos dois pressupostos é
verdadeiro. Primeiro porque, devido aos limites do planeta, o crescimento econômico infinito é impossível. Ultrapassado o patamar em que as necessidades humanas
básicas são atendidas, ele tampouco se revelou uma estratégia para aumentar o bem-estar. Registramos, hoje, nas grandes metrópoles, um alto nível de estresse,
depressão, ansiedade e solidão.

Annie Leonard. Uma história das coisas.

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 14/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Da natureza ao lixo, o que acontece com tudo o que consumimos. Rio de Janeiro, Zahar, 2010, p. 16-7 (com adaptações).

No primeiro período do texto LP-1-A1, o vocábulo “implica” é usado com o sentido de


a) cisma.
b) imana.
c) imbui.
d) acomete.

e) acarreta.

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CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC ES)/PC ES/2022


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
438) Texto CG1A1-I

Em 2020, a pandemia de covid-19 fez com que mulheres em situação de violência ficassem ainda mais vulneráveis. O início da pandemia foi marcado por uma crescente
preocupação a respeito da violência contra meninas e mulheres, as quais passaram a conviver mais tempo em suas residências com seus agressores, muitas vezes
impossibilitadas de acessar serviços públicos e redes de apoio.

O cenário retratado no Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2020 evidencia a queda de crimes letais contra a mulher, mas não a diminuição da violência:
houve um sensível aumento das denúncias de lesão corporal dolosa e das chamadas de emergência para o número das polícias militares, o 190, todas no contexto de
violência doméstica, assim como o aumento dos casos notificados de ameaça contra mulheres. A quantidade de medidas protetivas de urgência solicitadas e concedidas
também aumentou consideravelmente.

O ano de 2021 foi caracterizado por parte da retomada das atividades rotineiras em meio à redução dos índices de transmissão da covid-19 e da queda das mortes
decorrentes da doença, em consequência da vacinação. Compreender as estatísticas criminais de violência contra as mulheres nos anos de 2020 e 2021 nos ajuda a
pensar nas políticas públicas a serem implementadas no contexto da pandemia de covid-19 e da consequente intensificação da crise econômica vivenciada no Brasil. A
pesquisa Visível e Invisível, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontou que, no ano de 2020, a perda de emprego e a diminuição da renda familiar
foram sentidas de forma mais intensa pelas mulheres que sofreram violência, o que tornou mais difícil para essas mulheres romper com parceiros abusivos ou relações
violentas.

A exemplo do que vimos em outros países, embora tenha ocorrido queda nos registros, sabia-se que a violência contra a mulher estava aumentando de forma silenciosa e
era preciso agir rápido. Algumas ações foram realizadas pelas instituições policiais a fim de enfrentar o desafio que estava posto: a ampliação do rol de tipos penais que
podem ser denunciados via boletim de ocorrência online, por exemplo, foi uma das iniciativas tomadas por praticamente todas as unidades da Federação, o que
possibilitou que, em alguns estados, pela primeira vez, o registro de violência doméstica fosse feito sem que se precisasse ir até uma delegacia, bastando, para isso, o
acesso à Internet e a um dispositivo como tablet, smartphone ou computador. Nesse sentido, campanhas de denúncia da violência doméstica divulgadas em farmácias e
supermercados, dentro da lógica da Campanha Sinal Vermelho, idealizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Conselho Nacional da Justiça
(CNJ), consistiram em importante ação de repercussão nacional.

Internet: <https://forumseguranca.org.br> (com adaptações).

No texto CG1A1-I, o vocábulo “ampliação” (segundo período do quarto parágrafo) veicula o mesmo sentido da palavra
a) abrangência.
b) criação.
c) autorização.
d) aumento.

e) mudança.

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CEBRASPE (CESPE) - PRF/PRF/2021


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
439) Texto 1A18-I

Nos Estados Unidos da América, no século XIX, a passagem da polícia do sistema de justiça para o de governo da cidade significou também a passagem da noção de caça
aos criminosos para a prevenção dos crimes, em um deslocamento do ato para o ator. Como na Europa, a ênfase na prevenção teria representado nova atitude diante do
controle social, com o desenvolvimento pela polícia de uma habilidade específica, a de explicar e prevenir o comportamento criminoso. Isso acabou redundando no foco
nas “classes perigosas”, ou seja, em setores específicos da sociedade vistos como produtores de comportamento criminoso. Nesse processo, desenvolveram-se os vários
campos de saber vinculados aos sistemas de justiça criminal, polícia e prisão, voltados para a identificação, para a explicação e para a prevenção do comportamento
criminoso, agora visto como “desviante”, como a medicina legal, a psiquiatria e, especialmente, a criminologia.

Na Europa ocidental, as novas instituições estatais de vigilância deveriam controlar o exercício da força em sociedades em que os níveis de violência física nas relações
interpessoais e do Estado com a sociedade estavam em declínio. De acordo com a difundida teoria do processo civilizador, de Norbert Elias, no Ocidente moderno, a
agressividade, assim como outras emoções e prazeres, foi domada, “refinada” e “civilizada”. O autor estabelece um contraste entre a violência “franca e desinibida” do
período medieval, que não excluía ninguém da vida social e era socialmente permitida e até certo ponto necessária, e o autocontrole e a moderação das emoções que
acabaram por se impor na modernidade. A conversão do controle que se exercia por terceiros no autocontrole é relacionada à organização e à estabilização de Estados
modernos, nos quais a monopolização da força física em órgãos centrais permitiu a criação de espaços pacificados. Em tais espaços, os indivíduos passaram a ser
submetidos a regras e leis mais rigorosas, mas ficaram mais protegidos da irrupção da violência na sua vida, na medida em que as ameaças físicas tornaram-se
despersonalizadas e monopolizadas por especialistas.

C. Mauch. Considerações sobre a história da polícia. In: MÉTIS:


história & cultura, v. 6, n.º 11, jan./jun. 2007, p. 107-19 (com adaptações).

Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto 1A18-I, julgue o item que se seguem.

O emprego do vocábulo “irrupção”, no último período do texto, indica que a violência atingia os indivíduos de forma súbita.
Certo
Errado

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 15/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1625024

CEBRASPE (CESPE) - APF/PF/2021


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
440) Texto 2A1-I

Tinha de deixar aquela casa. Não sentia saudades. Era uma casa escura, com um cheiro doce e enjoado que nunca passou. Não tinha vista a não ser a da janela que
dava para o edifício ao lado. E só via as cozinhas. Quando anoitecia, toda aquela vizinhança começava, ao mesmo tempo, a fazer bife, e o ar ficava cheirando a cebola e
alho. Ia-se embora, com alegria até, porque o outro apartamento tinha uma janela de onde era possível ver o mar, não todo, mas um pedacinho que, lá um dia, talvez lhe
mostrasse um navio passando. Claro, arejado.

Mas era preciso levar suas poucas coisas. Uma calça, duas camisas, um rádio de cabeceira, talcos, dentifrícios, uma lavanda, quatro ou cinco toalhas. Cabia tudo em uma
mala só. Mas tinha a gaveta. Tinha de desocupar aquela gaveta. Cinco ou seis cartas guardadas ali.

Resolveu ler, a começar pela primeira, pondo-as em ordem pelas datas. Ela dizia tanto “te amo, te amo”... e contava que andara chorando na rua, que o fora esperar na
estação, que a parenta já andava desconfiada de sua tristeza. No fundo de um envelope, o raminho de cabelo. Havia escurecido com o tempo, mas era um pedacinho de
sua beleza e, de qualquer forma, um pouco de presença a querer bem.

Antônio Maria. Com vocês, Antônio Maria. Rio de Janeiro,


Paz e Terra, 1994, p. 83-84 (com adaptações).

Ainda com relação aos aspectos linguísticos do texto 2A1-I, julgue o item subsequente.

A forma verbal “tinha” foi empregada com o mesmo sentido nas duas ocorrências nos seguintes períodos: “Mas tinha a gaveta. Tinha de desocupar aquela gaveta.”.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM TO)/PM TO/QPE/2021


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
441) Apenas dez anos atrás, ainda havia em Nova York (onde moro) muitos espaços públicos mantidos coletivamente nos quais cidadãos demonstravam respeito pela
comunidade ao poupá-la das suas intimidades banais. Há dez anos, o mundo não havia sido totalmente conquistado por essas pessoas que não param de tagarelar no
celular. Telefones móveis ainda eram usados como sinal de ostentação ou para macaquear gente afluente. Afinal, a Nova York do final dos anos 90 do século passado
testemunhava a transição inconsútil da cultura da nicotina para a cultura do celular. Num dia, o volume no bolso da camisa era o maço de cigarros; no dia seguinte, era
um celular. Num dia, a garota bonitinha, vulnerável e desacompanhada ocupava as mãos, a boca e a atenção com um cigarro; no dia seguinte, ela as ocupava com uma
conversa importante com uma pessoa que não era você. Num dia, viajantes acendiam o isqueiro assim que saíam do avião; no dia seguinte, eles logo acionavam o
celular. O custo de um maço de cigarros por dia se transformou em contas mensais de centenas de dólares na operadora. A poluição atmosférica se transformou em
poluição sonora. Embora o motivo da irritação tivesse mudado de uma hora para outra, o sofrimento da maioria contida, provocado por uma minoria compulsiva em
restaurantes, aeroportos e outros espaços públicos, continuou estranhamente constante. Em 1998, não muito tempo depois que deixei de fumar, observava, sentado no
metrô, as pessoas abrindo e fechando nervosamente seus celulares, mordiscando as anteninhas. Ou apenas os segurando como se fossem a mão de uma mãe, e eu
quase sentia pena delas. Para mim, era difícil prever até onde chegaria essa tendência: Nova York queria verdadeiramente se tornar uma cidade de viciados em celulares
deslizando pelas calçadas sob desagradáveis nuvenzinhas de vida privada, ou de alguma maneira iria prevalecer a noção de que deveria haver um pouco de autocontrole
em público?

Jonathan Franzen. Como ficar sozinho. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 17-18 (com adaptações).

No último período do texto 1A1-I, com o uso do diminutivo no vocábulo “nuvenzinhas”, o autor
a) expressa depreciação.
b) manifesta afeto.
c) indica tamanho reduzido.
d) atenua o sentido da palavra.

e) reforça o sentido da palavra.

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CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP (DEPEN)/DEPEN/Enfermagem/2021


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
442) No dia 31 de outubro de 1861, depois de um conturbado processo de construção, que durou cerca de três décadas, a Bahia inaugurou a sua primeira penitenciária,
que recebeu oficialmente o nome de Casa de Prisão com Trabalho. A instituição foi construída numa área pantanosa, na periferia da cidade de Salvador.

A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista, e o Brasil acompanhava uma tendência mundial de modernização do sistema prisional, que
teve início na Inglaterra e nos Estados Unidos no final do século XVIII. As execuções e as torturas em praças públicas, utilizadas para atemorizar a quem estivesse
planejando novos crimes, foram, gradativamente, abandonadas. Entrava em cena a penalidade moderna, que planejava privar o criminoso do seu bem maior — a sua
liberdade —, internando-o numa instituição construída especificamente para recuperá-lo, que recebeu o nome de penitenciária. O seu funcionamento era regido por
normas que seriam aplicadas de acordo com o modelo penitenciário escolhido pelas autoridades, mas utilizavam-se elementos como o trabalho, a religião, a disciplina, o
uso de uniformes e, sobretudo, o isolamento como métodos de punição e recuperação.

Dessa forma, esperava-se criar um “novo homem”, que seria devolvido à sociedade com todos os atributos necessários à convivência social, principalmente para o
trabalho. Foi com essa expectativa que os reformadores baianos implantaram a Casa de Prisão com Trabalho.

Cláudia Moraes Trindade. O nascimento de uma penitenciária:


os primeiros presos da Casa de Prisão com Trabalho da Bahia (1860-1865). In: Tempo, Niterói, v. 16, n. 30, p. 167-196, 2011 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se segue.

A expressão “modelo penitenciário”, no último período do segundo parágrafo, refere-se ao tipo de desenho arquitetônico da Casa de Prisão com Trabalho.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP (DEPEN)/DEPEN/Enfermagem/2021


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
443) Texto CB1A1-I

O número inferior de mulheres criminosas e a desconsideração do feminino fizeram com que há muito a criminalidade feminina fosse incorporada aos estudos da
criminalidade masculina, processo este que resultou em total desprezo pelas poucas pesquisas acerca das mulheres em situação de encarceramento. Essa realidade se
deve principalmente ao fato de que a criminologia nasceu de um discurso proferido por homens, para homens e sobre mulheres. Assim, produziu-se invariavelmente o
que a criminologia crítica feminista denominou como dupla violência contra a mulher, pois, desde o seu surgimento, agrediu as mulheres e o sistema de relações de que
ela fazia parte.

O livro Mulheres na Prisão: um estudo qualititativo, escrito por três pesquisadoras, faz uma imersão corajosa nos submundos das prisões femininas e provoca nosso olhar
para as mazelas da vida na prisão, em que o gênero é marcador central da realidade sombria a que estão submetidas as mulheres presas. No entanto, não se limita a
estas experiências e transborda os muros do cárcere. Mais que um texto voltado a dar visibilidade às questões referentes ao aprisionamento feminino, as autoras
constroem um estudo que apresenta experiências concretas e apontam saídas a partir de propostas de políticas públicas que garantam a atenção aos direitos humanos ou
que apontem possibilidades reais de projetos de vida fora da prisão.

Naiara C. Silva. Mulheres na prisão: uma imersão aos submundos do encarceramento feminino. In: Pretextos - Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, v. 3, n. 6, jul./dez. 2018.
(com adaptações).

No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.

No último período do texto, os termos “apontem” e “apontam” foram empregados com o mesmo sentido de estabeleçam.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Ag Pol (PC DF)/PC DF/2021


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
444) Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom senso do mundo, aplicando-se em ideias claras apesar do
ruído e do mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um
tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares à sua volta, componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas
mais severos, dê um largo ciao ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, surpreenda pouco mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que
estiveram em casa ocupados na limpeza dos armários, que você não sabia antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares interrogativos, deixando
crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos,
tirando a roupa do corpo como se retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em pelo, mas sem ferir o pudor (o seu pudor,
bem entendido), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de comportamento. Feito um banhista incerto, assoma depois com sua
nudez no trampolim do patamar e avance dois passos como se fosse beirar um salto, silenciando de vez, embaixo, o surto abafado dos comentários. Nada de grandes
lances. Desça, sem pressa, degrau por degrau, sendo tolerante com o espanto (coitados!) dos pobres familiares, que cobrem a boca com a mão enquanto se comprimem
ao pé da escada. Passe por eles calado, circule pela casa toda como se andasse numa praia deserta (mas sempre com a mesma cara de louco ainda não precipitado), e
se achegue depois, com cuidado e ternura, junto à rede languidamente envergada entre plantas lá no terraço. Largue-se nela como quem se larga na vida, e vá fundo
nesse mergulho: cerre as abas da rede sobre os olhos e, com um impulso do pé (já não importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir embalado pelo mundo.

Raduan Nassar. Aí pelas três da tarde. J: Ítalo Moriconi (Org.). Os cem melhores
contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (com adaptações).

No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

A expressão “homem moderno” (primeiro período) faz referência ao ser humano como tipo representativo de determinada época.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Ag Pol (PC DF)/PC DF/2021


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
445) Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom senso do mundo, aplicando-se em ideias claras apesar do
ruído e do mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um
tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares à sua volta, componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas
mais severos, dê um largo ciao ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, surpreenda pouco mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que
estiveram em casa ocupados na limpeza dos armários, que você não sabia antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares interrogativos, deixando
crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos,
tirando a roupa do corpo como se retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em pelo, mas sem ferir o pudor (o seu pudor,
bem entendido), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de comportamento. Feito um banhista incerto, assoma depois com sua
nudez no trampolim do patamar e avance dois passos como se fosse beirar um salto, silenciando de vez, embaixo, o surto abafado dos comentários. Nada de grandes
lances. Desça, sem pressa, degrau por degrau, sendo tolerante com o espanto (coitados!) dos pobres familiares, que cobrem a boca com a mão enquanto se comprimem
ao pé da escada. Passe por eles calado, circule pela casa toda como se andasse numa praia deserta (mas sempre com a mesma cara de louco ainda não precipitado), e
se achegue depois, com cuidado e ternura, junto à rede languidamente envergada entre plantas lá no terraço. Largue-se nela como quem se larga na vida, e vá fundo
nesse mergulho: cerre as abas da rede sobre os olhos e, com um impulso do pé (já não importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir embalado pelo mundo.

Raduan Nassar. Aí pelas três da tarde. J: Ítalo Moriconi (Org.). Os cem melhores
contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (com adaptações).

No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

No trecho “Feito um banhista incerto, assoma depois com sua nudez no trampolim do patamar”, o termo “assoma” foi empregado no sentido de surgir.
Certo

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Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
446) Texto 1A1-I

A manhã era fresca na palhoça da velha dona Ana no Alto Rio Negro, um lugar onde a história é viva e a gente é parte dessa continuidade. Dona Ana explicava que
“antes tinha o povo Cuchi, depois teve Baré escravizado vindo de Manaus pra cá na época do cumaru, da batala, do pau-rosa. Muitos se esconderam no rio Xié. Agora
somos nós”. Terra de gente poliglota, de encontros e desencontros estrangeiros.

No início desse mundo, havia dois tipos de cuia: a cuia de tapioca e a cuia de ipadu. Embora possam ser classificadas como pertencentes à mesma espécie botânica
(Crescentia cujete), a primeira era ligada ao uso diário, ao passo que a outra era usada como veículo de acesso ao mundo espiritual em decorrência do consumo de ipadu
e gaapi (cipó Banisteriopsis caapi). Os pesquisadores indígenas atuais da região também destacam essa especificidade funcional. Assim, distinguem-se até hoje dois tipos
de árvore no Alto Rio Negro: as árvores de cuiupis e as de cuias, que recebem nomes diferentes pelos falantes da língua tukano.

Dona Ana me explica que os cuiupis no Alto Rio Negro são plantios muito antigos dos Cuchi, e os galhos foram trazidos da beira do rio Cassiquiari (afluente do rio
Orinoco, na fronteira entre Colômbia e Venezuela), onde o cuiupi “tem na natureza”, pois cresce sozinho e em abundância. Já a cuia redonda, diz-se que veio de
Santarém ou de Manaus, com o povo Baré nas migrações forçadas que marcaram a colonização do Rio Negro. Os homens mais velhos atestam que em Manaus só tinha
cuia. De lá, uma família chamada Coimbra chegou trazendo gado e enriqueceu vendendo cuias redondas no Alto Rio Negro.

Cuiupis e cuias diferem na origem e também nos ritmos de vida. As árvores de cuiupi frutificam durante a estação chamada kipu-wahro. Antes de produzirem frutos,
perdem todas as folhas uma vez por ano. A árvore de cuia, diferentemente do cuiupi, mantém as folhas e a produção de frutos durante todo o ano.

Priscila Ambrósio Moreira. Memórias sobre as cuias. O que contam os quintais e as florestas alagáveis na Amazônia brasileira? In: Joana Cabral de Oliveira et al. (Org.). Vozes Vegetais.
São Paulo: Ubu Editora, p. 155-156 (com adaptações).

No segundo parágrafo do texto 1A1-I, a expressão “em decorrência do” está empregada com o mesmo sentido de

a) no momento do.
b) apesar do.
c) como consequência do.
d) para o.

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Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
447) Texto 1A1-I

A manhã era fresca na palhoça da velha dona Ana no Alto Rio Negro, um lugar onde a história é viva e a gente é parte dessa continuidade. Dona Ana explicava que
“antes tinha o povo Cuchi, depois teve Baré escravizado vindo de Manaus pra cá na época do cumaru, da batala, do pau-rosa. Muitos se esconderam no rio Xié. Agora
somos nós”. Terra de gente poliglota, de encontros e desencontros estrangeiros.

No início desse mundo, havia dois tipos de cuia: a cuia de tapioca e a cuia de ipadu. Embora possam ser classificadas como pertencentes à mesma espécie botânica
(Crescentia cujete), a primeira era ligada ao uso diário, ao passo que a outra era usada como veículo de acesso ao mundo espiritual em decorrência do consumo de ipadu
e gaapi (cipó Banisteriopsis caapi). Os pesquisadores indígenas atuais da região também destacam essa especificidade funcional. Assim, distinguem-se até hoje dois tipos
de árvore no Alto Rio Negro: as árvores de cuiupis e as de cuias, que recebem nomes diferentes pelos falantes da língua tukano.

Dona Ana me explica que os cuiupis no Alto Rio Negro são plantios muito antigos dos Cuchi, e os galhos foram trazidos da beira do rio Cassiquiari (afluente do rio
Orinoco, na fronteira entre Colômbia e Venezuela), onde o cuiupi “tem na natureza”, pois cresce sozinho e em abundância. Já a cuia redonda, diz-se que veio de
Santarém ou de Manaus, com o povo Baré nas migrações forçadas que marcaram a colonização do Rio Negro. Os homens mais velhos atestam que em Manaus só tinha
cuia. De lá, uma família chamada Coimbra chegou trazendo gado e enriqueceu vendendo cuias redondas no Alto Rio Negro.

Cuiupis e cuias diferem na origem e também nos ritmos de vida. As árvores de cuiupi frutificam durante a estação chamada kipu-wahro. Antes de produzirem frutos,
perdem todas as folhas uma vez por ano. A árvore de cuia, diferentemente do cuiupi, mantém as folhas e a produção de frutos durante todo o ano.

Priscila Ambrósio Moreira. Memórias sobre as cuias. O que contam os quintais e as florestas alagáveis na Amazônia brasileira? In: Joana Cabral de Oliveira et al. (Org.). Vozes Vegetais.
São Paulo: Ubu Editora, p. 155-156 (com adaptações).

Ao final do terceiro parágrafo do texto 1A1-I, o vocábulo “atestam” está empregado com o mesmo sentido de
a) testemunham.
b) testam.
c) contestam.
d) reivindicam.

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Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
448) Texto 2A1-I

Olhe para a tomada mais próxima, para um conjunto de janelas ou então para a traseira de um carro. Se você vê figuras parecidas com rostos nesses e em outros
objetos, saiba que não é o único: trata-se de um fenômeno bem conhecido pela ciência, chamado pareidolia. Basta posicionar duas formas que lembrem olhos acima de
outra que pareça uma boca para as pessoas começarem a enxergar rostos.

A pareidolia já foi vista como um sinal de psicose no passado, mas hoje se sabe que ela é uma tendência completamente normal entre humanos. De acordo com o
cientista Carl Sagan, a tendência está provavelmente associada à necessidade evolutiva de reconhecer rostos rapidamente.

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Pense na pré-história: se uma pessoa conseguisse identificar os olhos e a boca de um predador escondido na mata, ela teria mais chances de fugir e sobreviver. Quem
tivesse dificuldade em ver um rosto camuflado ali provavelmente seria pego de surpresa — e consequentemente viraria jantar.

Pesquisadores da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, investigaram o fenômeno e escreveram em um artigo que, além da vantagem evolutiva, a pareidolia
também pode estar relacionada ao mecanismo do cérebro que reconhece e processa informações sociais em outras pessoas. “Não basta perceber a presença de um
rosto; precisamos reconhecer quem é aquela pessoa, ler as informações presentes no rosto, se ela está prestando atenção em nós, e se está feliz ou triste”, diz o líder do
estudo.

De fato, os objetos inanimados não parecem ser apenas rostos inexpressivos. Em uma simples caminhada na rua, você pode ter a impressão de que semáforos, carros,
casas e até tijolos jogados na calçada te encaram e parecem esboçar expressões faciais — medo, raiva, alegria, susto ou tristeza.

Segundo os autores do estudo, os objetos são, de fato, interpretados como rostos humanos pelo nosso cérebro. “Nós sabemos que o objeto não tem uma mente, mas
não conseguimos evitar olhar para ele como se tivesse características inteligentes, como direção do olhar ou emoções; isso acontece porque os mecanismos ativados pelo
nosso sistema visual são os mesmos quando vemos um rosto real ou um objeto com características faciais”, diz um dos pesquisadores.

Os cientistas pretendem também investigar os mecanismos cognitivos que levam ao oposto: a prosopagnosia (a inabilidade de identificar rostos) ou algumas
manifestações do espectro autista, o que inclui a dificuldade em ler rostos e interpretar as informações presentes neles, como o estado emocional.

Maria Clara Rossini. Pareidolia: por que vemos “rostos” em objetos


inanimados? Este estudo explica. Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).

No primeiro parágrafo do texto 2A1-I, o verbo lembrar, em “Basta posicionar duas formas que lembrem olhos”, tem o mesmo sentido de
a) memorizar.
b) assemelhar.
c) recomendar.
d) gravar.

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Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
449) Texto 1A1-I

Quando você recebe a dose de uma vacina tradicional, inclusive algumas das feitas contra o novo coronavírus, as partículas de vírus atenuadas ou inativas presentes no
imunizante desencadeiam uma resposta imunológica no seu organismo, de modo a treiná-lo a enfrentar a doença. A mesma lógica pode valer, do ponto de vista
psicológico, contra outra “epidemia” atual — a de desinformação, manipulação de informações e disseminação de fake news (notícias falsas).

Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, estão estudando o quanto pequenas doses preventivas e “atenuadas” de técnicas de desinformação
podem proteger as pessoas contra o ambiente de notícias falsas ou distorcidas na Internet, particularmente em tempos de covid-19.

“O objetivo é criar uma espécie de resistência psicológica contra a persuasão, para que, no futuro, quando você estiver exposto à desinformação, ela seja menos
convincente, porque você terá ‘anticorpos’”, explica Jon Roozenbeek, pesquisador do Laboratório de Tomada de Decisões Sociais do Departamento de Psicologia da
Universidade de Cambridge. “Em outras palavras, se você conhece as técnicas e os truques usados para enganar as pessoas ou persuadi-las, você terá menos
probabilidade de cair neles”.

Uma dessas vacinas em teste é um jogo online chamado Go Viral! (“Viralize”, em tradução livre), com duração de pouco mais de cinco minutos. Nele, o jogador assume o
personagem de alguém que quer viralizar na Internet a qualquer custo. Nesse papel, ele coloca em prática as táticas mais usadas para disseminar desinformação e
notícias falsas, tais como: explorar as emoções do espectador — notícias falsas costumam ser redigidas ou manipuladas de forma a nos causar raiva, indignação, medo,
angústia e, por consequência, provocar o ímpeto de rapidamente compartilharmos aquele conteúdo; inventar especialistas para sustentar alegações, quaisquer que elas
sejam, dando a elas um falso lastro ou uma falsa aura de importância; alimentar teorias da conspiração que forneçam a seus seguidores explicações coerentes (mesmo
que falsas) e bodes expiatórios ideais para complexos problemas globais. Atraentes, essas teorias costumam gerar bastante engajamento na Internet.

Em estudo publicado no periódico Big Data & Society, Roozenbeek e seus colegas submeteram usuários do Go Viral! a questionários e identificaram que, de modo geral,
os jogadores aumentaram a percepção a respeito do que é e do que não é manipulação no noticiário da pandemia de covid-19.

Os jogadores também ganharam mais confiança em sua habilidade de identificar conteúdo manipulador — e, por consequência, muitos deixaram de compartilhar essas
fake news com outras pessoas.

Agora, os pesquisadores querem entender quanto tempo dura essa imunização, ou seja, por quanto tempo o entendimento dessas técnicas de manipulação permanece
“fresco” na mente dos jogadores.

Internet: <www.bbc.com/portuguese> (com adaptações).

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto 1A1-I, julgue o item a seguir.

No parágrafo, o vocábulo “lastro” tem o mesmo sentido de fundamento.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM AL)/CBM AL/2021


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
450) Texto 2A2-I

O termo “refugiado ambiental” é utilizado para se referir às pessoas que fogem de onde vivem, em razão de problemas como seca, erosão dos solos, desertificação,
inundações, desmatamento, mudanças climáticas, entre outros. A migração causada por eventos climáticos não é nova, mas tende a intensificar-se. O tema é bastante
atual, mas, na obra Vidas Secas, o escritor Graciliano Ramos já tratava, embora com outras palavras, dos refugiados do clima do semiárido brasileiro.

Vidas Secas não é um romance de seca, no entanto. A centralidade dessa obra literária está em um “ano bom”, ou seja, um ano de chuvas na caatinga. O sétimo
capítulo, localizado bem no centro da obra, composta por 13 capítulos, é intitulado “Inverno”, o que remete ao período de chuvas na região. Essa visão contraria certa
leitura superficial da obra.

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 19/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Graciliano Ramos acreditava em um mundo com mais justiça social e menos desigualdades no Nordeste, para o que era necessário transformar o modelo de sociedade
extremamente perverso que caracterizava as relações sociais no meio rural.

Ao mostrar a vida da uma família de sertanejos durante um ano de “inverno”, com relativa segurança e estabilidade, o escritor alagoano questionou as relações sociais
excludentes e tensivas, que impediam essa família de viver com mais estabilidade no Nordeste brasileiro.

Na obra, quando a família ocupou uma fazenda abandonada, no fim de uma seca, o vaqueiro parecia satisfeito.

Mas suas esperanças esmoreceram, pois as chuvas vieram e, com elas, também o proprietário da fazenda, sob o domínio do qual o vaqueiro passou a viver, sendo
humilhado, enganado, animalizado.

Somente com muita insistência, Fabiano conseguiu ficar trabalhando ali como vaqueiro. Moraria com a família pouco “mais de um ano” numa “casa velha” da fazenda.

Para o escritor de Vidas Secas, a opressão à família de Fabiano era causada por questões sociais, não pela seca. Caso tivesse acesso à terra e à água, a família
conseguiria obter o sustento, como resultado do seu esforço e trabalho.

A condição climática natural da caatinga era instrumentalizada pelos latifundiários para a exploração de uma população extremamente vulnerável à seca, como era o caso
da família de Fabiano e sinhá Vitória.

A concentração fundiária era, e continua sendo, uma das formas mais perversas de impedir a autonomia dos pequenos produtores rurais do semiárido brasileiro. O
romance denuncia a realidade social dos sertanejos pobres que viviam no Nordeste da época, cujo cotidiano era marcado pela opressão, humilhação, miséria, espoliação
econômica e extremas privações, sobretudo nos períodos de seca.

Internet: <https://www.letrasambientais.org.br> (com adaptações).

No que se refere aos aspectos linguísticos do texto 2A2-I, julgue o item que se seguem.

Em “o escritor alagoano questionou as relações sociais excludentes e tensivas”, o vocábulo “tensivas” está empregado no texto com o mesmo sentido de danosas.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM AL)/CBM AL/2021


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
451) Texto 2A2-I

O termo “refugiado ambiental” é utilizado para se referir às pessoas que fogem de onde vivem, em razão de problemas como seca, erosão dos solos, desertificação,
inundações, desmatamento, mudanças climáticas, entre outros. A migração causada por eventos climáticos não é nova, mas tende a intensificar-se. O tema é bastante
atual, mas, na obra Vidas Secas, o escritor Graciliano Ramos já tratava, embora com outras palavras, dos refugiados do clima do semiárido brasileiro.

Vidas Secas não é um romance de seca, no entanto. A centralidade dessa obra literária está em um “ano bom”, ou seja, um ano de chuvas na caatinga. O sétimo
capítulo, localizado bem no centro da obra, composta por 13 capítulos, é intitulado “Inverno”, o que remete ao período de chuvas na região. Essa visão contraria certa
leitura superficial da obra.

Graciliano Ramos acreditava em um mundo com mais justiça social e menos desigualdades no Nordeste, para o que era necessário transformar o modelo de sociedade
extremamente perverso que caracterizava as relações sociais no meio rural.

Ao mostrar a vida da uma família de sertanejos durante um ano de “inverno”, com relativa segurança e estabilidade, o escritor alagoano questionou as relações sociais
excludentes e tensivas, que impediam essa família de viver com mais estabilidade no Nordeste brasileiro.

Na obra, quando a família ocupou uma fazenda abandonada, no fim de uma seca, o vaqueiro parecia satisfeito.

Mas suas esperanças esmoreceram, pois as chuvas vieram e, com elas, também o proprietário da fazenda, sob o domínio do qual o vaqueiro passou a viver, sendo
humilhado, enganado, animalizado.

Somente com muita insistência, Fabiano conseguiu ficar trabalhando ali como vaqueiro. Moraria com a família pouco “mais de um ano” numa “casa velha” da fazenda.

Para o escritor de Vidas Secas, a opressão à família de Fabiano era causada por questões sociais, não pela seca. Caso tivesse acesso à terra e à água, a família
conseguiria obter o sustento, como resultado do seu esforço e trabalho.

A condição climática natural da caatinga era instrumentalizada pelos latifundiários para a exploração de uma população extremamente vulnerável à seca, como era o caso
da família de Fabiano e sinhá Vitória.

A concentração fundiária era, e continua sendo, uma das formas mais perversas de impedir a autonomia dos pequenos produtores rurais do semiárido brasileiro. O
romance denuncia a realidade social dos sertanejos pobres que viviam no Nordeste da época, cujo cotidiano era marcado pela opressão, humilhação, miséria, espoliação
econômica e extremas privações, sobretudo nos períodos de seca.

Internet: <https://www.letrasambientais.org.br> (com adaptações).

No que se refere aos aspectos linguísticos do texto 2A2-I, julgue o item que se seguem.

O termo “esmoreceram” está empregado no texto com o mesmo sentido de enfraqueceram.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Of (PM AL)/PM AL/2021


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
452) Texto CB1A1-I

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 20/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Tradicionalmente, as conquistas democráticas nas sociedades modernas estiveram associadas à organização de movimentos sociais que buscavam a expansão da
cidadania. Foi assim durante as revoluções burguesas clássicas nos séculos XVII e XVIII. Também a organização dos trabalhadores industriais nos séculos XIX e XX foi
responsável pela ampliação dos direitos civis e sociais nas democracias liberais do Ocidente. De igual maneira, as demandas dos chamados novos movimentos sociais, nos
anos 70 e 80 do século XX, foram responsáveis pelo reconhecimento dos direitos das minorias sociais (grupos étnicos minoritários, mulheres, homossexuais) nas
sociedades contemporâneas.

Em todos esses casos, os espaços privilegiados das ações dos grupos organizados eram os Estados nacionais, espaços privilegiados de exercício da cidadania. Contudo, a
expansão do conjunto de transformações socioculturais, tecnológicas e econômicas, conhecido como globalização, nas últimas décadas, tem limitado de forma
significativa os poderes e a autonomia dos Estados (pelo menos os dos países periféricos), os quais se tornam reféns da lógica do mercado em uma época de
extraordinária volatilidade dos capitais.

Manoel Carlos Mendonça Filho et al. Polícia, direitos


humanos e educação para a cidadania. Internet: <corteidh.or.cr> (com adaptações).

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.

No segundo parágrafo, a palavra “volatilidade” foi empregada com o mesmo sentido de inconstância.

Certo
Errado

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Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
453) A sociedade que não proporciona liberdade — direito do homem que reconhece a ele o poder de escolha nos diversos campos da vida social — aos seus membros,
a rigor, não se justifica. A liberdade, ainda que não absoluta, é meta e essência da sociedade.

São extremos: de um lado, a utópica sociedade perfeita, ou seja, essencialmente democrática, liberal e sem injustiças econômicas, educacionais, de saúde, culturais etc.
Nela, a liberdade é absoluta. Do outro lado, a sociedade imperfeita, desigual, não democrática, injusta, repleta dos mais graves vícios econômicos, de educação, de
saúde, culturais etc. Nesta, a liberdade é inexistente.

Entre os extremos está a sociedade real, a de fato, a verdadeira ou efetiva, aquela na qual os problemas econômicos, educacionais, de saúde, culturais etc. existem em
infinitos níveis intermediários.

As três sociedades — perfeita, imperfeita e real — “existem”, cada qual com a sua estabilidade interna de convivência, de forma que os seus membros experimentam
relações entre si com a liberdade possível. Quanto mais imperfeita é a sociedade, menos liberdade os indivíduos possuem e maior é a tendência de convivência
impossível. Na outra ponta, quanto mais a sociedade está próxima da perfeição, mais próximos da liberdade absoluta estão os indivíduos. Há a convivência ótima.

A sociedade real, por seu turno, pode ter maior ou menor segurança pública. Numa sociedade real, a maior segurança pública possível é aquela compatível com o
equilíbrio dinâmico social, ou seja, adequada à convivência social estável. Não mais e não menos que isso. Logo, para se ter segurança pública, há que se buscar
constantemente alcançar e preservar o equilíbrio na sociedade real pela permanente perseguição à ordem pública.

