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9º O presente Aviso entra imediatamente em vigor. f) Os montantes de desvios actuariais positivos, as-
sociados a benefícios pós-emprego atribuídos
O Governador, Carlos Augusto de Burgo pela entidade, que, de acordo com a Norma
Internacional de Contabilidade 19 – Bene-
––––––– fícios aos empregados (NIC 19) – Método do
Aviso nº 3/2007 Corredor, não tenham sido reconhecidos em
resultados do exercício, resultados transitados
FUNDOS PRÓPRIOS DAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO,
ou reservas.
INSTITUIÇÕES PARABANCÁRIAS E INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS INTERNACIONAIS
3 - São considerados elementos negativos dos fundos
O conceito de “Fundos Próprios” é utilizado em Super- próprios de base os montantes correspondentes aos se-
visão Bancária como referência fundamental para a apli- guintes elementos:
cação de vários rácios e diversas normas prudenciais.
a) Activos intangíveis;
O nº 3 do Art. 29º e os Artigos seguintes da Lei nº 3/V/96,
b) Resultados negativos transitados de exercícios
da Lei Orgânica, conferiram ao Banco de Cabo Verde,
anteriores;
a competência para fixar os elementos que integram os
fundos próprios das instituições sujeitas à sua supervisão c) Resultados negativos do último exercício;
e para definir as características que os mesmos devem
revestir. d) Resultados negativos do exercício em curso, em
final do mês;
Havendo necessidade de ajustar as regras de determi-
nação dos Fundos Próprios das instituições de Crédito, e) Acções próprias;
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iii) Que o capital em dívida e os juros não pagos 3- Os elementos previstos na alínea h) do ponto 3 do n.º
podem ser chamados a absorver prejuízos, 3º e na alínea c) do n.º 4º do presente Aviso correspondem,
permitindo à instituição prosseguir a sua respectivamente, ao somatório dos valores individuais
actividade. das perdas e dos ganhos não realizados, nos termos da
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alínea a) do ponto 2 deste número, dos instrumentos 11º Os elementos indicados nas alíneas d) e e) do n.º
financeiros, não sendo permitidas compensações entre 4º, só podem ser considerados até à concorrência de 50%
aqueles montantes. dos fundos próprios de base.
4- Sem prejuízo da alínea f) do ponto 2 do n.º 3º e da 12º Sem prejuízo do disposto nos números 10 e 11, os
alínea g) do ponto 3 do n.º 3º do presente Aviso: Fundos Próprios são determinados pela soma dos Fundos
Próprios de Base com os Fundos Próprios Complementa-
a) Os montantes de desvios actuariais positivos, res depois de deduzidos:
associados a benefícios pós-emprego atribuí-
dos pela entidade e apurados de acordo com a) Nos casos em que a instituição disponha de uma
a NIC 19 à data de transição, tendo ou não participação superior a 10% do capital social
sido reconhecidos em resultados transitados de uma instituição de crédito, instituição pa-
ou reservas, deverão ser acrescidos aos fundos rabancária ou instituição financeira interna-
próprios de forma escalonada até ao final do cional, será deduzido o montante total dessa
exercício de 2011. participação, bem como o valor representado
pelos demais elementos patrimoniais, referidos
b) Os montantes de desvios actuariais negativos e no ponto 2 do n.º 3 e no n.º 4 deste Aviso, de que
custos com serviços passados, associados a be- disponha sobre a mesma instituição;
nefícios pós-emprego atribuídos pela entidade b) O montante global das restantes participações e
e apurados de acordo com a NIC 19 à data de dos demais elementos patrimoniais, referidos
transição, tendo ou não sido reconhecidos em no ponto 2 do n.º 3 e no n.º 4 deste Aviso, que a
resultados transitados ou reservas, deverão instituição disponha sobre uma instituição de
ser deduzidos aos fundos próprios de forma crédito, instituição parabancária ou instituição
escalonada até ao final de 2011. financeira internacional, não abrangidos pela
5- O tratamento prudencial dos impostos diferidos alínea precedente, será deduzido na parte que
registados em reservas deverá ser consistente com o tra- exceda 10% dos fundos próprios da instituição
