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Cláudio Vicentino

Gianpaolo Dorigo
PROJETO
José Vicentino
múLTIPLO

História
Ensino Médio

VOLUME
,
UNICO

Parte editora scipione


PROJETO

múLTIPLO

História
Ensino Médio
Cláudio Vicentino
Bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Professor de História em
cursos pré- vestibulares e de Ensino Médio. Autor de obras didáticas e paradidáticas para Ensino
Fundamental e Médio.

Gianpaolo Dorigo
Bacharel e licenciado em História pela Universidade de São Pau lo. Mestre em Filosofia pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. Professor de História em cursos pré-vestibulares e de Ensino
Médio. Autor de obras didáticas.

José Vicentino
Bacharel e licenciado em História pela Pontifícia Universidade Católica (PUCl. Professor de História
em cursos de Ensino Fundamental. Médio e pré-vestibulares.

LIVRO PARA
ANÁLISE DO
PROFESSOR
VENDA PROIBIDA
editora scipione
editora scipione
Diretoria editorial: lidiane Vivaldini Olo
Editaria de Ciências Humanas: Heloisa Pimentel
Edição: Vanessa Gregorut
Colaboração: André Nicácio, Carina Carvalho
Supervisão de arte e produção: Sérgio Yutaka
Edição de arte: Eber Alexandre de Souza
Equipe de arte: Mauro Roberto Fernandes,
Claudemir Camargo, Fábio Cavalcante
Supervisão de arte e criação: Didier Moraes
Coordenação de arte e criação: Andréa Dellamagna
Design gráfico (c,pa • miolo): UC Produção Editorial e Andréa Dellamagna
Grafismos: Shutterstock/Glow lmages
(utilizados na capa eabenuras de capltulos e seções)
Gerência de revisão: Hélia de Jesus Gonsaga
Equipe de revisão: Rosângela Muricy (co0<d.); Ana Paula Chabaribery Malta,
Gabriela Macedo de Andrade, Gloria Cunha ePatrícia Travanca: Flávia Venézio dos Santos c...09.1
Supervisão de iconografia: Sílvio Kligin
Pesquisa iconográfica: Carlos Luvizari, Denise Duranol Kremer,
Evelyn Torrecilla e Claudia Cristina Balista (a«i<tl
Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin
Foto da capa: Universal History Archive/The Bridgeman Art library/Keystone \Pane o

Direitos desta edição cedidos à Editora Scipione S.A.


Avenida das Nações Unidas, 7221, 3' andar, Setor D
Pinheiros - São Paulo - SP - CEP 05425-902
Tel.: 4003-3061
www.scipione.eom.br/atendimento@scipione.eom.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Vicentino, Cláudio
Projeto Múltiplo: história, volume único 1
Cláudio Vicentino, José Vicentino, Gianpaolo Dorigo.
-· São Paulo: Scipione, 2014.

1. História (Ensino médio) LVicentino, José.


li. Dorigo, Gianpaolo. Ili. rnulo.

14-07955 CDD-907

Índice para catálogo sistemático:


1. História: Ensino médio 907

2014
ISBN 978 85 262 9394-6 (AL)
ISBN 978 85 262 9395-3 (PR)
Código da obra CL 738775
CAE 502788 (Al)
CAE 502789 (PR)
3' edição
1ª impressão

Impressão e acabamento

Uma publicação . Abril EDUCAÇÃO


Ensino Médio é a época na qual a maioria dos adolescentes faz uma
escolha que os acompanhará por toda a vida : a da profissão que
desejam seguir.
Além da profissão, a escolha da universidade também é um fator
decisivo para o seu futuro sucesso profissional. E, para que você tenha um bom
desempenho no exame vestibular da universidade que escolher, além de conhecer
muito bem todo o conteúdo do Ensino Médio, você deve ter uma ótima habilida-
de em resolver exercícios. Por esse motivo, este caderno reúne mais de 200 ques-
tões das mais variadas e renomadas universidades do país, questões de níveis
complexos, que, no todo, represent am um momento único de preparação para o
vestibular. Para auxiliá-lo com as resoluções, cada sequência de exercícios de um
mesmo tema é preced ida por quadros-resumos que sintetizam os principa is tó-
picos do conteúdo.
Encare o período de estudo com este caderno como oportunidade de aper-
feiçoar sua capacidade de resolver exercícios de forma rápida e segura.
Utilize este caderno como um instrumento de aperfeiçoamento de suas ha-
bilidades e não desista dos seus sonhos.
Bons estudos!

-

..
•• • •
Sumário

Vestibular em foco ................................................ 5

Bastidores da História ........................................................... 6

Os primeiros agrupamentos humanos ................................. 10

As mais antigas civilizações: a Mesopotâmia ......................... 15

As mais antigas civilizações: o Egito .................................... .. 18

Antigas civilizações: orientais, da África e da América ............. 21

A Grécia antiga: das origens ao Período Arcaico ....................... 25

A Grécia antiga: Períodos Clássico e Helenístico ........................ 29

Roma: das origens à crise republicana .................................. 34

Roma: período imperial ...................................................... 40

O Império Bizantino ............................................................ 46

O Islã e o mundo após o século V ......................................... 50

Surgimento da Europa: a Alta Idade Média ........................... 54

As Cruzadas da Europa medieval. ......................................... 58

O renascimento comercial e urbano medieval. ....................... 62

A cultura medieval europeia ................................................ 66

As relações de poder na Europa ocidental medieval ............... 70

Desafio .........................................................................1s

Respostas ..................................................................... 79

Significado das siglas................................................ 88


Vestibular
em foco
TEMA 1
~

BASTIDORES DA HISTORIA

A escrita da História ontem e hoje

Durante o século XIX Renovação no século XX


• O saber e o ensino de História privilegiavam os fatos • Ampliação das abordagens e temáticas, dos documen-
políticos e os feitos de "grandes homens". tos considerados fontes históricas e do próprio papel
• A escrita tinha f unção de sustentar e legitimar as do historiador.
nações que nasciam ou se consolidavam. • Toda atividade humana é objeto da história (noção de
• Os documentos oficiais escritos muitas vezes eram História totall.
entendidos como a única e verdadeira versão dos • Leitura do passado com base em indagações e
acontecimentos. problemas postos pelo presente.

A construção do conhecimento histórico

O historiador: um leitor do passado com os olhos do presente.

; - -------------L--------------,
-.:.,: v'
Preocupações com o presente Interpretação do passado ( - - - - -) Relações de poder

1
1
\
. . ------> Método <------; I

--- ---
1

v Tempo histór ico:


diferentes durações
• •

....
...... ,
: ',
\
1 \ '
-- -- ,, , 1 \ ...... --

( Documentos escritos }-----;,,,'


,,. ,
1 ''-,, ----------)(
1 '
Outros )
, , 1 ' ' Periodização:

Jk'' e
, 1 '

e
,.,,. y ......

Pinturas Fotografias J -- Vestígios materiais


expressa valores de
uma sociedade.

Idade Antiga: da invenção da escrita (cerca de 4000 a.C.l até a desagregação


do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C. - -- 1
1
\

1
1
1
1
Idade Medieval: de 476 até a tomada de Constant inopla pelos turcos 1
- - - -4 Eurocentrismo:
otomanos. em 1453. 1
determinou a
~-- periodização
'
1
1
1
predominante hoje.
Idade Moderna: de 1453 até 1789, data do início da Revolução Francesa. ~ ---'1
1
1
1
1

1,. _ _ ...
, I

Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje.

6
Exercícios
1. {UPE) restais e as riquezas dos recifes de corais típicos dessas lati-
A diversidade dos testemunhos históricos é quase in- tudes. Esses fatores reunidos explicam, ainda, a elevada
finita. Tudo o que o homem diz ou escreve, tudo o que produtividade associada aos referidos ecossistemas.
UZUNIAN 8, BIRNER. Biologia. São Paulo: Harbra, 2007. p. 820.
fabrica, tudo o que toca pode e deve informar sobre ele.
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício de historiador. Rio de Texto li
Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001, p. 79. (Adaptado).
É seguramente fácil encontrar casos de correlação ín -
Sobre as fontes hist óricas, com base no t exto acima, tima entre um Jato geográfico e um Jato social. A conti-
assinale a alternativa CORRETA. guidade• de duas regiões, planície e montanha, onde a
a) O pensa mento marxist a aboliu a ut ilização de fon- ordem dos trabalhos não é a mesma e onde as colheitas
t es escri tas nas pesquisas históricas. amadurecem em datas diferentes, torna disponíveis os
b) A afirmação do text o sint etiza a nova perspectiva
trabalhadores que alugarão periodicamente seus braços.
historiográfica sobre as fontes históricas.
A presença de uma grande cidadeJaz nascer à sua porta
cultivas especiais, associados a hábitos igualmente espe-
c) Os utensílios produzidos pelo homem se enqua-
ciais, como o dos horticultores. A ocorrência bem locali-
dram como registros arqueológicos e não como
zada de um produto de primeira necessidade pode en-
fontes para o hist oriador.
gendrar consequências sociais e políticas.
d) Ma rc Bloch, no text o, defende a primazia das f on- VIDAL DE LA BLANCHE, Pa ul. As condições geográficas dos Jatos sociais.
tes escri tas. Disponível em: <www4.fct .unesp.br/raul/saude_ ambiental/
e) A escola posit ivista foi a prim eira a fazer uso da cond icoes_geogra fica s_faros_ socia is.pdf >.
·contiguidade= proximidade, vizinhança.
chamada história oral.
2. {UFU-MG) O desenvolvimento das ciências neste século XXI ofere-
ce uma variedade de explicações sobre os processos que
[...] devia ser um ponto capital para o historiador re- envolvem as relacões entre os seres humanos e os ecos-
,
flexivo mostrar como no desenvolvimento sucessivo do sistemas. A História, ciência social, na medida em que
Brasil se acham estabelecidas as condições para o aper- est abelece o diálogo e o debate com os demais campos
feiçoamento de três raças humanas [...). do conhecimento científico, pode confrontar explicações
MARTIUS, Carl F. Ph . von. "Como se deve escrever a História do Brasil".
ln: e buscar novas e mais abrangentes formas de entender
--·- --. O estado de direito entre os autóctones do Brasil. Belo
Horizonte: Itatiaia; São Pau lo: Edu sp, 1982. p. 89. o conjunto dos processos que envolveram as ações hu-
manas ao longo do tempo e nos diversos espaços.
Considerando o text o, escrito por von Marti us e pu-
Como se pode perceber, através das informações da
blicado em 1845 pela Revista do Instit uto Histórico e
Biologia e da Geografia nos t extos apresentados, es-
Geográfico Brasileiro, assinale a alt ernativa correta.
sa abertura é possível e necessári a, porque a História
a) O autor demonstra que o branco português não é uma ciência cada vez mais
obt eve participação tão signifi cat iva na formação
a) pragmát ica. d) interd isciplinar.
hist órica do Brasil quanto o africano ou o indígena.
b) experimental. e) f actua l.
b) O autor procura, em uma perspectiva evolut iva da
humanidade, demonstrar que a hist ória do Brasil c) t eórica.
é o resultado do cruzament o gradat ivo ent re bran- 4. (UPE) A Hist ória é uma área do conheciment o, que
cos, indígenas e af ricanos. sofreu várias inovações metodológicas no século XX.
c) O aperfeiçoamento das t rês raças no Brasil é resul- Essas inovações provocaram mudanças que estão
tado de um conjunto de políticas de branqueamen- ligadas à eclosão da Escola dos Annales. Nessa pers-
to populacional, ao mesmo tempo em que se ex- pectiva, é correto afirmar que:
tinguem as populações af rica nas e ind ígenas.
a) a Escola dos Annales reafirmou os post ulados po-
d) O branco t eria que aprender a cult ura e a língua sitivistas, reforçando uma história política como a
do indígena para sobreviver no Brasil, assim como única perspect iva de análise da sociedade.
deveria aprender a cultura do t rabalho com o af ri-
b) a prod ução cult ural humana assim como as men-
cano para desenvolver- se economicamente.
talidades, o imaginário, o cotidiano e a cu ltura
3. (UFSM-RS) Leia os t extos: popular foram vistos como novos int eresses de
Texto I estudo dos historiadores.
A intensa radiação solar na região equatorial é respon- c) a análise econômica desaparece da pa uta de te-
sável direta pelas altas taxas de evaporação da água de sua máticas estudadas pela Hist ória após o advent o
superfície, levando à formação de massas de ar quente e dos Annales.
úmido que condicionam os altos índices pluviométricos d) a única preocupação dos historiadores influenciados
observados. Assim, elevadas temperaturas, intensa radiação pelo pensamento dosAnnales se refere à cultura.
solar e muita chuva caracterizam o clima das regiões tro- e) não existem ainda hoj e ecos do pensa mento dos
picais e nos Jazem entender as luxuriantes formações fio- Annales nos estudos sobre a hist ória do Brasil.

Vestibular em foco 7
5. (Osec-SP) hoje a História busca um caminho próprio, des-
Se o conhecimento da História nos apresenta uma impor- vinculado das demais ciências sociais.
tância prática, éporque nela aprendemos conhecer os homens (3) A chamada História Nova recusa -se a admitir a
que, em condições diferentes e com meios diferentes, no mais Hist ória como ciência do passado e a "reduzir o
das vezes inaplicáveis à nossa época, lutaram por valores e presente a um passado incoativo".
ideais análogos, idênticos ou opostos aos que possuímos ho- (4) O estudo das fontes e a crítica dos documentos
je; o que nos dá consciência de Jazer parte de um todo que são partes fundamentais do processo de produção
nos transcende, a que no presente damos continuidade e que historiográfica.
os homens vindos depois de nós continuarão no porvir.
A consciência histórica existe apenas para uma atitu-
8. (UFPA)
de que ultrapassa o eu individualista; ela é precisamente Os judeus tinham que usar uma estrela amarela, [...] ti-
um dos principais meios para realizar essa superação. nham que entregar as bicicletas, (...) não podiam andar de
GOLDMAN, Lucien. bonde, [... ]ficavam proibidos de dirigir automóveis.[...] só
podiam fazer compras das três às cinco horas e só em casas
De acordo com o texto, podemos afirmar que: que tivessem placa dizendo 'casa israelita'. Os judeus deviam
a) a Hist ória é im portant e porque fornece à atua li- recolher-se às suas casas às oito da noite [.. .]. Ficavam proi-
dade os meios de resolver seus problemas; bidos de ir a teatros, cinemas e outros lugares de diversão.
b) o estudo da História mostra a universalidade e a FRANK. Anne. Diário de uma jovem. São Paulo: Ed it ora M érito S. A.,
1958, p. 14, 3@ edição.
identidade dos valores e ideais humanos;
c) tem consciência o homem que con hece os fatos Esse trecho, que foi retirado do diário de uma adoles-
históricos de sua época; cente judia prisioneira num campo de concentração,
d) a consciência histórica existe na medida em que o ho- na Alemanha, onde morreu em 1945, revela
mem é capaz de se reconhecer no processo histórico; a) poucas e distorcidas informações para se compre-
e) a importância prática da História se relaciona com ender o que foi a 2ª Guerra Mundial.
o estudo e o conhecimento do presente. b) detalhes das perseguições sofridas pelos judeus
na Alemanha, durante a 1ª Guerra Mundial.
6. (U FC-CE) c) ideias falsas, pois os alemães não podiam abrir
A História humana não se desenrola apenas nos cam - mão do dinheiro que os j udeus gastavam em locais
pos de batalha e nos gabinetes presidenciais. Ela se de- como cinemas e teatros.
senrola também nos quintais entre plantas e galinhas, d) aspectos importantes para nossa compreensão
nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, acerca das perseguições sofridas pelos judeus, des-
nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas. de a 2ª Guerra Mundial até os anos de 1960, com
GULLAR, Ferreira. o fim do apartheid.
No que refere ao fat o hist órico e à produção do co- e) a importância desse diário como documento histó·
nhecimento histórico, é correto afirmar que: rico que registrou, para a posteridade, a perseguição
a) o fato histórico não tem que ser, necessariamente, sofrida pelos j udeus durante a 2ª Guerra Mundial.
um grande acontecimento; ele também se faz no 9. (UFPE) Ent re as diversas concepções que norteiam os
cotid iano das pessoas. estudos históricos, destaca-se a Nova História, a qua l:
b) a missão do historiador é, a partir dos documentos
( ) compreende a História como a ciência que estu-
primários; estabelecer os fatos históricos e estudá·
da os fatos ocorridos no passado humano, utili-
-los em sua li nearidade.
zando como suporte para a construção desse
c) o traba lho do historiador é mostrar os fatos como conhecimento apenas as fontes escritas.
realmente ocorreram, não cabendo uma aborda-
( ) tem como foco de análise a evolução das socie-
gem crítica.
dades humanas e as mudancas •
ocorridas através
d) a nova História tem-se preocupado, basicamente, dos movimentos sociais, utilizando como teste-
em gerar uma produção histórica objetivando con- munhos principais os documentos manuscritos.
testar a interpretação marxista da História. ( ) corresponde a uma concepção surgida no sécu-
e) a história marxista enfoca fatos históricos prota- lo XIX, que acredita ser a História mestra da vida,
gon izados por "heróis", reforçando a ideologia da constituindo-se uma ciência por possuir objetos
classe dominante. e métodos próprios de análise.
( ) surgida no início do sécu lo XX, consiste no estu-
7. (UnB-DF) Pode-se dizer em relação à História que:
do da História como uma área do conhecimento
(O) Hoje, ela está voltada preferencialmente para o humano de caráter mu lt idisciplinar, que rompe
estudo dos grandes fatos políticos, com destaque com a "História na rrativa", postulando a "H istó-
para a biografia dos governantes. ria problema".
(1) Tendo em vista sua atual opção por compreender ( ) defende a ideia de que a realidade social é cultu-
globalmente a sociedade, a Hist ória não mais se ralmente constituída, compreendendo-a em suas
preocupa com a investigação dos eventos. múltiplas dimensões, utilizando-se de uma gama
(2) Ao contrário do que ocorreu no século passado, variada de fontes ou testemunhos históricos.

8 Caderno de estudo
10. (UFBA) 12. (Fesp-PE) A História é marcada por cont inuidades e
O Estado deve ser fundamentalmente diferenciado descontinuidades que most ram as dificuldades en-
da Nação, porque o Estado consiste em uma organização contradas pelos homens na sua luta para construir
política, um poder independente no plano externo, e su- sua cultura. Para compreender esses processos, o
premo no interno, provido de recursos humanos efinan- historiador deve considerar que:
ceiros para sustentar sua independência e autoridade. a) cada cultura é um ref lexo das vontades e das ne-
Não podemos identificar o primeiro com a segunda, como cessidades individuais dos povos, sendo importan-
se costumava Jazer, até entre os próprios patriotas cata- t e destacar que as conquistas materiais det ermi-
lães, que falavam ou escreviam sobre uma nação catalã nam mecanicamente a maneira de sent ir a pensar;
no sentido de um Estado catalão independente. [...] . b) os processos históricos são um conjunto de com-
{CASTELLS, 1999, p. 60}.
port amentos que se repetem, criando cult uras
O conceito em aná lise, contido no t exto, permi te re- com est ruturas semelha ntes;
conhecer como Estado c) a análise dos fatos históricos exige critérios t eóricos
(01) os reinos e os impéri os da Antiguidade, visto cons- e metodológicos, para que se possa ter uma me-
tituírem organizações políticas dirigidas por gover- lhor compreensão do que aconteceu;
nos geralmente autoritários, apoiados no poder da d) a História é um conjunto de fatos que jamais se
classe dominante e na força militar, a fim de garan- repetirão, onde o papel das grandes personalida-
t ir as conquistas e a defesa de ameaças externa s. des merece destaque especial, para que se chegue
(02) os feudos da Europa medieval, por terem conser- a uma verdade definitiva;
vado as f ronteiras e a divisão política vigentes no e) os povos produzem suas histórias determinadas pelos
antigo Império Romano do Ocidente. seus desejos e pelas suas necessidades, mas não con-
{04) as form ações políticas que se const ruíram na Ida- seguem se libertar do domínio das forças da natureza.
de Moderna eu ropeia, por possuírem fronteiras
defin idas, território unificado, sistema de leis e de 13. {U FRN) No text o abaixo, o historiador grego Tucíd ides
justiça organizados, língua oficial predominante, apresenta elementos essenciais da constituição da
moeda única e governo centralizado sob a forma História como disciplina cient ífi ca.
de monarquias ou oliga rquias aristocráticas. Os homens [comuns], na verdade, aceitam uns dos
{08) os rei nos da Itália {1860) e da Alemanha {1871), outros relatos de segunda mão dos eventos passados,
depois das lutas t ravadas interna e externamente, negligenciando pô-los à prova. [...]
por alcançarem a unifi cação dos seus respectivos Quanto aosfatos da guerra, considerei meu dever rela-
t erri tórios, fator indispensável à concepção do tá-los, não como apurados através de algum informante
Estado e ao reconhecimento de sua existência por casual nem como me parecia provável, mas somente após
outros países europeus. investigar cada detalhe com o maior rigor possível, seja no
(16) a Nação Palestina, cujos cidadãos, dispersos no caso de eventos dos quais eu mesmo participei, seja naque-
Egit o, no Irã e em campos de refugiados da Síria, les a respeito dos quais obtive informações de terceiros. O
t êm ut ilizado métodos pacifista s, pa ra manterem empenho em apurar os Jatos se constitui numa tarefa la-
o status de Estado, j á reconhecido pela ONU des- boriosa, pois as testemunhas oculares de vários eventos
de o fim da Segunda Guerra Mundial. nem sempreJaziam os mesmos relatos a respeito das mes-
{32) a Organização dos Estados Americanos {OEA), por mas coisas, mas variavam de acordo com suas simpatias
aglutinar todos os países da América e por estar por um lado ou pelo outro, ou de acordo com sua memória.
submet ida aos princípios da Doutrina Monroe. Pode acontecer que a ausência dofabuloso em minha nar-
rativa pareça menos agradável ao ouvido, mas quem quer
11. {Unioeste-PR) Sobre a História, enquanto disciplina,
que deseje ter uma ideia clara tanto dos eventos ocorridos
é INCORRETO afirma r que
quanto daqueles que algum dia voltará a ocorrer em cir-
a) construir a hist ória é uma tarefa de investigação cunstâncias idênticas ou semelhantes em consequência de
e o historiador a faz media nte o estudo desinte- seu conteúdo humano, julgará a minha história útil e isto
ressado e neut ro dos vestígios que documentam me bastará. Na verdade, elafoifeita para ser um patrimô-
a atividade huma na. nio sempre útil, e não uma composição a ser ouvida apenas
b) o hist oriador formul a as perguntas a serem feitas no momento da competição por algum prêmio.
aos documentos selecionados e ele o faz com ba-
se em sua cultura e suas escolhas. Segundo o texto,
c) muitos historiadores, até meados do século XX, a) a pretensão de o historiador possuir a verdade é
privilegiavam o estudo do documento escrito e ilegít ima, j á que ele tece a narra t iva com elemen-
davam preferência aos documentos oficiais. tos de segunda mão.
d) os documentos escritos ainda são considerados b) o historiador, para enriquecer a narrativa, deve re-
fontes f unda mentais para a compreensão dos fa - correr ao auxílio de fábulas.
tos, mas, nas últi mas décadas, a noção de docu- c) o t estemunho baseado na memória garant e acre-
mento se ampliou. dibilidade do relato histórico.
e) o estudo das fontes e a crít ica dos documentos são d) a História é defini da como um saber que, através
partes fundamentais do processo de investigação da apuração ri gorosa dos fatos, tem relação privi-
histórica. legiada com a verdade.

Vestibular em foco 9
TEMA2
OS PRIMEIROS AGRUPAMENTOS HUMANOS

Pré-História

Periodização
1
1
'41

Origens
1
'41

Diversas espécies de hominídeos Idade da Pedra Lascada Idade da Pedra Polida


• coleta. caça e pesca • prática da agricultura e criação
• nomadismo de animais
1
'+' • abrigos provisórios • seminomadismo e sedentarismo
A origem do ser humano !Homo • instrumentos de pedra. ossos e. • moradias fixas --,
sapiens sapiensl, na África possivelmente, madeira lascados • instrumentos de ossos polidos,
• bandos pouco numerosos cestarias e cerâmica
• transição para a Idade dos Metais
1
1
'41 • bandos numerosos

Grandes mudanças climáticas e


li
,;
G
e

"í Idade dos Metais


,
1 f!
,
'41 'i
2
~
• metalurgia
• organizações soc1a1s m ais nu-
-
A expansão humana para -
outros continentes "
:,: merosas

O ser humano na América

Hipóteses para a chegada do


I
, .... ------· ser humano à América
·------ ... ' \
1 1
1 1
1 1

Pela América do Norte, pelo estreito de Para a América do Sul, pelo oceano
Bering, teriam vindo grupos asiáticos Pacífico, teriam chegado habitantes da
(a rota mais provávell, que povoaram o Austrália e das ilhas polinésias (rota menos
continente. aceita no meio científico!.

'
~---------------r--------------- -,
P.ovos e civilizações
Rr.é-colombianas
1
1

,---------------------------------i---------------------------------,,
,'
1

1 1
~ y ~

Nativos norte-americanos Civilizações mesoamericanas e andinas Nativos sul-americanos


,

10
Exercícios
1. {UFPE} Na Pré-História encontramos fases do desen- 4. (Fuvest-SP} Sobre o surgimento da agricultura - e seu
volvimento humano. Qual a alternativa que apresen- uso int ensivo pelo homem - pode-se afirmar que:
ta características das atividades do homem na fase a) foi posterior, no tempo, ao aparecimento do Esta-
Neolít ica? do e da escrita.
a) Os homens praticavam uma economia coletora de b} ocorreu no Oriente próximo (Egito e Mesopotâmia)
alimentos. e daí se difundiu para a Ásia (índia e China), Europa
b} Os homens fabricavam seus instrumentos para e, a partir desta para a América.
obt enção de alimentos e abrigo. c) como tantas outras invenções teve origem na Chi-
c) Os homens aprenderam a controlar o fogo. na, donde se difundiu até at ingir a Europa e, por
d} Os homens conheciam uma economia comercial último, a América.
e já praticavam os ju ros. d) ocorreu, em tempos diferentes, no Oriente Próxi-
e) Os homens cult ivavam plantas e domesticavam mo (Egito e Mesopotâmia), na Ásia (Índia e China)
animais, tornando-se produtores de alimentos. e na América (México e Peru).
e) de todas as invenções f undament ais, como a cria-
2. (U FG-GO} As pinturas rupestres são evidências ma- ção de animais, a meta lurgia e o comércio, foi a
teria is do desenvolvimento int elect ual dos seres h u- que menos contribuiu para o ulterior progresso
m anos. Embora tradicionalmente estudadas pela mat eria l do homem.
Arqueologia, elas ajudaram a redefinir a concepção
de que a História se inicia com a escrita, pois (UEL-PR} Leia o t exto 1, a segui r, e responda às ques-
a) f uncionam como códices velados de uma comuni- tões 5 e 6.
dade à espera de decifração. Texto I
b} expressam uma concepção de tempo marcada Muitas vezes, o processo de evolução por seleção na-
pela cronologia. tural é alvo de interpretações distorcidas. E quando o
c) ind icam o predomínio da técnica sobre as forças assunto é a evolução humana, a distorção pode ser ainda
da natureza. maior, pois o Homo sapiens é apresentado como o ápice
do desenvolvimento.
d} atestam as relações entre registros gráficos e mitos
de origem. As ilustracões

mais conhecidas da evolucão

estão to-
das direcionadas no sentido de reforçar uma cômoda
e) registram a supremacia do ind ivíduo sobre os
concepção da inevitabilidade e da superioridade huma-
membros de seu grupo.
nas. A principal versão dessas ilustrações é a série evolu-
3. (UTFPR} Tradicionalment e, podemos definir a pré- tiva ou escada de progresso linear. Esse avanço linear
ultrapassa os limites das representações e alcança a pró-
-h istória como o período anterior ao aparecimento da
escrita. Portanto, esse período é anterior há 4000 a.e, pria definição do termo evolução: a palavra tornou -se
sinônimo de progresso. A história da vida não é uma es-
pois foi por volta desta época que os sumério s desen-
volveram a escrita cuneiforme. Com base nesse en- cada em que o progresso sefaz deforma previsível e sim
t endimento, qua l a alternat iva que apresenta carac- um arbusto ramificado e continuamente podado pela
tesoura da extinção.
terísticas das atividades do homem na fase
(Adaptado de: GOULD, 5. J. Vida m aravilhosa: o acaso na evolução e a
paleolítica? natureza da história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 23-31.)
a) Os homens aprenderam a poli r a pedra. A partir de
então, consegui ram produzir inst rumentos (lâmi-
nas de corte, machados, serras com dentes de pe-
dra mais eficientes e mais bem acabados).
b) Os homens descobriram uma forma nova de obter
alimentos: a agricultura, que os obrigou a conser-
var e cozinhar os cereais.
c) Semeando a terra, criando gado, produzindo o pró-
prio alimento, os homens não t inham mais por que
mudar constantemente de lugar e tornaram -se
sedentários.
d} Os homens conheciam uma economia comercial
e já praticavam os j uros.
e) Os homens ainda não produziam seus alimentos,
não plantavam e nem criavam animais. Em verda- A árvore filogenética, representada na figura 2, a se-
de, eles coletava m frutos, grãos e raízes, pescavam guir, é const ruída com base nas comparações de DNA
. .
e cacavam

an1ma1s . e proteínas.

Vestibular em fo co 11
d} Os gorilas são os ancestrais com uns mais recen -
tes do g ru po forma do por ch impanzés e seres
Macacos do Velho Mundo
humanos.
e) Os macacos do Velho M undo e do Novo M undo
Macacos do Novo Mundo apresentam grande proxim idade filogenética
entre si.

6. Com essa noção de progresso, referida no text o 1,


construía-se a crença de que o ser huma no caminha -
va em direção a um progresso irresistível, e ele próprio
seria o exemplo dessa noção, implicando, por exem -
plo, a minimização do t raba lho braçal e uma super-
Chimpanzés
valorização das ativ idades int elect uais. Porém, no
Seres Hum anos
século XX, tendências de pensam ento demonst ra ram
que a razão, ao mesmo tempo que é libertadora, tam -
Figura 2: Árvore Filogenética . bém tem a capacidade de subjuga r os homens. Essa
crít ica às concepções modernas da razão foi o sust en-
5. Com base na análise dessa árvore fil ogenética, assi- t áculo de um moviment o contesta do r e pacifist a,
nale a alternativa correta. denomi nado movim ento - - - - - - -
a) O grupo formado pelos lêmures é o mais recente,
Assinale a alternativa q ue apresenta o termo que
porque divergiu há m ais tempo de um ancestral
preenche, corret am ente, a lacuna do enunciado.
comum.
a) contracultural.
b} Os chimpanzés apresentam maior proximidade
fi logenética com os gorilas do que com os humanos. b) m odernista.
c) Os gorilas compartilham um ancestral comum c) neoliberal.
ma is recent e com os gibões do que com o grupo d) t rabalhista.
formado por chimpanzés e seres humanos. e) yuppie.

7. (UFPE) Para explicar os primeiros aglomerados humanos, no mundo ant igo, leva-se em consideração a combinação
de fatores socia is, dem ográficos, re ligiosos e políticos.

NASCI M ENTO DE CRISTO

PR É-HISTÓRIA 3000 a.e .


476 1453 1789
... ...
<(

IDADE M ÉDIA
z IDA DE
ANTIGUIDADE "'
UJ UJ
CONTEMPORÂNEA
ºº
<( o
o ~

Queda do Império Roma no do Ocidente


Revolução Francesa
Tomada de Cons t antinop la

Assinale a alternativa que reúne fatores decisivos para o surgimento da cidade antiga.
a) A sedentarização, a prod ução de excedentes na agricultura e o aparecim ento de ofícios permi t iram a sobrevi-
vência dos homens e o surgimento das cidades.
b) As guerras, o surgiment o da propriedade privada e a re ligião obrigavam o homem a se fi xar e buscar proteção
j unto aos aglomerados.
c) O desenvolviment o do traba lho de artífices como ceramistas, cut eleiros, f erreiros, m arceneiros e a grande de-
sorganização do mu ndo rura l.
d) O monoteísmo subst itu indo o polit eísm o e a necessidade de com ercializar produt os artesanais determi naram
a fi xação do homem em um espaço m enor.
e) A invenção da ro da, o monot eísmo e as grandes const ruções possibil it aram o aumento da população, e com ela,
o êxodo rural.

12 Caderno de estudo
8. (Ufpel-RS) li. O livro "A Origem das Espécies", de autoria do na-
Texto 1
turalista inglês do século XIX, Charles Darwin,
Em todo o mundo, a leste e a oeste, as populações
estabelece, nas tradições modernas, a consolida-
começaram a trocar a dependência às hordas de grandes ção de uma explicação científica sobre o apareci-
animais "muitas das quais em rápido declínio" pela ex- ment o da vida e o surgimento do 'homo sapiens',
ploração de animais menores e de plantas. [... ] Onde as que seria resul tado das mutações genéticas adap-
condiçõesfossem particularmente adequadas [... ], as pe- tativas de símios. Essa explicação ficou conhecida
ças do quebra-cabeça da domesticação se acomodaram como EVOLUCIONISTA.
e os coletores transformaram-se em agricultores. Ili. O conhecimento histórico, baseado nas concep-
CROSBY, Alfred W. Imperialismo ecológico. São Paulo: Companhia das ções científicas, demarca o aparecimento da es-
Letras, 1993.
pécie humana no período Pa leolítico ou Idade da
Texto2 Pedra Lascada, ao que se segue o período Neolí-
Os historiadores acostumaram-se a separar a coleta tico ou Idade da Pedra Polida e depois o período
e a agricultura como sefossem duas etapas da evolução da Idade dos Metais, que, reunidos, compõem a
humana bastante diferentes e a supor que a passagem chamada "PRÉ-HISTÓRIA".
de uma à outra tivesse sido uma mudança repentina e Está{ão) correta(s):
revolucionária. Hoje, contudo, admite-se que essa transi-
a) apenas 1
ção aconteceu de maneira gradual e combinada. Da eta-
pa em que o homem era inteiramente um caçador-cole- b) apenas li
tor passou-se para outra em que começava a executar c) apenas I e li
atividades de cultivo de plantas silvestres (...] e de mani- d) apenas li e Ili
pulação dos animais [...]. Mas tudo isso era feito como e) 1, li e Ili
uma atividade complementar da coleta e da caça.
/n: VICENTINO, Cláudio. História para o ensino médio, história gera l e 10. {U FRS) Recentemente, no estado americano de
do Brasil. São Paulo: Scipione, 2005.
Arkansas, a teoria da evolução elaborada por Char-
Os text os analisam les Darwin foi retirada dos cu rrículos e t eve proi-
bida a sua utilização. Não obstante, os estudos
a) o final do Período Neolítico e se posicionam de
pa leontológicos, antropológicos e arqueológicos
forma convergente quanto ao papel revolucionário vêm possibil itando avanços na compreensão do
desempenhado pela agricultura e pela domestica-
período da pré-história, confirmando a existência
ção dos animais.
de um longo período em que ocorreu o processo
b) o início do Período Neolít ico e divergem entre si a de hom inização. Sobre esse processo, ana lise as
respeito da existência da Revolução Neolít ica, pois afirmacões abaixo.

enquanto um ind ica uma transformação radical,
o outro destaca a simultaneidade da caça, coleta 1. As mais antigas formas de vida humana registra-
e agricultura. das pela Paleontologia denominam -se hominí-
c) o início do Paleolítico Inf erior e são contrad itórios deos, como comprovam os achados dos fósseis
entre si, no que se relaciona aos efeitos da agricul- ident ific ados como Australopithecus, Pithecantro-
tura, dentre eles a sedentarizacão humana . pus, Sinantropus, entre outros.

d) o f ina l do Paleolítico Superior, no momento em li. Os fósseis demonstram que, no curso evolutivo
que ocorreu a Revolução Agrícola, ambos afirman- da Humanidade, mais de um milhão de anos an-
do que a caça e a coleta foram suprimidas pela tes de surgir o 'Homo Sapiens', existiram várias
agricultura. espécies a cam inho da humanização, e as mudan-
e) a Transição Mesolítica, e concordam que, com o ças f ísicas ocorridas ao longo de centenas de mi-
cultivo das plantas e a criação de an imais, ocorreu lhares de anos propiciaram sua adaptação a qual-
a suspensão das atividades de caça e coleta, pro- quer ambiente.
vocando a Revolucão •
Neolítica. li. As evidências arqueológicas ind icam que a espé-
cie humana não nasceu pronta nem física, nem
9. {UFPB) As relações ent re as explicações míticas e as cu ltu ralmente. Necessitou de um enorme perío-
científicas encontram, na origem da espécie humana,
do de tempo para desenvolver um conjunto de
um dos pontos f undamenta is e controvertidos.
habilidades técnicas e de conhecimentos que lhe
Sobre tais explicações, leia as afirmativas. permitisse elaborar instrumentos de traba lho e
1. O livro do Gênesis estabelece, sobretudo para as utensílios.
tradições religiosas j udaico-cristãs, o mito do Qua is estão corretas?
Éden, no qua l viviam Adão, criado por Deus e
a) Apenas 1.
feito à sua semelhança, e Eva, criada também
b) Apenas li.
por Ele a partir de uma costela de Adão. Desse
casa l, descenderiam todos os homens. Os par- c) Apenas Ili.
tidários dessa explicação são chamados de d) Apenas li e 111.
CRIACIONISTAS. e) 1, li e Ili.

Vestibular em foco 13
11. (UFRGS-RS) A Idade da Pedra cost uma ser dividida em 13. (UPE) Ent re os nômades, o t raba lho não t em o mesmo
três períodos: Paleolít ico, Mesolít ico e Neolítico. valor que nas sociedades agrárias. Os índios lanomâ-
Associe as cinco características da Idade da Pedra lis- mi, da Amazônia, desenvolvem suas atividades, em
t adas a seguir, no bloco inferior, aos períodos citados média, três horas por dia e não va lorizam o trabalho
no bloco superior. nem o progresso tecnológico. Os Guaiaqui, caçadores
nômades da floresta paraguaia, passam, pelo menos,
1 - Paleolít ico
metade do dia em completa ociosidade. Quanto ao
2 - Mesolítico desenvolvimento social, do pensar e do fazer dos pri-
3 - Neolítico meiros humanos, é correto afirmar que a
( ) domesticação de animais. a) produção de novas ferramentas de pedra polida
( ) descoberta do fogo. foi a transformação mais importante ocorrida nes-
( ) formas e motivos abstratos na arte. se período.
( ) artefatos de pedra lascada. b) fabricação de ferra mentas e a utilização do fogo
evidencia m que a sobrevivência humana não está
( ) difusão da agricultura.
diretamente relacionada à adaptação cultural do
A sequência correta de preenchimento dos parênte- homem.
ses, de cima para baixo, é
c) abundância de recursos animais e vegetais promo-
a) 3 - 1 - 2 - 1 - 3. veu a sedentarização do homem.
b) 1 - 3 - 1 - 2 - 3. d) capacidade de conseguir mais alimentos deu ao
c) 2 - 1 - 3 - 3 - 1. homem menor controle sobre o meio ambiente.
d) 1 - 2 - 3 - 2 - 1. e) t ro ca da caça e da coleta pela agricultura ocorreu
e) 3 - 2 - 1 - 3 - 2. de maneira súbita.

12. (UFPI) Nas últimas décadas o Piau í vem figurando 14. (UEM-PR)
como um tema obri gatório nas discussões sobre o
O primeiro meio pelo qual o ser humano registrou sua
primitivo povoamento do territ ório americano, o que
decorre, principal mente, dos achados arqueológicos própria existência foi a pedra - as pinturas rupestres mais
da Serra da Capiva ra, no município piauiense de São antigas, encontradas em cavernas da Espanha, datam de
Raimundo Nonato. Sobre esse assunto, assinale, nas cerca de quarenta mil anos atrás.
alternativas a seguir, aquela que está INCORRETA: Quando a escrita foi encontrada na Mesopotâmia, em
a) Os municípios de São Raim undo Nonat o, no Piauí, 4.000 a.e., foi preciso um suporte que a tornasse portátil.
e de Central, na Bahia, detêm os mais antigos ves- A solução foram as tabuletas de argila, pranchas do tama-
t ígios da presença humana na região nordeste. nho de uma folha de papel, gravadas com argila ainda
b) O acervo arq ueológico de São Raimundo Nonato úmida, usando uma ponta afiada de madeira. Se as tabu-
é adm inistrado pela FUMDHAM - Fundação Mu- letas se destinavam a uso definitivo, eram cozidas em for-
seu do Homem Americano. nos, como vasos de cerâmica - se não, eram apagadas. Um
c) A arqueóloga Niede Guidon, persona lidade mais estilo de escrita desenvolvido foi chamado cuneiforme.
conhecida ent re os profissiona is que atuam junto (Revista Aventuras na História. Edição 114. Janeiro de 2013. p. 14.)

ao acervo arqueológico de São Raimundo Nonato,


tem protagonizado, ao longo dos anos, vários A partir dessas formas de registro, out ras fora m sur-
confl itos e polêmicas com o governo do Piauí, com gindo e a escrita tornou-se um meio para a transmis-
órgãos federais como o IBAMA e até mesmo, com são de tradições, t ransforma ndo-se num veículo de
nativos do mu nicípio de São Raimundo Nonat o. expressão e organização social. Com base na relação
d) Os achados arqueológicos de São Raimundo ent re o surgimento da escrit a e a aceleração do de-
Non ato, no Piauí, assim como aq ueles encon- senvolvimento das civilizações, é correto afirmar que:
trados na Bahia, impõem uma revisão das teo- a) tanto nas primeiras civilizações, quanto nas civili-
rias sobre o povoamento da América e não dei- zações vindouras, a escrita possui um papel fun -
xam dúvidas quanto à natureza autóctone do damental na cultura.
homem americano. b) foi a escrita, à medida em que se t ra nsform ava em
e) Hoje, apesar de ainda ser forte a tese do povoa- um sistema informacional, a gra nde responsável
mento da América ter-se dado atra vés do Estrei- pelo surgimento do Estado.
to de Behring, os estudiosos, a partir de acervos
c) não são consideradas "civilizacões" as sociedades
arqu eológicos como os do Piauí, consideram se- •
riamente a hipótese de mú ltiplas correntes de que não desenvolveram a escrita, já que não dei-
povoamento. Quanto à data da chegada dos pri- xaram registro de sua cult ura.
meiros povoadores, ainda há muitas controvér- d) comprovadament e, as civilizações que dominaram
sias, não estando, em rigor, nada definitivamen- a escrita, tais como a Mesopot âmia e o Egito, tor-
te estabelecido. naram-se superiores às demais, dominando-as.

14 Caderno de estudo
TEMA3
AS MAIS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES: A MESOPOTÂMIA ..

A origem das primeiras cidades

I
1
,, -- - . Aumento da
população. - --' 1
. ~urgimento'
. ,•
..
1

Neolítico: 1
1 1 de: cidade's nâ
Grupos agricultura, 1 1
• r • •

nômades: domesticação
1
1
Sedentarização e 1
1 ·:t:-1~,s.9e<>~ª'!'i.~,
---):
' • • 1 • •

-----) estabelecimento L-
1 ' ~ (entr~5~sr19s ·, .
caça/ de animais, em vales férteis. 1

conservação
1 Tigre.e
. .E ufrates[e>,
-
coleta. 1
1
-

·'em outras partes.'r


de alimentos. 1

1
1
Diversificação
1
1
1
-:... ao.mundo; - ""•' -,·.··•·-~,.-_.-,,_,~e;
econômica e
' ... - - - ,I
1

social.

