Discente MARÍLIA WERMUTH LOPES – DIREITO V Tema Projeto Brinquedos Feitos com Material Reciclado. Este projeto tem como objetivo resgatar o interesse pela confecção de brinquedos utilizando materiais recicláveis, assim como feito O que é antigamente pelos pais e avós dos alunos, uma vez que, a ausência de educação escolar, desigualdade e desemprego dificultavam os genitores daquela geração adquirir brinquedos para sua prole. A produção excessiva de lixo no planeta é consequência de ações provocadas por consumismos exagerados e pela falta de conscientização por parte da população mundial. A reciclagem é uma forma de devolver à natureza de forma menos impactante o que dela foi tirado. A reutilização de materiais descartáveis pode ser uma alternativa concreta e prática para desenvolver o processo de conscientização ambiental em crianças. Para o desenvolvimento infantil, a interação com o ambiente é fundamental. Com isso a Sua motivação introdução de atividades de reutilização de materiais na escola é de para realizar o fundamental importância para o desenvolvimento de uma educação trabalho ambiental de qualidade. Considerando esses aspectos, a intenção do presente trabalho tem como objetivo confeccionar brinquedos utilizando materiais descartáveis com crianças entre 8 e 10 anos. Dentre os materiais que serão utilizados estão garrafas pet, tampinhas, jornais e/ou revistas velhas, barbante, latinhas de alumínios, dentre outros. Acreditamos que apresentação dos temas citados e da possibilidade de construir seus próprios brinquedos irá despertar a curiosidade das crianças e principalmente impactá-los com a certeza que no “lixo se constrói tesouros”. A escolha do tema " Brinquedos Feitos com Material Reciclado " está relacionada a preocupações ambientais e à promoção da sustentabilidade. Além do mais, esse tema inclui várias outras questões, tais como: sustentabilidade ambiental, educação Qual a questão que ambiental, criatividade e inovação, desenvolvimento de habilidades, levou a escolha do entre outros. tema Podemos concluir que a questão desse tema está ligada à necessidade de abordar a importância ambiental, educacional, criatividade, ao mesmo tempo em que se promove a conscientização sobre a importância da reciclagem e da reutilização de materiais descartados. Dados sobre o tema no Brasil e no AUMENTO DA PRODUÇÃO DE LIXO NO BRASIL Mundo REQUER AÇÃO COORDENADA ENTRE GOVERNOS E COOPERATIVAS DE CATADORES.
A grande quantidade de lixo produzido no planeta tem sido um
assunto muito discutido nos últimos anos. A diminuição do uso de descartáveis deve ser uma prática de todos. Segundo dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, a geração saiu de 66,7 milhões de toneladas em 2010 para 79,1 milhões em 2019, uma diferença de 12,4 milhões de toneladas. O mesmo estudo diz ainda que cada brasileiro produz, em média, 379,2 kg de lixo por ano, o que corresponde a mais de 1 kg por dia. (As informações foram coletadas e publicadas pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), unidade com abrangência nacional vinculada à Secretaria Nacional de Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional, publicou em 2020 o 18º Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos, também com dados de 2019. Segundo o documento, disponível para consulta no site do SNIS, mais de mil dos 3.712 municípios participantes do estudo não disponibilizam a coleta de lixo domiciliar para toda a população urbana, enquanto apenas 484 municípios têm 100% de cobertura de coleta domiciliar em relação à população total (urbana e rural). Em novembro de 2018, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou a COP-14 (14ª Conferência das Partes), que reuniu representantes de 190 países integrantes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), tratado internacional do qual o Brasil é signatário. Na ocasião, 187 nações assinaram um acordo pelo combate à poluição plástica. Foram contrários à iniciativa apenas o Brasil, os Estados Unidos e a Argentina. De acordo com um levantamento feito pelo WWF (Fundo Mundial para a Natureza), feito com base em dados do Banco Mundial, o Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas de EUA, da China e da Índia. O fato de o governo brasileiro não aderir ao acordo internacional contraria os objetivos instituídos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos em 2010, além de impossibilitar a criação de outras políticas públicas que visem à reciclagem e destinação adequada de lixos plásticos. Fonte: Agência Senado
CATADORES E COOPERATIVAS NO BRASIL
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
apontam que os catadores são responsáveis por quase 90% do lixo reciclado no Brasil. A atividade é objeto do estudo Os Desafios da Reciclagem e da Logística Reversa de Embalagens — contribuições para discussão e análise de cenários diante do PLS 90/2018, que analisa gargalos da atividade dos catadores de materiais recicláveis na coleta, seleção, separação, guarda, transporte e beneficiamento dos materiais recicláveis comercializáveis. Nem sempre, porém, as condições de trabalho desses profissionais se assemelham às do pessoal da Recicle a Vida, que recebe assistência médica por um convênio firmado com a Universidade de Brasília (UnB) e ainda tem plano de saúde, segundo Marie Eneide. De acordo com as autoras Carolina Falluh, Deborah Camara Batista, Monique Cardoso e Sabine Milioni, “a catação de materiais recicláveis é uma atividade desprotegida, exercida em grande medida em condições de precariedade e insalubridade extremas: riscos sanitários, ergonômicos, acidentes, violência física e moral, dentre outros. Também existe um desgaste psicológico pelo forte estigma que a figura do catador continua carregando”. O estudo diz que a Política Nacional de Resíduos Sólidos deu lugar ao protagonismo das cooperativas e associações de catadores de baixa renda na gestão integrada de resíduos sólidos municipais, mas, muitas vezes, essas atividades se dão sem apoio por parte dos governos locais. As autoras do estudo afirmam igualmente que a gestão integrada de resíduos, com um viés social de inclusão de trabalhadores precários, constitui um dos traços mais destacados da PNRS, que tem se tornado uma referência internacional. “De forma paralela aos avanços legais e institucionais, o Estado desenvolveu políticas públicas de apoio aos catadores, com investimentos significativos em capacitação e estruturação de cooperativas”. Dados do Ipea publicados em 2012 indicam que, entre 2007 e 2010, o governo federal destinou mais de R$ 280 milhões a ações de gestão de resíduos sólidos. Recentemente, o atual governo informou que foram investidos R$ 7 milhões no segmento em janeiro de 2021, destinados a 40 municípios em 8 estados da Federação. Além disso, nos últimos 15 anos, o trabalho dos catadores foi favorecido por leis que transformaram significativamente o exercício da atividade no Brasil. Em 2002, a Classificação Brasileira de Ocupações passou a reconhecer a profissão de catador(a) de material reciclável, e em 2003 foi criado o Comitê Interministerial de Inclusão Social dos Catadores de Lixo (que depois adotou a nomenclatura “catadores de materiais recicláveis”). No último Censo Demográfico, feito em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 387.910 pessoas declararam ter como atividade econômica principal a coleta e comercialização de materiais recicláveis. Estimativas anteriores, realizadas a partir da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2008, mostraram que cerca de 30 mil catadores integravam 1.175 cooperativas e associações no Brasil. O que significa que menos de 10% dos catadores de materiais recicláveis trabalham de forma associada.
Caso sejam aprovados, os dois projetos que tramitam no Senado
deverão beneficiar os catadores e as cooperativas, que poderão agregar mais catadores aos quadros de cooperados. Fonte: Agência Senado.