tamento prudencial dado aos ganhos e perdas registadas que deles disponha, calculados antes de efectu-
em reservas de reavaliação, positivas ou negativas, que adas as deduções previstas nesta alínea e na
originaram o registo dos referidos impostos diferidos. alínea precedente;
c) O valor líquido de balanço dos activos não finan-
6º Os resultados positivos provisórios do exercício em ceiros recebidos em reembolso de crédito pró-
curso ou os resultados do último exercício só podem ser prio, calculado à razão anual de 20% a partir
considerados como elementos positivos dos fundos pró- do momento em que se completem dois anos
prios caso se verifiquem as seguintes condições: sobre a data em que os activos não financeiros
a) Terem sido determinados de acordo com as em causa tenham sido recebidos; e
NIRF; d) A parte que exceda os limites de concentração de
riscos definidos:
b) Terem sido diminuídos do valor dos impostos e
dos dividendos calculados proporcionalmente i) No Aviso n.º 11/98 – Cobertura do Activo Imo-
ao período a que se referem; e bilizado;
c) Serem certificados por auditor externo. ii) No Aviso n.º 8/2007 – Liquidez e cobertura de
responsabilidades
7º Não são considerados fundos próprios das institui- iii) No Aviso n.º 03/99 – Participações das insti-
ções, os montantes correspondentes a acções preferenciais tuições de crédito em outras sociedades;
remíveis em data certa quando esta ocorrer antes de
decorridos 5 anos sobre a sua emissão. iv) No n.º 11º do Aviso n.º 04/99 – Limites à
participação no capital das instituições de
8º Os empréstimos subordinados devem prever amor- crédito; e
tizações do capital somente no final do contrato ou em
v) No Aviso n.º 09/99 – Limites à concentração
parcelas iguais durante a sua vigência e estarão subor-
de riscos de crédito e afins, com as alterações
dinados, em caso de falência ou liquidação da instituição,
introduzidas pelo Aviso n.º 7/2007.
ao prévio cumprimento de todas as demais obrigações
não subordinadas. 13º 1- As instituições devem proceder ao cálculo dos
seus fundos próprios pelo menos no final de cada mês, e
9º O Banco de Cabo Verde estabelecerá, para as informar ao Banco de Cabo Verde, até ao décimo dia do
instituições que incluam nos seus fundos próprios mon- mês seguinte, a composição dos seus fundos próprios.
tantes provenientes da emissão de títulos e de acções
2- Considerando as adaptações que as instituições ne-
preferenciais remíveis em data certa e da contratação
cessitam de efectuar por forma a reunirem as condições
de empréstimos subordinados, um programa de redução
para proceder ao reporte dos seus Fundos Próprios em
gradual desses montantes nos cinco anos que precedam
base consolidada e individual de acordo com o disposto no
o respectivo reembolso.
Aviso n.º 2/2007, o Banco de Cabo Verde irá determinar
10º O total dos fundos próprios complementares não por instrução um prazo de reporte alargado face ao prazo
poderá exceder o total dos fundos próprios de base. de envio a que alude o ponto anterior.
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3- O Banco de Cabo Verde poderá mandar corrigir o 3º A relação referida na alínea b) do n.º 2º será de-
cálculo dos Fundos Próprios de uma instituição se consi- signada por rácio de solvabilidade e será calculada da
derar que não foram preenchidas, de modo satisfatório, seguinte forma:
as condições estabelecidas no presente Aviso.
F
P
× 100,
14º O Banco de Cabo Verde emitirá as instruções VAPRC + VAPRTC + VEAPRO
julgadas necessárias ao cumprimento das regras deste
Onde:
aviso.
FP – Valor dos Fundos Próprios, determinados con-
15º O presente Aviso revoga o Aviso n.º 08/98, de 10 forme Aviso n.º 3/2007;
de Dezembro, publicado no Boletim Oficial, I Série, de
28 de Dezembro. VAPRC – Valor dos activos ponderados pelo risco de
crédito, incluindo os elementos extrapatri-
16º O presente Aviso entra em vigor na sua data de moniais, determinados conforme Anexo 1;
publicação, atentos os prazos de adopção das NIRF es- VAPRTC – Valor dos activos ponderados pelo risco
tabelecidos no n.º 6º do Aviso n.º 2/2007. de taxa de câmbio, apurados conforme Anexo 2;
O Governador, Carlos Augusto de Burgo VEAPRO – Valor equivalente em activos pondera-
dos pelo risco operacional, apurado conforme
––––––– Anexo 3.