Política, sociedade e cultura na Mesopotâmia

Características Controle
"'
·-.....
V
• Administração centralizada
Instituições , • Terras
-o
,_
• Governo despótico
• Palácio _______ .,.. __
1
• Tributação
---
1
0.. • Templo
• Teocracia ' • Excedentes agrícolas

CII CII Características Principais Principais atividades


A o

·-
"' -o
E -o"' • Predomínio agrário
• •
grupos soc1a1s econom,cas
• Agricult ura
O C11
e:·- • Divisão social ____ _., • Elite política/religiosa
º V
V O
LU VI
1
• Escravos
• Comércio
• Artesanato

,
Areas Características ou obras principais
~
:, • Arquitetura - - - - - - - - - - -) • Zigurates (templos/pirãmidesl
-u
.....
:, • Ciência
• Literatura
- - - - - - - - - - -) • Astronomia e calendário
- - - - - - - - - - -) • A epopeia de Gilgamesh
\....

o ( Politeísta, associada à política )


·-·-o,
111:1

-CII
o:: ( Templos ) ----{ Zigurates )
15
Exercícios
1. {Ufes) Na Antiguidade Oriental, o modo de produção Sobre as afirmativas ant eriores, é correto afirmar:
asiático caracterizou-se f undamentalmente pelo(a) a) 1e li são verdadeiras.
a) fracionamento da propriedade fundiária em partes b) 111 e IV são verdadeiras.
entregues a nobres da Casa Real. c) 1e IV são verdadeiras.
b) concentração do controle da produção num parti- d) 1e Ili são verdadeiras.
do político. e) li e Ili são verdadeiras.
c) apropriação formal da terra pelo Estado e efet iva
pela comunidade camponesa, cujos membros de- 4. {UFSM-RS)
veriam pagar impostos e prestar serviços ao Estado. [...] E a situação sempre mais ou menos/ Sempre uns
d) emprego da força de traba lho escravo, com um com mais e outros com menos/ A cidade não para, a ci-
comércio operoso, controlado por uma burguesia dade só cresce/ O de cima sobe e o de baixo desce[... ].
ativa e numerosa . Este t recho da música do pernambucano Chico Scien-
e) industrialização acentuada, calcada sobre uma ce (1966-1997) e grupo Nação Zumbi nos remete à
fa rta e barata força de trabalho servil, amplamen- vida em cidades, processo que passou a ser signif icativo
te dominada pela aristocracia fundiári a. na hist ória, a partir do 4º milênio a.e., na Mesopotâmia.
Sobre esse processo é correto afirmar:
2. (Vunesp-SP)
a) Com o surgimento e crescimento das cidades, hou-
O palácio real constitui naturalmente, na vida da cida-
ve um progressivo aumento da especialização do
de mesopotâmica, um mundo à parte. Todo um grupo
t raba lho e da igualdade social, enfraquecendo o
social o habita e dele depende, ligado ao soberano por
poder polít ico.
laços que não são somente os de parente a chefe defamí-
b) A diminuição da produção agrícola assegurou ex-
lia, ou de servidor a senhor. [...] Este grupo social é nume-
cedentes para a manut enção de especialistas, de-
roso, de composição muito variada, abrangendo trabalha-
senvolvendo a urban ização em cidades-Estado
dores de todas as profissões, domésticos, escribas, artesãos,
socialmente desiguais.
homens de negócios, agricultores, pastores, guardiões dos
armazéns, etc., colocados sob a direcão de um intendente.
c) Apesar da urbanização e das novas tecnologias de

É que a existência de um domínio real, dotado de bens
irrigação, mantém-se um Estado de caráter exclu-
sivament e político e que não int ervém na econo-
múltiplos e dispersos,faz do palácio uma espécie de vasta
mia, conservando a ordem socia l hierarquizada.
empresa econômica, cujos benefícios contribuem para
fundamentar solidamente a força material do soberano. d) A sedentarização do homem, o desenvolvimento
Aymard; Auboyer, O Oriente e a Grécia - As civilizações imperiais.
de cidades, a especialização do t rabalho e uma so-
ciedade socialmente desigual levaram à constit ui-
a) Como se organizava a vida social e polít ica na Me- ção de polos de poder como o Templo e o Palácio.
sopotâmia? e) Mesmo se legitimando através de conquistas mi-
b) Um dos grandes legados da Mesopotâmia foi a lita res ou como mediadores entre o mundo terre-
criação do Código de Hamurabi. Quais os principais no e o mundo divino, os soberanos separaram a
aspectos desse Código? esfera polít ica da religiosa no int uito de conserva r
uma sociedade desigua l.
3. (UFC-CE) Leia com atenção as afirm ativas a seguir
sobre as condições sociais, polít icas e econômicas da 5. {UFPR) Os zigurates eram construções que serviam
Mesopotâmia. como t emplos e observatórios astronôm icos. Foram
edificados na Antiguidade pelos:
1. As condições ecológicas explica m por que a agri-
cult ura de irrigação era praticada através de uma a) egípcios. d) romanos.
organização individua list a. b) mesopotâmicos. e) gregos.
li. Na economia da Baixa Mesopotâmia, a fome e as c) persas.
crises de subsistência eram frequentes, causadas pe-
la irregularidade das cheias e também pelas guerras. 6. (Fat ec-SP) O Iraque, recent ement e em guerra com os
Ili. Na Suméria, os t emplos e zigurates foram cons- EUA e Inglaterra, j á foi palco de uma grande civilização
t ruídos graças à ri queza que os sacerdotes admi- na Antiguidade, a Mesopotâmia.
nistravam à custa do trabalho de grande parte da Desta civilização, inserida na área do Crescente Fértil,
população. é correto afirmar:
IV. A presença dos rios Tigre e Eufrat es possibilitou o a) teve em Senaqueribe seu mais importante rei, que
desenvolvimento da agricultura e da pecuária e além de t ransformar a Babilônia num dos principais
também a formação do prim eiro reino unificado centros urbanos, elaborou o 1º código de leis com-
da história. pleto, assentado nas antigas tradições sumerianas.

16 Caderno de estudo
b) durante o governo de Nabucodonosor foram rea- 10. {Ufes) O código de Hamurabi foi achado em Susa, em
lizadas grandes construções públicas, merecendo 1902. Esse documento constitui:
destaque os "Jardins Suspensos da Babilônia", con- a) Um legado da civilização egípcia: tratado do Esta-
siderados uma das maravilhas do Mundo Antigo.
do egípcio sobre as leis que regulavam a economia
c) Nabopalassar, que substituiu Nabucodonosor, não altamente estatizada daquele povo, produzido
conseguiu manter o império, que foi conquistado entre 2700 e 2400 a.e.
por Ciro, o Grande, da Pérsia.
b) Um legado da civil ização sumeriana: compilação
d) Assurbanípal, rei dos Assírios, depois de dominar de tratados escritos por diferentes reis da Suméria,
a Caldeia, mudou a capital do império para a ci- versando sobre as leis que regulavam a vida social
dade de Ur. e familiar do povo sumeriano.
e) com Hamurábi, os sumerianos, vindos do planalto c) Um legado da civilização babilônica: princípios de
do Irã, fixaram -se na Caldeia e fundaram diversas direito natura l e consuetudinário, escrito pelo rei
cidades autônomas, como Ur, Nínive e Babilônia. da Babilônia, os quais vigoravam entre os povos
7. {FCL-SP) conquistados durante seu Império.
Examine as proposições e responda de acordo com o d) Um legado da civilização babilônica: princípios re-
código. ligiosos herdados do povo sumeriano, que foram
1. A região que compreendia a Mesopotâmia, entre os produzidos, segundo a lenda, pelos deuses babilô-
rios Tigre e Eufrates e atualmente parte do Iraque, foi nicos entre os séculos XV e X a.e.
habitada entre 3200 e 2000 a.e. por diferentes povos e) Um legado da civilização egípcia: conjunto de leis
semitas, entre os quais se incluíam os sumérios. dinásticas escritas entre os séculos XIV e IX a.e., as
li. A cidade de Babel, capital do império de Hamura- quais regulavam o casamento e a propriedade de
bi, desenvolveu-se e abrigou parte da civilização terras férteis.
babilônica antes do nascimento de Cristo.
11 . (UFRGS-RS) O atual Iraque obrigou territorialmente a
Ili. Outro importante rei babilônico, em cujo império
maior parte da Antiga Mesopotâmia (terra entre rios),
foram construídas grandes obras arquitetônicas,
berço de ricas civilizacões.
• Entre essas civi lizacões

foi Nabucodonosor, que também viveu antes do
encontram-se os sumerianos, os quais se caracteri-
nascimento de Cristo.
zavam por:
a) Todas as proposições são verdadeiras.
a) apresentar uma comunidade constituída por clãs
b) Apenas as proposições I e li são verdadeiras.
familiares independentes, onde a administracão •
c) Apenas as proposições I e Ili são verdadeiras. política descentralizada era exercida pelos patriar-
d) Apenas as proposições li e Ili são verdadeiras. cas das aldeias;
e) Todas as proposições são falsas. b) constituir um império duradouro e unificado, imu-
8. (EFCA-MG) A mais antiga coleção de normas penais ne, graças a suas defesas natura is e a seus grandes
econômicas e civis passou à História da Mesopotâmia exércitos, aos perigos inerentes às migrações de
com o nome de sociedades nômades;
c) representar uma sociedade liderada pela oligar-
a) Código de Hamurabi. d) Lei das Doze Tábuas.
quia mercantil e pelos proprietários de navios, cujo
b) Alcorão. e) Código de Justiniano. poder e riqueza advinham, sobretudo, do comércio
c) Código de Drácon. e do domínio dos mares do Oriente Médio·,
9. {UFPE) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parên- d) provocar uma ruptura embrionária entre a dimen-
teses a letra {V) se a afirmativa for verdadeira ou {F) são divina e a dimensão humana da figura real,
se for falsa. Esta questão versa sobre a ESCRITA: dado que o Patesi não era o próprio Deus, como no
( ) Na sua fase inicial, 3.SOO a.e., era um desenho estili- Egito, mas apenas seu representante;
zado de um objeto, hoje denominado de pictograma. e) formar um povo economicamente autossuficiente,
que não praticava relações comerciais com o exterior.
( ) O ser humano, para exprimir graficamente suas
ações, criou símbolos representativos a que cha-
12. (FFFCMPA-RS) Considere o texto abaixo:
mamos de ideogramas, cuja invenção data mais
ou menos de 3.200 a.e. Localizada entre dois grandes rios, lá reinaram na
( ) As sociedades ágrafas encontravam -se na fase da Antiguidade Assurbanipal e Nabucodonosor. A Torre
História Antiga; o conceito de civilizacão
, não está de Babel, os Jardins Suspensos da Babilônia e o herói
relacionado com as sociedades que apresentam mítico Gilgamesh são algumas conhecidas referências
um sistema de escrita. das manifestações artístico-culturais dos povos que
( ) Antes da invenção da escrita, a humanidade já habitavam essa região. O texto diz respeito à antiga
conhecia o conceito de propriedade privada de civilização que se desenvolveu na região que hoje
Estado e de classes sociais. corresponde ao território:
( ) Uma das primitivas formas de representação grá- a) da Etiópia; d) do Iraque;
fica - a escrita cuneiforme - surgiu entre os su- b) do Egito; e) de Madagascar.
mérios, povos que habitavam a Mesopotâmia. c) da Turquia;

Vestibular em foco 17
TEMA4
AS MAIS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES: O EGITO

Formação, sociedade e economia do Egito antigo

Revolução Neolítica: Aumento da produção


agricultura e domesticação - - - -) agrícola, do consumo e
de animais. da população.
1 1

v v
Fixação das comunidades no vale Obras hidráulicas:
do rio Nilo. irrigação e diques.
1
1
1

""
, .,..- ------- Necessidade de organização e cooperação -------- ------- ---, '
I \

Excedentes Nova
Monarquia te ocrática: agrícolas
a partir da unificação organização
- --) social
(aprox. 3200 a.C.l, Faraó
considerado um deus vivo. (servidão
1
1 coletiva)

1
1
1
'
,
,-----------~-----------,
1

1
1
I
1
'
\
1
1
1
e Campo
----.----
""
) ------) Cidade
"----.---
v v v
Sacerdotes Funcionários Exército
1
1 Agricultura e
1 Artesanato
criação de animais
;-- "" 1
1
1
1
Destacavam- se Religião
os escribas, politeísta.
v v
conhecedores da Vida após a Comércio
escr ita hieroglífica,
responsáveis
pelos registros
administrativos.
morte; culto
aos mortos;
mumificação.
1
1
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___ ________ .,.. , I
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• • __• , 1âaâe ae
• •

Cultura
Arquitetura, arte e escrita
g randes avanços nas área s
Antigo Império (c. 3200 a.C.-2300 a.C.l
de arquitetura e engenharia .
Médio Império lc. 2000 a.C.-1580 a.C.l
Construção de templos
Novo Império (c. 1580 a.C.- 525 a.C.l
religiosos e funerários
(pirâmides) e de obras
hidráulicas. A arte tinha •
conotação religiosa. A
escrita se desenvolveu de
três formas: a hieroglífica.
considerada sagrada, a
Dominação pelo
hierática. uma simplificação da
Impér io Persa
hieroglífica; e a demótica, mais
(525 a.C.I
recente e popular.

18
Exercícios
1. (UFSM-RS) práticos, e o demótico, uma forma simplificada e
popu lar do hierático.
c) praticaram o sacrifício humano como forma de
obter chuvas e boas colheitas, haja vista o territó-
rio onde se desenvolveram ser desértico.
d) fizeram uso da escrita cuneiforme, que inicialmen-
te foi util izada para designar objetos concretos e
depois ganhou maior complexidade.
e) usaram as pirâmides para fins práticos, como, por
exemplo, a observação astronômica.

3. (Vunesp-SP) Os Estados Teocráticos da Mesopotâmia e


do Egito evoluíram acumulando características comuns
e peculiaridades culturais. Os Egípcios desenvolveram
a prática de embalsamar o corpo humano porque:
a) se opunham ao politeísmo dominante na época.
b) os seus deuses, sempre prontos para castigar os
Pintu ra mural no túmulo de Sennedjem, em Tebas (1306-1290 a.C.)
ln: ARRUDA e PILETTI. Toda a História. São Paulo: Âtica, 2008. p. 21. pecadores, desencadearam o dilúvio.
c) depois da morte a alma podia voltar ao corpo mu-
A ilustração sintetiza a sociedade egípcia. A partir das
mificado.
informações que ela contém, é possível afirmar:
d) construíram túmulos, em forma de pirâmides trun-
1. Na base da sociedade, encontrava-se o rio Nilo,
cadas, erigidos para a eternidade.
cujas águas pod iam ser aproveitadas pa ra o cu lti-
e) os camponeses constituíam categoria social inferior.
vo sem necessidade de técn icas específicas nem
aprimoramento de organ ização social. 4. (Fuvest-SP) A partir do Ili milênio a. C. desenvolveram-
li. O ecossistema do Nilo tinha como um dos elemen- -se, nos va les dos grandes rios do Oriente Próximo,
tos o sol, o qual está representado na figura de como o Nilo, o Tigre e o Eufrates, estados teocráticos,
um deus, com disco solar sobre a cabeça, trans- fortemente organizados e centralizados e com exten-
mit indo a ideia de que ele ilumina e aquece o rio, sa burocracia. Uma explicação para seu surgimento é
a terra e os homens.
a) a revolta dos camponeses e a insurreição dos ar-
Ili. As árvores frutíferas e as cenas de plantio eco- tesãos nas cidades, que só puderam ser contidas
lheita ocupam o centro da pintura, indicando a pela imposição dos governos autoritários.
importância tanto das águas do rio quanto da luz
b) a necessidade de coordenar o trabalho de grandes
da divindade solar para o ecossistema.
contingentes humanos, para rea lizar obras de
IV. A pintura é uma representação alegórica e não irrigação.
rea lista, não indicando informacão
, sobre a estru-
c) a influência das grandes civilizações do Extremo
tura política e administrativa (o faraó e seus fun -
Oriente, que chegou ao Oriente Próximo através
cionários), por isso não serve como fonte para o
das caravanas de seda.
estudo da história e sociedade egípcias.
d) a expansão das religiões monoteístas, que funda -
Est á(ão) correta(s): mentavam o caráter divino da realeza e o poder
a) apenas I e li. c) apenas Ili. absoluto do monarca.
b) apenas li e Il i. d) apenas Ili e IV. e) a introdução de instrumentos de ferro e a consequen-
te revolução tecnológica, que transformou a agricul-
2. (UFC-CE) Aos egípcios devemos uma herança rica em tura dos vales e levou à centralização do poder.
cu ltura, ciência e religiosidade: eram habilidosos ci-
rurgiões e sabiam relacionar as doenças com as cau- 5. (FGV-SP) Um império teocrático, baseado na agricu l-
sas naturais; criaram as operações aritméticas e in- tura, na arregimentação de camponeses para grandes
ventaram o sistema decimal e o ábaco. obras e profundamente dependentes das águas de
um grande rio.
Sobre os egípcios é correto afirmar também que:
Esta frase se refere aos:
a) foram conhecidos pelas construções de navios, que
os levaram a conquistar as rotas comerciais para a) fenícios e a importância do Tigre;
o Ocidente, devido à sua posição geográfica, perto b) hititas e a importância do Eufrates;
do mar Mediterrâneo. c) sumérios e a importância do Jordão;
b) deixaram, além dos hieróglifos, outros dois siste- d) cretenses e a importância do Egeu;
mas de escrita: o hierático, empregado para fins e) egípcios e a importância do Nilo.

Vestibular em fo co 19
6. (PUC-PR) Relacione o texto às proposições a seguir 9. (Uece) As relações entre o Estado e a religião, existen-
colocadas, assinalando a correta: tes entre os povos da Antiguidade, caracterizaram
ó senhor de todos! Rei de todas as casas. Nas decisões diferentes formas de organização político-social. So-
mais distantes fazes o Nilo celeste para que desça como bre essas relações, é correto afirmar que:
chuva e açoite as montanhas, como um mar para regar a) o politeísmo implantado pelas monarquias hebrai-
os campos e jardins estranhos. Acima de tudo, porém, cas restringia a concepção do rei como ser huma-
Jazes o Nilo do Egito que emana do fundo da terra. Eassim, no, tornando-o, ungido de Deus.
com os teus raios, cuidas de nossas hortas. Nossas colhei- b) a teocracia egípcia, concepção divina de poder,
tas crescem, e crescem por ti[...]. Tu estás em meu coração. personificada no faraó como próprio Deus, limitou-
Nenhum outro te conhece, a não ser teu filho Aknaton. -se ao período do Novo Império.
a) Destaca a função geradora da vida do Deus Amon e c) a monarquia teocrática, no Egito antigo, ocorria
do faraó, responsáveis por tudo que existia no Egito. através da personificação de Deus e do Estado na
b) Mostra que o Sol, Áton, era encarnado na terra do figura do faraó.
faraó Aknaton. d) o Cód igo de Hamurabi era um manual de orienta-
c) Evidencia que o alimento e a vida do homem de- ção espiritual, que autorizava os fiéis a fazer justi-
pendiam do grande Deus Tebano. , . -
ça com as proprias maos.
d) O texto acima assinala o caráter ideológico na so-
ciedade egípcia, destacando a figura do faraó ligada 10. (Unipa) Um dos nomes utilizados pelos egípcios an-
ao Deus principal e reforçando seu papel político. tigos para designar o escultor era "aquele que man-
e) Mostra a profunda ligação mística entre o faraó e tém vivo". Esta designação conferida aos escu ltores
o Deus que dominou o Egito no Médio Império. no antigo Egito demonstra que
a) os artistas eram considerados superiores ao faraó.
7. (Unimes-SP) Quase tudo o que se sabe da cirurgia
b) a população não se preocupava com a vida após a
egípcia encontra-se no Papiro Cirúrgico, de Edwin
morte.
Smith. Mede ele, desenrolado, quatro metros e meio
de comprimento e é a cópia, feita no sécu lo XVII a.e., c) as crenças religiosas impregnavam a vida cultural.
de um livro mais antigo que se supõe tenha sido es- d) os sacerdotes não exerciam poder sobre a população.
crito na Época das Pirâmides e publicado com comen- e) as manifestações artísticas não se desenvolveram
,
tários explicativos antes de 2SOO a.e. no pais.
A Época das Pirâmides (3000 a.e. - 2475 a.C.) corres-
11. (UEL-PR) A arquitetura dos templos do antigo Egito
ponde:
forneceu para a posteridade a mais fértil e expressiva
a) ao Antigo Império. documentação sobre a cultura egípcia. Entre suas
b) ao Império Médio (época feudal). principais características pode-se indicar a
c) ao Novo Império. a) ausência de telhados, uma vez que a chuva era
d) ao período tebano. muito rara.
e) ao período saíta. b) utilização de tijolos de argila queimada na cons-
trução de paredes, escadarias e de colu nas.
8. (Ufpel-RS) Observe atentamente as colunas a seguir c) grandeza nas dimensões e construções sólidas.
sobre a História do Egito e as relacione:
d) adoção de diversos t ipos de materiais, conforme
1ª Coluna as figuras retratadas.
(1) Período Pré-Dinástico e) preocupação em atrelar arte e ciência em uma
(2) Antigo Império mesma construcão. •
(3) Médio Império
(4) Novo Im pério 12. (UFC-CE) O nome do rei egípcio Amenófis IV (c.1377
a.C.-c.1358 a.e.) está ligado à reforma religiosa que
2ª Coluna substituiu o culto de Amon-Rá por Áton e determinou
( ) expansão territorial com anexação da Etiópia, Sí- o fim do politeísmo. Além do caráter religioso, essa
ria e Fenícia. reforma buscava:
( ) unificação do Alto e do Baixo Egito efetuada pelo a) limitar a riqueza e o poder político crescentes dos
faraó Menés. sacerdotes.
( ) formação dos nomos. b) reunificar o Egito, após as disputas promovidas
pelos nomarcas.
( ) invasão dos hicsos.
c) pôr fim às revoltas camponesas motivadas pelos
A ordem que relaciona corretamente a segunda co- cultos antropomórficos.
luna, em relação à primeira, é a seguinte: d) reunir a população, por meio da religião, para for-
a) 1, 2, 3, 4. d) 4, 2, 1, 3. talecer a resistência aos hicsos.
b) 3, 1, 4, 2. e) 4, 3, 2, 1. e) restabelecer o governo teocrático, após o cresci-
c) 2, 4, 1, 3. mento da máquina administrativa.

20 Caderno de estudo
TEMAS
ANTIGAS CIVILIZAÇÕES: ORIENTAIS, DA ÁFRICA E DA AMÉRICA ..

Hebreus Fenícios Persas Indianos Chineses Americanos Africanos

,,,
-
·-,,_,,
Ol
o
Estabeleceram-
- se na
Palestina, nas
margens do
Situaram-se
no litoral da
Síria.
Ocuparam
o planalto
1ran1ano.
Situaram-se
no vale do
r io Indo.
Ocuparam
o norte da
China, no
vale do rio
Os povos se
espalharam
desde a
América do
Havia
ocupação
por todo o
continente.
CII r io Jordão. Amarelo. Norte até a
~ América do Sul.

,,,,o
·-
·-Ol
Monoteísta Politeísta Zoroastrismo Hinduísmo.
bramanismo
Confucionismo,
taoísmo e
Crenças
variadas
Crenças
variadas
J! e budismo budismo

Abraão foi o Eram O território Após diversas As principais Os olmecas Os principais


patriarca organizados foi unificado invasões, dinastias foram os reinos eram:
!chefe do clãl. em cidades- por Ciro 1. eles se foram: Chang, primeiros a Egito. Etiópia/
Saul unificou -Estado, O apogeu se reunificaram Chou, Ch'in e desenvolverem Núbia, Jenne-
as tribos e foi. chefiadas deu no com a dinastia Han. um núcleo - Jeno !Mali),
,,,u . .
o pnme1ro rei. pela reinado Máuria. urbano e a Kush e Axum.
·-
·-....
elite. de Dário 1, que O período da escr ita.
-o
0..
Estabeleceram
um governo
dividiu o
império em
dinastia Gupta
é considerado
talassocrático. províncias, as a Idade do
centrado no satrápias. Ouro indiana
domínio e teve fim
marítimo. com a invasão Coleção Arqueológic-a da
RepUbUca Popu1a.r da
dos hunos. Chin.a/E,íçh Lessing/
Album/l(ltirn;tock

Economia Destacaram-se A sociedade A sociedade Praticavam o Praticavam a Praticavam o


agrícola e no comércio era formada se dividia em comércio. agricultura. comércio, a
pastoril. marítimo. por sátrapas. castas: Durante ~ agricultura e a
Estabeleceram sacerdotes, brámanes, séculos a Rota "
e
j
criação de
rotas e exército e xátrias. vaixás. da Seda foi a gado.
CII entrepostos camponeses sudras e principal e,
,,,
-o comerciais submetidos párias. ligação
.o
;;
-o por todo o à servidão Praticavam a comercial -"•~
e

·-uo
CII Mediterrâneo. coletiva.
Praticavam o
agricultura e o
comércio,
entre o
Oriente .~
~
~

Ili
comércio e a principalmente e o Ocidente.
,,,CII agricultura. cornos i
"eo
·-Eo Tinham
um grande
romanos.
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~

e:
o
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sistema de
estradas e
..·•
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ii
w de correio e •,
:;
um sistema
monetário
unificado.
Mu$eu Real de Ane e M1,,1$CU N<'!cio~I t(t',r3,Chi f
História, Bruxel.ts/
The ArtA.rchivelOther lmages
The Bridgeman/Keystone

As principais Criaram o Tinham um Durante a Durante a Os maias Tinham


infor mações alfabeto de 22 eficiente civilização dinastia Han, desenvolveram conhecimento
proveem do letras e se sistema de védica. povos destacaram- um calendário de metalurgia.
Antigo destacaram na correio. ligado arianos -se dois de 360 dias. fabricando
Testamento. Astronomia ás estradas escreveram pensadores: As civilizações peças de
e na que cortavam textos que Confúcio e amer icanas ferro.
Matemática. o império. ficaram Lao-tsé. tinham bronze e
,,,,_ conhecidos Criaram a conhecimento ouro.
:, como bússola. o de Arquitetura
....
-:, Vedas. Eles papel e a e Astronomia .
u descreviam os acupuntura.
conflitos que
esses povos
travaram para
se estabelecer
na região do
vale do rio
Indo. Coleção F. D. Oldenburg/
Mus:eu Etl'\(llógico de Berlim

21
Exercícios
1. (U PF-RS) Com re lação à civilização hebraica é incor- a) os assírios f oram submetidos por Nabucodonosor,
reto afirm ar: originando o episódio conhecido com o o Cat iveiro
a) O denominado "Cativeiro da Babi lônia" consti- da Babilônia.
tu iu -se no processo de diáspora dos hebreus da b) os feníc ios foram os criadores do alfabeto, poste-
região da Palestina. Esse processo os t o rno u um riormente aperfeiçoado pelos gregos e latinos.
povo vaga nte desde aq uela migração fo rçada e c) os hebreus criaram um quadro re ligioso caracteri -
consequent e d ispers ão de sua civi lização - situ - zado pelo politeísmo e a mumificação.
ação só reparada com a criação do Esta do de d) os egípcios estabeleceram, em 300 a.e., o impor-
Israel em 1948. tante Cód igo de Hamurabi, um dos primeiros có -
b) Suas leis foram sistemat izadas a partir de reela- digos j uríd icos escritos.
borações de códigos de várias civi lizações do e) os persas, após derrotarem as tropas de Alexan-
Oriente Próximo, todavia, apresentaram uma dre, conseguiram anexar o terri tório grego ao seu
novidade em rel ação às dema is ao defender os 1m peno.
pobres, viúvas e órfãos.
c) A defesa de um deus uno, t ranscendente e bom 4. (UFPE) Entre os povos do Oriente Médio, os hebreus
implicava a vivência ética e moral visando à sa lva- f o ram os que mais influenciaram a cultura da civili-
ção f utura de cada um . zação ocidental, uma vez que o cri stianismo é consi-
d) A consideração de si mesmos como "povo eleito" derado como uma cont inuação das t radições religio-
incuti a nos hebreus a responsabilidade de serem sas hebraicas.
exemplos de moralidade e vivência para as demais
A partir do texto anterior, assina le a alternativa
civilizações anti gas.
incorreta:
e) A importância dedicada à história devia-se à com -
preensão de que é na at uação temporal/cot idia na a) Originários da Arábia, os hebreus constituíram dois
que se está const ituindo o caminho para a salvação reinos: o de Judá e o de Israel na Palestina.
f utura. b) As guerras geraram a unidade política dos hebreus.
Esta unidade se fi rmou primeiro em torno de j uízes
2. (PUC-PR) Na Antiguidade mu itos povos consid era- e, depois em volt a dos reis.
vam que as doenças eram enviadas pelos deuses. c) Os profetas surgiram na Palest ina por volta dos sé-
No fina l do sécu lo VIII a.e., q ua ndo os assírios sitia- culos VIII e VII a.e., quando ocorreu uma onda de
ram a cidade de Jerusa lém e ameaçaram invad i-la, prot est os dos t raba lhadores contra os com erciantes.
uma epidemia viru lenta acom eteu o acampamen- d) A re ligião hebraica passou por diversas fases, evo-
t o m at ando m uitos soldados. Nessa ocasião, Eze-
luindo do politeísmo ao monoteísmo difundido
q uias, rei de Judá, considerou essa epidemia uma
pelos profetas.
bêncão de Deus.
' e) Os hebreus se o rganizaram social e economica -
Nesse cont exto, marque a alt ernativa INCORRETA mente com base na propriedade da terra, o que
sobre a religião dos hebreus: deu início à Diáspora.
a) Os hebre us consideravam Deus como soberano
absoluto, fonte de todo o Universo e dono de uma 5. (Vunesp-SP) Na região onde atualmente se encon -
vontade suprema. t ra o Líba no, insta lou -se, no Il i milênio a.e., um
b) O Deus hebreu era transcendente, não se ident ifi- povo semita, que passou a ocupa r a estreita faixa
cava com nenhuma fo rça natural; estava acim a da de terra, com cerca de 200 quilômetros de compri -
natureza. mento, apertada entre o mar e as m ontanhas. Vá -
rias razões os levaram ao com ércio marítimo, me-
c) Os hebreus consideravam Deus bom e que fazia
recendo destaque sua proximidade geográfica com
exigências éticas ao seu povo. Ao contrário dos
deuses do Oriente Próximo, Deus não era at raído o Egito; a costa, que oferecia l ugares para bons
pela lux úria ou impelido pelo mal. portos; e os cedros, principal riqueza, usados na
construção de navios.
d) Deus pa ra os hebreus era uno, soberano, t ranscen-
dente e bom. O contido nesse parágrafo ref ere-se ao povo
e) Pa ra os hebreus o poder de Deus vinha de um a) fenício.
poder preexistente, habit ava a natureza e fazia
b) hebreu.
parte dela.
c) sumério.
3. (U FRGS-RS) Em re lação aos povos da Antiguidade, é d) hit ita.
correto afirmar que e) assírio.

22 Caderno de estudo
6. (UFMS) Sobre a Bíblia e a história dos hebreus, é cor- 8. (FSG-RS) Relacione a coluna li, que apresenta afirma-
reto afirmar que ções relativas a povos da Antiguidade, com a coluna
a) a Bíblia é, ao mesmo t empo, o livro cujas t raduções 1, que identifica os mesmos.
estão mais espalhadas pelo mundo e, segundo Coluna 1
alguns historiadores, um dos menos lidos de todos ( 1 ) Fenícios ( 4 ) Egípcios
os best-sellers. Além de ser um livro sagrado, ela ( 2) Hebreus ( 5) Persas
também é uma importante fonte de pesquisa pa-
( 3) Mesopotâmia
ra o conhecimento da história dos hebreus.
Coluna li
b) o povo hebreu, do qual a Bíblia é originária, desde
seus primórdios manifest ou t otal desprezo pelas ( ) Sua religião era antropomórfica, na medida em
suas tradições escritas. Isso significa que, para eles, que o homem determinava a função e o lugar dos
a tradição ora l teve mais importância na transmis- ritos religiosos e funerários.
são de conhecimentos e costumes, enfim, para a ( ) Fundaram colônias como Cartago, Cádiz e desta-
manutencão de sua identidade.
• caram-se na produção de tecidos .
c) na Bíblia, a história dos hebreus começa em Gênesis,
quando Moisés, um dos patriarcas, recebeu a ordem ( ) Sua religião era complexa, fruto de uma reforma,
de deixar a sua terra natal para ir rumo à terra que introduzida por Zoroastro ou Zaratustra, e cujos
Deus lhe mostrou para nela se estabelecer. princípios estão no Avesta.
d) embora a Bíblia seja considerada um livro sagrado, ( ) Povo que fora regido pela Lei Mosaica.
ela não deve ser vista como um documento que ( ) Entre suas contribuições está a escrita cuneiforme.
possa ser estudado por historiadores, pois religião
e ciência são diferentes esferas do conhecimento. A sequência numérica correta, de cima para baixo, na
e) a Bíblia, compost a pelo Antigo e pelo Novo Testa- coluna li, é:
mento, é considerada integralmente um livro sa- a) 1- 2 - 5 - 4 - 3
grado para cristãos, judeus e muçu lmanos. b} 1- 4 - 3 - 2 - 5
c) 4 -1-5- 2 - 3
7. {UTFPR) Os hebreus se constituíram inicialmente em
d) 4 - 2 - 5 - 1- 3
um pequeno grupo de pastores nômades, organiza-
dos em clãs, chefiados por um pat riarca. Conduzidos e) 5 - 1- 3 - 4 - 2
por Abraão, deixaram a cidade de Ur, na Mesopotâ-
mia, e se fixaram na Palestina {"Canaã", a Terra Pro- 9. (UTFPR) Dentre os povos da Antiguidade Oriental, um
metida), por volta de 2000 a.e. Todavia, entre os se destacou como de exímios navegadores e excelen-
povos da Antiguidade Oriental, os hebreus foram tes comerciantes. Eram os fenícios, cuja principal
um dos que mais influenciaram a cultura da civili- contribuição legada às civilizações posteriores foi o
zação ocidenta l, uma vez que o cristianismo é con- (a):
siderado uma continuação das tradições religiosas a) alfabeto fonético.
hebraicas. Sobre esse povo, assinale a alternativa b) organização estatal centra lizada.
INCORRETA. c) formação de um exército e de uma marinha de
a) As guerras geraram a unidade política dos hebreus. guerra profissionais.
Esta unidade se firmou primeiro em torno de juízes d) religião monoteísta.
e, depois, em volta dos reis. e) organização política democrática.
b) A religião foi uma das bases da cu ltura hebraica e
sua principal característica sempre foi a crença em 10. (U FPI) Entre as principais características da civilização
vários deuses, entre os quais o principa l era Jeová hebra ica, merecem destaque especia l:
que, segundo a t radição, morava no monte Sinai
a) A religião politeísta em que as figuras mitológicas
junto a outros deuses e semideuses.
de Abraão, Isaac e Jacó formavam uma tríade divina.
c) Durante o domínio romano na Palestina, o nacio-
b) A criação de uma federação de cidades autônomas
nalismo dos hebreus foi sufocado pelos imperado-
e independentes (cidades-estado) controladas por
res romanos e o auge da repressão aconteceu com
uma elite mercantil.
a destruição do templo de Jerusalém, quando os
hebreus, então, dispersaram-se por várias regiões c) A criação de um alfabeto (aramaico) que seria in-
do mundo. Esse episódio ficou conhecido como corporado e aperfeiçoado pelos egípcios, tornan-
Diáspora. do-se conhecido como escrita hieroglífica.
d) A Palestina era uma pequena faixa de terra que se d) As práticas religiosas caracterizadas pela crença
est end ia pelo vale do rio Jordão. Lim itava-se ao na existência de um único Deus (monoteísmo) e
norte com a Fenícia, ao sul, com as terras de Judá, no messianismo, pois acreditavam na vinda de um
a leste, com o deserto da Arábia e, a oeste, com o messias libertador do povo hebreu.
mar Mediterrâneo. e) As inovações tecnológicas desenvolvidas na agri-
e) Os hebreus eram um povo de origem semita, assim cultura, possibilit ando grande crescimento da pro-
como os árabes. dutividade agrícola na região palestina.

Vestibular em foco 23
11. (UFRN) Entre os hebreus da Antiguidade, os profetas O povo que provocou a dispersão dos hebreus no sé-
eram considerados mensageiros de Deus, lembrando culo li e o povo que manteve o confronto com os is-
ao povo as demandas da justiça e da Lei dadas por raelenses desde 1948 são, respectivamente:
Javé. Isaías, um dos profetas dessa época, em nome a) os egípcios e os iranianos.
de Javé proclamou: b) os romanos e os palestinos.
Ai dos que decretam leis injustas; dos que escrevem c) os pa lestinos e os egípcios.
leis de opressão, para negarem justiça aos pobres, para
d) os romanos e os iranianos.
arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo, a fim de
e) os egípcios e os palestinos.
despojarem as viúvas e roubarem os órfãos! (Isaías 70:1-2)
Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a cam - 14. (UEL-PR) As cidades antigas, construídas por diversas
po, até que não haja mais lugar, e ficam como únicos sociedades, expressaram através do tempo sua cul-
moradores no meio da terra! (Isaías 5:8) tura, arquitetura, ciência e modo de vida. Muitas se
tornaram monumentos ao ar livre, nos quais se de-
Esses pronunciamentos do profeta Isaías estão liga-
senvolveram pesquisas arqueológicas que abastece-
dos a uma época da história hebraica em que ocorre
ram de objetos históricos as maiores coleções museo-
a) a saída dos hebreus do Egito, sob o comando de gráficas europeias.
Moisés, e o estabelecimento em Canaã, conquis- Relacione as cidades, na coluna da esquerda, com as
tando as terras dos povos que ali habitavam. suas respectivas sociedades, na coluna da direita.
b} a imigração para o Egito, quando os hebreus rece-
(1) Biblos (A) Suméria
beram terras férteis no delta do rio Nilo, por
influência de José, que exercia ali o cargo de go- (li} Chichén-ltza (B) Persa
vernador. (111) Lagash (C} Maia
c) a formação de uma aristocracia, que enriquecera (IV} Machu-Pichu (D) Inca
com o comércio e com a apropriação das terras dos (V) Pasárgada (E} Fenícia
camponeses endividados.
Assinale a alternativa que contém a associação correta.
d} a conquista de Jerusa lém por Nabucodonosor,
quando os judeus foram despojados de suas terras a) 1-B, li -D, Ili-E, IV-A, V-C.
e deportados para a Babilônia. b) 1-C, li -A, Ili-D, IV-E, V-8.
c) 1-C, li -D, Ili-E, IV-B, V-A.
12. (U FRN) Na Antiguidade, durante o reinado de Ciro 1 d) 1-E, li -A, Ili -D, IV-B, V-C.
(559-529 a. C.), os persas construíram um vasto impé-
e) 1-E, 11-C, Ili-A, IV-D, V-B.
rio e governaram diferentes povos, adotando uma
política que respeitava as diferenças culturais e reli- 15. (Uece) Atente pa ra o que é dito sobre a religiosidade
giosas. Esse modo de proceder está exemplificado no nas sociedades do antigo oriente próximo. Em segui-
fato de da, assina le com V as afirmações verdadeiras e com
a) incorporarem a cultura sumeriana, especialmente F as afirmações falsas.
os registros da nova língua semítica em caracteres ( ) Entre os persas, desenvolveu-se uma religião dua-
cuneiformes. lista, criada por Zoroastro, em que Aura-Mazda,
b} arregimentarem entre os caldeus, após a conquis- deus do bem, e Ahriman, deus do mal, lutavam
ta da Babilônia, os sátrapas, administradores en- pelo domínio das ações humanas.
carregados das províncias imperiais. ( ) Os egípcios acreditavam que, após a morte, a
c) libertarem os judeus cativos na Babilônia, que re- alma seria julgada por Anúbis e iria para o céu
tornaram à Palest ina e reconstruíram o templo de ou para o inferno, de acordo com suas ações na
Sa lomão e o culto a lavé. Terra.
d} difundirem no Egit o o culto de Ahura-Mazda, que, ( ) O faraó Amenófis IV promoveu uma revolução
integrando-se às ideias religiosas egípcias, deu religiosa no Egito, estabelecendo o culto a um só
. . ,
deus, Aton, simbolizado pelo disco solar.
origem ao man1que1smo.
( ) A mumificação garantia a preservação do corpo
13. (PUC-SP} Diáspora é o termo que designa a dispersão após a morte, para o eventual retorno da alma
dos hebreus por várias regiões do mundo, após serem após o julgamento no tribunal de Osíris.
expulsos de seu território no século li. Somente de- ( ) Os hebreus evoluíram de um monoteísmo ético
pois de 1948, com a criação do Estado de Israel, esse para um panteísmo religioso.
povo pôde voltar a se reunir num mesmo país. Entre-
A sequência correta, de cima para baixo, é:
tanto, essa reconquista vem sendo, há quase meio
século, motivo de contendas entre os israelenses e o a) V - V - F - V - F. c) V - F - V - V - F.
povo ocupante daquela região. b) F - V - F - F - V. d} F - F- V - V - V.

