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SUSTENTABILIDADE: UM PROJETO CONSCIENTE

SUSTAINABILITY: A CONSCIOUS PROJECT

Fátima Juliane Machado Ceron1



RESUMO:

Dentre a mais provável solução para os problemas ambientais, está a mudança de


consciência. Os atores escolares possuem papel fundamental em compreender a
relação do homem com o meio ambiente. Como a geração de lixo é um dos
principais impactos humanos no ambiente, o projeto consiste em destacar a solução
deste impacto. É possível ainda perceber um descarte incorreto ou alguma confusão
sobre a separação dos materiais, mas também já é evidente a maior preocupação
de como atingir o objetivo proposto, bem como uma maior soma de materiais
reciclados. O projeto se mostrou efetivo, ainda que sua continuidade deva existir,
pois conscientizar é um processo gradativo.

Palavras chave: Sensibilização. Reciclagem. Cidadania. Escola.

ABSTRACT:

Among the most likely solution to environmental problems, change of consciousness.


School actors have a fundamental role in understanding man's relationship with the
environment. As the generation of waste is one of the main human impacts on the
environment, the project consists of highlighting the solution to this impact. An
incorrect disposal or possible confusion about the separation of materials is still
evident, but it can also achieve the proposed objective, as well as a greater sum of
recycled materials. The project was evident, although its continuity must exist,
because raising awareness is a gradual process.

Keywords: Sensitization, Recycling, Citizenship, School.

1
Fátima Juliane Machado Ceron: Bióloga pela Universidade Positivo, Mestre e Doutora em Fisiologia pela
UFPR, docente em UNIFATEC-PR. Já atuou na Educação Básica por 9 anos, com todos os níveis de ensino.

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1 INTRODUÇÃO

A preocupação ambiental já é algo que ronda e polemiza os diálogos


humanos há tempos. Nem sempre há um consenso, e mesmo quando este existe,
as soluções não parecem ser simples ou viáveis. Para a potencial discussão destas
resoluções, o termo desenvolvimento sustentável foi conceituado em 1987
(GADOTTI, 2008). Este pode ser obtido pelo conhecimento ecotecnológico, que visa
atender a sustentabilidade econômica com a menor extração e geração de resíduos.
Para que isso aconteça, é essencial uma educação interdisciplinar (CAMPOS,
2006), que contribui para um pensamento crítico e uma aprendizagem significativa
(WALS & JICKLING, 2002); e ambiental (cuja identidade não é estabelecida dentro
dos currículos) (TILBURY, 1995). A educação ambiental pode ser entendida como
uma metodologia em que cada pessoa pode assumir e adquirir o papel de membro
principal do processo de ensino e aprendizagem (ROOS & BECKER, 2012).
Dentre os maiores impactos ambientais está a geração de lixo
(AMBSCIENCE, 2020). A estimativa atual da geração de resíduos é de 2,01 bilhões
de toneladas por ano de resíduos gerados por 7 bilhões de pessoas, uma média de
740 g/dia, somando 270 kg/ano por pessoa. O Banco Mundial calcula que o
tratamento inadequado do lixo gera 1,6 bilhão de toneladas de gases poluentes ao
ano, representando 5% das emissões totais destes gases (ÉPOCA NEGÓCIOS,
2018). Conforme o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), a
gestão e o descarte de resíduos são as medidas para a geração de resíduos, que
pode ter um aumento para 2,2 bilhões de toneladas/ano em 2025 (E-CYCLE, 2020).
Para 2050, a estimativa da ONU (Organização das Nações Unidas) é a geração de 4
bilhões de toneladas/ano, por 9 bilhões de pessoas (SENADO FEDERAL, 2020).
De acordo com a ONU, 99% do que é comprado, é descartado em menos de
seis meses (ONU, 2018). Somado, a taxa de reaproveitamento em países
desenvolvidos não é maior de um terço, e menor que 4% em países menos
desenvolvidos (ÉPOCA NEGÓCIOS, 2018). Isso remonta a má prática dos “5R’s”,
que recomendam a redução, o repensar, a recusa, a reciclagem e a reutilização de
resíduos.
Para países emergentes, como China, México e Brasil, o ainda abundante
espaço disponível e recursos, desestimulam o processo educativo ambiental. No
Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) – Lei nº 12.305/2010 –
regulamenta o descarte correto de resíduos através da logística reversa, que visa o
reaproveitamento e descarte correto dos materiais já utilizados no processo
produtivo (E-CYCLE, 2020; STABILINI, 2020). Também, desde 2017, a ONU, junto a
Coalizão Embalagens (23 associações) lançaram no Brasil o movimento “Separe.
Não pare” para informar sobre a correta separação do lixo, através da
responsabilidade compartilhada, que envolve empresas, prefeituras e população
(ONU, 2017).
Ainda assim, de acordo com a Abrelpe (Associação Brasileira das Empresas
de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), o Brasil já produz 79 milhões de
toneladas de lixo ao ano (COELHO, 2019) – 4º país na produção de lixo (E-CYCLE,
2020) e pode chegar a 100 milhões de toneladas até 2030. Para o diretor da
associação, Carlos Silva Filho, “há um aumento do próprio consumo e do descarte
indiscriminado. Não há uma separação dos resíduos no descarte dentro de casa,
não há um processo de sensibilização da população para consumir produtos mais
sustentáveis. O Brasil ainda tem um processo de produção, consumo e descarte de