D’Aquino Filocre. Revisita à ordem pública. In:


Revista de Informação Legislativa, Brasília, out.– dez./2009. Internet: <senado.leg.br> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.

No final do último parágrafo, a palavra “perseguição” tem o mesmo sentido de persecução.


Certo
Errado

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Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
454) Texto CB2A1-I

As mãos que criam, criam o quê?

A ancestralidade de dona Irinéia mostra-se presente em suas peças feitas com o barro vermelho da sua região. São cabeças, figuras humanas, entre outras esculturas
que narram, por meio da forma moldada no barro, episódios históricos, lutas e conquistas vividos pelos moradores de sua comunidade e do Quilombo de Palmares.

Um exemplo é a escultura que representa pessoas em cima de uma jaqueira e que se tornou uma peça muito conhecida de dona Irinéia. A jaqueira se tornou objeto de
memória, pois remonta a uma enchente, durante a qual ela e suas três irmãs ficaram toda a noite em cima da árvore, esperando a água baixar.

O manejo da matéria-prima é feito com a retirada do barro que depois é pisoteado, amassado e moldado. As peças são então queimadas, e ganham uma coloração
naturalmente avermelhada.

Irinéia Rosa Nunes da Silva é uma das mais reconhecidas artistas da cerâmica popular brasileira. A história de dona Irinéia, mestra artesã do Patrimônio Vivo de Alagoas
desde 2005, está entrelaçada com a história do povoado quilombola Muquém, onde nasceu em 1949. O povoado pertence ao município de União dos Palmares, na zona
da mata alagoana, e se encontra próximo à serra da Barriga que carrega forte simbolismo, pois é a terra do Quilombo dos Palmares.

Por volta dos vinte anos, dona Irinéia começou a ajudar sua mãe no sustento da família, fazendo panelas de barro. Entretanto, o costume de fazer promessas aos santos
de quem se é devoto, quando se está passando por alguma provação ou doença, fez surgir para a artesã outras encomendas. Quando a graça é alcançada, costuma-se
levar a parte do corpo curado representado em uma peça de cerâmica, como agradecimento para o santo. Foi assim que dona Irinéia começou a fazer cabeças, pés e
assim por diante.

Até que um dia, uma senhora que sofria com uma forte dor de cabeça encomendou da ceramista uma cabeça, pois ia fazer uma promessa ao seu santo devoto. A
senhora alcançou sua graça, o que fez com que dona Irinéia ficasse ainda mais conhecida na região. Chegou, inclusive, ao conhecimento do SEBRAE de Alagoas, que foi
até dona Irinéia e ofereceu algumas capacitações que abriram mais possibilidades de produção para a ceramista. O número de encomendas foi aumentando e, com ele,
sua imaginação e criatividade que fizeram nascer objetos singulares.

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Em Muquém, vivem cerca de quinhentas pessoas que contam com um posto de saúde, uma escola e a casa de farinha, onde as mulheres se reúnem para moer a
mandioca, alimento central na comunidade, assim como de tantos outros quilombos no Nordeste. No dia a dia do povoado, o trabalho com o barro também preenche o
tempo de muitas mulheres e alguns homens que se dedicam à produção de cerâmica, enquanto ensinam as crianças a mexer com a terra, produzindo pequenos bonecos.

Internet: <www.artesol.org.br> (com adaptações).

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item seguinte.

Conclui-se do emprego do vocábulo “singulares”, no último período do sexto parágrafo, que de alguns dos objetos feitos por dona Irinéia foi produzida apenas uma única
peça.

Certo
Errado

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Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
455) À procura da infância

Procuro ouvir na voz do vento


o eco perdido da minha infância.
E no riso franco das criancinhas
eu vislumbro o meu riso antigo.
Procuro nas ruas desertas e silenciosas
o canto alegre das cirandas
e as minhas correrias do tempo recuado.
Dentro daquela avenida asfaltada,
onde rolam automóveis de luxo,
eu busco a minha ruazinha feia e pobre.
Procuro ver nas bonecas de hoje,
tão lindas, de tranças sedosas, a bonequinha de trapo que eu
embalei nos meus braços.
Procuro encontrar no rosto das neocomungantes
traços de minha inocência e a primeira emoção daquela que ficou
no tempo.
Procuro descobrir, desesperada,
na face ingênua das crianças,
a minha pureza perdida.
Procuro em vão, pois não encontrarei jamais vestígios da minha
infância feliz,
que os anos guardaram no seu abismo.

Anilda Leão. In: Chão de pedras. Maceió: Caetés, 1961.

A partir da leitura do poema precedente, escrito por Anilda Leão, poetisa alagoana, julgue o item a seguir, relativo às ideias e aos aspectos linguísticos do texto.

Em “na face ingênua das crianças”, o termo “ingênua” está empregado com o mesmo sentido de tola.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM AL)/PM AL/2021


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
456) À procura da infância

Procuro ouvir na voz do vento


o eco perdido da minha infância.
E no riso franco das criancinhas
eu vislumbro o meu riso antigo.
Procuro nas ruas desertas e silenciosas
o canto alegre das cirandas
e as minhas correrias do tempo recuado.
Dentro daquela avenida asfaltada,
onde rolam automóveis de luxo,
eu busco a minha ruazinha feia e pobre.
Procuro ver nas bonecas de hoje,
tão lindas, de tranças sedosas, a bonequinha de trapo que eu
embalei nos meus braços.
Procuro encontrar no rosto das neocomungantes
traços de minha inocência e a primeira emoção daquela que ficou
no tempo.
Procuro descobrir, desesperada,
na face ingênua das crianças,
a minha pureza perdida.
Procuro em vão, pois não encontrarei jamais vestígios da minha
infância feliz,
que os anos guardaram no seu abismo.

Anilda Leão. In: Chão de pedras. Maceió: Caetés, 1961.

A partir da leitura do poema precedente, escrito por Anilda Leão, poetisa alagoana, julgue o item a seguir, relativo às ideias e aos aspectos linguísticos do texto.

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

No trecho “vestígios da minha infância feliz”, o termo “vestígios” tem o significado de rastros.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Ag (B dos Coqueiros)/Pref B dos Coqueiros/Comunitário de Saúde/2020


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
457) Texto CG2A1-I

A tecnologia, especialmente a Internet, exerce grande influência em vários segmentos do nosso dia a dia. Você já reparou que hoje assistimos a filmes e ouvimos músicas
via computador e celulares com sistema operacional? Esses exemplos são só alguns que sofrem influência das novas tecnologias de informação e comunicação e que
refletem no modo como consumimos entretenimento. A praticidade que as lojas virtuais oferecem para quem quer adquirir um produto é outro exemplo. Graças ao
comércio eletrônico, bastam alguns cliques no mouse para você efetuar a sua compra.

O trânsito também é influenciado diariamente pelas novas tecnologias. O modo como trabalham as oficinas, como ensinam os centros de instrução de condutores e até
como atua a legislação na fiscalização das infrações tem relação com os recursos proporcionados pelas ferramentas tecnológicas.

Graças a programas de computador avançados, a educação no trânsito passou por alguns avanços, como, por exemplo, a criação de um sistema de escola online, que
traz controle de frequência, grade de conteúdo e disponibilidade de atividades e tarefas para alunos. Há, também, simuladores que atuam para aperfeiçoar a prática dos
alunos na direção de um veículo.

Quem reside nas grandes cidades brasileiras sabe que é possível perder horas preciosas do dia em engarrafamentos intermináveis. O fato é que, quanto maior a cidade,
melhor deve ser o planejamento urbano. Assim, algumas ferramentas da tecnologia podem dar uma mãozinha: controle de semáforos por meio de sensores que
percebem a presença de veículos e regulam o funcionamento do semáforo conforme o fluxo de tráfego, de forma a evitar o acúmulo de carros; monitoramento remoto
por câmeras de alta resolução com capacidade de captar infrações às leis de trânsito, tais como não utilização de cinto de segurança, estacionamento em local indevido e
excesso de velocidade; análises de tráfego (por exemplo, ruas onde passam mais veículos de carga, horários em que determinada via apresenta maior fluxo de veículos
etc.).

Seja para a educação de pedestres e motoristas, seja para quem quer iniciar um investimento no ramo automotivo, as ferramentas tecnológicas atuais estão aí para trazer
mais facilidade. Portanto, se você é (ou pretende se tornar) um profissional que atua nesse segmento, deve, sempre, estar atualizado com as novidades tecnológicas
criadas para essa área.

Como a tecnologia influencia o trânsito. 19/9/2019. Internet: <plox.com.br> (com adaptações).

No texto CG2A1-I, a expressão “dar uma mãozinha" é


a) popular e significa ajudar.
b) literal e significa oferecer ajuda.
c) popular e significa avaliar as próprias ações.
d) figurada e significa passar de uma pessoa a outra.
e) figurada e significa adquirir uma habilidade específica.

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM AL)/PM AL/Combatente/2018


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
458) Texto 1A1-I

Dói. Dói muito. Dói pelo corpo inteiro. Principia nas unhas, passa pelos cabelos, contagia os ossos, penaliza a memória e se estende pela altura da pele. Nada fica sem
dor. Também os olhos, que só armazenam as imagens do que já fora, doem. A dor vem de afastadas distâncias, sepultados tempos, inconvenientes lugares, inseguros
futuros. Não se chora pelo amanhã. Só se salga a carne morta.

No princípio, se um de nós caía, a dor doía ligeiro. Um beijo seu curava a cabeça batida na terra, o dedo espremido na dobradiça da porta, o pé tropeçado no degrau da
escada, o braço torcido no galho da árvore. Seu beijo de mãe era um santo remédio. Ao machucar, pedia-se: mãe, beija aqui!

Há que experimentar o prazer para, só depois, bem suportar a dor. Vim ao mundo molhado pelo desenlace. A dor do parto é também de quem nasce. Todo parto decreta
um pesaroso abandono. Nascer é afastar-se — em lágrimas — do paraíso, é condenar-se à liberdade. Houve, e só depois, o tempo da alegria ao enxergar o mundo como
o mais absoluto e sucessivo milagre: fogo, terra, água, ar e o impiedoso tempo. Sem a mãe, a casa veio a ser um lugar provisório.

Uma estação com indecifrável plataforma, onde espreitávamos um cargueiro para ignorado destino. Não se desata com delicadeza o nó que nos amarra à mãe.
Impossível adivinhar, ao certo, a direção do nosso bilhete de partida. Sem poder recuar, os trilhos corriam exatos diante de nossos corações imprecisos. Os cômodos
sombrios da casa — antes bem- aventurança primavera — abrigavam passageiros sem linha do horizonte. Se fora o lugar da mãe, hoje ventilava obstinado exílio.

Bartolomeu Campos de Queirós. Vermelho amargo. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 5 (com adaptações).

No que concerne aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto 1A1-I, julgue o seguinte item.

A palavra “ligeiro” foi empregada no texto com o sentido de brando.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM AL)/PM AL/Combatente/2018


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
459) Texto 1A12-I

Preguiça e covardia são as causas que explicam por que uma grande parte dos seres humanos, mesmo muito após a natureza tê-los declarado livres da orientação alheia,

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
ainda permanecem, com gosto e por toda a vida, na condição de menoridade. As mesmas causas explicam por que parece tão fácil outros afirmarem-se como seus
tutores. É tão confortável ser menor! Tenho à disposição um livro que entende por mim, um pastor que tem consciência por mim, um médico que me prescreve uma dieta
etc.: então não preciso me esforçar. Não me é necessário pensar, quando posso pagar; outros assumirão a tarefa espinhosa por mim.

A maioria da humanidade vê como muito perigoso, além de bastante difícil, o passo a ser dado rumo à maioridade, uma vez que tutores já tomaram para si de bom grado
a sua supervisão. Após terem previamente embrutecido e cuidadosamente protegido seu gado, para que essas pacatas criaturas não ousem dar qualquer passo fora dos
trilhos nos quais devem andar, os tutores lhes mostram o perigo que as ameaça caso queiram andar por conta própria. Tal perigo, porém, não é assim tão grande, pois,
após algumas quedas, aprenderiam finalmente a andar; basta, entretanto, o exemplo de um tombo para intimidá-las e aterrorizá-las por completo para que não façam
novas tentativas.

Kant. Resposta à pergunta: Que é esclarecimento?


Tradução de Pedro Caldas. In: Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. Zahar, 4.ª edição, 2008 (com adaptações).

Acerca das ideias e dos sentidos do texto 1A12-I, julgue o seguinte item.

A palavra “espinhosa” foi empregada no texto com o sentido de árdua, difícil.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - AA (PRF)/PRF/2012


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
460) O sítio da Polícia Rodoviária Federal disponibiliza uma ferramenta que mostra as condições das estradas federais. Ao clicar cada uma dessas estradas, o cidadão terá
uma visão completa da situação de pavimentação, dos trechos com curvas perigosas, da quantidade de tráfego, da existência de obras no local e da qualidade da
sinalização.
Idem, ibidem (com adaptações).

Julgue o item consecutivo, a respeito do texto acima.

Depreende-se das informações do texto que a palavra “ferramenta” se refere a um recurso virtual da informática.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Of BM (CBM DF)/CBM DF/Complementar/Pedagogia/2011


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
461) Conforme a mitologia grega, o herói e semideus Prometeu, um dos Titãs, irmão de Atlas, roubou o fogo do domínio dos deuses e entregou-o aos homens, tendo
sido, por isso, punido pelo deus maior, Zeus. O herói foi atado a uma rocha, ficando exposto aos ataques diários de um abutre que lhe devoraria eternamente o fígado.
Como consequência do castigo para os mortais, conforme a lenda, hoje em dia, o fogo escapa ao nosso domínio e, transformando-se no monstro dos incêndios, ceifa
centenas de vidas e causa prejuízos imensos.

Asdrúbal da Silva Ortiz. Internet: <www.defesacivil.rj.gov.br> (com adaptações).

Julgue o item que se segue, relativo às estruturas do texto acima.

O emprego da expressão “nosso domínio” consiste em recurso discursivo para promover aproximação entre autor e leitor do texto.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC ES)/PC ES/2011


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
462) Bandos de homens armados perpetram anualmente 450 roubos a bancos e carros-fortes no Brasil. Tais episódios põem em risco a vida de clientes, agentes de
segurança e policiais, mas o prejuízo financeiro é relativamente pequeno para as instituições. Para os bancos, a maior ameaça está embutida nos serviços prestados pela
Internet ou por outros meios eletrônicos. As perdas resultantes de assaltos são de milhões de reais anuais. Já os crimes cujas armas são os computadores devem, em
2010, ser responsáveis por perdas de 900 milhões de reais, dezoito vezes mais que nos assaltos convencionais.

Os crimes eletrônicos proliferam porque oferecem pouco risco aos bandidos, e as autoridades têm dificuldade de puni-los. O Código Penal não prevê os crimes virtuais.
Quando são presos, os criminosos respondem geralmente por estelionato, cuja pena máxima é de cinco anos de cadeia. Se fossem condenados por assalto a banco, eles
poderiam ser punidos com até quinze anos de prisão. Por causa dessas vantagens, há de 100 a 150 quadrilhas virtuais em atividade no país. Para reverter esse quadro, a
Federação Brasileira de Bancos tenta convencer o Congresso Nacional a criar uma legislação específica para punir os delitos eletrônicos, semelhante àquela adotada há
nove anos pela União Europeia.

André Vargas. Assalto.com.br. In: Veja, 24/11/2010 (com adaptações).

Julgue o item, relativo à estrutura linguística do texto.

O vocábulo “perpetram” poderia ser substituído por cometem, sem que isso acarretasse prejuízo semântico ou sintático ao texto.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Alun Of (PM DF)/PM DF/2010

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
463) Texto para o item

A análise da história brasileira demonstra uma sociedade caracterizada pela reprodução de modelos e conceitos provenientes de culturas em destaque mundial. Com isso,
devido à falta de correspondência ao momento vivenciado pela realidade nacional, muitas determinações legislativas e comportamentais disciplinadas não foram
efetivamente incorporadas. Na abertura política promovida pela Constituição Federal de 1988, houve a legitimação de garantias sequer questionadas na época, tornando
imprescindível o planejamento de sua implementação. A lacuna gerada pela ausência dessa etapa resultou na atuação incoerente dos órgãos atingidos por essa mácula.

A segurança, como dever e garantia da cidadania, tornou-se um dos mais relevantes instrumentos da democracia. Entretanto, mobilizada segundo orientações arcaicas,
promoveu o retrocesso aos valores totalitários. Ainda predomina na população a compreensão da segurança como função exclusiva da polícia, bem como de que a
redução da violência e da criminalidade se obtém com o aumento do contingente policial, de sua manifestação invasiva e rigorosa.

Ocorre que o fenômeno da criminalidade, por ser demasiadamente complexo, envolve questionamentos que superam as meras exigências provenientes da crescente
demanda por serviços de proteção. A violência propriamente dita é considerada uma reação a algo, uma resposta ao fracasso, às frustrações, ao desrespeito e à
prepotência. Enfim, pode assumir significados que extravasam as relações interpessoais, abrangendo o processo de vitimização, a violência estrutural propagada pela
desigualdade da distribuição de renda e pela dominação de classes. Portanto, a violência e a criminalidade podem ser consideradas sintomas sociais que exigem o
diagnóstico de sua causa, para o tratamento específico.

A atenção ao diagnóstico, à avaliação e ao planejamento de ações em segurança pública pelo Estado adquiriu relativa estabilidade somente a partir de 2000, com o Plano
Nacional de Segurança Pública, e em 2003, com a consolidação da Secretaria Nacional de Segurança Pública, órgão responsável pela implantação e execução da política
nacional de segurança. Atualmente, a noção de Segurança Cidadã constitui referência central na luta pela exclusão definitiva do modelo repressivo e pela construção de
um novo paradigma.

Fernanda da Rosa Cristino. Segurança pública e democracia: um novo paradigma.


In: Revista Jus Vigilantibus. 8/10/2008. Internet: <http:// jusvi .com> (com adaptações).

Com referência aos aspectos gramaticais do texto, julgue o item subsequente.

A expressão “como dever e garantia da cidadania” restringe o sentido do termo “a segurança”, que o antecede.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Alun Of (PM DF)/PM DF/2010


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
464) Texto para o item

Questão de princípio

A justiça do Rio concedeu liminar que suspende o sistema de cotas nas universidades do estado. Os desembargadores concluíram que o sistema fere o princípio de
igualdade para todos, previsto na Constituição. Não é a primeira vez que a justiça derruba as cotas — e certamente não será a última. Elas já foram suspensas, já
voltaram, já caíram e ressurgiram.

O Rio tem um intrincado sistema que mistura cotas raciais, preferência para alunos de escolas públicas e cotas para deficientes. Como fica o caso de um filho de um
pedreiro branco? Está fora das cotas e tem boas chances de ser obrigado a pagar faculdade. OK, cotas raciais não são boas. Vamos fazer, então, cotas sociais. Pobres
terão direito às vagas; ricos, não. E como definir quem é rico? E os filhos da classe média, que investiu na formação e agora é punida por ter conseguido um pouco mais
na vida? Como fazer um sistema de cotas sem abrir mão da meritocracia?

Nelito Fernandes. In: Época, 1.º/6/2009. Ed. Globo (com adaptações).

A respeito da estrutura linguística do texto, julgue o item a seguir.

O vocábulo “meritocracia” diz respeito ao sistema de recompensa fundamentado no mérito pessoal.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Of (PM DF)/PM DF/Administração/2010


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
465) Na última década, a questão da segurança pública passou a ser considerada problema fundamental e principal desafio ao estado de direito no Brasil. A segurança
ganhou enorme visibilidade pública e jamais, em nossa história recente, esteve tão presente nos debates tanto de especialistas como do público em geral.

Os problemas relacionados com o aumento das taxas de criminalidade, o aumento da sensação de insegurança, sobretudo nos grandes centros urbanos, as dificuldades
relacionadas à reforma das instituições da administração da justiça criminal, a violência policial, a ineficiência preventiva de nossas instituições, a superpopulação nos
presídios, as rebeliões, as fugas, a degradação das condições de internação de jovens em conflito com a lei, a corrupção, o aumento dos custos operacionais do sistema,
a ineficiência da investigação criminal e das perícias policiais e a morosidade judicial, entre tantos outros, representam desafios para o sucesso do processo de
consolidação política da democracia no Brasil.

Internet: <www.observatoriodeseguranca.org> (com adaptações).

Com relação às ideias e estruturas do texto acima, julgue o item a seguir.

A palavra “degradação” está sendo empregada no texto com o sentido de transformação, sem nenhum juízo de valor.
Certo
Errado

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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 25/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
CEBRASPE (CESPE) - Of (PM DF)/PM DF/Especialista/Manutenção em Comunicações/2010
Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
466) Ética, cidadania e segurança pública são valores entrelaçados. Não pode haver efetiva vigência da cidadania em uma sociedade que não se guie pela ética. Não
vigora a ética onde se suprima ou se menospreze a cidadania. A segurança pública é direito do cidadão, é requisito de exercício da cidadania. A segurança pública é
também um imperativo ético.

A luta pela ética, pela construção da cidadania e pela preservação da segurança pública não constitui dever exclusivo do Estado. Cabe ao povo, às instituições sociais, às
comunidades, participar desse processo político de sedimentação de valores tão essenciais à vida coletiva.

Internet: <www.dhnet.org.br> (com adaptações).

Com base nas ideias e estruturas do texto acima, julgue o item que se segue.

A palavra “imperativo” está sendo empregada, nesse texto, com o sentido de exigência, necessidade, dever.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/454956

CEBRASPE (CESPE) - Of (PM DF)/PM DF/Administração/2010


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
467) Todos os seres humanos necessitam de segurança. Todos os seres humanos têm o direito de serem protegidos do medo, de todas as espécies de medo.

O medo tem raízes profundas na alma dos seres. Radica-se no inconsciente e é objeto constante da pesquisa científica, com destaque para a psicanálise.

Temos medo do abandono, de passar necessidade e privações, medo das agressões, da doença, da morte.

Uma sociedade que se funde no “espírito de solidariedade” procurará construir modelos de convivência que afastem o medo do horizonte permanente de expectativas.
Em uma sociedade fraterna, o homem não será lobo do outro homem.

Nossa Constituição determina que a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. Será exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio.

Internet: <www.dhnet.org.br> (com adaptações).

A partir do texto acima, julgue o item subsequente.

A palavra “incolumidade” está sendo empregada com o sentido de estado ou situação livre de perigo, intacto, ileso, são e salvo.
Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/1581509

CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM ES)/PM ES/Combatente/2010


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
468) A democracia é o único regime que permite ao cidadão ser contra, dentro da lei. Os demais regimes recusam ou reprimem esse direito e permitem ao cidadão
apenas ser a favor ou neutro, jamais ser contra. Portanto, para funcionar bem, a democracia precisa garantir ao cidadão aquilo que a distingue dos demais regimes: o
direito legal de ser contra.

Eleições no mundo todo são feitas somente com o voto a favor e não há como distinguir a democracia da ditadura, pois esta também permite o voto a favor. Muitos
ditadores do mundo submeteram-se a eleições e foram “reeleitos”, sempre com votos a favor.

No Brasil, há muitos políticos que, embora rejeitados por muitos, acabam sendo eleitos por poucos, lamentavelmente com votos suficientes para ganhar o cargo. O voto a
favor, sozinho, não garante a democracia.

As eleições atuais não detectam verdadeiramente a vontade da maioria dos cidadãos — um dos traços da democracia —, pois não levam em conta a rejeição dos eleitores
ao candidato. É uma democracia pela metade.

Para que uma eleição seja democrática, cada eleitor deveria receber duas cédulas, uma para o voto a favor do candidato preferido e outra para o voto contrário ao
candidato que ele não quer. Seriam apurados os votos a favor, os contrários e o saldo de votos. Assim, estaria eleito o candidato com o maior saldo de votos. Puro,
simples e democrático.

A primeira eleição seria talvez um pouco confusa para o eleitor e para o candidato, mas as vantagens seriam tão grandes que ambos aprenderiam logo para a eleição
seguinte.

De início, a vantagem seria a imediata exclusão de políticos “profissionais”, picaretas, enganadores, populistas, marqueteiros, tudo de acordo com as regras democráticas,
pelo voto; nesse caso, tanto o voto a favor quanto o contrário. Mas a principal vantagem seria fazer funcionar plenamente a democracia, ao dar ao eleitor aquilo que a
distingue, o direito de oposição legal.

Milton Nogueira. Voto a favor, voto contrário.


Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).

Com base no texto, julgue o item.

O emprego da expressão “oposição legal” indica que o processo eleitoral proposto pelo autor é um processo justo.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC RN)/PC RN/2009
Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
469) Brinkmanship

Em 1964, o cineasta Stanley Kubrick lançava o filme Dr. Strangelove. Nele, um oficial norte-americano ordena um bombardeio nuclear à União Soviética e comete
suicídio em seguida, levando consigo o código para cancelar o bombardeio. O presidente norte-americano busca o governo soviético na esperança de convencê-lo de que
o evento foi um acidente e, por isso, não deveria haver retaliação. É, então, informado de que os soviéticos implementaram uma arma de fim do mundo (uma rede de
bombas nucleares subterrâneas), que funcionaria automaticamente quando o país fosse atacado ou quando alguém tentasse desacioná-la. O Dr. Strangelove, estrategista
do presidente, aponta uma falha: se os soviéticos dispunham de tal arma, por que a guardavam em segredo? Por que não contar ao mundo? A resposta do inimigo: a
máquina seria anunciada na reunião do partido na segunda-feira seguinte.

Pode-se analisar a situação criada no filme sob a ótica da Teoria dos Jogos: uma bomba nuclear é lançada pelo país A ao país B. A política de B consiste em revidar
qualquer ataque com todo o seu arsenal, o qual pode destruir a vida no planeta, caso o país seja atacado. O raciocínio que leva B a adotar tal política é bastante simples:
até o país mais fraco do mundo está seguro se criar uma máquina de destruição do mundo, ou seja, ao ter sua sobrevivência seriamente ameaçada, o país destrói o
mundo inteiro (ou, em seu modo menos drástico, apenas os invasores). Ao elevar os custos para o país invasor, o detentor dessa arma garante sua segurança. O
problema é que de nada adianta um país possuir tal arma em segredo. Seus inimigos devem saber de sua existência e acreditar na sua disposição de usá-la. O poder da
máquina do fim do mundo está mais na intimidação do que em seu uso.

O conflito nuclear fornece um exemplo de uma das conclusões mais surpreendentes a que se chega com a Teoria dos Jogos. O economista Thomas Schelling percebeu
que, apesar de o sucesso geralmente ser atribuído a maior inteligência, planejamento, racionalidade, entre outras características que retratam o vencedor como superior
ao vencido, o que ocorre, muitas vezes, é justamente o oposto. Até mesmo o poder de um jogador, considerado, no senso comum, como uma vantagem, pode atuar
contra seu detentor.

Schelling denominou brinkmanship (de brink, extremo) a estratégia de deliberadamente levar uma situação às suas consequências extremas.

Um exemplo usado por Schelling é o bem conhecido jogo do frango, que consiste em dois indivíduos acelerarem seus carros na direção um do outro em rota de colisão; o
primeiro a virar o volante e sair da pista é o perdedor.

Se ambos forem reto, os dois jogadores pagam o preço mais alto com sua vida. No caso de os dois desviarem, o jogo termina em empate. Se um desviar e o outro for
reto, o primeiro será o frango, e o segundo, o vencedor. Schelling propôs que um participante desse jogo retire o volante de seu carro e o atire para fora, fazendo questão
de mostrá-lo a todas as pessoas presentes. Ao outro jogador caberia a decisão de desistir ou causar uma catástrofe. Um jogador racional optaria pelo que lhe causasse
menos perdas, sempre perdendo o jogo.

Fabio Zugman.Teoria dos jogos. Internet: <www.iced.org.br> (com adaptações).

O sentido geral do texto e a sua correção gramatical seriam mantidos caso se substituísse a expressão “no senso comum” por

a) geralmente.
b) apressadamente.
c) aproximadamente.
d) erroneamente.
e) precipuamente.

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM ES)/PM ES/Combatente/2009


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
470) No Brasil, o número de pessoas com algum tipo de deficiência varia de um mínimo de 16 milhões, nos cálculos de especialistas, a 24,6 milhões, conforme o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total, cerca de 9 milhões estão em idade de trabalhar, mas apenas 1 milhão tem emprego fixo, 11% do total,
enquanto nas nações mais avançadas a parcela ultrapassa 30%. Da mesma forma, a participação de afro-descendentes e pardos no Brasil ainda é modesta em diferentes
áreas de atividade, as mulheres ocupam um número reduzido de postos-chave e profissionais de orientação sexual diferenciada costumam ser segregados e até mesmo
hostilizados. A mudança desse quadro não pode ser feita de um momento para outro, mas exige políticas bem definidas para que os ganhos se mostrem mais próximos
das necessidades.

A garantia de maior diversidade nas empresas depende de uma mudança cultural, que no Brasil vem sendo estimulada por crescentes imposições legais.

Estado de Minas, “Editorial”, 3/1/2009 (com adaptações).

Em relação ao texto acima, julgue o item a seguir.

A palavra “segregados” está sendo empregada com o sentido de marginalizados, isolados.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM ES)/PM ES/Combatente/2009


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
471) Na área do emprego, a legislação, em âmbito federal, estadual e municipal, tende a estimular a inserção de diferentes maneiras, como a colocação competitiva e
seletiva e o trabalho por contra própria, que deveriam ser mais levadas em conta. O importante é que, cada vez mais, outras áreas de atuação da sociedade vêm
incorporando expressões como “ações afirmativas” e “busca de quadros que assegurem diversidade”. A tendência favorece parcela expressiva da sociedade que, até
recentemente, era ignorada e tratada como invisível. Os resultados já podem ser percebidos nos números, que precisam ser multiplicados cada vez mais pela vontade da
sociedade e não apenas por imposição legal. Mas a principal correção seria o fortalecimento do emprego formal, pois, dos 98 milhões de brasileiros em fase produtiva,
apenas 30 milhões têm carteira assinada. Aí reside a maior mazela que o país carrega hoje.

Idem, ibidem (com adaptações).

Com base no texto acima, julgue o item.

A expressão “parcela expressiva” tem o mesmo sentido de parcela significativa.

Certo

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Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM ES)/PM ES/Combatente/2009


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
472) Na área do emprego, a legislação, em âmbito federal, estadual e municipal, tende a estimular a inserção de diferentes maneiras, como a colocação competitiva e
seletiva e o trabalho por contra própria, que deveriam ser mais levadas em conta. O importante é que, cada vez mais, outras áreas de atuação da sociedade vêm
incorporando expressões como “ações afirmativas” e “busca de quadros que assegurem diversidade”. A tendência favorece parcela expressiva da sociedade que, até
recentemente, era ignorada e tratada como invisível. Os resultados já podem ser percebidos nos números, que precisam ser multiplicados cada vez mais pela vontade da
sociedade e não apenas por imposição legal. Mas a principal correção seria o fortalecimento do emprego formal, pois, dos 98 milhões de brasileiros em fase produtiva,
apenas 30 milhões têm carteira assinada. Aí reside a maior mazela que o país carrega hoje.

Idem, ibidem (com adaptações).

Com base no texto acima, julgue o item.

A palavra “mazela” está sendo empregada com o sentido de aborrecimento, doença, problema.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM ES)/PM ES/Combatente/2009


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
473) A legislação penal brasileira é sabidamente anacrônica, inadequada aos tempos que correm. Elaborado na década de 40, o código penal é de um Brasil e um mundo
que não mais existem. Neles, ainda não havia um tráfico de drogas montado em escala industrial, nem facilidades de comunicação e transporte, que tanto ajudam as
sociedades como as atividades ilícitas.

À inadequação do código à necessidade de punição severa por crimes graves cometidos por quem não demonstra possibilidade alguma de reabilitação e de volta ao
convívio social é somada outra distorção grave: a da aplicação incompetente das regras de progressão de pena previstas na lei de execução penal. A habilitação de
assassinos para que possam cumprir o resto da pena em regime semiaberto —
passar o dia fora da cadeia em um suposto emprego formal — é prova irrefutável de que a legislação penal está longe de atemorizar o crime. Ao contrário, por ser débil,
funciona como incentivo à cultura da impunidade, um dos mais graves problemas da sociedade brasileira.

O Globo, “Editorial”, 4/1/2009.

A partir do texto acima, julgue o item a seguir.

A palavra “anacrônica” está sendo empregada com o sentido de atrasada em relação ao tempo.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM ES)/PM ES/Músico/2009


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
474) Os primeiros sinais de uma música nacional brasileira, instituída e reconhecida como portadora de nossa identidade, cujo maior representante foi o compositor
Heitor Villa-Lobos, foram ratificados na Semana de Arte Moderna de 1922. A importância desse evento não repercutiu apenas no campo da música erudita, oficializando
uma linguagem nacional própria, como também teceu um atalho entre os elementos populares e o universo da música nacional como um todo. Pode-se afirmar que, até
aquele momento, os elementos musicais próprios do povo brasileiro, ou seja, o produto musical resultante da mistura do branco, do negro e do índio, tendiam a ser
desprezados.

Maria Jaci Toffano. Textos do Brasil, n.º 11 – Música popular


brasileira. Brasília: MRE, 2004, p. 110 (com adaptações).

Em relação ao texto acima, julgue o item a seguir.

A palavra “ratificados” está sendo empregada com o sentido de confirmados, validados.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sarg BM (CBM DF)/CBM DF/2008


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
475) Um incêndio foi apagado. E os outros?

O clima seco não ajuda, mas a natureza não é a única responsável pelo grande número de incêndios florestais no Brasil nas últimas semanas. “A maioria é provocada pela
ação humana”, diz Alberto Setzer, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos. O fogo começa com pequenas queimadas feitas para abrir pastagens e acaba
atingindo áreas de preservação.

Os bombeiros levaram 11 dias para controlar o fogo no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Perderam-se quase 20% da vegetação do parque, que tem 33.000
hectares e abriga espécies em extinção, como o tatu-canastra.

As queimadas, porém, continuam por todo o país. Há mais de 1.200 focos em unidades de conservação. Neste ano, o número de queimadas já é 43% maior que em
2006.

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Época, n.º 487, 17/9/2007, p. 18 (com adaptações).

Com relação ao sentido e aos aspectos gramaticais do texto acima, julgue o item a seguir.

O termo “hectares” é interpretado como sendo uma unidade de medida de tempo.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM CE)/PM CE/2008


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
476) Há cerca de 400 mil presos no país e, estima-se, o mesmo número em mandados de prisão não cumpridos. Muitas distorções ocorrem na aplicação da Lei de
Execuções Penais. Estatísticas recentes sobre o sistema carcerário do Rio de Janeiro apontam para a existência de 6.254 fugitivos, a maioria dos quais, 3.759, aproveitou
o benefício do regime de prisão semi-aberta e escapou. Esse fato é uma prova irrefutável de erro grave da justiça na concessão da progressão de pena.

Idem, ibidem.

Julgue o seguinte item, considerando os sentidos e aspectos gramaticais do texto acima.

A expressão “estima-se” está empregada com o sentido de calcula-se, avalia-se.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM CE)/PM CE/2008


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
477) Há cerca de 400 mil presos no país e, estima-se, o mesmo número em mandados de prisão não cumpridos. Muitas distorções ocorrem na aplicação da Lei de
Execuções Penais. Estatísticas recentes sobre o sistema carcerário do Rio de Janeiro apontam para a existência de 6.254 fugitivos, a maioria dos quais, 3.759, aproveitou
o benefício do regime de prisão semi-aberta e escapou. Esse fato é uma prova irrefutável de erro grave da justiça na concessão da progressão de pena.

Idem, ibidem.

Julgue o seguinte item, considerando os sentidos e aspectos gramaticais do texto acima.

O sentido de “irrefutável” equivale ao de incontestável.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM CE)/PM CE/2008


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
478) Principal marco da redemocratização do país, a Lei da Anistia representa um perdão de mão dupla: assim como foram anistiados os que tinham sido punidos por
crimes políticos, também foram perdoados os representantes do Estado que haviam cometido qualquer espécie de violência política. Nesse equilíbrio, assentaram-se as
bases para a reconstrução da democracia brasileira nos anos 80 do século passado, abrindo-se caminho para os processos eleitorais, muitos deles disputados (e até
vencidos) por aqueles que, outrora, tiveram banida a cidadania.

Jornal do Brasil, 4/8/2008 (com adaptações).