24 Caderno de estudo
TEMA6
, ,
A GRECIA ANTIGA: DAS ORIGENS AO PERIODO ARCAICO

o .
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-
~
Civilização minoica ou cretense
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1
1
,a, Aqueus ----------------------------------):V
oE~. , .... --- -·
:t1 u• 1
Civilização micênica
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L- X
o. X Migrações ljônios, eólios, dóriosl
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1

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o-
Lo :,u
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1
1
V

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,
Comunidade gentílica
Sociedade rural formada por genos, controladas pelos pater.
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Lo - 1
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E •.
1
Expansão
'-~ Conflitos entre os genos por terras cultiváveis
o~ demográfica
J: IO 1
1
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V
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't: o Domínio dos eupátridas
(1) -
o. a Pobreza do
solo
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-
Ili

1
V

, .... ---------- Consolidação da pólis grega

-
u••
IO
1

--- --~
1

-> 1 1

u••
1
v V
Regime monárquico
IO Grupos sociais
Economia
-> Agrícola,
sem grandes Acabou por ser derrubado pela
Ili aristocrac ia proprietária de terras Espartanos: elite militar
-ou
:,
transformações.
1

v
Periecos: habitantes
da periferia. pequenos
,(1) proprietários
-ou
Ili
Regime oligárquico IAerópago e Arcontadol Hilotas: servos que eram
propriedade da pólis
·-u
1

IO v
<
Lo Transformações
sociais e políticas
,->(
1
Drácon : leis escritas. )
1
1
V

o Sistema político
-o
o
·-&.
Lo
1 Sólon: fim da
Apela: assembleia de
V guerreiros
escravidão por
Gerúsia: conselho
Legisladores J - dívidas, mudanças na
de anciãos
1 est rutu ra de poder.
1
1
V
Acirramento das
tensões

M useu Britânico. Londres

25
, .
ExerctCIOS
1. (Vunesp-SP) A novidade maior é o desenvolvimento da pó/is (cidade-
-Estado grega), cuja característica essencial é a unificação
A cidade-Estado clássica parece ter sido criada parale-
entre cidade e campo. Outras conquistas da época arcaica
lamente pelos gregos e pelos etruscos e/ou romanos. No
foram o aparecimento da noção de cidadão e a codificação
caso destes últimos, a influência grega foi inegável, em -
das leis, que limitavam os poderes arbitrários dos podero-
bora difícil de avaliar e medir.
sos; a justiça torna-se, portanto, um negócio público.
CAR DOSO, Ciro Flamarion S. Cardoso. A cidade-Estado antiga, 1985.
Adapt ado de: AUSTIN, M . Austin; VIDAL·NAQUET, P. V ida l•Naquet .
Economia e sociedade na Grécia antiga. Ed. 70, s.d.
Aponte quais eram as características comuns às cida-
des-Estados clássicas. a) Cite t rês características da pólis grega.
1. Possuía m governo tripartido em assembleia, con- b) Por que a codificação das leis foi uma etapa im-
selho e certo número de magistrados escolhidos portante na formação da pólis?
entre os homens elegíveis.
li. Os cidadãos podiam participar de forma direta no 5. (Fuvest-SP)
processo político. Vendo Sólon [que] a cidade se dividia pelas disputas
Ili. Havia separação entre os órgãos de governo e de entre facções e que alguns cidadãos, por apatia, estavam
justiça. prontos a aceitar qualquer resultado, fez aprovar uma lei
específica contra eles, obrigando-os, se não quisessem per-
a) As afirmativas I e li estão corretas.
der seus direitos de cidadãos, a escolher um dos partidos.
b) Apenas a afirmativa Ili está correta.
A ristót eles, em A Constituição de Atenas.
c) As afirmativas I e Ili estão corretas.
d) Apenas a afirmativa li está correta. A lei visava
e) As afirmativas 1, li e 111 estão corretas. a) diminuir a participação dos cidadãos na vida polí-
t ica da cidade.
2. (PUC-SP) No sent ido contemporâneo do termo, sobre- b) obrigar os cidadãos a participar da vida polít ica da
tudo com implicações de un idade polít ica, a pa lavra cidade.
nação não pode ser aplicada à Grécia Antiga. Ta nto
c) aumentar a segurança dos cidadãos que partici-
assim que:
pavam da política.
a) prevaleciam padrões cu lturais dif erenciados nas d) deixar aos cidadãos a decisão de part icipar ou não
várias regiões. da política.
b) as formas de governo foram únicas, mas guarda- e) impedir que conflitos entre os cidadãos prejudi-
vam tota l autonomia. cassem a cidade.
c) não havia unidade de língua e religião entre as vá-
rias populações urbanas. 6. (FGV-SP)
d) as cidades eram independentes nos assuntos de Representando um pequeno número em relação às
seu próprio interesse. outras classes, eles estavam constantemente preparados
e) predominava m as tendências à proibição de ativi- para enfrentar quaisquer revoltas, daí a total dedicação
dades econômicas semelhant es. à arte militar. A agricultura, o comércio e o artesanato
eram considerados indignos para o [...], que desde cedo se
3. (UEL-PR) Com a nova divisão da sociedade, qualquer dedicava às armas. Aos sete anos deixava a família, sen-
cidadão poderia participa r das decisões do poder. do educado pelo Estado que procuravafazer dele um bom
Apenas os escravos e os metecos (estrangeiros) não guerreiro, ensinando -lhe a lutar, a manejar armas e a
participavam das decisões políticas, pois não t inham suportar as fadigas e a dor. Sua educação intelectual era
direito de cidadania. bastante simples(... ]. Aos vinte anos o [...] entrava para o
Ao t exto pode-se associar: serviço militar, que só deixaria aos sessenta, passando a
viver no acampamento, treinando constantemente para
a) Drácon e a expansão colonial em direção ao Me-
as coisas da guerra[...]. Apesar de ser obrigatório o casa-
diterrâneo.
mento depois dos trinta anos, sua Junção era de simples-
b) Sólon e a militarização da polít ica espartana.
mente fornecer mais soldados para o Estado.
c) Pisístrato e a helenização da península Balcânica.
A transcricão
, acima refere-se aos cidadãos que ha-
d) Péricles e a hegemonia cultural grega no Peloponeso.
bitavam:
e) Clístenes e a democracia escravista ateniense.
a) Atenas.
4. (Unicamp-SP) b) Creta.
A época arcaica [séculos VIII-VI a.C.} é talvez o período c) Esparta.
mais importante da história grega. O período arcaico d) Chipre.
trouxe consigo inovações capitais em todos os domínios. e) Roma.

26 Caderno de estudo
7. (Unipa) 10. (Udesc) São fontes indispensáveis para o conhecimen-
Quando urna criança nascia, o pai não tinha direito to dos primeiros t empos daqui lo que viria a se cons-
de criá-la: devia levá-la a um lugar chamado lesche. Lá tituir na civilização grega os poemas " Ilíada" e "Odis-
assentavam-se os Anciões da tribo. Eles examinavam seia", atribuídos a Homero. Seus versos t rat am,
o bebê. Se o achavam bem encorpado e robusto, eles o sobretudo, de episódios e consequências relacionadas
deixavam. Se era mal nascido e defeituoso, jogavam-no com a seguinte alternativa:
no que se chamava os Aspetos, um abismo ao pé do a) o domínio do fogo ofertado aos homens po r
Taigeto. Promet eu;
(Plutarco, A vida de Licurgo.Apud Jaime Pi nsky. 700 textos de história b) a longa guerra cont ra a cidade de Troia;
antiga, São Paulo, Global, p. 108.)
c) a implantação da democracia em Atenas;
O t exto acima refere-se aos d) os combates e batalhas da Guerra do Peloponeso;
a) egípcios. e) a conqu ista da Grécia pelas tropas roma nas.
b) babilônicos.
11. {U FPE) Sobre o processo de expansão das cidades gre-
c) roma nos. gas, ocorrido por volta de 750 a.e., assinale a alterna-
d) espartanos. tiva correta.
e) hebreus. a) Todas as conquistas realizadas durant e a segunda
diáspora grega t iveram por base vias cont inentais
8. {UESB-BA) em que os ca minhos terrestres foram os de ma ior
[...] A economia gentílica, agrícola e pastoril, baseava- importância.
-se na propriedade comunitária da terra. A sociedade era b) Com a mel horia das técnicas de navegação, incluin-
igualitária e se caracterizava pela inexistência de classes. do a utilização da âncora, foi possível a conquist a
A autoridade política, baseada na religião e na tradição, de novas áreas via Mediterrâneo, onde poderosos
era exercida pelo pater, o mais velho dos membros dos impéri os difi cult avam a expansão grega.
genos. A reunião de diversos genos formava a frátria e a c) A t ravessia dos mares pelos gregos foi dificultada
reunião de várias frátrias, urna tribo [...) pela ascensão do poder bélico do Império Fenício
A organização que o texto descreve identifica a na Ásia.
sociedade: d) A exportação de gêneros ali mentícios gregos para
áreas conquistadas só foi possível devido ao de-
a) cretense no período Arcaico.
senvolviment o de novas t écnicas e à alt a produti-
b) grega no período Homérico. vidade agrícola.
c) roma na no período Clássico. e) A segunda diáspora veio a ser a solução para ga-
d) germânica na alt a Idade Média. rant ir a situação socioeconômica dos gregos.
e) feuda l na baixa Idade Média.
12. (Ufscar-SP)
9. {PUC-RS) Responder à questão com base nas afirma- E muitos a Atenas, para a pátria de geração divina,
t ivas abaixo, sobre a passagem do Período Homérico reconduzi, vendidos que foram - um injustamente, o ou-
para o Período Arcaico, na Grécia Antiga. tro justamente; e outros por imperiosas obrigações exi-
1. Com a desagregação da comunidade gentílica e lados, e que nem mais a língua ática falavam, de tantos
a expa nsão das atividades agrícolas, comerciais e lugares por que tinham errado; e outros, que aqui mesmo
artesanais, formam-se as cidades-est ados. escravidão vergonhosa levavam, apavorados diante dos
caprichos dos senhores, livres estabeleci.
li. Com a Segunda Diáspora Grega, criam-se novas
colônias no Mar Negro e no Mar Med iterrâneo. O texto, um fragmento de um poema de Sólon - ar-
Ili. O movimento colonizador reta rdou o desenvolvi- conte ateniense, 594 a.e. - , citado por Aristóteles em
mento agrícola e comercial das cidades-estados, "A Constituicão

de Atenas", refere-se:
pois causou a falta de mão de obra na Grécia. a) ao fim da t irania.
IV. A concorrência dos cereais importados arru inou b) à lei que permitia ao injustiçado solicitar reparações.
os pequenos agricultores gregos e favoreceu o c) à criação da lei que punia aqueles que conspiravam
surgimento de ricos artesãos, armadores e comer- contra a democracia.
ciantes na Ática. d) à abolição da escravidão por dívida.
Pela aná lise das alternativas, conclui-se que somente e) à instituição da Bulé.
estão corretas:
a) 1e 11.
13. {UnB-DF) Leia o t recho adiante, extraído do poema de
Tirteu {séc. VII a.e- Esparta) chamado ARETÉ(excelência).
b) 1, li e IV.
É um bem comum para a cidade e todo o povo/ que
c) 1 e IV.
um homem aguarde, de pés fincados, na primeira fila,/
d) li e Ili. encarniçado e de todo esquecido da fuga vergonhosa,/
e) Ili e IV. expondo sua vida e ânimo sofredor, e, aproximando-se,

Vestibular em foco 27
inspire confiança com suas palavras ao que lhe fica ao ( ) Drácon publicou as primeiras leis escritas em Ate-
lado./ Um homem assim distingue-se no combate./ Em nas e com elas reforcou o direito dos nobres de
'
breve derrota as falanges furiosas dos inimigos,/ com seu interpretar as leis segundo as próprias conveniên-
ardor detém as vagas da batalha./ Se ele cair na primei- cias, da ndo origem à tirania e ao adjetivo "d raco-
ra fila, perdendo a cara vida,/ deu glória à cidade, ao niano", que significa severo, rígido.
povo e ao pai,/[ ...]. O seu túmulo, os seus filhos serão ( ) As reformas implantadas por Sólon foram rechaça-
notáveis entre os homens, bem como os filhos dos filhos, das pelos tiranos, nobres empobrecidos pelas deci-
e toda a posteridade./ Jamais perecerá a sua nobre glória sões democráticas, tomadas em praça pública e com
e o seu renome, / (...]. a participação de toda a população de Atenas.
Com o auxílio do texto, julgue os itens seguintes, re - ( ) As manifestações de descontentamento com as
lativos à história da Grécia arcaica. leis de Drácon fez com que a administração de
( ) No momento de constituição da "polis", va lores e Atenas fosse confiada ao arconte Sólon, que rea-
poderes aristocráticos ainda se encontravam pre- lizou importantes reformas: proibiu a escraviza-
sentes na formação do homem grego. ção de pessoas endividadas e perdoou as dívidas
( ) No séc. VII a.e. espartano, a antiga aristeia - com- dos pequenos lavradores, devolvendo-lhes as
terras perd idas.
bate singular ent re dois guerreiros - já cede luga r
às batalhas hoplíticas, em que o sucesso militar
15. (Fuvest-SP)
depende do desempenho coletivo da fala nge, dos
"pés fincados, na primeira fila", do compromisso Não esqueçamos que o processo de formação de um
com o companheiro "que lhe fica ao lado". povo e de uma civilização gregos não se desenrolou se-
gundo um plano premeditado, nem de maneira realmen-
( ) O atributo maior do herói homérico, a valentia,
te consciente. Tentativa, erro e imitação foram os princi-
f undamenta l para a conquista da fa ma mantém-
pais meios, de tal modo que uma certa margem de
-se e transforma-se no renome do soldado da
diversidade social e cultural, amiúde muito marcada,
"polis", que dá "glória à cidade, ao povo e ao pai".
caracterizou os inícios da Grécia. De fato, nem o ritmo
( ) A definição do estatuto dos cidadãos como seme- nem a própria direção da mudança deixaram de se alte-
lhantes e iguais, base para consolidação da 'polis', rar ao longo da história grega.
contradiz as transformações militares que subs- Mo ses 1. Fin ley. O mundo de Ulisses. 3. ed. Lisboa: Presença, 1998, p. 16.
tituem o combate individ ual pelo soldado hoplita.
a) Indique um element o "im itado" de outros povos
14. (UFSC) e sociedades que teria estado presente nos "inícios
da Grécia".
Entre os pobres muitos se dirigem a terras estranhas,
vendidos e cobertos de correntes [...]. b) Ofereça pelo menos dois exemplos do que o autor
Quantos dos que tinham sido vendidos, uns injusta- chama de "d iversidade social e cultural", que "ca-
mente, outros com justiça, fiz voltar para Atenas, sua racteri zou os inícios da Grécia".
pátria, fundada pelos deuses [...].
16. (FGV-SP) No ano de 509 a.e., o legislador Clístenes
Dei liberdade a outros que, aqui mesmo (em Atenas),
assumiu a f unção de arconte máximo na pólis de Ate-
sofriam servidão indigna e tremiam diante do humor dos
nas, instaurando um novo regime político. Acerca das
patrões.
reformas jurídico-políticas de Clíst enes, é CORRETO
Eis o que realizei, graças à soberania da lei, fazendo
afirmar:
com que aforça e a justiça agissem concordemente.
(Sólon, Elegias. Apud HOLANDA, S. Buarque de. História da Civilização. a) Clístenes, integrante da classe social dos artesãos,
6. ed. São Paulo: Nacional, 1979. p. 58.) consolidou o regime oligárquico, tendo comanda-
do a Pólis ateniense em seu período de máximo
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos esplendor, o Governo dos Trinta Tira nos.
sobre a sociedade e a democracia ateniense, assinale
b) Clístenes era eupátrida, mas procurou conciliar e
a(s) proposição(ões) correta(s). acomodar interesses dos pequenos proprietá rios,
( ) Na experiência democrática vivida pelos aten ien- comerciantes e artesãos na instauração do regime
ses durante o período helenístico, a escravidão foi democrático em Atenas.
eli minada através da legislação elaborada por c) A democracia instit uída pelas reformas de Clístenes
Sólon, sobrevivendo apenas a servidão voluntária. era regida pelo princípio do sufrágio universal, ex-
( ) As leis de Sólon, consideradas avançadas para a cluindo dos direitos políticos apenas os escravos.
época da sua promulgação, admitiam a escravi- d) Ao instaura r um regime político híbrido entre de-
zação dos endividados ou filhos de escravos, pois mocracia, monarquia e oligarquia, Clístenes decre-
a perda de direitos individuais não feria os princí- tou o encerramento definitivo das atividades do
pios da democracia ateniense. Helieu, o Tribunal de Justiça.
( ) Na sociedade ateniense, as três principais classes e) Durante a gestão de Clístenes, todo o poder políti-
sociais eram representadas por: cidadãos nobres, co efetivo deixa de ser exercido pelos cidadãos e
homens livres nascidos de pai e mãe ateniense; me- retorna à comunidade gentílica, cabendo ao pater
tecos, estrangeiros autorizados a viver na Ática; e famílias a disciplina dos mercados e a nomeação
escravos, prisioneiros de guerra ou filhos de escravos. dos magistrados.

28 Caderno de estudo
TEMA 7
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A GRECIA ANTIGA: PERIODOS CLASSICO E HELENISTICO

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Consolidação da pólis grega (aristocrática)
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Ili oligárquico V
Democracia

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u•• (união grega contra · - -- - - - --) hegemonia
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,o os persas) ateniense
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Política ---r--
Imperialismo ateniense <--'
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Ili Péricles. aprimoramento da democracia. Idade de Ouro de Atenas

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Ili
,,o Filosofia
Sócrates (c. 470 a.C.- 399 a.C.l, Platão lc. 428
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"O
a.C.-348 a.C.l e Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.l. ------ ... ' \
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s.. 1

8!. Arte
1
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1
Teat ro: Ésquilo (525 a.C.-456 a.C.l, Sófocles
(496 a.C.- 406 a.C.l. Eurípedes (484 a.C.-406 a.C.l. --- I

,I
1
1

Escultura, arquitetura. Vitória de Esparta <---- ~


1
1

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ou u•• - e Conquista do Oriente <--, \
Conquista da Grécia pela Macedônia (Felipe li)

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Império Macedônico (Alexandre, o Grande)
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1
Morte de Alexandre e divisão do Império Macedônico
CI) u 1
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1
Ili
y

Conquista da Grécia por Roma

29
Exercícios
1. (U EPB) Sobre o papel da mulher na sociedade grega,
NÃO é correto afirma r que:
a) a mulher, durante a vida inteira, era considerada
incapaz, devendo t er sempre um homem para ge-
rir sua vida, fosse pai, filho ou esposo.
b) os costumes e as leis impediam a participação fe -
minina na esfera pública, igua lando as mulheres
aos escravos e estran geiros.
c) todas as mulheres gregas recebia m, desde a infân-
cia, um rigoroso t reina mento físico e psicológico,
e eram preparadas para serem mães e esposas de
guerreiros.
d} as espartanas gozava m de maior liberdade, pois
podiam pa rticipar dos jogos, de reuniões públicas
e da ad minist ração do patrimônio familiar. Palácio do Planalto, construído no século XX em Brasília.
e) a democracia at eniense era patriarcal e excluía as O elemento comum às construções apresentadas
mulheres da vida pública. constitui:
a) Um esforço de ost ent ação perdulá ria, de demons-
2. (Vunesp-SP) Observe e compare os monumentos. t ração de hegemonia de poder de grandes impé-
rios unificados.
b) Uma expressão sim bólica das concepções religio-
sas da Antiguidade, que se estendem até os dias
atua is.
c) Um aspecto da arquitetura monumental que se
opõem à concepção do homem como medida de
todas as coisas.
d} Um princípio arquitetônico estrutural modificado
ao longo da história por concepções religiosas, po-
líticas e artísticas.
e) Uma comprovação do predomínio dos va lores es-
téticos sobre os religiosos, polít icos e socia is.

3. (UFPB) Leia os t ext os que seguem.


O Templo de Luxor, localizado na cidade de Luxor, sul do /. A constituição que nos rege nada tem a invejar aos
Egito, foi construído por Amenhotep Ili e ampliado nos pe- outros povos; serve a eles de modelo e não os imita. Rece-
ríodos de Tutancamon, Horembeb e Ramsés li. Contém be o nome de democracia, porque o seu intuito é o interes-
vá rios pátios com colunas e estátuas de Ramsés li. se do maior número e não de uma minoria. Nos negócios
privados, todos são iguais perante a lei; mas a consideração
não se outorga senão àqueles que se distinguem por algum
talento. Éo mérito pessoal, muito mais do que as distinções
sociais, quefranqueia o caminho das honras. Nenhum ci-
dadão capaz de servir à pátria é impedido de fazê-lo por
indigência ou por obscuridade de sua posição.
Livres em nossa vida pública, não pesquisamos com
curiosidade suspeita a conduta particular de nossos cida-
dãos ... Somos cheios de submissão às autoridades cons-
tituídas, assim como às leis, principalmente as que têm
por objeto a proteção dos fracos e as que, por não serem
escritas, não deixam de atrair àqueles que as transgridem
a censura geral... Ouso dizê-lo, Atenas é a escola da Grécia.
Discurso de Péricles (fragmento).

li. Alguns pretendem que o poder do senhor seja contra


Pártenon, templo da acrópole de Ate nas, construíd o no a natureza, que se um é escravo, e o outro livre, é porque
século V a.e. na Grécia. a lei o quer, que pela natureza não há diferença entre eles

30 Caderno de estudo
e que a servidão é obra não da justiça, mas da violência. c) no caráter sagrado dos jogos olímpicos antigos e
Afamília, para ser completa, deve compor-se de escravos na característica competitiva dos j ogos olímpicos
e de indivíduos livres. Com efeito, a propriedade é uma contemporâneos.
parte integrante dafamília, pois sem os objetos de neces- d) no desejo de participação nas diversas modalida-
sidade é impossível viver e viver bem. Não se saberia pois des nos j ogos antigos e no espírito de tolerância
conceber lar sem certos instrumentos. Ora, entre os ins- nas olimpíadas modern as.
trumentos, uns são inanimados, outros vivos... O escravo
e) no espírito competitivo dos gregos e no desejo de
é uma propriedade que vive, um instrumento que é ho-
Coubertin de ressuscitar os jogos olímpicos da Gré-
mem. Há homens assim feitos por natureza? Existem ho-
cia antiga.
mens inferiores, tanto quanto a alma é superior ao corpo,
e o homem ao bruto; o emprego das forças corporais é o
5. (Fuvest-SP) Analise, no processo histórico da Grécia,
melhor partido a esperar do seu ser: são os escravos por
a relacão

ent re os elementos citados abaixo.
natureza... útil ao próprio escravo, a escravidão é justa.
Aristóteles. Política (fragmento).
a) Confederação de Delos.
b) Imperialismo ateniense.
Com base nos t extos I e li e nos seus conhecimentos c) Guerras do Peloponeso.
sobre a Antiguidade grega, você pode concluir que:
a) os textos I e li se contradizem, pois Péricles (tex- 6. (Unicamp-SP)
to 1) afirma que "todos são iguais pera nte a lei", Nada é mais presente na vida cotidiana da coletivida-
enq uanto Aristóteles (texto li), ao discutir a exis- de do que a oratória, que partilha com o teatro a carac-
tência do escravo, declara que "existem homens terística de ser a manifestação cultural mais popular e
inferiores". mais praticada na Atenas clássica. A civilização da Atenas
b) os textos I e li se contradizem, pois Péricles afi rma .
clássica é uma civilizacão do debate. As reacôes
'
dos ate-
que as leis "têm por objeto a proteção dos fracos", nienses na Assembleia eram influenciadas por sua expe-
enquanto Aristóteles diz que "se um é escravo, e o riência como público do teatro e vice-versa. Trata-se de
outro livre, é porque a lei o quer". uma civilização substancialmente oral. O grego era edu-
cado para escutar. O caminho de Sócrates a Aristóteles
c) os textos I e li não podem ser confrontados, pois
ilustra perfeitamente o percurso da cultura grega da
Péricles viveu num período que antecede de mui-
oralidade à civilização da escrita, que corresponde, no
tos séculos o nascimento de Aristóteles.
plano político e social, à passagem da cidade-Estado ao
d) os textos I e li t ra tam de t emas diferent es e não se ecumenismo helenístico.
contradizem, pois Péricles discute as relações entre Adaptado de MASARACCHIA, Agosti no. la prosa greca dei V e dei IV
leis e cidadania (e os escravos não eram conside- seco/o a.C. ln : D'ANNA, Giovanni (Org.). Storia dei/a letteratura greca.
rados cidadãos), enquanto Aristóteles justifica a Roma: Tascabile Economici Newton, 1995. p. 52-4.
existência da escravidão.
a) Estabeleça relações entre o modelo político vigen-
e) o texto li desmente o texto 1, pois não pode haver te na Atenas clássica e a importância assum ida
democracia se observamos a exist ência de escra- pelo teatro e pela oratória nesse período.
vos em Atenas. b) Aponte características do Período Helenístico que
o diferenciam da Atenas clássica.
4. (UFG-GO) Leia o texto a seguir:

Tolerância, fraternidade e igualdade: foi com esses 7. (Mack-SP)


ideais em mente que, em 7892, o barão Pierre de Couber- [ ...] andava pelas ruas e praças de Atenas, pelo merca-
tin apresentou à comunidade esportiva internacional a do e pela assembleia indagando a cada um: 'Você sabe o
ideia de ressuscitar os Jogos Olímpicos. Na Grécia antiga, que é isso que está dizendo?', 'Você sabe o que é isso em
os jogos da cidade sagrada de Olímpia (entre os sécs. VIII que você acredita?:[ ...], 'Você diz que a coragem é impor-
e /Va.C.) enfatizavam que competir sem vencer equivalia tante, mas o que é a coragem?: 'Você acredita que a jus-
a desonra suprema. As corridas, as lutas, os saltos e os tiça é importante, mas o que é a justiça?: ..., 'Você crê que
lançamentos de disco e de dardo serviam como a coroa- seus amigos são a melhor coisa que você tem, mas o que
ção da superioridade do indivíduo, oferecida em home- é a amizade?'.
nagem ao deus Zeus. Suas perguntas deixavam seus interlocutores embara-
VENTUROLI, Thereza. Tudo pelos louros. Veja, São Paulo, n. 33, 18 ago.
çados,... descobriam surpresos que não sabiam responder
2004. p. 96. Adaptado. e que nunca tinham pensado em suas crenças e valores [...]
[...] as pessoas esperavam que ele respondesse, mas
Segundo o texto, a diferença de motivação entre os para desconcerto geral, dizia: 'Não sei, por isso estou per-
Jogos Olímpicos da Grécia antiga e os at uais está: guntando.' Daí a famosa frase: 'Sei que nada sei'".
a) na homenagem ao deus Zeus nos jogos gregos (Marilena Chauí)
antigos e na divulgação da fratern idade nos jogos
olímpicos atuais. O texto relaciona-se com:
b) no anseio de vitória constante dos gregos antigos a) a criação dos princípios da Lógica, por Aristóteles,
e nos ideais igualitários e f ra ternais de Coubertin de maneira a formar uma ciência Ana lítica: A Me-
para os j ogos modernos. tafísica.

Vestibular em foco 31
b) as tragédias de Sófocles, que tinham como tema b) pretendia libertar algumas cidades gregas, lidera-
dominante o conflito entre o indivíduo e a sociedade. das pela cidade de Deles, da dominação espartana.
c) a obstinação do historiador Tucídides em descobrir c) surgiu de um processo de sujeição ou de domínio
as causas políticas que determinaram os aconte- exercido por Atenas sobre as demais cidades da Liga.
cimentos históricos. d} definia-se, de início, como uma aliança militar, que
d) as preocupações de Eurípedes com os problemas previa aut onom ia para seus participantes, reser-
do homem, suas paixões, grandezas e misérias. vando à Atenas o comando das operações.
e) a filosofia de Sócrates, voltada para as questões e) mesmo sendo liderada por Atenas, Esparta apre-
humanas, preocupada com as virtudes morais e senta grande influência sobre ela.
políticas.
10. (Faap-SP) Nasceu em Atenas, em família nobre e rica.
8. (Mack-SP) Teve esmerada educação. Dedicou-se à poesia, escre-
vendo poemas líricos e trágicos. Escreveu A Apologia
Frank Miller inspirou-se na verdadeira Batalha de Ter-
de Sócrates, Críton, A República, Banquete ou Simpósio
mópilas, ocorrida em 438 a.e, na Grécia, para escrever
e Frédon:
Os 300 de Esparta. A adaptação da história em qua-
drinhos de M iller foi levada ao cinema, em 2006, pe- a) Platão
lo diretor Zack Sn der, com o título 300. A respeito do b) Sócrates
contexto das Guerras Médicas (500-479 a.C), tema c) Arquimedes
abordado no filme, assina le a alternativa correta. d) Aristóteles
e) Pitágoras

11. (Faap-SP) Natura l de Halicarnasso, colônia dórica.


Cresceu na última fase das Guerras Médicas. Viajou
pelo Egito, Pérsia, Fenícia, Chipre, Assíria e Itá lia. Sua
obra denomina-se Exposição de Pesquisas. Éconside-
rado por Cícero o "pai da História":
a) Heródoto
b) Tales de Mileto
c) Sócrates
d} Platão
a) O domín io e a expansão naval fenícia ameaçavam e) Xenofonte
a hegemonia da Grécia sobre o mar Egeu, o que
ocasionou a formacão de uma alianca defensiva 12. (Faap-SP) As consequências das conquistas de Ale-
' '
grega. xandre, entre outras, foram:
b) Desenvolvendo uma política im perialista, Atenas 1. Formação de grandes focos da cultura helenística :
entrou em conflito com Esparta que, agrária e Alexandre fomentou a fusão entre vencedores e
oligárqu ica, permaneceu fechada à expansão vencidos. Dez mil soldados gregos e macedônicos
territorial. casaram-se com mulheres persas. Ele mesmo des-
c) O expansionismo persa, que já havia dominado posou a filha do rei Dario Ili, Estátira;
cidades gregas da Ásia Menor e estabelecido o 2. Difusão da cultura grega: a língua grega foi as-
controle persa sobre rotas comerciais do Oriente, similada por muitos povos. A escrita grega subs-
ameacava•
a soberania da Grécia, tornando inevi- tituiu a escrita cu neiforme e demótica. A indu-
tável o conflito grego-pérsico. mentária grega e o mobiliário foram adotados
d) Esparta, por priorizar a formação física e militar, pelos vencidos, bem como cerimônias, danças e
cultivando no indivíduo o patriotismo incondicio- -
cançoes;
na l ao Estado, liderou a ofensiva grega contra os 3. Progresso econômico: com o desenvolvimento do
assírios, que ameaçavam as instituições democrá- comércio e o renascimento da agricultura. O trá-
t icas gregas. fico da seda e da porcelana intensificou -se. As
e) O forte espírito mi litarista presente na cu ltura cidades tornaram-se grandes centros mercantis.
helenística e difund ido em todas as pólis gregas Os portos foram restaurados. Estradas foram
permitiu que, no conflito contra os medos, a Gré- abertas. Levantaram-se fortalezas para proteger
cia obtivesse a supremacia militar e se sagrasse as ca ravanas de mercadores;
vencedora. Responda com apoio no seguinte código:
9. (Uece) A respeito da "Liga de Deles", que seria a base a) desde que apenas I esteja correta.
do imperialismo ateniense, podemos dizer correta- b) desde que apenas 2 esteja correta.
mente: c) desde que apenas 3 esteja correta.
a) decorreu da aliança de cidades gregas e persas d} desde que todas estejam corretas.
contra a expansão macedônica. e) desde que todas estejam erradas.

32 Caderno de estudo
13. (Fat ec-SP) a) As reformas de Péricles buscaram, entre outras
Vivemos sob umaforma de governo que não se baseia
coisas, incorpora r todos os cidadãos ao processo
nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos
decisório da Eclésia e dos tribunais, tornando pos-
de modelo a alguns ao invés de imitar outros. Seu nome
sível a participação dos menos abastados, por
é democracia, pois a administração serve aos interesses
meio de modesta remuneração.
da maioria e não de uma minoria. b) Nas pólis que se mantinham inst itucionalmente
(Tucídides, História da Guerra do Peloponeso. Texto adaptado}. oligá rquicas, ou sujeitas a modalidades de tirania,
era vedado aos cidadãos comuns extern ar suas
O trecho acima faz part e do discurso feito por Péricles opiniões sobre as decisões públicas.
em homenagem aos atenienses mortos na guerra do c) As mulheres, nu ma cult ura patriarcal que reserva -
Peloponeso. Por esse discurso é correto afirmar que: va a vida pública exclusivamente aos homens,
a) a guerra do Peloponeso foi injusta e t rouxe muitas eram cidadãs partícipes da discussão política, ten-
mortes tanto para os at enienses como para os es- do voz ativa e voto na assembleia.
partanos, que lutavam em lados opostos pela he- d) Nas cidades gregas, o estrangeiro era um hóspede
gemonia da Grécia. destit uído da cidadania, tendo os seus direitos pri-
b) Péricles se orgulhava da cidade de At enas por ser vados devidamente assegurados, sem restrições
ela uma cidade democrática, que não imit ava o quanto à propriedade fundiária e aos direitos cívicos.
sistema polít ico de outras cidades-Estado, mas era e) O escravo, que antes de tudo estava excluído da
imit ada por elas. cidadan ia, era considerado como parte da comu-
c) Atenas e Esparta possuíam o mesmo sistema po- nidade e, portanto, capacitado a opinar sobre os
lít ico descrit o por Péricles, a democracia, mas di- negócios públicos.
vergiam sobre como implantá-lo nas demais cida-
des- Estado gregas. 16. {FGV-SP)
d) Atenas, por não partilhar do sist ema político de- Fui atrás dos assassinos de meu pai e depois de semear
mocrático de Esparta, criou a Liga de Delos e de- o terror entre os gregos com a destr uição de Tebas,fui
cla rou Guerra à Liga do Peloponeso. aclamado comandante por eles. E ao assumir o reino da
e) Esparta era a única cidade-Estado democrática em Macedônia, não achei digno de me contentar em coman-
toda a Grécia ant iga e desejava implantar esse sis- dar só com o que meu pai tinha me deixado; ao contrário,
tema nas cidades-Est ado gregas. lançando meus pensamentos por toda a terra e pensando
que seria perigoso se eu não dominasse todos os povos,
14. {PUC-PR) Foi uma forma de governo estranha a Atenas àfrente de poucos homens invadi a Ásia e no Granico, em
e a Esparta, as duas principais polis ou cidades-esta- grande batalha,fui vencedor. Depois de conquistar a Lídia
dos da civilização grega: a Jônia e a Frígia, em resumo, depois de submeter todos
os que se apresentaram diante de meus pés, cheguei a
a) monarquia-diarquia.
lssos. Lá Dario me esperava, à frente de muitas miríades
b) tirania.
de soldados [ ...] Para terminar: eu morri enquanto reina-
c) teocracia.
va [ ...] dando pouco valor às coisas do Ocidente preferi
d) democracia. lançar-me na direção da Aurora.
e) oligarquia. (LUCIANO, Diálogo dos Mortos. Trad., São Paulo: Edusp/ Palas Athena,
1999, p. 189 e 191.)
15. {UEL-PR) Uma das características da cultura política
grega é a noção de cidadania. Tal noção define a vin - O comandante militar que se apresenta no trecho
culação da pessoa a uma determinada pólis, por laços anterior é:
essencialmente f am iliares, e estabelece, concomitan- a) César, o general romano responsável pela conquis-
t emente, a permanente obrigação de defesa da cida- ta da Gália no século Ia.e.
de, a contribuição para seu bem geral, e o direito de b) Ulisses, o herói grego da conqu ista de Troia em
opinar sobre seus destinos. Foi em virtude desta úl- torno do século XIII a.e.
tima implicação do conceito de cidadania que, em c) Átila, rei dos hunos, cujas campanhas assolaram a
sentido lato, quase todas as cidades gregas tenderam Gália e a Itália no século V.
à democracia. As diferenças se fa zem sentir quanto d) Alexandre, o im perador macedônico conquistador
à forma de participação do cidadão. da Pérsia no século IV a.e.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a ci- e) Aníbal, general cartaginês que impôs várias derro-
dadania grega, é correto afirmar: tas aos romanos no século Ili.

Vestibular em foco 33
TEMAS
..
ROMA: DAS ORIGENS A CRISE REPUBLICANA

Ocupação da península Itálica por diversos povos

Invasão etrusca (por -------- -- A sociedade romana


volta de 900 a.C.I '
,o
~====::::-.. ,__
. __ 1
Patrícios: aristocracia agrária detentora
de pr ivilégios políticos e religiosos.
·-::,
O"
,,--- Plebeus: homens livres sem d ireitos
polít icos.
....
,o
1
1
1 Escravos: endividados ou vencidos em
e: guerras.
o
~ 1
1

Insurreição liderada pelos , I

patrícios (509 a.C.I


,
, .,,. - - ---- ...
1

v
--- ---- ---- .... ' \
1

1
, - ----------L----------- ' 1

V ~

Conflitos sociais
Expansionismo
patrícios x plebeus
1 1

---
1 1

v v

,-- Concessões aos O sistema político na República


-u • '1
1
1
plebeus
(Controlado por patrícios)
,o• 1
Senado
- 1

1
1
1 1
Exercia f unções legislativas, controlava
u• ....,. ', _ - a administração e as finanças, declarava
1

,o guerras. Formado por membros


-> Transformações sociais trazidas pela expansão: vitalícios, de um pequeno grupo de
VI • Abundância de escravos famílias abastadas.
-u
o
::,
,a,
• Expansão comercial (homens novosl
• Empobrecimento da pleb e Magistrados
Tinham a função de administrar a
-u
VI
,o
y República, eram eleitos para mandatos
de um ano (cônsules. pretores,
·--
.Q
,::,
Cr.i e ocial censores, edis, questo res).

a.
~ Tentativas de superação da crise social
'
1
~----------------------,
1

1
V ~

Ditaduras militares
Proposta de
reforma agrária
(irmãos Graco) Primeiro Triunvirato
Império Romano (31 a.C.l
Ditadura de Júlio César Otávio recebe os títulos de

...,.
1 princeps ('pr imeiro cidadão'! e
imperator l'o supremo').
Segundo Triunvirato - - - - - - - - - -)

34
Exercícios
1. (Fuvest-SP) Na at ua lidade, praticamente todos os 4. (PUC-PR) As lutas por riq uezas e t erritórios sempre
dirigentes políticos, no Brasi l e no mundo, dizem-se estiveram presentes na História. Na Antiguidade,
defensores de padrões democráticos e de valores o Mediterrâneo foi disputado nas Guerras Púnicas
republicanos. Na Antiguidade, tais padrões e valo- por:
res conheceram o auge, t anto na democracia ate- a) gregos e persas.
niense, quanto na repúbl ica romana, quando pre- b) macedônicos e romanos.
dom inaram:
c) romanos e germânicos.
a) a li berdade e o individ ualismo.
d) romanos e cartagineses.
b) o debate e o bem público.
e) gregos e romanos.
c) a demagogia e o populismo.
d) o consenso e o respeit o à privacidade. 5. (PUC-PR)
e) a tolerância religiosa e o direito civil.
Os animais da Itália possuem cada um sua toca, seu
abrigo, seu refúgio. No entanto, os homens que comba-
2. (FGV-SP)
tem e morrem pela Itália estão à mercê do ar e da luz e
Para ganhar ofavor popular, o candidato deve conhe-
nada mais: sem lar, sem casa, erram com suas mulheres
cer os eleitores por seu nome, elogiá-los e bajulá-los, ser
e crianças.
generoso.fazer propaganda e levantar-lhes a esperança
de um emprego no governo. [ ...] Talvez sua renda privada Estas são palavras de Tibério Graco, polít ico romano
não possa atingir todo o eleitorado, mas seus amigos do século li a.e.
podem ajudá-lo a agradar a plebe. [ ...] Faça com que os
Nesse contexto da história de Roma, podemos afir-
eleitores falem e pensem que você os conhece bem, que
mar que:
se dirige a eles pelo seu nome, que sem parar e conscien-
ciosamente procura seu voto, que você é generoso e aber- a) Roma encontrava-se num período de paz e pros-
to, que, mesmo antes do amanhecer, sua casa está cheia peridade resultado da política da "Paz Romana"
de amigos, que todas as classes são suas aliadas, que promovida pelo regime imperial.
você fez promessas para todo mundo e que as cumpriu, b) Resultado das expansões territoriais, Roma tornou-
realmente, para a maior parte das pessoas. -se su perpopu losa; apesar de rica, acentuaram -se
Marco Túl io Cícero, Notas sobre os eleições. as diferencas
, socia is: de um lado uma aristocracia
privilegiada que vivia em meio a fest as e mordo-
As práticas políticas na antiga Roma nos fazem re - mias e de outro a maior parte da população vivia
fl etir sobre as atuais. Essas palavras de Cícero (106- na ma is absoluta miséria.
-43 a.e.) revelam:
c) Esse é um período que coincide com a tentativa de
a) a concessão de favores, por parte dos eleitores, estabelecimento de um regime democrático em
para cativar os ca nd idatos. Roma, por modelo e influência da política atenien-
b) a necessidade de coagir o eleitorado para conseguir se de Péricles.
seu apoio. d) Nessa época Roma enf rent ava as dificuldades das
c) o desinteresse da população diante do poder eco- Guerras Médicas em que disputava o território
nômico dos candidatos. cartaginês com os persas.
d) a existência de relações cliente listas entre eleitores e) Nesse período a sociedade romana vivia uma situa-
e candidatos. ção de decadência da autoridade central e declínio
e) a pequena importância das relações pessoais para das atividades comerciais, resultado principalmente
o sucesso nas eleições. da disseminacão
, do crist ianismo.

3. (PUC-PR) 6. (Unifesp) Confli tos e lutas sociais variadas origina-


Sob os teus olhos, Eneas dirigirá rude guerra, aniqui- ram as crises que fizeram o Estado roman o passar
lará tribos ferozes; dará aos seus guerreiros muralhas e do governo moná rquico ao republicano e deste, ao
leis. Depois dele, seu filho Ascânio (que se chamará tam- imperial. Nos três regimes políticos, contudo, os in-
bém Júlio) deixará Lavínio para estabelecer o seu trono tegrant es de um único grupo, ou classe social, man-
no rochedo de Alba, que ele cercará de sólidas muralhas. tiveram sempre o mesmo peso e posição. Foram os,
A sacerdotisa, de família real, cara a Marte, terá dois assim chamados,
filhos gêmeos. a) plebeus (isto é, populares).
O t exto de Virgíl io trata da fundação mít ica de: b) prolet ário s (isto é, sem bens).
a) Roma. d) Constantinopla. c) pat rícios (isto é, nobres).
b) Esparta. e) Cartago. d) servos (ist o é, escravos).
c) Atenas. e) clientes (isto é, dependentes).

Vestibular em foco 35
7. (FGV-SP) Após a conq uista da península It álica, Roma 9. (UEL-PR)
ampliou seus domínios em torno do Mediterrâneo, Varrão, escritor romano do período republicano (116-27
que passou a ser designado como mare nostrum, um a.e.), em seu Rerum Rusticarum (Da Coisa Rústica), des-
verdadeiro lago interno que permitia a comunicação, crevia aos seus contemporâneos como deveriam tratar
as transações comerciais e o deslocament o de t ropas os escravos:
para as diversas regiões romanas. A respeit o dessa Você não deve deixar seus escravos muito deprimidos
expansão, é corret o afi rmar: ou animados. Não deixe os capatazes usarem os chicotes,
a) A conquista de novos territórios desacelerou o se conseguirem o mesmo resultado com encorajamento.
processo de concentração f undiária nas mãos da Não compre muitos escravos do mesmo país, pois eles
aristocracia pat rícia, uma vez que o Estado romano conversam entre si. Se você os tratar bem, lhes der alimen-
est abeleceu um conjunto de medidas que visava tos e roupas ex tras e permissão para seus animais pasta-
distribuir terras aos pequenos e méd ios proprietá- rem no seu terreno - eles trabalharão melhor.
rios e à plebe urbana empobrecida. {RODRIGUES, Joelza Ester. História em Documento: imagem e texto.
2. ed. São Paulo: FTD, 2002. p. 23S.)
b} Apesar da conquista do Mediterrâneo, os romanos
não conseguiram estabelecer a integração das di- Com base no texto e nos conhecimentos sobre a es-
versas formacões•
sociais ao sistema escravista cravidão romana, considere as afirmativas a seguir.
nem tampouco se dispuseram a criar mecanismos
1. Va rrão propõe abrir mão da violência no t ratamen-
de cooptação socia I e política dos seus respectivos
to dos escravos visa ndo a obter um rendiment o
grupos domi nantes.
maior de seu trabalho.
c) As conquistas propiciaram, pela primeira vez na
li. Varrão procura demonst rar a inviabilidade da com-
Ant iguidade, a combinação ent re o t rabalho escra-
pra de escravos de um mesmo país, posto que
vo em larga escala e o latif úndio, associação que
propiciaria a realização de processos comunicat i-
constituiu uma alavanca de acumulação econômi-
vos e possíveis revoltas.
ca graças às campanhas militares romanas.
Ili. Os capatazes romanos, na visão de Va rrão, deve-
d} As conq uistas mi lit ares acabaram por soluciona r
riam usar estratégias sut is de repressão para obter
o problema agrário em Roma, colocando em xeque
um traba lho consentido.
as medidas defendidas por líderes como os irmãos
IV. Varrão compartil ha das ideias de Colu mela, autor
Graco, que postulavam a expropriação das terras
da época que apregoa a redução dos custos do
particulares dos patrícios e sua repartição entre as
t rabalho escravo para obtenção de maior produti-
camadas socia is empobrecidas.
vidade.
e) A expansão militar levou os romanos a empreen-
der um duro processo de latinização dos territórios Estão corretas apenas as afirmativas:
situados a leste, o que se tornou um elemento de a) l ell.
constante instabilidade polít ico-social durante a b) 11 e IV.
República e t ambém à época do Império.
c) Ili e IV.
8. (UFC-CE) Analise o comentário abaixo sobre a situação d} 1, li e Ili.
da mulher romana. e) 1, Ili e IV.
Suas qualidades domésticas, virtude, docilidade, gentile-
za, bom caráter, dedicação ao tricô, piedade sem superstição,
10. (UFJF-MG) Sobre a organização polít ico-social de Ro-
discrição nas roupas e na maquiagem, por que relembrá-las?
ma no final do período republica no (li e Ili a.C.}, assi-
Por quefalar do seu carinho e devoção aosJamiliares,já que
nale a alternativa CORRETA:
você tratava tão bem meus pais quanto os seus [...). a) A atuação dos Tribunos da Plebe, como Tibério e
{Elogio fúnebre a Túria. apud FU NARI. Pedro Paulo Abreu. Rom a: Caio Graco, criou uma estrut ura f undiária baseada
vida pública e vida privada. 4. ed. São Paulo: Atual, 1993, p. 47.) em pequenos lot es ocupados pela população de
baixa renda e levou ao fim dos latifúndios em Roma.
Considerando a ideia básica do texto, é correto afir-
b) O direito à cidadania foi estend ido a todos os ha-
mar que:
bitant es que vivessem em qua lquer região que
a) a mu lher usufruía de prerrogat ivas idênt icas às t ivesse sido conquistada por Roma.
desfru tadas pelo homem na vida em sociedade. c) O regime democrático atingiu seu apogeu com a
b) a mãe de família dirigia, com toda a independência, maior part icipação, at ravés de eleições, de t oda a
a educação dos f ilhos e os negócios do marido. população livre concentrada nos grandes centros
c) o respeit o ded icado à mulher romana garantiu a urbanos.
sua emancipação da tut ela masculina, a partir do d} O poder polít ico do Senado, no que se refere aos
regi me republicano. assuntos internos administrativos, foi transferido
d} as condições de liberdade, reservadas à mulher, para a Assembleia dos Plebeus, conduzindo a um
t inham como limite a autoridade do pai de família. longo período de paz.
e) a independência feminina constituía uma vitóri a, e) Houve o aumento do número de prisioneiros de
acat ada pela nobreza romana, após a implantação guerra convertidos em escravos, utilizados como
do Império. mão de obra na economia romana.