2
resíduos do século passado” (COELHO, 2019). Apenas 13% dos resíduos sólidos
são recicladas, ainda que 30 a 40% sejam recicláveis (G1, 2018).
No Brasil, 1,5% dos compostos orgânicos são reutilizados por compostagem;
22% do óleo lubrificante; 35% do papel e 77,3% do papelão ondulado; 40% do
plástico; 45% do vidro e 89% das latas de alumínio (CEMPRE, 2020). Mesmo
gerando 1 kg/dia de lixo por habitante (GAMA, 2018a), de acordo com o Ibope
(Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), 88% dos brasileiros
reconhecem a importância da separação do lixo, mas de 10 brasileiros, 4 não
sabem, ou não separam, o lixo orgânico do reciclável, e 76% não sabem, ou não
separam, os resíduos recicláveis. Também, 45% não sabem, ou não encontram
informações sobre a coleta seletiva, e 39% têm dificuldade em achar as informações
sobre a reciclagem no rótulo do produto (GAMA, 2018a; G1, 2018). Como somatório,
1 em cada 12 brasileiros não possuem sistema de coleta (COELHO, 2019). Na
região Centro Oeste, por exemplo, 55% das cidades não tem coleta seletiva. No Sul,
59% do lixo é destinado para aterros sanitários, 30% para aterros controlados e 11%
para lixões, com um gasto médio de R$ 10,37 por habitante para a coleta e
destinação do lixo (GAMA, 2018b).
O plástico está entre os materiais com maior utilização e menor reciclagem,
gerando mais de R$ 8 bilhões de prejuízo à economia global (AGÊNCIA BRASIL,
2019). De acordo com a WWF (Fundo Mundial da Natureza), no Brasil são
descartadas 2,4 milhões de toneladas de plástico de forma irregular (E-CYCLE,
2020). Novamente, o descarte incorreto se sobrepõe aos demais fatores para a
diminuição deste potencial reciclável, já que um em cada quatro itens da coleta não
é reciclável. As condições de trabalho de recolhedores de lixo, aliados a dificuldade
de financiar projetos de grande escala, estão entre os fatores destes resultados
preocupantes (ONU, 2019).

OBJETIVO GERAL:

Conscientizar a importância da reciclagem dentro do ambiente escolar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Permitir a apreensão, de todos atores do ambiente escolar, no protagonismo


e pró-atividade para a sustentabilidade ambiental;
- Possibilitar reestruturar informações sobre o descarte de resíduos;
- Estender o conhecimento escolar à toda comunidade.