Com referência ao texto acima, julgue o item que se segue.

O vocábulo “outrora” significa em outro lugar.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Al Sold (PM AC)/PM AC/Combatente/2008


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
479) Direcionar o debate sobre segurança pública à punição de crianças e adolescentes revela um traço de discriminação e preconceito que não deixa de ser uma
herança da Casa Grande. A escola era proibida para os filhos dos escravos e obrigatória para os filhos dos senhores. Oito milhões de negros e pardos, de uma população
de 13 milhões em 1888, eram analfabetos e sem preparo para novas ocupações após a Abolição. Nas maiores cidades surgiram cortiços e favelas e, naturalmente, a
delinquência. Hoje, importantes medidas de combate à exclusão vêm sendo gradativamente implantadas: programas como Pró - Jovem, Agente Jovem,
Empreendedorismo Jovem, Escola de Fábrica, Soldado Cidadão, entre outros. No entanto, ainda falta um esforço nacional envolvendo municípios, estados, empresas e
sociedade. Medidas socioeducativas comprovadamente eficazes na recuperação de menores infratores existem em algumas regiões do país, mas ainda não predominam.
Falta potencializar os investimentos em educação de qualidade para todos.

Revista do Brasil, n.º 10, mar./2007, p. 23 (com adaptações).

Julgue o próximo item com relação às idéias e estruturas linguísticas do texto apresentado.

De acordo com o conjunto do texto, a palavra “naturalmente” indica que o surgimento de cortiços e favelas no Brasil foi um fenômeno natural, independente do contexto
histórico.

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Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM ES)/CBM ES/Combatente/2008


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
480) Exigências da paz

Acredito na paz e na sua possibilidade como forma normal de existência humana. Mas não acredito nas caricaturas de paz que nos são constantemente propostas, e até
inculcadas. Há por aí uma paz muito proclamada, mas que na realidade atrapalha a verdadeira paz.

A paz não é uma abstração. É uma forma de convivência humana. Expressa o modo existencial como os homens trabalham, se relacionam e conduzem o destino da
História.

Sendo assim, não adianta apregoar a sublime paz.

Que não passe de fórmula sem conteúdo. Pois o que importa são as situações concretas em que vive a humanidade.

Sociedade pacífica não é a sociedade que usa e consome slogans de paz, mas a que desenvolve concretamente formas de existência social em que os homens vivam com
dignidade, e possam participar dos valores materiais e espirituais que respondam às necessidades básicas da vida humana.

Se a humanidade quiser a paz efetiva, deve estar disposta a remover tudo aquilo que a impede. E a buscar tudo aquilo que a possibilita. Antes de tudo, remover a falsa
paz: A paz concordista que aceita, com tolerância descabida, situações injustas.

A paz conformista que adia soluções, contorna problemas, silencia dramas sob a alegação de que o mundo sempre foi assim, e de que é preciso esperar com paciência.

A paz alienante que distrai a consciência para que não se percebam os males que machucam o corpo e encolerizam a alma da humanidade. A paz cúmplice que disfarça
absurdos, desculpa atrocidades, justifica opressões e torna razoáveis espoliações desumanas.

A paz não tem a missão de camuflar erros, mas de diagnosticá-los com lucidez. Não é um subterfúgio para evitar a solução reclamada. Existe para resolver o problema.

Pode haver paz onde há fome crônica? Pode haver paz no lar em que a criança está morrendo por falta de remédios? Pode haver paz onde há desemprego? Pode haver
paz onde o ódio domina? Pode haver paz onde a perseguição age bem acobertada? Nesses casos, o primeiro passo é suprimir a fome, a doença, o desemprego, o ódio, a
perseguição.

E então a paz começa a chegar.

A paz é uma infatigável busca de valores para o bem de todos. É o esforço criador da humanidade gerando recursos econômicos, culturais, sociais, morais, espirituais,
que são indispensáveis à subsistência, ao crescimento e ao relacionamento consciente e fraterno da humanidade.

Juvenal Arduini. Estradeiro. Para onde vai o homem?


São Paulo: Edições Paulinas, 1987 (com adaptações).

Com relação às palavras e expressões empregadas no texto, julgue o item seguinte.

O vocábulo “efetiva” foi empregado com o sentido de real, incontestável.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Of BM (CBM DF)/CBM DF/Complementar/Pastor Evangélico/2007


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
481) Em 1508, quando andava à procura de quem pintasse o teto da Capela Sistina, o papa Júlio II pediu a Michelangelo uma prova de sua competência para a tarefa.
Como resposta, o genial artista da Renascença desenhou um círculo perfeito a mão livre. Só mesmo Michelangelo — que, nos anos seguintes, transformaria o teto da
capela em uma das mais estupendas obras de arte da história — poderia imaginar uma solução tão simples para o desafio que lhe foi imposto. Até hoje, no mundo das
artes e do design, vale a lição de Michelangelo: às vezes, o mínimo é o máximo.

Leoleli Camargo. Arquitetura, o mínimo é o máximo. In: Veja, 22/11/2006, p. 121 (com adaptações).

Julgue o item que se segue com base na leitura do texto acima.

A expressão “Até hoje” denota idéia de aproximação a um limite no tempo, a partir de 1508.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Of BM (CBM DF)/CBM DF/Complementar/Pastor Evangélico/2007


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
482) Em 1508, quando andava à procura de quem pintasse o teto da Capela Sistina, o papa Júlio II pediu a Michelangelo uma prova de sua competência para a tarefa.
Como resposta, o genial artista da Renascença desenhou um círculo perfeito a mão livre. Só mesmo Michelangelo — que, nos anos seguintes, transformaria o teto da
capela em uma das mais estupendas obras de arte da história — poderia imaginar uma solução tão simples para o desafio que lhe foi imposto. Até hoje, no mundo das
artes e do design, vale a lição de Michelangelo: às vezes, o mínimo é o máximo.

Leoleli Camargo. Arquitetura, o mínimo é o máximo. In: Veja, 22/11/2006, p. 121 (com adaptações).

Julgue o item que se segue com base na leitura do texto acima.

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 30/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
A expressão “às vezes, o mínimo é o máximo” significa que a simplicidade de uma ação pode revelar a genialidade na realização de grandes feitos.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM ES)/PM ES/Combatente/2007


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
483) Portugal não deu trégua aos moradores da América. Farejava oportunidades de tributar onde germinassem riquezas. Os engenhos começavam a moer cana-de-
açúcar e já apareciam taxas para as caixas de açúcar; uma nova taberna abria suas portas e os barris de vinho chegavam mais caros. O gado que pisava os pastos exigia
do seu dono uma contribuição; os carregadores que palmilhavam os caminhos deixavam nas contagens um pagamento pelos secos e molhados que as tropas levavam.
Embarcar mercadorias para a Europa e trazer de lá azeite, bacalhau e sal custava uma fortuna, paga aos cofres da Companhia de Comércio, quefazia esse transporte com
exclusividade sob patrocínio régio. Novas riquezas, novos impostos. Um veio de minério era ferido e lá vinha o fiscal para conseguir o “quinto” que deveria ser oferecido
ao rei. Minas Gerais no século XVIII foi, aliás, o paraíso da imaginação tributária. Ali chegaram a existir mais de 80 impostos simultaneamente.

Esse fiscalismo assombrou o Brasil. Mas assombravam mais ainda as reações da população. Um furacão de revoltas contra os impostos varreu a colônia.

Luciano Figueiredo. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 2, n.º 23, ago./2007, p. 19.

Em relação às estruturas linguísticas e às idéias do texto acima, julgue o item.

A palavra “trégua” está sendo empregada com o sentido de pausa, cessação temporária de ação desagradável.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Per Crim (CPCRC)/CPCRC/Licenciatura em Letras/2007


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
484) Texto para a questão.

Não dá mais para esperar. Ações para frear o aquecimento global e a devastação da natureza devem ser tomadas urgentemente caso a humanidade não queira chegar ao
fim deste século vivendo um dos piores cenários já imaginados. Um mundo onde a fome e a falta de água atinjam proporções gigantescas, florestas inteiras e espécies de
animais e plantas tenham desaparecido e catástrofes naturais como tufões e enchentes atinjam centenas de milhões de pessoas.

O discurso já não pode mais ser considerado como exagero apocalíptico dos grupos ambientalistas — para muitos, apenas uns ecochatos. É científico. Nunca houve
consenso tão claro dos cientistas do mundo inteiro de que a ação do homem pode, de fato, tornar inviável a vida de grande parte da população mundial. O maior alerta já
dado na história da humanidade partiu recentemente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que reúne pesquisadores do mundo todo.

“Meio Ambiente”. In: Correio Braziliense, 5/6/2007.

No texto, a expressão “exagero apocalíptico” significa


a) exagero que evoca o fim do mundo.
b) exagero místico.
c) excesso mítico.
d) excesso imaginário.

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CEBRASPE (CESPE) - Of (PM DF)/PM DF/Especialista/Músico/2006


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
485) O conceito mais conhecido de inteligência é aquele relacionado com a capacidade de resolver problemas — dos mais simples aos mais complexos, na grande
variedade das conquistas humanas nas diversas áreas do saber. É também a capacidade de criar produtos, materiais ou intelectuais, que sejam aceitos socialmente. É um
potencial biológico e psicológico, isto é, a inteligência está associada aos nossos desejos e às nossas ações conscientes e inconscientes. Significa também escolher. É a
capacidade pela qual conseguimos conhecer e compreender as coisas por meio de uma seleção de opções que se nos apresentam no dia-a-dia.

Todo ser humano tem suas habilidades para interagir com o meio onde vive. Nossa inteligência não está em um espaço fechado chamado cérebro. Interagimos com o
mundo e, utilizando nosso corpo e nosso ser, participamos da nossa cultura. Pensamos e sentimos como um todo. A diversidade das habilidades humanas torna uns
diversos dos outros. Não uns mais do que os outros, mas diversos, com competências diferentes, constituindo seres construtivos da história humana. Portanto, todos os
humanos são seres inteligentes, com potenciais para ir além do que são já, neste instante.

Celso Ribeiro. In: Jornal de Negócios/


Vida e Saúde, 2/6/2002 (com adaptações).

Com relação ao texto acima, julgue o próximo item.

O trecho “utilizando nosso corpo e nosso ser” expressa idéia de finalidade.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC ES)/PC ES/2006


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
486) Na Antiguidade não se conhecia o fenômeno da limitação do poder do Estado. As leis que organizavam os Estados não atribuíam ao indivíduo direitos frente ao
poder estatal. Quando Aristóteles definiu “Constituição”, tinha diante de si esse tipo de legislação. Não obstante tenha sido Atenas o berço de relevante pensamento

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
político, não se imaginava então a possibilidade de um estatuto de direitos oponíveis ao próprio Estado. A formação da pólis foi precedida da formação de um território
cultural. Este balizou os limites da cidade grega. Sem garantia legal, os “direitos humanos” padeciam de certa precariedade na estrutura política. O respeito a eles ficava
na dependência da virtude e da sabedoria dos governantes. Esta circunstância, porém, não exclui a importante contribuição de culturas antigas na criação da idéia de
direitos humanos. Alguns autores pretendem afirmar que a história dos direitos humanos começou com o balizamento do poder do Estado pela lei. Essa visão é errônea.
Obscurece o legado de povos que não conheceram a técnica de limitação do poder, mas privilegiaram enormemente a pessoa humana nos seus costumes e instituições
sociais.

João Baptista Herkenhoff. Internet: <http://www.dhnet.org.br>. Acesso em fev./2006.

Acerca do texto, julgue o item subseqüente.

A expressão “esse tipo de legislação” refere-se à legislação que não limitava o poder do Estado e não atribuía ao indivíduo direitos diante do Estado.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC ES)/PC ES/2006


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
487) O Estado moderno, não obstante apresentar-se como um Estado minimalista, é potencialmente um Estado maximalista, pois a sociedade civil, enquanto o outro do
Estado, auto-reproduz-se por meio de leis e regulações que dimanam do Estado e para as quais não parecem existir limites, desde que as regras democráticas da
produção de leis sejam respeitadas. Os direitos humanos estão no cerne desta tensão: enquanto a primeira geração de direitos humanos (os direitos cívicos e políticos)
foi concebida como uma luta da sociedade civil contra o Estado, considerado como o principal violador potencial dos direitos humanos, a segunda e terceira gerações
(direitos econômicos e sociais e direitos culturais, da qualidade de vida etc.) pressupõem que o Estado é o principal garantidor dos direitos humanos.

Boaventura de Sousa Santos. Internet: <http://www.dhnet.org.br>. Acesso em fev./2006 (com adaptações).

Quanto ao texto, julgue o item seguinte.

A expressão “dimanam” está sendo empregada com o sentido de diferem, se opõem.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Aux Per ML (PC ES)/PC ES/2006


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
488) Decorridos quase seis anos do lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), pode-se afirmar com segurança que o Brasil avançou
significativamente na questão da promoção e da proteção dos direitos humanos. Graças ao PNDH, foi possível sistematizar demandas de toda a sociedade brasileira com
relação aos direitos humanos e identificar alternativas para a solução de problemas estruturais, subsidiando-se a formulação e a implementação de políticas públicas e
fomentando-se a criação de programas e órgãos estaduais concebidos sob a ótica da promoção e garantia dos direitos humanos.

Programa Nacional de Direitos Humanos. Internet: <http://www.presidencia.gov.br/sedh/>. Acesso em 20/2/2006 (com adaptações).

Em relação às estruturas e idéias do texto acima, julgue o item a seguir.

“subsidiando” e “fomentando” estão sendo empregadas com o mesmo sentido.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Aux Per ML (PC ES)/PC ES/2006


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
489) O PNDH II incorpora ações específicas no campo da garantia do direito à educação, à saúde, à previdência e à assistência social, ao trabalho, à moradia, a um meio
ambiente saudável, à alimentação, à cultura e ao lazer, assim como propostas voltadas para a educação e sensibilização de toda a sociedade brasileira com vistas à
construção e consolidação de uma cultura de respeito aos direitos humanos. Atendendo a anseios da sociedade civil, foram estabelecidas novas formas de
acompanhamento e monitoramento das ações contempladas no Programa Nacional, baseadas na relação estratégica entre a implementação do programa e a elaboração
dos orçamentos federal, estadual e municipal. O PNDH II deixa de circunscrever as ações propostas a objetivos de curto, médio e longo prazo, e passa a ser
implementado por meio de planos de ação anuais, os quais definirão as medidas a serem adotadas, os recursos orçamentários destinados a financiá-las e os órgãos
responsáveis pela execução.

Idem, ibidem.

Com base no texto acima, julgue o item subseqüente.

A palavra “circunscrever” foi empregada com o sentido de ampliar, expandir.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - AgFEP (DEPEN)/DEPEN/2005


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
490)

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 32/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Pelo planeta, o crime organizado continua a desafiar governos e a fortalecer sua economia. Promove uma gestão capaz de movimentar capitais sujos no sistema
financeiro e de produzir reciclagens em atividades formalmente lícitas.

Em encontros ocorridos nos anos de 1994 e 1996, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) já considerava que a reciclagem acarreta concorrência
predatória. Como exemplo, foi citada a Yakuza, máfia japonesa que interfere em muitas empresas e que chegou a obter carta patente para explorar um banco de
investimento.

Os lucros das associações criminosas transnacionais, precursoras do mercado aberto, sem fronteiras, crescem quase 40% ao ano. Na Sicília, a “máfia-empresa” que, nos
anos 20, possuía representação em Nova Iorque, com o nome de Cosa Nostra, fatura alto. Segundo o procurador nacional antimáfia, ela ocuparia o terceiro posto, caso
fosse colocada no elenco das empresas italianas.

Wálter Fanganiello Maierovitch. Linha de frente. In: Carta Capital, 29/6/2005, p. 70 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item seguinte, considerando a dimensão, no mundo contemporâneo, do tema abordado no texto.

A expressão lavagem de dinheiro, regularmente relacionada ao crime organizado, bem se aplica a uma situação mencionada no texto, a saber, “capaz de movimentar
capitais sujos no sistema financeiro e de produzir reciclagens em atividades formalmente lícitas”.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - AgFEP (DEPEN)/DEPEN/2005


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
491)

A população com idade acima de 60 anos vem crescendo no Brasil. A notícia merece ser comemorada, pois adiciona mais anos de vida aos brasileiros. A combinação de
melhorias nas condições de infra-estrutura e avanços na área da medicina curativa e preventiva é a principal responsável por esse processo de envelhecimento
populacional, que elevou a expectativa de vida no Brasil de 63 anos e 9 meses, em 1983, para 71 anos e 3 meses, em 2003.

Esse aumento da longevidade, porém, só significará, de fato, uma grande vitória quando vier acompanhado por melhor qualidade de vida. É preciso que, paralelamente a
essa evolução cronológica, o idoso sinta-se plenamente integrado aos meios social e familiar. Nem sempre isso é possível, sobretudo quando se verifica que a imagem
dessa parcela da população ainda é construída a partir de estereótipos que associam idade avançada a um inevitável estado de incapacidade física e mental.

Mais do que uma atitude preconceituosa — típica de uma sociedade que ainda cultiva o mito da juventude eterna e se pauta pelo imediatismo de suas ações —, essa
visão não corresponde à verdade.
Editorial. In: Revista Família Cristã. Jul./2005, p. 3 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a abrangência do tema por ele focalizado bem como aspectos lingüísticos, julgue o item subseqüente.

A palavra “envelhecimento”, embora seja comumente associada a morte, assume, no texto, uma conotação positiva, de avanço social.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Cab (PM DF)/PM DF/2005


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
492) Os direitos humanos, como referencial ético dos homens, são aqueles inerentes à pessoa humana, não necessitando que os legislem, ou mesmo que os queiram,
são direitos naturais universais. Também são vistos como pretensões de direitos. Carl Schmitt conceituou-os como “direitos do homem livre e isolado, direitos que ele
possui em face do Estado”. Para Bobbio, “por mais fundamentais que sejam, são direitos históricos” e nascem de modo gradativo em virtude de determinadas situações.

Por sua vez, os direitos fundamentais, como “delineadores do perfil ético do direito e definidores da ação estatal em seus diversos setores (executivo, legislativo e
judiciário)”, caracterizam-se como “aqueles que cada ordenamento jurídico específico considera como tais, variando segundo a normatização de cada Estado. São direitos
absolutos e imutáveis”, visando tutelar, como os direitos humanos, a liberdade, a vida e a dignidade da pessoa humana.

Internet: <http://www.ambito-juridico.com.br/aj/dconst0051.htm> (com adaptações).

Em relação ao texto acima, julgue o item subseqüente.

O verbo “tutelar” está sendo empregado com o sentido de proteger, amparar, defender.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Cab (PM DF)/PM DF/2005


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
493) A pessoa incumbida da segurança pública tem o dever de exercer a autoridade concedida para tal fim, sob pena de estar prevaricando, mas não pode extrapolar,
sob pena de estar praticando abuso de autoridade. Ou seja, a atividade daquele que lida com a segurança pública é deveras importante, mas são exigidos sempre o bom
senso e o equilíbrio nas ações, até porque estas se refletem como um todo na sociedade.

Em questão de segurança pública, como não poderia deixar de ser, a ação do Estado tem que se adequar a princípios e dispositivos constitucionais e legais, respeitando
direitos individuais e coletivos, não podendo, no entanto, o administrador público ser omisso, condescendente, ineficiente ou exceder e incidir em arbitrariedades.

Uma polícia truculenta não resolverá o problema, assim como uma polícia inerte em nada adiantará para a efetivação da política eficaz de segurança pública.

Internet: <http://www.ambito-juridico.com.br/aj/dp0024.htm> (com adaptações).

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

A partir do texto acima, julgue o item que se segue.

Pelos sentidos do texto, a expressão “prevaricando” está sendo empregada com o sentido de faltando ao dever.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Cab (PM DF)/PM DF/2005


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
494) A Declaração dos Direitos do Homem nasceu após o término da Segunda Guerra Mundial. Era preciso dar um basta nos genocídios intentados pelos próprios
Estados responsáveis pela morte de cerca de 45 milhões de pessoas, discriminadas em razão de suas opções religiosas, políticas ou por sua etnia. Os direitos humanos
foram concebidos, então, nessa época, para dar um “basta” às atrocidades e horrores cometidos pelo nazismo e regimes totalitários. Porém, mais do que conceituar os
direitos humanos, a Declaração nos trouxe um novo paradigma, um referencial ético que serve como princípio para a ação dos Estados. A partir dela, viu-se que todo
homem deve ter seus direitos protegidos não apenas pelo seu Estado, mas por todos, por toda a comunidade internacional. A violação de um direito humano de um
cidadão nigeriano não é apenas questão pertinente aos seus compatriotas, mas a toda a comunidade internacional. Qualquer violação de direitos humanos, onde quer
que ela ocorra, é uma agressão a toda a humanidade.

Nilmário Miranda. Internet: <http://www.presidencia.gov.br/sedh/> (com adaptações).

A respeito do texto acima, julgue o item subseqüente.

A palavra “intentados” está sendo empregada com o sentido de estimulados.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Ag Adm (PF)/PF/2004


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
495) A proximidade não nos tem tornado mais solidários e amigos. À luz da crescente mercantilização das relações humanas, quase tudo é encarado em termos
de lucro e benefício. Não importa que guerras fratricidas ameacem a existência de nações africanas. Os países metropolitanos continuarão fabricando e exportando armas
- que a África não produz - e permanecerão insensíveis ao genocídio se, no palco das operações, não houver diamantes, petróleo ou qualquer outra riqueza que justifique
a intervenção das tropas globocolonizadas, como ocorreu no Iraque e na Iugoslávia.

Idem, ibidem.

Tendo o texto acima como referência e considerando o cenário mundial contemporâneo, julgue o item que se segue.

A palavra "genocídio" significa extermínio deliberado, parcial ou total, de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Adm (PF)/PF/2004


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
496) Há três situações inéditas na presente conjuntura mundial. Primeiro, os Estados Unidos da América nunca travaram uma guerra no seu território, nunca
foram alvo de ataques, se levarmos em conta que o Havaí é um território extracontinental e com poucas características norteamericanas. O coração do país foi atingido. O
segundo fato inédito é a guerra contra o terror. Na verdade não há uma guerra no sentido substantivo da palavra. Ela é adjetiva, quer dizer, está acontecendo: há um
longo conflito, não uma longa guerra. Terceiro, é inédita a condução do conflito. Do final de setembro aos primeiros dias de outubro, ficou muito claro que estamos
assistindo a algo absolutamente novo e fantástico: o surgimento de uma entidade governante anglosaxã. Não é mais o governo norte americano que faz a guerra: são os
governos britânico e norte-americano.

Francisco Carlos T. da Silva. O mundo mudou? Ciência Hoje, nov./2003 (com adaptações).

Com relação ao texto acima, julgue o seguinte item.

A palavra "guerra" está associada a um sentido substantivo de "longo conflito" e a um sentido adjetivo, que deixa subentender um curto conflito.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Tec Ass Cult (PF)/PF/2004


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
497) O acesso à informação e à cultura é um direito de todos os cidadãos. Infelizmente, na prática, nem sempre é o que acontece. Não são poucos os casos de
obras de autores já falecidos - importantíssimos para o conhecimento público - que acabam enfurnadas nas gavetas por causa de disputas judiciais. Explica-se: por lei, os
direitos autorais de toda obra intelectual deixada em vida por um autor pertencem aos herdeiros por setenta anos, contados a partir de sua morte. São essas pessoas -
familiares ou não - que a manipulam como bem entendem, protegidas pela justiça. Mas nem sempre esses herdeiros dispõem de boa vontade para divulgar uma obra.
Não raro, exigem quantias financeiras absurdas, fazem objeções sem cabimento ou simplesmente se recusam a dar a autorização sem qualquer motivo palpável. Assim,
livros, filmes, peças teatrais e até mesmo material didático deixam de ser disponibilizados para o público, como deve ser a finalidade maior de uma obra intelectual.

Afonso Capelas Jr. Cultura aprisionada. Saber - revista do livro universitário, set./2002 (com adaptações).

Com base no texto acima, julgue o item seguinte.

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

A expressão verbal "acabam enfurnadas" está empregada no texto com valor semelhante a terminam por enfurnar.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - PPF/PF/2004


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
498) O filme Central do Brasil, de Walter Salles, tem como protagonista a professora aposentada Dora, que ganha um dinheiro extra escrevendo cartas para
analfabetos na Central do Brasil, estação ferroviária do Rio de Janeiro. Outra personagem é o menino Josué, filho de Ana, que contrata os serviços de Dora para escrever
cartas passionais para seu ex-marido, pai de Josué. Logo após ter contratado a tarefa, Ana morre atropelada. Josué, sem ninguém a recorrer na megalópole sem rosto,
sob o jugo do estado mínimo (sem proteção social), vê em Dora a única pessoa que poderá levá-lo até seu pai, no interior do sertão nordestino.

Dos vários momentos emocionantes do filme, o mais sensibilizante é o encontro de Josué com os presumíveis irmãos que, como o pai elaborado em seus sonhos, são
também marceneiros. A câmera faz uma panorâmica no interior do sertão para mostrar um conjunto habitacional de casas populares recém-construídas; em uma das
casas, os moradores são os filhos do pai de Josué que, em sua residência simples, acolhem para dormir Josué e Dora. Os irmãos dormem juntos e dividem a mesma
cama. Existe uma comunhão de sentimentos entre os irmãos: os que têm um teto para morar, têm trabalho, dão amparo ao menino órfão sem eira nem beira.

No filme, a grande questão do analfabetismo está acoplada a outro desafio, que é a questão nordestina, ou seja, o atraso econômico e social da região. Não basta
combater o analfabetismo, que, por si só, necessitaria dos esforços de, no mínimo, uma geração de brasileiros para ser debelado, pois, em 1996, o analfabetismo da
população de 15 anos e mais, no Brasil, era de 13,03%, representando um total de 13,9 milhões de pessoas. Segundo a UNESCO, o Brasil chegaria ao ano 2000 em
sétimo lugar entre os países com maior número de analfabetos.

No Brasil, carecemos de políticas públicas que atendam, de forma igualitária, a população, em especial aquelas voltadas para as crianças, os idosos e as mulheres. A
permanência da questão nordestina é um exemplo constante das nossas desigualdades, do desprezo à vida e da falta de políticas públicas que atendam aos anseios
mínimos do povo trabalhador. Não saber ler nem escrever, no Brasil, é um elemento a mais na desagregação dos indivíduos que serão párias permanentes em uma
sociedade que se diz moderna e globalizada, mas que é debilitada naquilo que é mais premente ao povo: alimentação, trabalho, saúde e educação. Sem essas condições
básicas, praticamente se nega o direito à cidadania da ampla maioria da população brasileira.

Os ensinamentos que podemos tirar de Central do Brasil são que devemos atacar a questão social de várias frentes, em especial na educação de todos os brasileiros,
jovens e velhos; lutar por políticas públicas de qualidade que direcionem os investimentos para promover uma desconcentração regional e pessoal da renda no país,
propugnando por um novo modelo econômico e social. Ao garantir uma vida digna, a maioria da população saberá, por meio da solidariedade de classe, responder às
necessidades da construção de uma sociedade mais justa. Central do Brasil é um exemplo vivo de que o Brasil tem rumo e esperança.

Salvatore Santagada. Zero Hora, 20/3/1999 (com adaptações)

A partir do texto ao lado, julgue o item a seguir.

Os adjetivos "acoplada", "debelado" e "debilitada" significam no texto, respectivamente, ligada, extinto e fraca.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/37419

CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2004


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
499) Quando acompanhamos a história das idéias éticas, desde a Antiguidade clássica até nossos dias, podemos perceber que, em seu centro, encontra-se o
problema da violência e dos meios para evitá-la, diminuí-la, controlá-la.

Diferentes formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos como padrões de conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de
comportamentos sociais que pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação do grupo social.

Evidentemente, as várias culturas e sociedades não definiram nem definem a violência da mesma maneira, mas, ao contrário, dão-lhe conteúdos diferentes,
segundo os tempos e os lugares. No entanto, malgrado as diferenças, certos aspectos da violência são percebidos da mesma maneira, formando o fundo comum contra o
qual os valores éticos são erguidos.

Marilena Chaui. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1995. In: Internet: <www2.uol.com.br/aprendiz> (com adaptações).

A respeito das idéias e das estruturas lingüísticas do texto acima, julgue o item a seguir.

No terceiro parágrafo, a significação do verbo definir corresponde a atribuir conteúdo.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/51712

CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2004


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
500) A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora acometa indivíduos vulneráveis em todas as classes sociais, é nos bairros pobres que ela se torna
epidêmica. Os índices de preponderância variam de cidade para cidade e de um país para outro. Como regra, a epidemia começa nos grandes centros e se dissemina pelo
interior. A incidência nem sempre é crescente; a mudança de fatores ambientais pode interferir em sua escalada. Sabe-se também que os genes herdados exercem
influência fundamental na estrutura e função dos circuitos de neurônios envolvidos nos mecanismos bioquímicos da agressividade. É bom ressaltar, porém, que os fatores
genéticos não condicionam o comportamento futuro: o impacto do meio ambiente é decisivo. Os mediadores químicos liberados e a própria arquitetura das conexões
nervosas que constituem esses circuitos são dramaticamente modelados pelos acontecimentos sociais da infância.

Dráuzio Varella. Internet: <http://www.drauziovarella.com.br> (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue o seguinte item.

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 35/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Como o "interior" é uma região mais ampla e tem população rarefeita, a expressão "se dissemina" está sendo empregada com o sentido de se atenua, se dissolve.
Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/28196

CEBRASPE (CESPE) - PRF/PRF/2003


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
501) É opinião unânime entre os analistas políticos que, até agora, o melhor desempenho do governo Luiz Inácio Lula da Silva está se dando no campo
diplomático. O primeiro grande êxito foi a intermediação do conflito entre o presidente venezuelano Hugo Cháves e seus opositores. O segundo grande êxito dessa
política refere-se às negociações para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). Na última conferência da Organização Mundial do Comércio (OMC),
realizada no balneário mexicano de Cancun, o Itamaraty, manobrando habilmente nos meandros da diplomacia internacional, impediu que os Estados Unidos da América
(EUA) escondessem seu protecionismo ferrenho atrás da propaganda do livre comércio, que constitui a justificativa para a formação da ALCA. O mais recente êxito de
Lula na ordem internacional foi o discurso proferido na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, quando propôs a criação de um
comitê de chefes de Estado para dinamizar as ações de combate à fome e à miséria em todo o mundo.

Plínio de Arruda Sampaio. Política externa independente. In: Família Cristã, ano 69, n.º 815, nov./2003, p. 28-9 (com adaptações).

Tendo o texto por referência inicial e considerando situações históricas relativas à inserção internacional do Brasil e o quadro econômico mundial contemporâneo, julgue o
item seguinte

A expressão "ferrenho" está associada à idéia de implacável, duro, férreo.


Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/445868

CEBRASPE (CESPE) - Cab (PM DF)/PM DF/2003


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
502) O modelo adotado pelos ingleses em Nova Lima pode ser aplicado, com estrita literalidade, a qualquer pretensão de combater a criminalidade sem levar em conta a
sua condição de sintoma e, portanto, desenraizada das causas sociais que a produzem e alimentam. Criminalidade é efeito, é forma perversa de protesto, gerada por uma
patologia social que a antecede e que é, também ela, perversa. A criminalidade está para a patologia social assim como a tosse convulsiva está para a silicose.

É claro que a criminalidade, como sintoma, tem de ser adequadamente atendida por medidas policiais cabíveis, tanto quanto é imperativo minorar, com remédio
apropriado, a tosse sofrida do silicótico. Mas que não se fique nisso, já que o combate ao efeito não remove — nem resolve — a causa que o produz. Ao contrário, a luta
pura e simples contra o efeito corre o risco de tornar-se danosa e perversa, uma vez que, destruindo a sua função alertadora e denunciadora, pode provocar uma
cegueira perigosa, que aprofunda a raiz do mal.

Idem, ibidem.

Com relação às idéias e expressões do texto acima, bem como acerca da atuação da PMDF, julgue o seguinte item.

A expressão “com estrita literalidade” pode ser corretamente resumida da seguinte forma: literalmente.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/446533

CEBRASPE (CESPE) - Sarg (PM DF)/PM DF/2003


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
503) As informações a seguir foram expostas em relatório produzido por auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) e entregues às autoridades brasileiras.

Virou letra morta a Lei de Execução Penal, de 1984. Ela contém normas de prevenção ao crime e ressocialização do criminoso e estabelece os direitos do preso —
educação e trabalho, por exemplo.
As penitenciárias não foram planejadas para atividades de educação, profissionalização e trabalho. Faltam salas de aula e oficinas.
Há no país 46.514 agentes penitenciários. Só 5.449 atuam em atividades de ressocialização. Os demais 13 72,5% dedicam-se à segurança.
Visitaram-se 18 cadeias em nove estados. Entrevistaram-se 108 presos. Enviaram-se questionários a todas as prisões de regime fechado. As respostas indicam que
77% da população carcerária não estudam. Onde há ensino, ele é precário e descontinuado.
São Paulo guarda em seus calabouços 72.140 criminosos (40% do universo carcerário nacional). Só 12.500 (17%) estudam. Registrou-se percentual idêntico no
Distrito Federal, no Ceará, na Paraíba e na Bahia.
Em estados como Espírito Santo, Acre, Rondônia, Goiás, Amazonas e Pará, só 7% dos presos têm acesso à educação.
O Paraná, campeão de civilidade, oferece ensino a míseros 31% dos detentos. Seguem-se Minas (30%), Mato Grosso e Maranhão (ambos com 28%) e, mais atrás,
Rio Grande do Sul, Amapá e Alagoas (todos com cerca de 20%).
A qualificação profissional é virtualmente inexistente. Em São Paulo, aproxima-se de zero. Nos estados mais bem estruturados, passa de 50% o número de presos
mantidos no ócio. O direito ao trabalho converteu-se em privilégio. (...)

A discussão acerca da necessidade de humanizar as prisões é coisa do século XVIII. A conveniência de ressocialização do criminoso tonificou-se no final do século XIX.
Atrasados em mais de um século, ainda não acordamos para o problema.

Folha de S. Paulo. 26/10/2003, p. A17 (com adaptações).

Com relação às idéias, às estruturas gramaticais e ao emprego de vocábulos no texto acima, julgue o item que se segue.

Os vocábulos “discussão” e “coisa” são relacionados.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/955775

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 36/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
CEBRASPE (CESPE) - Ag Car (PC RR)/PC RR/2003
Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
504) É essencial que as autoridades revejam as providências referentes ao tratamento e à custódia de todos os presos, a fim de assegurar que os mesmos sejam
tratados com humanidade e em conformidade com a legislação brasileira e o conjunto de princípios da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre proteção de todo
indivíduo sob qualquer forma de detenção ou reclusão, as regras mínimas da ONU sobre o tratamento de prisioneiros e o artigo 10 do Acordo Internacional sobre os
Direitos Civis e Políticos (ICCPR), que reza que todo indivíduo privado de liberdade deve ser tratado com humanidade e respeito pela dignidade inerente à pessoa
humana.

Anistia Internacional. Tortura e maus-tratos no Brasil, 2001, p. 72 (com adaptações).

Tendo o texto acima por referência e considerando o tema por ele tratado, julgue o item seguinte.

O verbo rezar tem várias acepções e a forma “reza” está sendo utilizada no texto com o sentido de: contém escrito, encerra, prescreve, preceitua, determina.
Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/955776

CEBRASPE (CESPE) - Ag Car (PC RR)/PC RR/2003


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
505) É essencial que as autoridades revejam as providências referentes ao tratamento e à custódia de todos os presos, a fim de assegurar que os mesmos sejam
tratados com humanidade e em conformidade com a legislação brasileira e o conjunto de princípios da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre proteção de todo
indivíduo sob qualquer forma de detenção ou reclusão, as regras mínimas da ONU sobre o tratamento de prisioneiros e o artigo 10 do Acordo Internacional sobre os
Direitos Civis e Políticos (ICCPR), que reza que todo indivíduo privado de liberdade deve ser tratado com humanidade e respeito pela dignidade inerente à pessoa
humana.

Anistia Internacional. Tortura e maus-tratos no Brasil, 2001, p. 72 (com adaptações).

Tendo o texto acima por referência e considerando o tema por ele tratado, julgue o item seguinte.