36 Caderno de estudo
11. (FGV-SP) camadas sociais homogêneas. Os seus objetivos
A partir de então, passou-se a eleger cônsules em nú-
eram a luta pela libertação dos membros de uma
camada socia l oprimida e não a li bertação de co-
mero de dois, ao invés de um único rei, com o propósito
munidades, Estados ou povos outrora indepen-
de que, se um deles tivesse a intenção de agir mal, o outro,
investido de igual autoridade, o coibisse.
dentes da opressão do Estado romano.
EUTRÓPIO, Fl ávio. Sumário da h i stória romana, ln: Ili. Um dos conflitos mais significativos t inha lugar
Historiadores latinos, NOVAK, G., Me ou tros (orgs.), trad., entre os cidadãos romanos, divididos em grupos,
São Pa u lo: Marti ns Fontes, 1999, p . 2S9.
com objetivos opostos. O objetivo primeiro de
uma das facções, a dos políticos reformistas, era
O trecho acima refere-se ao período da história de
resolver os problemas sociais do proletariado de
Roma conhecido como:
Roma; a ela se opunha a resistência da oligarquia,
a) diarquia, inst ituída logo após a época imperial. igualmente numerosa.
b) democracia, organizada após a revolta dos plebeus IV. Nas últimas décadas da República, o objetivo pri-
e dos escravos. mordia l dos confl itos passou a ser a conquista do
c) consulado, criado para diminuir o poder dos tiranos. poder de Estado. A questão era saber se esse po-
d) república, estabelecida pela aristocracia pat rícia. der seria exercido por uma oligarqu ia ou por um
e) pax romana, imposta pelos senadores como forma único governante. A consequência última destes
de limitar o poder dos patrícios. conflitos não foi a mudança da estrutura da so-
ciedade romana, mas a alteração da forma de
12. {Fuvest-SP) Estado por ela apoiada .
Em verdade é maravilhoso refletir sobre a grandeza A alternativa que contém todas as afirmativas corre-
que Atenas alcançou no espaço de cem anos depois de se tas é:
livrar da tirania ... Mas acima de tudo é ainda mais mara-
a)le ll.
vilhoso observar a grandeza a que Roma chegou depois
b) li e Ili.
de se livrar de seus reis.
(Maquiavel, Discursas sobre a primeira década de Tito Lívio).
c) Ili e IV.
d) 1, li e Ili.
Nessa afirmacão,

o autor e) 1, Ili e IV.
a) critica a liberdade política e a participação dos ci-
dadãos no governo. 14. {UFG-GO)
b) celebra a democracia ateniense e a República romana. O governo da República romana estava dividido em
c) condena as aristocracias aten iense e romana. três corpos tão bem equilibrados em termos de direitos
d) expressa uma concepção populista sobre a anti- que ninguém, mesmo sendo romano, poderia dizer, com
guidade clássica. certeza, se o governo era aristocrático, democrático ou
monárquico. Com efeito, a quemfixar a atenção no poder
e) defende a pólis grega e o Im pério romano.
dos cônsules a constituição romana parecerá monárqui-
13. {UEL-PR) Leia o texto a seguir: ca; a quemfixá-la no Senado ela mais parecerá aristocrá-
tica e a quem fixar no poder do povo ela parecerá clara-
A crise desencadeada na sociedade romana pela trans-
mente democrática.
formação acelerada das estruturas sociais ocorrida após
(POLÍBIOS. Historia. Brasil ia: Ed. da Un B, 1985. livro VI, 11. p. 333.)
a segunda guerra púnica atingiu em meados do século li
a.e. uma fase em que se tornava inevitável a eclosão de Políbios descreve a estrutura política da República
conflitos declarados. A agudização das contradições no romana {509-27 a. C.), idealizando o equilíbrio entre
seio da organização social romana, por um lado, e, por os poderes. Não obstante, a prática política republi-
outro, as fraquezas cada vez mais evidentes do sistema ca na caracterizou-se pela
de governo republicano tiveram como resultado uma
a) organização de uma burocracia nomeada a part ir
súbita eclosão das lutas sociais e políticas.
de critérios censitários, isto é, de acordo com os
Fonte: ALFOLDY, G. A Hi stória Social de Roma. Tradu ção de Maria do
Ca rmo Cary. Lisboa: Ed itori al Presença, 1989. p. 81. rendimentos.
b) manutenção do caráter oligárquico com a ordem
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o te- equestre dos "homens novos" assumindo cargos
ma, considere as afirmativas a segu ir. na administracão e no exército.

1. Na revolta dos escravos, as f rentes estavam bem c) adoção da medida democrática de concessão da
definidas, pois tratava-se principa lmente de uma cidadania romana a todos os homens livres das
luta dos escravos rurais contra os seus senhores e províncias conquistadas.
contra o Estado romano, que protegia estes últi- d) admin istração de caráter monárquico com o poder
mos. Este período iniciou-se com a primeira revol- das assembleias baseado no controle do exércit o
ta de escravos na Sicília e terminou com a revolta e da plebe.
de Espártaco. e) preservação do ca ráter aristocrático dos patrícios
li. As revoltas dos habitantes das províncias e dos que controlaram o Senado, a Assembleia centuria-
itá licos podem ser consideradas movimentos de ta e as magistraturas.

Vestibular em foco 37
15. (UFV-MG) A respeito das classes que compunham a 2 - Embora solidamente enraizado na sociedade clás-
sociedade romana na Antiguidade, é CORRETO afir- sica antiga, o sistema escravista foi sendo paula-
mar que: tinamente abolido no período.
a) os "plebeus" podiam casar-se com membros das 4 - Os escravos conseguiram melhores condições de
famílias patrícias, forma pela qua l conseguiam vida após promoverem constantes revoltas, como
quitar suas pendências de terra e dinheiro, conse- a de Spartacus (73-71 a.C.), que liderou o último
guindo assim certa ascensão social. movimento rebelde contra Roma.
8- Nesse período assistiu-se ao aparecimento de uma
b) os "plebeus" compunham a classe formada pelos
classe média de proprietários rurais e o desapare-
camponeses, artesãos e alguns que consegu iam
cimento do latifúndio.
enriquecer-se por meio do comércio, atividade que
lhes era permitida. 16 - Foi na República romana que se efetivou a união
entre a grande propriedade agrícola e a escravidão
c) os "clientes" eram estrangeiros acolhidos pelos
em grande escala, ou seja, sua sistematização por
patrícios e transformados em escravos, quando
uma arist ocracia urbana, cujo result ado foi a ins-
sua conduta moral não condizia com a de seus
tituição rural do latifúndio escravo extensivo.
protetores.
d) os "patrícios" foram igualados aos plebeus, duran- 18. (Fuvest-SP)
te a democracia romana, quando da revolta dos César não saíra de sua província paraJazer mal algum,
clientes, que lutaram contra a exclusão socia l da mas para se defender dos agravos dos inimígos, parares-
qual eram vítimas.
tabelecer em seus poderes os tribunos da plebe que ti-
e) os "escravos" por dívida eram o resultado da trans- nham sido, naquela ocasião, expulsos da Cidade, para
formação de qualquer romano em propriedade de devolver a liberdade a si e ao povo romano oprimido
outrem, o que ocorria para todos que violassem a pela facção minoritária.
obrigação de pagar os impostos que sustentavam
Caio Júlio César. A Guerra Civil. São Paulo: Estação liberdade, 1999, p. 67.
o Estado expansionista.
O texto, do século I a.e., retrata o cenário romano de
16. (UEPB) Dentre os movimentos socia is que marcaram
a) implantação da Monarquia, quando a aristocracia
a República romana, podemos destacar as lutas en-
perseguia seus opositores e os forçava ao ostracis-
tre patrícios e plebeus. Sobre estas lutas, é correto
mo, para sufocar revoltas oligárquicas e populares.
afirmar:
b) t ransição da República ao Império, período de re-
a) O casamento entre patrícios e plebeus não foi per- formu lações provocadas pela expansão mediter-
mitido, apesar das conquistas do povo romano nas rânica e pelo aumento da insatisfação da plebe.
1utas contra os patrícios.
c) consolidação da República, marcado pela partici-
b) Apesar da marginalização política, não havia dis- pação política de pequenos proprietários rurais e
criminação entre patrícios e plebeus. pela implementação de amplo programa de refor-
c) Os plebeus conquistaram, em 367 a.e, o direito de ma agrária.
participa r do consulado com a promulgação da Lei d} passagem da Monarquia à República, período de
Licínia, que também regulamentou a exploração consolidação oligárquica, que provocou a amplia-
das terras públicas. ção do poder e da influência política dos militares.
d} Quando um patrício tornava-se insolvent e, sem e) decadência do Império, então sujeit o a invasões
cond ições de pagar dívidas, tinha de se submeter estrangeiras e à fragmentação política gerada pe-
ao nexum. Este foi um dos fatores que causou os las rebeliões populares e pela ação dos bárbaros.
conflitos entre plebeus e patrícios.
e) Em 450 a.e, foi publicada a Lei das Doze Tábuas, 19. (Unica m p-SP)
um dos fundamentos do Direit o Romano, que não Por que as pessoas se casavam na Roma Antiga? Para
assegurou a igualdade jurídica entre patrícios e esposar um dote, um dos meios honrosos de enriquecer,
plebeus. e para ter, em justas bodas, rebentos que, sendo legítimos,
perpetuassem o corpo cívico, o núcleo dos cidadãos. Os
17. (UEPG-PR) A antiguidade Greco-romana tornou a es- políticos nãofalavam exatamente em natalismo,Jutura
cravidão absoluta na forma e dom inante na extensão, mão de obra, mas em sustento do núcleo de cidadãos que
convertendo-se maciça e generalizada na Grécia (sé- Jazia a cídade perdurar exercendo a "função de cídadão"
culos V e IV a.e.) e em Roma (entre li a.e. e li d.C.). ou devendo exercê-la.
Nesse contexto, assinale o que for correto. (Adaptado de P. Ariés e G. Duby, História da Vida Privada. São Paulo:
Companhia das Letras, 1990. v. 1, p. 47.)
1-A escravidão e a liberdade helênicas eram indivisí-
veis, pois uma era a condição estrutural da outra; a) Por que o casamento tinha uma conotação política
uma condição polarizada da perda completa de entre os cidadãos, na Roma Antiga?
liberdade justaposta a uma nova liberdade sem b) Indique dois grupos excluídos da cidadania duran-
impedimentos. te a República romana (509-27 a.e.).

38 Caderno de estudo
20. {UFRGS-RS) No bloco superior aba ixo, são listados b) os "plebeus" compunham a classe formada pelos
alguns líderes que at uaram no período republicano camponeses, artesãos e alguns que conseguiam
da Antiga Roma; no inferior, são atadas ações desses enriquecer-se por meio do comércio, atividade que
líderes. lhes era permitida.
c) os "clientes" eram estrangeiros acolhidos pelos
Associe corretamente o bloco inferior ao superior.
patrícios e transformados em escravos, quando
1. Otávio sua conduta moral não cond izia com a de seus
2. Caio Mário protetores.
3. Tibério Graco d) os "patrícios" foram igualados aos plebeus, dura n-
4. Pompeu te a democracia romana, quando da revolta dos
( ) Operou uma reforma militar que permitiu o re- clientes, que lutaram contra a exclusão social da
crutamento de soldados entre a popu lação mais qual eram vítimas.
pobre de Roma. e) os "escravos" por dívida eram o resultado da trans·
formação de qualquer romano em propriedade de
( ) Acumulou uma série de títu los e cargos e acabou
outrem, o que ocorria para todos que violassem a
por estabelecer em Roma o sistema político
obrigação de pagar os impostos que sustentavam
imperia l.
o Estado expansionista.
( ) Tentou implementar uma reforma que permitisse
a distribuição de terras públicas entre os cidadãos 23. {Ufsca r-SP)
mais pobres de Roma. Quando a noticia disto chegou ao exterior, explodiram
A sequência correta de preenchimento dos parênte- revoltas de escravos em Roma (onde 150 conspiraram contra
ses, de cima para baixo, é: o governo), em Atenas (acima de 1.000 envolvidos}, em De·
a) 2 -1- 4. los e em muitos outros lugares. Mas osfuncionários gover-
namentais logo as suprimiram nos diversos lugares com
b) 1- 2 - 4.
pronta ação e terríveis torturas como punição, de modo que
c) 2 -1- 3.
outros que estavam a ponto de revoltar-se caíram em si.
d) 1- 2- 3. (Diodoro da Sicília, sobre a Guerra Servil na Sicília .13S-132 a.C.)
e) 3 - 4- 2.
Écorreto afirmar que as revoltas de escravos na Roma
21. {Vunesp·SP) Ant iga eram
O vínculo entre os legionários e o comandante come- a) lideradas por senadores que lutavam contra o sis-
çou progressivamente a assimilar-se ao existente entre tema escravista.
patrão e cliente na vida civil: a partir da época de Mário b) semelhantes às revoltas dos hilotas em Esparta.
e Si/a, os soldados procuravam os seus generais para a c) provocadas pela exploração e maltratos impostos
reabilitação econômica e os generais usavam os soldados pelos senhores.
para incursões políticas. d) desencadeadas pelas frágeis leis, que deixavam
(Perry Anderson, Passagem da antiguidade ao f eudalismo.) indefinida a situacão de escravidão.
'
e) pouco frequentes, comparadas com as que ocor-
O texto oferece subsídios para a compreensão:
reram em Atenas no tempo de Sólon .
a) da crise da República romana.
b) da implantação da monarquia etrusca. 24. (PUCC-SP) Sobre os primitivos habitantes da Itália,
c) do declínio do Império Romano. pode-se afirmar que os:
d) da ascensão do Império Bizantino. a) italiotas acomodaram-se no Sul da Itália, onde de-
e) do fortalecimento do Senado. senvolveram povoados.
b) gregos ocupa ram a parte Central da Península,
22. {UFV·MG) A respeito das classes que compunham a subdividindo-se em vários clãs.
sociedade romana na Antiguidade, é CORRETO afir- c) etruscos, provavelmente originários da Ásia, ocu-
mar que: param o Norte da Península.
a) os "plebeus" podiam casar-se com membros das d) lígures fixaram-se ao Sul combatendo ferrenha-
famílias patrícias, forma pela qual conseguiam mente os etruscos.
quitar suas pendências de terra e dinheiro, conse· e) sículos penetraram na Península através da cadeia
guindo assim certa ascensão social. dos Alpes e ocuparam o Norte.

Vestibular em foco 39
TEMA9
,
ROMA: PERIODO IMPERIAL

Fundação do Império Romano (31 a.CJ

1
V

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Ce nt ralização do poder pelo imperador
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u•
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Formação de J ogos e distribuição de Expansão
Ili Grandes obras
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uma burocracia alimento para a plebe territorial
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,a, Florescimento cultural
Acomodação das Aquisição de
e. tensões sociais escravos no Império Romano
E • Visão humanista e
o
.... religião politeísta
-
<• • 1
1
!herdadas dos g regos)
• Poesia e literat ura:
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a, 1 Virgílio, Horácio e
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Ovídio
o ' .... ------------
e. • Direito: códigos de leis
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'-------------, 1

v
Limites à
expansao-
territorial

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V
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Escassez de
>1 escravos
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"'C 1

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Ili Disputa entre


-u
o
::,
chefes militares

,a,
-o
Ili
~---..---v'
·-
1,..
,a,
• Diocleciano (284-305):
fixou os preços de
Subversão na
estrutura política
( - __ Crescimento do
cristianismo
e. mercadorias e salários.
E v'
-o • Constantino (306-
-337): liberdade de
·-
X
10 culto aos crist ãos;
(---- Tentativas de
salvar o Império
'°a,••
segunda capital em
1
Invasão dos povos

·-u
Ili
1,..
Constantinopla.
• Teodósio 1378- 395):
c rist ianismo como
---""--- '

Desagregação cio
de fora do Império
(os "bárbaros")

religião o ficial, d ivisão ,1


do Império Romano lmQé r.io Romano ao --------------------- ------
em duas partes. Ocidente 1476 d.G.I

40
Exercícios
1. {Fuvest-SP) Cesarismo/cesarista são termos utilizados No texto, a conquist a romana de todo o Mediterrâneo é:
para caracterizar governantes atuais que, à maneira a) cri t icada por impor aos povos uma única história,
de Júlio César (de onde o nome), na antiga Roma, exer- ditada pelos vencedores.
cem um poder b) desqua lificada, por suprim ir as independências
a) teocrático. políticas regionais.
b) democrático. c) defendida, por estabelecer uma única cultura, a
c) aristocrático. do poder imperial.
d) burocrático. d) exaltada, por integrar as histórias particulares em
e) autocrático. uma única história geral.
e) lamentada, por sufocar a autonomia e identidade
2. {UFS-SE) Considere o texto que segue: das culturas.
[...] A Antiguidade Greco -romana sempre constituiu
um universo centralizado em cidades. O esplendor e a
4. {UFRR-RR) Sabe-se que desde 510 a.e. Roma dedicou-
solidez da antiga pó/is helênica e a posterior República -se ao domínio de toda a península itálica. A partir de
romana, que ofuscaram tantos períodos subsequentes, 264 a.e. voltou-se contra Cartago e as colônias ca r-
traduziam um nível de organização e cultura urbanas que taginesas no norte da África, Sicília, Sardenha, Córse-
jamais seriam igualados em outro milênio. [...] ga, Baleares e penínsu la ibérica. De 200 a.e. até o ano
ANDERSON, Perry Anderson. Passagens da antiguidade ao fe udalismo. 476, Roma atravessou seis séculos de cont ínua expan-
Trad. Beatriz Sidou. São Paulo: Brasiliense, 1989. p. 19. são territorial, formando um império ainda mais vas-
to do que o de Alexand re, o Grande.
Analise as afirmações sobre a Ant iguidade Clássica [e
assina le verdadeiro ou fa lso]: Assim sendo, escolha a alternativa que está de acor-
( ) A riqueza material que sustentava a at ividade do com o texto supracitado:
intelectua l e cívica provinha da agricultura; os a) O sistema econômico do Império romano era agrá-
proprietários de terras dominavam os agrupa- rio, possuindo uma classe intermediária entre se-
mentos urbanos. nhores e escravos, que era responsável pelo cultivo
( ) O cenário geográfico onde se desenvolveram as da terra. Essa classe era conhecida como "Bárbaros".
civilizações grega e romana foi fundamental para b) A implantação do Império romano se deu pelas
a expansão do comércio, que se baseou na aber- bases do cri stianismo que absorveu as religiões
t ura de vias terrestres de comunicacão . pagãs das tribos gentias instaladas nas fronteiras.

( ) O pleno exercício da cidadania repousava no tra- c) A divisão social em Roma era rígida e compreendia
balho escravo. A li berdade do cidadão estava in- a corte do imperador, os sacerdotes, lat ifun diários,
trinsecamente ligada à permanência da escravi- pequenos comerciantes, exército, bárbaros e ser-
dão, tanto na Grécia quanto em Roma. vos. Esta divisão era regida exclusivament e pela
( ) As cidades-estado gregas evoluíram em sua forma economia.
de governo mas permaneceram estados autôno- d) O regime de governo, durante o século VI a.e., era
mos e não realizaram a unificacão •
do território . monárquico, no qua l o rei, eleito pelo Senado, go-
Diferentemente das cidades-estados gregas, Ro- vernava durante toda a vida, acumulando a chefia
ma estendeu seus domínios sobre o mundo da militar, administrativa,juridica e religiosa.
época e concedeu cidada nia à parte das elites das e) Júlio César foi o primeiro grande imperador de Ro-
regiões conqu ist adas e fundou um Império. ma, sua ascensão foi realizada por um golpe vio-
( ) A cultura helen ística, que resultou do domínio lent o contra o Senado, bem como pela morte bru-
dos Antoninos sobre o território grego, foi im- ta l de todos os chanceleres da corte.
posta pelos romanos aos povos conquistados
quando transformaram o mar Mediterrâneo em 5. (ESPM-SP)
um lago romano, impulsionados pelos avanços Eu, Constantino Augusto, assim como eu, Licínio Au-
dos macedônios. gusto, reunidos... para discutir todos os problemas relati-
vos... ao bem público, entendemos dever regular, em
3. (Unifesp-SP) primeiro lugar, entre outras disposições ..., aquelas sobre
Podemos dizer que antes as coisas do Mediterrâneo as quais repousa o respeito pela divindade, isto é, dar aos
eram dispersas ... mas como resultado das conquistas ro- cristãos, como a todos, a liberdade e a possibilidade de
manas é como se a história passasse a ter uma unidade seguir a religião da sua escolha ... afim de que a divinda-
orgânica, pois as coisas da Itália e da Africa passaram a de suprema, a quem rendemos espontaneamente home-
ser entretecidas com as coisas da Ásia e da Grécia e ore- nagem, possa testemunhar-nos em todas as coisas o seu
sultado disso tudo aponta para um único fim. favor e a sua benevolência costumadas...
POLÍBIO. Histór;a, 1.3. FR EITAS, Gustavo de Freitas. 900 textos e documentos de H;stória.

Vestibular em foco 41
O documento apresentado é um f ragmento do(a): Durante muitos séculos, os ant igos romanos diverti-
a) Edito do Máximo. ram-se com a atuação dos gladiadores nos chamados
espetáculos públicos, que utilizava m diferentes t ipos
b) Lei Ca nuleia.
de armas, permitidas pelas autoridades de Roma, co-
c) Lei Licínia. mo as que podem ser observadas na ilustração. Esses
d) Edito de Milão. gladiadores eram recru tados, principalmente, entre
e) Edito de Tessalônica. a) homens poderosos da plebe.
b) cidadãos da nobreza romana.
6. (UFPR) O cristianismo católico tornou-se religião oficia 1
c) servos dos latif únd ios estata is.
do Império Romano no ano de 380 d.C., data da edição
do famoso édit o de Tessalônica, outorgado pelo Im- d) escravos das áreas dominadas.
perador Teodósio. Desde a sua criação até est e mo- e) heróis das conquist as romanas.
mento, a caminhada foi dura e difícil para os segui-
8. (UFRN) Sidônio Apoli nário, aristocrat a da Gália roma -
dore s de Cristo. Exemplo disso foram as perseguições
na, escrevendo a um amigo, num período de grandes
movidas por alguns imperadores romanos, et erniza-
t ran sformações culturais, assim se expressou :
das pelos relatos f antásticos e emotivos de vários
escrit ores e historiadores cri stãos. O vosso amigo Eminência, honrado senhor, entregou
uma carta por vós ditada, admirável no estilo [...]. A língua
Podemos apont ar como principais causas dessas per- romanafoi há muito tempo banida da Bélgica e do Reno;
segu1çoes: mas se o seu esplendor sobreviveu de qualquer maneira,
a) O ódio e a intolerância t anto das autorid ades co- foi certamente convosco; a nossa jurisdição entrou em
mo da população pagã do mundo romano, que decadência ao longo dafronteira, masenquanto viverdes
viam na f igura de Cristo e na comun idade cristã e preservardes a vossa eloquência, a língua latina perma-
uma ameaça ao poder do imperador. necerá inabalável. Ao retribuir as vossas saudações o meu
b) A const ante penetração de elementos cristãos coração alegra-se dentro de mim por a nossa cultura em
tant o nas filas do exército imperial romano como desaparição ter deixado tais traços em vós [...).
Apu d PEDRERO-SÁN CHEZ, M aria Guadalu pe. História da Idade M édia:
em cargos adm inist rativos de elevada import ân- textos e t est emunhas. São Pau lo: Editora U N ESP, 2000. p. 42-43.
cia, que poderiam servir de "mau exemplo" tanto
em termos políticos como ideológicos. A opinião contida no f ragment o da cart a est á direta-
c) Aspect os de índole moral, na medida em que os mente relacionada às
cri st ãos eram acusados pelos pagãos de realiza - a) invasões dos territ óri os do Império Romano pelos
rem orgias e assassinat os de crianças em seus povos germâ nicos, provocando mudanças nas ins-
ritua is. t ituições imperi ais.
d) A associação entre os cri stãos e os inimigos bár- b) influ ências da cult ura grega sobre a lat ina após a
baros que punha em ri sco a est abilidade política conqu ist a da Grécia pelos rom anos e sua anexação
e religiosa int erna do mundo im perial romano. ao Império.
e) A necessidade de oferecer à população de Roma c) vitórias dos romanos sobre Cartago nas chamadas
"pão e circo", com os crist ãos sendo sacrificados Guerras Púnicas (264-146 a. C.), impondo a cult ura
na arena do Coliseu pa ra mini mizar a ameaça do Impéri o a todo o norte da Áf rica.
de revoltas popu lares contra as auto rida des d) crises que se abat eram sobre o Impéri o Romano
1mperia 1s. depois do governo de Marco Aurélio (161-180 d. C.),
quando o exército passou a controlar o poder.
7. (Ufa l) Considere a ilustração.
, 9. (Unaerp-SP) Na história de Roma, o século Ili da era
cri stã é considerado o século das crises. Foi nesse pe-
ríodo que :
a) As tensões geradas pelas conqu istas se refl etiram
nas cont endas políticas, cria ram um clima de
constantes agitações, promovendo desordens nas
cidades.
b) O exército entrou em crise e deixou de ser o exér-
cit o de cidadãos proprietári os de terras.
c) O im pério romano começou a sofrer a terrível
crise do t rabalho escravo, base principa l de sua
ri queza.
HI LAR1N\'5 d) Os soldados perderam a confiança no Est ado e
torna ram-se fi éis a seus generais partilhando com
eles os espólios de guerra.
(ln: Ph il ip pe Ariês e Georges Du by (di reção) História da vida privada. Trad.
e) Os conflit os pela posse da terra geraram a guerra
São Pau lo: Companh ia das Letras, 1992. v. 1, p. 119) civil.

42 Caderno de estudo
10. (UFMS) Sobre a hist ória de Roma, é correto afirmar: c) teve uma importância ilimitada ao mundo europeu
medieval, sendo esquecido pelos modernos.
{01) Paralelamente à versão lendária da fundação de
Roma pelos irmãos gêmeos Rômu lo e Remo, des· d) conseguiu f irmar-se no mundo europeu, mas man·
cobertas arqueológicas atestam que, antes de 753 teve-se desconhecidos nas culturas orientais.
a.e., a região do Lácio já era habitada por povos e) está superado no mundo atual, não merecendo
de diferentes etnias, organ izados em comunida- at enção dos est udos jurídicos contemporâneos.
des agrícolas e pastoris, entre eles os etruscos que,
13. {UFTM-MG)
entre os sécu los VII e VI a.e., expandiram seu ter·
ritório e controlaram a monarquia em Roma. Os romanos deram o nome de pax romana ao período
{02) O período republicano foi marcado por lutas entre de estabilização das fronteiras. Nesse período, 300 mil
soldados, deslocando-se rapidamente pelas estradas do
patrícios e plebeus, as quais resultaram na criação
de magistrados especiais, conhecidos como Tribunos Império, defenderam as fronteiras junto aos rios Reno e
da Plebe, encarregados de defender os interesses Danúbio contra as incursões das tribos germânicas, con -
tiveram invasões orientais e sufocaram rebeliões internas.
jurídicos, políticos e sociais da plebe junto ao Senado.
A paz romana foi, antes de tudo, uma "paz armada'~ o
{04) A expansão dos domínios romanos, na penínsu-
maior símbolo do apogeu do Império, que, no entanto,já
la Itá lica e em torno do Mar Mediterrâneo, acar-
carregava em seu interior os sinais de sua decadência.
retou uma desaceleração do processo de concen-
(Flavio de Campos e Renan Ga reia Miranda. A escrita da História)
tração fundiária nas mãos da aristocracia
patrícia, haja vista que o Estado romano estabe- O fim das conquistas romanas
leceu uma série de medidas visando distribuir a) fortaleceu os plebeus, em especial os mais ricos, que
terras aos pequenos e médios proprietários e à conquistaram a instituição do tribunato da plebe e
plebe urbana empobrecida. a permissão do casamento com os patrícios.
{08) Entre as maiores heranças cultu rais dos romanos, b) provocou a guerra de Roma contra Cartago - as
para a civilização ocidental, estão o Direito, bem Guerras Púnicas-, pois os cartagineses colocaram
como a língua latina, que serviu de matriz linguís· em risco as conquistas romanas na Sicília e no nor·
tica a inúmeros idiomas modernos. te da África.
(16) Deterioração do exércit o, crise de suprimento da c) gerou o término do suprimento de escravos, de-
mão de obra escrava, inflação, instabilidade polí- correndo disso todo um processo de desordem
tica, instituição do colonato, como novo tipo de econômica em Roma, com a fragilização do Exér-
relação de traba lho, foram algumas das caracte- cito e o avanço dos germanos.
rísticas que marcaram o período da história roma- d) estabeleceu uma nova condição juríd ica para os
na conhecido como Diarquia, instaurada entre os plebeus, que não podiam mais ser vítimas da es·
séculos Ili e V d.C. cravização por dívidas e foram beneficiados com
a distribuicão

de t erras.
11. {UFPI) Sobre a queda do Império Romano do Ociden-
e) motivou o crescimento dos espaços urbanos no
te no ano de 476 d.e. podemos afirmar que:
Império, com o consequente aumento das ativida-
a) Ocorreu, após os conflitos entre Roma e os carta- des manufatureiras e comerciais, além do cresci-
gineses, o que enfraqueceu as bases econômicas mento da popu lação.
do Império.
b) Teve, no fortalecimento do cristianismo, a única 14. {UFJF-MG) A partir do século Ili assist e-se ao longo
motivação explícita. processo de crise do Império Romano do Ocidente e
c) Foi provocada pela conjugação de uma série de ao desenvolvimento das instituições feudais, que da-
fatores, destacando-se a ascensão do cristianismo, ria início ao período medieval. Assinale o item que
as invasões bárbaras, a anarquia nas organizações NÃO se enquadra nesse contexto.
militares e a crise do sistema escravista. a) A expansão do Império Romano do Ocidente ces·
d) Teve, na superioridade dos povos bárbaros, a única sou, levando ao decréscimo da obtenção de escra-
explicação possível. vos e riquezas.
e) Teve, em Carlos Magno, Imperador dos francos, a b) As f ronteiras pouco controladas devido à fragili-
principal liderança político-militar a comandar os dade romana possibilitaram a invasão dos povos
povos bárbaros na queda de Roma. bárbaros e a fragmentação territoria l do Império.
c) O poder político exercido pelas grandes cidades se
12. {UFPE) O crescimento do Império Romano contribuiu manteve, levando a um crescimento da urbaniza·
para aumentar suas dificuldades adm inistrativas. O ção e desenvolvimento das instituições comerciais.
Direito teve uma importância fundamental na supe- d) Desenvolveu-se o sist ema de colonato através do
ração dessas dificu ldades. Na história do Ocidente, o qual escravos e plebeus empobrecidos passaram
direito romano: a trabalhar como colonos nas terras dos grandes
a) foi superado pelos ensinamentos trazidos pelos proprietários.
mestres bizantinos da Idade Média. e) Iniciaram-se as relações de suserania e vassalagem
b) mantém um lugar de destaque nos estudos das baseadas em fidelidade e prestação de serviços
normas sociais existentes na Antiguidade. dos vassalos para com os senhores.

Vestibular em fo co 43
15. (Ufam) Nos últimos anos, a indústria hollywoodiana d} gregos e romanos classificavam de bárbaros povos
investiu em filmes sobre a Antiguidade Clássica que que viviam da caça e da coleta, como os persas,
se tornaram grandes sucessos. Heróis como Máximo em oposição aos povos urbanos civilizados.
em "Gladiador" ou Aquiles em "Troia" não deixam de
representar um estímulo para um conhecimento 18. (UFG-GO) Leia o verbete a seguir.
aprofundado desse momento histórico. A re speito do vândalo (do latim vandalus). S. m. 1. Membro de um
referido período você pode afirmar que: povo germânico de bárbaros que, na Antiguidade, devas-
1. No século V a.e. os gregos consideravam a polis taram o Sul da Europa e o Norte da África. 2. Fig. Aquele
como o único contexto em que o homem podia que destrói monumentos ou objetos respeitáveis. 3. Fam.
realizar as suas capacidades espirituais, morais e Indivíduo que tudo destrói, quebra, rebenta.
intelectuais, ou seja, a sua cidadan ia. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI:
dicionário da lín gua p ortuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira,
li. O princípio de liberdade política, fundamental à 1999. (Adaptado).
política grega e estranho à experiência política do
Oriente Próximo, era vital para a conformação do O verbete "vânda lo" indica que o mesmo termo ad-
ideal democrát ico no Ocidente. qu ire diferent es significados. O sentido predom inan-
Ili. A grande realização de Roma foi transcender a es- t e no dicionário cit ado, e amplamente empregado
treita orientação política da cidade-Estado e criar na cobertura midiática das recent es man ifest acões
'
um Estado universa l que unificou as diferentes no Brasil, decorre da preva lência, na cultura ociden -
sociedades do mundo mediterrâneo. t al, de uma
IV. Entre os resu ltados do imperia lismo romano so- a) visão de mundo dos romanos, que, negando a cul-
bressaem-se o afluxo de capitais, desenvolvimen- t ura dos povos germânicos, consolidou a dicotomia
to de uma economia monetária, a concentracão entre civilizacão

e barbárie.
'
da propriedade fundiária e o crescimento da mão b} menta lidade medieva l, que, após a queda do
de obra servil. Império Romano, se apropriou da he rança cu l-
Com relação a estas afirmativas, você pode concluir que: tural dos povos germânicos conquistadores,
va lorizando-a.
a) Todas as proposições estão corretas;
c) concepção renascentista, que resgatou os valores
b} Apenas as proposições li, Ili e IV estão corretas; cristãos da sociedade romana, reprim idos desde
c) Apenas as proposições 1, li e IV estão corretas; as invasões dos povos bárbaros.
d} Apenas as proposições 1, li e Ili estão corretas; d} imagem construída por povos dominados pelo Im-
e) Todas as proposições estão erradas. pério, que identificaram os vândalos como símbo-
lo de resistência à expansão romana.
16. (U FFS-SC} Analise o texto abaixo:
e) percepção resu ltante dos conflitos internos entre
O legado romano às t ecnologias de construção é ine- os povos germânicos que disseminou uma imagem
gável. Até hoje são utilizados para as alvena- negativa em relação aos vânda los.
rias ......................., para vencer vãos ...............e o sistema
de ................................ para as ruas. 19. (Uece)
"(...] com seus 70 a 75 mil habitantes, a Pompeia dos
Assinale a alternativa que completa corretamente as
anos 70 d.C. apresentava-se como uma cidadezinha pro-
lacunas do texto.
vinciana enriquecida. Possuía uma agricultura desen-
a) a areia; o arco; asfalto volvida, que alguns autores consideram capitalista de-
b) o concreto simples; a viga; asfalto vido à sua orientação para o mercado. No campo,
c) o concreto simples; o arco; calçamento predominavam fazendas escravistas voltadas para a
d) a argamassa; a laje; regularização produção de mercadorias, trigo, azeite e, principalmen-
e) o barro; a treliça; calçamento te, vinhos de diversas qualidades: populares, aromati-
zados, para aperitivo, medicinais, para citar apenas al-
17. (Unicamp-SP) O termo "bárbaro" teve diferentes sig- guns. A criação de gado e a floricultura também eram
nificados ao longo da história. Sobre os usos desse praticadas no campo. As principais manufaturas encon-
conceito, podemos afirmar que: travam-se concentradas no interior do recinto urbano:
a) bárbaro foi uma denominação comum a muitas fábricas de cerâmica, construção civil, tinturarias, lavan -
civilizações para qualificar os povos que não com- derias, manufaturas têxteis e de confecções, de conser-
partilhavam dos valores dest as mesmas civilizações. vas de peixe e panificadoras. Embora não possamos
b} entre os gregos do período clássico o termo foi falar em revolução industrial, não cabe dúvida que a
utilizado para qualificar povos que não fa lavam urbanização ligava -se ao papel articulador do mercado
numa economia baseada no consumo de massa."
grego e depois disso deixou de ser empregado no
FUNARI, Pedro Paulo A .A vida quotidiana na Roma antiga. São Paulo:
mundo mediterrâneo antigo. Annablum e, 2003. p. 54·55.
c) bá rbaros eram os povos que os germanos classifi-
cavam como inadequados para a conquista, como No fragmento acima, Pedro Paulo de Abreu Funari se
os vândalos, por exemplo. refere a:

44 Caderno de estudo
a) uma cidade medieva l que vivenciou o lento pro- 22. (Fuvest-SP) Várias razões explicam as perseguições
cesso de transição da economia rural e agrícola do sofridas pelos cristãos no Império Romano, entre elas:
feudalismo para uma economia urbana e mercan - a) a oposição à religião do Estado Romano e a negação
til da modernidade. da origem divina do Imperador, pelos cristãos.
b) uma cidade romana que viveu o seu apogeu no pe- b) a publicação do Edito de Milão que impediu a le-
ríodo do Império, com grande pujança econômica galização do Cristianismo e alimentou a repressão.
e desenvolvimento urbano grandioso, até sua des- c) a formação de heresias como a do Arianismo, de
truição pela erupção vulcânica do monte Vesúvio. autoria do bispo Ário, que negava a natureza divi-
c) uma colônia inglesa na América que se desenvol- na de Cristo.
veu autonomamente em relação à sua metrópole, d) a organização dos Concílios Ecumênicos, que visa-
prat icando comércio com áreas vizinhas e diversi- vam promover a definição da doutrina cristã.
ficando suas atividades econômicas. e) o fortalecimento do Paganismo sob o Imperador Teo-
d) uma cidade europeia que teve seu desenvolvimen- dósio, que mandou martirizar milhares de cristãos.
to econômico ligado ao processo de industrializa-
cão

de manufaturas têxteis e de confeccões

desen- 23. {UFRN) Sidônio Apolinário, aristocrata da Gália roma-
volvidas a partir da evolução técnica oportunizada na, escrevendo a um amigo, num período de grandes
pela revolução industrial moderna. transformações culturais, assim se expressou:
O vosso amigo Eminência, honrado senhor, entregou
Leia o texto para responder à{s) questão(ões) a seguir. uma carta por vós ditada, admirável no estilo[...]. A língua
Apesar de não ter sido tão complexo quanto os gover- romana foi há muito tempo banida da Bélgica e do Reno;
nos modernos, o Império {Romano] também precisava mas se o seu esplendor sobreviveu de qualquer maneira,
pagar custos muito altos. Além de seus funcionários, da foi certamente convosco; a nossa jurisdição entrou em
manutenção das estradas e da realização de obras, pre- decadência ao longo da fronteira, mas enquanto viverdes
cisava manter um grande exército distribuído por toda a e preservardes a vossa eloquência, a língua latina perma-
sua extensão. A cobrança de impostos é que permitia ao necerá inabalável. Ao retribuir as vossas saudações o meu
governo continuarfuncionando e pagando seus gastos. coração alegra-se dentro de mim por a nossa cultura em
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Rom a e seu império, 2004.) desaparição ter deixado tais traços em vós[.. .].
Apud PEDRERO ·SÁNCHEZ, Maria Guada lupe. História da Idade Média:
textos e testemunhas. São Paulo: Editora UNESP, 2000. p. 42·43.
20. {Vunesp-SP) Os gastos militares intensificaram-se a
partir dos séculos Ili e IV d.C., devido A opinião contida no fragmento da carta está direta-
a) ao esforço romano de expandir suas fronteiras pa - mente relacionada às
ra o centro da África. a) invasões dos territórios do Império Romano pelos
b) às perseguições contra os cristãos, que, bem-suce- povos germânicos, provocando mudanças nas ins-
didas, permitiram o pleno retorno ao politeísmo. tituições i m per ia is.
c) à necessidade de defesa diante de ataques simul- b) influências da cultura grega sobre a latina após a
tâneos de bárbaros em várias partes da front eira. conquista da Grécia pelos romanos e sua anexação
ao Império.
d) aos anseios expansionistas, que levaram os roma-
c) vitórias dos romanos sobre Cartago nas chamadas
nos a buscar o controle armado e comercia l do mar
Guerras Púnicas {264-146 a. C.), impondo a cultura
Mediterrâneo.
do Império a t odo o norte da África.
e) à guerra contra Cartago pelo controle de terras no
d) crises que se abateram sobre o Império Romano
norte da África e na Península Ibérica.
depois do governo de Marco Aurélio (161-180 d. C.),
quando o exército passou a controlar o poder.
21. (Mack-SP) Durante a República Romana, a conquista
da igualdade civil e política, os tribunos da plebe e a 24. (Unaerp-SP) Na história de Roma, o século Ili da era
lei das Doze tábuas foram decorrentes: cristã é considerado o século das crises. Foi nesse pe-
a) da marginalização política, discriminação social e ríodo que:
desigualdade econômica que afetavam a plebe a) As tensões geradas pelas conquistas se refletiram nas
romana. contendas políticas, criaram um clima de constantes
b) da crise do sistema escravista de produção, trans- agitações, promovendo desordens nas cidades.
formando escravos em colonos e consequente b) O exército entrou em crise e deixou de ser o exér-
declínio da agricultura. cito de cidadãos proprietários de terras.
c) do elevado poder do exército, que para conter a c) O império romano começou a sofrer a terrível crise
pressão das invasões bárbaras realizou reformas do trabalho escravo, base principal de sua riqueza.
político-administrativas. d) Os soldados perderam a confiança no Est ado e
d) do afluxo de riqueza para Roma devido às conquis- tornaram-se fiéis a seus generais partil hando com
tas e enfraqueciment o da classe equestre. eles os espólios de guerra.
e) da elevação do cristianismo que pregava a igual- e) Os conflitos pela posse da terra geraram a Guerra
dade de todos os homens. Civil.