2. JUSTIFICATIVA

A escola é um espaço essencial para a formação cidadã e do pensamento


crítico, além da aprendizagem e do repasse de informações, voltadas também à
relação com o ambiente. Ou seja, é fundamental para a educação ambiental. Assim,
o objetivo deste projeto foi e é, continuamente, sensibilizar os alunos e funcionários
do Colégio Vila Militar no entendimento da importância do cuidado com o meio
ambiente, ou seja, seu ambiente, por meio da separação do lixo. A medida que os
mesmos compreendem esta necessidade, exercem a prática cidadã, bem como a
concepção holística do ser humano.

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4 METODOLOGIA

Com as turmas do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, foram


apresentados slides aos alunos com os principais dados sobre a geração de
resíduos, destacando o Brasil. Foram escolhidas frases de impacto, com referência
a problemas e soluções sobre a separação do lixo, e as mesmas foram coladas em
cada sala de aula. Depois, em três dias, antes da primeira aula, foram passadas as
instruções para os alunos do período da manhã e tarde, reforçando como a
separação do lixo deveria ser realizada. Os alunos também participaram da
elaboração de cartazes com a importância e orientação sobre a reciclagem. Estes
cartazes foram posteriormente colados em todos os espaços do colégio (biblioteca,
banheiros, salas de aula, sala dos professores).
Ao fim do ano os alunos dos 6º s ano foram avaliados pela a elaboração de
vídeos sobre o consumo consciente (disponibilizados no YouTube), uma peça teatral
e uma pesquisa sobre a separação do lixo, entrevistando os alunos em sala de aula.
A pesquisa consistiu em quatro perguntas: “O que você acha da reciclagem em
Curitiba?”; “Os alunos do CVM separam corretamente o lixo?”; “Você sabe separar o
lixo corretamente?”; “Como você acha que a reciclagem poderia ser melhorada?”.
Além disso, foi realizada uma Mostra de Ciências com conteúdos diversos,
tendo como tema central a Sustentabilidade. Na Mostra de Ciências, aberta ao
público, os 6ºs anos foram coordenados pelas professoras Camila, Juliane e Vera, e
tiveram como temas a Poluição, a Reciclagem, o Sistema Solar e a Água. Os 7º s
anos foram coordenados pelas professoras Juliane e Vera, e tiveram como temas os
conteúdos aplicados entre o 1º e 3º bimestre. Com igual metodologia, os 8º s anos
foram coordenados pela professora Juliane. Estes três anos elaboraram um modelo
didático sobre o tema selecionado. Os 9º s anos, devido a formatura e viagem,
tiveram a liberdade de decidir ou não participar do evento, com temas determinados
pelos alunos. As 1ªs séries (coordenadas pela professora Camila), as 2ª s séries e a
3ª série (coordenadas pela professora Juliane) realizaram a apresentação de
seminários a partir do tema sustentabilidade.
As funcionárias da limpeza foram reunidas em dois momentos para orientar a
maneira de como o lixo deveria ser coletado. Foram colocadas e identificadas duas
lixeiras, para materiais orgânicos e recicláveis em cada sala de aula, na sala dos
professores, laboratório de informática, auditório, sala da direção e coordenação,
departamento financeiro e administrativo. Na enfermaria, as lixeiras foram
identificadas como reciclável e material biológico. E no refeitório, como orgânico,
reciclável/não reciclável. Todas as demais lixeiras já com as cores para os materiais
específicos de reciclagem foram também identificadas com exemplos do que pode
ser descartado.
Em 2019, foram coletados os materiais recicláveis gerados pelos alunos,
professores e funcionários, para sequente venda do material. A coleta foi realizada
pela JC reciclagem, nos períodos de abril (resíduos gerados entre março e abril);
outubro (resíduos gerados entre setembro e outubro); e dezembro (resíduos gerados
entre novembro a dezembro).