A expressão “dignidade inerente à pessoa humana” pode ser interpretada como: qualquer pessoa, pelo simples fato de se tratar de um ser humano, possui valor essencial
e intrínseco que exige e merece respeito.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/955799

CEBRASPE (CESPE) - Ag Car (PC RR)/PC RR/2003


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
506) A adoção, pela Assembléia Geral das Nações Unidas, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, constitui o principal marco no desenvolvimento da
idéia contemporânea de direitos humanos. Os direitos inscritos nessa Declaração constituem um conjunto indissociável e interdependente de direitos individuais e
coletivos, civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, sem os quais a dignidade da pessoa humana não se realiza por completo. A Declaração transformou-se, nesta
última metade de século, em uma fonte de inspiração para a elaboração de diversas cartas constitucionais e tratados internacionais voltados à proteção dos direitos
humanos. Esse documento, chave do nosso tempo, tornou-se um autêntico paradigma ético a partir do qual se pode medir e contestar a legitimidade de regimes e
governos. Os direitos ali inscritos constituem hoje um dos mais importantes instrumentos de nossa civilização, visando assegurar um convívio social digno, justo e
pacífico.

Internet: <http://www.direitoshumanos.usp.br/dhbrasil/pndh> (com adaptações).

Com base no texto acima e considerando o tema por ele focalizado, julgue o item subsequente.

A palavra “paradigma” está sendo utilizada com o sentido de conjunto dos termos substituíveis entre si em uma mesma posição dentro da estrutura a que
pertencem.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Aux Nec (PC RR)/PC RR/2003


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
507) Texto I – item

A Assembléia Legislativa roraimense realizou, em 3/3/2003, uma sessão especial com a presença do comandante da Polícia Militar e secretário interino de Segurança
Pública, que falou sobre o aumento no índice de violência nos últimos anos em Roraima, apresentando algumas ações do governo estadual para combater esse
crescimento. Ele traçou um diagnóstico da situação de Boa Vista, onde os problemas são considerados mais acentuados. Explicou, por exemplo, que a capital está dividida
em 50 bairros e 6 invasões, estando as polícias defasadas para atender a demanda: a Militar tem dez viaturas para essa área e a Civil tem 55. De acordo com o
comandante, o problema decorre da falta de visão das administrações estaduais nos últimos 20 anos no setor de segurança pública. “O último concurso realizado para a
Polícia Civil aconteceu em 1993, e existem apenas 100 policiais de carreira em atividade”.

Além do efetivo, o comandante afirmou que o reaparelhamento das polícias é outra necessidade, algo que já está sendo resolvido pelo governo do estado.
“Encaminhamos projetos da ordem de R$ 12 milhões, cujos recursos virão do Plano Nacional de Segurança Pública (PNSP), para a compra de viaturas e armamentos”. Os
documentos estão sendo estudados pelo governo federal.

Internet: <http://www.al.rr.gov.br>. Seção “Notícias”. Acesso em 14/3/2003 (com adaptações)

Com referência às idéias e às estruturas do texto I, julgue o item subsequente.

No texto, a expressão “traçou um diagnóstico” equivale a fez um paralelo.

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Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - APF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
508) Fragmento A

O processo de ampliação dos direitos e de pacificação social não é neutro, nem é o caminho natural de evolução em todas as sociedades. Em geral, é fruto de um
processo político, resultado de muitos conflitos e negociações. Nele se confrontam, nos diferentes períodos históricos e nas diferentes sociedades, grupos diversos -
alguns mais representativos da maioria dos membros de uma sociedade, outros menos -, defendendo suas idéias e seus interesses a respeito de como organizar a
sociedade.

Andréa Buoro et al. Violência urbana - dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 17 (com adaptações).
Fragmento B

Istoé - Estamos às portas da Terceira Guerra Mundial?

Clóvis Brigagão - Acho que uma nova guerra se estabeleceu, que é um confronto entre grupos terroristas e o Estado. Não é uma guerra clássica, não é uma guerra de
guerrilha ou de longa duração, mas um confronto de ataques tópicos, uma espécie de acupuntura. Enquanto os poderosos americanos são visíveis, os inimigos são
invisíveis, utilizam ataques de surpresa que põem o sistema internacional e a convivência humana em perigo. Isso já existe no Oriente Médio, onde Israel enfrenta os
palestinos. Não é Estado contra Estado, mas Estado contra o terrorismo. Esse modelo de conflito se tornou um novo fator de desequilíbrio mundial. Pode inclusive
estabelecer uma nova espiral armamentista não-convencional.

Istoé, n.º 1.668, 19/9/2001, p. 10 (com adaptações).

Julgue o item a seguir, a respeito da organização das idéias e estruturas do fragmento A do texto.

A palavra "neutro" sintetiza a idéia de livre de pressões, de tendências divergentes e conflitantes.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - APF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
509) Texto.

Pode parecer exagero, mas 2001 será o ano que não vai acabar. Daqui a muitas décadas, os livros vão registrar o dia 11 de setembro como uma das páginas mais
importantes da história da civilização.Não apenas pelasmortes, pelo espetacular ataque usando uma arma inusitada, mas, principalmente, pelo fato de Osama Bin Laden
ter provocado a ira do Império. O ato terrorista contra as torres gêmeas não foi apenas insano. Ele provocou um retrocesso nas liberdades civis, implantou o medo em
escala planetária, levou ao acirramento da convivência possível no Oriente Médio, fortaleceu a extrema direita belicista. Muitos outros fatos aconteceram em 2001, mas
nada, nem de longe, será um marco para a humanidade como os aviões se chocando, ao vivo pela televisão, com o símbolo da pujança americana.

Istoé, n.º 1.682, 26/12/2001, p. 33 (com adaptações).

Com o auxílio do texto, julgue o item seguinte.

A palavra "acirramento", no sentido que lhe foi dado pelo texto, significa recrudescimento.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - DPF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
510) O que incomoda o terror

O verdadeiro alvo visado pelos terroristas que atacaram Nova York e Washington não foram as torres gêmeas do sul de Manhattan nem o edifício do Pentágono. O
atentado foi cometido contra um sistema social e econômico que, mesmo longe da perfeição, é o mais justo e livre que a humanidade conseguiu fazer funcionar
ininterruptamente até hoje.

Não foi um ataque de Davi contra Golias. Nem um grito dos excluídos do Terceiro Mundo que, de modo trágico mas efetivo, se fez ouvir no império. Foi uma agressão
perpetrada contra os mais caros e mais frágeis valores ocidentais: a democracia e a economia de mercado.

O que realmente incomoda a ponto de provocar a exasperação dos fundamentalistas, apontados como os principais suspeitos da autoria dos atentados, não é a
arrogância americana ou seu apoio ao Estado de Israel. O que os radicais não toleram, mais que tudo, é a modernidade. É a existência de uma sociedade em que os
justos podem viver sem ser incomodados e os pobres têm possibilidades reais de atingir a prosperidade com o fruto de seu trabalho.

É esse o verdadeiro anátema dos terroristas que atacaram os EUA. Eles são enviados da morte, da elite teocrática, medieval, tirânica que exerce o poder absoluto em
seus feudos. Para eles, a democracia é satânica. Por isso, tem de ser combatida e destruída.

Veja, 19/9/2001, p. 9 (com adaptações).

Com referência ao uso de palavras e expressões no texto, julgue o item abaixo.

No contexto, é correto estabelecer-se uma relação semântica entre "torres gêmeas" e "economia de mercado".

Certo
Errado

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Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
511) O que incomoda o terror

O verdadeiro alvo visado pelos terroristas que atacaram Nova York e Washington não foram as torres gêmeas do sul de Manhattan nem o edifício do Pentágono. O
atentado foi cometido contra um sistema social e econômico que, mesmo longe da perfeição, é o mais justo e livre que a humanidade conseguiu fazer funcionar
ininterruptamente até hoje.

Não foi um ataque de Davi contra Golias. Nem um grito dos excluídos do Terceiro Mundo que, de modo trágico mas efetivo, se fez ouvir no império. Foi uma agressão
perpetrada contra os mais caros e mais frágeis valores ocidentais: a democracia e a economia de mercado.

O que realmente incomoda a ponto de provocar a exasperação dos fundamentalistas, apontados como os principais suspeitos da autoria dos atentados, não é a
arrogância americana ou seu apoio ao Estado de Israel. O que os radicais não toleram, mais que tudo, é a modernidade. É a existência de uma sociedade em que os
justos podem viver sem ser incomodados e os pobres têm possibilidades reais de atingir a prosperidade com o fruto de seu trabalho.

É esse o verdadeiro anátema dos terroristas que atacaram os EUA. Eles são enviados da morte, da elite teocrática, medieval, tirânica que exerce o poder absoluto em
seus feudos. Para eles, a democracia é satânica. Por isso, tem de ser combatida e destruída.

Veja, 19/9/2001, p. 9 (com adaptações).

Com referência ao uso de palavras e expressões no texto, julgue o item abaixo.

A palavra "perpetrada" está empregada no sentido de perpetuada, ou seja, que perdurará na memória da humanidade para sempre.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - DPF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
512) O que incomoda o terror

O verdadeiro alvo visado pelos terroristas que atacaram Nova York e Washington não foram as torres gêmeas do sul de Manhattan nem o edifício do Pentágono. O
atentado foi cometido contra um sistema social e econômico que, mesmo longe da perfeição, é o mais justo e livre que a humanidade conseguiu fazer funcionar
ininterruptamente até hoje.

Não foi um ataque de Davi contra Golias. Nem um grito dos excluídos do Terceiro Mundo que, de modo trágico mas efetivo, se fez ouvir no império. Foi uma agressão
perpetrada contra os mais caros e mais frágeis valores ocidentais: a democracia e a economia de mercado.

O que realmente incomoda a ponto de provocar a exasperação dos fundamentalistas, apontados como os principais suspeitos da autoria dos atentados, não é a
arrogância americana ou seu apoio ao Estado de Israel. O que os radicais não toleram, mais que tudo, é a modernidade. É a existência de uma sociedade em que os
justos podem viver sem ser incomodados e os pobres têm possibilidades reais de atingir a prosperidade com o fruto de seu trabalho.

É esse o verdadeiro anátema dos terroristas que atacaram os EUA. Eles são enviados da morte, da elite teocrática, medieval, tirânica que exerce o poder absoluto em
seus feudos. Para eles, a democracia é satânica. Por isso, tem de ser combatida e destruída.

Veja, 19/9/2001, p. 9 (com adaptações).

Com referência ao uso de palavras e expressões no texto, julgue o item abaixo.

Pelo vocabulário empregado no último parágrafo do texto, depreende-se que o ataque aos EUA foi movido, também, por motivos religiosos.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/2002


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
513) Texto I

A construção de uma cidade futurista, em pleno planalto central, que viria a ser a nova capital do país, ficará marcada para sempre na história brasileira como emblema
maior da era JK. O presidente mais identificado com o sonho de um Brasil moderno, industrializado e desenvolvido. Quarenta anos depois, este Brasil está um pouco mais
próximo de nós. E os ideais de progresso e modernidade, que se tornaram realidade naquele ano de 1960, são o compromisso da TeleA para os próximos anos. Mas, para
que os próximos anos sejam como todos nós esperamos, a TeleA está trabalhando desde já, criando e incorporando novas tecnologias, produtos e serviços. Em dois anos,
foram instaladas 250 mil novas linhas. A oferta de telefones públicos cresceu 50%, chegando a quem mais precisa. Modernizamos o atendimento aos nossos clientes,
permitindo a você resolver tudo pelo telefone ou pela Internet. A TeleA investe anualmente mais de 150 milhões de reais e apóia projetos culturais e sociais efetivos que
ajudam a tirar as crianças das ruas e possibilitam a integração dos deficientes físicos à sociedade. 40 anos depois da inauguração de Brasília, fica para nós a certeza de
que estamos prontos para os próximos quarenta.

Vogue Brasil, n.º 266, ano 2000, p. 12-3 (com adaptações).

Texto II

Tem muita gente perdendo dinheiro e novos negócios por não usar a ferramenta de telecomunicação ideal. Por isso, existe a TeleB que, além dos tradicionais serviços de
voz, que utilizam linhas 100% digitais, oferece dois novos produtos exclusivos: o 0800 Light e o Vox Direta. No primeiro, além da alta qualidade da voz e do tráfego em
linha digital, o benefício é o custo reduzido. Ele é ideal para as empresas que recebem grande quantidade de chamadas 0800 de uma mesma cidade. O segundo é
indicado para as empresas que geram grande quantidade de chamadas de longa distância para uma mesma cidade e precisam de um pacote econômico de custos. Esses

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
produtos ainda contam com o excelente atendimento da equipe de apoio técnico e comercial, o que já é um padrão na TeleB. Se sua empresa cresceu, a rede de
telecomunicações tem de acompanhar esse crescimento. Mas sem levar os custos junto. Por isso, a TeleB disponibiliza uma verdadeira comunidade virtual entre matriz,
filiais, escritórios, clientes e fornecedores de sua empresa, formando uma rede de negócios segura, competitiva e muito veloz.

Veja, 19/9/2001, p. 33 (com adaptações).

Quanto aos aspectos gramaticais dos textos I e II, julgue o item abaixo.

Na linha 8 do texto II, os vocábulos "matriz" e "filiais" apresentam diferença de tratamento quanto à flexão de número por motivos semânticos.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/1999


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
514) Na delegacia

(...) Da delegacia, por entre essa bulha, percebemos que um vozeiro se aproximava. O inspetor levantou a pena e esperou. Um grande magote de povo invadia a sala. Os
soldados correram e contiveram a multidão. Na frente. vinham duas mulheres do povo, desgrenhadas, rotas, que dois soldados, com esforço, mantinham separadas. Um
deles, sem largar a mulher, explicou ao inspetor.

- Estavam brigando e pelo caminho ainda se atracaram: nós ...

E logo ambas as duas se quiseram justificar, falando ao mesmo tempo. O inspetor repreendeu-as severamente. O soldado expôs. Moravam em uma estalagem próxima,
eram lavadeiras, uma era casada e outra tinha "seu homem".

- Por que foi? perguntou o policial.

De novo quiseram narrar ao mesmo tempo o motivo de tão apaixonado pugilato.

- Assim não pode ser, fez o inspetor. Ou uma ou outra... Vá, fale a senhora. acabou designando uma delas.

- Vossa senhoria sabe: sou pobre... Tenho urna galinha. Mais de uma: mas foi a pedrês. E não é de hoje, há muito tempo, sim senhor. A gente não pode, é verdade: mas
que se há de fazer? Um bichinho é sempre bom "seu" inspetor; dá alegria e ajuda a gente... É por isso que a comadre ...

- Diga a senhora afinal por que foi... Vá! intimou o inspetor.

- Eu já digo, sim senhor. Há muito tempo que a minha galinha punha e eu nada de ver os ovos. Procurava daqui procurava dali, nada de achar... Hoje eu tinha saído para
levar o jantar do Manduca e quando voltei vi que a galinha.. vinha saindo da casa dessa mulher com a cara de quem já pôs... Ah! "seu" inspetor! deu-me uma gana, uma
coisa que eu mesma não sei ... Xinguei, fez ela por fim: e foi por isso...

Acabou a narração humilde com uma modulação de choro na voz.

- E a senhora que diz a isso? perguntou a autoridade à outra.

- Não foi assim, não senhor... Essa mulher sempre embicava comigo... Não sei por que, sempre andava com rezinga ...

Um dia era isso, outro dia era aquilo... Se o vento punha a sua roupa no chão, era eu: se ...

- Mas afinal a galinha saiu ou não saiu de sua casa?

- Saiu, sim senhor: mas foi por acaso ...

- Por acaso o quê! sua ladra, sua p ...

- Que é isso? exclamou severamente o inspetor. Isto aqui é estalagem? Meto-a no xadrez! Está ouvindo?

A mulher descaiu logo a cabeça, que tinha erguido de um só movimento cheio de arrogância e, com voz entrecortada pelo choro, desculpou-se:

- Me perdoe, "seu" inspetor! A gente é pobre... Foi a patroa que me deu o "bichinho"... A gente pensa: vamos ter uma gemada, uma fritada, um doce, uma coisa ou
outra... Compra-se milho e se espera... e se espera... No fim a gente vem a saber que os outros é que comem os ovos... Ah! Meu Deus!... É duro! É duro! É sina da
gente...

A rapariga falava desigualmente: ora alongava as sílabas, ora fazia desaparecer outras: mas sempre possuída das palavras, com um forte acento de paixão, superposto ao
choro. As palavras saíam-lhe animadas, cheias de uma grande dor, bem distante da pueril querela que as provocara. Vinham das profundezas do seu ser, das longínquas
partes que guardam uma inconsciente memória do passado, para manifestarem o desespero daquela vida, os sofrimentos milenares que a natureza lhe fazia sofrer e os
homens conseguiram aumentar. Senti-me comunicado de sua imensa emoção: ela penetrava-me tão fundo que despertava nas minhas células já esquecidas a memória
enfraquecida desses sofrimentos contínuos que me pareciam eternos; e achando-os por debaixo das noções livrescas, por debaixo da palavra articulada, no fundo da
minha organização, espantei-me, aterrei-me, tive desesperos e cristalizei uma angústia que me andava esparsa.

O inspetor procurou acalmá-la; a outra, muito popularmente, pôs-se a chorar explicando que não furtara os ovos, que não os comera, mas que guardara unicamente o
primeiro, temendo que fosse "mandinga", "coisa-feita", e que, depois, com a continuação, não os restituíra com vergonha, mas que o faria logo que chegasse a casa.
Acalmadas e repreendidas, foram-se e a delegacia em breve regressou à sua atmosfera enervante. (...)

Lima Barreto. Recordações do escrivão Isaías Carminha. Rio de Janeiro: Ediouro. sd...p. 57-8.

Com referência ao sentido das palavras no texto, julgue o item seguinte.

O vocábulo "seu" (em vermelho) tem o mesmo significado nas duas ocorrências.

Certo
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CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/1999


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
515) Na delegacia

(...) Da delegacia, por entre essa bulha, percebemos que um vozeiro se aproximava. O inspetor levantou a pena e esperou. Um grande magote de povo invadia a sala. Os
soldados correram e contiveram a multidão. Na frente. vinham duas mulheres do povo, desgrenhadas, rotas, que dois soldados, com esforço, mantinham separadas. Um
deles, sem largar a mulher, explicou ao inspetor.

- Estavam brigando e pelo caminho ainda se atracaram: nós ...

E logo ambas as duas se quiseram justificar, falando ao mesmo tempo. O inspetor repreendeu-as severamente. O soldado expôs. Moravam em uma estalagem próxima,
eram lavadeiras, uma era casada e outra tinha "seu homem".

- Por que foi? perguntou o policial.

De novo quiseram narrar ao mesmo tempo o motivo de tão apaixonado pugilato.

- Assim não pode ser, fez o inspetor. Ou uma ou outra... Vá, fale a senhora. acabou designando uma delas.

- Vossa senhoria sabe: sou pobre... Tenho urna galinha. Mais de uma: mas foi a pedrês. E não é de hoje, há muito tempo, sim senhor. A gente não pode, é verdade: mas
que se há de fazer? Um bichinho é sempre bom "seu" inspetor; dá alegria e ajuda a gente... É por isso que a comadre ...

- Diga a senhora afinal por que foi... Vá! intimou o inspetor.

- Eu já digo, sim senhor. Há muito tempo que a minha galinha punha e eu nada de ver os ovos. Procurava daqui procurava dali, nada de achar... Hoje eu tinha saído para
levar o jantar do Manduca e quando voltei vi que a galinha.. vinha saindo da casa dessa mulher com a cara de quem já pôs... Ah! "seu" inspetor! deu-me uma gana, uma
coisa que eu mesma não sei ... Xinguei, fez ela por fim: e foi por isso...

Acabou a narração humilde com uma modulação de choro na voz.

- E a senhora que diz a isso? perguntou a autoridade à outra.

- Não foi assim, não senhor... Essa mulher sempre embicava comigo... Não sei por que, sempre andava com rezinga ...

Um dia era isso, outro dia era aquilo... Se o vento punha a sua roupa no chão, era eu: se ...

- Mas afinal a galinha saiu ou não saiu de sua casa?

- Saiu, sim senhor: mas foi por acaso ...

- Por acaso o quê! sua ladra, sua p ...

- Que é isso? exclamou severamente o inspetor. Isto aqui é estalagem? Meto-a no xadrez! Está ouvindo?

A mulher descaiu logo a cabeça, que tinha erguido de um só movimento cheio de arrogância e, com voz entrecortada pelo choro, desculpou-se:

- Me perdoe, "seu" inspetor! A gente é pobre... Foi a patroa que me deu o "bichinho"... A gente pensa: vamos ter uma gemada, uma fritada, um doce, uma coisa ou
outra... Compra-se milho e se espera... e se espera... No fim a gente vem a saber que os outros é que comem os ovos... Ah! Meu Deus!... É duro! É duro! É sina da
gente...

A rapariga falava desigualmente: ora alongava as sílabas, ora fazia desaparecer outras: mas sempre possuída das palavras, com um forte acento de paixão, superposto ao
choro. As palavras saíam-lhe animadas, cheias de uma grande dor, bem distante da pueril querela que as provocara. Vinham das profundezas do seu ser, das longínquas
partes que guardam uma inconsciente memória do passado, para manifestarem o desespero daquela vida, os sofrimentos milenares que a natureza lhe fazia sofrer e os
homens conseguiram aumentar. Senti-me comunicado de sua imensa emoção: ela penetrava-me tão fundo que despertava nas minhas células já esquecidas a memória
enfraquecida desses sofrimentos contínuos que me pareciam eternos; e achando-os por debaixo das noções livrescas, por debaixo da palavra articulada, no fundo da
minha organização, espantei-me, aterrei-me, tive desesperos e cristalizei uma angústia que me andava esparsa.

O inspetor procurou acalmá-la; a outra, muito popularmente, pôs-se a chorar explicando que não furtara os ovos, que não os comera, mas que guardara unicamente o
primeiro, temendo que fosse "mandinga", "coisa-feita", e que, depois, com a continuação, não os restituíra com vergonha, mas que o faria logo que chegasse a casa.
Acalmadas e repreendidas, foram-se e a delegacia em breve regressou à sua atmosfera enervante. (...)

Lima Barreto. Recordações do escrivão Isaías Carminha. Rio de Janeiro: Ediouro. sd...p. 57-8.

Com referência ao sentido das palavras no texto, julgue o item seguinte.

A expressão "com a cara de quem já pôs" refere-se à mulher que furtou os ovos.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - DPF/PF/1997


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
516) Merecemos uma chance

- Até amanhã.

Eram mais de 22 horas de uma segunda-feira quando me despedi de minha amiga e colega M. "Até amanhã", respondeu M. E no amanhã M. não estava mais dando duro
em sua cadeira, linda e jovial como a cada dia, cumprindo compromissos e agendando tarefas. No dia seguinte M. estava num hospital, com hematomas da cabeça aos
pés, nariz quebrado, dentes amolecidos e hemorragia interna.

Acontece que entre o até amanhã e o amanhã a juventude e a jovialidade de M deram de cara com três psicopatas em busca de diversão. Eles a levaram a Osasco, na
Grande São Paulo, e bateram nela até se cansar. M. foi abandonada numa estrada seminua e ensangüentada, enquanto seus carrascos procuravam outra vítima, "mais
nova do que essa". Que tipo de pessoa é capaz de cometer uma brutalidade dessas? Não basta uma classificação psiquiátrica ou sociológica. Tente imaginar a alma de

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
um sujeito assim, e o que se vê é um poço sem fim, o mal em estado puro. O horror, o horror.

Certos tipos de crime são independentes da sociedade em que se inserem. Em países ricos ou pobres, em povos cultos ou ignorantes, materialistas ou religiosos,
capitalistas ou social-democratas, entre suecos ou tanzanianos, sempre existirá gente que sai às ruas para brutalizar mulheres. Assim como existem torturadores
compulsivos, assassinos seriais, estupradores etc. De alguma maneira, isso faz parte da natureza humana.

Não se trata aqui de uma aposentada na miséria furtando remédios na farmácia (e provavelmente sendo presa). Estamos falando no crime como modo de vida. Existe
gente que literalmente vive disso. Se quer dinheiro, rouba. Não para "matar a fome", mas para comprar a melhor cocaína e o último Honda Se gente assim quer se
divertir, junta alguns amigos do mesmo caráter e escolhe mulheres ao acaso no trânsito. Na mesma delegacia onde M. prestou queixa, estavam arquivadas 10 outras
ocorrências iguais.

Para casos assim existe essa instituição chamada polícia. Polícia é um serviço público, pago com nossos impostos, e não a encarnação do mal, este papel simplista que
intelectuais, jornalistas e artistas costumam Ihe reservar. Seu dever é proteger os não-criminosos dos criminosos. Mas a polícia não está cumprindo seu papel. Há uma
guerra nas ruas. É um assalto dos marginais ao resto da sociedade. E as primeiras vítimas dessa guerra são os mais pobres, os marginalizados, a tão decantada classe
trabalhadora. É na periferia das grandes cidades que esses degenerados fazem suas primeiras vítimas. Assassinatos, crimes sexuais, roubo, tudo acontece primeiro e pior
em bairros populares.

Qual a solução? Educação? Sim, mas... Um marmanjo que escolhe suas vítimas ao acaso não precisa exatamente de educação. Aliás muitos criminosos têm educação
esmerada, e até mesmo dinheiro. São violentos porque são. Policiamento? Óbvio. Mas no Brasil a segurança da população não é prioridade. O salário dos policiais foi
enterrado. no último prejuízo do Banco do Brasil. A verba das armas foi distribuída entre cabides de empregos de prefeituras falidas. Sem estrutura, paralisada pela
burocracia, a polícia brasileira não protege a sociedade de seus criminosos. É o tipo de problema que parece não ter solução. Mas pode ter. Temos que buscar opções, e
não apenas chorar o sangue derramado. O importante é que M. não seja mais atacada por psicopatas sem freios. Nem N., nem P., nem O. Nós, os não-criminosos,
merecemos uma chance.

Analisando a semântica, o vocabulário e o estilo utilizados no texto, julgue o item seguinte.

O vocábulo "segunda-feira" e a expressão segunda feira têm o mesmo sentido.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - PPF/PF/1997


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
517) Polícia.

O primeiro elemento de avaliação dos corpos de Polícia está na análise do tipo de recrutamento adotado. Os corpos que recrutam o seu pessoal em todo o território
nacional podem realmente organizar-se de forma que contem com unidades e grupos constituídos por elementos provindos de regiões diferentes das regiões de
operações: o emprego de corpos de Polícia contra populações que não possuem vinculos sociais, econômicos e culturais com eles foi sempre a melhor solução para uma
política repressiva antipopular. Dai o envio do pessoal de Polícia para regiões distantes da região de origem com um duplo resultado, o do isolamento social e cultural com
relação às populações controladas e o do consequente aferro psicológico ao corpo a que se pertence e as suas estruturas. Os corpos de Polícia que têm um recrutamento
circunscrito á zona de controle (por exemplo, os guardas urbanos alistados pelas comunas onde se encontram trabalhando) não se prestam diretamente a ações
antipopulares e repressivas pelos ligames sociais e políticos que existem entre seus componentes e as populações controladas. Sua utilização fica, pois, restrita ao
desempenho de funções de Polícia urbana, rural etc... em tarefas que não apresentam um imediato aspecto político e que envolvem mormente a defesa da segurança
pública em sentido lato e não tanto a ordem pública. O segundo elemento de avaliação dos corpos de Polícia está no seu grau de especialização funcional e na
correspondência deste com a estrutura orgânica dos corpos. A especialização da Polícia de estradas, por exemplo, é um elemento positivo para a explicação do controle
do trânsito e da rede rodoviária; o mesmo se pode dizer da Polícia cientifica, onde o funcionamento dos corpos apresenta aspectos substancialmente positivos. Onde, pelo
contrário, a especialização não se acha acompanhada de uma estrutura organizacional apropriada, as funções de Polícia apresentam problemas que não podem ser
desprezados.

Tendo em vista o tipo de publicação de onde o verbete foi retirado, julgue o item que se segue, com referência ao valor semântico de termos ou expressões utilizados no
texto.

O termo "comunas" está empregado com o mesmo sentido que "populações".


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/1997


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
518) O anônimo

Tão logo o carteiro entregou a correspondência, Eduardo foi em busca daquilo que, a experiência já lhe ensinara. certamente estaria ali: a carta anônima. De fato, não
tardou a encontrar o envelope, àquela altura familiar: o seu nome e endereço escritos em neutra letra de imprensa, e a nenhuma indicação de remetente (alguns
missivistas anônimos usam pseudônimo. Aquele não fazia concessões: nada fornecia que pudesse alimentar especulações com respeito à identidade).

Com dedos um pouco trêmulos- a previsibilidade nem sempre é o antídoto da emoção - Eduardo abriu o envelope. Continha, como de outras vezes, uma única folha de
papel oficio manuscrita em letra de imprensa. Como de hábito, começava afirmando: "Descobri teu segredo." Nova linha, parágrafo, e aí vinha a acusação.

No presente caso: desonestidade. "Todos acham que você é um homem sério, correto", dizia a carta, "mas nós dois sabemos que você não passa de um refinado patife.
Você está roubando seu sócio, Eduardo. Há muito tempo. Você vem desviando dinheiro da firma para a sua própria conta bancária. Você disfarça o rombo com supostos
prejuízos nos negócios. Seu sócio, que é um homem bom, acredita em você. Mas a mim você não engana, Eduardo. Eu sei de tudo que você está fazendo. Conheço suas
trapaças tão bem como você."

Eduardo não pôde deixar de sorrir. Boa tentativa, aquela, do missivista anônimo. Desonestidade na firma, isto não é tão incomum. Com um sócio tão crédulo como era o
Ênio, Eduardo de fato não teria qualquer dificuldade em subtrair dinheiro da empresa.

Só que ele não estava fazendo isso. Em termos de negócios, era escrupulosamente honesto. Mais que isto, muitas vezes repassara dinheiro para a conta de Ênio - um
trapalhão em matéria de finanças - sem que este soubesse. Honesto - e generoso. Contudo, como certos caçadores tão pertinazes quanto incompetentes, o autor da
carta anônima atirara no que vira e acertara no que não vira.

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 42/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Eduardo enganava Ênio, sim. Mas não na firma. Há meses - em realidade, desde que aquela história das cartas anônimas começara - tinha um caso com a mulher do
sócio, Vera: grande mulher. Claro, não poderia garantir que não sentia um certo prazer em passar para trás o amigo que sempre fora mais brilhante e mais bem sucedido
do que ele, mas, de qualquer forma isto nada tinha a ver com a empresa. Desonestidade nos negócios? Não. Tente outra, missivista. Quem sabe na próxima você acerta.
Tente. Tente já.

Sentou à mesa, tomou uma folha de papel oficio e escreveu, numa bela mas inconspícua letra de imprensa: "Descobri teu segredo."

Moacyr Seliar Correio Brasiliense. Caderno Dois.p 2, 21/12/97 (com adaptações)

Para a leitura compreensiva se efetivar, um dos passos essenciais é o entendimento do vocabulário utilizado. Julgue o item a seguir, considerando o sentido das palavras
do texto.

Contextualmente, "antídoto" significa droga, veneno.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/1997


Língua Portuguesa (Português) - Significação de vocábulo e expressões
519) O anônimo

Tão logo o carteiro entregou a correspondência, Eduardo foi em busca daquilo que, a experiência já lhe ensinara. certamente estaria ali: a carta anônima. De fato, não
tardou a encontrar o envelope, àquela altura familiar: o seu nome e endereço escritos em neutra letra de imprensa, e a nenhuma indicação de remetente (alguns
missivistas anônimos usam pseudônimo. Aquele não fazia concessões: nada fornecia que pudesse alimentar especulações com respeito à identidade).

Com dedos um pouco trêmulos - a previsibilidade nem sempre é o antídoto da emoção - Eduardo abriu o envelope. Continha, como de outras vezes, uma única folha de
papel oficio manuscrita em letra de imprensa. Como de hábito, começava afirmando: "Descobri teu segredo." Nova linha, parágrafo, e aí vinha a acusação.

No presente caso: desonestidade. "Todos acham que você é um homem sério, correto", dizia a carta, "mas nós dois sabemos que você não passa de um refinado patife.
Você está roubando seu sócio, Eduardo. Há muito tempo. Você vem desviando dinheiro da firma para a sua própria conta bancária. Você disfarça o rombo com supostos
prejuízos nos negócios. Seu sócio, que é um homem bom, acredita em você. Mas a mim você não engana, Eduardo. Eu sei de tudo que você está fazendo. Conheço suas
trapaças tão bem como você."

Eduardo não pôde deixar de sorrir. Boa tentativa, aquela, do missivista anônimo. Desonestidade na firma, isto não é tão incomum. Com um sócio tão crédulo como era o
Ênio, Eduardo de fato não teria qualquer dificuldade em subtrair dinheiro da empresa.

Só que ele não estava fazendo isso. Em termos de negócios, era escrupulosamente honesto. Mais que isto, muitas vezes repassara dinheiro para a conta de Ênio - um
trapalhão em matéria de finanças - sem que este soubesse. Honesto - e generoso. Contudo, como certos caçadores tão pertinazes quanto incompetentes, o autor da
carta anônima atirara no que vira e acertara no que não vira.

Eduardo enganava Ênio, sim. Mas não na firma. Há meses - em realidade, desde que aquela história das cartas anônimas começara - tinha um caso com a mulher do
sócio, Vera: grande mulher. Claro, não poderia garantir que não sentia um certo prazer em passar para trás o amigo que sempre fora mais brilhante e mais bem sucedido
do que ele, mas, de qualquer forma isto nada tinha a ver com a empresa. Desonestidade nos negócios? Não. Tente outra, missivista. Quem sabe na próxima você acerta.
Tente. Tente já.

Sentou à mesa, tomou uma folha de papel oficio e escreveu, numa bela mas inconspícua letra de imprensa: "Descobri teu segredo."

Moacyr Seliar Correio Brasiliense. Caderno Dois.p 2, 21/12/97 (com adaptações)

Para a leitura compreensiva se efetivar, um dos passos essenciais é o entendimento do vocabulário utilizado. Julgue o item a seguir, considerando o sentido das palavras
do texto.

A palavra "inconspícua" tem o significado de ilegível, indecifrável.


Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/2170088

CEBRASPE (CESPE) - Tec Necro (PC RO)/PC RO/2022


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
520) Texto CG4A1-II
Em 13 de maio de 1888, o Estado brasileiro aboliu oficialmente a escravidão clássica, com a assinatura, pela princesa Isabel, da Lei Áurea. Entretanto, tal ato estatal não
significou sua extinção no mundo dos fatos, pois, apesar da proibição da possibilidade jurídica de se exercer o direito de propriedade sobre uma pessoa humana, o Estado
deixou de implementar reformas sociais, principalmente fundiárias e de inclusão social, que viabilizassem a reconstrução do país e, assim, a superação do problema,
especialmente o da reinserção da mão de obra outrora escrava no mercado de trabalho livre e assalariado.

No período pós-abolição da escravidão clássica, as condições de miserabilidade dos escravos recém-libertos permaneceram, especialmente pelo fato de os postos de
trabalho assalariados serem destinados aos imigrantes europeus, conjuntura essa que desenhava o perfil da escravidão contemporânea. A fragilidade das leis que
regulavam as relações de trabalho, à época, apesar de protagonizarem a “liberdade de contratar”, sucumbia à realidade dos fatos, que submetia os ex-escravos e demais
campesinos vulneráveis à sujeição às mesmas condições de exploração exacerbada do escravismo clássico colonial.

De forma semelhante ao retrato da escravidão do passado, a escravidão contemporânea consiste em grave violação a direitos fundamentais, ao limitar a liberdade da
pessoa humana do trabalhador, atingindo-lhe o status libertatis e, com efeito, a sua dignidade. Vilipendia direitos mínimos e caros à autodeterminação humana e viola
valores e princípios sagrados e essenciais à sobrevivência distintiva com relação aos seres irracionais e que alicerçam as balizas mínimas de dignidade.

A escravidão contemporânea deve ser concebida como a coisificação, o uso e o descarte de seres humanos: o limite e o instrumento necessários para garantir o lucro
máximo. Trata-se da superexploração gananciosa do homem pela forma mais indigna possível: na escravidão dos dias atuais, o ser humano é transformado em
propriedade do seu semelhante, que está em uma posição de classe economicamente superior – e isso ocorre a tal ponto que se anula o poder deliberativo da sua função
de trabalhador: ele pode até ter vontades, mas não pode realizá-las.

Internet: <https://acervo.socioambiental.org> (com adaptações).