Vestibular em foco 45
TEMA 10
O IMPÉRIO BIZANTINO

Império Romano

1
V

Expansão do
I
, ------------ cristianismo
----------- .... - \

---- ---~
1 1
1
,-.:, _v_
• •
\
\
1
1
1 1
1 1
1 1
1 1
1 1
1
1
1
1

Dependência
1
( - _,_ - ) Invasões Dinamismo comercial e menor <-__, 1

da expansão bárbaras dependência da expansão


1

1 1
1 ,' 1

'---------~---------~
1
1
1
1
1
1 V
V
·, -lmper.10
.. ----- ---- - ...
Queda e
fragmentação Bizantino '\

1
V
Reconquista
Justiniano (527- 5651
., temporária do Império
e Apogeu do Império Bizantino
~
o
do Ocidente
1
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1
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.e Divergências com Igreja
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V
o~ 1
õ
u
v Cesaropapismo
Cisma do Recusa em reconhecer o papa
Oriente (10541 Iconoclastia

Igreja cristã ortodoxa


Igreja católica romana (Orientei
(Ocidente) ( - - - - - - - - -) Império Bizantino, até sua desagregação com
Sem unidade polít ica: a conquista dos turcos o tomanos e a tom ada
ocidente medieval. de Constantinopla, em 1453.

46
, .
Exerc1c10s
1. {UFPB) A imagem abaixo está em um mosaico da igre- 3. {PUC-PR)
ja de San Vitale, na cidade de Ravena, na Itália. A fi- É bizantino esperar de uma política bancária que au-
gura é de influência cultu ral biza nt ina e representa o menta os depósitos compulsórios e que eleva a alíquota
imperador Justiniano cercado de cortesãos. do PIS/Cofins uma redução expressiva das taxas de crédi-
to. Também o é culpar a Selice o lucro dos bancos pelos
empréstimos caros no Brasil, ignorando as demais causas.
A superação da barreira do crédito demanda um diag-
nóstico realista e a eliminacão das bizantinices .

(Roberto Luís Troster. Folha de S.Paulo, 03. ago.2006, p. A3).

O autor nos compara, com muita propriedade, com


o Império Bizantino, onde:
a) o povo não era at ingido por tribut ações exagera-
das, causa da paz e eq uilíbrio sempre present es
naquela sociedade.
b) seus habit antes deleitavam-se com discussões
fil osóficas, sut is e que não levavam a nenhu ma
conclusão.
c) as decisões econômicas eram tomadas democra-
O Império Romano do Oriente t inha como capital t icamente.
Constantinopla. Originou-se da divisão do Império d) havia programas de previdência e aposentadorias
Romano em 395 d.C. e, no período medieva l, passou bast ante complexos.
a ser ma is conhecido como Im pério Bizantino, perd u- e) as decisões polít icas eram tomadas com grande
rando cerca de mil anos, até 1453 d.e., quando f oi obj etividade e rapidez.
dominado pelos t urcos. A sua longa duração prod uziu
uma civilização que deixou uma herança cult ural com 4. {Vunesp-SP) É certo que as civilizações da Antiguida-
repercussões significativas até os dias atuais. de lega ram à posteridade um respeitável acervo cul-
tural. No entanto, pa ra superar equívoco, assinale a
Da heranca

cult ural bizantina fazem parte: alternativa INCORRETA .
(1) O Corpusluris Civilis, uma compilação da legislação a) A pint ura egípcia revela belos exemplos de descri-
e ju rispru dência romanas e, t ambém, bizantinas, ção de movimento, sendo a figura huma na repre-
base do direito civil moderno em muitos países. sentada com a cabeça e os pés de perfil.
(2) A atitude iconoclast a, contra a adoração de ima- b) Ent re as Civilizações Mesopotâmicas que se de-
gens nas igrej as, cont ribuição de considerável in- senvolveram no vale dos rios Tigre e Eufrates, pre-
flu ência sobre o cat olicismo ocidental. dom inou, durante certo tempo, a forma asiática
(4) A religião cri stã ortodoxa, decorrente do chamado de produção.
Cisma do Oriente, devido a disput as polít ico-reli- c) No período denominado Homérico, houve a disso-
giosas com o Papado de Roma. lução das comunidades gentílicas e a formação
(8) A organização de uma cultura artística laica, des- gradat iva das cidades-Estado da Grécia.
vinculada da religião, especialmente na pint ura dos d) A escrit a egípcia era em caract eres cuneiformes.
ícones e na arquitetura.
e) O Direito Romano, sujeito a novas interpretações,
(16) A separação entre Igreja e Estado, ardorosamen- t ornou-se parte im portant e do Código de Justinia-
te defendida pelos adeptos do Estado laico, con- no, influenciou j urist as da Idade Média e até das
cepção polít ica decisiva na formação do Estado fases históricas subseq uentes.
ocidenta l moderno.
5. {UFPE) Um estudo da economia bizantina no período
2. {UFPB) Em inícios do século VIII, o império Bizant ino, medieval:
t endo à frente Leão lsáurico, encont rava-se abatido
diante da expansão muçulmana. Leão entendeu que a) at esta um grande desnível social, com a presença
as derrotas do Império deviam-se à adoração crescen- da servidão, de latifundiários aristocratas e de uma
te dos fiéis às imagens de santos e resolveu destruí-las. Igreja de grande poder político;
b) registra a fa lta de prestígio dos comerciantes,
Esse moviment o fi cou conhecido como:
que levavam uma vida urbana simples e sem
a) Monofi sista d) Telefisista ostentacão;
'
b} Cesaropapista e) Legitimist a c) mostra uma atividade comercial pouco desenvol-
c) Iconoclast a vida e muito semelhant e à do feudalismo europeu;

Vestibular em foco 47
d) revela a força dessa economia, em razão das pe- 8. (Vunesp-SP) A civilização bizantina floresceu na Idade
quenas propriedades admin istradas com o apoio Média, deixando em muitas regiões da Ásia e da Eu-
do poder estatal; ropa testemunhos de sua irradiação cultural. Assina-
e) evidencia a falta de apoio do Estado na gestão dos le importante e preponderante contribuição artística
negócios, devido à presença soberana da Igreja. bizant ina que se dif undiu expressando forte destina-
ção religiosa:
6. (Mack-SP) O ano de 1054 foi marcado pelo "Cisma do a) adornos de bronze e cobre.
Oriente". Após um longo processo de conflitos, ocor-
b) aquedutos e esgotos.
reu a ruptura entre o papado romano e o patriarca de
Constant inopla, ocasiona ndo: c) telhados de beirais recurvos.
d) mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas.
a) a criação da igrej a Cristã Ortodoxa Grega.
e) vias ca lçadas com artefatos de couro.
b) a t ransferência da sede do papado para a cidade
de Avignon. 9. (PUC-Campinas) O Império Bizantino, ao longo de sua
c) o conflito denominado Querela das Investiduras. hist ória, apresentou um governo que seca racterizou
d) a fundação da Igreja Cristã Protestante. por:
e) a divisão do Clero em secular ortod oxo e regula r a) proporcionar cond ições sociais que possibilita -
monástico. ram eliminar, desde suas origens, o problema da
escravidão.
7. (Ufes)
b) procurar eli minar suas origens romanas e porres-
Segundo a crença dos cristãos de Bizâncio, os ícones t rin gir o poder dos soberanos, que era bastante
(imagens pintadas ou esculpidas de Cristo, da Virgem e limitado.
dos Santos) constituíam a "revelação da eternidade no
c) apresentar um caráter despótico associado à
tempo, a comprovação da própria encarnação, a lem-
grande infl uência religiosa, dando-lhe uma f eição
brança de que Deus tinha se revelado ao homem e por
teocrática.
isso era possível representá-Lo deforma visível".
d) controlar, chegando a elimina r completamente, o
(Franco Jr., H. e Andrade Filho, R. O. O Império Bizantino.
São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 27). poder da burocracia no Estado.

Apesar da extrema difusão da adoração dos ícones 10. (FGV-SP) Entre as múltiplas razões que explicam a
no Império Bizantino, o imperador Leão Ili, em 726, sobrevivência do Império Romano no Oriente, até
condenou tal prática por idolatria, desencadea ndo meados do século XV, está a:
assim a cha mada "crise iconoclasta". a) capacidade política dos biza ntinos em manter o
Dentre os f atores que motivaram a ação de Leão Ili, controle sobre seu território subordinado a uma
podemos citar o (a): Mona rq uia Despótica e Teocrát ica;
b) autonomia comerci al das Cidades-estados otoma-
a) intolerância da corte imperial para com os habi-
nas subordinadas ao Império Romano do Ocidente;
tant es da Ásia Menor, região onde o culto aos íco-
nes servi a de pret exto pa ra a aglut inação de povos c) essencial rura lização da sociedade para proteger-se
que pretendiam se emancipar. de migrações desagregadoras;
b) necessidade de conter a proliferação de culto às d) capacidade do Sult ão Maomé li de mant er, ao lon-
imagens, num contexto de reaproximação da Sé go de seu governo, a unidade otomana do Império
de Roma com o imperador bizantino, uma vez que Bizantino;
o papado se posicionava cont ra a inst it uição dos e) política descentralizada, consequência das migra-
ícones e exigia a sua errad icação. ções gregas e romanas.
c) tent at iva de mirar as bases políticas de apoio à
sua irmã, Teodora, a qual valendo-se do prestígio 11. (PUC-PR) No século VI, o Império Bizantino foi gover-
de que gozava junto aos altos dignitários da Igre- nado pelo seu mais célebre imperador, Justiniano.
ja Bizantina, aspirava secretamente a sagrar-se Conseguiu anexar várias regiões ao seu t erritório,
impera triz. praticou o cesa ropapismo, isto é, fazia const antes
intervenções nos assuntos religiosos e mandou edi-
d) aproximação do imperador, por meio do califado
fi car a suntuosa Igrej a de Sa nta Sofi a. Na cultura ju-
de Damasco, com o credo islâmico que, recupe-
ríd ica, organizou o Corpus Juris Civilis, no qual pode-
rando os princípios originais do monoteísmo ju-
mos destacar:
daico-cristão, condenava a materialização da es-
sência sagrada da divindade em pedaços de pano 1. Um código, que continha toda a legislação roma-
ou madeira. na revisada desde o im perador Adriano.
e) descontentamento imperia I com o crescente pres- li. O Digesto ou Pandectas, que incluía um sumário
t ígio e ri queza dos most eiros (principais possu ido- da jurisprudência romana.
res e fabricantes de ícones), que atraíam para o Ili. A Recomendação, que teve suas origens no antigo
serviço monást ico numerosos jovens, imped indo- patronato romano.
-os, com isso de contribuírem para o Est ado na IV. As Institutos, que constituíram um resumo para
qua lidade de soldados, marinheiros e camponeses. ser utilizado pelos estudiosos de Direito.

48 Caderno de estudo
V. As Novelas ou Autênticas, que reuniam as novas O ícone, pintura sobre madeira, foi uma das manifes-
leis do imperador. tações características da civilização bizantina, que
VI. O Dominus Noster, inspiração nas Monarquias abrangeu amplas regiões do continente europeu e
despóticas e teocráticas do Oriente. asiático. A arte bizantina resultou
VII. As leis Licínia e Ogúlnia, que tratavam de assuntos a) do fim da autocracia do Império Romano do Oriente.
referentes ao Direito Civil e ao Direito Penal. b) da interdição do culto de imagens pelo cristianismo
a) 1, li, IV e V. prim it ivo.
b) 1, li, Ili e VII. c) do "Cisma do Oriente", que rompeu com a unidade
c) li, Ili e IV. do cristianismo.
d) li, IV, VI e VII. d) da fusão das concepções cristãs com a cultura de-
e) 1, IV, V e VI. corativa oriental.
e) do desenvolvimento comercial das cidades italianas.
12. (UFV-MG) O Império Bizantino se originou do Império
Romano do Oriente, reun indo diferentes povos: gre- 14. (UFRGS-RS) Assinale a alternativa que apresenta um
gos, egípcios, eslavos, semitas e asiáticos. Em razão dos resultados do entrecruzamento de culturas no
disso, foi preciso criar um eficiente sistema político e Império Bizantino.
administrativo para dar força e coesão àquele mosai- a) As artes visuais diversificaram-se a ponto de serem
co de povos e culturas. Sobre o Império Bizantino é eliminadas as características estéticas de inspira-
INCORRETO afirmar que: ção greco-cristã.
a) a religião fornecia a fundamentação do poder im- b) A adoração popular a ícones religiosos gerou crises
perial, mas absorvia grande parte dos recursos na Igreja de Bizâncio.
econômicos, originando várias crises. c) Elementos clássicos, como a retórica e a língua
b) a intolerância religiosa não deixava espaço de au- grega, foram superados em função da interação
tonomia para que os indivíduos escolhessem seus cu ltura l cosmopolita.
próprios caminhos para a salvação. d) A arquitetura passou a primar pela simplicidade,
c) a estrutura eclesiástica era extensa e muito in- a fim de se adequar à doutrina religiosa ortodoxa.
fluente, provocando intensa espiritualidade popu- e) A estrutura jurídica do Império Bizantino não so-
lar e vá rias controvérsias teológicas. freu a influência do direito romano.
d) a fusão entre poder temporal e poder espiritual
permitia que o imperador indicasse laicos para 15. (ESPM-SP) Observe a imagem, leia o texto e responda:
postos na hierarquia eclesiástica.
e) a im portância política do imperador impediu que
o patriarcado se desenvolvesse independentemen-
te, tal como o Papado do Ocidente.

13. (Vunesp-SP) Observe a figura.

Depois da queda do Império Romano do Ocidente


(476) Roma caiu num período de obscuridade enquan-
to Constantinopla permanecia o farol da civilização
e da cu ltura, sendo constantemente embelezada por
monumentos magníficos. Um deles, Santa Sofia,
obra-prima da arquitetura, erguida no século VI e
considerada pelos historiadores de arte como a oita-
va maravilha do mundo. Em 1453 Constantinopla foi
submetida ao domínio de outro povo e o monumen-
to passou por modificações exteriores e interiores.
Assinale a alternativa que apresente, respectivamen-
te, os responsáveis pela construção e pelas posterio-
res alterações em Santa Sofia:
a) gregos - persas;
b) gregos - turcos seljúcidas;
c) bizantinos - árabes muçulmanos;
d) bizantinos -turcos otomanos;
Madona e Filho, Berli nghiero. sécu lo XII.
{www.literaria.net/RP/ L2/RPL2.htm) e) francos - hindus.

Vestibular em foco 49
TEMA 11
O ISLÃ E O MUNDO APÓS O SÉCULO V ...

,
Arabes China
,,.
• Em 622 ocorreu a Hégira, { • Reunificação sob a
, (fuga de Maomé com dinastia Sui (581-618!.
Areas cristianizadas seus seguidores}, marco • Dinastia Tang (618-
do início do calendário - 907), ponto alto da
Antigo Império islâmico. civilização chinesa
Império • Após a morte de (expansão territorial,
Romano do
Bizantino) Maomé, sua fé seguiu se fl orescimento cultural,
Ocidente
--.-- --✓ expandindo e formou-se o inovações técnicas,
Império Islâmico. confucionismo!.
• Durante a dinastia Omíada • Conflitos com
1
1 (661-750) a expansão árabe mongóis e turcos ao
1
1 incluiu a península Ibérica. norte. Gêngis Khan,
1
• Na dinastia Abássida o centralizou o poder na
1
1 poder se fragmentou. Mongólia no início do

1
1
Ocorreu ainda a d ivisão século XII I.
1 religiosa, entre sunitas e • Kublai Khan concluiu
1
1
1
xiitas. a conquista da China
1
1
pelos mongóis e deu
1 início à dinastia Yuan
\ , _______________ _______ _ 11270-1368).
,__ ' '
' -------------------------- ---- -o
\
1
1
Cult ura de ó
Teotihuacán 1

, ---o
1
1
1
1 ,,---0 1
, ____ Maias 1
, 0 Reino 0 ----- - , ,
' Norte da o J
I
\ África
de Gana

, __ _ Civiliz~ções ,,-----o
0 ' Reino de
,' andinas
Axum

,
América Africa

• Império Tiahuanaco e Império Huari, entre • Conquista do Reino de Kush pelo Reino de
os séculos VI e X. Axum (3251.
• Posteriormente a região foi dominada pelos • Ampla rede de navegação e comércio,
incas. alfabeto próprio, aliança com o Império
• Bizantino. presença do cristianismo.
• Enfraquecimento com a unificação islâm ica
• Desenvolveu-se entre os séculos Ili e X. no século VII.
, _-
1
• Cidades-Estado, com a sociedade
hierarquizada e agrária.
• Avanços técnicos e c ientíficos e escrita Ocupação pelos vândalos 1429!, conquista pelo
hieroglífica. Império Bizantino 1533-548), domínio islâmico a
partir do século VII.

• Língua e origem exatas desconhecidas. • Consolidação no século IV.


1
\
• Teria existido aproximadamente do século 1 • Estrutura política não centralizada.
' -- a.e. ao X d.e. ' • Comércio com os berberes.
• Construíram g randes pirâmides. • Beneficiado pela expansão muçulmana, teve
• Sucedidos por toltecas e astecas. seu auge económico no século VIII.

50
Exercícios
1. {UFRS) O texto abaixo refere-se aos progressos de 3. (Mack-SP)
uma importante civilização dentro da História da Hu- Em terras do Islão, era difícil separar Estado e religião.
manidade nos séculos VII ao XIV da era cristã. A par- A palavra Islão designa o mundo dos crentes, dos que acre-
tir das informações fornecidas, identifique o povo que ditam em um só deus e obedecem a um só chefe, Maomé,
marca esta civilização, ind icando, também, a religião, e a seus sucessores, os califas. Tem, portanto, significado
o livro sagrado, o profeta, a principal cidade e a ativi- religioso e político, isto é, designa um Estado Teocrático,
dade econômica que caracterizam este povo. em que o chefe religioso e o chefe político são um só.
Um povo, até então quase desconhecido, unificara-se José Jobson de A. Arruda, Toda a História.

levado pelo impulso de uma nova religião. [...] Os mais an-


tigos Estados desmoronavam e, do Sir-Daria ao Senegal, as
A respeito da religião fundada por Maomé, pode-se,
religiões estabelecidas inclinavam -se diante de uma recém-
corretamente, afirmar que:
-chegada, a mesma que, hoje, conta cerca de 300 milhões a) criou uma unidade político-religiosa, que possibi-
de fiéis. A nova civilização resultante destas conquistas litou a expansão dos árabes.
alinhar-se-ia entre as mais brilhantes e seria, de vários pon- b) impediu o expansionismo árabe para além das
tos de vista, a preceptora do Ocidente, depois de ter por sua fronteiras do Oriente Médio.
vez recolhido, vivificando-a, grande parte do legado antigo. c) concedeu autonomia aos ca lifados e favoreceu a
PERROY, E. "A Preeminência das Civilizações Orientais". ln: CROUZET, expansão do politeísmo islâmico.
M . História Geral das Civilizações. Tomo Ili, p. 95.
d) reafirmou os antigos princípios da idolatria exis-
a) árabes - islamismo - Novo Testamento - Cristo - tentes na cidade de Meca.
Bombaim - agricultura e) negou a legitimidade da guerra como instrumen-
b) hebreus - judaísmo - Antigo Testamento - Moisés t o de difusão da fé islâmica.
- Jerusalém - comércio
c) árabes - budismo - Corão - Maomé - Meca - arte- 4, (Uece - adaptada) Sobre os fundamentos do Islã ou
sanato lslame, assinale o correto.
d) persas - zoroastrismo - Livro dos Ensinamentos - a) É uma religião politeísta que surgiu no final do
Nostradamus - Bagdá - artesanato século IV d.e. e tem em Maomé seu principal már-
t ir. Seu livro sagrado é o Tal mude.
e) árabes - islamismo - Corão - Maomé - Meca - co-
, . b) Éuma religião monoteísta que surgiu no século X d.C.
merc10
Sua sede religiosa é a cidade de Medina e seu livro
2. {Vunesp-SP) sagrado é a Kaaba .
Os muçulmanos entenderam que deveriam constituir
c) É uma religião politeísta que surgiu no século I d.e.
Sua sede é Jerusa lém, Maomé seu fundador e não
uma frota para o Mediterrâneo. O resultado inicial foi a
tem um livro sagrado.
conquista de Chipre e de Rodes. A Córsega foi ocupada
em 809, a Sardenha em 810, Creta em 829, a Sicília em d) É uma religião monoteísta que surgiu no século
82Z As cidades fundadas pelos gregos na Sicília foram VII d.e. Seu profeta é Maomé e seu livro sagrado
sendo conquistadas. Palermo caiu em 831, Messina em
é o Alcorão.
843, Siracusa em 848, Taormina em 902. e) É uma religião politeísta que surgiu no século XX.
RISLER, Jacques Risler. A civilização árabe, 1955. Sua sede religiosa é Bagdá, Saddan Hussein seu fun-
dador e seu livro sagrado é o Antigo Testamento.
Esta ocupação resultou
a) no clima de intolerância religiosa e de perseguição 5. (UFJ F-MG) O islamismo, religião fundada por Maomé
ao cristianismo no conjunto das regiões ocupadas e de grande importância na unidade árabe, tem como
pelos árabes. fundamento:
b) na decadência acentuada do patrimônio cultural, a) o monot eísmo, influência do cristianismo e do ju-
científico e filosófico da civilização grega antiga e daísmo, observado por Maomé entre povos que
clássica. seguiam essas religiões.
c) na derrocada dos regimes democráticos do Oci- b) o culto dos santos e profetas através de imagens
dente, inspirados no modelo da ant iga democracia e ídolos.
ateniense. c) o politeísmo, isto é, a crença em muitos deuses,
d) na reconquista, pelos muçu lmanos, de muitas re- dos quais o principal é Alá.
giões e cidades invadidas pelo movimento das d) o princípio da aceitação dos desígn ios de Alá em
Cruzadas europ eias. vida e a negação de uma vida pós-morte.
e) no aprofundamento da crise da atividade comer- e) a concepção do islam ismo vinculado exclusiva-
cia l europeia, com o consequente deslocamento mente aos árabes, não podendo ser professado
da população para os campos. pelos povos inferiores.

Vestibular em foco 51
6. (Vunesp-SP) O islamismo, ideologia difundida a partir 9. (PUCC-SP) Para compreender a unificação religiosa e
da Alta Idade Média, em que o poder político confun· política da Arábia por Maomé, é necessário conhecer:
de-se com o poder religioso, era dotado de certa he· a) a atuação das seitas religiosas su nita e xiita, que
terogeneidade, o que pode ser constatado na exis- contribuíram para a consolidação do Estado teo-
tência de seitas rivais como: crático islâmico.
a) politeístas e monoteístas b) os princípios legitimistas obedecidos pela tribo
b) sunitas e xiitas coraixita, da qual fazia parte.
c) crist ãos e muezins c) os fundamentos do sincretismo religioso que mar-
d) sunitas e cristãos cou a doutrina islâmica.
e) xiitas e politeístas d) as particu laridades da vida dos árabes nos séculos
anteriores ao surgimento do islamismo.
7. (UFRN) A expansão do Império Muçulmano, durante e) a atuação da dinastia dos Omíadas que, se mistu-
a época medieval, está ligada ao crescimento do Is- rando com os habitantes da região do Maghreb,
lamismo. Pode-se afirmar, também, que a expa nsão converteram-se à religião muçulmana e passaram
muculmana: a ser chamados de mouros.
'
a) criou um intercâmbio comercia l entre Oriente e
Ocidente, o qual estimulou o aumento da produ- 10. (Faap-SP) O Império Islâmico, que dominou grande
ção, a difusão de técnicas e a propagação de mer- parte do mundo medieval, chegou a alcançar um no-
cadorias; tável desenvolvimento científico. Para que isso acon-
b) exerceu uma grande influência sobre as crenças tecesse, muito cont ribuíram os conhecimentos que
do Oriente, sendo a principal fonte de desenvolvi- sobreviveram de uma civilizacão
, anterior. Que civili-
mento do monoteísmo no Império Bizantino; zacão foi essa?
'
c) decorreu da crescente necessidade de mercados a) Germânica d) Romana
fornecedores de escravos para a produção de seda, b) Babilônica e) Egípcia
comercia lizada pelas tribos da Península Arábica; c) Grega
d) resultou de um processo de unificação polít ico·
-administrativa das diversas tribos arábicas que 11. (UFMS) Analise as alternativas aba ixo e, em seguida,
lutavam contra a dominação da Igreja Católica. aponte qua l(is) está(ão) correta(s):
1. O budismo, religião que não considera a ideia de
8. (U FSE)
um deus ou de um ser supremo que controla o
1. Os intelectuais árabes interessavam-se por diver· universo, baseia-se na vida e nos ensinamentos
sos ramos de estudos ao mesmo tempo; o sábio de Sidartha Gautama, que ensinou a forma de
AI-Biruni, por exemplo, era matemático, astrôno- superar a miséria da existência.
mo, botân ico, poeta e historiador. li. O islam ismo tem cinco princípios básicos: a pro-
li. Havia interesse em conciliar a observação rigoro- f issão da fé; a oração, que se faz cinco vezes ao
sa e desinteressada com as consequências práti- dia; o zakat, imposto obrigatório e destinado a
cas das novas descobertas; por outro lado, as atender aos necessitados; o jejum de Ramadã; e
descobertas do dia a dia contribuíam para aumen- o hadj ou a peregrinação a Meca.
tar o rigor das observações e aná lises dos estudio- Ili. O cristianismo, especia lmente o catolicismo ro·
sos árabes. mano, é a ún ica das grandes religiões que está
Ili. Os estudiosos se orientavam pelo raciocínio lógi- submetida ao controle do clero organizado e con·
co, pela observação direta e pela experimentação, sidera a ideia de um deus ou ser supremo que
sem se atrelarem a especulações religiosas. controla o Universo.
Com base nos itens 1, li e Ili pode-se afirmar que as IV. O budismo, religião que considera a ideia de um
características comuns que marcaram a atividade deus ou de um ser supremo que controla o Uni-
intelectual dos árabes, nas diversas áreas do conhe- verso, baseia-se na vida e nos ensinamentos de
cimento na época da expansão do islamismo, foram, Buda, que ensinou a forma de superar a miséria
respectivamente: da existência.
a) o antropocentrismo, o ecletismo e a crítica a con- a) As afirmativas I e li estão corretas e as Ili e IV estão
cepções religiosas; erradas.
b) a praticidade, o naturalismo e a influência do ritua- b) As afirmativas 1, li e Ili estão corretas e a IV está
lismo religioso; errada.
c) a originalidade, o nat uralismo e a harm onia da fé c) As afirmativas li e Ili estão corretas e as I e IV estão
-
com a razao; erradas.
d) o ecletismo, a praticidade e a pouca influência d) As afirmativas li e IV estão corretas e as I e Ili estão
religiosa; erradas.
e) o cosmopolitismo, o misticismo e o ritualismo re- e) As afirmativas I e Ili estão corretas e as li e IV estão
ligioso. erradas.

52 Caderno de estudo
12. (Upis-DF) Em 711, os muçulmanos atravessaram o Es- a) conseguiram dominar o comércio medieval, tra-
treito de Gibraltar e conquistaram quase toda a Pe- zendo mercadorias do Oriente para a Europa Cen-
nínsula Ibérica. Depois transpuseram os Pireneus e tral, em grande quantidade;
entraram na Gália, mas foram derrotados em 732 por b) utilizaram muitos instrumentos comerciais como
Carlos Marte! na famosa Batalha de: cartas de crédito e companhias de ações para fa -
a) Aljubarrota cilita r os negócios;
b) Poitiers c) centra lizaram suas atividades em corporações es-
c) Waterloo tatais bastante produtivas, com manufaturas ar-
d) Alcáder-Quebi r ticuladas com a exportação comercial;
e) Granada d) desenvolveram rotas comerciais no Oceano Pací-
fico, por onde exportavam seda e pólvora para as
13. {Unifor-CE) Observe atentamente a foto da Mesqui- cidades da Ásia;
ta de Córdoba, construída, na Espanha, entre os sé-
e) tiveram boas relações com as cidades francesas e
culos VIII e X.
italianas durante os séculos finais da Idade Média,
vendendo-lhes especiarias do Orient e.

15. {UEFS-BA) Depois de passar a tocha que ajudou a il u-


minar a Era das Trevas na Europa, os árabes entraram
num longo e agitado sono, do qual só agora começam
a despert ar. Desde a Segunda Guerra Mund ial, liber-
tos por fim de séculos de domínio estrangeiro, aben-
çoados com os recursos trazidos pelo petróleo e ago-
ra aproveitando a tecnologia ocidental, os povos
árabes, há tanto tempo divididos, mais uma vez bus-
cam a unidade. Nahda, assim os árabes chamam essa
renascença. Até agora não passa de um sentimento,
um começo, um espírit o que se nota no mundo árabe.
"A época dos impérios passou''. comentou certa noite
um amigo de Meca. "Mas com certeza iremos, com a per-
missão de Alá, reflorescer de novo, unificados por nossa
COSTA, Luis C. A.: MELLO, Leonel, 1. A. História antiga e m edieval. religião, cultura e língua."
São Paulo: Scipione, 1993. p. 249.
E contou a história do cético que provocou Maomé
sobre a promessa islâmica de ressurreição: "Que poder
A mesquita foi idealizada e construída pelos muçul-
manos. Sobre eles pode-se afirmar que: seria capaz de trazer o homem de volta à vida, depois de
transformado em ossos e pó?"
a) desconheciam técnicas de navegação até a sua
"O mesmo que criou o homem a partir da argila''. res-
chegada à Europa, quando tomaram contato e
pondeu imperturbável o Profeta.
aperfeiçoaram a bússola e a pólvora;
BELT, 2001, p. 143.
b) proporcionaram grande contribuição aos povos da
península Itálica e Balcânica na Europa, mas não A partir da análise do texto e dos conhecimentos so-
conseguiram o mesmo sucesso na península Ibérica;
bre a civilização muçulmana, pode-se afirmar:
c) impediram que os europeus praticassem quaisquer
atividades comerciais, em razão do domínio que a) Os países muçulmanos defendem, na atualidade,
exerceram sobre o mar Mediterrâneo por quase o restabelecimento do Império Islâmico e o domí-
oito séculos; nio dos povos cristãos ocidentais.
d) se destacaram pela intolerância com que trata- b) A dominação europeia sobre o mundo muçulmano,
vam os povos dom inados, desrespeitando as cul- no contexto da Segunda Guerra Mund ial, deveu-se
turas locais e a religião, em prejuízo das atividades ao apoio desses povos à Alemanha hitlerista.
produtivas; c) A expansão muçu lmana, a partir do século VIII,
e) difundiram valores culturais da Antigu idade Clás- estabeleceu grandes avanços técnicos, filosóficos,
sica no mundo ocidental, no contexto marcado cu ltura is e científicos na sociedade eu ropeia.
pelo expansionismo territorial. d) A Europa só conseguiu superar o obscurantismo me-
dieval, a ignorância e a ausência de produção filosó-
14. {UPE) Muitas vezes, dá-se um destaque exagerado às
guerras comandadas pelos árabes nos tempos me- fica e cultural a partir da dominação muçulmana.
dievais, enquanto as suas contribuições cultu rais per- e) A unidade religiosa dos muçulmanos possibilitou
manecem como exemplos da riqueza de seus feitos. que, durante a dominação imperialista, suas fron-
Além disso, as suas atividades comerciais dão mostras teiras políticas e divisões étnicas e culturais fossem
do dinamismo dos árabes, pois: respeitadas pelos europeus.

Vestibular em fo co 53
TEMA 12
,
SURGIMENTO DA EUROPA: A ALTA IDADE MEDIA

A Alta Idade Média (séculos V-X)

Migrações
bárbaras
1
1
1
1
1
V

Desagregação do Império
Romano do Ocidente

; ... -------------------------------~-------------------------------
1 .. \
1' 1I 1

v v v
1

Fuga para o campo Guerras constantes


Redução do comércio
Ruralização Construções fortificadas

1
1 1 1
'...
--------------------------------r--------------------------------~
1
1
'

, ... ----- --- - - ...


'1
\
1
1
' 1

v v
A formação do reino franco A sociedade feudal

e Fundação ) r
Senhores feudais -----
Relações de
suserania e

~
vassalagem

e Dinastia Merovíngia
T

1 1
,.,.
," --- -.1----.. \
1

_)
1 1

(_ Dinastia Carolíngia
1
r
Nobreza
,
r
V

Clero
'
,,
~
Predomínio do
pensamento
V
1 '- '- religioso
1
'
Apogeu - Carlos Magno coroado pelo papa
como imperador do Ocidente !800)
T
Monopólio Monopólio
1
; -------------.1--------------- 1
1
'
1 da força da Igreja
V ...., V
.
\
t
( D1.v1sao
. _· d a 1
1
...... ___________ ,,'1
Domínio Renasc1men o \

de vastos cult ural administração 1


1
(condes,
territórios carolíngio Subordinados e
) marqueses)
'1 Servos obrigados a pagar
t ributo

Divisão do Império pelos sucessores:


Tra tado de Verdun
1
V

Fim da dinastia Carolíngia !século X)

54
Exercícios
1. (Fuvest-SP) Qua l a diferença entre as obrigações de 5. (PUC-RS) Dentre os reinos bárbaros, surgidos após as
um vassalo e as de um servo na sociedade feudal? invasões germânicas e o f im do Império Romano, o
reino franco foi o ma is importante, por que:
2. {PUC-PR) Dentre os vários reinos bárbaros que se for- a) os reis francos se converteram ao cristianismo
maram na Europa, após a queda do Império Romano e defenderam o Ocidente contra o avanco dos

Ocidenta l, um teve grande destaque, em virtude de muçu lmanos.
personagens como Clóvis e Carlos Magno. b) promoveu o desenvolvimento das atividades co-
O grupo germano organ izador de tal reino foi o dos: merciais entre o Ocidente e o Oriente, através das
Cruzadas.
a) saxões. d) f rancos.
c) nesse período a sociedade feudal atingiu sua con-
b) godos. e) vânda los.
formação clássica e o apogeu econômico e cultural.
c) ostrogodos.
d) houve uma centra lização do poder e viveu-se um
3. (UFRS) Analise as afirmações abaixo, relativas à for- período de paz externa e interna, o que perm itiu
mação da sociedade feudal. controla r o poder dos nobres sobre os servos.
e) os reis francos conseguiram realizar uma síntese
1- A origem da condição servil está relacionada com
entre a cultura roman a e a oriental, que serviria de
o sistema do "colonato", que remonta ao século
inspiração ao Renascimento Cult ural do século XIV.
IV da era cristã.
li- O processo de feuda lização implicou enfraqueci- 6. (UFC-CE)
ment o do poder real, já que cada feudo tinha au- O enorme Império de Carlos Magno foi plasmado
tonomia e era governado pelo seu senhor. pela conquista. Não há dúvida de que afunção básica de
Ili- Neste processo, a cidade nunca deixou de cumprir seus predecessores, e mais ainda a do próprio Carlos,foi
seu papel,já que nela se concentravam os senho- a de comandante de exército, vitorioso na conquista e na
res feudais e os principais centros de produção. defesa (...) Como comandante de exército Carlos Magno
Quais estão corretas? controlava a terra que conquistava e defendia. Como
príncipe vitorioso, premiou com terras os guerreiros que
a) Apenas 1.
lhe seguiam a liderança ...
b) Apenas 11. ELIAS, Norbert. O processo civilizatório . Rio de Janeiro: Zahar, 1993, vol.11, p. 25.
c) Apenas I e li.
De acordo com seus conhecimentos e com o parágra-
d) Apenas I e 111.
fo acima, é correto dizer que a feudalização deveu-se:
e) 1, li e Il i.
a) à necessidade de conceder terras a servidores, o
4. (Mack-SP) que diminuía as possessões reais, e enfraquecia a
autoridade central em tempos de paz.
Eis dois homens frente a frente: um que quer servir; o
outro, que aceita ou deseja ser chefe. O primeiro une as b) à venda de títulos nobiliários e à preservação das
mãos e assim juntas coloca-as nas mãos do segundo[...]ao propriedades familiares.
mesmo tempo a personagem que oferece as mãos pronun- c) à propagação do ideal cava lheiresco de fidelidade
cia algumas palavras, muito breves, pelas quais se reconhe- do vassa lo ao Senhor.
ce o homem de quem está na sua frente. Depois, chefe e d) a princípios organizacionais de sistemas ecológicos
subordinado beijam-se na boca: símbolo de acordo e de de agricu ltura de subsistência.
amizade. Eram estes os gestos que serviam para estabelecer e) à teoria cristã que afirmava: "pa ra cada homem,
um dos vínculos mais fortes que a época feudal conheceu. seu rebanho", interpretada, du rante a Idade Média,
(Marc Bloch) como a f ragmentação do poder terreno.
Trata-se da cerimônia denominada Homenagem que 7. (FGV-SP)
t inha por finalidade: Osacerdote, tendo-se posto em contato com Clóvis,
a) obrigar os membros do clero regular a aceitar a levou-o pouco a pouco e secretamente a acreditar no
imposição de um dogma religioso. verdadeiro Deus, criador do Céu e da Terra, e a renunciar
b) estabelecer um vínculo de obrigações feudais en- aos ídolos, que não lhe podiam ser de qualquer ajuda,
tre o servo da gleba e o senhor feudal. nem a ele nem a ninguém [...] O rei, tendo pois confessa-
c) celebrar a vitória dos cava leiros cristãos na luta do um Deus todo-poderoso na Trindade.foi batizado em
contra os muçulmanos pagãos. nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ungido do
d) oficializar uma relação de dependência recíproca santo Crisma com o sinal da cruz. Mais de três mil homens
entre um suserano e seu vassalo. do seu exército foram igualmente batizados [...].
São Gregório de Tou rs. A conversão de Clóvis. Historiae Eclesiasticae
e) sacralizar os acordos de união e amizade entre os Francorum. Apud: PEDRERO·SÁNCHES, M.G., História da Idade Média.
padres e seus fiéis servos. Textos e testemunhas. São Paulo: Ed. Unesp, 2000, p. 44-45.

Vestibular em foco 55
A respeito dos episódios descritos no texto, é correto b) distribuição de foros e tenças aos seus vassalos,
afirmar: em troca da participação das guerras de reconquis-
a) A conversão de Clóvis ao arianismo permitiu aos ta da França do poder dos muçulmanos, que ha-
francos uma aproximação com os lombardos e a viam ocupado a região no início de seu reinado.
expansão do seu reino em direção ao norte da Itália. c) doação de terras em sesma ri as aos marqueses,
b} A conversão de Clóvis, segundo o rito da Igreja Or- responsáveis pela segurança militar das fronteiras
todoxa de Constantinopla, significou um reforço do império (as marcas) ensejou a desagregação da
político-militar para o Im pério Romano do Oriente. autoridade do imperador nas mãos desses indiví-
c) Com a conversão de Clóvis, de acordo com a orien- duos cada vez mais poderosos.
tação da Igreja de Roma, o reino franco tornou-se d} distribuição de benesses e favores na Corte caro-
o primeiro Estado germânico sob influência papal. língia, que se constit uiu como espaço de negocia-
d) A conversão de Clóvis ao cristianismo levou o reino ção política entre os poderosos do reino, tornando-
franco a um prolongado conflito religioso, uma vez -se Terceiro Estado francês.
que a maioria dos seus integrantes manteve-se fiel e) doação de terras e benefícios a indivíduos de quem
. o imperador esperava fidelidade, o que incitou, por
ao paganismo.
e) A conversão de Clóvis ao cristianismo permitiu à sua vez, a multiplicação das redes de vassalagem
dinastia franca merovíngia a anexação da Itália a com vistas à garantia de ajuda militar.
seus domínios e a submissão do poder pontifício 10. (UEPB) Um dos reinos germânicos que mais se desta-
à autoridade monárquica. caram no território do antigo império romano foi o
8. (U FAM} Entre o Édito de Milão (313), a morte de Teo- dos francos. Sobre os francos é correto afirmar:
dósio (395} e a coroação de Carlos Magno (800), nas- a) Pepino, o breve, foi o principal perseguidor do cris-
cera no Ocidente um mundo novo, resultado da con- t ianismo da dinastia carolíngea.
vergência e fusão das estruturas romanas e dos povos b) Carlos Magno incentivou a atividade intelectual
germânicos. Com relação a esse momento histórico nos mosteiros e procurou cercar-se de religiosos
são feitas as seguintes afirmativas: conhecidos pela erud ição.
1. Essa transformação se real iza sob a égide do c) Clóvis, da dinastia merovíngea, recebeu o apoio do
cristianismo. islamismo no projeto de unificação do território.
li. O traço mais óbvio desse novo mundo não é a uni- d} Carlos Martel foi derrotado pelos árabes em 732,
dade política, mas a dicotomia e a mobilidade social. na batalha de Poitiers.
Ili. Mesmo vivendo sob uma concepção teocrática de e) Os condes não podiam legislar, nem administrar a jus-
mundo, os homens dessa época conseguiram ado- tica,
'
limitando-se à funcão de fiscalizar os condados.
.
tar uma postura clássica.
IV. Durante todo esse período as relações econômicas 11. (FGV-SP}
t inham como principais caract erísticas a escassez Em primeiro lugar,Jizeram homenagem desta maneira:
endêmica e o recrudescimento do comércio da o conde perguntou ao futuro vassalo se queria tornar-se seu
produção artesanal. homem sem reservas, e este respondeu: "Eu o quero'; estan-
do então suas mãos apertadas nas mãos do conde, eles se
Com base nas afirmações, qual das opções abaixo é
uniram por um beijo. Em segundo lugar, aquele que havia
a correta?
Jeito homenagem hipotecou suafé[ ...]; em terceiro lugar, ele
a) A proposição Ili; d} A proposição IV; jurou isto sobre as relíquias dos santos. Em seguida, com o
b} A proposição I; e) Todas as proposições. bastão que tinha à mão, o conde lhes deu a investidura [...].
c) A proposição li; (Galbert de Bruges, ln: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos
de História.)

9. (U FPA) Para o historiador Le Goff: Da situação descrita no documento, resultou:


A grandiosa construção carolíngia, com efeito, ia du - a) a formação de um exército de mercenários, pois
rante o século IX desagregar-se rapidamente sob os golpes os vassalos lutavam por terras, o que se tornou
conjugados dos inimigos exteriores - novos invasores e fundamental às mona rquias nacionais.
dos agentes de fragmentação internos. b} o fortalecimento da autoridade dos monarcas, que
(LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente medieval. Lisboa:
Estampa, 1984, p. 71).
ganharam o direito de comandar seus vassalos e,
assim, reprimir as rebeliões senhoriais e camponesas.
O processo de fragmentação interna do império ca- c) a organização das Cruzadas, devido ao interesse
rolíngio, aludido pelo historiador, refere-se à própria do Papado em reafirmar seu poder sobre a cristan-
forma de governo e às relações de poder do império dade após o Cisma do Oriente.
instauradas por Carlos Magno, fundadas em razão de d} o surgimento de Estados nacionais, já que os reis
vários fatores, entre os quais, a conseguiram o apoio milit ar e financeiro dos no-
a) doação de terras a seus vassalos como forma de bres em sua luta contra os poderes locais.
retribuição pelo auxílio militar prestado na conquis- e) a fragmentação do poder real, uma vez que os vas-
ta da Germânia e da Lombardia; o que esfacelou o salos deviam obediência direta a seu suserano, que
poder do imperador nos territórios conquistados. exercia autoridade em sua região.