Aviso nº 4/2007 4º O valor do rácio de solvabilidade não pode ser
inferior a 10%.
RÁCIO DE SOLVABILIDADE
5º 1- As instituições devem proceder ao cálculo do seu
Considerando a necessidade de adaptar a regulamen- rácio de solvabilidade pelo menos no final de cada mês, e
tação vigente aos princípios internacionais de supervisão informar ao Banco de Cabo Verde, até ao décimo dia do
bancária, incorporando o risco de mercado, nomeada- mês seguinte, a composição dos resultados obtidos.
mente o risco de taxa de câmbio, e o risco operacional no 2- Considerando as adaptações que as instituições ne-
cálculo do rácio de solvabilidade; cessitam de efectuar por forma a reunirem as condições
O Banco de Cabo Verde, no uso da competência que para proceder ao reporte dos seu Rácio de Solvabilidade
lhe é conferida, designadamente, pelo artigo 23º da sua em base consolidada e individual de acordo com o disposto
Lei Orgânica, e pelo n.º 3 do artigo 29º da Lei n.º 3/V/96, no Aviso n.º 2/2007, o Banco de Cabo Verde irá determinar
de 1 de Julho, determina: por instrução um prazo de reporte alargado face ao prazo
de envio a que alude o ponto anterior.
1º 1- O presente Aviso aplica-se a todas as instituições
6º O Banco de Cabo Verde emitirá as instruções jul-
autorizadas a funcionar em Cabo Verde, seja como bancos
gadas necessárias ao cumprimento das regras deste
ou demais instituições de crédito, seja como instituições
Aviso.
parabancárias, nos termos da Lei n.º 3/V/96, de 1 de
Julho, a seguir designadas por instituições. 7º O presente Aviso revoga o Aviso n.º 01/99, de 29
de Março, publicado no Boletim Oficial, I Série, de 3 de
2- As instituições referidas no número anterior que Maio.
de acordo com o disposto nos números 5º e 7º do Aviso n.º
8º O presente Aviso entra em vigor na sua data de
2/2007, não apresentaram as suas demonstrações finan-
publicação, concedendo-se um prazo de um ano para que
ceiras de acordo com as Normas Internacionais de Relato
as instituições venham a se ajustar às normas sobre a co-
Financeiro (NIRF), aplicarão igualmente as disposições
bertura do risco cambial e risco operacional, sem prejuízo
deste Aviso com as necessárias adaptações.
do permanente cumprimento do rácio de solvabilidade
2º As instituições devem: para o risco de crédito e atentos os prazos de adopção das
NIRF estabelecidos no n.º 6º do Aviso n.º 2/2007.
a) Manter o capital mínimo estabelecido pela lei apli-
O Governador, Carlos Augusto de Burgo
cável para a constituição e estabelecimento de
bancos e demais instituições de crédito e insti- ANEXO 1
tuições parabancárias, de tal forma que o valor ACTIVOS PONDERADOS PELO RISCO DE CRÉDITO
dos fundos próprios da instituição, apurado na
Ponderação dos elementos do activo e extrapatrimo-
forma do Aviso n.º 3/2007, não seja, a qualquer
niais das instituições para efeitos do cálculo do rácio de
momento, inferior ao referido capital;
solvabilidade.
b) Observar, em permanência, uma relação ade- 1. As rubricas do activo e extrapatrimoniais devem ser
quada entre o montante dos seus fundos pró- ponderadas em função do risco de crédito.
prios, apurados na forma do Aviso n.º 3/2007,
e o montante dos seus elementos do activo e 2. Assim, o valor de balanço do activo deve ser multipli-
extrapatrimoniais ponderados em função dos cado pelo respectivo coeficiente de ponderação, de acordo
respectivos riscos envolvidos, especialmente o com a PARTE I deste anexo, excepto quanto:
risco de crédito, o risco de taxa de câmbio e o a) Ao valor dos activos, para os quais as perdas
risco operacional. de imparidade e provisões registadas nas
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