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 43/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Estariam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto caso o sinal de dois pontos empregado após “trabalhador” (último parágrafo do texto CG4A1-II) fosse
substituído por uma vírgula seguida da expressão
a) por quê.
b) porque.
c) assim.
d) conquanto.

e) por isso.

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM AL)/CBM AL/2021


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
521) Assim como todas as florestas, os trechos arborizados do Ártico às vezes se incendeiam. Mas, ao contrário de muitas florestas localizadas em latitudes médias, que
prosperam ou até mesmo necessitam de fogo para preservar sua saúde, as florestas árticas evoluíram para que queimassem apenas esporadicamente.

As mudanças climáticas, contudo, estão remodelando essa frequência. Na primeira década do novo milênio, os incêndios queimaram, em média, 50% mais área plantada
no Ártico por ano do que em qualquer outra década do século XX. Entre 2010 e 2020, a área queimada continuou a aumentar, principalmente no Alasca, tendo 2019 sido
um ano ruim em relação aos incêndios na região; além disso, o ano de 2015 foi o segundo pior ano da história do local. Os cientistas descobriram que a frequência de
incêndios atual é mais alta do que em qualquer outro momento desde a formação das florestas boreais, há cerca de três mil anos, e possivelmente seja a maior nos
últimos 10 mil anos.

Os incêndios nas florestas boreais podem liberar ainda mais carbono do que incêndios semelhantes em locais como Califórnia ou Europa, porque os solos sob as florestas
em latitude elevada costumam ser compostos por turfa antiga, que possui carbono em abundância. Em 2020, os incêndios no Ártico liberaram quase 250 megatoneladas
de dióxido de carbono, cerca da metade emitida pela Austrália em um ano em decorrência das atividades humanas e cerca de 2,5 vezes mais do que a histórica
temporada recordista de incêndios florestais de 2020 na Califórnia.

Internet: <www.nationalgeographicbrasil.com> (com adaptações).

No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se seguem.

O trecho “Os cientistas descobriram que a frequência de incêndios atual é mais alta do que em qualquer outro momento”, exprime uma ideia de concessão, ou seja,
apresenta uma ideia que é contrária a outra, mas que não impedirá que esta aconteça.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/778070

CEBRASPE (CESPE) - PRF/PRF/2019


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
522) A vida humana só viceja sob algum tipo de luz, de preferência a do sol, tão óbvia quanto essencial. Somos animais diurnos, por mais que boêmios da pá virada e
vampiros em geral discordem dessa afirmativa. Poucas vezes a gente pensa nisso, do mesmo jeito que devem ser poucas as pessoas que acordam se sentindo primatas,
mamíferos ou terráqueos, outros rótulos que nos cabem por força da natureza das coisas.

A humanidade continua se aperfeiçoando na arte de afastar as trevas noturnas de todo hábitat humano. Luz soa para muitos como sinônimo de civilização, e pode-se
observar do espaço o mapa das desigualdades econômicas mundiais desenhado na banda noturna do planeta. A parcela ocidental do hemisfério norte é, de longe, a mais
iluminada.

Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo ambiental muito alto, avisam os cientistas. Nos humanos, o excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual
dormimos pode reduzir drasticamente os níveis de melatonina, que regula o nosso ciclo de sono-vigília.

Mesmo assim, sinto uma alegria quase infantil quando vejo se acenderem as luzes da cidade. E repito para mim mesmo a pergunta que me faço desde que me conheço
por gente: quem é o responsável por acender as luzes da cidade? O mais plausível é imaginar que essa tarefa caiba a sensores fotoelétricos espalhados pelos bairros. Mas
e antes dos sensores, como é que se fazia? Imagino que algum funcionário trepava na antena mais alta no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da luz
solar, acionava um interruptor, e a cidade toda se iluminava.

Não consigo pensar em um cargo público mais empolgante que o desse homem. Claro que o cargo, se existia, já foi extinto, e o homem da luz já deve ter se transferido
para o mundo das trevas eternas.

Reinaldo Moraes. “Luz! Mais luz”. Internet: <www.nexojornal.com.br> (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente, julgue o item a seguir.

A forma verbal “viceja” poderia ser substituída por germina, sem prejuízo da coerência e da correção gramatical do trecho.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/686040

CEBRASPE (CESPE) - APF/PF/2018


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
523) Imagine uma operação de busca na selva. Sem mapas, binóculos ou apoio logístico; somente com um facão. Assim eram feitas as operações de combate à
pornografia infantil pela Polícia Federal até o dia em que peritos criminais federais desenvolveram, no estado de Mato Grosso do Sul, o Nudetective.

O programa executa em minutos uma busca que poderia levar meses, encontrando todo o conteúdo pornográfico de pedofilia em computadores, pendrives, smartphones
e demais mídias de armazenamento.

Para ajudar o trabalho dos peritos, existem programas que buscam os arquivos de imagem e vídeo através de sua hash ou sua assinatura digital. Logo nos primeiros
testes, a detecção de imagens apresentou mais de 90% de acerto.

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 44/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Para o teste, pegaram um HD com conteúdo já periciado e rodaram o programa. Conseguiram 95% de acerto em 12 minutos. Seu diferencial era não só buscar pela
assinatura digital ou nomes conhecidos, mas também por novos arquivos por intermédio da leitura dos pixels presentes na imagem calibrados a uma paleta de tons de
pele. Começava a revolução em termos de investigação criminal de pornografia infantil.

Além da detecção de imagens e vídeos, todo o processo de busca e obtenção de resultados é simultâneo, o que economiza tempo e dinheiro.

A licença de uso do software, que é programado em Java, é gratuita e só é disponibilizada para forças da lei e pesquisas acadêmicas. Segundo seus desenvolvedores,
nunca houve o intuito de venda, pois não enxergam sentido em lucrar com algo que seja para salvar crianças. Mas, então, por que não deixá-lo disponível para todos?
Somente para que não possa ser utilizado para criar formas de burlá-lo, explicam.

Desde seu lançamento, o Nudetective já foi compartilhado com Argentina, Paraguai, Suécia, Áustria, Noruega, Nova Zelândia e Portugal. Ganhou reconhecimento e
premiações em congressos forenses no Brasil e no mundo.

Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item seguinte.

No período em que se insere, o termo “Logo” expressa uma ideia de conclusão.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - APF/PF/2018


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
524) Texto 12A1AAA

— A polícia parisiense — disse ele — é extremamente hábil à sua maneira. Seus agentes são perseverantes, engenhosos, astutos e perfeitamente versados nos
conhecimentos que seus deveres parecem exigir de modo especial. Assim, quando o delegado G... nos contou, pormenorizadamente, a maneira pela qual realizou suas
pesquisas no Hotel D..., não tive dúvida de que efetuara uma investigação satisfatória (...) até o ponto a que chegou o seu trabalho.

— Até o ponto a que chegou o seu trabalho? — perguntei.

— Sim — respondeu Dupin. — As medidas adotadas não foram apenas as melhores que poderiam ser tomadas, mas realizadas com absoluta perfeição. Se a carta
estivesse depositada dentro do raio de suas investigações, esses rapazes, sem dúvida, a teriam encontrado.

Ri, simplesmente — mas ele parecia haver dito tudo aquilo com a máxima seriedade.

— As medidas, pois — prosseguiu —, eram boas em seu gênero, e foram bem executadas: seu defeito residia em serem inaplicáveis ao caso e ao homem em questão.
Um certo conjunto de recursos altamente engenhosos é, para o delegado, uma espécie de leito de Procusto, ao qual procura adaptar à força todos os seus planos. Mas,
no caso em apreço, cometeu uma série de erros, por ser demasiado profundo ou demasiado superficial. (...) E, se o delegado e toda a sua corte têm cometido tantos
enganos, isso se deve (...) a uma apreciação inexata, ou melhor, a uma não apreciação da inteligência daqueles com quem se metem. Consideram engenhosas apenas as
suas próprias ideias e, ao procurar alguma coisa que se ache escondida, não pensam senão nos meios que eles próprios teriam empregado para escondê-la. Estão certos
apenas num ponto: naquele em que sua engenhosidade representa fielmente a da massa; mas, quando a astúcia do malfeitor é diferente da deles, o malfeitor,
naturalmente, os engana. Isso sempre acontece quando a astúcia deste último está acima da deles e, muito frequentemente, quando está abaixo. Não variam seu
sistema de investigação; na melhor das hipóteses, quando são instigados por algum caso insólito, ou por alguma recompensa extraordinária, ampliam ou exageram os
seus modos de agir habituais, sem que se afastem, no entanto, de seus princípios. (...) Você compreenderá, agora, o que eu queria dizer ao afirmar que, se a carta
roubada tivesse sido escondida dentro do raio de investigação do nosso delegado — ou, em outras palavras, se o princípio inspirador estivesse compreendido nos
princípios do delegado —, sua descoberta seria uma questão inteiramente fora de dúvida. Este funcionário, porém, se enganou por completo, e a fonte remota de seu
fracasso reside na suposição de que o ministro é um idiota, pois adquiriu renome de poeta. Segundo o delegado, todos os poetas são idiotas — e, neste caso, ele é
apenas culpado de uma non distributio medii, ao inferir que todos os poetas são idiotas.

— Mas ele é realmente poeta? — perguntei. — Sei que são dois irmãos, e que ambos adquiriram renome nas letras. O ministro, creio eu, escreveu eruditamente sobre o
cálculo diferencial. É um matemático, e não um poeta.

— Você está enganado. Conheço-o bem. E ambas as coisas. Como poeta e matemático, raciocinaria bem; como mero matemático, não raciocinaria de modo algum, e
ficaria, assim, à mercê do delegado.

— Você me surpreende — respondi — com essas opiniões, que têm sido desmentidas pela voz do mundo. Naturalmente, não quererá destruir, de um golpe, ideias
amadurecidas durante tantos séculos. A razão matemática é há muito considerada como a razão par excellence.

Edgar Allan Poe. A carta roubada.


In: Histórias extraordinárias. Victor Civita, 1981. Tradução de Brenno Silveira e outros.

Julgue o seguinte item, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto 12A1AAA.

Dados os sentidos do sexto parágrafo, é possível supor que, na frase “E ambas as coisas”, no sétimo parágrafo, está elíptico o trecho ele é logo após “E”.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2018


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
525) Como se pode imaginar, não foi o latim clássico, dos grandes escritores romanos e latinos e falado pelas classes romanas mais abastadas, que penetrou na
Península Ibérica e nos demais espaços conquistados pelo ImpérioRomano. Foi o latim popular, falado pelas tropas invasoras, que fez esse papel. Essa variante vulgar
sobrepôs-se às línguas dos povos dominados e com elas caldeou-se, dando origem aos dialetos que viriam a se chamar genericamente de romanços ou romances (do
latim romanice, isto é, à moda dos romanos).

No século V d.C., o Império Romano ruiu e os romanços passaram a diferenciar-se cada vez mais, dando origem às chamadas línguas neolatinas ou românicas: francês,
provençal, espanhol, português, catalão, romeno, rético, sardo etc.

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 45/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Séculos mais tarde, Portugal fundou-se como nação, ao mesmo tempo em que o português ganhou seu estatuto de língua, da seguinte forma: enquanto Portugal
estabelecia as suas fronteiras no século XIII, o galego-português patenteava-se em forma literária.

Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de conquistas que, à imagem do que Roma fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões:
Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cingapura, Índia e Brasil, para citar uns poucos exemplos em três continentes.

Muito mais tarde, essas colônias tornaram-se independentes — o Brasil no século XIX, as demais no século XX —, mas a língua de comunicação foi mantida e é hoje
oficial em oito nações independentes: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Instituto Antônio Houaiss. José Carlos de Azevedo (Coord.).


Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008, p. 16-7 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item seguinte.

A forma verbal “caldeou-se” relaciona-se, no texto, ao sentido de mistura, fusão ou associação.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/686641

CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2018


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
526) Como se pode imaginar, não foi o latim clássico, dos grandes escritores romanos e latinos e falado pelas classes romanas mais abastadas, que penetrou na
Península Ibérica e nos demais espaços conquistados pelo Império Romano. Foi o latim popular, falado pelas tropas invasoras, que fez esse papel. Essa variante vulgar
sobrepôs-se às línguas dos povos dominados e com elas caldeou-se, dando origem aos dialetos que viriam a se chamar genericamente de romanços ou romances (do
latim romanice, isto é, à moda dos romanos).

No século V d.C., o Império Romano ruiu e os romanços passaram a diferenciar-se cada vez mais, dando origem às chamadas línguas neolatinas ou românicas: francês,
provençal, espanhol, português, catalão, romeno, rético, sardo etc.

Séculos mais tarde, Portugal fundou-se como nação, ao mesmo tempo em que o português ganhou seu estatuto de língua, da seguinte forma: enquanto Portugal
estabelecia as suas fronteiras no século XIII, o galego- português patenteava-se em forma literária.

Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de conquistas que, à imagem do que Roma fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões:
Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cingapura, Índia e Brasil, para citar uns poucos exemplos em três continentes.

Muito mais tarde, essas colônias tornaram-se independentes — o Brasil no século XIX, as demais no século XX —, mas a língua de comunicação foi mantida e é hoje
oficial em oito nações independentes: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Instituto Antônio Houaiss. José Carlos de Azevedo (Coord.).


Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008, p. 16-7 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item seguinte.

A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso se substituísse a palavra “genericamente” por comumente.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/686926

CEBRASPE (CESPE) - PPF/PF/2018


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
527) Texto 14A15AAA

A natureza jamais vai deixar de nos surpreender. As teorias científicas de hoje, das quais somos justamente orgulhosos, serão consideradas brincadeira de criança por
futuras gerações de cientistas. Nossos modelos de hoje certamente serão pobres aproximações para os modelos do futuro. No entanto, o trabalho dos cientistas do futuro
seria impossível sem o nosso, assim como o nosso teria sido impossível sem o trabalho de Kepler, Galileu ou Newton. Teorias científicas jamais serão a verdade final: elas
irão sempre evoluir e mudar, tornando-se progressivamente mais corretas e eficientes, sem chegar nunca a um estado final de perfeição. Novos fenômenos estranhos,
inesperados e imprevisíveis irão sempre desafiar nossa imaginação. Assim como nossos antepassados, estaremos sempre buscando compreender o novo. E, a cada passo
dessa busca sem fim, compreenderemos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre o mundo a nossa volta.

Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa aventura, todos podemos compartilhar o êxtase que surge a cada nova descoberta; se não por intermédio de nossas
próprias atividades de pesquisa, ao menos ao estudarmos as ideias daqueles que expandiram e expandem as fronteiras do conhecimento com sua criatividade e coragem
intelectual. Nesse sentido, você, eu, Heráclito, Copérnico e Einstein somos todos parceiros da mesma dança, todos dançamos com o Universo. É a persistência do mistério
que nos inspira a criar.

Marcelo Gleiser. A dança do universo: dos mitos de criação ao Big-Bang.


São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 384-5 (com adaptações).

No que se refere aos aspectos linguísticos do texto 14A15AAA, julgue o item que se segue.

A substituição do termo “do futuro”, em “modelos do futuro”, pelo adjetivo futuristas manteria os sentidos originais do texto.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/551837

CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM AL)/PM AL/Combatente/2017


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 46/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
528)

Quino. Toda a Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1993, p. 384

A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto, julgue o próximo item.

O vocábulo “Ora”, no primeiro quadrinho, expressa o estado de impaciência de Susanita.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/113930

CEBRASPE (CESPE) - Escr (PC BA)/PC BA/2013


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
529) Texto para o item

O respeito às diferentes manifestações culturais é fundamental, ainda mais em um país como o Brasil, que apresenta tradições e costumes muito variados em todo o seu
território. Essa diversidade é valorizada e preservada por ações da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID), criada em 2003 e ligada ao Ministério da
Cultura.

Cidadãos de áreas rurais que estejam ligados a atividades culturais e estudantes universitários de todas as regiões do Brasil, por exemplo, são beneficiados por um dos
projetos da SID: as Redes Culturais. Essas redes abrangem associações e grupos culturais para divulgar e preservar suas manifestações de cunho artístico. O projeto é
guiado por parcerias entre órgãos representativos do Estado brasileiro e as entidades culturais.

A Rede Cultural da Terra realiza oficinas de capacitação, cultura digital e atividades ligadas às artes plásticas, cênicas e visuais, à literatura, à música e ao artesanato.
Além disso, mapeia a memória cultural dos trabalhadores do campo. A Rede Cultural dos Estudantes promove eventos e mostras culturais e artísticas e apoia a criação de
Centros Universitários de Cultura e Arte.

Culturas populares e indígenas são outro foco de atenção das políticas de diversidade, havendo editais públicos de premiação de atividades realizadas ou em andamento,
o que democratiza o acesso a recursos públicos.

O papel da cultura na humanização do tratamento psiquiátrico no Brasil é discutido em seminários da SID. Além disso, iniciativas artísticas inovadoras nesse segmento são
premiadas com recursos do Edital Loucos pela Diversidade. Tais ações contribuem para a inclusão e socializam o direito à criação e à produção cultural.

A participação de toda a sociedade civil na discussão de qualquer política cultural se dá em reuniões da SID com grupos de trabalho e em seminários, oficinas e fóruns,
nos quais são apresentadas as demandas da população. Com base nesses encontros é que podem ser planejadas e desenvolvidas ações que permitam o acesso dos
cidadãos à cultura e a promoção de suas manifestações, independentemente de cor, sexo, idade, etnia e orientação sexual.

Identidade e diversidade. Internet: <www.brasil.gov.br/sobre/cultura/> (com adaptações).

Considerando as ideias e aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a seguir.



A substituição do segmento “de toda a” por da não causaria prejuízo semântico ao texto.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/117902

CEBRASPE (CESPE) - PRF/PRF/2013


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
530) Leio que a ciência deu agora mais um passo definitivo. É claro que o definitivo da ciência é transitório, e não por deficiência da ciência (é ciência demais), que se
supera a si mesma a cada dia... Não indaguemos para que, já que a própria ciência não o faz — o que, aliás, é a mais moderna forma de objetividade de que dispomos.

Mas vamos ao definitivo transitório. Os cientistas afirmam que podem realmente construir agora a bomba limpa. Sabemos todos que as bombas atômicas fabricadas até
hoje são sujas (aliás, imundas) porque, depois que explodem, deixam vagando pela atmosfera o já famoso e temido estrôncio 90. Ora, isso é desagradável: pode mesmo
acontecer que o próprio país que lançou a bomba venha a sofrer, a longo prazo, as consequências mortíferas da proeza. O que é, sem dúvida, uma sujeira.

Pois bem, essas bombas indisciplinadas, mal-educadas, serão em breve substituídas pelas bombas n, que cumprirão sua missão com lisura: destruirão o inimigo, sem
riscos para o atacante. Trata-se, portanto, de uma fabulosa conquista, não?

Ferreira Gullar. Maravilha. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989, p. 109.

No que se refere aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.

A forma verbal “podem” está empregada no sentido de têm autorização.


Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/110069

CEBRASPE (CESPE) - AA (PRF)/PRF/2012


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 47/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
531) Além das condições das rodovias, a segurança nas estradas depende da conduta do motorista. Em caso de problemas mecânicos ou acidentes, é muito importante
que o condutor retire o veículo da via para não causar novas colisões. Motorista e passageiros devem se abrigar em um local seguro, se possível, além do acostamento,
até que chegue o socorro. A polícia rodoviária orienta o condutor ou passageiro a ligar para o número 190 da polícia militar, que pode localizar o posto policial mais
próximo do local do acidente e solicitar ajuda. Muitas vezes, acidentes acabam provocando outros, até mais graves. É importante alertar os outros motoristas de que
existe um veículo parado na estrada. O triângulo de sinalização deve ser posicionado a alguns metros do automóvel acidentado, para permitir que os demais usuários da
via se antecipem e saibam que existe um problema à frente.
Idem, ibidem (com adaptações).

Julgue o seguinte item, relativo ao texto acima.

A expressão “até que” confere ao período a noção de tempo.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/1581606

CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM ES)/PM ES/Combatente/2010


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
532) Em menos de 30 dias, a lata de refrigerante que você descartou hoje voltará para as suas mãos. É isso mesmo.

O ciclo de reutilização da latinha de alumínio — que vai do descarte, passa pela coleta seletiva e pela fundição, até chegar ao fabricante de bebidas, que a recoloca no
mercado consumidor — não dura mais que um mês no Brasil. A rapidez do processo é um dos sinais da maturidade da reciclagem do alumínio no país. Outro marco é o
volume reciclado. Em 2008, 91,5% de todas as latinhas consumidas pelos brasileiros voltaram para a indústria.

Apesar de menor que em anos anteriores — quando chegou a 96,5% —, o percentual mantém o país como o maior reciclador do mundo, à frente de nações
desenvolvidas como o Japão e os Estados Unido da América. Mais: o Brasil é o maior reciclador de latinhas de alumínio há oito anos consecutivos. Ainda não há previsões
para o resultado de 2009, quando a indústria recicladora começou a se recuperar da crise econômica, tampouco estimativas para este ano. Henio De Nicola, da
Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), afirma estar curioso sobre o desempenho deste ano. Como a estatística é feita a partir da compra de latinhas pelas empresas
recicladoras — e não pelo total de unidades consumidas ou coletadas pelos sucateiros e cooperativas —, é provável que o volume reciclado em 2010 supere o número de
latas produzidas no país. “2010 será um ano interessante. A tendência é que a reciclagem ultrapasse os 100%”, afirma De Nicola, coordenador do Comitê de Reciclagem
da ABAL.

Os números mostram que o setor conseguiu resolver uma equação muito complicada, que é fazer o lixo voltar ao mercado como matéria-prima nobre. Qualquer empresa
que usa sucata em suas linhas de produção enfrenta o grande desafio de encontrar fornecedores que garantam três condições contratuais: qualidade do reciclado, prazo
de entrega e volume.

Karla Spotorno. Latinhas de alumínio são campeãs em reciclagem.


Internet: <http://epocanegocios.globo.com> (com adaptações).

Julgue o próximo item, acerca da estrutura do texto.

O vocábulo “tampouco” equivale a muito menos e é empregado, no texto, para reforçar uma negação.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/20802

CEBRASPE (CESPE) - OI (ABIN)/ABIN/2008


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
533) Uma vez pesquisado, determinado assunto agrega novos elementos ao pensamento de seu observador e, portanto, modifica-o. Mudado seu modo de
pensar, o pesquisador já não concebe aquele tema da mesma forma e, assim, já não é capaz de estabelecer uma relação exatamente igual à do experimento original. Não
se podendo repetir a relação sujeito-objeto, é forçoso afirmar que seria impossível a reprodução exata de qualquer situação de pesquisa, o que ressalta a importância da
descrição do fenômeno e o caráter vivo dos postulados teóricos. Em uma visão fenomenológica, os chamados estados da mente perante a verdade podem ser descritos
como o tipo de experiência vivida pelo analista de inteligência no contato com o fenômeno acompanhado. Assim sendo, os fatos analisados não podem ser dissociados
daquele que produz o conhecimento. Quando a mente se posiciona perante a verdade, o que de fato ocorre é um processo ativo de auto-regulação entre uma pessoa,
seus conhecimentos preexistentes (a priori) e um novo fato que se apresenta.

Guilherme Augusto Rosito. Abordagem fenomenológica e metodologia de produção de conhecimentos. In: Revista Brasileira de Inteligência. Brasília: ABIN, v. 2, n.º 3, set./2008 (com
adaptações).

Com referência ao texto acima, julgue o item subseqüente.

No desenvolvimento da argumentação, a oração "Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto" expressa a causa que desencadeia as idéias do trecho "é forçoso
afirmar (...) pesquisa".
Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/361846

CEBRASPE (CESPE) - Sarg BM (CBM DF)/CBM DF/2008


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
534) Um incêndio foi apagado. E os outros?

O clima seco não ajuda, mas a natureza não é a única responsável pelo grande número de incêndios florestais no Brasil nas últimas semanas. “A maioria é provocada pela
ação humana”, diz Alberto Setzer, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos. O fogo começa com pequenas queimadas feitas para abrir pastagens e acaba
atingindo áreas de preservação.

Os bombeiros levaram 11 dias para controlar o fogo no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Perderam-se quase 20% da vegetação do parque, que tem 33.000
hectares e abriga espécies em extinção, como o tatu-canastra.

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 48/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
As queimadas, porém, continuam por todo o país. Há mais de 1.200 focos em unidades de conservação. Neste ano, o número de queimadas já é 43% maior que em
2006.

Época, n.º 487, 17/9/2007, p. 18 (com adaptações).

Com relação ao sentido e aos aspectos gramaticais do texto acima, julgue o item a seguir.

O verbo levar, em “Os bombeiros levaram 11 dias para controlar o fogo”, está empregado em sentido temporal, distinto do seu uso em orações como a seguinte: Os
bombeiros levaram o acidentado ao hospital.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/27948

CEBRASPE (CESPE) - PRF/PRF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
535) As ações de respeito para com os pedestres

Motorista, ao primeiro sinal do entardecer, acenda os faróis. Procure não usar a meia-luz.
Não use faróis auxiliares na cidade.
Nas rodovias, use sempre os faróis ligados. Isso evita 50% dos atropelamentos. Seu carro fica mais visível aos pedestres.
Sempre, sob chuva ou neblina, use os faróis acesos.
Ao se aproximar de uma faixa de pedestres, reduza a velocidade e preste atenção. O pedestre tem a preferência na passagem.
Motorista, atrás de uma bola vem sempre uma criança.
Nas rodovias, não dê sinal de luz quando verificar um trabalho de radar da polícia. Você estará ajudando um motorista irresponsável, que trafega em alta
velocidade, a não ser punido. Esse motorista, não sendo punido hoje, poderá causar uma tragédia no futuro.
Não estacione nas faixas de pedestres.

Internet: <http://www.pedestres.cjb.net> (com adaptações).

Considerando o texto, julgue o item a seguir.

No quarto tópico, a circunstância "sob chuva ou neblina" tem função caracteristicamente explicativa e, por isso, se for retirada, não se alterarão as condições de uso para
"faróis acesos".

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/49735

CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
536) Os fragmentos abaixo constituem um texto mas estão ordenados aleatoriamente.

I Isso sugere uma crescente percepção de que existe algo que pode ser chamado de "bem público", algo que pertence à coletividade e deve ser protegido.

II Aparecem muito nos noticiários, associados ao crime organizado, ao tráfico de drogas. É como se esse tipo de crime, ao atingir setores até então protegidos da
sociedade, descobrisse seu lado mais sombrio.

III Hoje em dia, fala-se muito em crimes de corrupção e roubo ao patrimônio público.

IV Porém os crimes que mais reconhecemos como tal são o roubo ao patrimônio particular, os furtos, os assaltos e os assassinatos que ocorrem nas cidades.

V Conseqüentemente, nossa atenção está muito voltada para os roubos seguidos de assassinato e para os dados estatísticos que indicamo aumento do número de
homicídiosemdeterminados bairros. Esses têm sido os crimes "por excelência", os que mais ocupam o espaço do debate público.

Andréa Buoro et al. Violência urbana - dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 26 (com adaptações).

Considerando que a organização de um texto pressupõe a ordenação lógica e coerente de seus fragmentos, julgue o item a seguir.

A conjunção "Porém", no fragmento IV, introduz uma idéia oposta à argumentação colocada nos fragmentos I e III.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/54446

CEBRASPE (CESPE) - PPF/PF/1997


Língua Portuguesa (Português) - Outras questões de semântica
537) Polícia.

O primeiro elemento de avaliação dos corpos de Polícia está na análise do tipo de recrutamento adotado. Os corpos que recrutam o seu pessoal em todo o território
nacional podem realmente organizar-se de forma que contem com unidades e grupos constituídos por elementos provindos de regiões diferentes das regiões de
operações: o emprego de corpos de Polícia contra populações que não possuem vinculos sociais, econômicos e culturais com eles foi sempre a melhor solução para uma
política repressiva antipopular. Dai o envio do pessoal de Polícia para regiões distantes da região de origem com um duplo resultado, o do isolamento social e cultural com
relação às populações controladas e o do consequente aferro psicológico ao corpo a que se pertence e as suas estruturas. Os corpos de Polícia que têm um recrutamento
circunscrito á zona de controle (por exemplo, os guardas urbanos alistados pelas comunas onde se encontram trabalhando) não se prestam diretamente a ações
antipopulares e repressivas pelos ligames sociais e políticos que existem entre seus componentes e as populações controladas. Sua utilização fica, pois, restrita ao
desempenho de funções de Polícia urbana, rural etc... em tarefas que não apresentam um imediato aspecto político e que envolvem mormente a defesa da segurança
pública em sentido lato e não tanto a ordem pública. O segundo elemento de avaliação dos corpos de Polícia está no seu grau de especialização funcional e na
correspondência deste com a estrutura orgânica dos corpos. A especialização da Polícia de estradas, por exemplo, é um elemento positivo para a explicação do controle

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 49/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
do trânsito e da rede rodoviária; o mesmo se pode dizer da Polícia cientifica, onde o funcionamento dos corpos apresenta aspectos substancialmente positivos. Onde, pelo
contrário, a especialização não se acha acompanhada de uma estrutura organizacional apropriada, as funções de Polícia apresentam problemas que não podem ser
desprezados.

Tendo em vista o tipo de publicação de onde o verbete foi retirado, julgue o item que se segue, com referência ao valor semântico de termos ou expressões utilizados no
texto.

As expressões "especialização funcional" e "estrutura orgânica dos corpos" significam respectivamente, qualificação para o exercício da função e sistema
hierárquico das corporações.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/958805

CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC RR)/PC RR/2003


Língua Portuguesa (Português) - Frase, oração e período
538) Poucas tendências em tecnologia da informação foram tão divulgadas quanto o comércio eletrônico. A valorização das ações das empresas que já trabalham com e-
commerce chega a desafiar os fundamentos básicos do mundo dos negócios. Exemplo típico é o caso da Amazon.com. No entanto, há vários mitos que permanecem
quando se trata de indústria de informação.

Montar um Web site é fácil, mesmo com as transações de e-commerce. Mas, considerando os termos eficiente e bem-sucedido, torna-se muito mais difícil. Um Web site é
como um iceberg. O que se vê parece pequeno e simples, mas por baixo há questões de integração com talvez 40 ou 50 bancos de dados. Portanto, construir uma infra-
estrutura Web pode apresentar riscos bastante sérios para as companhias mais antigas.

O comércio eletrônico não se resume a colocar um site na Internet, mas o custo maior dessa operação está na logística. Uma vez colocado no ar, um cliente insatisfeito
com o serviço pode fazer com que dez outras pessoas fiquem com o pé atrás antes mesmo de experimentá-lo.

Para muitas empresas, as questões de negócios envolvidas no e-commerce são assustadoras. Mudanças nos processos empresariais, relacionamentos com clientes e
fornecedores, acesso a dados, propriedade dos dados, estratégia de distribuição e táticas de marketing estão por trás da maior parte dos esforços de comércio via Web.

Kellen Cristina Bogo. Mitos da indústria de informação.


Internet: <http://www.google.com.br>. Acesso em 3/4/2003 (com adaptações).

Com relação ao texto acima e às idéias nele contidas, julgue o item que se segue.

No período “Mudanças nos (...) via Web”, há apenas uma oração que se classifica como absoluta.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/49359

CEBRASPE (CESPE) - APF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Frase, oração e período
539) Julgue se o item seguinte apresenta relações de sentido que correspondem à estrutura semântica dada pela fórmula genérica abaixo, em que X é uma estrutura
lingüística que expressa condição ou concessão, e Y é uma estrutura lingüística afirmativa.

X, não Y

Embora a nossa concepção de violência tenha sido ampliada, não é possível afirmar que nossa sensibilidade e tolerância em relação a ela estejam igualmente distribuídas.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/53821

CEBRASPE (CESPE) - DPF/PF/1997


Língua Portuguesa (Português) - Frase, oração e período
540) Merecemos uma chance

- Até amanhã.

Eram mais de 22 horas de uma segunda-feira quando me despedi de minha amiga e colega M. "Até amanhã", respondeu M. E no amanhã M. não estava mais dando duro
em sua cadeira, linda e jovial como a cada dia, cumprindo compromissos e agendando tarefas. No dia seguinte M. estava num hospital, com hematomas da cabeça aos
pés, nariz quebrado, dentes amolecidos e hemorragia interna.

Acontece que entre o até amanhã e o amanhã a juventude e a jovialidade de M deram de cara com três psicopatas em busca de diversão. Eles a levaram a Osasco, na
Grande São Paulo, e bateram nela até se cansar. M. foi abandonada numa estrada seminua e ensangüentada, enquanto seus carrascos procuravam outra vítima, "mais
nova do que essa". Que tipo de pessoa é capaz de cometer uma brutalidade dessas? Não basta uma classificação psiquiátrica ou sociológica. Tente imaginar a alma de
um sujeito assim, e o que se vê é um poço sem fim, o mal em estado puro. O horror, o horror.

Certos tipos de crime são independentes da sociedade em que se inserem. Em países ricos ou pobres, em povos cultos ou ignorantes, materialistas ou religiosos,
capitalistas ou social-democratas, entre suecos ou tanzanianos, sempre existirá gente que sai às ruas para brutalizar mulheres. Assim como existem torturadores
compulsivos, assassinos seriais, estupradores etc. De alguma maneira, isso faz parte da natureza humana.

Não se trata aqui de uma aposentada na miséria furtando remédios na farmácia (e provavelmente sendo presa). Estamos falando no crime como modo de vida. Existe
gente que literalmente vive disso. Se quer dinheiro, rouba. Não para "matar a fome", mas para comprar a melhor cocaína e o último Honda Se gente assim quer se
divertir, junta alguns amigos do mesmo caráter e escolhe mulheres ao acaso no trânsito. Na mesma delegacia onde M. prestou queixa, estavam arquivadas 10 outras
ocorrências iguais.

Para casos assim existe essa instituição chamada polícia. Polícia é um serviço público, pago com nossos impostos, e não a encarnação do mal, este papel simplista que

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 50/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
intelectuais, jornalistas e artistas costumam Ihe reservar. Seu dever é proteger os não-criminosos dos criminosos. Mas a polícia não está cumprindo seu papel. Há uma
guerra nas ruas. É um assalto dos marginais ao resto da sociedade. E as primeiras vítimas dessa guerra são os mais pobres, os marginalizados, a tão decantada classe
trabalhadora. É na periferia das grandes cidades que esses degenerados fazem suas primeiras vítimas. Assassinatos, crimes sexuais, roubo, tudo acontece primeiro e pior
em bairros populares.

Qual a solução? Educação? Sim, mas... Um marmanjo que escolhe suas vítimas ao acaso não precisa exatamente de educação. Aliás muitos criminosos têm educação
esmerada, e até mesmo dinheiro. São violentos porque são. Policiamento? Óbvio. Mas no Brasil a segurança da população não é prioridade. O salário dos policiais foi
enterrado. no último prejuízo do Banco do Brasil. A verba das armas foi distribuída entre cabides de empregos de prefeituras falidas. Sem estrutura, paralisada pela
burocracia, a polícia brasileira não protege a sociedade de seus criminosos. É o tipo de problema que parece não ter solução. Mas pode ter. Temos que buscar opções, e
não apenas chorar o sangue derramado. O importante é que M. não seja mais atacada por psicopatas sem freios. Nem N., nem P., nem O. Nós, os não-criminosos,
merecemos uma chance.

Com referência às ligações sintáticas das orações dentro dos períodos, julgue, no item a seguir, a relação apontada entre a passagem sublinhada e o restante do período.

Temos que buscar opções, e não apenas chorar o sangue derramado. - casualidade

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/2503400

CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC AL)/PC AL/2023


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
541) Texto CG1A1-I
Entre 2016 e 2020, 35 mil crianças e adolescentes de 0 a 19 anos de idade foram mortos de forma violenta no Brasil — uma média de 7 mil por ano. Além disso, de 2017
a 2020, 180 mil sofreram violência sexual — uma média de 45 mil por ano. É o que revela o documento Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e
Adolescentes no Brasil, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Segundo o documento, a violência se dá de forma diferente de acordo com a idade da vítima. Crianças morrem, com frequência, em decorrência da violência doméstica,
perpetrada por um agressor conhecido. O mesmo vale para a violência sexual contra elas, cometida dentro de casa, por pessoas próximas. Já os adolescentes morrem,
majoritariamente, fora de casa, vítimas da violência armada urbana e do racismo.