56 Caderno de estudo
12. (UFC-CE) Acerca dos aspectos socioeconômicos do De acordo com os conhecimentos sobre o tema e a
sistema feuda l, é correto afirmar que: sociedade feudal europeia, é correto afirmar:
a) era um sistema que tinha como base a existência 1. As terras comunais, pastagens naturais, pântanos
da pequena propriedade fundiária, com produção e florest as eram consideradas propriedade legíti-
de subsistência. ma dos camponeses.
b) foi uma forma de organização do Estado e da so- li. O rei, considerado soberano absolut o, t inha o po-
ciedade cuja essência resid ia nos vínculos de su - der de administrar os feudos de seus súd itos.
bordinação pessoa l. Ili. Os laços de vassalagem t ambém se realizavam
c) impediu o desenvolvimento das cidades e do co- entre os senhores feudais.
mércio nos vários séculos em que ca racterizou o IV. Os servos eram obrigados a prestar serviços nas
conjunto do mundo europeu. terras do manso senhorial para o sustento do se-
d) significou a completa substituição da cultura e das nhor feudal.
instituições romanas pelas organizações germâni- Assinale a alternativa que contém todas as afirmati-
cas, difundidas pelos invasores bárbaros. vas corretas.
e) caracterizou-se pelo traba lho escravo e pelo de- a)le ll. c) Ili e IV. e) li, Ili e IV.
senvolvimento acelerado das técn icas agrícolas,
b)le lll. d) 1, li e IV.
que garantiu incremento demográfico durante
t oda a Idade Média. 15. (UFMS) Acerca da hist ória do Império Carolíngio, é
correto afirmar que:
13. (UFPI) Sobre a queda do Império Romano do Ociden-
te no ano de 476 d.C. podemos afirmar que: a) o Papa Leão Ili coroou Carlos Magno como Impe-
rador do "novo Império Romano do Oriente", cuja
a) Ocorreu, após os conflit os entre Roma e os carta-
capital passou a ser Constantinopla;
gineses, o que enfraqueceu as bases econômicas
do Império. b) o chamado "Renascimento Carolíngio" também sig-
nificou um reflorescimento das Letras e das Artes.
b) Teve, no fortalecimento do cristian ismo, a única
motivação explícita. c) após a morte de Carlos Magno, o governo foi exer-
cido por seu filho Luís, o Piedoso, que intensificou
c) Foi provocada pela conjugação de uma série de
ainda mais as expedições de conquista;
fatores, destacando-se a ascensão do cristianismo,
as invasões bárbaras, a anarquia nas organizações d) Carlos, o Ca lvo, e Luís, o Germânico, somaram es-
militares e a crise do sistema escravista. forços no sentido de manter a unidade imperial
estabelecida por Luís, o Piedoso;
d) Teve, na superioridade dos povos bárbaros, a única
explicação possível. e) o "novo Império Romano do Oriente" foi desman-
telado pelos exércitos muçulmanos que se esta-
e) Teve, em Carlos Magno, Imperador dos francos, a
beleceram na Península Ibérica.
principal liderança político-militar a comandar os
povos bárbaros na queda de Roma. 16. (Vu nesp-SP)
[...) o elemento religioso não limitou os seus efeitos ao
fortalecimento, no mundo da cavalaria, do espírito de
corpo; exerceu também uma ação poderosa sobre a lei
moral do grupo. Antes de ofuturo cavaleiro receber a sua
espada, no altar, era-lhe exigido um juramento, que es-
pecificava as suas obrigações."
(BLOCH, M arc. A sociedadefeudal, 1987.)

O texto mostra que os cavaleiros medievais, entre


outros aspectos de sua formação e conduta,
a) mantinham-se fiéis aos comerciantes das cidades,
(Disponível em : http://www.culturabrasi l.pro.br/imagens/ a quem deviam proteger e defender na vida coti-
f eudalismol.j pg. Acesso em : 22 j un. 2007.)
diana e em caso de guerra.
Tem-se como absolutamente certo que, a partir dofim b) privilegiavam, na sua formação, os aspectos reli-
do século VIII, a Europa Ocidental regrediu ao estado de giosos, em detrimento da preparação e dos exer-
região exclusivamente agrícola. É a terra a única fonte de cícios militares.
subsistência e a única condição de riqueza. Todas asclasses
c) valorizavam os torneios, pois neles mostravam
da população, desde o imperador, que não possuía outras
seus talentos e sua força, ganhando prestígio e
rendas além das de suas terras, até o mais humilde dos
poder no mundo medieval.
servos, todos viviam direta ou indiretamente, dos produtos
d) agiam apenas de forma ind ividual, realizando cons-
do solo,fossem elesfruto de seu trabalho, ou consistissem,
tantes disputas e combates entre si.
apenas, no ato de colhê-los e consumi-los. [...) Toda a exis-
tência socialfunda-se na propriedade ou na posse da terra. e) definiam-se como uma ordem particu lar dentro
(PIREN NE, H. História econômica e social da Idade Média. São
da rígida estrutura feuda l, mas mantinham víncu-
Paulo: Mestre Jou, 1968. p. 13.) los profundos com a Igreja.

Vestibular em foco 57
TEMA 13
AS CRUZADAS DA EUROPA MEDIEVAL

Baixa Idade Média (séculos XI-XV)

Transformações no Crescimento do
feudalismo cristianismo

1 1
V V
Aumento Reconquista da
populacional Península Ibérica

, ,-----------L-----------, \

'
1 1

v 1
-..:., V
1

Servos à margem da
Nobres sem terras Luta contra os "infiéis"
atividade rural

1
1
'
~----- -------------------,-------------------------
1

1
1
,

..Y

Papa Urbano li - 1

Concílio de Clermont: ( ---'- - -) Interesses comerciais


convocação dos cristãos

1ª Cruzada (1096-1099) - Cruzada dos


nobres, chegou a reconquistar
Jerusalém, mas depois foi derrotada.
'

1
1
1
V

3~ Cruzada (1189-1192) - Cruzada dos __ ,.. __ _ Reabertura do


reis, estabeleceu acordos d iplomáticos Mediterrâneo
que permitiam as peregrinações.

4~ Cruzada (1202-1204) - Cruzada


comercial, liderada por mercadores ,'
venezianos. Saque de Constantinopla.

58
Exercícios
1. (Unir-RO} Com relação ao movimento das Cruzadas, ÉCORRETO
afirmar que:
A fi gura abaixo mostra os principais grupos sociais
a) foi instituído por iniciat iva do Papa Gregório VII,
existentes no Ocidente feuda l.
preocupado com o avanço dos árabes nos Pirineus.
b) foi o ma is im porta nte movimento herético cató-
lico do final do século XIV depois da Reforma
Protestante.
c) t rouxe para o interior da Europa populações em-
pobrecidas e margina lizadas que pa rticiparam de
revoltas populares e heresias.
d) teve, como um dos seus desdobramentos, a Cru-
zada Popular, que reunia, principa lmente, cavalei-
A partir da ilust ração e de seus conhecimentos, assi- ros da pequena nobreza e camponeses.
nale a afirmativa correta. e) propiciou a queda de Consta nt inopla diante dos
a) A base da sociedade feuda l eram os camponeses otomanos, ao perm it ir que os t erritórios de Bizâ n-
que, com seu t rabalho, sustentavam os clérigos e cio fossem administrados por europeus, árabes e
os senhores feudais. t urcos.
b) A Igreja, no seu papel de defensora dos mais po-
bres, combatia os abusos dos senhores feuda is em 3. (Uece) Sobre o moviment o das Cruzadas, em que a
relação aos ca mponeses. Igreja Católica procurou retomar as "terras santas"
c) A cavalaria, que tinha a função de proteger a so- dos mouros, assinale a opção correta.
ciedade, era a principal aliada dos camponeses que a) as Cruzadas ampliaram as possibilidades do co-
lutavam contra os poderes eclesiásticos. mércio europeu na Ásia.
d} O rei atuava no sent ido de minimizar os confl it os b} as Cruzadas foram financiadas unicamente com
entre a Igreja e a cavalaria. recursos da Igreja e não tinham fins comerciais.
e) Os principais gru pos sociais do Feudalismo eram c) os senhores feudais que financiavam as Cruzadas
os burgueses, os clérigos e os cavaleiros. eram recompensados un icamente com títulos
religiosos.
2. (Ufes) d) do ponto de vista mil itar, as Cruzadas obtiveram
êxito t otal contra os mou ros, expulsando-os da
Europa e da Terra Sa nta.

4. (PUC-SP} As Cruzadas tiveram caráter:


a) exclusivamente religioso, buscando resgatar a Terra
Santa das mãos dos árabes e expandir o catolicismo.
b} exclusiva mente comercial, buscando novas t erras
para a agricu ltu ra e mercado para os produtos
europeus.
c) religioso e comercial, buscando conciliar a ação
expansionista religiosa à abertura de novas rotas
comerc1a1s.
d) político e religioso, buscando ampliar o poder do
Papado e prod uzir uma fusão ent re o catolicismo
e o islam ismo.
Na Idade Média havia, para além das fronteiras da
e) polít ico e comercia l, busca ndo expand ir o absolu-
Cristandade, diversos povos pagãos, bem como 'infiéis '
t ismo moná rqu ico e abrir mercados para produtos
muçulmanos, que controlavam a Terra Santa. Desse mo -
do Vaticano.
do, não havia, para o cristão medieval, maior prova defé
do que enfrentar tais inimigos. [ ...] Muitos cristãos diri- 5. (UFSM-RS) As cruzadas se estenderam pelos séculos
giam -se à Terra Santa para conhecer e adorar a região XI, XII e XIII, levando milhares de pessoas da Europa
onde Cristo teria vivido. Outros, participantes de verda- a deslocarem-se em direção ao Oriente Próximo.
deiras peregrinações armadas, as Cruzadas, procuraram Pode-se dizer que é(são) causa(s) dessas cruzadas:
conquistar pela força das armas os lugares desejados
1. Aumento da população e pobreza na Europa.
pela fé.
{CAMPOS, F. & MIRANDA, R. G. A escrita da História. São Paulo: li. Ambições comerciais das cidades it alianas (Gêno-
Escala Educacional, 200S, p. 12S-126. Adaptado.). va, Veneza, Pisa etc.).

Vestibular em fo co 59
Ili. Reunificação da cristandade. Ili. Às motivações religiosas juntaram -se o espírito
IV. Liberação de rotas para o Orient e através de de aventura e a possibilidade de ganhos materiais,
Constantinopla que se encontrava sob domínio o que pouco a pouco transformou as Cruzadas
mameluco. numa verdadeira empresa de colonização.
Está(ão) correta(s): Quais estão corretas?
a) apenas I e li. a) Apenas 1.
b) apenas Ili. b) Apenas 11.
c) apenas 1, li e Ili. c) Apenas 111.
d) apenas IV. d) Apenas I e li.
e) 1, li , Ili e IV. e) 1, li e Ili.

6. (PUC-RS) Responder a questão com base nas afirma- 8. (Ufal) As Cruzadas misturavam interesses econômicos
tivas abaixo, sobre as Cruzadas na Baixa Idade Média. com interesses religiosos e não alcançaram o resul-
tado esperado pelas suas lideranças. De fato, elas
1. Vários setores da sociedade europeia tinham in-
serviram para:
teresses nas Cruzadas: a Igreja, o Império Bizan-
t ino, os nobres sem t erra e as cidades comerciais a) aprofundar a crise do feudalismo, contribuindo
ita lianas. para destruir suas bases sociais e econômicas.
li. As cruzadas fracassaram como empreendimento b) dif icu ltar o comércio entre Oriente e Ocidente,
religioso-milit ar, inclusive porque terminaram in- provocando guerras constantes entre bizantinos
terrompendo o rico comércio europeu com o e muculmanos.
,
Oriente Médio. c) enfraquecer o poder econômico das cidades italia-
Ili. Uma nova classe social surgiu, ligada à atividade nas, renovando práticas religiosas do catolicismo
comercial, e o poder dos nobres começou gradual- menos solidárias.
mente a declinar. d) fragmentar o poder da Igreja Católica, abrindo es-
paço socia l para o surgimento das monarquias
IV. Foi a partir da renovação do poder da Igreja,
constitucionais.
com o movimento das Cruzadas, que se cons-
truíram as grandes catedra is românicas na Eu- e) consolidar a grande propriedade rural, prejud ican-
ropa Ocidenta 1. do a vida urbana e as mudancas•
no comércio.

Pela análise das alternativas, conclui-se que somente 9. {UFC-CE)


estão corretas: [ ...] Por volta do ano de 1010, começaram a circular
a) 1 e li. rumores no Ocidente de que, sob a instigação dosjudeus,
b) 1 e Ili. os sarracenos tinham causado a destruição do Santo Se-
c) 1, li e Ili. pulcro e decapitado o patriarca de Jerusalém [ ...) Então,
d) li e IV. na esteira da cruzada proclamada pelo Papa Urbano li
no Concílio de Clermont em 7095,foi engendrada uma
e) Ili e IV.
atmosfera de histeria religiosa ...
RICHARDS, Jeffrey. Sexo, desvio e danação: as minorias na Idade
7. (UFRS) Os séculos XI e XII constituem um período de Média. Rio de Janeiro: Jorge Zaha r Ed., 1993. p. 97).
expansão na Europa ocidenta l ma rcado pelo cresci-
mento demográfico e das cidades, pelo dinamismo A partir do texto e considerando os objetivos das Cru-
da econom ia interna e pela extensão do comércio zadas, assinale a alternativa que corresponde à rela-
internacional. Nesse ínterim, os europeus assumem ção entre a Igreja Católica e os judeus na Idade Média:
uma atitude ofensiva, da qual um dos resultados são a) Uma colaboração recíproca, pois os judeus eram
as Cruzadas. considerados fiéis observadores da fé e dos ritos
Considere as afirmações abaixo a esse respeito. cristãos.
1. No início, as Cruzadas foram encorajadas pelos b) Uma ação conjunta em defesa da Terra Santa, uma
imperadores bizantinos, os quais buscavam apoio vez que os judeus participaram como bravos com-
contra os invasores que pressionavam as frontei - batentes nas primeiras Cruzadas.
ras do Im pério do Oriente. c) Uma aproximação entre judeus e cristãos em vir-
li. Nos sécu los X e XI, numerosos foram os cristãos tude da prática da usura, defendida arduamente
que, para obter o perdão de suas faltas e asse- pela Igreja medieval.
gurar a saúde eterna de suas almas, realizaram d) Uma grande hostilidade, pois a Igreja, no século XI,
longas e difíceis viagens aos lugares sa ntos da buscou cristianizar o mundo e muitas comunida-
cristandade. Essa tradição e a conquista turca des judaicas, sob a acusação de adoradores do
no Oriente fizeram com que a guerra santa con- Diabo, foram perseguidas e exterminadas.
tra os muçulmanos, já forjada nas Guerras de e) Uma relação econômica, pois a Guerra Santa foi sis-
Reconquista da Península Ibérica, tomasse maior tematicamente financiada por grupos judeus dis-
impulso. postos a contribuir com a expansão do cristianismo.

60 Caderno de estudo
10. (Ulbra-RS) No filme "O Incrível Exército de Branca- 12. (UEL-PR) Uma das consequências das Cruzadas foi a
leone", é produzida uma imagem interessante e hi- consolidação do renascimento comercia l europeu, ao
lária da Idade Média europeia, apresentando cenas a) int erromper a expansão dos f rancos do norte da
das cruzadas, da peste negra e sobre a form ação dos Europa e ao impedir que o comércio ficasse mono-
nobres. Pa rtindo dos con hecim ent os específicos de polizado pelas cidades de Antuérpia e Amst erdã.
Idade Média, podemos destacar que: b) expulsar os árabes do Mediterrâneo e ao permitir
1. As cruzadas tinham como argumento a libertação o domínio do comércio pelas cidades italianas, na
da Terra Santa, que estava em poder dos mouros, região, principalmente Gênova e Veneza.
porém despertava interesses econômicos quanto à c) estender o controle comercial do pontifi cado ro-
possibilidade de um desenvolvimento do comércio. mano a todo o continente, favorecendo as cidades
li. A peste negra dizimou quase 1/3 da população de Fland res e Champagne.
europeia e t eve origem, principalmente nos bur- d) possibilitar a apropriação pelos mercadores euro-
gos, nos hábitos de higiene do homem medieval. peus dos cent ros comerciais dominados pelos bre-
t ões e florentinos.
Ili. Os nobres representavam um segmento dom i-
nante e construíram com os servos um conjunt o e) generaliza r o comércio baseado na troca direta,
herdado dos povos germanos e saxões.
de obrigações recíprocas.
Assinale a alternativa correta: 13. {U FBA) A partir da análise das ilustrações e dos conhe-
a) Apenas a proposição I está corret a. cimentos sobre diversidade cultural, pode-se afirmar:
b) Apenas as proposições I e li estão corretas.
c) Apenas as proposições I e Ili estão corret as.
d) Apenas as proposições li e Ili estão corretas.
e) As proposições 1, 11 e 111 estão corretas.

11. (Fat ec-SP) Considere a il ustração a seguir.

{01) A leitura e a interpretação muçu lmana do epi-


sódio das Cruzadas, contrad izendo a int erpreta-
ção cri stã, comprova a influ ência da diversidade
cultura l na compreensão dos fatos hist óricos.
{02) O fenômeno das Cruzadas constit ui um exemplo,
entre muit os outros, do choque cultural entre
crist ãos e muçulmanos na região do Oriente Mé-
dio, influ indo no contexto político-econômico
das regiões circunvizinhas.
(04) O caráter ind ivid ual e subjetivo das crenças reli-
(ln: BARBOSA, Elaine Senise, NAZARO JUNIOR, giosas impede que a religião seja tomada como
Newton e PERA, Sílvio Adegas. Panoram a da
História. Curitiba: Positivo, 2005. vol. 1, p. 121)
motivo para a explosão da intolerância cultural
ent re grupos ou povos.
A partir dos conhecimentos da história do feudalismo (08) A parte ocidental do Oriente Méd io, região na
europeu, pode-se inferir que, na ilustração: qual a luta das Cruzadas foi mais intensa, com-
a) as classes sociais relacionavam-se de forma har- preende, atualmente, a Tu rquia, a Síria, o Líbano,
moniosa por incorporarem em suas mentes os a Jordânia, o Estado de Israel e os t erri tórios pa-
princípios elementares do cristianismo. lestinos, estrategicamente loca lizados em pontos
b) as castas sociais poderiam modificar-se ao longo importantes do comércio int ernacional, especial-
do tempo, pois isso dependia fundamentalmente mente o do petróleo, que concentra diversos
da vontade do poder divino do papa. focos de tensões geopolít icas, étnicas e cultu rais.
c) as terras dos feudos eram divididas igualmente {16) As relações de negociação est abelecidas entre o
entre os vários segmentos socia is, priorizando-se catolicismo e o protestantismo, na Irlanda, evita-
ram o conf ronto entre republicanos (irlandeses)
os que dependiam dela para sobrevivência.
e monarq uistas (ingleses), no período pós-Segun-
d) a organização social possibilitava a mobil idade, da Guerra Mundial.
permitindo a ascensão dos ind ivíduos que traba- {32) Diversas comu nidades indígenas brasileiras, ape-
lhassem e acumulassem riqueza material. sar de quase dizimadas, buscam, na atualidade,
e) a estrutura da sociedade era marcada pela ausên- preservar suas culturas, baseadas na consciência
cia de mobi lidade, sendo caracterizada por uma de sua continuidade histórica, e na identidade
hierarq uia social dom inada por uma instituição comum existente entre as várias comunidades,
cristã. apesar de suas diferenças particula res.

Vestibular em fo co 61
TEMA 14
O RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO MEDIEVAL

Renascimento comercial e urbano

,
,----------------r---------------,
1 '
1 I 1
❖ V V
Associações de - - - --) Formação de burgos
Cruzadas Feiras e povoados
• burguesia
mercadores • t rabalho livre
1
1
1
1
1
1
• corporações
1
1
1
1
1
1
de ofício
V V V

Reabertura do Art iculação de


Rotas terrestres
Mediterrâneo rotas terrestres
1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
V V V

Liderança das
Predomínio Champanhe,
cidades italianas
germânico na França
(Gênova e Veneza)
1
1 1
', 1 ,
----------------~----------------' 1
V

Renasci me
-------------------) e ltural

, ~ ---------- L---------- , '


1 1
❖ 0
F '
• Valorização da cultura greco-romana
( __
Moeda _ ) Sistema bancário
, • Universidades
• Escolástica !São Tomás de Aquino)

\18(:tiOnlOther \ma_g
_._ . _
TMGr<'lngat Co -

62
Exercícios
1. (Ufes) A ocorrência de feiras livres é observada, em 4. (FGV-SP) A respeito das cidades medievais, é CORRE-
cidades brasileiras, desde a época colonial, quando se TO afirmar:
destacaram a Feira de Santana e as feiras de Sorocaba, a) As cidades da Idade Média Central (sécs. XI-XIII), cons-
Campina Grande, Caruaru, entre outras. Em cidades tituídas no interior do sistema feudal, desvencilharam-
europeias, esses eventos econômicos e cult urais se -se das atividades agrícolas e significaram uma com-
tornaram comuns, a partir da Idade Média, com o re- pleta ruptura com relação ao cenário rural dominante.
nasciment o do comércio e da vida urbana, quando se b) Encravadas no mundo rural, as cidades da Idade
notabilizaram as feiras de Provins e de Troyes, na região Média Centra l (sécs. XI-XIII) representaram uma
de Champagne; as feiras de Bruges e de Antuérpia, na profunda alteração com relação às cidades da An-
região de Fland res; as feiras de Colônia, de Lubeck e de tiguidade clássica na med ida em que passaram a
outras cidades que constituíram a Liga Hanseática. constituir principa lmente centros econômicos,
Explique: onde, além do comércio, desenvolveram a espe-
a) dois fatores que cont ribuíram para o renascimento cializacão

de funcões

e a divisão social do trabalho.
do comércio e da vida urbana, no contexto europeu; c) As cidades da Idade Média Central (sécs. XI-XIII)
b) o significado das corporações de ofícios, que se difun- estabeleceram -se a partir dos modelos da Antigui-
diram, a partir do século XII, nas cidades europeias. dade Oriental, recria ndo, em novas cond icões •
his-
tóricas, as instituições políticas características do
2. (Vunesp-SP) Sobre as associações de importantes gru- mundo helenístico.
pos sociais da Idade Média, um historiador escreveu: d) O desenvolviment o e a proliferação das cidades da
Eram cartéis que tinham por objetivo a eliminação da Idade Média Centra l (sécs. XI-XIII) ocorreu num
concorrência no interior da cidade e a manutenção do mo- contexto de retração econômica decorrente, entre
nopólio de uma minoria de mestres no mercado urbano. out ros fatores, da diminuição das áreas cultivadas,
LE GOFF, Jacq ues. A civil ização do Ocidente m edieval. da queda acent uada do volume de mão de obra e
da estagnação das técnicas agrícolas.
O t ext o caracteri za de maneira t ípica:
e) A expansão urbana da Idade Média Central (sécs.
a) as universidades medievais. XI-XII 1) foi decisiva para o desenvolvimento de uma
b) a atuação das ordens mendicantes. nova sensibilidade religiosa, na qual o modelo da
c) as corporações de ofício. Jerusalém Celestial est eve presente e estimulou o
d) o domínio dos senhores feudais. aparecimento de grupos religiosos essencialmente
e) as seit as heréticas. urbanos, como os cluniacenses e os cistercienses.

3. (Unifesp) 5. (Mack-SP)
Por trás do ressurgimento da indústria e do comércio, que As cidades medievais tiveram origem nas aglomera-
se verificou entre os séculos XI e XIII, achava-se um fato de ções de mercadores - os burgos, de onde surgiu o termo
importância econômica mais fundamental: a imensa am- burguês para designar seu morador.
pliação das terras aráveis por toda a Europa e a aplicação à KOSHIBA, Luiz. História: origens, estruturas e pro cessos.

terra de métodos mais adequados de cultivo, inclusive a apli-


Assinale a alternativa que apresenta o papel das cida-
cação sistemática de esterco urbano às plantações vizinhas. des na t ransição da Idade Média para a Idade Moderna.
MUMFORD, Lewis.A cidade na História. São Pau lo: Martins Fontes, 1982.
a) Foram as principais válvulas de escape para o ex-
O texto t rata da expa nsão agrícola na Europa ociden- cedente populacional que surgiu após a abolição
ta l e central entre os séculos XI e XIII. das relações servis de prod ução no campo.
Dentre as razões desse aumento de produtividade, b) Favoreceram a fu são de elementos da ant iga ordem
podemos citar: feudal com o novo sistema econômico, impedindo as
a) o crescimento populacional, com decorrente au- contradições socioeconômicas durante esse processo.
mento do mercado consum idor de aliment os. c) Foram as responsáveis pela promoção da centra-
b) a oportunidade de fornecer aliment os para os par- lização do poder político e pelo forta lecimento
t icipantes das Cruzadas e pa ra as áreas por eles econômico da nobreza feuda l.
conq uistadas. d) Desenvolveram-se independent emente da econo-
c) o fim das guerras e o estabelecimento de novos mia de mercado, produzindo produtos artesanais
padrões de relacionamento entre servos e senho- apenas para o uso de seus habitant es mais abas-
res de terras. tados, os burgueses.
d) a formação de associações de profissionais, com e) Representaram um indício da incompatibilidade
decorrente aperfeiçoamento da mão de obra rural. entre o t ipo restrito da prod ução do feudo e a no-
e) o aprimoramento das técnicas de cultivo e uma va rea lidade econôm ica que emergia graças ao
relação mais intensa ent re cidade e campo. renascimento comercial.

Vestibular em fo co 63
6. (UEL-PR) 9. (Un icamp-SP) Godrici de Finchale foi um mercador
Durante os séculos XI a XIII verificou-se nas atividades que viveu no século XI, na Baixa Idade Média, no les-
agrícolas e artesanais da Europa Centro-Ocidental um t e da atual Inglaterra.
conjunto de transformações [ ...) que repercutiram no cres- Quando rapaz, depois de ter passado os anos da in-
cimento das trocas mercantis. Situa-se aí historicamente fância sossegadamente em casa, chegou à idade varonil,
o chamado renascimento urbano medieval. principiou a aprender com cuidado e persistência o que
Fonte: RODRIGUES. A. E.; FALCON, F. Aformaçãodo m vndo moderno.
ensina a experiência do mundo. Para isso decidiu não
2. ed. Río de Janeiro: Elsevíer, 2006, p. 9.
seguir a vida de lavrador, mas estudar, aprender e exercer
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o te- os rudimentos de concepções mais sutis. Por esta razão,
ma, é correto afirmar que ta is mudanças econômicas: aspirando à profissão de mercador, começou a seguir o
modo de vida do vendedor ambulan te, aprendendo pri-
a) Caract erizaram-se pelo desenvolvimento das téc-
meiro como ganhar em pequenos negócios e coisas de
nicas de produção e amplo emprego de recursos
preço insignificante; e, então, sendo ainda um jovem, o
energéticos, tais como carvão e pet róleo.
seu espírito ousou pouco a pouco comprar, vender e ga-
b) Im plicaram no capitalismo mercantil incrementa- nhar com coisas de maior preço.
do pelo amplo comércio atlâ ntico, fom entado por (Adaptado de Reginald of Durnha m, "Libellus de Vita et Miracu lís S.
negociantes italianos e príncipes alemães. Godrící", em Fernando Espinosa. Antologia de tex tos históricos
medievais. 3. ed .. Lisboa: Sá da Costa Editora, p. 198)
c) Aumentaram a produção no ca mpo e na cidade e
fomentaram a circulacão •
de bens e moedas, viabi- a) Segundo o texto, o ofício de mercador exigia uma
lizados por novos inst rumentos de crédito a gover- preparação diferente daquela do lavrador. Quais
na ntes e comerciantes. eram as diferenças entre esses dois ofícios?
d) Privatizaram as terras e introduziram um modelo de b) Cite duas caract erísticas do renascimento comer-
produção fabril, promovido pelo governo britânico. cial e urbano ocorrido no final do período medieval.
e) Reforçaram o predomínio político e comercial dos
senhores feudais sobre os governos citadinos. 10. (UPF-RS) Sobre as cidades europeias da Idade Média,
leia as afirmativas abaixo.
7. (Mack-SP) 1. Praticamente não havia cidades, pois o comércio
Chegou o dia em que o comércio cresceu, e cresceu feudal era f rá gil, sustentado por feiras esparsas.
tanto que afetou profundamente toda a vida da Idade li. Desapareceram depois das invasões bárbaras,
Média. O século XI viu o comércio andar a passos largos; restando pequenas cidades no sul da França .
o século XII viu a Europa ocidental transformar-se em
consequência disso.
Ili. Muitas cidades medievais tiveram seu crescimen-
(Leo Huberma n) to relacionado com as grandes feiras.
Assinale a alternativa relacionada ao texto ant erior. IV. Algumas cidades italianas, como Veneza, eram
importa ntes comercialmente.
a) Os efeitos do renascimento urbano e comercial
foram sent idos simultanea mente em todo o terri- V. As cidades cresceram com o pla nejamento dopo-
der público e o gra nde incent ivo da Igreja Católica.
tório europeu.
b) O modo de produção servil foi imediatamente Estão corretas apenas:
substituído pelo desenvolvimento de centros in- a) ll eV. c) l eV. e) li, Ili e IV.
dustriais e pelo t rabalho assalariado. b) 111 e IV. d) 1e IV.
c) A ampliação de novos mercados e centros urbanos
cont ribuiu para a redução do crescimento demo- 11. (Unemat-MT) Observe o mapa abaixo:
gráfico e da migração.
d) A expansão marítima comercial europeia, at ravés
da aliança dos reis com a burguesia, consolidou as
relações mercantis na Ásia, Europa e América. -·"!1111 ......
______ .....
e) O renascimento comercia l trouxe o crescimento
das cidades, a expansão do mercado e a ascensão
de um novo grupo social.
-
-
-
.....
... 1

8. (Fuvest-SP) As comunas medievais caracterizaram -se por:


a) radicalismo político que tendia ao anticlericalismo.
-
b) autonomia das cidades em relação aos senhores
feudais, com govern o, direito e símbolos próprios.
c) aumento do clericalismo, resultando no reforço da
autoridade papal. Sobre a economia da Europa no sécu lo XIII.julgue as
d) fortalecimento da subm issão à autoridade dos alt ernativas:
senhores feudais. a) Existem t rês grandes rotas comerciais restri tas ao
e) aglomeração de marginalizados que exerciam o continente europeu: a rota veneziana, a rota fla-
banditismo. menga (ma r do Norte/Báltico) e a rota africana.

64 Caderno de estudo
b) Na Europa, por causa do comércio das especiarias, c) O racionalismo renascentista, ao desenvolver a
duas grandes cidades se destacam: Veneza e divisão técnica do trabalho, foi fundamental para
Constantinopla. o desenvolvimento das corporações de ofício.
c) Três grandes rotas levam produtos do Extremo d) O surgiment o do sistema doméstico, provocando
Oriente para o Oriente Méd io: rota da seda, rotas o aparecimento do comerciante intermediário,
das especiarias e uma rota do mar Vermelho que atrasou o desenvolvimento da maquinofatu ra, ao
abastece Cairo. deslocar o capital da produção para a circu lação.
d) As rotas do mar do Norte e mar Bá lt ico comercia- e) O desenvolvimento do sistema fabril foi dificulta-
lizam, principa lmente, produtos como especiarias, do pela concorrência estabelecida pelos artesãos,
seda, marfim, escravos.
presos às formas tradicionais de produção.
12. (Favic-BA) Como uma das consequências da acumu - 14. {UFPE) Apesar das dificuldades de comunicação du-
lação de riquezas proporcionada pelo cresci ment e do
rante a Idade Média, o comércio era desenvolvido por
comércio e da vida urbana, no fim da Idade Média,
terra, rios e mar. Sobre esta prática econômica, ana·
pode-se citar:
lise as proposições abaixo:
a) a decadência do poder absoluto dos reis, contestado
pelos filósofos iluministas defensores da democracia. a) Os normandos conseguiram manter aberto oco-
b) a organização do movimento cruzadista com o mércio na região do mar Báltico, estabelecendo
apoio financeiro da burguesia, interessada em co- uma circulação de mercadorias apenas entre reinos
mercializar com o Oriente. da Europa Ocidental.
c) a invenção da imprensa, que permitiu maior troca b} A rota do mar do Norte e do mar Bá ltico se tornou
de ideias, inclusive sobre a Igreja Católica, o que con- uma das mais ativas, chegando a ocupar o tercei-
tribuiu para a eclosão do movimento reformista. ro lugar em importância na Europa, durante a
d} o fato de que os artesãos ficaram prejudicados Idade Méd ia.
quando o comércio interno das cidades nascentes c) O principal circuito comercial europeu, deste perío-
foi atingido pela fa lta de circulação de moedas, do, estava formado pelos entrepostos do Oriente
abalando o sistema corporativo. Médio, pelas cidades da penínsu la Itálica e pela
e) a concentração de riquezas em poder dos comer- região de Flandres.
ciantes, porque a circulação de mercadorias gera- d) Os tecidos de seda produzidos na região de Flan-
va mais lucros que a sua produção, dando origem dres chegaram aos mais distantes mercados orien-
à fase de acumulação primitiva de capitais. tais, com o apoio dos entrepostos comerciais do·
minados pelos árabes.
13. {UEFS-BA)
e) O comércio do norte da Europa foi controlado por
Sistema familiar: os membros de uma família produ-
mercadores da Hansa Teutônica ou Liga Hanseá-
zem artigos para o seu consumo, e não para a venda. O
tica, constituída no século XIV.
trabalho não se fazia com o objetivo de atender ao mer-
cado [ ...] Sistema de corporações: produção realizada por
15. {UFRGS-RS) No final da Idade Média, nas cidades do
mestres artesãos independentes, com dois ou três empre·
Ocidente, os ofícios eram organizados por associações
gados, para o mercado, pequeno e estável. Os trabalha-
profissionais com forte influência nas atividades eco-
dores eram donos tanto da matéria -prima que utilizavam
nôm icas e nas formas de sociabil idade urbanas. Leia
como das ferramentas que trabalhavam [ ...] Sistema do·
méstico: produção realizada em casa [ ...] pelo mestre ar·
as afirmações a seguir sobre as corporações de ofício:
tesão com ajudantes, tal como no sistema de corporações. 1. As primeiras associações profissionais começaram
Com uma diferença importante: os mestres já não eram a surgir desde o século IX; eram congregações com
independentes; tinham ainda a propriedade dos instru- forte influência religiosa e tinham por objetivo o
mentos de trabalho, mas dependiam, para a matéria- auxílio mútuo entre os membros.
·prima, de empreendedor que se interpusera entre eles e li. Na Baixa Idade Média, eram em geral controladas
o consumidor [...] Sistema fabril: produção para um mer- por um colegiado integrado pelos Mestres de Ofí-
cado casa vez maior e oscilante, realizadafora de casa, nos cio, os quais fiscalizavam o respeito aos regula-
edifícios do empregador e sob rigorosa supervisão. Os
mentos corporativos, excluindo das decisões os
trabalhadores perderam sua completa independência [...].
artífices menos qualificados.
(Huberman, p. 115)
Ili. Seus estatutos previam o controle do tipo de
Em relação à evolução do sistema de produção, pode- matéria-prima utilizada na produção, a quantida-
-se afirmar: de e a qualidade dos produtos, o preço e as con-
a) O sistema de produção familiar atendia aos inte- dições de venda das mercadorias, com o fim de
resses mercantilistas das metrópoles, na medida evitar a concorrência.
em que o Estado Absolutista tinha o controle ab-
Quais estão corretas?
soluto sobre a produção artesanal.
b) O sistema de corporações de ofício atend ia às ne- a) Apenas 1. d) Apenas li
cessidades da sociedade medieval, cuja produção b) Apenas I e Il i. e) Apenas li e Ili.
era restrita aos mercados feudais. c) 1, li e Ili.

Vestibular em fo co 65
TEMA 15
A CULTURA MEDIEVAL EUROPEIA

Alta Idade Média (séculos V-X) Baixa Idade Média (séculos XI-XV>

1 1
1
V y

• Guerra constante
• Expansionismo (Cruzadas)
• Fim da unidade política
• Renascimento comercial e urbano
· Descentralização
· Volta à unidade política !monarquias
• Diminuição do comércio
centralizadas)
• Ruralização
• Retomada do legado cultural greco-romano
• Perda do legado cultural greco-romano
• Universidades
• Morte: experiência cotidiana

• insegurança • segurança
• medo • mobilidade social
• pess1m1smo
• busca de segurança
espiritual

1
__'V___

Filosofia
Santo Tomás de Aquino
Filosofia • homem: privilegiado lrazãol
Santo Agostinho • salvação: nas mãos do homem
• " livre-arbítrio"
• homem corrompido
• salvação: nas mãos de Deus • boas obras
• "fé precede razão"
• predest inação

Arquitetura
Estilo gótico
Arquitetura • leve
Estilo romântico • vertical ("elevando-se" ao céul
• ambientes claros. mais
• pesado
propícios à busca racional
• horizontal ("preso à terra")
• ambientes escuros, propícios
à entrega espiritual jj
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66
Exercícios
1. (Vunesp-SP) c) Relacione a prática da usura com o desenvolvimen-
{Na Idade Média] Homens e mulheres gostavam mui-
to do capitalismo no final da Idade Méd ia.
to de festas.
4. (Fuvest-SP) Perto do ano 1000, manifestações de me-
Isso vinha, geralmente, tanto das velhas tradições pa-
do foram verificadas em todo o Ocidente, como se o
gãs [... ], quanto da liturgia cristã.
fim do milênio trouxesse consigo o fim dos tempos.
LEGOFF, Jacques. A Idade Média explicada aos meusf ilhos, 2007.
Tal situacão

deve ser entendida como:
Sobre essas fest as medievais, podemos dizer que: a) manifestação da crescente religiosidade que ca-
a) muitos relatos do cotidiano medieval indicam que racterizava a sociedade feudal.
havia um confront o entre as fest as de origem pa- b) indício do crescente analfabetismo das camadas
gã e as criadas pelo cristian ismo. popu lares e dimin uição da religiosidade clerical.
b) os torneios eram as principa is festas e rompiam as c) decorrência da tomada do Império Bizantino pelos
distinções sociais entre senhores e servos que, muculmanos

do norte da África.
montados em cavalos, se divertiam juntos. d) traço típico de uma sociedade em transição que se
c) a Igreja católica apoiava todo tipo de comemora- tornava mais clerical e menos guerreira.
ção popular, mesmo quando se tratava do culto a e) característica do momento de centralização polí-
alguma divindade pagã. tica e de formação das mona rquias naciona is.
d) as festas rurais representavam sempre as relações
sociais presentes no campo, com a encenação do 5. (U FPE) Sobre práticas de cura na Idade Média, assina-
ritual de sagração de cavaleiros. le a alternativa correta.
e) religiosos e nobres preferiam as festas privadas e a) Médicos e feiticeiras realizavam práticas medici-
pagãs, recusando-se a participar dos grandes even- na is. Aqueles com base nos tratados gregos e essas
tos públicos cristãos. fundamentadas em práticas empíricas das ervas.
b) Feiticeiras medieva is foram, para a med icina me-
2. (Vunesp-SP) dieval, verdadeiras cirurgiãs, que atendiam doen-
{Na época feudal} o mundo terrestre era visto como tes de todas as camadas sociais.
palco da luta entre asforças do Bem e as do Mal, hordas c) Os tratados de medicina aplicados pelos gregos,
de anjos e demônios. Disso decorria um dos traços mentais judeus e árabes foram proibidos pela Inquisição.
da época: a belicosidade.
d) O saber sobre a cura, praticado por feiticeiras e carras-
FRANCO JUNIOR, Hilário. Ofeudalismo, 1986. Adaptado.
cos, foi amplamente usado na França e na Inglaterra,
A belicosidade (disposição para a guerra) mencionada onde eram respeitados como verdadeiros médicos.
expressava-se, por exemplo, e) Com base na higiene doméstica e no saneamento
a) no ingresso de homens de todas as camadas sociais construído nas vilas e cidades medievais, muitas
na cavalaria e na sua participação em torneios. doenças foram combatidas durante a Idade Média .
b) no pacto que reunia senhores e servos e determi-
6. (Vunesp-SP) Na Idade Méd ia ocidental, a Igreja cristã
nava as chamadas relacões
, vassá licas.
justificava e explicava o ordenamento socia l. Ao lado
c) na ampla rejeição às Cruzadas e às tentativas cris- dos clérigos, que detinham o conhecimento da leit u-
tãs de reconquista de Jerusalém. ra e da escrita, um dos grupos sociais da época era
d) no empenho demonstrado nas lutas contra mu- constituído por:
çulmanos, vikings e diferentes formas de heresias.
a) assalariados, que trabalhavam nas terras dos que
e) na submissão de senhores e vassalos, reis e súditos, protegiam as fronteiras da Europa medieval das
ao Islamismo. invasões dos povos bárbaros germânicos.
b) usurários, que garant iam o financiamento das
3. (Unicamp-SP) No século XIII, um teólogo assim con-
denava a prática da usura: campanhas militares da nobreza em luta contra
os infiéis muçulmanos.
O usurário que adquirir um lucro sem nenhum traba-
c) donos de manufat uras de tecidos de algodão, que
lho e até dormindo, o que vai contra a palavra de Deus
abasteciam o amplo mercado consumidor das co-
que diz: "Comerás teu pão com o suor do teu rosto". Assim
lônias americanas.
o usurário não vende a seu devedor nada que lhe perten-
ça, mas apenas o tempo, que pertence a Deus. Disso não
d) servos, que deviam obrigações em trabalho aos
deve tirar nenhum proveito.
senhores territoriais que cuidavam da defesa mi-
Adaptado de : LE GOFF, J. A Bolso e a vida. São Paulo: Brasiliense, 1989.
litar da sociedade.
e) escravos, que garant iam a sobrevivência material
a) O que é usu ra? da sociedade em troca da concessão da vida por
b) Por que a Igreja medieval condenava a usura? parte dos seus vencedores.