5 DESENVOLVIMENTO

As frases escolhidas para serem coladas em sala de aula foram: “Lixo no


mundo: 2 milhões ton/dia”;“Lixo no Brasil: 150 mil ton/dia”; “O lixo que você joga fala

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sobre você”; “O ambiente é o que somos”; “Você joga lixo no chão de sua casa?”;
“Seja consciente!”; “Curitiba destina 5,1% do lixo para a reciclagem”; “De 30% do lixo
reciclável, são reciclados 3%”; “Quem ama cuida”; “Tenha o suficiente e será rico”;
“Para a ganância, a natureza não é suficiente”; “O homem foi à Lua e não acha o
cesto de lixo”; e “Para o planeta, não existe ‘fora’”.
Ao longo do ano letivo foram passadas e reforçadas as mensagens sobre
como, o que, e em qual lixeira se separa o lixo. Os cartazes elaborados contêm
informações sobre qual o tipo de lixo e onde fazer o descarte do mesmo; bem como
onde levar as tampas de garrafa PET e anéis de alumínio das latas de refrigerante.
As tampas das garrafas e os anéis de alumínio são coletados para dois projetos
paralelos, que visam, respectivamente, a compra de rações para cachorro e de
cadeira de rodas.
Os vídeos elaborados pelos alunos sobre o consumo consciente podem ser
vistos pelos links: <https://www.youtube.com/watch?v=57DSWRhvxAs> e
<https://www.youtube.com/watch?v=WT3wQDPkTt4>. Os alunos foram
extremamente criativos, trabalhando a sustentabilidade no formato de entrevista,
jornal e propaganda de conscientização, por exemplo. Outro vídeo, realizado pelos
docentes, pode ser visualizado em <https://www.youtube.com/watch?
v=Ffik7jkT8q4>.
Os roteiros das peças teatrais foram escolhidos e determinados pelas ideias
dos alunos, e redigidos pela professora Juliane. Um dos roteiros teve o enredo sobre
qual futuro o ser humano decidiria ter, com falas sobre como o planeta pode ficar,
conforme nossas decisões. O outro roteiro teve a decisão entre dois governantes,
com a ideologia ambientalista e capitalista, sendo ambos influenciados por suas
consciências.
As entrevistas foram realizadas com as turmas da tarde, e, a partir dos
resultados obtidos, os alunos elaboraram um cartaz com os respectivos gráficos. As
respostas, em relação a reciclagem de Curitiba mostraram que ~68 consideram-na
regular, ~22% ótima, ~9% boa e ~1% ruim; em relação a separação do lixo feita
pelos colegas de classe, ~58% acham ruim; ~32% boa, ~6% regular e ~4% ótima; e
a separação do lixo feita pelo próprio entrevistado, ~36% consideraram regular,
~32% ótima, ~18% boa e ~14% ruim. Dentre as sugestões para melhorar a
reciclagem do lixo, estão a doação e a utilização dos mesmos em projetos de
robótica.
A Mostra de Ciências foi um evento altamente participativo. Como exemplos
dos modelos didáticos, foram elaborados: uma “mão mecânica”, controlada por
seringas (identificando a pressão hidráulica), um filtro de água com seis camadas,
uma maquete do sistema solar, um vulcão, uma representação de terremoto,
brinquedos e objetos feitos de material reciclado (6 ºs anos); uma caravela,
cogumelos, uma estrela do mar, a subida e descida da seiva vegetal (7º s anos); um
neurônio, a pele, o sistema urinário, cardiovascular, respiratório e o digestório (8 os
anos).Dentre os seminários, temas como Biotecnologia, Desperdício de alimentos,
Agronegócio, Fontes de Energia e Biopirataria foram apresentados.
As funcionárias da limpeza são essenciais para a concretização do projeto.
Afinal, elas que se responsabilizam, em última via, pela separação do lixo gerado.
Desta forma, houve uma conversa inicial sobre a concepção do projeto, bem como a
importância do mesmo e sobretudo delas para resultados satisfatórios. Esta
conversa também ressaltou como esse material deveria ser separado (sem restos
de alimentos, separando o orgânico). Após a primeira coleta do material (abril), foi
realizada uma nova conversa, sobre os primeiros resultados, e a paciência em