Conforme os dados constantes no referido documento, a maioria das vítimas de mortes violentas é adolescente. Das 35 mil mortes violentas de pessoas com idade até 19
anos identificadas entre 2016 e 2020, mais de 31 mil tinham idade entre 15 e 19 anos. A violência letal, nos estados com dados disponíveis para a série histórica, teve um
pico entre 2016 e 2017, e vem caindo, voltando aos patamares dos anos anteriores. Ao mesmo tempo, o número de crianças de até 4 anos de idade vítimas de violência
letal aumenta, o que traz um sinal de alerta.

“A violência contra a criança acontece, principalmente, em casa. A violência contra adolescentes acontece na rua, com foco em meninos negros. Embora sejam
fenômenos complementares e simultâneos, é crucial entendê-los também em suas diferenças, para desenhar políticas públicas efetivas de prevenção e resposta às
violências”, afirma Florence Bauer, representante do UNICEF no Brasil.

Os dados publicados no panorama foram obtidos pelo FBSP, por meio da Lei de Acesso à Informação. Foram solicitados a cada estado brasileiro os dados de boletins de
ocorrência dos últimos cinco anos, referentes a mortes violentas intencionais (homicídio doloso; feminicídio; latrocínio; lesão corporal seguida de morte; e mortes
decorrentes de intervenção policial) e violência sexual (estupros e estupros de vulneráveis) contra crianças e adolescentes. Essas informações não são sistematicamente
reunidas e padronizadas, tratando-se, portanto,de uma análise inédita e essencial para a prevenção e a resposta à violência contra meninas e meninos.

Internet: <www.unicef.org> (com adaptações).

A respeito de aspectos gramaticais e semânticos do texto CG1A1-I, julgue o item subsequente.

No último período do texto, o termo “Essas informações” exerce a função de sujeito das orações expressas pelas formas verbais “são” e “tratando-se”.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/2013358

CEBRASPE (CESPE) - Per Of (PC PB)/PC PB/Criminal/Área Geral/2022


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
542) Texto CG2A1-II
Nas últimas décadas, os sentimentos de medo e de insegurança diante da violência e do crime, no Brasil, agravaram-se durante a transição para o regime democrático,
com o aumento da violência urbanab. A escalada dessa violência não se limitou às metrópoles brasileiras, verificando-se também nas pequenas e médias cidades do
interior do país. Nesse período, houve uma rápida expansão da riqueza, pública e privada, o que provocou uma série de mudançasc. Alterou-se profundamente a
infraestrutura urbana, com a dinamização do comércio local, a expansão dos serviços ligados às novas tecnologias da informação e da comunicação e a construção de
novas rotas ligando os diferentes estados e facilitando o trânsito entre os países. Ocorreram, ainda, mudanças importantes na composição da populaçãod, provocadas
pela oferta de trabalho em outras cidades e(ou) estados e pela rápida diversificação da estrutura social, com a expansão da escolarização média e superior e da
profissionalização.

Essas tendências da urbanização produziram inumeráveis consequências que agravaram o ciclo de crescimento da violênciae. Ao lado da diversificação das estruturas
sociais e das mudanças na composição social da população, houve aumento da mobilidade social, transformaram-se os estilos de vida, assim como se diversificaram os
contatos interpessoais. Paralelamente a esses avanços e essas conquistas, foram desenvolvidos os “bolsões” de pobreza urbana, enclaves no seio dos centros urbanosa
ou na periferia das cidades, constituídos onde a precariedade dos serviços urbanos avançou pari passu a uma baixa oferta de trabalho, à escolarização deficiente e à
precarização do suporte social e institucional às famílias.

Sérgio Adorno e Camila Dias. Monopólio estatal da violência.


In: Renato S. de Lima, José L. Ratton e Rodrigo G. Azevedo (Org.). Crime, polícia e justiça no Brasil. São Paulo: Contexto, 2014 (com adaptações).

No texto CG2A1-II, o trecho “A escalada dessa violência” (segundo período do primeiro parágrafo) exerce a mesma função sintática que o trecho

a) “enclaves no seio dos centros urbanos” (último período do segundo parágrafo).


b) “com o aumento da violência urbana” (primeiro período do primeiro parágrafo).
c) “uma série de mudanças” (terceiro período do primeiro parágrafo).
d) “mudanças importantes na composição da população” (último período do primeiro parágrafo).

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 51/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
e) “o ciclo de crescimento da violência” (primeiro período do segundo parágrafo).

www.tecconcursos.com.br/questoes/2182196

CEBRASPE (CESPE) - Of (CBM RO)/CBM RO/Engenheiro Civil/Complementar/2022


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
543) Texto 2A02

Utilizando a identificação de datação de combustíveis fósseis, pesquisadores descobriram os incêndios florestais mais antigos já apontados. Ao analisarem depósitos de
carvão de 430 milhões de anos do País de Gales e da Polônia, eles levantaram informações valiosas sobre como era a vida na Terra durante o período Siluriano – cerca de
440 milhões de anos atrás.

Naquele tempo, as plantas eram extremamente dependentes da água para se reproduzir e provavelmente não chegaram a existir em regiões com secas intensas. Os
incêndios florestais discutidos no estudo teriam queimado vegetação rasteira, além de plantas comuns de pequeno porte – da altura do joelho ou da cintura.

As queimadas precisam de três coisas para existir: combustível (as plantas), uma fonte de ignição (no caso, os raios) e oxigênio suficiente para propagar a chama.

O fato de esses incêndios terem se espalhado e deixado depósitos de carvão sugere, segundo os pesquisadores, que os níveis de oxigênio atmosférico
da Terra eram de pelo menos 16%. Com base na análise das amostras de carvão, eles acreditam que os níveis há 430 milhões de anos podem ter sido similares aos
atuais 21% – ou até superiores.

A pesquisa ajuda a entender um pouco mais sobre o ciclo de oxigênio e a fotossíntese da vida vegetal nesse período. Ao saber os detalhes desse ciclo ao longo do tempo,
os cientistas podem ter uma visão melhor de como a vida evoluiu até aqui.

Os incêndios florestais, assim como agora, teriam contribuído também para os ciclos de carbono e fósforo e para o movimento de sedimentos no solo terrestre. É uma
combinação complexa de processos, que exige um trabalho em áreas diversas do conhecimento.
Esse achado recente com certeza auxilia nesses estudos. Anteriormente, o recorde de incêndio florestal mais antigo registrado era de 10 milhões de anos. A nova data
confere uma visão mais profunda do passado – e também destaca a importância que a pesquisa de incêndios florestais tem no mapeamento da história geológica.

“As queimadas têm sido um componente integral nos processos do sistema terrestre por um longo tempo, mas seu papel nesses processos certamente foi subestimado”
conta Ian Glasspool, primeiro autor do estudo.

Leo Caparroz. Revista Superinteressante. 20/6/2022. Internet: <https://super.abril.com.br/...> (com adaptações).

No primeiro período do quarto parágrafo do texto 2A02, o núcleo do sujeito da forma verbal “eram” é o termo

a) “pesquisadores”.
b) “níveis”.
c) “oxigênio”.
d) “depósitos”.

e) “incêndios”.

www.tecconcursos.com.br/questoes/2207687

CEBRASPE (CESPE) - Esc Pol (PC RO)/PC RO/2022


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
544) Texto CG2A1-I

Direito e justiça são conceitos que se entrelaçam, a tal ponto de serem considerados uma só coisa pela consciência social. Fala-se no direito com o sentido de justiça, e
vice-versa. Sabe-se, entretanto, que nem sempre eles andam juntos. Nem tudo o que é direito é justo e nem tudo o que é justo é direito. Isso acontece porque a ideia de
justiça engloba valores inerentes ao ser humano, transcendentais, como a liberdade, a igualdade, a fraternidade, a dignidade, a equidade, a honestidade, a moralidade, a
segurança, enfim, tudo aquilo que vem sendo chamado de direito natural desde a Antiguidade. O direito, por seu turno, é uma invenção humana, um fenômeno histórico
e cultural concebido como técnica para a pacificação social e a realização da justiça.

Em suma, enquanto a justiça é um sistema aberto de valores, em constante mutação, o direito é um conjunto de princípios e regras destinado a realizá-la. E nem sempre
o direito alcança esse desiderato, quer por não ter acompanhado as transformações sociais, quer pela incapacidade daqueles que o conceberam, quer, ainda, por falta de
disposição política para implementá-lo, tornando-se, por isso, um direito injusto.

É possível dizer que a justiça está para o direito como o horizonte está para cada um de nós. Quanto mais caminhamos em direção ao horizonte — dez passos, cem
passos, mil passos —, mais ele se afasta de nós, na mesma proporção. Nem por isso o horizonte deixa de ser importante, porque é ele que nos permite caminhar. De
maneira análoga, o direito, na permanente busca da justiça, está sempre caminhando, em constante evolução.

Nesse compasso, a finalidade da justiça é a transformação social, a construção de uma sociedade justa, livre, solidária e fraterna, sem preconceitos, sem pobreza e sem
desigualdades sociais. A criação de um direito justo, com efetivo poder transformador da sociedade, entretanto, não é obra apenas do legislador, mas também, e
principalmente, de todos os operadores do direito, de sorte que, se ainda não temos uma sociedade justa, é porque temos falhado nessa sagrada missão de bem
interpretar e aplicar o direito.

Sergio Cavalieri Filho. Direito, justiça e sociedade.


In: Revista da EMERJ, v. 5, n.º 8, 2002, p. 58-60 (com adaptações).

Assinale a opção em que o segmento apresentado funciona como sujeito de uma oração no último parágrafo do texto CG2A1-I.

a) “a finalidade da justiça”
b) “obra apenas do legislador”
c) “transformação social”
d) “a construção de uma sociedade justa, livre, solidária e fraterna”

e) “poder transformador da sociedade”

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CEBRASPE (CESPE) - APF/PF/2021
Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
545) Texto 2A1-I

Tinha de deixar aquela casa. Não sentia saudades. Era uma casa escura, com um cheiro doce e enjoado que nunca passou. Não tinha vista a não ser a da janela que
dava para o edifício ao lado. E só via as cozinhas. Quando anoitecia, toda aquela vizinhança começava, ao mesmo tempo, a fazer bife, e o ar ficava cheirando a cebola e
alho. Ia-se embora, com alegria até, porque o outro apartamento tinha uma janela de onde era possível ver o mar, não todo, mas um pedacinho que, lá um dia, talvez lhe
mostrasse um navio passando. Claro, arejado.

Mas era preciso levar suas poucas coisas. Uma calça, duas camisas, um rádio de cabeceira, talcos, dentifrícios, uma lavanda, quatro ou cinco toalhas. Cabia tudo em uma
mala só. Mas tinha a gaveta. Tinha de desocupar aquela gaveta. Cinco ou seis cartas guardadas ali.

Resolveu ler, a começar pela primeira, pondo-as em ordem pelas datas. Ela dizia tanto “te amo, te amo”... e contava que andara chorando na rua, que o fora esperar na
estação, que a parenta já andava desconfiada de sua tristeza. No fundo de um envelope, o raminho de cabelo. Havia escurecido com o tempo, mas era um pedacinho de
sua beleza e, de qualquer forma, um pouco de presença a querer bem.

Antônio Maria. Com vocês, Antônio Maria. Rio de Janeiro,


Paz e Terra, 1994, p. 83-84 (com adaptações).

Ainda com relação aos aspectos linguísticos do texto 2A1-I, julgue o item subsequente.

Na oração “Cabia tudo em uma mala só”, o vocábulo “tudo” exerce a função de sujeito.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM AL)/CBM AL/2021


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
546) Uma noite, quando os integrantes do Jornal de Alagoas trabalhavam na redação de uma das folhas do jornal, surgiu alguém gritando que um incêndio lavrava na
cidade, querendo devorar tudo. Um pavoroso e sinistro incêndio cuja proporção não se podia calcular. A Casa das Tintas era o local onde pairavam as chamas. A
impressionante tragédia abalou até o governador do estado, que para lá foi e assistiu a tudo estupefato, em companhia de seus auxiliares imediatos. As chamas
devoraram todo o estabelecimento e, ainda, cerca de vinte e cinco famílias ficaram no meio da rua com os seus móveis e utensílios.

Aquilo era, portanto, um quadro entristecedor e merecia um reparo. Latas de querosene, vasos de uso doméstico e outros vasilhames, oferecidos e levados por pessoas
residentes nas proximidades e também alarmadas, eram entregues aos voluntários e militares que heroicamente lutavam contra as chamas, muitos deles intoxicados pelo
mau cheiro saído daquele estabelecimento que continha grande quantidade de tintas e outros produtos tóxicos.

O então governador do estado de Alagoas, revoltado com o caso, esperava encontrar ali um Corpo de Bombeiros. Teve, no entanto, sua decepção e prometeu organizar
uma unidade que viesse dar combate às chamas quando elas surgissem em algum ponto da cidade.

Internet: <www.cbm.al.gov.br> (com adaptações).

Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a seguir.

Na oração “Aquilo era, portanto, um quadro entristecedor”, o termo “um quadro entristecedor” exerce a função de sujeito.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM AL)/PM AL/2021


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
547) Texto CB2A1-I

As mãos que criam, criam o quê?

A ancestralidade de dona Irinéia mostra-se presente em suas peças feitas com o barro vermelho da sua região. São cabeças, figuras humanas, entre outras esculturas
que narram, por meio da forma moldada no barro, episódios históricos, lutas e conquistas vividos pelos moradores de sua comunidade e do Quilombo de Palmares.

Um exemplo é a escultura que representa pessoas em cima de uma jaqueira e que se tornou uma peça muito conhecida de dona Irinéia. A jaqueira se tornou objeto de
memória, pois remonta a uma enchente, durante a qual ela e suas três irmãs ficaram toda a noite em cima da árvore, esperando a água baixar.

O manejo da matéria-prima é feito com a retirada do barro que depois é pisoteado, amassado e moldado. As peças são então queimadas, e ganham uma coloração
naturalmente avermelhada.

Irinéia Rosa Nunes da Silva é uma das mais reconhecidas artistas da cerâmica popular brasileira. A história de dona Irinéia, mestra artesã do Patrimônio Vivo de Alagoas
desde 2005, está entrelaçada com a história do povoado quilombola Muquém, onde nasceu em 1949. O povoado pertence ao município de União dos Palmares, na zona
da mata alagoana, e se encontra próximo à serra da Barriga que carrega forte simbolismo, pois é a terra do Quilombo dos Palmares.

Por volta dos vinte anos, dona Irinéia começou a ajudar sua mãe no sustento da família, fazendo panelas de barro. Entretanto, o costume de fazer promessas aos santos
de quem se é devoto, quando se está passando por alguma provação ou doença, fez surgir para a artesã outras encomendas. Quando a graça é alcançada, costuma-se
levar a parte do corpo curado representado em uma peça de cerâmica, como agradecimento para o santo. Foi assim que dona Irinéia começou a fazer cabeças, pés e
assim por diante.

Até que um dia, uma senhora que sofria com uma forte dor de cabeça encomendou da ceramista uma cabeça, pois ia fazer uma promessa ao seu santo devoto. A
senhora alcançou sua graça, o que fez com que dona Irinéia ficasse ainda mais conhecida na região. Chegou, inclusive, ao conhecimento do SEBRAE de Alagoas, que foi
até dona Irinéia e ofereceu algumas capacitações que abriram mais possibilidades de produção para a ceramista. O número de encomendas foi aumentando e, com ele,
sua imaginação e criatividade que fizeram nascer objetos singulares.

Em Muquém, vivem cerca de quinhentas pessoas que contam com um posto de saúde, uma escola e a casa de farinha, onde as mulheres se reúnem para moer a

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mandioca, alimento central na comunidade, assim como de tantos outros quilombos no Nordeste. No dia a dia do povoado, o trabalho com o barro também preenche o
tempo de muitas mulheres e alguns homens que se dedicam à produção de cerâmica, enquanto ensinam as crianças a mexer com a terra, produzindo pequenos bonecos.

Internet: <www.artesol.org.br> (com adaptações).

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item seguinte.

O sujeito da oração iniciada pela forma verbal “Chegou” (sexto parágrafo) é a oração “que foi até dona Irinéia”.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - PRF/PRF/2019


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
548) As atividades pertinentes ao trabalho relacionam-se intrinsecamente com a satisfação das necessidades dos seres humanos — alimentar-se, proteger-se do frio e do
calor, ter o que calçar etc. Estas colocam os homens em uma relação de dependência com a natureza, pois no mundo natural estão os elementos que serão utilizados
para atendê-las.

Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em razão de atividades do trabalho humano. Os processos de produção dos
objetos que nos cercam movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim como a organização do trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades e
momentos da história.

De acordo com o cientista social norte-americano Marshall Sahlins, nas sociedades tribais, o trabalho geralmente não tem a mesma concepção que vigora nas sociedades
industrializadas. Naquelas, o trabalho está integrado a outras dimensões da sociabilidade — festas, ritos, artes, mitos etc. —, não representando, assim, um mundo à
parte.

Nas sociedades tribais, o trabalho está em tudo, e praticamente todos trabalham. Sahlins propôs que tais sociedades fossem conhecidas como “sociedades de
abundância” ou “sociedades do lazer”, pelo fato de que nelas a satisfação das necessidades básicas sociais e materiais se dá plenamente.

Thiago de Mello. Trabalho. Internet: <educacao.globo.com> (com adaptações).

Julgue o seguinte item, a respeito das ideias e das construções linguísticas do texto apresentado

No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações diversas entre os indivíduos", o sujeito da forma verbal “cercam” é “Os
processos de produção dos objetos”.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM AL)/PM AL/Combatente/2017


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
549) A palavra violência frequentemente nos remete a crimes como assassinato, estupro, roubo e lesão corporal, ou mesmo a guerras e terrorismo. Pensamos(1) que
violência e crime violento são a mesma coisa e não levamos(2) em conta que nem toda violência é considerada crime.

A sociedade, para reafirmar seus valores e se manter, pune as transgressões, com a intenção de que a punição aplicada ao transgressor seja útil para que os demais
indivíduos não sigam o mau exemplo, tendo em vista as consequências. Nesse caso, considera-se crime a transgressão de regras socialmente preestabelecidas, que
variam de acordo com a sociedade e o contexto histórico.

Lançadas com o intuito de encontrar respostas para as possíveis causas da violência, hipóteses clássicas na sociologia do crime acabaram por defender a tese de
associação entre o aumento nos índices de criminalidade e a pobreza. Essa associação sustenta a premissa de que o crime seja combatido e punido com maior rigor e
frequência nas classes economicamente mais desfavorecidas, em contraposição à tolerância e à impunidade de crimes cometidos tipicamente ou ocasionalmente por
indivíduos detentores de poder.

O mito da criminalidade associada à pobreza cria estereótipos, marginaliza e criminaliza a pobreza — que, em si, é uma violência. Rotula os que são tidos como pobres e
faz uma proporção extremamente grande da população ser prejulgada por atos ilícitos praticados por uma minoria.

A violência nas cidades deve ser vista sob duas vias. Um tipo de violência é a dos crimes praticados nas ruas, principalmente nas grandes cidades, que pode atingir
qualquer pessoa. O segundo tipo é a violência praticada pela própria cidade, que massacra os pobres, marginalizando e criminalizando esses cidadãos. Enquanto se diz
que os pobres da cidade são violentos, a atenção da violência que eles sofrem é invertida. A violência contra quem mora próximo de condomínios de luxo e mansões
fortificadas, sem ter acesso a bens básicos para garantir razoáveis condições de vida, é esquecida.

Geélison Ferreira da Silva. Considerações sobre criminalidade: marginalização, medo e mitos no Brasil. In: Revista Brasileira de Segurança Pública. ano 5, 8.ª ed. São Paulo, fev. – mar./2011, p. 91-102
(com adaptações)

No que se refere aos sentidos e às propriedades linguísticas do texto, julgue o item a seguir.

O sujeito das formas verbais “Pensamos”(1) e “levamos” (2) é indeterminado.


Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Ag Pol (PC DF)/PC DF/2013


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
550) Pavio do destino

Sérgio Sampaio

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

O bandido e o mocinho
São os dois do mesmo ninho
Correm nos estreitos trilhos
Lá no morro dos aflitos
Na Favela do Esqueleto
São filhos do primo pobre
A parcela do silêncio
Que encobre todos os gritos
E vão caminhando juntos
O mocinho e o bandido
De revólver de brinquedo
Porque ainda são meninos

Quem viu o pavio aceso do destino?

Com um pouco mais de idade


E já não são como antes
Depois que uma autoridade
Inventou-lhes um flagrante
Quanto mais escapa o tempo
Dos falsos educandários
Mais a dor é o documento
Que os agride e os separa
Não são mais dois inocentes
Não se falam cara a cara
Quem pode escapar ileso
Do medo e do desatino

Quem viu o pavio aceso do destino?

O tempo é pai de tudo


E surpresa não tem dia
Pode ser que haja no mundo
Outra maior ironia
O bandido veste a farda
Da suprema segurança
O mocinho agora amarga
Um bando, uma quadrilha
São os dois da mesma safra
Os dois são da mesma ilha
Dois meninos pelo avesso
Dois perdidos Valentinos

Quem viu o pavio aceso do destino?

Acerca de aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir.

O sujeito da forma verbal “viu” destacados é indeterminado, pois não se revela, no texto, quem pratica a ação de ver.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/692190

CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC AL)/PC AL/2012


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
551) Texto para o item
Colonialismo

Se, durante os séculos XVI a XVIII, os interesses comerciais europeus haviam levado países como Portugal, Espanha, França e Inglaterra a explorar economicamente o
continente americano, no século XIX foi a busca por novos mercados consumidores e por matérias-primas de baixo custo, em decorrência da Revolução Industrial, o que
levou as nações europeias a voltarem-se para as regiões da África e da Ásia. Foi, portanto, durante o século XIX e início do século XX, que assistimos à dominação política
e econômica de países considerados economicamente subdesenvolvidos pelas grandes potências da Europa.

A França foi a pioneira na dominação do continente africano. A Inglaterra, no entanto, consagrada como grande potência marítima desde a queda de Napoleão,
rapidamente assumiu a liderança da colonização.

Alemanha, Itália, Espanha, Portugal e Bélgica também empreenderam áreas de dominação no continente. Chegaram a estabelecer regras de partilha para a ocupação de
novos territórios na costa ocidental africana a partir de meados da década de 80 do século XIX, por meio da resolução firmada entre os países europeus durante a
Conferência de Berlim.

Na Ásia, a Inglaterra adotou uma política empenhada na conquista da Índia, que passou ao seu domínio após a Guerra dos Cipaios (1857-1858). Como garantiam o
domínio sobre a Índia, os ingleses não se opuseram à penetração francesa na Ásia, particularmente no território da Indochina. Embora o Leste Asiático tenha se mantido
independente, a China (com a Primeira Guerra do Ópio, de 1839 a 1842) e o Japão (com a ameaça naval do Comodoro Perry, em 1854) foram obrigados a abrir seus
portos aos europeus, dando-lhes diversas vantagens comerciais. Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, a China se via imersa em uma crise política. Vários territórios
asiáticos e africanos sofriam influência inglesa e francesa, e a Coreia havia sido anexada pelo Japão em 1910 — país que, a partir dos anos 30 do século XX, aumentou
consideravelmente seu poder sobre o continente.

Após a Segunda Guerra Mundial, os movimentos nacionalistas e independentistas que vinham se firmando desde o período entre-guerras ganharam força tanto na África
quanto na Ásia. A luta contra o colonialismo britânico na Índia de Gandhi, com o movimento de resistência passiva não violenta, terminou com a independência, em 1947,
mas foi seguida de violentos conflitos étnicos, principalmente em virtude de diferenças religiosas entre hinduístas e muçulmanos. A ocupação japonesa na Ásia favorecia a
manifestação do nacionalismo, ao mesmo tempo em que as ideias revolucionárias de Marx e Engels ganhavam força.

O processo que levou à partilha colonial de regiões africanas e asiáticas, criando países fictícios, culminou em longas batalhas por independência. Gerou, também, como
consequência, movimentos separatistas, conflitos étnicos e religiosos, e guerras civis, com reflexos que perduram até os dias de hoje.

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Internet: <http://acervo.estadao.com.br> (com adaptações).

Com relação ao sentido e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item subsequente.

O trecho “os movimentos nacionalistas e independentistas” exerce a função de sujeito da locução verbal “vinham-se firmando”.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/360727

CEBRASPE (CESPE) - Sold BM (CBM DF)/CBM DF/Operacional/2011


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
552) Nem pepino nem espinafre. A bactéria que pôs a Europa em estado de emergência médica, tendo atingido catorze países do continente, além dos Estados Unidos
da América e do Canadá, disseminou-se a partir de um cultivo orgânico de brotos de feijão. Com a interdição da fazenda onde era feito tal cultivo, na cidade de
Bienenbütel, no norte da Alemanha, o ritmo de contaminações caiu drasticamente.

É sabido que a bactéria em questão — Escherichia coli — somente é transmitida a um cultivo quando, nele, estão presentes fezes — animais ou humanas. Nesse caso, a
contaminação dos brotos de feijão pode ter resultado do uso de adubo orgânico cuja compostagem não tenha sido feita de maneira apropriada. Outra hipótese é a de
que a contaminação tenha ocorrido no momento da colheita: um lavrador, por descuido de higiene, pode ter permitido que vestígios de fezes contaminadas tenham
entrado em contato com o cultivo.

Produtos orgânicos têm inúmeras vantagens e, sob diversos aspectos, são, sim, mais saudáveis do que os tradicionais. Entretanto, como se viu no episódio da Escherichia
coli, o cultivo desses produtos exige cuidados redobrados de segurança, inclusive na fase de produção. Ignorar isso pode ser mortal.

Descuido trágico. In: Veja, jun./2011, p. 90 (com adaptações).

Com referência às ideias do texto acima e às estruturas linguísticas nele empregadas, julgue o item.

O trecho “que a bactéria em questão — Escherichia coli — somente é transmitida a um cultivo quando, nele, estão presentes fezes — animais ou humanas” exerce a
função de sujeito da locução “É sabido”.
Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/846825

CEBRASPE (CESPE) - Aux Per ML (PC ES)/PC ES/2011


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
553) No dia 3 de julho de 1950, a Coreia do Norte atacou e tomou Seul, a capital do Sul. Começava ali uma guerra que opunha os povos de um país dividido, com os
Estados Unidos da América de um lado e a China e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas do outro. O conflito durou cerca de três anos e terminou com o país
ainda dividido ao meio. O saldo? Três milhões e meio de mortos.

Recentemente, a Coreia do Norte, mais uma vez, atacou seus irmãos do Sul. Mesmo 65 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial e do rateio do mundo entre
comunistas e capitalistas, os coreanos seguem presos aos dogmas de seus governos. O bombardeio ordenado por Pyongyang atingiu uma ilha do país vizinho, matou
duas pessoas e feriu pelo menos dezoito. A justificativa do Norte foram manobras supostamente feitas pelos sulistas em águas sob sua jurisdição.

A tensão na fronteira é grande. O governo de Seul ameaça com uma retaliação que pode desencadear um confronto de proporções catastróficas, não só para os coreanos
de ambos os lados, mas para todo o planeta.

Jornal do Brasil, Editorial, 24/11/2010 (com adaptações).

Em relação às ideias e à estrutura linguística do texto acima, julgue o item a seguir.

O núcleo do sujeito das formas verbais “matou” e “feriu” é “Pyongyang”.


Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/1942056

CEBRASPE (CESPE) - Of (CBM ES)/CBM ES/Combatente/2011


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
554) Em pleno sertão do Cariri, no sul do Ceará, um meio de transporte causa estranheza na paisagem árida. Cobrindo os 14 quilômetros que separam Crato e Juazeiro
do Norte, um misto de metrô e ônibus transporta passageiros. Trata-se do primeiro veículo leve sobre trilho (VLT) do Brasil, um tipo de transporte coletivo capaz de
melhorar o trânsito nas cidades sem acarretar tantos malefícios ao ambiente. Além de custar menos que o metrô, transporta muito mais passageiros que o ônibus e é até
93% menos poluente que este.

Descendentes dos velhos bondes, esses veículos modernos e mais “verdes” devem ganhar espaço também em outras cidades do Nordeste, que já estudam implantar
VLTs — que circulariam sobre antigas linhas abandonadas pertencentes à Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Trata-se de uma forma sustentável e barata de restabelecer
essas rotas e melhorar o transporte dos moradores de toda a região.

Revista Vida Simples, dez./2010, p. 65 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue o seguinte item.

O sujeito da oração “transporta muito mais passageiros” está elíptico.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Of (PM DF)/PM DF/Administração/2010


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
555) Todos os seres humanos necessitam de segurança. Todos os seres humanos têm o direito de serem protegidos do medo, de todas as espécies de medo.

O medo tem raízes profundas na alma dos seres. Radica-se no inconsciente e é objeto constante da pesquisa científica, com destaque para a psicanálise.

Temos medo do abandono, de passar necessidade e privações, medo das agressões, da doença, da morte.

Uma sociedade que se funde no “espírito de solidariedade” procurará construir modelos de convivência que afastem o medo do horizonte permanente de expectativas.
Em uma sociedade fraterna, o homem não será lobo do outro homem.

Nossa Constituição determina que a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. Será exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio.

Internet: <www.dhnet.org.br> (com adaptações).

A partir do texto acima, julgue o item subsequente.

Em “Radica-se”, o pronome indica que o sujeito é indeterminado.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/1581600

CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM ES)/PM ES/Combatente/2010


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
556) Em menos de 30 dias, a lata de refrigerante que você descartou hoje voltará para as suas mãos. É isso mesmo.

O ciclo de reutilização da latinha de alumínio — que vai do descarte, passa pela coleta seletiva e pela fundição, até chegar ao fabricante de bebidas, que a recoloca no
mercado consumidor — não dura mais que um mês no Brasil. A rapidez do processo é um dos sinais da maturidade da reciclagem do alumínio no país. Outro marco é o
volume reciclado. Em 2008, 91,5% de todas as latinhas consumidas pelos brasileiros voltaram para a indústria.

Apesar de menor que em anos anteriores — quando chegou a 96,5% —, o percentual mantém o país como o maior reciclador do mundo, à frente de nações
desenvolvidas como o Japão e os Estados Unido da América. Mais: o Brasil é o maior reciclador de latinhas de alumínio há oito anos consecutivos. Ainda não há previsões
para o resultado de 2009, quando a indústria recicladora começou a se recuperar da crise econômica, tampouco estimativas para este ano. Henio De Nicola, da
Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), afirma estar curioso sobre o desempenho deste ano. Como a estatística é feita a partir da compra de latinhas pelas empresas
recicladoras — e não pelo total de unidades consumidas ou coletadas pelos sucateiros e cooperativas —, é provável que o volume reciclado em 2010 supere o número de
latas produzidas no país. “2010 será um ano interessante. A tendência é que a reciclagem ultrapasse os 100%”, afirma De Nicola, coordenador do Comitê de Reciclagem
da ABAL.

Os números mostram que o setor conseguiu resolver uma equação muito complicada, que é fazer o lixo voltar ao mercado como matéria-prima nobre. Qualquer empresa
que usa sucata em suas linhas de produção enfrenta o grande desafio de encontrar fornecedores que garantam três condições contratuais: qualidade do reciclado, prazo
de entrega e volume.

Karla Spotorno. Latinhas de alumínio são campeãs em reciclagem.


Internet: <http://epocanegocios.globo.com> (com adaptações).

Julgue o próximo item, acerca da estrutura do texto.

Na linha, o termo “previsões para o resultado de 2009” é sujeito da forma verbal “há”.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/361390

CEBRASPE (CESPE) - Cab BM (CBM DF)/CBM DF/2008


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
557) Texto

Na Revista da Folha de domingo, há uma matéria sobre o desabamento nas obras do Metrô de São Paulo. Ainda não a li, mas o tema é muito interessante e acredito
que foi tratado de forma digna.

Em uma parte da matéria, há um texto sobre cães farejadores, que trabalham com os bombeiros no resgate. Nem preciso escrever sobre a importância e o valor desses
cães.

Quando estava no Japão, assisti a um programa sobre cães que ajudam humanos. Mostraram um cão que ajudava uma senhora idosa. Mas o cão também foi ficando
velho e precisava de remédios e cuidados especiais. A senhora não podia cuidar dela mesma e do cão, daí ela teve que entregá-lo ao centro de treinamento de cães.
Filmaram a cena.

Eu admito que chorei muito quando vi. Descrever com palavras não é tão emocionante quanto as imagens. Lembrei dos meus cães, que não são assim tão espertos,
mas... Bom, se você tem um cão ou outro bicho, sabe o que quero dizer.

Internet: <www.spoilerproof.wordpress.com> (com adaptações).

Com relação ao texto, julgue o item que se segue.

A oração “Filmaram a cena” tem sujeito indeterminado.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sarg BM (CBM DF)/CBM DF/2008


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
558) Bombeiros não causam incêndios

Andam dizendo que a área de recursos humanos (RH) das empresas serve para apagar incêndios e não para planejar. Quanta injustiça!

A aparência de estar sempre apagando incêndios deve-se ao fato de que os incendiários (demais decisores e departamentos da empresa.) não consultaram os
profissionais de RH antes das suas tomadas de decisões, esqueceram da variável humana da equação...

Decisões afetam pessoas e processos, e o conhecimento para lidar com estas duas variáveis e convertê-las em resultados pertence à esfera de RH. Não administrar de
maneira participativa com RH causa distorções e crises que, uma vez instaladas, clamam pela intervenção urgente. Toca o telefone vermelho da sala de RH: incêndio!

A carência de planejamento estratégico de médio e longo prazo é crônica no modelo brasileiro de administração, que primeiro permite que se instale a crise para depois
cuidar dela, quando é muito mais sábio fazer uma administração preventiva da crise. Basta permitir que os inúmeros projetos e planejamentos já desenvolvidos e
idealizados pelo setor de RH se implementem, para verificar como diminuem os incêndios.

Bombeiros não causam incêndios, mas sabem como evitá-los. Procure-os.

Carlos Hilsdorf. Internet: <www.rhportal.com.br> (com adaptações).

Acerca das idéias e das estruturas do texto acima, julgue o item que se segue.

O sujeito da oração “Andam dizendo (...)” pode ser interpretado como sendo os “demais decisores e departamentos da empresa”.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/1953175

CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM ES)/CBM ES/Combatente/2008


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
559) Exigências da paz

Acredito na paz e na sua possibilidade como forma normal de existência humana. Mas não acredito nas caricaturas de paz que nos são constantemente propostas, e até
inculcadas. Há por aí uma paz muito proclamada, mas que na realidade atrapalha a verdadeira paz.

A paz não é uma abstração. É uma forma de convivência humana. Expressa o modo existencial como os homens trabalham, se relacionam e conduzem o destino da
História.

Sendo assim, não adianta apregoar a sublime paz.

Que não passe de fórmula sem conteúdo. Pois o que importa são as situações concretas em que vive a humanidade.

Sociedade pacífica não é a sociedade que usa e consome slogans de paz, mas a que desenvolve concretamente formas de existência social em que os homens vivam com
dignidade, e possam participar dos valores materiais e espirituais que respondam às necessidades básicas da vida humana.

Se a humanidade quiser a paz efetiva, deve estar disposta a remover tudo aquilo que a impede. E a buscar tudo aquilo que a possibilita. Antes de tudo, remover a falsa
paz: A paz concordista que aceita, com tolerância descabida, situações injustas.

A paz conformista que adia soluções, contorna problemas, silencia dramas sob a alegação de que o mundo sempre foi assim, e de que é preciso esperar com paciência.

A paz alienante que distrai a consciência para que não se percebam os males que machucam o corpo e encolerizam a alma da humanidade. A paz cúmplice que disfarça
absurdos, desculpa atrocidades, justifica opressões e torna razoáveis espoliações desumanas.

A paz não tem a missão de camuflar erros, mas de diagnosticá-los com lucidez. Não é um subterfúgio para evitar a solução reclamada. Existe para resolver o problema.

Pode haver paz onde há fome crônica? Pode haver paz no lar em que a criança está morrendo por falta de remédios? Pode haver paz onde há desemprego? Pode haver
paz onde o ódio domina? Pode haver paz onde a perseguição age bem acobertada? Nesses casos, o primeiro passo é suprimir a fome, a doença, o desemprego, o ódio, a
perseguição.

E então a paz começa a chegar.

A paz é uma infatigável busca de valores para o bem de todos. É o esforço criador da humanidade gerando recursos econômicos, culturais, sociais, morais, espirituais,
que são indispensáveis à subsistência, ao crescimento e ao relacionamento consciente e fraterno da humanidade.

Juvenal Arduini. Estradeiro. Para onde vai o homem?


São Paulo: Edições Paulinas, 1987 (com adaptações).