Vestibular em foco 67
7. (PUCC-SP) li. Diabolizavam o riso e sacralizavam a seriedade e
Reparando seu livro sobre o imperador Adriano, Mar-
a introspecção como f undamento da cultura e da
guerite Yourcenar encontrou numa carta de Flaubert etiqueta na Baixa Idade Média.
esta frase: "Quando os deuses tinham deixado de existir Ili. Compunham poemas que celebravam a sexuali-
e o Cristo ainda não viera, houve um momento único na dade e criticavam tanto a t irania ideológica quan-
história, entre Cícero e Marco Aurélio, em que o homem to as práticas religiosas e morais da Igreja.
ficou sozinho". Os deusespagãos nunca deixaram de exis- IV. Identificavam-se com a cultura dos charivaris,
tir, mesmo com o triunfo cristão, e Roma não era o mun- ocasiões em que era comum incinerar sacos
do, mas no breve momento de solidãoflagrado por Flau- cheios de gatos, associados à feit içari a.
bert o homem ocidental se viu livre da metafísica - e não V. Recepcionavam os códigos cultu ra is dos povos
gostou, claro. Quem querficar sozinho num mundo que árabes, copia ndo destes o gosto pela música, dan-
não domina e mal compreende, sem o apoio e o consolo ça e vestimentas orient ais.
de uma teologia, qualquer teologia?
{luiz Fernando Veríssim o. Banquete com os deuses)
Est ão corretas:
a) l elll.
A compreensão do mundo por meio da religião é uma
b) IV e V
disposição que traduz o pensamento med ieval, cujo
pressuposto é: c) 1 e li

a) o antropocentrismo: a valorização do homem co- d} 1, li e Ili.


mo cent ro do Un iverso e a crença no caráter divino e) 111,IVeV.
da natureza hu mana.
9. (Uepa}
b) a escolástica : a busca da salvação através do co-
nhecimento da filosofi a clássica e da assimilação A Idade Média equipou a Europa. Mostrou-se conquis-
do paganismo. tadora e inovadora no domínio da tecnologia, sabendo
c) o pant eísmo: a defesa da convivência harmônica aperfeiçoar e difundir técnicas que muitas vezes lhe eram
de fé e razão, uma vez que o Universo, infinito, é anteriores. Se é um exagerofalar da revolução tecnológica,
parte da substância divina. houve uma forte aceleração de um processo tecnológico
d) o positivismo: submissão do homem aos dogmas até então muito lento. A Idade Média continuou a ser um
instituídos pela Igreja e não questionamento das mundo de madeira, mas aumentou seriamente a utilizacão •
leis divinas. da pedra e doferro. (...) Os transportes terrestresforam aper-
e) oteocentrismo: concepção predominante na pro- feiçoados pelo arranjo e conservação das estradas, pela
dução intelectual e artística medieval, que consi- construção de carroças maiores e mais sólidas, pelo arran-
dera Deus o cent ro do Universo. jo da atrelagem de animais de cargas [...]. pela construção
de pontes e pela abertura de novas vias, a mais célebre das
8. (UFCG· PB) A cultura medieval é marcada por diversos quaisfoi a Via Alpina de S. Gotardo, no século XIII.
movimentos artísticos que ganharam visibilidade (Le GOFF. Jacq u es.A velha e nova Europa. lisboa: Grad iva, 199 4. /n:
MOCELLIN, Renato e CAMARGO. Rouvane. Passaporte para a História.
mediante diversas práticas. Na composição dessa São Pau lo: Ed ito ra do Brasil, 2007, p. 13).
ident idade cultura l med ievalista, emergiram, na bai-
xa Idade Média, os goliardos. A parti r da leitura do te xto e dos seus estudos histó-
ricos, é correto afirma r que a Idade Média:
a) é ainda considerada por muitos historiadores como
a " Idade das Trevas" devido à ausência de instru-
mentos e/ou realizações que identificassem algu-
ma tecnologia.
b) é um período em que houve um desenvolvimento
t ecnológico, e nele se identi fica o aperfeiçoamen-
to de transportes e a construção de pontes e aber-
t uras de vias.
c) hoje est á sendo renomeada como o "período das
luzes", visto muitos estud iosos terem descoberto
que nele ocorreu uma verdadeira revolução tecno-
lógica no campo das construções.
d) no campo das construções arquitetônicas, registra
mudanças significativas, como, por exemplo, a subs-
A partir da leitura da imagem acima e dos seus co- tit uição do uso da madeira pela pedra e pelo ferro.
nhecimentos sobre a temática, é correto afirmar que e) aperfeiçoou diversas técnicas herdadas do mundo
os goliardos: antigo, ao mesmo tempo que promoveu uma ace-
1. Identificados como clérigos it inera ntes ou estu- leração do processo tecnológico dos meios de
dantes boêmios, desenvolviam a arte musical t ransporte, substituindo a tração animal pela uti-
canta ndo poemas sobre bebidas, amor e fortunas. lização do vapor.

68 Caderno de estudo
10. (UFPA) Sobre a Cava laria Medieval, leia o enunciado d) A mulher, ainda que posta em uma condição sub-
abaixo: missa em relação ao homem, tinha grande poder
O escudeiro,antes de entrar na ordem da cavalaria e infl uência sobre a Igreja Católica.
durante a Idade Média europeia, deve confessar-se das e) A condição feminina era fruto da grande influência
faltas que cometeu contra Deus [...]. que o racionalismo cient ífi co exercia sobre a cul-
Ubro de La Orden de Caba/leria. Apud: PEDRERO·SANCHEZ. Maria Guadalupe. t ura daquele período.
História da Idade Média, textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. p. 102.
12. {U FV-MG) Considerada por muitos como a "Idade das
Sobre esse primeiro "mandamento" que regia o ingres- Trevas", a Idade Média foi arcada por uma intensa
so do jovem na cavalaria, é importante observar que a: t ransformação cult ural, pois aos poucos a deterioração
a) estrut ura original da cavalaria era de natureza da herança cultura l do Império Romano foi abrin do
guerreira e religiosa, demasiado pró xi ma das or- espaço para o surgimento de um outro tipo de cultura,
dens monástico-religiosas, o que ameaçava o po- baseada no poder crescente da Igreja Católica. Com
der terrena! da nobreza e a unidade espiritual e relação à cult ura Medieval, é INCORRETO afirmar:
física da instit u icão.
• a) A proliferação das universid ades retardou o forta -
b) obrigação para com os preceitos religiosos forjou lecimento do renascimento cult ura l europeu, visto
nos cava leiros uma moral mi lit ar que se sobrepu- que estas seguiam fielmente os desígnios do Papa
nha à defesa de Deus, da Igreja e da nobreza, que- e do catolicismo.
brando a unidade da Cristandade consolidada b) Durante a Alta Idade Média, a Igreja adquiriu o contro-
desde os tempos im peria is de Roma. le sobre a educação, dominando o ensino através das
c) Igreja gerou no seio da cavalaria um sentimento escolas religiosas e sendo o clero a elite intelectual.
de fra ternidade mi litar, despojando-a de seu papel c) Os mosteiros funcionaram como depositários da
guerreiro, visando apenas ao combate àqueles que cultura e os monges atuavam, em grande parte,
não segu issem os ensinamentos evangélicos, con- como copiadores de manuscritos antigos.
forme determinavam os príncipes. d) Na Baixa Idade Média, a filosofia escolástica busca-
d) religiosidade dos cavaleiros determinará o fim da va a harmonia entre a razão e a fé, afirmando que o
prática dos torneios e das guerras justas, sendo a progresso dependia também do esforço do homem.
cavalaria ma is ta rde absorvida pelos Estados Ab-
solutistas, servindo apenas para o aparato das 13. {UEM) Inicialmente, o termo gótico fora utilizado pelos
cortes reais europeias. estudiosos de forma desdenhosa para definir uma ar-
e) Igreja t eve um papel f undament al em relação à quitet ura que consideravam "tão bárbara, que ela po-
cava lari a, incutindo a fé e cristianizando-lhe os deria até ter sido criada pelos godos, povo que invadira
rituais, tanto que na oração da investidura era pe- o Império Romano e destruíra muitas de suas obras".
dido a Deus que abençoasse a espada do cava leiro (PROENÇA, Graça. História da Arte. São Pau lo: Ática, 2007. p. 74).

para que ele pudesse def ender a Igreja, as viúvas, Mais tard e, o t ermo perderia o caráter depreciativo
os órfãos e todos os servi dores de Deus. ao continuar ligado a uma das grandes revoluções na
técnica construtiva. Acerca da arquit etu ra gót ica, é
11 . {UFC-CE) Na sociedade medieval, vigorava uma ideo- correto afirmar que:
logia que considerava as mul heres inferiores aos
{01) a abóbada de nervuras, estrutura gerada em fun -
homens, resu ltando em um cotidia no ma rcado pe-
ção do emprego do arco semicircular, é um dos
la hegemon ia da autoridade mascu lina. Ainda que
legados da técnica construtiva da arquitetura
a Igreja pregasse que homens e mulhere s eram
românica adotada pelos novos constru tores.
objetos do amor de Deus, não eram poucos os re-
ligiosos que percebiam as m ulheres como agentes {02) o emprego do arco ogival permi t iu a construção
do demônio. de igrejas mais altas com a impressão de vertica -
lidade ainda mais acentuada pelo desenho das
Com base nas informacões•
acima e em seus conhe- ogivas que se alongam e apont am pa ra o alto.
cimentos, assinale a alternat iva correta sobre a cul- (04) o arcobotante foi um importante recurso técnico
tura e a sociedade europeias, no período classicamen- int roduzido pela arquit etura gót ica, pois, ao t rans-
t e conhecido como Idade Média. m itir a pressão de uma abóbada diretamente
a) As mu lheres eram consideradas inferiores aos ho- para contrafortes externos, permitiu aument ar
mens por serem incapazes de traba lhar com as as aberturas de ilu minação.
t écnicas t radicionais de cura por meio do uso de {08) ao lançar mão do uso de pilares dispostos a in-
plantas med icinais. t ervalos regu lares os construtores do período
b) A mentalidade era profundamente marcada pelo conseguiram suprimir as grossas paredes que
ideário católico, que preconizava, inclusive, o papel sustentavam a estrutura e que caracterizava m
que homens e mulheres deveriam desempenhar a arqui tet ura românica.
na sociedade. {16) os vitrais, que na arquitetura românica tinham cores
c) A submissão f emin ina à autoridade masculi na ca - predominantemente escuras com o objetivo de obs-
racterizou a sociedade daquele tempo como uma curecer o interior das igrejas, ganharam cores radian-
organização tipicamente matriarca!. tes ao serem importados para as igrejas góticas.

Vestibular em foco 69
TEMA 16
N

AS RELAÇOES DE PODER NA EUROPA OCIDENTAL MEDIEVAL

Desenvolvimento Ordem feudal


comercial e urbano Formação das

1
,- ----------~-----------, \
monarquias
1
1 1 1

V
1
v v
Ascensão da Falta de uniformidade Diversidade regional
burguesia legal e jurídica e política

1
\ I
'
' ---------~-----------'
1
I

V
Entraves ao
desenvolvimento comercial
1 1

,'
\
'
'--------------------------------~----------------------------------,
V
1

Demanda por centralização

1
, .- ----------------------~------------------------
1
I
'
1
,-:,, '+' v
Exércitos Facilitação
, . do Fortalecimento da
mercenários comercio autoridade do monarca
1
1
1
1
1 ,- ----------l----------, '1
1 1

1
1
1
1
v v
'V 1 Aliança Conflitos:
Repressão '--> monarca-burguesia monarca x nobreza
senhorial •
1 monarca x Igreja
1
aos camponeses , I Querela das
,------------
1 Investiduras
1
1
v Cisma do Ocidente
.
1 1
1 1
1 1

<--- --- --- ------ ----------'''


\

''------------->

I
, ,- ------------------------------~-------------------------------,
1 '
\
1 1
1 1
v
r
v..__
França Inglaterra Península Ibérica
• Filipe li 0180-1223) - início • Guilherme, o Conquistador • Reconquista (1150-1492) - guerra para
da centralização, poder (1066-1087) - dinastia tomar os territórios controlados pelos
armado, tributos. Normanda, o rganização do muçulmanos. Organização dos reinos
• Luís IX (1226-1270) - poder real. de Leão, Navarra, Castela e Aragão
t r ibunais, moeda de • Henrique 11(1154-1189) - (unificados no final do século XV).
circulação nacional. Common Law. Portugal:
• Filipe IV, o Belo (1285-1314) - • João Sem-Terra (1199-1216) • Independência do condado
criação dos Estados Gerais, - conflitos e imposição da Portucalense (1139l.
Cisma do Ocidente. Magna Cart a, que limitava o • Dinastia de Borgonha (1139-1383) -
• Guerra dos Cem Anos poder real. reconquista, hegemonia da
(1337-1453) - relativo • Guerra dos Cem Anos (1337- autoridade real.
enfraquecimento do poder -1 453) - crise social. • Revolução de Avis 0385) -
monárquico. • Guerra das Duas Rosas (1455- aproximação entre os interesses da
• Peste negra. rebeliões -1 485) - enfraquecimento da monarquia e os do setor mercantil,
camponesas (século XIVl. nobreza, centralização política. desencadeando a expansão marítima.

70
Exercícios
1. (Ufes) Em fevereiro de 1076, o papa Gregório VII, rea- Ili. Só ele pode nomear e depor bispos. [ ...)
gindo contra a decisão dos bispos alemães de se pro- VIII. Só ele pode usar a insígnia imperial.
clamarem independentes da Santa Sé, excomunga IX. O papa é o único homem a quem todos os príncipes
Henriq ue IV, soberano do Sacro Im pério Romano- beijam os pés.
-Germânico, nos seguintes termos: XII. É-lhe lícito destituir os imperadores.
GREGÓRIO VII, Dictatus papae. Apud: SOUZA, José Antonio C. R. de;
[Dirigindo -se a S. Pedro] ''.4 mim como teu represen- BARBOSA, João Morais. O reino de Deus e o reina dos homens. Porto
tante me foi especialmen te confiado e a mim pela tua Alegre: Edipucrs, 1997. p. 47-48.

graçafoi dado por Deus o poder de ligar e desligar no Céu


O documento expressa a concepção do poder papal
e na terra. Apoiando-me pois nesta crença para a honra
de Gregório VII (1073-1085) que se relaciona com:
e defesa da tua Igreja e em nome de Deus Todo -Poderoso,
o Pai, o Filho e o Espírito Santo, por intermédio do teu a) o "Cisma do Oriente", que selou a separação entre
poder e autoridade, retiro o governo de todo o reino dos as duas Igrejas, a católica romana e a ortodoxa
Germanos e da Itália ao rei Henrique, porque ele ergueu- grega.
-se contra a tua Igreja com uma inaudita soberba. E li- b) o "Cativeiro de Avinhão", período de 70 anos em
berto todos os cristãos do juramento de f idelidade que que os papas submeteram-se à autoridade do rei
lhe tiverem feito ou vierem a fazer, e proíbo a quem quer da França.
que seja de o servir como rei, porque é justo que aquele c) a "Querela das Investiduras", conflito político que
que procura diminuir a honra da tua Igreja perca também dema rcou as esfera s do poder papal e as do poder
a honra que deveria ter". imperial.
SPINOZA, F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da d) a "Doação de Constantino", que serviu como jus-
Costa, 1981, p. 290.
t ificativa para o estabelecimento do Patri mônio
O episódio faz parte de um dos mais importantes de São Pedro.
conflitos ocorridos no período medieval entre o pa- e) o "Cisma do Ocidente", que dividiu a autoridade
pado e o Império, denom inado "Quest ão das Investi- suprema da Igreja entre dois papas, o de Roma e o
duras" (1075-1122), que consistiu: de Avinhão.
a) na retomada, por parte da Santa Sé, das proprie- 3. (UEL-PR) Considere as proposições a seguir.
dades fundiárias concedidas em arrendamento aos
príncipes alemães para que invest issem na produ- 1. "No Século XIV, as insurreições camponesas e ur-
ção agrícola, destinada a abastecer os núcleos ur- banas, o clima de agitação social e a falta de segu-
banos emergentes. rança nas estradas contribuíram para que o setor
mercantil transferisse a rota terrestre, que ligava a
b) na decisão de Gregório VII, proclamada diante dos
cidade de Flandres[...], para a via marítima...".
bispos reunidos no Concílio de Avignon, de impedir
li. "A conqu ista de Ceuta significou apropriação de
por todos os meios as investidas de Henrique IV e
importantes lucros para o Estado e o grupo mer-
seus aliados cont ra a Itália, o que levou o papado
ca nt il a ele ligado. Ao mesmo tempo, para a no-
a buscar o apoio da monarquia francesa.
breza [...] ela foi vista como uma forma de com-
c) na condenação, por parte de Gregório VII, da inter- bater os infiéis e conquista r terras ...".
ferência do poder laico na composição do clero, Ili. "No final do ant igo regime, significativos setores
especialmente no que dizia respeito à indicação da nobreza, enfraquecidos, deixaram de participar
dos bispos pelos soberanos. das atividades mercantis, o que fez com que a bur-
d) no repúdio de Henrique IV às pretensões do papado guesia e o rei se lançassem ao comércio marítimo."
de sagrar os cavaleiros alemães, uma vez que his- IV. "Os port ugueses iniciaram a sua aventura expan-
toricamente tal prerrogativa cabia apenas ao sionista através da pirataria e do saque às frotas
imperador, como herdeiro legítimo dos Césares italia nas e iniciaram a expansão do seu império
romanos. com a conquista do litora l africano."
e) na cisão entre a Santa Sé e a monarquia alemã, por V. "No fina l do Século XV, Portugal detinha a exclu-
conta da revelação de que agentes papais teriam sividade da rota atlântica das especiarias e dos
penetrado no território do Sacro lm pério Romano- artigos de luxo - o mais important e setor do co-
-Germânico com o objetivo de sublevar a nobreza mércio internacional na época.".
contra Henrique IV.
Sobre a expansão ma rítima portuguesa, são corretas
2. {UFG-GO} SOMENTE as proposições:
I. Só a Igreja romana foi fundada por Deus. a) 1, li eV. d) li, Ili e IV.
li. Só o pontífice romano, portan to, tem o direito de b) 1, Ili e IV. e) li, IV e V,
ser chamado universal. c) 1, Ili eV.

Vestibular em foco 71
4. (Fuvest-SP) No processo de formação dos estados e) completo restabelecimento das re lações feudo-
nacionais da França e da Inglaterra, podem ser iden- -vassá licas, freando temporariamente o processo
tificados os seguintes aspectos: de assalariamento da mão de obra e de entrada do
capital mercantil no campo.
a) Forta lecimento do poder da nobreza e retarda -
mento da formação do Estado moderno.
7. (Ufes) O conceito de rea leza sagrada e maravilhosa
b) Ampliação da dependência do rei em re lação aos
atravessou toda a Idade Média sem nada perder de
senhores feudais e à Igreja. seu v igor, muito pelo contrário: todo esse tesouro
c) Desagregação do feudalismo e centralização polí- de legendas, de ritos curativos, de crenças meio
tica. eruditas, meio populares, que constituía grande
d) Diminuição do poder rea l e crise do capitalismo parte da força moral das monarquias não cessou de
comercia l. crescer [...] À primeira v ista, o que parece est ar em
e) Enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre oposição à marcha geral dos acontecimentos é - no
o Estado e a Igreja. reinado dos primeiros capetíngeos, por exemplo - o
caráter sagrado correntemente reconhecido à pes-
5. (Cesgranrio-RJ) A consolidação da Monarquia Francesa: soa do rei, pois, na verdade a força da monarquia
a) deveu-se à política de Luís XI. era então muito pequena é, na prática, os próprios
b) foi fruto da desintegração da nobreza feudal, es- reis eram frequentemente pouco respeitados pelos
gotada pela Guerra dos Cem Anos e pelas crises de súditos. Adema is, o que deve surpreender o histo-
sucessão dinástica. riador dos séculos X e XI não é a fraqueza da reale -
za francesa, o surpreendente é que essa rea leza
c) tornou -se possível graças à formação definitiva da
tenha-se mantido e tenha conservado suficiente
configuração territorial da França, o que ocorreu
prestígio para poder mais tarde, a partir de Luís V I,
no sécu lo XVI.
com a ajuda das circunstâncias, desenvolver rapi -
d) resu ltou do desenvolvimento de uma burguesia
damente suas energias latentes e, em menos de um
mercantil que apoiou o processo de centralização
século, transformar-se em grande potência dentro
monárquico.
e fora da Franca.•
e) ocorreu como resultado das vitórias obtidas contra (BLOCH, M. Os reis taumaturgos. São Paulo: Companhia das Letra s,
os ingleses. 1998. 187-188.)

6. (Unirio - adaptada) Leia o trecho de Vou-me embora Dentre os fatores que propiciaram o fortalec imento
pra Pasárgada. da autoridade rea l, na Franca,
, durante a d inastia dos
Capeto {987-1328), é correto afirmar que:
Vou-me embora pra Pasárgada
a) aliança de Luís VI com o soberano plantageneta
Lá sou amigo do rei
João Sem Terra garantiu-lhe o apoio da nobreza
Lá tenho a mulher que eu quero
inglesa contra o imperador do Sacro Império Ro-
Na cama que escolherei mano-Germânico.
Vou-me embora pra Pasárgada
b) criação do Parlamento de Paris, em substituição
BANDEIRA, Manuel. Vou-me embora pra Pasárgada e outros poemas.
aos Estados Gera is, sob o reinado de Hugo Capeto,
Rio de Janeiro: Ediouro, 1997.
permitiu à realeza controlar de modo estrito a con-
O reino imaginário de Pasárgada e os privilégios dos cessão de t ítu los de nobreza a membros do clero
amigos do rei podem ser comparados à situação da e da burguesia.
nobreza europeia com a formação das Monarquias c) abandono do direito romano, em prol das concep-
nacionais modernas. A razão fundamental do apoio ções jurídicas islâmicas, reforçou as pret ensões dos
que esta nobreza forneceu ao rei, no intuito de man- capetíngeos em livrar o papado da tutela dos ju-
ter-se "amiga" do mesmo, conservando inúmeras ristas italianos.
rega lias, pode ser explicada pela (o): d) atuação de Carlos Magno, membro mais ilustre da
a) composição de um corpo burocrático que absorve dinastia, imprimiu ao Império Capetíngeo estru -
a nobreza, tornando esse segmento autônomo em turas administrativas eficazes, por intermédio dos
relação às atividades agrícolas que são assumidas condes e marqueses.
pelo capital mercantil; e) crença nos poderes sobrenaturais dos monarcas
b) subordinação dos negócios da burguesia emer- capetíngeos, especialmente na sua capacidade de
gente aos interesses da nobreza fundiária, obs- curar certos tipos de tumores, integrava uma men-
tacu lizando o desenvolvimento das atividades talidade segundo a qua l o rei era tido como uma
comerc1a1s; entidade sagrada e inviolável.
c) manutenção de forças m ilitares locais que atuaram
como verdadeiras milícias aristocráticas na repres- 8. (Ufam)
são aos levantes camponeses; Embora no princípio do século XIV a maioria dos Estados
d) repressão que as monarquias empreenderiam às cristãos flutuasse ainda no interior defronteiras incertas,
revoltas camponesas, restabelecendo a ordem no o conjunto da Cristandade encontrava-se estabilizado.
meio rural em proveito da aristocracia agrária; Como disse A. Lewis, era o Jim da fronteira'. A expansão

72 Caderno de estudo
medieval terminara. Quando a Europa voltasse a se expan- c) a substituição do escravismo clássico pela servidão,
dir no f im do século XV, seria outro fenômeno. na área geográfica correspondente ao antigo Im-
LE GOFF. J. A civilização do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2005, p. 99. pério Romano.

Após ler o texto com atenção, você pode depreender d) o pleno domín io econômico, político e social da
que: bu rguesia europeia durante a Revolução Industrial.
a) Durante este período existiu um vasto território e) a manutenção da hegemonia da Igreja Católica e
no Ocidente europeu, antes marginal, que passou a revitalização do poder político dos senhores feu-
a ser cultivado pela pressão do crescimento demo- dais na Europa renascentista.
gráfico e pelo intenso comércio muçu lmano.
11. (Ufla-MG) "Há um consenso entre os historiadores
b) A queda demográfica iniciada por uma série de
que a partir de meados da Baixa Idade Média, teria
intempéries no início do século XIV e agravada pe-
se iniciado o processo de crise do sistema feuda l, en-
la peste favoreceu o recrudescimento feudal no
tão predominante na Eu ropa Ocidental".
Ocidente, prejudicando o desenvolvimento de uma
economia monet ária. São características da crise feudal, EXCETO:
c) Somente a partir do século XV que as frágeis mo- a) Constantes invasões de povos bárbaros na Europa,
narquias europeias iniciaram um processo de cen- que teriam aumentado a partir do século V.
tralizacão, ao derrotar os senhores feudais com o
'
apoio das camadas médias urbanas. b) Expansão predatória da exploração de terras,
que teria contribuído para o desgaste de sua
d) O fenômeno apontado no texto refere-se à insta-
fertilidade.
lação de um novo sistema de produção estrutura-
do na acumulação do capital urbano. c) Intenso desmatamento, que teria gerado a alter-
e) A primeira metade do sécu lo XIV f indou-se com nância de períodos chuvosos e secos e alterações
uma epidemia, denominada de peste negra, que climáticas e ecológicas.
dizimou um terço da cristandade, provocando d) Diminuição da produção agrícola associada ao en-
transformações profundas no mundo feuda l. carecimento dos produtos e ao esgotamento das
minas de ouro e prata da Europa.
9. (Cefet-MG) A peste negra, que dizimou grande parte e) Aumento do número de nobres e de suas necessi-
da população europeia no século XIV, provocando dades de consumo, que teria aumentado conside-
escassez de mão de obra e ali ment os, e sendo uma ravelmente o grau de exploração sobre a massa
das causas da decadência do feudalismo, pode ser camponesa.
descrita como:
a) a peste bubônica, transmitida por ratos infectados. 12. (PUC-PR) A peste negra matou mais da metade da
b) uma seca violenta que devastou as lavouras. população europeia em meados do sécu lo XIV. Cau-
c) nuvens de gafanhotos provenientes do norte da sada pela bactéria Yersinia pestis, a doença represen -
África. tou uma ameaça às áreas mais pobres e infestadas
d) a cólera, trazida pelos cruzados quando retorna - de ratos. A partir do contexto das adversidades vivi-
vam da Terra Santa. das na Europa desse período, marque a alternativa
CORRETA:
e) fungos que surgiram pelo excesso de umidade,
atacando as plantações de cereais. a) Esse período também é marcado pelo forta leci-
mento do poder e do prestígio do papado. O ideal
10. {Ufpel-RS) medieval de uma comunidade cristã unificada e
Diante da crise agrária fazia-se necessária a conquista de guiada pelo papa foi reforçado.
novas áreas produtoras. Diante da crise demográfica fazia- b) Marca esse período a assinatura do Tratado de
-se necessário o domínio sobre as populações não europeias. Verdun, que acabou com o reino construído por
Diante da crise monetária fazia-se necessária a descoberta Carlos Magno.
de novas fontes de minérios. Diante da crise social fazia-se
c) A peste negra influenciou, posit ivamente, o forta -
necessário um monarca forte, controlador das tensões e das
lecimento do poder dos senhores feudais e marcou
lutas sociais. Diante da crise político-militar fazia-se neces-
o declínio das atividades comerciais.
sária umaforça centralizadora e defensora de toda a nação.
Diante da crise clericalfazia-se necessária uma nova Igreja. d) O pensamento escolástico de Santo Agostinho
Diante da crise espiritualfazia -se necessária uma nova visão (1225-1274) predomina nesse contexto em detri-
de Deus e do homem. Começavam os novos tempos. mento da perspectiva cristã de São Tomás de Aqui-
Font e: FRAN CO JR., Hilário. O Feudalismo. São Paulo: Brasil iense. p. 93 no (354-430).
e) Pertence a esse período a série de confl itos con he·
As crises que são referidas no texto caracterizaram: cida como Guerra dos Cem Anos (1337-1453). Entre
a) a transição do feudalismo para o capitalismo co- franceses e ingleses, essa guerra se iniciou no sé-
mercial, na Europa, no início da Idade Moderna. cu lo XIV, perdurando até o sécu lo XV, e contribuiu
b) a formação do feudalismo, na Europa Ocidental, para a formação dos Estados nacionais inglês e
no início da Idade Média. francês.

Vestibular em foco 73
13. (Emescam-ES) A "peste negra", cat ástrofe social e b) Declínio do comércio a longa distância, floresci-
demográfica, que atingiu a Europa em meados do mento da pequena indústria e enfraquecimento
século XIV, produziu profundos efeitos na sociedade do poder cent ral dos monarcas.
da época. c) Equilíbrio entre o rit mo da produção e do consumo.
Com base nos conhecimentos sobre esse fato, po- d) Exigências senhori ais sobreca rregando os campo-
de-se destacar entre as principais consequências, neses e a substituição de obrigações antigas por
EXCETO: contratos de arrendamento da terra e por paga-
mento em dinheiro.
a) Queda na quantidade de mão de obra disponível
e) Predomínio do modo assalariado de t rabalho acar-
ocasionada pelo declínio demográfico.
ret ando, em curto prazo, mudanças profundas na
b) Melhoria na infraestrutura de saneament o das Europa Oriental.
cidades medievais, com a construção de esgotos
que fizeram diminuir a disseminação de doenças. 16. (Uece) A peste, a fome e a guerra constituíram os
c) Expansão da fome fazendo aumentar a dependên- elementos mais visíveis daquela que ficou conhecida
cia dos servos em relacão aos senhores de terra. como a crise do século XIV, na Europa. Como conse-
'
d) Revoltas camponesas em consequência dos t ribu- quência dessa cri se ocorrida na Baixa Idade Media,
tos cobrados, ocasionando a fuga dos camponeses a) o movimento de renascimento urba no foi iniciado
pa ra as cidades. e depois interrompido por mais de três sécu los,
e) Desa rticulação da estrutura feudal, provocando, reaparecendo somente na Revolução Industrial do
junto a outros fatores, a desintegração do feuda- século XVII 1.
lismo, fazendo com que os senhores feudais fos- b) os camponeses, que estavam em via de conq uis-
sem perdendo poder político. Ao mesmo t empo, ta r a liberdade, voltaram a apoiar o sistema feudal
fortaleciam-se a burguesia e o poder real. por mais alguns séculos, como forma de superar
a crise.
14. (IFG-GO) Sobre a grande crise feudal e o início da t ran-
c) o processo de cent ralização e concentração do po-
sição do feuda lismo para o capitalismo, a partir do
der polít ico nas mãos dos reis, com o apoio da bur-
início do século XIV, assinale a alternativa incorret a.
guesia, intensificou -se até se tornar absolut o no
a) A recuperação dos solos por meio da rotação de início da modernidade.
áreas, o motor básico que impulsionara a economia d) entre as classes socia is, a nobreza foi a menos pre-
feudal por três séculos, acabou se tornando insu- judicada pela crise, ao contrário do que ocorreu
ficient e para atender as demandas da nova estru- com a burguesia.
tura socia l, no contexto do esgot amento de terras
adequadas e disponíveis para o cult ivo. 17. {U FRN) O historiador Jacq ues Le Goff, analisando o
b) A formação dos Estados nacionais foi outra das Ocidente europeu na Idade Média, comenta:
consequências imediatas da grande crise. O conflito entre o tempo da Igreja e o tempo dos mer-
c) A população continuou a crescer e a produção cadores afirma-se pois em plena Idade Média, como um
ca iu nas terras inadequadas e disponíveis para o dos acontecimentos maiores da história mental destes
cu ltivo, nos níveis da técnica agropecuária exis- séculos, durante os quais se elabora a ideologia do mun-
tent e. Como consequência, o solo se det eri orava do moderno, sob a pressão da alteração das estruturas e
por causa da pressa e do mau uso e a produção das práticas econômicas.
em geral declinava. LE GOFF, Jacques. Para um nova conce;to de Idade Média: tempo,
d) As estrut uras profundas da cris e emergiram na t rabalho e cultura no Ocidente. l isboa: Estampa, 1979. p. 45.
forma de confl itos aristocráticos, de fome, de epi-
demias, de revoltas populares e de exacerbação de Esse conflito referido pelo aut or diz respeito:
fa natismos religiosos. a) à t ensão ent re a moral burguesa, que defendia o
e) Novas formas de produção, circulação e consumo, "j usto preço" e a moderação do lucro, e os valores
a exemplo do arrendamento em 'espécie' de terras clericais, que enalteciam o ócio, como expressão
de propriedade aristocrát ica, o desenvolvimento da confianca na Providência.
'
de novas t écnicas de cultivo e a procura do lucro b) à contradição entre a exploração dos servos, a qual
por meio da agricultura comercia l emergem len- sust entava a produção nos domínios feudais, e a
tamente no quad ro de crise. concepção de uma sociedade f ra terna defend ida
pela Igreja.
15. (Vunesp-SP) A Baixa Idade Média tem sua importân- c) às dificuldades de conciliação entre os interesses
cia ligada à dissolução de um modo de produção e o religiosos das Cruzadas e as ambições das cidades
início da longa fase de t ransição que levará ao desen- italianas, que lucravam com as novas rotas comer-
volvimento de um outro. Assinale a alternativa dire- cia is abertas pelo movimento cruzadist a.
tament e relacionada com a crise e a desagregação do d) à incompat ibil idade ent re o ponto de vista defen-
sistema feudal: dido pela Igreja sobre a economia e as ideias capi-
a) Condenação do modo de produção feudal pela talistas da burguesia, a qual gradativamente se
Igrej a Católica Apostólica Romana. consolidava.

74 Caderno de estudo
- ---
Exercícios desafio de História
1. Faça um t exto tomando por base o esquema-resumo b) assim como em outras áreas do conheciment o his-
do tema 1, completando com um (ou alguns) argu- tórico, uma nova descoberta permit e novas int er-
mento(s) visto(s) na Introdução do Livro 1. pret ações sobre o passado.
c) a dat ação de Luzia permit iu ret roceder a época da
2. Procure um assunt o, um t ema que estej a sendo de- presença humana no continente americano.
batido nos jornais e f aça um leva ntament o das pro- d} o conheciment o sobre o passado remoto não t em
postas e posicionamentos apresentados. Com esses base científi ca e por isso as datas podem apresen-
dados, elabore um t ext o crít ico apontando os aspec- tar enormes diferencas.
'
tos positivos e negativos estudados, descrevendo
quais posicionamentos foram t omados. Conclua a 4. Explique como a fixação de grupos humanos nos va-
atividade emit indo seu posiciona mento sobre o tema. les de grandes rios favoreceu a criação de Estados
(Pode ser feito em grupo ou individualmente). com poder centralizado.

3. (Oli mpíadas da Unica mp-SP) 5. Podemos considerar que o desenvolvimento da ati-


Nos últimos 20 anos vários pesquisadores vêm sugerin- vidade comercial foi uma decorrência da "Revolução
do que a ocupação da América seria mais antiga, mas, há Neolít ica''? Just ifi que.
pouco tempo, surgiram provas convincentes. Entre elas
está Luzia, cujos estudos trouxeram ainda outras novidades. 6. Faça um t exto de no máximo uma página, explica ndo
No município de Pedro Leopoldo, região de Lagoa San - o esquema-resumo do tema 3 e completando-o no
ta, Minas Gerais, um grupo de arqueólogos brasileiros e que acha r necessá rio.
franceses encontrou, em 1975, partes de um esqueleto em
uma gruta chamada Lapa Vermelha IV As informações 7. Que semelhancas ,
você nota em relacão ' ao desenvol-
iniciais sugeriam que o esqueleto {de uma mulher entre vimento e às características das civil izações mesopo-
20 e 25 anos de idade - Luzia} deveria ser muito antigo, tâ mica e egípcia?
mas naquela época não foi possível datar com precisão
o material. [... ] 8. Refaça em seu caderno o esquema-resumo do tema 4,
Só a partir das pesquisasfeitas [por] Walter Neves, da acrescentando mais elementos sobre a civilização
Universidade de São Paulo, Luzia teve sua idade revelada. egípcia.
O resultadofoi surpreendente: ela tinha vivido em Minas
Gerais há 11.500 anos! Essa data.junto com outros vestí- 9. (Fuvest-SP) Ca racterize as relações entre os campo-
gios de populações pré -históricas que teriam vivido há neses e o Est ado no Egit o Antigo.
mais de 11.000 anos nas Américas do Sul e do Norte, re-
velou que o povoamento do nosso continente ocorreu 10. Expliq ue a importância dos Dez Mandament os para
antes do que se pensava. Apesar de existir muita discussão a const rucão de uma unidade hebraica.
sobre o tempo necessário para que todo o continente '

tenha sido ocupado, a presença de humanos na América


11 . Indiq ue os fatores que contribuíram para o estabele-
do Sul há 11.500 anos indica que os primeiros migrantes
cimento da talassocracia fenícia.
teriam chegado no continente americano há pelo menos
74.000 ou 15.000 anos.
12. Que medidas tomadas por Dario I permitiram o con-
Hoje, muitos cientistas já admitem que a primeira
trole do poder central sobre o vasto Im pério Persa?
migração deva ter ocorrido entre 15 000 e 20 000 anos.
Mas há pesquisadores que admitem até 50.000 anos! Os
13. Faça uma síntese da evolução política da China ant i-
dados que existem ainda não são suficientes para que
ga, segui ndo as indicações do esquema-resumo do
possamos chegar a uma conclusão.
t ema 5.
RODRIGUES, C. Luzia. Ciência Haje das Crianças, SBPC, n.102, maio 2000.
Sobre pré-h ist ória : Norberto Lu iz Guari nello. Os primeiras habitantes
do Brasil. São Paulo: Atual Editora, 2009 (15. ed.) 14. Consultando as informações do capítulo 4, compare
Sobre o t ema da q uestão: Walter Alves Neves, Lu is Beethoven Pilo. O a forma de organ ização política predom inante da
povo de Luzia: em busca dos prim eiros am erica nos. Rio de Janeiro: índ ia durante o apogeu da civilização védica e o perío-
Gl obo, 2008.
do imed iatamente posterior ao domínio macedônico,
Ou ai nda: Walt er A . Neves; João Paulo V. At ui.·o
mit o da homogenei-
dade biológica na população paleoindia de Lagoa Santa: im plicações j unta ndo-os ao esquema-resumo em seu cadern o.
antropol ógicas". ln: Revista de Antropologia, vol.47 n.l, São Paulo,
2004. Disponível em: <www.scielo. br/ scielo.php?script=sci_
art t ext&pid=S0034-7701200400010000S&lang=pt>.
15. Apesar da grande diversidade de etnias, religiões e cul-
turas existentes no continente africano desde a Idade
O t exto sobre descobertas arqueológicas no atua l Antiga, poucos foram os grupos que se mantiveram
t errit óri o brasileiro revela que: isolados ao longo do tempo. Quais fatores favoreceram
a) exist e uma pré-história na América do Sul. o intercâmbio entre os diferentes povos africanos?

76 Caderno de estudo
16. Consu ltando as informações do capítulo 5, escreva 28. Orientando-se pelo esquema-resumo do tema 9, ex-
em seu caderno um texto breve, caracterizando cada pi ique de que maneira a política do "pão e circo" fun -
um dos períodos da história grega identificados no cionava como um mecanismo importante de estabi-
esquema-resumo. lização da ordem no Império.

17. Durante o oitavo século antes de Cristo a civilizacão 29. Com base no esquema-resumo 9 relacione o fim da
' '
grega experimentou importantes transformações, expansão territorial romana ao colapso do Império
que t iveram como consequência o desmembramen- Romano.
to das comunidades gentílicas e a formação das pólis.
Responda: 30. Comente exemplificando dois elementos da Anti-
a) Que transformacões foram essas? guidade romana presentes ainda hoje no mundo
' ocidental.
b) O que caracteriza a pólis grega?

18. À época dos legisladores atenienses que procuravam 31 . Descreva resumidamente em seu caderno o período
resolver os problemas derivados das transformacões compreendido entre o primeiro triunvirato e o esta-
' belecimento do Im pério Romano.
sociais, Sólon, Drácon e Clístenes tiveram papel de
destaque. Descreva em seu caderno quais foram as
medidas por eles implementadas. 32. Tomando o esquema-resumo do tema 10, escreva um
breve texto sobre as divergências entre as Igrejas cris-
19. Explique as semelhanças e as diferenças da democra- tãs de Roma e de Bizâncio, apontando o desfecho com
cia grega com a brasileira atual. o Cisma do Oriente.

20. Com base no esquema-resumo do tema 7 e na lei- 33. No esquema-resumo do tema 10, acrescente mais um
tura do livro, escreva um texto no qual sejam dife- item: bizantinismo. Em seguida, monte um pequeno
renciados os processos de evolução política de Es- texto definindo esse termo.
parta e de Atenas.
34. Escreva um pequeno texto justificando com exem-
21. Na Grécia antiga, democracia e im perialismo estive- plos a seguinte afirmação: o esquema-resumo do
ram associados. Ela bore um texto evidenciando essa tema 11 nos permite concluir que, na Idade Média, a
relação. civil ização ocidental não tin ha posição hegemônica
no cenário internaciona l, nem impunha a outros po-
22. Explique as causas e as consequências do imperialis- vos seus padrões culturais e seu modelo de organiza-
mo ateniense. ção política, social e econômica.

23. Explique o que sign ifica helênico e helen ismo. Indi- 35. Escreva uma explicação para o processo de frag-
que ao menos três aspectos culturais da civilização mentação política ocorrido na Alta Idade Média
helen ística. europeia a partir dos fatores destacados no esque-
ma-resumo do tema 12.
24. Escreva em seu caderno o segmento do esquema-
-resumo do tema 8 que vai do estabelecimento até a 36. Buscando refazer o esquema-resumo do tema 12 em
crise da República romana. Depois, complete-o, indi- seu caderno, explique o Tratado de Verdun {843) e seu
cando as razões e os resultados das lutas entre patrí- significado para o Império Carolíngeo e para a orde-
cios e plebeus. nação política europeia.

25. Orientando-se pelo esquema-resumo do tema 8 e 37. Com base no esquema-resumo do tema 13, elabore
consultando as informações do capítulo 6, explique um texto sobre as transformações que ocorriam na
como a expansão territorial e militar romana desen- Europa, no qual apareçam articu lados os seguintes
cadeou os fatores que levariam o governo republica - tópicos:
no a uma profunda crise. Crescimento demográfico - Cruzadas - ampliação do
comércio - cristãos x islâmicos.
26. Qual a importância das Guerras Púnicas para a Repú-
blica romana? 38. Explique ao menos duas consequências do movimen-
to cruzadista:
27. A expansão republicana romana estabeleceu um a) para a península Ibérica;
período de lutas constantes entre patrícios e ple-
b) para o mar Mediterrâneo;
beus. Responda em seu caderno a importância e o
significado: c) para o Império Árabe.

a) dos Tribunos da Plebe; 39. Apoiando-se no esquema-resumo do tema 14, des-


b) das Leis das XII Tábuas; creva as t ransformacões
, econômicas e sociais da Bai-
c) das propostas dos irmãos Graco. xa Idade Média.

Desafio 77
40. Explique dois motivos que levaram a Idade Média a 43.Compare o estilo românico com o gótico e aponte
ser chamada 'Idade das Trevas' e, em seguida, contra- exemplos arquitetônicos europeus.
ponha com outros dois motivos que neguem essa
afirmação. 44.Com base no esquema-resumo do tema 16, descreva
as transformações políticas europeias da Baixa Idade
41. Elabore uma relacão

entre o movimento cruzadista e Média e aponte que grupos sociais se beneficiaram.
a formação das cidades medievais.
45. Em seu caderno refaça o esquema-resumo do tema
42. Tomando como referência o esquema-resumo do te- 16 acrescentando explicações à Questão das Investi-
ma 15, compare o pensamento de São Tomás de Aqu i- duras e ao Cisma do Ocidente, destacando disputas
no e de Santo Agostinho nos segu intes aspectos: entre o poder real e o da Igreja.
a) influência grega;
46. Escreva um pequeno texto descrevendo o panorama
b} predestinação e sa lvação; mundial às vésperas do sécu lo XVI, destacando tópi-
c) semelhanças e diferenças. cos por região, inclusive da Europa.