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esperar que os alunos e demais realmente separem corretamente o lixo. Cabe
salientar que alguns alunos alertaram sobre a mistura, algumas vezes, do lixo
reciclável e orgânico quando na coleta dos mesmos pelas funcionárias.
A identificação das lixeiras nas salas de aula e pátio (Figura 4) foi essencial
para sensibilizar a todos os envolvidos em relação a como deve ser a separação do
lixo. Na enfermaria, as lixeiras ficaram identificadas como “reciclável” e “material
biológico”. Ainda há certa mistura de orgânicos e recicláveis, mas muito menor do
que o início.
O projeto incentivou a proibição de uso de copos plásticos, sendo permitido
ao aluno emprestar um copo de vidro em caso de esquecimento de sua garrafa
plástica, ou PET. É notável o aumento de alunos que trazem a garrafa plástica ou
compram na cantina e fazem a reutilização.
Além disso, o projeto também serviu de estímulo para os alunos auxiliarem
em outros projetos existentes. Um deles, por exemplo, quando um grupo de alunos
solicitou aos demais estudantes o recolhimento de caixas de leite, limpas, para a
doação das mesmas. Estas caixas seriam utilizadas para construir casas, na forma
de vedar os materiais de construção.
A coleta do material, feita pelo Jorge da JC Reciclagem resultou em 34 kg na
coleta de abril (R$ 10,88), 78 kg (R$ 56,60) e 113 kg (R$ 106,90). Foi possível
perceber que os valores foram diretamente relacionados a dois principais fatores. O
primeiro deles foi a crescente sensibilização dos alunos na preocupação da
separação do lixo. O segundo foi o tipo de resíduo gerado. O papel e o papelão,
lixos “caros”, pesam, e assim, acrescem o valor da venda.
É válido ressaltar que ainda há muitas falhas no processo de separação e um
pouco de confusão sobre onde se descartar o resíduo. Há muita dúvida sobre o que
é orgânico. Por exemplo, um pote de iogurte sujo, é reciclável, ainda que com
restos. O ideal é a lavagem do mesmo para evitar a proliferação de insetos ou outros
animais.
De acordo com o Jorge, da JC Reciclagem, o papel amassado tem menor
viabilidade de ser reciclado, sendo sugerido rasgá-lo ou dobrá-lo. Também, copos
ou pratos plásticos “fracos” (que se quebram quando aperta) e pratos de papelão;
além de embalagens com BOPP (plástico), não são materiais reciclados. O isopor é
reciclado por poucas empresas devido ao baixo custo benefício, já que é necessário
muito material para se obter um peso razoável, aliado ao baixo valor de compra do
mesmo.

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

É muito gratificante perceber a valorização dos alunos, colegas e demais


funcionários, sobre a importância de separar corretamente o lixo. Alguns relatos de
preocupação em separar o lixo também em casa foram feitos, e de como a
consciência alertava caso estivesse fazendo de forma errada. É uma ação difícil e
de longo prazo, mas não impossível. Foi optado não ceder bonificações ou realizar
campanhas, gincanas ou competições, por querer sensibilizar sem a concepção de
ter uma troca material ou de reconhecimento. Foi preferido demonstrar que o
descarte correto de resíduos vai além de um prêmio, é algo imprescindível,
elementar, necessário.
Há uma crescente preocupação com a destinação e geração dos resíduos
dentro e fora do espaço escolar, e com a continuidade do projeto; assim como um
senso crítico mais acurado sobre estas práticas como exemplo para o cuidado com

6
o meio ambiente. Ainda assim, é fundamental a sensibilização gradativa e contínua
sobre este tema.

Agradecimentos

À direção e coordenação pedagógica do Colégio Vila Militar (CVM), aos


alunos, ao professor Renan, ao técnico de laboratório Augusto, ao Jorge, do JC
Reciclagem, às funcionárias da limpeza, também pela colaboração para a separação
efetiva do lixo.

REFERÊNCIAS

CAMPOS, PC. Meio Ambiente: a sustentabilidade passa pela educação (em todos
os níveis, inclusive pela mídia). Em Questão, v: 12, p. 387-419, 2006.

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