Julgue o item subseqüente, relativos à sintaxe do trecho “Expressa o modo existencial como os homens trabalham, se relacionam e conduzem o destino da História”.

Subentende-se a expressão essa forma de convivência como sujeito da forma verbal “Expressa”.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Tec Ass Cult (PF)/PF/2004


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
560) O prédio do Departamento de Ordem Pública e Social, o DOPS, foi tombado em 1999. Construído em 1914, com arquitetura de Ramos de Azevedo,
pertence à Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Projetado para abrigar a estação da Estrada de Ferro Sorocabana, acabou usado como órgão repressor. Durante
60 anos, entre 1924 e 1983, o DOPS vigiava e mantinha presos suspeitos de ação contra o governo.

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Há três anos, o prédio começou a ser restaurado. Reinaugurado em 2002, o espaço Memorial da Liberdade foi instalado nos porões. Os arquivos voltaram para o
lugar de origem, para a preservação da história do país. Uma nova fase da memória nacional é apresentada em três exposições, inauguradas em 4 de julho de 2002. Com
o patrimônio resguardado, tornou-se local de exposições com os temas: democracia, cidadania e direitos humanos.

Almanaque Brasil, ago./2002 (com adaptações).

De acordo com o texto acima, julgue o item a seguir.

Os particípios verbais "tombado", "Construído", "Projetado" e "Reinaugurado" remetem ao mesmo sujeito da passiva: "O prédio do Departamento de Ordem Pública e
Social".

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Tec Ass Cult (PF)/PF/2004


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
561) O prédio do Departamento de Ordem Pública e Social, o DOPS, foi tombado em 1999. Construído em 1914, com arquitetura de Ramos de Azevedo,
pertence à Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Projetado para abrigar a estação da Estrada de Ferro Sorocabana, acabou usado como órgão repressor. Durante
60 anos, entre 1924 e 1983, o DOPS vigiava e mantinha presos suspeitos de ação contra o governo.

Há três anos, o prédio começou a ser restaurado. Reinaugurado em 2002, o espaço Memorial da Liberdade foi instalado nos porões. Os arquivos voltaram para o
lugar de origem, para a preservação da história do país. Uma nova fase da memória nacional é apresentada em três exposições, inauguradas em 4 de julho de 2002. Com
o patrimônio resguardado, tornou-se local de exposições com os temas: democracia, cidadania e direitos humanos.

Almanaque Brasil, ago./2002 (com adaptações).

De acordo com o texto acima, julgue o item a seguir.

Do emprego de "o DOPS" como sujeito da oração depreende-se que o prédio, projetado para abrigar uma estação da estrada de ferro, "vigiava e mantinha presos
suspeitos de ação contra o governo".
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold BM (CBM PA)/CBM PA/2003


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
562) A árvore em fogo

Na tênue névoa vermelha da noite


Víamos as chamas, rubras, oblíquas
Batendo em ondas contra o céu escuro.
No campo em morna quietude
Crepitando
Queimava uma árvore.

Para cima estendiam-se os ramos, de medo estarrecidos


Negros, rodeados de centelhas
De chuva vermelha.
Através da névoa rebentava o fogo.
Apavorantes dançavam as folhas secas
Selvagens, jubilantes, para cair como cinzas
Zombando, em volta do velho tronco.

Mas tranqüila, iluminando forte a noite


Como um gigante cansado à beira da morte
Nobre, porém, em sua miséria
Erguia-se a árvore em fogo.

E subitamente estira os ramos negros, rijos


A chama púrpura a percorre inteira
Por um instante fica erguida contra o céu escuro
E então, rodeada de centelhas
Desaba.

Bertolt Brecht. Internet: <http://www.google.com.br>. Acesso em 9/6/2003 (com adaptações).

Com referência ao vocabulário e às estruturas do texto acima, julgue o item seguinte.

Subentende-se que o sujeito da oração situada no terceiro verso é “as chamas”.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC RR)/PC RR/2003


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
563) Poucas tendências em tecnologia da informação foram tão divulgadas quanto o comércio eletrônico. A valorização das ações das empresas que já trabalham com e-
commerce chega a desafiar os fundamentos básicos do mundo dos negócios. Exemplo típico é o caso da Amazon.com. No entanto, há vários mitos que permanecem
quando se trata de indústria de informação.

Montar um Web site é fácil, mesmo com as transações de e-commerce. Mas, considerando os termos eficiente e bem-sucedido, torna-se muito mais difícil. Um Web site é
como um iceberg. O que se vê parece pequeno e simples, mas por baixo há questões de integração com talvez 40 ou 50 bancos de dados. Portanto, construir uma infra-
estrutura Web pode apresentar riscos bastante sérios para as companhias mais antigas.

O comércio eletrônico não se resume a colocar um site na Internet, mas o custo maior dessa operação está na logística. Uma vez colocado no ar, um cliente insatisfeito
com o serviço pode fazer com que dez outras pessoas fiquem com o pé atrás antes mesmo de experimentá-lo.

Para muitas empresas, as questões de negócios envolvidas no e-commerce são assustadoras. Mudanças nos processos empresariais, relacionamentos com clientes e
fornecedores, acesso a dados, propriedade dos dados, estratégia de distribuição e táticas de marketing estão por trás da maior parte dos esforços de comércio via Web.

Kellen Cristina Bogo. Mitos da indústria de informação.


Internet: <http://www.google.com.br>. Acesso em 3/4/2003 (com adaptações).

Com relação ao texto acima e às idéias nele contidas, julgue o item que se segue.

A expressão “um cliente insatisfeito com o serviço” está exercendo a função de sujeito da oração em que se encontra.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC RR)/PC RR/2003


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
564)

A figura acima mostra uma janela do aplicativo Word 2000 com parte de um texto de Maria Alice Cruz, extraído e adaptado do site www.unicamp.br. Com base na janela
mostrada e considerando o texto nela contido, julgue o item subsequente.

No primeiro período do texto, o sujeito é oracional.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
565) A violência é um problema crescente nas cidades. A liberação feminina tem como efeito colateral grave o fato de as mulheres estarem mais expostas ao risco. Além
de enfrentar a violência doméstica - que, por incrível que pareça, segundo dados do Ministério da Justiça, atinge 80% das mulheres em idade adulta em algumas capitais
- , elas têm de encarar perigos nas ruas. Dirigindo sozinhas, andando à noite e se aventurando por locais menos movimentados, as moças são uma isca para assaltantes.
Mas os números mostram que elas estão reagindo. Entre 1999 e 2001, o número de queixas registradas nas 125 delegacias de defesa da mulher do estado de São Paulo
aumentou quase 50% - já são 30.000 reclamações por mês.

Veja - Especial Mulher, p. 89 (com adaptações).

Julgue o item que se segue, a respeito do texto acima.

Na linha 1, o emprego da preposição "de" sem contração com o artigo "as" indica que a expressão "as mulheres" constitui o sujeito de outra oração.
Certo
Errado

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

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CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
566) Os fragmentos abaixo constituem um texto mas estão ordenados aleatoriamente.

I Isso sugere uma crescente percepção de que existe algo que pode ser chamado de "bem público", algo que pertence à coletividade e deve ser protegido.

II Aparecem muito nos noticiários, associados ao crime organizado, ao tráfico de drogas. É como se esse tipo de crime, ao atingir setores até então protegidos da
sociedade, descobrisse seu lado mais sombrio.

III Hoje em dia, fala-se muito em crimes de corrupção e roubo ao patrimônio público.

IV Porém os crimes que mais reconhecemos como tal são o roubo ao patrimônio particular, os furtos, os assaltos e os assassinatos que ocorrem nas cidades.

V Conseqüentemente, nossa atenção está muito voltada para os roubos seguidos de assassinato e para os dados estatísticos que indicamo aumento do número de
homicídiosemdeterminados bairros. Esses têm sido os crimes "por excelência", os que mais ocupam o espaço do debate público.

Andréa Buoro et al. Violência urbana - dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 26 (com adaptações).

Considerando que a organização de um texto pressupõe a ordenação lógica e coerente de seus fragmentos, julgue o item a seguir.

O sujeito de "Aparecem", no fragmento II, está no fragmento I; por isso, esses fragmentos devem ser mantidos juntos na ordem em que estão.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - DPF/PF/1997


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
567) Merecemos uma chance

- Até amanhã.

Eram mais de 22 horas de uma segunda-feira quando me despedi de minha amiga e colega M. "Até amanhã", respondeu M. E no amanhã M. não estava mais dando duro
em sua cadeira, linda e jovial como a cada dia, cumprindo compromissos e agendando tarefas. No dia seguinte M. estava num hospital, com hematomas da cabeça aos
pés, nariz quebrado, dentes amolecidos e hemorragia interna.

Acontece que entre o até amanhã e o amanhã a juventude e a jovialidade de M deram de cara com três psicopatas em busca de diversão. Eles a levaram a Osasco, na
Grande São Paulo, e bateram nela até se cansar. M. foi abandonada numa estrada seminua e ensangüentada, enquanto seus carrascos procuravam outra vítima, "mais
nova do que essa". Que tipo de pessoa é capaz de cometer uma brutalidade dessas? Não basta uma classificação psiquiátrica ou sociológica. Tente imaginar a alma de
um sujeito assim, e o que se vê é um poço sem fim, o mal em estado puro. O horror, o horror.

Certos tipos de crime são independentes da sociedade em que se inserem. Em países ricos ou pobres, em povos cultos ou ignorantes, materialistas ou religiosos,
capitalistas ou social-democratas, entre suecos ou tanzanianos, sempre existirá gente que sai às ruas para brutalizar mulheres. Assim como existem torturadores
compulsivos, assassinos seriais, estupradores etc. De alguma maneira, isso faz parte da natureza humana.

Não se trata aqui de uma aposentada na miséria furtando remédios na farmácia (e provavelmente sendo presa). Estamos falando no crime como modo de vida. Existe
gente que literalmente vive disso. Se quer dinheiro, rouba. Não para "matar a fome", mas para comprar a melhor cocaína e o último Honda Se gente assim quer se
divertir, junta alguns amigos do mesmo caráter e escolhe mulheres ao acaso no trânsito. Na mesma delegacia onde M. prestou queixa, estavam arquivadas 10 outras
ocorrências iguais.

Para casos assim existe essa instituição chamada polícia. Polícia é um serviço público, pago com nossos impostos, e não a encarnação do mal, este papel simplista que
intelectuais, jornalistas e artistas costumam Ihe reservar. Seu dever é proteger os não-criminosos dos criminosos. Mas a polícia não está cumprindo seu papel. Há uma
guerra nas ruas. É um assalto dos marginais ao resto da sociedade. E as primeiras vítimas dessa guerra são os mais pobres, os marginalizados, a tão decantada classe
trabalhadora. É na periferia das grandes cidades que esses degenerados fazem suas primeiras vítimas. Assassinatos, crimes sexuais, roubo, tudo acontece primeiro e pior
em bairros populares.

Qual a solução? Educação? Sim, mas... Um marmanjo que escolhe suas vítimas ao acaso não precisa exatamente de educação. Aliás muitos criminosos têm educação
esmerada, e até mesmo dinheiro. São violentos porque são. Policiamento? Óbvio. Mas no Brasil a segurança da população não é prioridade. O salário dos policiais foi
enterrado. no último prejuízo do Banco do Brasil. A verba das armas foi distribuída entre cabides de empregos de prefeituras falidas. Sem estrutura, paralisada pela
burocracia, a polícia brasileira não protege a sociedade de seus criminosos. É o tipo de problema que parece não ter solução. Mas pode ter. Temos que buscar opções, e
não apenas chorar o sangue derramado. O importante é que M. não seja mais atacada por psicopatas sem freios. Nem N., nem P., nem O. Nós, os não-criminosos,
merecemos uma chance.

Com referência às diversas constituições do sujeito oracional, julgue o item que se segue.

Em "Não basta uma classificação psiquiátrica ou sociológica", o sujeito sintático do verbo bastar é a expressão sublinhada.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - DPF/PF/1997


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
568) Merecemos uma chance

- Até amanhã.

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Eram mais de 22 horas de uma segunda-feira quando me despedi de minha amiga e colega M. "Até amanhã", respondeu M. E no amanhã M. não estava mais dando duro
em sua cadeira, linda e jovial como a cada dia, cumprindo compromissos e agendando tarefas. No dia seguinte M. estava num hospital, com hematomas da cabeça aos
pés, nariz quebrado, dentes amolecidos e hemorragia interna.

Acontece que entre o até amanhã e o amanhã a juventude e a jovialidade de M deram de cara com três psicopatas em busca de diversão. Eles a levaram a Osasco, na
Grande São Paulo, e bateram nela até se cansar. M. foi abandonada numa estrada seminua e ensangüentada, enquanto seus carrascos procuravam outra vítima, "mais
nova do que essa". Que tipo de pessoa é capaz de cometer uma brutalidade dessas? Não basta uma classificação psiquiátrica ou sociológica. Tente imaginar a alma de
um sujeito assim, e o que se vê é um poço sem fim, o mal em estado puro. O horror, o horror.

Certos tipos de crime são independentes da sociedade em que se inserem. Em países ricos ou pobres, em povos cultos ou ignorantes, materialistas ou religiosos,
capitalistas ou social-democratas, entre suecos ou tanzanianos, sempre existirá gente que sai às ruas para brutalizar mulheres. Assim como existem torturadores
compulsivos, assassinos seriais, estupradores etc. De alguma maneira, isso faz parte da natureza humana.

Não se trata aqui de uma aposentada na miséria furtando remédios na farmácia (e provavelmente sendo presa). Estamos falando no crime como modo de vida. Existe
gente que literalmente vive disso. Se quer dinheiro, rouba. Não para "matar a fome", mas para comprar a melhor cocaína e o último Honda Se gente assim quer se
divertir, junta alguns amigos do mesmo caráter e escolhe mulheres ao acaso no trânsito. Na mesma delegacia onde M. prestou queixa, estavam arquivadas 10 outras
ocorrências iguais.

Para casos assim existe essa instituição chamada polícia. Polícia é um serviço público, pago com nossos impostos, e não a encarnação do mal, este papel simplista que
intelectuais, jornalistas e artistas costumam Ihe reservar. Seu dever é proteger os não-criminosos dos criminosos. Mas a polícia não está cumprindo seu papel. Há uma
guerra nas ruas. É um assalto dos marginais ao resto da sociedade. E as primeiras vítimas dessa guerra são os mais pobres, os marginalizados, a tão decantada classe
trabalhadora. É na periferia das grandes cidades que esses degenerados fazem suas primeiras vítimas. Assassinatos, crimes sexuais, roubo, tudo acontece primeiro e pior
em bairros populares.

Qual a solução? Educação? Sim, mas... Um marmanjo que escolhe suas vítimas ao acaso não precisa exatamente de educação. Aliás muitos criminosos têm educação
esmerada, e até mesmo dinheiro. São violentos porque são. Policiamento? Óbvio. Mas no Brasil a segurança da população não é prioridade. O salário dos policiais foi
enterrado. no último prejuízo do Banco do Brasil. A verba das armas foi distribuída entre cabides de empregos de prefeituras falidas. Sem estrutura, paralisada pela
burocracia, a polícia brasileira não protege a sociedade de seus criminosos. É o tipo de problema que parece não ter solução. Mas pode ter. Temos que buscar opções, e
não apenas chorar o sangue derramado. O importante é que M. não seja mais atacada por psicopatas sem freios. Nem N., nem P., nem O. Nós, os não-criminosos,
merecemos uma chance.

Com referência às diversas constituições do sujeito oracional, julgue o item que se segue.

Em "isso faz parte da natureza humana", o pronome demonstrativo "isso", exercendo a função de sujeito dessa oração, tem como referente as violências listadas nos
períodos anteriores do mesmo parágrafo.

Certo
Errado

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Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
569) Merecemos uma chance

- Até amanhã.

Eram mais de 22 horas de uma segunda-feira quando me despedi de minha amiga e colega M. "Até amanhã", respondeu M. E no amanhã M. não estava mais dando duro
em sua cadeira, linda e jovial como a cada dia, cumprindo compromissos e agendando tarefas. No dia seguinte M. estava num hospital, com hematomas da cabeça aos
pés, nariz quebrado, dentes amolecidos e hemorragia interna.

Acontece que entre o até amanhã e o amanhã a juventude e a jovialidade de M deram de cara com três psicopatas em busca de diversão. Eles a levaram a Osasco, na
Grande São Paulo, e bateram nela até se cansar. M. foi abandonada numa estrada seminua e ensangüentada, enquanto seus carrascos procuravam outra vítima, "mais
nova do que essa". Que tipo de pessoa é capaz de cometer uma brutalidade dessas? Não basta uma classificação psiquiátrica ou sociológica. Tente imaginar a alma de
um sujeito assim, e o que se vê é um poço sem fim, o mal em estado puro. O horror, o horror.

Certos tipos de crime são independentes da sociedade em que se inserem. Em países ricos ou pobres, em povos cultos ou ignorantes, materialistas ou religiosos,
capitalistas ou social-democratas, entre suecos ou tanzanianos, sempre existirá gente que sai às ruas para brutalizar mulheres. Assim como existem torturadores
compulsivos, assassinos seriais, estupradores etc. De alguma maneira, isso faz parte da natureza humana.

Não se trata aqui de uma aposentada na miséria furtando remédios na farmácia (e provavelmente sendo presa). Estamos falando no crime como modo de vida. Existe
gente que literalmente vive disso. Se quer dinheiro, rouba. Não para "matar a fome", mas para comprar a melhor cocaína e o último Honda Se gente assim quer se
divertir, junta alguns amigos do mesmo caráter e escolhe mulheres ao acaso no trânsito. Na mesma delegacia onde M. prestou queixa, estavam arquivadas 10 outras
ocorrências iguais.

Para casos assim existe essa instituição chamada polícia. Polícia é um serviço público, pago com nossos impostos, e não a encarnação do mal, este papel simplista que
intelectuais, jornalistas e artistas costumam Ihe reservar. Seu dever é proteger os não-criminosos dos criminosos. Mas a polícia não está cumprindo seu papel. Há uma
guerra nas ruas. É um assalto dos marginais ao resto da sociedade. E as primeiras vítimas dessa guerra são os mais pobres, os marginalizados, a tão decantada classe
trabalhadora. É na periferia das grandes cidades que esses degenerados fazem suas primeiras vítimas. Assassinatos, crimes sexuais, roubo, tudo acontece primeiro e pior
em bairros populares.

Qual a solução? Educação? Sim, mas... Um marmanjo que escolhe suas vítimas ao acaso não precisa exatamente de educação. Aliás muitos criminosos têm educação
esmerada, e até mesmo dinheiro. São violentos porque são. Policiamento? Óbvio. Mas no Brasil a segurança da população não é prioridade. O salário dos policiais foi
enterrado. no último prejuízo do Banco do Brasil. A verba das armas foi distribuída entre cabides de empregos de prefeituras falidas. Sem estrutura, paralisada pela
burocracia, a polícia brasileira não protege a sociedade de seus criminosos. É o tipo de problema que parece não ter solução. Mas pode ter. Temos que buscar opções, e
não apenas chorar o sangue derramado. O importante é que M. não seja mais atacada por psicopatas sem freios. Nem N., nem P., nem O. Nós, os não-criminosos,
merecemos uma chance.

Com referência às diversas constituições do sujeito oracional, julgue o item que se segue.

O período "Existe gente que literalmente vive disso." é composto por subordinação, e a segunda oração exerce a função de sujeito da primeira.

Certo
Errado

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Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
570) Merecemos uma chance

- Até amanhã.

Eram mais de 22 horas de uma segunda-feira quando me despedi de minha amiga e colega M. "Até amanhã", respondeu M. E no amanhã M. não estava mais dando duro
em sua cadeira, linda e jovial como a cada dia, cumprindo compromissos e agendando tarefas. No dia seguinte M. estava num hospital, com hematomas da cabeça aos
pés, nariz quebrado, dentes amolecidos e hemorragia interna.

Acontece que entre o até amanhã e o amanhã a juventude e a jovialidade de M deram de cara com três psicopatas em busca de diversão. Eles a levaram a Osasco, na
Grande São Paulo, e bateram nela até se cansar. M. foi abandonada numa estrada seminua e ensangüentada, enquanto seus carrascos procuravam outra vítima, "mais
nova do que essa". Que tipo de pessoa é capaz de cometer uma brutalidade dessas? Não basta uma classificação psiquiátrica ou sociológica. Tente imaginar a alma de
um sujeito assim, e o que se vê é um poço sem fim, o mal em estado puro. O horror, o horror.

Certos tipos de crime são independentes da sociedade em que se inserem. Em países ricos ou pobres, em povos cultos ou ignorantes, materialistas ou religiosos,
capitalistas ou social-democratas, entre suecos ou tanzanianos, sempre existirá gente que sai às ruas para brutalizar mulheres. Assim como existem torturadores
compulsivos, assassinos seriais, estupradores etc. De alguma maneira, isso faz parte da natureza humana.

Não se trata aqui de uma aposentada na miséria furtando remédios na farmácia (e provavelmente sendo presa). Estamos falando no crime como modo de vida. Existe
gente que literalmente vive disso. Se quer dinheiro, rouba. Não para "matar a fome", mas para comprar a melhor cocaína e o último Honda Se gente assim quer se
divertir, junta alguns amigos do mesmo caráter e escolhe mulheres ao acaso no trânsito. Na mesma delegacia onde M. prestou queixa, estavam arquivadas 10 outras
ocorrências iguais.

Para casos assim existe essa instituição chamada polícia. Polícia é um serviço público, pago com nossos impostos, e não a encarnação do mal, este papel simplista que
intelectuais, jornalistas e artistas costumam Ihe reservar. Seu dever é proteger os não-criminosos dos criminosos. Mas a polícia não está cumprindo seu papel. Há uma
guerra nas ruas. É um assalto dos marginais ao resto da sociedade. E as primeiras vítimas dessa guerra são os mais pobres, os marginalizados, a tão decantada classe
trabalhadora. É na periferia das grandes cidades que esses degenerados fazem suas primeiras vítimas. Assassinatos, crimes sexuais, roubo, tudo acontece primeiro e pior
em bairros populares.

Qual a solução? Educação? Sim, mas... Um marmanjo que escolhe suas vítimas ao acaso não precisa exatamente de educação. Aliás muitos criminosos têm educação
esmerada, e até mesmo dinheiro. São violentos porque são. Policiamento? Óbvio. Mas no Brasil a segurança da população não é prioridade. O salário dos policiais foi
enterrado. no último prejuízo do Banco do Brasil. A verba das armas foi distribuída entre cabides de empregos de prefeituras falidas. Sem estrutura, paralisada pela
burocracia, a polícia brasileira não protege a sociedade de seus criminosos. É o tipo de problema que parece não ter solução. Mas pode ter. Temos que buscar opções, e
não apenas chorar o sangue derramado. O importante é que M. não seja mais atacada por psicopatas sem freios. Nem N., nem P., nem O. Nós, os não-criminosos,
merecemos uma chance.

Com referência às diversas constituições do sujeito oracional, julgue o item que se segue.

Em "Assassinatos, crime, sexuais, roubo, tudo acontece primeiro e pior em bairros populares". Há uma ocorrência de sujeito composto, apesar de a forma verbal estar no
singular.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/1997


Língua Portuguesa (Português) - Sujeito
571) Um perito criminal federal deverá executar exames periciais em documentos, moedas, mercadorias e instrumentos utilizados na prática da infração penal, em locais
de crime ou de sinistro, bem como realizar a coleta dos dados necessários à complementação dessas perícias.

A partir dessa estrutura sintática, julgue o seguinte item.

O sujeito sintático das orações desse período é indeterminado.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Med Leg (PCie PE)/PCie PE/2016


Língua Portuguesa (Português) - Predicado
572) Texto CG1A1CCC

Alguns nascem surdos, mudos ou cegos. Outros dão o primeiro choro com um estrabismo deselegante, lábio leporino ou angioma feio no meio do rosto. Às vezes, ainda
há quem venha ao mundo com um pé torto, até com um membro já morto antes mesmo de ter vivido. Guylain Vignolles, esse, entrara na vida tendo como fardo o infeliz
trocadilho proporcionado pela junção de seu nome com seu sobrenome: Vilain Guignol, algo como “palhaço feio”, um jogo de palavras ruim que ecoara em seus ouvidos
desde seus primeiros passos na existência para nunca mais abandoná-lo.

Jean-Paul Didierlaurent. O leitor do trem das 6h27. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2015 (com adaptações).

Na oração em que é empregado no texto CG1A1CCC, o termo “surdos, mudos ou cegos” exerce a função de

a) predicativo do sujeito.
b) objeto direto.
c) adjunto adnominal.
d) sujeito.
e) adjunto adverbial.

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
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CEBRASPE (CESPE) - Esc Pol (PC AL)/PC AL/2012


Língua Portuguesa (Português) - Predicado
573) O filme sobre a vida de Vinicius de Moraes me fez pensar sobre a necessidade que temos de recuperar a leveza.

Vinicius, por exemplo, era leve, tão leve que chegava a ser leviano na gravidade de suas paixões. Tom Jobim era leve. Vinicius e Jobim eram leves e engraçados. Ser leve
e engraçado era uma característica daquela geração. Você podia estar com o Hélio Pellegrino que, sendo analista, hora nenhuma nos passava a ideia de que estava
analisando nossas neuroses, não estava ali para julgar ninguém.f

Com isto, as crônicas refletiam a leveza da vida. Não que não houvesse drama e tragédia, mas as pessoas não eram baixo-astral nem a crônica era, como nos dias atuais,
uma coisa chata e pesada.

Também com um presidente leve como o Juscelino, que de tão leve vivia valsando e que botou em aviões uma cidade inteira, levando-a para o Planalto Central, com ele
tudo ficava mais fácil e mais leve.

Affonso Romano de Sant’Anna. Tempo de delicadeza. p. 73-75 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item seguinte.

O termo “leves e engraçados” desempenha, na oração em que se insere, a mesma função sintática que “mais fácil e mais leve” na oração “tudo ficava mais fácil e mais
leve”.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM ES)/CBM ES/Combatente/2008


Língua Portuguesa (Português) - Predicado
574) Exigências da paz

Acredito na paz e na sua possibilidade como forma normal de existência humana. Mas não acredito nas caricaturas de paz que nos são constantemente propostas, e até
inculcadas. Há por aí uma paz muito proclamada, mas que na realidade atrapalha a verdadeira paz.

A paz não é uma abstração. É uma forma de convivência humana. Expressa o modo existencial como os homens trabalham, se relacionam e conduzem o destino da
História.

Sendo assim, não adianta apregoar a sublime paz.

Que não passe de fórmula sem conteúdo. Pois o que importa são as situações concretas em que vive a humanidade.

Sociedade pacífica não é a sociedade que usa e consome slogans de paz, mas a que desenvolve concretamente formas de existência social em que os homens vivam com
dignidade, e possam participar dos valores materiais e espirituais que respondam às necessidades básicas da vida humana.

Se a humanidade quiser a paz efetiva, deve estar disposta a remover tudo aquilo que a impede. E a buscar tudo aquilo que a possibilita. Antes de tudo, remover a falsa
paz: A paz concordista que aceita, com tolerância descabida, situações injustas.

A paz conformista que adia soluções, contorna problemas, silencia dramas sob a alegação de que o mundo sempre foi assim, e de que é preciso esperar com paciência.

A paz alienante que distrai a consciência para que não se percebam os males que machucam o corpo e encolerizam a alma da humanidade. A paz cúmplice que disfarça
absurdos, desculpa atrocidades, justifica opressões e torna razoáveis espoliações desumanas.

A paz não tem a missão de camuflar erros, mas de diagnosticá-los com lucidez. Não é um subterfúgio para evitar a solução reclamada. Existe para resolver o problema.

Pode haver paz onde há fome crônica? Pode haver paz no lar em que a criança está morrendo por falta de remédios? Pode haver paz onde há desemprego? Pode haver
paz onde o ódio domina? Pode haver paz onde a perseguição age bem acobertada? Nesses casos, o primeiro passo é suprimir a fome, a doença, o desemprego, o ódio, a
perseguição.

E então a paz começa a chegar.

A paz é uma infatigável busca de valores para o bem de todos. É o esforço criador da humanidade gerando recursos econômicos, culturais, sociais, morais, espirituais,
que são indispensáveis à subsistência, ao crescimento e ao relacionamento consciente e fraterno da humanidade.

Juvenal Arduini. Estradeiro. Para onde vai o homem?


São Paulo: Edições Paulinas, 1987 (com adaptações).

Acerca das idéias e da sintaxe do texto, julgue o item que se seguem.

Na oração “A paz é uma infatigável busca de valores”, a expressão sublinhada é predicativo do sujeito.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - APF/PF/2002


Língua Portuguesa (Português) - Predicado
575) Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
Preâmbulo

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção
de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

Julgue o seguinte item, referente ao texto acima.

No texto, o verbo que inicia o predicado para o sujeito "Nós" é "promulgamos".

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Of (PM AL)/PM AL/2021


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
576) A sociedade que não proporciona liberdade — direito do homem que reconhece a ele o poder de escolha nos diversos campos da vida social — aos seus membros,
a rigor, não se justifica. A liberdade, ainda que não absoluta, é meta e essência da sociedade.

São extremos: de um lado, a utópica sociedade perfeita, ou seja, essencialmente democrática, liberal e sem injustiças econômicas, educacionais, de saúde, culturais etc.
Nela, a liberdade é absoluta. Do outro lado, a sociedade imperfeita, desigual, não democrática, injusta, repleta dos mais graves vícios econômicos, de educação, de
saúde, culturais etc. Nesta, a liberdade é inexistente.

Entre os extremos está a sociedade real, a de fato, a verdadeira ou efetiva, aquela na qual os problemas econômicos, educacionais, de saúde, culturais etc. existem em
infinitos níveis intermediários.

As três sociedades — perfeita, imperfeita e real — “existem”, cada qual com a sua estabilidade interna de convivência, de forma que os seus membros experimentam
relações entre si com a liberdade possível. Quanto mais imperfeita é a sociedade, menos liberdade os indivíduos possuem e maior é a tendência de convivência
impossível. Na outra ponta, quanto mais a sociedade está próxima da perfeição, mais próximos da liberdade absoluta estão os indivíduos. Há a convivência ótima.

A sociedade real, por seu turno, pode ter maior ou menor segurança pública. Numa sociedade real, a maior segurança pública possível é aquela compatível com o
equilíbrio dinâmico social, ou seja, adequada à convivência social estável. Não mais e não menos que isso. Logo, para se ter segurança pública, há que se buscar
constantemente alcançar e preservar o equilíbrio na sociedade real pela permanente perseguição à ordem pública.

D’Aquino Filocre. Revisita à ordem pública. In:


Revista de Informação Legislativa, Brasília, out.– dez./2009. Internet: <senado.leg.br> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.

No primeiro período do primeiro parágrafo, os termos “liberdade” e “aos seus membros” funcionam como complementos da forma verbal “proporciona”.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM AL)/PM AL/2021


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
577) Texto CB2A1-I

As mãos que criam, criam o quê?

A ancestralidade de dona Irinéia mostra-se presente em suas peças feitas com o barro vermelho da sua região. São cabeças, figuras humanas, entre outras esculturas
que narram, por meio da forma moldada no barro, episódios históricos, lutas e conquistas vividos pelos moradores de sua comunidade e do Quilombo de Palmares.

Um exemplo é a escultura que representa pessoas em cima de uma jaqueira e que se tornou uma peça muito conhecida de dona Irinéia. A jaqueira se tornou objeto de
memória, pois remonta a uma enchente, durante a qual ela e suas três irmãs ficaram toda a noite em cima da árvore, esperando a água baixar.

O manejo da matéria-prima é feito com a retirada do barro que depois é pisoteado, amassado e moldado. As peças são então queimadas, e ganham uma coloração
naturalmente avermelhada.

Irinéia Rosa Nunes da Silva é uma das mais reconhecidas artistas da cerâmica popular brasileira. A história de dona Irinéia, mestra artesã do Patrimônio Vivo de Alagoas
desde 2005, está entrelaçada com a história do povoado quilombola Muquém, onde nasceu em 1949. O povoado pertence ao município de União dos Palmares, na zona
da mata alagoana, e se encontra próximo à serra da Barriga que carrega forte simbolismo, pois é a terra do Quilombo dos Palmares.

Por volta dos vinte anos, dona Irinéia começou a ajudar sua mãe no sustento da família, fazendo panelas de barro. Entretanto, o costume de fazer promessas aos santos
de quem se é devoto, quando se está passando por alguma provação ou doença, fez surgir para a artesã outras encomendas. Quando a graça é alcançada, costuma-se
levar a parte do corpo curado representado em uma peça de cerâmica, como agradecimento para o santo. Foi assim que dona Irinéia começou a fazer cabeças, pés e
assim por diante.

Até que um dia, uma senhora que sofria com uma forte dor de cabeça encomendou da ceramista uma cabeça, pois ia fazer uma promessa ao seu santo devoto. A
senhora alcançou sua graça, o que fez com que dona Irinéia ficasse ainda mais conhecida na região. Chegou, inclusive, ao conhecimento do SEBRAE de Alagoas, que foi
até dona Irinéia e ofereceu algumas capacitações que abriram mais possibilidades de produção para a ceramista. O número de encomendas foi aumentando e, com ele,
sua imaginação e criatividade que fizeram nascer objetos singulares.

Em Muquém, vivem cerca de quinhentas pessoas que contam com um posto de saúde, uma escola e a casa de farinha, onde as mulheres se reúnem para moer a
mandioca, alimento central na comunidade, assim como de tantos outros quilombos no Nordeste. No dia a dia do povoado, o trabalho com o barro também preenche o
tempo de muitas mulheres e alguns homens que se dedicam à produção de cerâmica, enquanto ensinam as crianças a mexer com a terra, produzindo pequenos bonecos.

Internet: <www.artesol.org.br> (com adaptações).

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item seguinte.

No trecho “O povoado pertence ao município de União dos Palmares” (quarto parágrafo), o termo “O povoado” exerce a função de complemento da forma verbal
“pertence”, o que se depreende do fato de ele ser o paciente no estado veiculado pelo verbo da oração.

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Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Ag Pol (PC AL)/PC AL/2021


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
578) Tudo o que vem do povo tem uma lógica, uma razão, uma função. Ele nada faz sem motivo, e o que produz está geralmente ligado ao comportamento do grupo ou
a uma norma social ou de cunho psíquico e religioso, um traço que vem de tempos longínquos, lá do fundo de nossas raízes, perdidas na noite dos tempos, quando
estávamos em formação. Pastoril, Quilombo, Reisado, Coco-de-Roda, literatura de cordel, festas, tradições, superstições, contos, mitos, lendas não aparecem por acaso.
São elementos da memória popular, que engloba sentimentos e reações diante da história e das transformações.

Quais as origens do folclore alagoano, quais os componentes culturais que o forjaram? Théo Brandão, com a autoridade de quem estudou a vida inteira e deixou uma
obra irrepreensível sobre o assunto, diz que são muitas as contribuições na formatação do nosso folclore. E que não é fácil nem simples demarcar a que grupo pertence
uma de suas variantes ou estabelecer com precisão a fronteira de determinada manifestação folclórica. Afirma que há dúvidas em alguns casos e em outros é
inteiramente impossível chegar a uma conclusão única e definitiva. Cita como exemplo concreto dessas incertezas o caso da dança existente em várias unidades
nordestinas, que aparece ora como Coco, ora como Pagode, ora como Samba.

Instituto Arnon de Mello. Alagoas popular: folguedos e danças de nossa gente.


Maceió: IAM, 2013, p. 24 (com adaptações).

Julgue o item seguinte, referentes às ideias, aos sentidos e às construções linguísticas do texto apresentado.

Em “Ele nada faz sem motivo”, o termo “sem motivo” exerce a função de complemento da forma verbal “faz”.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Esc Pol (PC MA)/PC MA/2018


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
579) Texto 1A1BBB

Se, nos Estados Unidos da América, surgem mais e mais casos de assédio sexual em ambientes profissionais — como os que envolvem produtores e atores de cinema —,
no Brasil, o número de processos desse tipo caiu 7,5% entre 2015 e 2016.

Até setembro de 2017, foram registradas 4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho, considerando-se só a primeira instância.

Os números mostram que o tema ainda é tabu por aqui, analisa o consultor Renato Santos, que atua auxiliando empresas a criarem canais de denúncia anônima. “As
pessoas não falam por medo de serem culpabilizadas ou até de represálias”.

Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir corrupção nas corporações já recebem queixas de assédio e ajudam a identificar eventuais predadores. Para ele, “o
anonimato ajuda, já que as pessoas se sentem mais protegidas para falar”.