78 Caderno de estudo
Respostas

parte do grupo dos homens 3. b


TEMA 1
livres. Aba ixo desse grupo 4. e
Bastidores da História vinham os escravos.
5. a
b) O cód igo de Hamurábi foi o
1. b 6. a
primeiro cód igo de leis escritas.
2. b Sua função era estruturar o
7. b
3. d poder despótico do estado e 8. c
4. b consolidar a autoridade da 9. a
5. d aristocracia. 10. d
Seus princípios foram inspirados 11. c
6. a na Lei do Talião, que
7. 3+4= 7 12. c
determinava que a pena deveria
8. e 13. b
ser correspondente ao crime
9. e ("olho por o lho, dente por 14. e
10. 1+4+8 = 13 dente"). 15. c
11. a 3. b
12. c 4. d
13. d 5. b TEMA6
6. b A Grécia antiga: das
7. d
TEMA2 8. a
origens ao Período Arcaico
Os primeiros 9. V-V-F-F-V 1. e
10. c 2. d
agrupamentos humanos 11. c 3. e
1. e 12. d 4. a) A pólis grega é uma en tidade, ao
2. a 13. d mesmo tempo, política, cultural
3. e e religiosa. Conforme o próprio
4. d t exto diz, ela unificou a cidade e
5. e TEMA4 o campo. Retrata-se como a
6. a referência centra l para a vida
7. a
As mais antigas cotidiana do homem grego, onde
8. b civilizações: o Egito se faz presente como cidadão.
A cod ificação das leis também
9. e 1. b pode ser um elemento
10. d 2. b relacionado à pólis.
11. a 3. c b) Porque, sendo escrita, a lei se
12. d 4. b torna pública e menos suscetível
13. c 5. e a alte rações pelos poderosos.
14. a 6. b 5. b
15. d 7. a 6. c
8. d 7. d
TEMA3 9. c 8. b
10. c 9. c
As mais antigas 11. e 10. b
civilizações: a 12. a 11. b
12. d
Mesopotâmia 13. 0 -1-2
1. c TEMAS 14. 4+ 32 = 36
2. a) A organização política Antigas civilizações: 15. a) Entre os elementos "imitados"
predominante na Mesopotâmia de outros povos e sociedades
f oi a cidade-Estado, onde o orientais, da África presentes nos "inícios da Grécia",
monarca, funcionários do e América podemos citar as técn icas
governo e sacerdotes formavam agríco las, navais e os va lores
a aristocracia, enquanto 1. a rel igiosos aprendidos com a
comerciantes e artesãos faziam 2. e civilização cretense.

Respostas 79
b) Um exemplo de "diversidade
TEMAS TEMA 10
social e cultural", que
"caracterizou o início da Grécia", Roma: das origens à O Império Bizantino
é a diferenca entre as cu lturas

que se desenvolve ram nesse
crise republicana 1. 1+4= 5
período, descritas pelos poemas 1. b 2. c
de Homero e Hesíodo. 2. d 3. b
16. b 3. a 4. d
4. d 5. a
5. b 6. a
TEMA 7 7. e
6. c
A Grécia Antiga: Períodos 7. c 8. d
8. d 9. c
Clássico e Helenístico 10. a
9. d
1. c 10. e 11. a
2. d 11. d 12. b
3. d 12. b
13. d
4. b 13. c 14. b
5. No processo histórico grego, 14. e 15. d
Atenas lidera a criação de uma 15. b
Liga militar entre as cidades- 16. c TEMA 11
-Estado gregas com o propósito de 17. 1+16 = 17
impedir o avanço persa sobre a
18. b O Islã e o mundo
região. A dominação e controle
ateniense após as Guerras
19. a) Para assegurar a manutenção após o século V
dos privilégios das elites
Médicas levou às guerras entre as
patrícias, através de fi lhos 1. e
pólis gregas (Li ga de Delos x Liga
legítimos de cidadãos romanos, 2. e
do Peloponeso). garantindo-lhes o poder político 3. a
6. a) Durant e o Período Clássico a e marginalizando outros grupos. 4. d
democracia era a base do b) Escravos, libertos, estrangeiros, 5. a
regime ateniense. Os debates mulheres, crianças, plebeus em 6. b
públicos, os discursos, a oratória alguns períodos. 7. d
e a retórica t inham papel de 20. c 8. d
destaque, pois eram de grande
9. d
importância para a vida do
10. c
cidadão ateniense. No teatro, TEMA 9 11. b
encont ramos elementos tanto
políticos como dos costumes, Roma: Período Imperial 12. b
apontando reflexões e
13. e
1. e 14. b
dialogando com o modo de
2. V-F-V-V-F 15. c
viver dos cidadãos. Na prática
política, o discurso passa a
3. c
tomar grande importância nas 4. d
Assemble ias, local de debate 5. d TEMA 12
democrático. 6. d Surgimento da Europa:
b) São características do Período 7. d
Helenístico a presença de uma 8. a a Alta Idade Média
unidade Imperial e de 9. c 1. As obrigações de um vassalo
elementos orientais. 10. 1+2+8 = 11 compunham-se de compromissos
7. e 11. c de reciprocidade estabelecidos nas
8. c 12. b relações horizontais, ou seja, entre
senhores. As obrigações servis,
9. d 13. c entretan to, definiam a condição de
10. a 14. c submissão dos servos e a sua
11. a 15. d exploração pelos membros da
12. d 16. c nobreza e do clero.
13. b 17. a 2. d
14. c 18. a 3. c
15. a 19. b. 4. d
16. d 20. c. 5. a

80 Caderno de estudo
6. a século XIII, contribu indo que adentravam ao interior do
7. c significativa mente para o continente europeu, em direção
incremento do intercâmbio às fe iras que se consolidavam.
8. b
comercial e para a própria b) Respostas prováveis:
9. e expansão europeia, inclusive no
10. b • As corporações de ofícios, bem
que concerne ao intercâmbio como as guildas, tinham como
11. e comercial entre as regiões importância a proteção mútua
12. b europeias e o Oriente; mediante constitui cão de um
13. c • a estabilização dos reinos fundo, nos burgos,
'

14. c medievais e re lativa pacificação, especialmente contra a


15. b propiciando o incremento
predominância da aristocracia
16. e demográfico e o esgotamento
feudal, que se impunha nos
das terras férte is, contribuindo
feudos; enfim, as guildas ou
para a migração dos excedentes
corporações de ofícios tinham
TEMA 13 demográficos em busca de
como objetivo principal a defesa
alternativas de sobrevivência
As Cruzadas da Europa nas vilas e nos burgos e
dos interesses econômicos e
profissionais dos trabalhadores
Medieval disponibilizando mão de obra
que lhes eram associados;
para as atividades artesanais,
1. a • ambas formavam uma
bem como para as re lações de
2. d associação de mestres, que
t rocas ou intercâmbios
eram donos de oficinas, bem
3. a comerciais;
como artesãos ou artistas e
4. c • enriq uecimento da nobreza
aprendizes das artes e ofícios;
5. c feudal decorrente da Guerra
• agregavam pessoas das
6. b Santa ou Cruzadas, inclusive por
relacôes fam iliares ou outras
7. e meio de saques, propiciando '
pessoas desprovidas de status e
acumulação de riqueza que
8. a condicões econômicas, como
seria empregada na aquisição '
9. d aprendizes de uma profissão;
de pro dutos disponibilizados
10. e pelos intercâm bios comerciais,
• as corporações de ofícios, bem
11. e incluindo o gosto pelos artigos como as guildas, reproduziam e
12. b consolidavam o conhecimento, a
de luxo geralmente observados
13. 1+2+8+32 = 43 no Oriente; normatização e o refinamento
• também se inclui o das competências e
conhecimento de novos especializações profissiona is;
TEMA 14 produtos, como as especiarias, • constituíram-se guildas de
alfaiates, sapateiros, ferreiros,
O Renascimento que se incorporaram aos hábitos
açougueiros, artesãos,
alimentares e à conservação de
comercial e urbano alimentos perecíveis; comerciantes, artistas plásticos
medieval • a própria trad ição comercia 1 entre outros profissionais;
das cidades da outrora • as corporações de ofícios e as
1. a) Respostas prováveis: denom inada Magna Grécia, no guildas associavam professores e
• as peregrinações de cristãos mar Mediterrâneo, estudantes que, a partir do final
europeus aos Luga res Santos, destacando-se as cida des da do século XII, e início do século
propiciando o estabelecimento península italiana, que atuaram XIII, constituíram corporações
de re lações comerciais que como entrepostos e pontos de que se denominaram Universitas
atendessem ao suprimento das origem das novas rotas Magistrorum, re unindo
necessidades gerais daqueles comerc iais que se consolida ram professores, e Universitas
peregrinos em roma ria, no interior da Europa, em cuj o Scholarium, reu nindo
implicando relações de t rocas entroncamento se originaram estudantes, com vistas aos
de produtos e/ou de produtos ou se desenvolveram burgos ou estudos gerais e que
por moedas; cida des como polos comercia is; propiciaram a gênese das
• as Cruzadas ou Guerra Santa, • quanto à Guerra Santa, Universidades;
enquanto iniciativa do deve-se considerar que foi por • também serão considerados,
cristianismo representado pelo ocasião da Quarta Cruzada que positivamente, os comentários
Bispo de Roma, para libertação os mercadores europeus das críticos ou ressalvas sobre as
dos Lugares Santos, que se cidades do Mediterrâneo supostas diferenças entre
encontravam sob o controle obtiveram o privilégio de corporações de ofícios,
princi palmente dos povos fixação de entrepos t os enquanto ambientes de
identificados com a fé islâmica; comerciais para distribuição de aprendizagem de uma
•tra ta-sede um embate mercadorias proven ientes do profissão, diferentemente das
iniciado no final do século XI e Oriente para as rotas guildas, consideradas
que se estendeu até o f inal do comerciais terres t res e fluviais, corporações de comerciantes.

Respostas 81
2. c TEMA 15 8. e
3. e 9. a
4. b
A cultura medieval 10. a

5. e
europeia 11. a
12. e
6. c 1. a
13. b
7. e 2. d
14. b
3. a) Usura é um contrato de
8. b emprést imo em que o devedor
15. d
9. a) No t exto, o autor opõe o ofício é obrigado a pagar juros. 16. c
do lavrador, de fáci l exercício e
b) A Igrej a condenava o usurário 17. d
pouca exigência intelectual, à por considerar que ele não 18. V-F -V-F-F
do mercador, mais complexo e produz riqueza ao lucrar com 19. a
exigente, pois reque ria aquilo que não lhe pertence.
daqueles que seguiam esta A prática da usura estaria,
carreira a prática de manejo port anto, con t ra riando o Desafio
com moedas, negocia r preços princípio bíblico de que
de modo a obt er lucro nas "ganharás o pão com o suor do 1. O ideal é articular os itens
t ransações e capacidade de seu rosto". destacados no esquema-resumo,
convencimento para ganhar c) O Renascimento comercial e mencionando o processo pelo qual
clientes. urbano, ocorrido no fina l da passou a historiografia (durante
Idade Média, desencadeou o o século XIX e sua renovacão•
no
b) Como características deste
processo de fo rmação do século XX) e os componentes que
período, o aluno poderia citar:
capitalismo. A d inamizacão das formam a construção do
• o cresciment o acentuado da ,
conhecimento histórico,
atividade mercantil, atividades econômicas fo i
concluindo com uma reflexão
estimulando a retomada da acompanhada da expansão das
sobre a divisão tra dicional da
circulação monetária e da atividades de crédito, inclusive a
história e o eurocentrismo.
consequente f undacão de casas prática dos empréstimos com

juros. A mentalidade ainda 2. Resposta pessoal.
bancárias e da atividade dos
fo rtemente religiosa, ao
cambistas; 3. Tomando o texto como referência,
condenar a usura, acabava
• crescimentos dos pequenos a única alternativa errada é a D. A
criando obstáculos para o pleno
centros urbanos, fossem eles maior nota dada a uma alt ernativa
desenvolvimento do
antigas cidades, feiras em indica que ela seria a mais correta
capitalismo. '
franco desenvolvimento ou e a menor, a que estaria
4. a
mesmo pequenas fortificações, completamente errada. Seguindo
conhecidas como burgos;
5. a esse critério, podemos dizer que:
• ascensão de uma nova
6. d
A = l; B = S; C = 4; D = O.
camada social, a burguesia, 7. e
associada às atividades 8. a 4. Ao fixa rem-se às margens de
comerciais e urbanas; 9. b grandes rios e com o consequente
• surgimento de f eiras que 10. e desenvolvimento da capacidade
de armazenar produtos agrícolas e
concentravam centros de troca 11. b
domesticar animais, alguns
de produtos, bem como a 12. a grupos humanos t iveram um
circulação de mercadorias entre 13. 2+4+8 = 13 aumento populacional. Esse
as cidades; 14. e crescimen t o gerou a necessidade
• desenvolvimento da atividade
de administ rar a vida urbana, a
artesanal, através das oficinas e produção de produtos, seu
das corporações de ofício; TEMA 16
armazenamento, sua distribuicão •
• retomada do cont at o
comercial com o Oriente,
Relações de poder e a estruturação dos poderes.
Integra-se a tal quadro a
abastecendo o mercado na Europa Ocidental construção de d iques e canais,
europeu de especiarias. medieval erguidos em esforcos•
coletivos em
10. b benefício da comunidade.
1. c
11. a 5. Sim, pois o surgimento das
2. c
12. e 3. a cidades em meio ao crescimento
13. b de agrupamentos humanos
4. c provocado pela sedentarizacão no
14. b 5. d •
período Neolítico favoreceu as
15. e 6. d trocas comerciais entre as vilas
16. 2+4=6 7. e que rodeavam as cidades.

82 Caderno de estudo
6. Resposta pessoa 1. O texto deve mediterrânica. Esse domínio sobre influenciando fo rtemente os
contemplar cada um dos itens os mares conferiu enorme poder a governos seguintes. Contudo, o
citados no esquema-resumo, um grup o de grandes fo rtalecimento dos grandes
podendo ser completado por comercian t es e donos de senhores de terra e a consequent e
algum dos aspectos embarcações, que assumiram o fragment ação do poder político
desenvolvidos no livro -texto. governo das cidades fenícias. Esse favoreceram a invasão do império
Uma possibilidade interessante é governo comandado por uma elite por povos nômades vindos do
listar em uma página os itens do de homens ligados à atividade norte e do oeste, o que causou o
esquema-resumo, explicando marítima f icou conhecido como enfraquecimento dos Chou. Por
cada um deles. talassocracia. isso, o período que se estende do
século V a.e. ao século Ili a.e. fo i
7. Ambos os povos f ixaram -se em 12. Para controlar seu enorme
marcado pelas guerras e pela
reg1oes prox1mas a ri os e império, Dario I dividiu-o em
inst abilidade política, sendo
desenvolveram técnicas de unidades administrativas
conhecido como "período dos
irrigação que permitiram o chamadas de satrápias e nomeou
reinos combatentes". Essa
aumento da produção agrícola. homens de sua confiança para
situação só chegou ao fim com a
Também houve, nos dois casos, o governá-las. Para manter essas
ascensão ao poder de Shi Huang
aumento da população em função satrápias sob sua autoridade,
Ti, do reino Ch'in, que fundou a
da melhoria das condicões de vida conservava-as sob estrita
• d inasti a Ch'in e reun ificou o
provocadas pela sedentarização e vigilância. Além disso, impôs um
império. Durante seu reinado,
o consequente crescimento de único padrão monetário e criou
ocorreu f orte repressão política e
algumas aldeias, que se um eficien t e sistema de correios
fo i iniciada a construção da
transformaram em cidades. É que agilizava a comunicação entre
Grande Muralha da China para
possível identificar também na as várias partes do Império.
proteger o império contra os
história das duas civilizações a 13. O importante é recon hecer e invasores nômades. A morte de
existência de um Estado selecionar para a elaboração de Shi Huang Ti, em 210 a.e., abri u
centralizado que, a certa altura, se um novo período de rebe liões
seus respectivos textos as
responsabilizou pela construção e internas e disputas pelo poder,
informações rela tivas ao tema da
manutenção de diques e canais de
política, d ife renciando-as das interrompidas em 202 a.e. com a
irrigação.
demais. Com isso, articular essas ascensão ao poder de outra
8. Resposta pessoal. informações com autonomia, sem d inastia, a Han. Iniciaria aí uma
copiar fragmentos soltos do text o fase de expansão e de contenção
9. No Egito Antigo, os camponeses didático. Um exemplo possível é o dos hunos, invasores nômades do
estavam subordinados ao Estado,
apontado abaixo: norte. A dinastia Han foi marcada
que detinha as terras e os
pela adoção do confucionismo
instrumentos de t rabalho. Eles As primeiras cidades chinesas se
como doutrina of icial, mas
rea lizavam grandes obras públicas desenvolveram aproximadamente
também pela penetração do
e trabalhavam nas construções de no vale do rio Ama re lo. Elas
budismo na China. Foi ainda um
diques de irrigação, armazéns, estavam organizadas como
período de grande
templos, palácios e monumentos cidades-Estado, não havendo
desenvolvimento intelectual e
funerários. então um poder central. O
comercial.
primeiro estado chinês foi criado
10. Os Dez Mandamentos
no século XVIII a.e. pelos re is da 14. Durante o apogeu da civilização
apresentados por Moisés aos
dinast ia Chang, que uniram várias védica, os indianos não
hebreus impuseram ao povo um
cidades-Estado sob sua constituíam um Estado unitário,
código moral que, sendo atribuído
autoridade e iniciaram a com poder centralizado. Embora
a Deus, conferia unidade e
construção de grandes templos, compartilhassem uma identidade
estabilidade à comunidade,
palácios e fo rt ificações por meio cultura l, estavam organizados em
fo rtalecendo os vínculos e a
da mobil ização de m ilhares de cidades-Estado que, ao se
identidade entre seus membros.
camponeses e escravos. expandirem, constituíam
11. A civilizacão
'
fenícia se Derrubada pelo ataque de um pequenos reinos comandados
desenvolveu numa estreita faixa re ino do oeste por volta de pelos rajás. Em caso de uma
de terra localizada entre o mar e 1100 a.e., a dinastia Chang fo i ameaça maior, esses reinos
as montanhas, onde eram substituída pela dinastia Chou (ou uniam-se temporariamente sob as
escassas as terras férteis. Em Zhou). Sob o reinado dos novos ordens de um marajá. A formação
função disso, os fenícios governantes, a China, conhecida de um império organizado sob a
dependiam muito da navegação. então como Reino do Meio, autoridade de um único chef e
Assim, tornaram -se grandes atingiu grande esplendor cult ural. político ocorreu logo após o fim do
pe scadores e exímios Foi nesse período que o domínio macedônico. Durante a
comerciantes, tendo controlado as pensamento de Confúcio d inastia Máuria, o império indiano
rotas marítimas de toda a costa difund iu-se pelo império, conheceu um período de expansão.

Respostas 83
Contudo, após a morte do as pólis, sob controle da pela insatisfação dos pequenos
imperador Asoka, no século Ili a.e., arist ocracia proprietária de agricultores livres e pela ascensão
o império se fragmentou terras. Esse t erceiro período dos comerciantes acabou
novamente, só voltando a se recebe o nome de Período f avorecendo a rea lizacão de
'
unificar no século IV d.e., sob a Arca ico. refo rmas polít icas que reduziriam
dinastia Gupta. o poder dos aristocratas e
17. a) As transformações que
permitiram maior participação
15. A atividade comercial foi um dos causaram a dissolução das
dos demos nos processos de
principais fato res de interação comunidades gentílicas foram o
decisão política, instaurando a
en t re os povos africanos. Outros aumento demográfico
democracia.
aspectos que favoreceram o combinado à escassez de terras
intercâmbio entre os povos da férte is, processo que resultou 21. Durante as Guerras Médicas, os
África est ão ligados ao na apropriação das melhores atenienses assumiram a liderança
expansionismo de re inos e mesmo terras pelos parentes mais da Liga de Delos e o contro le sobre
de novas potências que próximos dos chefes dos genos os recursos recolhidos das
avancaram sobre o continente e no surgiment o da cidades-Estado gregas para
'
africano. desigualdade social no interior financiar os gastos militares. Essa
da sociedade grega. posição privilegiada permitiu que
16. O Período Pré-Homérico Atenas se destacasse como
ca racteriza-se pela formação e b) A pólis grega se caracteriza pela
potência militar, sobretudo nos
desenvolviment o da cultura existência de uma área rura l e
mares. Findos os conflitos contra
m inoica na ilha de Creta e da outra urbana (a Acrópole),
os persas, os at enienses se
civilização m icênica, no estando o centro de decisões
negaram a abo lir a Liga e os
Peloponeso. O período também é concentrado nesta última. Para
impostos. Usando seu poderio
marcado pela chegada à os antigos gregos, a pólis era
militar, passaram a impor seus
penínsu la Balcânica de povos uma comunidade de homens
interesses a outras cidades-
indo-europeus, como eólios, livres que decidiam de maneira
-Estado, inclusive interferindo na
aq ueus, jôn ios e dó rios. Há autônoma sobre os destinos da
deposição de governos
controvérsias sobre se esses coletividade.
oligárquicos para favorecer os
últ imos t eriam sido os 18. Drácon: leis escritas defensores do regime
responsáveis pela Primeira democrático no interior delas.
Diáspora Grega, ma reada pelo Sólon: República censitária
Quanto aos recursos recolh idos,
esvaziamento das cidades, a (Conselho dos 400 e parti cipação
eram revertidos na rea lização de
retração do comércio e o de acordo com a renda), fim da
grandes obras em Atenas e na
deslocamento da população para escravidão por dívidas.
sustentação do seu regime
as zonas rurais. Muitos Clístenes: democracia (Conselho democráti co. Assim, o
historiadores afirmam que o dos 500). ostracismo. aprof undamento da democracia
conjunto de povos migrantes foi ateniense fo i em grande med ida
responsável por esse 19. Na semelhança est á a participação
subsidiado pela sua ação
acontecimento. O período cidadã. Nas diferencas t emos: a
' imperialista sobre as demais
seguin t e é conhecido como cidadania na Grécia cabia apenas
cidades-Estado da Grécia.
Período Homérico, pois foi aos homens atenienses adultos
associado às obras da Ilíada e (exclusão das mulheres e 22. As causas do imperialismo
Odisseia, at ribuídas a Homero. escravos); democracia direta na ateniense estão relacionadas à
Nele ocorre a formação de Grécia e indireta no Brasil. supremacia, adquiri da via Liga de
Delos, e interesses comerciais sobre
com unidades gentílicas, baseadas 20. Esparta não experimentou, no
t oda a área grega. Como resu ltado,
na exist ência dos genos, século VIII a.e., as dificuldades
houve um descontentamento com
chefiados por um pater. O econômicas prof undas como
a hegemonia ateniense, acirrando a
crescimento populacional, aquelas que afetaram outras
riva lidade com Esparta e seus
somado à escassez de terras cidades-Est ado gregas. Con t rolada
aliados, que culminou nas Guerras
férte is na Grécia, levou a uma por uma elite guerreira que
do Peloponeso.
crescente desigua Idade na mantinha sob seu poder os
distribuicão das terras e na
'
camponeses hilotas, organizou -se 23. Helênico significa grego (aquele
consequente desagregação das como uma oligarquia aristocrática vem da região grega chamada de
com unidades gentílicas. Essas e assim se manteve por centenas Hélade) e helenismo, a fusão da
transf ormações provocaram a de anos. Quant o a Atenas, cultura grega com a oriental.
Segunda Diáspora Grega, quando organizou -se, a princípio, também Nessa fusão das duas cult uras, a
os gregos se expandiram pelo como um regime oligárquico, art e adquiriu um caráter mais
mar Mediterrâneo fun dando controlado pela aristocracia rea lista, a arquitetura ganhou em
colônias, e a formação e proprietária de terras. Contudo, grandiosidade e na política
consolidação das cidades-Estado, a instabilidade social produzida prevaleceu o despotismo.

84 Caderno de estudo
24. Entre as ra zões a serem indicadas abriram-se novas possibilidades centros urbanos. Pressionada
no esquema, devem constar o de con quistas. Durante a pela miséria e pela fome, a
monopólio do poder político pelos República, os chefes militares e popu lação abandonou as cida des
patrício s e a decorrente os ind ivíduos enriquecidos pelo e buscou se fixa r nas áreas rurais,
margina lização dos plebeu s, escravismo ganharam f orça. No t rabalhando nas grandes
reduz idos à condição de lado oposto da escala social propriedades agrícolas. Por sua
dependentes ou agregados dos repu blicana, a ampliação do uso vez, o Es tado viu esvaírem-se
pat ríc ios. En t re os resu ltados, da mão de obra escrava foi seus recursos, tornando-se
deve ser destacada a conquista de acompanhada pela incapaz de sustentar a pesada
direitos civis e políticos pelos proletarização da plebe, fato r de máquina pública ro mana. Essa
plebeus, exemplificada pela impu lso para a inst abilidade soma de d ificuldades (crise de
criação do tribunat o da plebe, pela polít ica no fim da República, q ue mão de obra e de pro dução,
elaboraçã o da Lei das 12 Tábuas, resu ltou em dita d ura s, guerras queda na arrecadação dos
pela liberação do casamento entre civis e depois na instalação do impost os, alta do cust o de vida,
pat ríc ios e plebeus e pelo advento Princ ipado. rura lização) contribuiu para o
do acesso de plebeus às terras colapso do Im pério no século V.
27. a) Eram invioláveis e
públicas. re presentavam os interesses 30. As contribuições dos romanos à
25. Resposta pessoal. Exemplo: populares. civilização ocidental estão em
d iversas esferas da nossa
Com a expansão territorial e b) Consolidara m as Leis escritas de
sociedade, como a língua de ra iz
militar romana, ocorreu um Roma, pondo fim às leis orais
latina, o d ireito romano, a religião
enorme afluxo de bens das consuetu d inárias, interpretadas
crist ã, etc.
províncias conquistadas, pela segundo interesses das elites
pilhagem de guerra ou pela pa trícias. 31. O primeiro t riunvirato (Júlio César,
cobrança de tributos, o que Pompeu e Crasso) desdobrou-se
c) As propostas dos irmãos Graco
causou uma queda cada vez mais na ditadura de César que acabou
defendiam a refo rma agrária e a
acentuada dos preços dos assassinado por senadores. A
garantia da distribuição de
produtos agrícolas. Dos territórios reação a ta l acontecimento
víveres para a população resu ltou na fo rmação do segundo
conquistados chegavam m ilhares
urbana.
de escravos, consolidando a t riunvirato (Marco Anton io, Otávio
economia escravista. Ao mesmo 28. A exploração das riquezas das e Lépido), evoluindo outra vez
tempo, surgia uma poderosa província s e da mão de obra para d isputas entre seus
classe de comerciantes, os escrava em larga escala membros, que culminaria na
homens-novos, ansiosos por preju dicava os plebeus na vitó ria de Otávio Augusto e na
alguma participação política. medida em que baratea va o inst itu ição do Império Romano.
Os patrícios ligados ao Senado custo da produção e dificultava a 32. A Igreja cristã bizantina mesclou-se
concentravam em suas mãos as concorrência dos peq uenos com valores orientais e pouco a
terras conquistadas, enquanto os produt ores. Porém, ao mesmo pouco se diferenciou daquela que
pequenos proprietários plebeus tem po, perm it ia a acumu lação t inha sua sede em Roma. A relação
da península Itá lica, não de riqueza nas mãos dos entre o Patriarca e o imperador
encontrando con d ições de governantes, dos grandes bizantino em muito se
sobreviver no campo, vendiam comerciantes e dos patrícios, d iferen ciava da relação do papa
suas terras e t ransformavam-se q ue financiavam a polít ica do com os governantes dos reinos
em mão de obra barata na cidade. "pão e circo". Essa polít ica, que medievais europeus. Além disso,
Em consequência, a cidade de consistia em oferecer alimento e havia divergências na
Roma cresceu desmed idamente, o diversão à plebe, mantinha-a interpretação da Bíblia, a exemplo
que elevou a tensão socia l. Toda min imamente saciada e da questão da natureza de Cristo
essa situação configurou a crise ocupa da, di minu indo as chances e quanto aos ícones (imagens).
da República romana, pois o de revolta e o clima de crise
governo oligárquico não t inha social. 33. Resposta pe ssoal.
mais condições de fazer f rente às 34. Resposta pessoal. Exemplo:
29. Com o fim da expansão
crescentes pressões sociais e
territorial, caiu O esquema-resumo nos mostra
políticas.
considerave lmente a oferta de que durante a Idade Média
26. As Guerra s Púnicas escravos no Império. Como europeia havia uma enorme
possibilitaram aos ro manos a grande par te da produção d iversidade de modelos de
conqu ista do Mediterrâneo depend ia do trabalho escravo, o organização social, política e
Ocidental, pondo fim à re sult ado fo i uma crise de econômica, bem como diferentes
concorrência ca rtaginense e a pro dução q ue, por sua vez, t eve padrões culturais pelo mundo. Em
principal fo rça comercial e militar como efeito um aumento do determina das ocasiões, esses
da região. Com a vitória, custo de vida, principalmente nos modelos e pa d rões conviviam de

Respostas 85
maneira ma is ou menos pacífica, pela formação de cidades em período de estagnação. Na
a despeito de suas dife renças, torno dos cast elos dos senhores verdade, durante a Idade Média,
como nas situações em que feudais e nas principais como em outras épocas, houve
mercadores árabes-muçulmanos encruzilhadas comerciais, assim um grande desenvolvimento
negociavam t anto com reis como a ret omada de cidades artístico e cultural, a exemplo da
africanos pagãos como com abandonada. Outra arquitetura gótica, do surgimento
cristãos orientais; ou quando reconfiguração espacial foi das universidades, etc.
mercadores crist ãos eram causada pelas Cruzadas,
41. Com o desenvolvimento comercial
recebidos pelos imperadores promovidas pela Igreja Católica,
impulsionado pelas Cruzadas, a
chineses. Nesse período, o poder que visaram à difusão da fé
urbanização europeia ganhou
estava disperso em pequenos católica, tomando novos
enorme impulso,
núcleos, que não tinham força territórios, especialmente a leste
t ransformando-se em eixos de
suficiente para subj ugar outros do Mediterrâneo. Esse
grandes mudanças sociais,
povos. expansionismo cruzadista
culturais e polít icas.
representava a confrontação
35. A conquist a do Império Romano 42. Para Santo Agostinho, assim
entre cristãos e islâmicos,
Ocidental pelos bárbaros deu como para São Tomás de Aquino,
disputando territórios, regiões,
origem à fo rmação de vários Deus criou, a partir do nada, o
comércios, valores e riquezas, em
re inos na Eu ropa, dent re os quais
que se destacavam as motivações Universo e tudo o que há nele,
o re ino dos francos, que, graças a incluindo o ser humano, cuja
econômicas.
uma aliança firmada entre a alma é imorta l. Santo Agostinho,
monarquia e o papado, consegu iu 38. a) Na península Ibérica, a porém, acreditava que o ser
se expandir e constituir um novo formação dos reinos cristãos de humano, fe ito à imagem e
Império. Todavia, o imperador j á Leão, Castela, Navarra, Aragão e semelhança divina, teria se
não gozava da mesma autoridade de Portugal. corrompido desde o pecado
dos antigos governantes original, de modo que a salvação
b) No Mediterrâneo, a retomada
romanos. De um lado, a dependeria exclusivamente de
pelos comerciantes europeus
influência da Igrej a sobre os uma graça de Deus. Nesse
ocidentais das rotas de
assuntos políticos tend ia a sentido, nada do que o ind ivíduo
comércio.
crescer e, de outro, a imposição fizesse poderia salvá -l o. Já São
da autoridade imperial dependia c) No Império Árabe, o movimento Tomás de Aquino defend ia que o
da lealdade da nobreza guerreira cruzadista significou mais um ser humano, sendo um ser
e proprietária de terras. Essa fato r de pressão, de rac ional, tinha livre-arbítrio para
dependência tornou -se a inda enfraquecimento, que escolher entre o Bem e o Mal,
maíor depois que Carlos Magno contribuiu para sua podendo assím encontrar o
dividiu o território do Império fragmentação. cam inho da salvação da alma.
Franco em condados e marcas, e São Tomás buscava, deste modo,
39. Resposta pessoal. Exemplo:
entregou sua adm inistração para conciliar fé e razão, refutando a
nobres por ele nomeados. Após a O expansionismo europeu ideia agos t iniana de
morte de Carlos Magno e a dinamizou as transf ormacões • predest inação. Essa atividade
assinatura do Tratado de Verdun, econômicas e sociais. Ocorreu um pode ser desenvolvida
aqueles nobres ampliaram seu amplo crescimento comercial, interdisciplinarmente com
poder e passaram a exercê-lo tanto pelas rot as terrestres Filosofia. Ao estudarmos as
com enorme autonomia, quanto pelas marítimas. Com ísso, bases do pensamento
t ornando-se praticamen t e houve o desenvolvimento do agostin iano e compará-las às
senhores absolutos das terras grupo mercantil, da burguesia, e ideias de São Tomás de Aquino,
que administravam. da urbanização. Também ocorreu podemos verificar o processo de
um aumento das atividades maior valorizacão da razão, fa t or
36. Resposta pessoal. Espera-se que •
artesanais, com a formacão •
eo que seria ainda mais evidenciado
sej a mencionado que o Tratado de
crescimento das corporações de no Renascimento. O pensamento
Verdun (843) fragmentou o
ofício. de Santo Agostinho teve como
Império Carolíngio, completando
eixo o fi lósofo Platão e São
o processo de descent ra lização 40. A visão negativa da Idade Média
Tomás de Aquino baseava suas
política da Idade Média europeia. formou-se a partir do
ideias em Aristóteles.
Renascimento Cultural dos
37. Resposta pessoal. Exemplo:
séculos XIV, XV e XVI. Seus 43. Na Alta Idade Média predominou a
Durante a Baixa Idade Média, integrantes estavam interessados arquitetura românica, até o século
houve uma reconfiguração do em apresentar novos XI, com edifícios pesados, escuros,
espaço, principalmente no que se encaminhamentos culturais e de planta horizontal e paredes
refere ao renascimento comercial artísticos, considerando aquilo grossas. Pouco ornamentados,
e urbano. O período foi marcado que vinha antes deles como um eram prédios sóbrios, que

86 Caderno de estudo
conduziam o fie l à introspecção e 44. Resposta pessoal. Exemplo: campo nesas e para ter seus
ao silêncio. Essas ca ra cteristicas pri vilégios assegurados. No
A Baixa Idade Média fo i o período
eram coerentes com um período processo, vale ressaltar as guerras
em que prevaleceram processos
de insegurança, em que se ansiava civ is, envolvendo os grupos sociais
políticos de centra lização do poder
por proteção física e espiritual. No populares, a exemplo de Wat Tyle r,
nas mãos dos monarcas. Para
interior desses edifícios, o fie l John Bali, e as jacqueries.
tanto, unificaram moedas,
estava mais propenso à
exércitos, impostos e leis 45. Tente montar uma nova ordenação
contemplação e à obediência do
nacionais, anulando a autonomia de itens no seu esquema -resumo,
que à ação e à reflexão crítica.
dos senhores feudais. Com seus ao mesmo tempo destacando que
Exemplo: a Igreja de
poderios, os reis favoreceram a o Cisma do Ocidente foi a divisão
Notre-Dame-la Grande de Poitiers,
dinamização comercial e o grupo da cristandade ocidental em vários
França. Diferentemente, na Baixa
mercantil emergente, ao mesmo papas, produto do conflito entre o
Idade Média (século XII em diante),
tempo que garantiam a ordem e os rei f rancês e o papado. Esse era o
marcada pelo Renascimento
privilégios sociais, atendendo, confronto entre o poder tido como
Comercial e Urbano, predominou a
assim, à nobreza tradicional. universal/espiritual do papa e o
arquitetura gótica, com edifícios
poder rea l dos capetíngios
leves, muito altos e ornamentados, Sobre esses grupos vale ressaltar
franceses.
iluminados pelas janelas amplas de que a burguesia f oi favorecida pela
vitrais coloridos. Nesse ambiente, imposição de condições que 46. Resposta pessoal. Espera-se que
fe ito para congregar um número conferi am maior segurança e sejam apontados aspectos da Ásia,
muito grande de pessoas, a solidez aos seus negócios, o que com a expansão mongol e seus
sensação é a de leveza e de lhe garantiu prosperar desdobramentos na China, os mais
otimismo, refletindo a vida mais economicamente. A nobreza importantes reinos afri canos do
dinâmica das cidades. Exemplo: acabou encontrando na monarquia período e os povos e grandes
Igreja de Notre-Dame de Paris, centralizada um apoio important e civ ilizações da América (maias,
França. para cont ro lar as revoltas astecas e incas).

Respostas 87
Significado das siglas

Acafe-SC Associação Catarinense de Fundações UEM-PR Un iversidade Estadual de Maringá (Paraná)


Educacionais {Sant a Catarina) UE PB Universidade Est adual da Paraíba
Cefet-CE Centro Federal de Educação Tecnológica UE PG· PR Universidade Estadual de Ponta Grossa {Paraná)
do Ceará
Uerj Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Cefet-PR Centro Federal de Educação Tecnológica
do Paraná Ufac Un iversidade Federal do Acre

Cefet-SP Centro Federal de Educação Tecnológica de Ufa! Universidade Federal de Alagoas


São Paulo UFBA Un iversid ade Federal da Bahia
Cesgra nrio-RJ Centro de Seleção de Cand idatos ao Ensino UFC-CE Un iversidade Federal do Cea rá
Superior do Grande Rio (Rio de Janeiro) Ufes Un iversidade Federal do Espírito Santo
Ceub · DF Centro de Ensino Un ificado de Brasília UFF-RJ Universidade Federal Flum inense {Rio de Janeiro)
(Distrito Federal)
UFG-GO Universidade Federal de Goiás
Efoa-MG Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas
(Minas Gerais) UFJF-MG Un iversidade Federal de Juiz de Fora {Minas Gerais)
Ence-U e rj-Cefet-U FRJ Escola Na ciona l de Ciências Estatísticas, Ufla-MG Universidade Federal de Lavras {Minas Gera is)
Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Centro UFMA Un iversidade Federal do Maranhão
Federal de Educação Tecnológica, Un iversidade UFMG Un iversidade Federal de M inas Gerais
Federal do Rio de Janeiro
UFMS Universidade Federal de Mato Grosso do Su l
Faa p-SP Fundação Armando Álvares Penteado
{São Paulo) UFMT Universidade Federal de Mato Grosso

Fac. Med. ABC-SP Faculdade de Med icina do ABC (São Paulo) Ufop-MG Un iversidade Federal de Ouro Preto (Minas Gerais)
Fac. Souza M arq ues-RJ Faculdades Souza Marques (Rio de Janeiro) UFPA Un iversidade Federal do Paraná
Fatec-SP Faculdade de Tecnologia de São Paulo UFPB Universidade Federal da Para íba
FCC-SP Fundação Ca rlos Chagas {São Paulo) UFPE Universidade Federal de Pernambuco
FCMSCSP Facu ldade de Ciências Médicas da Santa Casa de Ufpel-RS Un iversidade Federal de Pelotas {Rio Grande do Sul)
São Paulo UFPI/Psiu Universidade Federal do Piauí/Programa Seriado de
FEI-SP Faculdade de Engenharia Indust rial {São Paulo) Ingresso na Universidade
Fesp-PE Fundação Universidade de Pernambuco UFPI Universidade Federal do Piauí
FGV-SP Fundação Getúlio Vargas {São Paulo) UFPR Un iversidade Federal do Paraná
FMU•Fiam ·SP Faculdades Metropolitanas Un idas, Faculdades UFRGS-RS Un iversidade Federal do Rio Grande do Sul
Integradas Alcânta ra Machado (São Paulo) UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro
FMU ·SP Faculdades Metropolitanas Un idas {São Paulo) UFRN Un iversidade Federal do Rio Grande do Norte
FUA•AM Fundação Universidade do Amazonas UFRRJ Un iversidade Federal Rural do Rio de Janeiro
FUABC-SP Fundação do ABC (São Paulo) UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
FUC-MT Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso Ufscar-SP Un iversid ade Federal de São Carlos {São Paulo)
Furg-RS Fundação Universidade Federal do Rio Grande
UFSJ-MG Un iversidade Federal de São João Dei-Rei
(Rio Grande do Su l)
(Minas Gerais)
Fuvest-SP Fundação Universitária para o Vestibular
UFSM- RS Universidade Federal de Santa Maria (Rio Grande do Sul)
(São Paulo)
UFS-SE Un iversidade Federal de Serg ipe
IFCE Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Ceará UFTM·MG Universidade Federal do Triângu lo M ineiro
{Minas Gerais)
IFSP Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia de São Pau lo UFT-TO Un iversid ade Federal do Tocantins
lfsul-RS Instituto Federal de Educação, Ciência UFU-MG Un iversidade Federal de Uberlândia {Minas Gerais)
e Tecnologia Sul-rio-grandense UFV-MG Un iversidade Federal de Viçosa {Minas Gerais)
Mack•SP Universidade Presbiteriana Mackenzie {São Paulo) Unaerp -SP Universidade de Ribeirão Preto (São Paulo)
Osec-SP Organização Santamarense de Educação UNA-MG Un ião de Negócios e Administração (Minas Gerais)
e Cu ltura {São Paulo)
UnB-DF/ PAS Un iversidade de Brasília/Programa de Ava liação
PUCC-SP Pontifícia Universidade Catól ica de Campinas Seriada {Distrito Federal)
(São Paulo)
Un B-D F Universidade de Brasília {Distri to Federal)
PUC· MG Pontifícia Universidade Católica de M inas Gerais
Uneb-BA Un iversid ade do Estado da Bahia
PUC-PR Pontifícia Universidade Catól ica do Paraná
Unemat-MT Un iversidade do Estado de Mato Grosso
PUC-RJ Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Un icamp -SP Un iversidade de Campinas {São Paulo)
PUC·RS Pontifícia Universidade Catól ica do Rio Grande
do Sul Un ifap Un iversidade Federal do Amapá
PUC-SP Pontifícia Universidade Catól ica de São Paulo Unifesp Un iversidade Federal do Estado de São Paulo
UCMG Universidade Catól ica de Minas Gera is Un ifor-CE Un iversidade de Fortaleza (Ceará)
Ucsal•BA Universidade Catól ica de Salvador {Bahia) Un ip-SP Universidade Paulista Objetivo {São Pau lo)
UCS-RS Universidade de Caxias do Sul {Rio Grande do Sul) Unirio-RJ Un iversidade do Rio de Janeiro
Udesc Universidade para o Desenvolvimento do Un ir-RO Fundação Universidade Federal de Rondônia
Est ado de Sant a Catarina Un isa-SP Universidade Santo Amaro {São Paulo)
Uece Universidade Estadual do Ceará UPE Un iversidade Estadual de Pernambuco
UEG-GO Universidade Estadual de Goiás USU-RJ Un iversidade Santa úrsula (Rio de Janeiro)
UEL-PR Universidade Estadual de londrina (Paraná) Vu nesp-SP Fundação pa ra o Vestibular da Unesp-Un iversidade
UEMG Universidade do Est ado de Minas Gera is Estadua l Pau list a Jú lio de Mesquit a Filho {São Paulo)

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PROJETO

múLTIPLO

Os Cadernos de Est udo do Projeto Múltiplo


foram elaborados para auxiliar o est udante
a revisar os conteúdos abordados e verificar sua
aprendizagem, trazendo quadros- resumo dos
principais assuntos e centenas de questões de
vestibulares e de olimpíadas. Na área de Língua
Portuguesa, as questões de vestibulares são seguidas
da seção "O desafio da redação".

I SBN 976-652b29395 -3 Não compre nem venda o Livro do Professor!


Este exemplar é de uso exclusivo do Profes-
sor. Comerc ializar este livro, distribuído gra-
tu itamente para análise e uso do educador,
configura crime de direito autoral sujeito às
editora scipione penalidades previstas pela legislação.

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