A lei só tipifica o crime quando há chantagem de um superior sobre um subordinado para tentar obter vantagem sexual. Se um colega constrange o outro, em tese, não
há crime, embora tal comportamento possa dar causa a reparação por dano moral.

Anna Rangel. Medo de represálias inibe queixas de assédio sexual no trabalho. Internet: <www1.folha.uol.com.br> (com adaptações).

No texto 1A1BBB, o trecho “4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho” tem a mesma função sintática de

a) ‘por medo de serem culpabilizadas’ .


b) “mais e mais casos de assédio sexual ”
c) ‘mais protegidas para falar’
d) “chantagem de um superior sobre um subordinado”
e) “queixas de assédio”

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CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC SE)/PC SE/2018


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
580) O Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) da Polícia Civil de Sergipe atende a um público específico, que frequentemente se torna vítima de
diversos tipos de violência. Idosos, homossexuais, mulheres, crianças e adolescentes têm recebido atenção constante no DAGV, onde o atendimento ganha força e se
especializa diariamente.

A unidade surgiu como delegacia especializada em setembro de 2004. Agentes e delegados de atendimento a grupos vulneráveis realizam atendimento às vítimas,
centralizam procedimentos relativos a crimes contra o público vulnerável registrados em outras delegacias, abrem inquéritos e termos circunstanciados e fazem
investigações de queixas.

Internet: <www.ssp.se.gov.br> (com adaptações).

Com relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.

Os termos “a crimes contra o público” e “de queixas” complementam, respectivamente, os termos “relativos” e “investigações”.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/110053

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CEBRASPE (CESPE) - AA (PRF)/PRF/2012
Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
581) O novo regime automotivo anunciado pelo governo federal incorpora algumas boas práticas de política industrial, como o incentivo à inovação, à eficiência
energética e ao fortalecimento da cadeia de produção local — mas com a clara intenção de não privilegiar acintosamente a indústria nacional, para evitar
questionamentos na Organização Mundial do Comércio.

A nova política condiciona a isenção da alíquota adicional de 30% no imposto sobre produtos industrializados a contrapartidas mensuráveis das empresas. Para obter
benefícios maiores, será obrigatório cumprir metas múltiplas. Exige-se, por exemplo, investimento crescente em pesquisa e desenvolvimento, até atingir 0,5% da receita
líquida entre 2015 e 2017, além de 1% para engenharia, tecnologia industrial básica e capacitação de fornecedores.

Não se fala mais em percentual mínimo de conteúdo nacional, mas as montadoras terão de realizar no Brasil ao menos seis de doze etapas fabris já em 2013. Outro
requisito fundamental é a economia de combustível, com o objetivo de alinhar a produção às exigências de países líderes, como os da Europa. A marca de 17,3 km/L
para os automóveis novos — uma redução de 12% do consumo atual — precisará ser atingida até 2017.
Editorial, Folha de S. Paulo, 5/10/2012 (com adaptações).

Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que se segue.

Em “a isenção” e em “a contrapartidas”, o termo “a”, em ambas as ocorrências, pertence à mesma classe gramatical e exerce a mesma função sintática.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - TNS (PRF)/PRF/2012


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
582) A Constituição Federal de 1988, com fundamento na prerrogativa do Estado de prover a segurança pública e fazer cumprir a lei, exercida para a manutenção da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, estabelece, em seu art. 144, cinco instituições policiais como responsáveis pela execução da lei: polícia
federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis e polícias militares e corpos de bombeiros militares. Dessas, as três primeiras são organizadas e
mantidas pela União e as duas últimas são subordinadas aos governos estaduais e distrital. Assim, quando infrações penais afetam bens, serviços e interesses da União,
as forças policiais federais realizam as funções que lhes são delegadas pela Constituição Federal de 1988. Nos demais casos, as forças policiais estaduais e distrital
empreendem essas atividades, no âmbito de sua competência.

Internet: <www.advogado.adv.br>. Acesso em 8/11/2012 (com adaptações).

No que diz respeito a aspectos gramaticais e semânticos do texto acima, julgue o item subsecutivo.

Na linha 5, a expressão “infrações penais” exerce a função de complemento da forma verbal “afetam”.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/691567

CEBRASPE (CESPE) - Ag Pol (PC AL)/PC AL/2012


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
583) Texto para o item

A figura do jovem revoltado precisa ser reexaminada. Seu comportamento não se explica pela fome nem pela miséria absoluta. Pelos seus próprios depoimentos,
recolhidos em conversas fora dos inquéritos policiais, um grande móvel para sua adesão ao crime do tráfico de drogas é o enriquecimento rápido. Após a gradual
conversão aos valores da violência e da nova organização criminosa montada no uso constante da arma de fogo, esse jovem descobre os prazeres da vida de rico e com
ela se identifica. Seu consumo passa a ser uma cópia exagerada, orgiástica, do que entende ser o luxo do rico: muita roupa, carros, mulheres, uísque (bebida de
“bacana”) e muita cocaína (coisa de gente fina). No entanto, é um iludido: com o ganhar fácil, porque seu consumo orgiástico, excessivo, o deixa sempre de bolso vazio,
a repetir compulsivamente o ato criminoso; com o poder da arma de fogo, que o deixa viver por instantes um poder absoluto sobre suas vítimas, mas que acaba
colocando-o na mesma posição diante dos quadrilheiros e policiais mais armados do que ele; com a possibilidade, enfim, de que, apesar de jovem e pobre, vai “se dar
bem” e sair dessa vida de perigos e medos.

É possível afirmar que, ao contrário do que se diz, a criminalidade violenta diminui, a médio e longo prazos, a renda familiar dos pobres. O crime organizado, por suas
características empresariais ilegais, é altamente concentrador de renda. Não sofre nenhum tipo de limitação das leis de mercado, de preços ajustados, de salários
mínimos estipulados, de direitos trabalhistas para os seus peões. O crime organizado trafega nos preços cartelizados e na punição com a morte daqueles que ousam
desobedecer à ordem e à vontade do chefe ou simplesmente denunciá-lo. Os pequenos traficantes da favela, apesar de todo o aparato militar, na verdade, estão
ajudando a enriquecer aqueles que controlam o tráfico de drogas em toneladas e o contrabando de armas, o receptador, o funcionário público corrupto, o advogado
criminal, e assim por diante. Pouquíssimos jovens saídos das camadas pobres conseguem se estabelecer, mas todos contribuem para enriquecer outros personagens que
continuam nas sombras e que são os principais beneficiários das cifras da criminalidade. Os efeitos da guerra clandestina já se fazem sentir na população que abriga os
bandidos identificados como tal: como as mortes violentas atingem principalmente homens jovens em idade produtiva, as famílias se veem privadas daqueles que seriam
os mais importantes contribuintes para a renda familiar.

Alba Zaluar. Integração perversa: pobreza e tráfico de drogas.


Rio de Janeiro: FGV, 2004, p. 65-66 (com adaptações).

A respeito dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item seguinte.

Os elementos que compõem a enumeração no trecho “o tráfico de drogas em toneladas e o contrabando de armas, o receptador, o funcionário público corrupto, o
advogado criminal” complementam o sentido da forma verbal “controlam”.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC AL)/PC AL/2012


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
584) Texto para o item

Colonialismo

Se, durante os séculos XVI a XVIII, os interesses comerciais europeus haviam levado países como Portugal, Espanha, França e Inglaterra a explorar economicamente o
continente americano, no século XIX foi a busca por novos mercados consumidores e por matérias-primas de baixo custo, em decorrência da Revolução Industrial, o que
levou as nações europeias a voltarem-se para as regiões da África e da Ásia. Foi, portanto, durante o século XIX e início do século XX, que assistimos à dominação política
e econômica de países considerados economicamente subdesenvolvidos pelas grandes potências da Europa.

A França foi a pioneira na dominação do continente africano. A Inglaterra, no entanto, consagrada como grande potência marítima desde a queda de Napoleão,
rapidamente assumiu a liderança da colonização.

Alemanha, Itália, Espanha, Portugal e Bélgica também empreenderam áreas de dominação no continente. Chegaram a estabelecer regras de partilha para a ocupação de
novos territórios na costa ocidental africana a partir de meados da década de 80 do século XIX, por meio da resolução firmada entre os países europeus durante a
Conferência de Berlim.

Na Ásia, a Inglaterra adotou uma política empenhada na conquista da Índia, que passou ao seu domínio após a Guerra dos Cipaios (1857-1858). Como garantiam o
domínio sobre a Índia, os ingleses não se opuseram à penetração francesa na Ásia, particularmente no território da Indochina. Embora o Leste Asiático tenha se mantido
independente, a China (com a Primeira Guerra do Ópio, de 1839 a 1842) e o Japão (com a ameaça naval do Comodoro Perry, em 1854) foram obrigados a abrir seus
portos aos europeus, dando-lhes diversas vantagens comerciais. Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, a China se via imersa em uma crise política. Vários territórios
asiáticos e africanos sofriam influência inglesa e francesa, e a Coreia havia sido anexada pelo Japão em 1910 — país que, a partir dos anos 30 do século XX, aumentou
consideravelmente seu poder sobre o continente.

Após a Segunda Guerra Mundial, os movimentos nacionalistas e independentistas que vinham se firmando desde o período entre-guerras ganharam força tanto na África
quanto na Ásia. A luta contra o colonialismo britânico na Índia de Gandhi, com o movimento de resistência passiva não violenta, terminou com a independência, em 1947,
mas foi seguida de violentos conflitos étnicos, principalmente em virtude de diferenças religiosas entre hinduístas e muçulmanos. A ocupação japonesa na Ásia favorecia a
manifestação do nacionalismo, ao mesmo tempo em que as ideias revolucionárias de Marx e Engels ganhavam força.

O processo que levou à partilha colonial de regiões africanas e asiáticas, criando países fictícios, culminou em longas batalhas por independência. Gerou, também, como
consequência, movimentos separatistas, conflitos étnicos e religiosos, e guerras civis, com reflexos que perduram até os dias de hoje.

Internet: <http://acervo.estadao.com.br> (com adaptações).

Com relação ao sentido e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item subsequente.

O termo “pelas grandes potências da Europa” exerce a função de agente da passiva da oração cujo núcleo é “subdesenvolvidos”.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold BM (CBM DF)/CBM DF/Condutor e Operador de Viatura/2011


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
585) Ao irromper a epidemia de Escherichia coli mortal, a primeira reação dos alemães foi culpar os pepinos espanhóis — se algo vai mal, estrangeiros têm de ser a
causa —, mas a acusação não resistiu a testes científicos. A Alemanha teve de pedir desculpas. Os prejuízos dos agricultores europeus com a epidemia, de 200 milhões
de euros por semana, serão divididos entre eles e a União Europeia.

Quando vier a ser devidamente escrita a história da última crise econômica, há de se contar algo semelhante. A culpa foi jogada pelos alemães em gregos, portugueses e
espanhóis, quando o verdadeiro foco estava em casa. E quem pagará, além dos trabalhadores do sul, será a União Europeia.

Os credores percebem, por fim, a gravidade da crise da dívida grega. Não há ajuste que baste, e agora o próprio ministro da Fazenda alemão propõe a prorrogação dos
vencimentos em sete anos, em prejuízo dos credores, principalmente os próprios bancos alemães. Mas a Grécia, assim como Irlanda, Portugal e Espanha, continua
pressionada a jogar a maior parte possível da carga sobre os trabalhadores e o bem-estar social — mesmo se isso encolhe a economia, aumenta o desemprego e torna
ainda mais difíceis a recuperação, a arrecadação de impostos e o pagamento da dívida.

Esses países são só o começo. Em nome do bem-estar do capital, a Comissão Europeia recomenda que a França facilite a demissão de empregados, a Bélgica amplie a
jornada de trabalho e todos desregulamentem a concorrência e facilitem o acesso ao capital de risco estrangeiro. Em nome da salvação do sistema financeiro europeu, da
moeda única ou da popularidade do governo alemão, pedese a destruição dos direitos sociais que caracterizam a civilização europeia e que justificaram a construção de
sua comunidade. Será de se estranhar se o populismo xenófobo e as forças centrífugas se tornarem incontroláveis?

CartaCapital, jun./2011, p. 16 (com adaptações).

Julgue o item seguinte, referente às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima.

No trecho “A culpa foi jogada pelos alemães em gregos, portugueses e espanhóis” a expressão “pelos alemães” designa o agente da ação expressa pela locução verbal
“foi jogada”.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold BM (CBM DF)/CBM DF/Operacional/2011


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
586) Apesar de abundante, a água, que cobre 70% da superfície da Terra, está cada vez mais rara e cara. Estima-se que 1 bilhão de pessoas não tenha acesso a uma
fonte de água limpa para beber. Especialistas chamam a situação de crise da água. De todas as crises, é a mais dramática e universal que a humanidade pode enfrentar.
Não é possível solucionar o problema das torneiras secas com incentivos fiscais ou manobras cambiais, como se faz em uma crise econômica. Tampouco existe produto
alternativo que substitua a água, como ocorre com o petróleo. O problema é que a água doce, aquela apropriada para o consumo humano, corresponde a apenas 2,5%
do total da água disponível no planeta. Além disso, menos de 0,5% dessa água está em depósitos acessíveis ao homem.

A crise seria menos alarmante caso a água estivesse distribuída de maneira equilibrada pelo globo. Não é o que acontece. A situação mundial é agravada pelo
aquecimento global, pelo processo de desertificação e pela destruição dos mananciais. Somam-se a isso perdas decorrentes da ineficiência nos sistemas de irrigação e
distribuição da água.

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
O planeta gota. In: Veja, dez./2010 (com adaptações).

Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.

O trecho “pelo aquecimento global, pelo processo de desertificação e pela destruição dos mananciais” exerce a função de agente da passiva.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Of BM (CBM DF)/CBM DF/Cadete/2011


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
587) No Brasil Império, sempre foram muito difíceis e limitados os recursos da população contra o fogo, que se expandia rapidamente, já que era usada muita madeira
nas construções. Nessa época, o sinal de incêndio era dado pelos sinos das igrejas. Acorriam todos os aguadeiros com suas pipas, e também os populares, que faziam
longas filas até o chafariz mais próximo, transportando de mão em mão os baldes de água, ao mesmo tempo em que se improvisavam escadas de madeira para efetuar
salvamentos, retirando-se os moradores, antes que eles se atirassem das janelas dos sobrados. Se o incêndio ocorria à noite, a confusão era total, por falta de iluminação
pública. Por isso, o vice-rei Luís de Vasconcelos, em ofício dirigido à Câmara, datado de 12 de julho de 1788, determinou que todos deveriam iluminar a frente de suas
casas, a fim de evitar o “atropelamento”. O pânico era tanto que causava mais vítimas que o próprio fogo.

Internet: <www.brigadamilitar.rs.gov.br> (com adaptações).

Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que se segue.

Nas linha 2 e 3, a expressão “todos os aguadeiros” exerce a função de objeto direto de “Acorriam”.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Per Of Crim (PC ES)/PC ES/"Antiga Carreira"/"Sem Área"/2011


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
588) No Brasil, um exame, ainda que superficial, da questão da segurança pública revela que há um crescimento contínuo da criminalidade e da violência, principalmente
nas regiões metropolitanas e nas periferias das grandes cidades do país, e que o sistema judiciário e, em particular, a polícia têm- se mostrado ineficazes para o
enfrentamento da questão.

Especialmente nas áreas urbanas do país, a sensação de medo e insegurança tem sido experimentada como grave problema público devido à expectativa de que qualquer
pessoa pode-se tornar vítima de crime em qualquer ponto das cidades e em qualquer momento de sua vida cotidiana.

Nesse cenário caótico de insegurança, um dos temas frequentemente levantados é a necessidade de profissionalizar a polícia brasileira como recurso para capacitá-la para
o desempenho mais eficiente, mais responsável e mais efetivo na condução da ordem e da segurança públicas.

Não obstante nas últimas duas décadas se terem verificado inovações na área da formação profissional, poucas iniciativas lograram sucesso no sentido de implementar
mudanças efetivas nas práticas e nos procedimentos dominantes. A atividade policial mostra-se inscrita em um padrão de desempenho que se traduz não só na ineficácia
dos resultados, mas que se reveste de aspectos suplementares, relacionados, fundamentalmente, à forma de atuação predominantemente violenta e arbitrária da polícia,
permanecendo como desafio à sociedade contemporânea brasileira. Salvo raríssimas exceções, as propostas para reformulação da formação profissional da polícia no país
não incorporaram o debate sobre o modelo profissional a ser adotado pela polícia e as metodologias práticas de intervenção para a realização das tarefas cotidianas que
envolvem a manutenção da ordem e da segurança públicas.

Paula Poncioni. O modelo policial profissional e a


formação profissional do futuro policial nas academias de polícia do estado do Rio de Janeiro. In: Sociedade e Estado, vol. 20, n.º 3. Brasília, set.-dez./2005. Internet: <www.scielo.br>
(com adaptações).

Com relação à estrutura linguística do texto, julgue o item seguinte.

As formas verbais “incorporaram” e “envolvem” apresentam, respectivamente, complementação direta e complementação indireta.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Esc Pol (PC ES)/PC ES/2011


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
589) O governo garante que não faltarão recursos para as obras de infraestrutura. As favelas ocupadas dispunham de cerca de 827 milhões de reais do Programa de
Aceleração do Crescimento para obras de saneamento e outras intervenções urbanas. Também foram anunciados a construção de escolas, obras de contenção de
encostas e um programa habitacional orçado em 144 milhões de reais, entre outras medidas.

A retomada de uma área tão populosa, que até pouco tempo era dominada por criminosos que andavam livremente pelas ruas com fuzis e metralhadoras, animou até
mesmo quem faz oposição ao governo. “Não há como não reconhecer que a retomada do controle da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão foi um marco na história do
Rio, porque finalmente libertou uma população acuada pelo tráfico”, afirma o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa; contudo, continua:
“precisamos deixar o ufanismo de lado e colocar o pé no chão. O tráfico não acabou. A polícia não prendeu nenhum grande traficante, apenas algumas lideranças que
atuavam no varejo. Ninguém sabe quem são os atacadistas. Não houve sinalização de plano de combate ao tráfico de armas, ponto central nessa discussão. Não se
consome mais droga no Rio que em São Paulo. A diferença é que aqui o tráfico controla territórios com armamento de guerra. Por isso, aqui o tráfico é mais violento que
em qualquer outra capital.”

Carta Capital, 8/12/2010, p. 28 (com adaptações).

Julgue o item seguinte, referente aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto acima.

O complemento verbal “por criminosos que andavam livremente pelas ruas com fuzis e metralhadoras” designa o ser que pratica a ação verbal.

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Alun Of (PM DF)/PM DF/2010


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
590) Texto para o item

A análise da história brasileira demonstra uma sociedade caracterizada pela reprodução de modelos e conceitos provenientes de culturas em destaque mundial. Com isso,
devido à falta de correspondência ao momento vivenciado pela realidade nacional, muitas determinações legislativas e comportamentais disciplinadas não foram
efetivamente incorporadas. Na abertura política promovida pela Constituição Federal de 1988, houve a legitimação de garantias sequer questionadas na época, tornando
imprescindível o planejamento de sua implementação. A lacuna gerada pela ausência dessa etapa resultou na atuação incoerente dos órgãos atingidos por essa mácula.

A segurança, como dever e garantia da cidadania, tornou-se um dos mais relevantes instrumentos da democracia. Entretanto, mobilizada segundo orientações arcaicas,
promoveu o retrocesso aos valores totalitários. Ainda predomina na população a compreensão da segurança como função exclusiva da polícia, bem como de que a
redução da violência e da criminalidade se obtém com o aumento do contingente policial, de sua manifestação invasiva e rigorosa.

Ocorre que o fenômeno da criminalidade, por ser demasiadamente complexo, envolve questionamentos que superam as meras exigências provenientes da crescente
demanda por serviços de proteção. A violência propriamente dita é considerada uma reação a algo, uma resposta ao fracasso, às frustrações, ao desrespeito e à
prepotência. Enfim, pode assumir significados que extravasam as relações interpessoais, abrangendo o processo de vitimização, a violência estrutural propagada pela
desigualdade da distribuição de renda e pela dominação de classes. Portanto, a violência e a criminalidade podem ser consideradas sintomas sociais que exigem o
diagnóstico de sua causa, para o tratamento específico.

A atenção ao diagnóstico, à avaliação e ao planejamento de ações em segurança pública pelo Estado adquiriu relativa estabilidade somente a partir de 2000, com o Plano
Nacional de Segurança Pública, e em 2003, com a consolidação da Secretaria Nacional de Segurança Pública, órgão responsável pela implantação e execução da política
nacional de segurança. Atualmente, a noção de Segurança Cidadã constitui referência central na luta pela exclusão definitiva do modelo repressivo e pela construção de
um novo paradigma.

Fernanda da Rosa Cristino. Segurança pública e democracia: um novo paradigma.


In: Revista Jus Vigilantibus. 8/10/2008. Internet: <http:// jusvi .com> (com adaptações).

Com referência aos aspectos gramaticais do texto, julgue o item subsequente.

O trecho “pela exclusão definitiva do modelo repressivo e pela construção de um novo paradigma” completa, no texto, o sentido de “luta”.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/454771

CEBRASPE (CESPE) - Alun Of (PM DF)/PM DF/2010


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
591) Texto para o item

Questão de princípio

A justiça do Rio concedeu liminar que suspende o sistema de cotas nas universidades do estado. Os desembargadores concluíram que o sistema fere o princípio de
igualdade para todos, previsto na Constituição. Não é a primeira vez que a justiça derruba as cotas — e certamente não será a última. Elas já foram suspensas, já
voltaram, já caíram e ressurgiram.

O Rio tem um intrincado sistema que mistura cotas raciais, preferência para alunos de escolas públicas e cotas para deficientes. Como fica o caso de um filho de um
pedreiro branco? Está fora das cotas e tem boas chances de ser obrigado a pagar faculdade. OK, cotas raciais não são boas. Vamos fazer, então, cotas sociais. Pobres
terão direito às vagas; ricos, não. E como definir quem é rico? E os filhos da classe média, que investiu na formação e agora é punida por ter conseguido um pouco mais
na vida? Como fazer um sistema de cotas sem abrir mão da meritocracia?

Nelito Fernandes. In: Época, 1.º/6/2009. Ed. Globo (com adaptações).

A respeito da estrutura linguística do texto, julgue o item a seguir.

As três últimas formas verbais do texto apresentam complemento.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Adv (IAPEN AC)/IAPEN AC/2008


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
592) Texto para o item

Uma decisão singular de um juiz da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena cidade a 534 km da cidade de São Paulo, impondo critérios bastante rígidos para que
os estabelecimentos penais da região possam receber novos presos, confirma a dramática dimensão da crise do sistema prisional. A sentença determina, entre outras
medidas, que as penitenciárias somente acolham presos que residam em um raio de 200 km.

Segundo o juiz, as medidas que tomou são previstas pela Lei de Execução Penal e objetivam acabar com a violação dos direitos humanos da população carcerária e “abrir
o debate a respeito da regionalização dos presídios”. Ele alega que muitos presos das penitenciárias da região são de famílias pobres da Grande São Paulo, que não
dispõem de condições financeiras para visitá-los semanalmente, o que prejudica o trabalho de reeducação e de ressocialização.

Sua sentença foi muito elogiada. Contudo, o governo estadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça, sob a alegação de que, se os estabelecimentos penais não
puderem receber mais presos, os juízes das varas de execuções não poderão julgar réus acusados de crimes violentos, como homicídio, latrocínio, sequestro ou estupro.

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Além disso, as autoridades carcerárias alegam que a decisão impede a distribuição de integrantes de uma quadrilha por diversos estabelecimentos penais, seja para evitar
que continuem comandando seus “negócios”, seja para coibir a formação de facções criminosas.

Com um deficit de mais de 40 mil vagas e várias unidades comportando o triplo de sua capacidade de lotação, a já dramática crise do sistema prisional de São Paulo se
agrava todos os dias. O mérito da sentença do juiz de Tupã, que dificilmente será confirmada em instância superior, é o de refrescar a memória do governo sobre a
urgência de uma solução para o problema.

Estado de S. Paulo, 13/1/2008, p. A3 (com adaptações).

Julgue o item seguinte, referente às estruturas linguísticas do texto.

As orações subordinadas “que as penitenciárias somente acolham presos”, “que tomou” e “que irá recorrer ao Tribunal de Justiça” desempenham a função de
complemento do verbo.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/1619060

CEBRASPE (CESPE) - AgPP (IAPEN AC)/IAPEN AC/2008


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
593) Eu tinha onze anos, Joel, treze, o que, além do tamanho, lhe bastava para se atribuir definitivamente autoridade sobre mim. Na realidade, Joel era meu
comandante. Já exercia o comando na cidadezinha onde crescêramos amigos inseparáveis; diante do espetáculo da “cidade grande”, minha timidez xucra apoiava-se na
sua capacidade de resolver, dirimir e providenciar, atributos que sempre me faleceram. Quando meu pai se decidira a internar-me naquele colégio distante, o pai de Joel
considerou que devia fazer o mesmo com seu filho. O prazer que isso me causou não vinha somente de que eu teria ao meu lado o amigo mais agradável e com quem
me entendia melhor; era ainda como se eu vagamente considerasse Joel um protetor, um guia cômodo (...).

Carlos Drummond de Andrade. O sorvete. In: Antologia de contos brasileiros, 8.ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003, p. 103.

Com referência às idéias e às estruturas do texto acima, julgue o item.

A expressão “o amigo mais agradável” complementa a forma verbal “teria”.

Certo
Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/1953179

CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM ES)/CBM ES/Combatente/2008


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
594) Exigências da paz

Acredito na paz e na sua possibilidade como forma normal de existência humana. Mas não acredito nas caricaturas de paz que nos são constantemente propostas, e até
inculcadas. Há por aí uma paz muito proclamada, mas que na realidade atrapalha a verdadeira paz.

A paz não é uma abstração. É uma forma de convivência humana. Expressa o modo existencial como os homens trabalham, se relacionam e conduzem o destino da
História.

Sendo assim, não adianta apregoar a sublime paz.

Que não passe de fórmula sem conteúdo. Pois o que importa são as situações concretas em que vive a humanidade.

Sociedade pacífica não é a sociedade que usa e consome slogans de paz, mas a que desenvolve concretamente formas de existência social em que os homens vivam com
dignidade, e possam participar dos valores materiais e espirituais que respondam às necessidades básicas da vida humana.

Se a humanidade quiser a paz efetiva, deve estar disposta a remover tudo aquilo que a impede. E a buscar tudo aquilo que a possibilita. Antes de tudo, remover a falsa
paz: A paz concordista que aceita, com tolerância descabida, situações injustas.

A paz conformista que adia soluções, contorna problemas, silencia dramas sob a alegação de que o mundo sempre foi assim, e de que é preciso esperar com paciência.

A paz alienante que distrai a consciência para que não se percebam os males que machucam o corpo e encolerizam a alma da humanidade. A paz cúmplice que disfarça
absurdos, desculpa atrocidades, justifica opressões e torna razoáveis espoliações desumanas.

A paz não tem a missão de camuflar erros, mas de diagnosticá-los com lucidez. Não é um subterfúgio para evitar a solução reclamada. Existe para resolver o problema.

Pode haver paz onde há fome crônica? Pode haver paz no lar em que a criança está morrendo por falta de remédios? Pode haver paz onde há desemprego? Pode haver
paz onde o ódio domina? Pode haver paz onde a perseguição age bem acobertada? Nesses casos, o primeiro passo é suprimir a fome, a doença, o desemprego, o ódio, a
perseguição.

E então a paz começa a chegar.

A paz é uma infatigável busca de valores para o bem de todos. É o esforço criador da humanidade gerando recursos econômicos, culturais, sociais, morais, espirituais,
que são indispensáveis à subsistência, ao crescimento e ao relacionamento consciente e fraterno da humanidade.

Juvenal Arduini. Estradeiro. Para onde vai o homem?


São Paulo: Edições Paulinas, 1987 (com adaptações).

Julgue o item subseqüente, relativos à sintaxe do trecho “Expressa o modo existencial como os homens trabalham, se relacionam e conduzem o destino da História”.

A expressão “o destino da história” é complemento direto das formas verbais “trabalham”, “relacionam” e “conduzem”.

Certo
Errado

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09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
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CEBRASPE (CESPE) - Aux Per ML (PC ES)/PC ES/2006


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
595) No plano interno, os resultados da elaboração e da implementação do PNDH podem ser medidos pela ampliação do espaço público de debate sobre questões afetas
à proteção e promoção dos direitos humanos, tais como o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, a reforma dos mecanismos de reinserção social do
adolescente em conflito com a lei, a manutenção da idade de imputabilidade penal, o combate a todas as formas de discriminação, a adoção de políticas de ação
afirmativa e de promoção da igualdade e o combate à prática da tortura. Os esforços empreendidos no campo da promoção e da proteção dos direitos humanos se
pautaram na importância estratégica da coordenação entre os três níveis de governo e os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, assim como da parceria entre órgãos
governamentais e entidades da sociedade civil.

Idem, ibidem.

Em relação ao texto acima, julgue o item a seguir.

O segmento “assim como da parceria entre órgãos governamentais e entidades da sociedade civil” é complemento do termo “se pautaram”.
Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - APF/PF/2004


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
596) Os novos sherlocks

Dividida basicamente em dois campos, criminalística e medicina legal, a área de perícia nunca esteve tão na moda. Seus especialistas volta e meia estão no
noticiário, levados pela profusão de casos que requerem algum tipo de tecnologia na investigação. Também viraram heróis de seriados policiais campeões de audiência.
Nos EUA, maior produtor de programas desse tipo, o sucesso é tão grande que o horário nobre, chamado de prime time, ganhou o apelido de crime time. Seis das dez
séries de maior audiência na TV norte-americana fazem parte desse filão.

Pena que a vida de perito não seja tão fácil e glamorosa como se vê na TV. Nem todos utilizam aquelas lanternas com raios ultravioleta para rastrear fluidos do
corpo humano nem as canetas com raio laser que traçam a trajetória da bala. "Com o avanço tecnológico, as provas técnicas vêm ampliando seu espaço no direito
brasileiro, principalmente na área criminal", declara o presidente da OAB/SP, mas, antes disso, já havia peritos que recorriam às mais diversas ciências para tentar
solucionar um crime.

Na divisão da polícia brasileira, o pontapé inicial da investigação é dado pelo perito, sem a companhia de legistas, como ocorre nos seriados norte-americanos.
Cabe a ele examinar o local do crime, fazer o exame externo da vítima, coletar qualquer tipo de vestígio, inclusive impressões digitais, pegadas e objetos do cenário, e
levar as evidências para análise nos laboratórios forenses.

Pedro Azevedo. Folha Imagem, ago./2004 (com adaptações).

A respeito do texto acima, julgue o item subseqüente.

A forma verbal "utilizam" está complementada por um objeto direto composto por dois núcleos.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Ag Car (PC RR)/PC RR/2003


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
597)

A figura acima mostra uma janela do Word 2000, com um texto que está sendo editado por um usuário. Com relação à figura, ao texto nela contido, ao tema por ele
abordado e ao Word 2000, julgue o item.

A expressão “das chacinas de crianças e trabalhadores rurais” é complemento de “em decorrência”.

Certo
Errado

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/43515936/imprimir 72/74
09/09/23, 11:54 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
www.tecconcursos.com.br/questoes/50070

CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/2002


Língua Portuguesa (Português) - Termos integrantes (objeto direto e indireto, complemento nominal e agente da passiva)
598) Inimigos na trincheira

Quando, esporadicamente, um gaúcho aparece em um programa de televisão líder de audiência em nível nacional, julgamos equivocadamente que nos descobriram. Nós
nos conscientizamos da ilusão assim que notamos que novamente é um fato isolado. O mesmo acontece com a chamada integração cultural do MERCOSUL. Algumas
investidas sem a mínima programação normalmente não geram fatos com a solidez necessária para o fim. Mas esses não são os maiores problemas dos gaúchos.

Para alcançarmos ambas as expectativas, temos que calar inimigos na própria trincheira. Quando se fala em integração cultural com os países do Prata, sempre aparece
um Padre Rômulo para contestar, apoiado exclusivamente em seu preconceito. Quando alguém fura o bloqueio e brilha na mídia nacional, os caranguejos gaúchos de
plantão afiam suas garras.

A integração cultural requer programação, apoio dos governos, boa vontade das partes e muito desprendimento. Da mesma forma, a difusão do gauchismo em todo o
território nacional.

Antes de pensarmos em convencer os de fora, temos que procurar mostrar aos daqui que somos capazes de uma convivência pacífica e harmoniosa com o mundo
exterior. Necessitamos com urgência quebrar alguns espelhos para que os narcisos passem a avistar outra imagem, verdadeiramente bela, que não seja a própria. Se,
apesar desses obstáculos, estamos conseguindo, é porque vislumbramos o objetivo certo.

Paulo de Freitas Mendonça. "Editorial". Jornal do Nativismo, n.º 158, nov./2001, p. 2 (com adaptações).

A partir da análise da estrutura sintática dos períodos do último parágrafo do texto, julgue o seguinte item.

A oração "que somos capazes de uma convivência pacífica e harmoniosa com o mundo exterior" está relacionada diretamente ao verbo "mostrar" completando-lhe o
sentido.

Certo
Errado

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CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM TO)/CBM TO/2023


Língua Portuguesa (Português) - Termos acessórios (adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto). Vocativo
599) Texto 2A1-II

Internet: <www.to.gov.br> (com adaptações).

No texto 2A1-II, a palavra “pescador” exerce a função de

a) sujeito.
b) aposto.
c) vocativo.
d) complemento verbal.

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Gabarito
400) Certo 401) Certo 402) Errado 403) Errado 404) Certo 405) Certo 406) Errado
407) Certo 408) Errado 409) Certo 410) Errado 411) Certo 412) Errado 413) Errado
414) Certo 415) Certo 416) Errado 417) Errado 418) Errado 419) Errado 420) Errado
421) Errado 422) Certo 423) Errado 424) Errado 425) Errado 426) Certo 427) Certo
428) Errado 429) Errado 430) Certo 431) Certo 432) Errado 433) C 434) A
435) Certo 436) C 437) E 438) D 439) Certo 440) Errado 441) A
442) Errado 443) Errado 444) Certo 445) Certo 446) C 447) A 448) B
449) Certo 450) Errado 451) Certo 452) Certo 453) Certo 454) Errado 455) Errado
456) Certo 457) A 458) Errado 459) Certo 460) Certo 461) Certo 462) Certo
463) Errado 464) Certo 465) Errado 466) Certo 467) Certo 468) Errado 469) A
470) Certo 471) Certo 472) Certo 473) Certo 474) Certo 475) Errado 476) Certo
477) Certo 478) Errado 479) Errado 480) Certo 481) Certo 482) Certo 483) Certo
484) A 485) Errado 486) Certo 487) Errado 488) Errado 489) Errado 490) Certo
491) Certo 492) Certo 493) Certo 494) Errado 495) Certo 496) Errado 497) Errado
498) Certo 499) Certo 500) Errado 501) Certo 502) Certo 503) Certo 504) Certo
505) Certo 506) Errado 507) Errado 508) Certo 509) Certo 510) Certo 511) Errado
512) Certo 513) Certo 514) Errado 515) Errado 516) Errado 517) Errado 518) Errado
519) Errado 520) B 521) Errado 522) Certo 523) Errado 524) Certo 525) Certo
526) Errado 527) Errado 528) Certo 529) Certo 530) Errado 531) Certo 532) Certo
533) Certo 534) Certo 535) Errado 536) Certo 537) Certo 538) Certo 539) Certo
540) Errado 541) Errado 542) D 543) B 544) A 545) Certo 546) Errado
547) Errado 548) Errado 549) Errado 550) Errado 551) Errado 552) Certo 553) Errado
554) Certo 555) Errado 556) Errado 557) Certo 558) Errado 559) Errado 560) Certo
561) Errado 562) Certo 563) Certo 564) Errado 565) Certo 566) Errado 567) Certo
568) Certo 569) Errado 570) Certo 571) Errado 572) A 573) Certo 574) Certo
575) Certo 576) Certo 577) Errado 578) Errado 579) B 580) Certo 581) Errado
582) Errado 583) Errado 584) Errado 585) Certo 586) Certo 587) Errado 588) Errado
589) Certo 590) Certo 591) Certo 592) Errado 593) Certo 594) Errado 595) Errado
596) Certo 597) Certo 598) Certo 599) C

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