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Análise de Circuitos
Setembro de 2023
Análise de Circuitos i
Grandezas e Unidades SI
Grandeza Unidade
Nome Símbolo Nome Símbolo
potencial eléctrico U volt V
tensão, diferença de potencial ou queda de potencial U, E volt V
corrente eléctrica I ampere A
energia W joule J
potência P watt W
resistência eléctrica R ohm Ω
resistividade ρ ohm metro Ω·m
capacidade eléctrica C farad F
permitividade ε farad por metro F·m-1
coeficiente de auto-indução L henry H
permeabilidade µ henry por metro H·m-1
Prefixos SI
Múltiplos
Nome Símbolo Factor multiplicador
yotta Y 1024 = 1 000 000 000 000 000 000 000 000
zetta Z 1021 = 1 000 000 000 000 000 000 000
exa E 1018 = 1 000 000 000 000 000 000
peta P 1015 = 1 000 000 000 000 000
tera T 1012 = 1 000 000 000 000
giga G 109 = 1 000 000 000
mega M 106 = 1 000 000
quilo k 103 = 1000
hecto h 102 = 100
deca da 101 = 10
Submúltiplos
Nome Símbolo Factor multiplicador
O potencial eléctrico que existe num ponto A (UA) tem como unidade o volt (V).
A tensão, diferença de potencial ou queda de potencial que existe entre um ponto A e um ponto B
(UAB) tem como unidade o volt (V) e é dada por
U AB = U A − U B
Um componente de um circuito eléctrico tem sempre dois ou mais terminais. Num componente de
dois terminais, a corrente que entra por um terminal é a mesma que sai pelo outro.
A B
Verifica-se que…
Notações:
O sentido verdadeiro da corrente eléctrica que passa num componente de um circuito eléctrico é o
oposto ao do movimento dos electrões que constituem essa corrente.
• Em Física, o sentido real da corrente eléctrica que passa num componente de um circuito eléctrico é o do
movimento dos electrões que constituem essa corrente; o sentido convencional da corrente eléctrica é o oposto
ao desse movimento. Assim, o sentido verdadeiro da corrente eléctrica, usado em Electrotecnia e em
Electrónica, coincide com o sentido convencional da corrente eléctrica usado em Física.
O sentido positivo da corrente eléctrica que passa num componente é convencionado, podendo
coincidir ou não com o sentido verdadeiro da corrente.
O potencial eléctrico que existe num ponto só fica determinado se estiver definida uma referência
para os potenciais eléctricos. Por definição, o valor do potencial eléctrico de referência é zero.
É frequente usar o potencial da terra ou o potencial da massa (chassis) dos aparelhos eléctricos como
referência para os potenciais eléctricos.
O potencial eléctrico que existe num ponto tem o valor da tensão existente entre esse ponto e o
ponto cujo potencial é usado como referência para os potenciais eléctricos.
2V
A B
5V 3V
5V 0V 3V
O potencial eléctrico que existe num ponto depende da referência escolhida para os potenciais
eléctricos e pode assumir qualquer valor.
A tensão existente entre dois pontos tem um valor que não depende da referência escolhida para os
potenciais eléctricos.
14V 5V 0V
5V 5V 5V 5V
Circuito Circuito 9V Circuito 0V Circuito -5V
Eléctrico Eléctrico Eléctrico Eléctrico
9V 9V 9V 9V
0V -9V -14V
O sentido verdadeiro da tensão existente entre dois pontos é do ponto de potencial superior para o
ponto de potencial inferior.
O sentido positivo da tensão existente entre dois pontos é convencionado, podendo coincidir ou não
com o sentido verdadeiro da queda de potencial.
10A
- Dentro do componente, a corrente vai do terminal A para o terminal B.
A B
-10A
- Dentro do componente, a corrente vai do terminal B para o terminal A.
A B
- A corrente que atravessa o componente tem um valor de 10A.
IAB
- Se, dentro do componente, a corrente for do terminal A para o terminal B, então
A B
o sentido positivo da corrente coincide com o sentido verdadeiro da corrente e
IAB>0.
Nota: Para manter os desenhos simples, não se representa o resto do circuito, que está ligado aos terminais A e B.
Sem esse circuito não poderiam existir as correntes representadas.
A B
+ +
+ +
+ +
+ + + +
+ +
+ + + +
+ +
UAB > 0
A B
+ +
+ + +
+
+ + + + +
+ +
+ + +
+ +
UAB > 0
A B
+ +
+ + +
+
+ + + + +
+ +
+ + +
+ +
IAB > 0
2. Condutor Ideal
Um condutor ideal mantém uma tensão de 0V entre os seus terminais, independentemente do valor
e do sentido da corrente que o atravessa. Todos os seus pontos estão sempre ao mesmo potencial.
0V
Ao ligar um condutor ideal entre dois pontos provoca-se um curto-circuito entre esses pontos. Mas
condutor ideal e curto-circuito não são sinónimos, uma vez que é possível provocar um curto-circuito
entre dois pontos com um condutor não ideal.
3. Circuito Aberto
Um circuito aberto entre dois pontos é atravessado por uma corrente de 0A, independentemente do
valor e do sentido da tensão que existe entre esses pontos.
0A
4. Leis de Kirchhoff
4.1 Lei das Correntes
A soma algébrica das correntes que convergem para um ponto é igual à soma algébrica das correntes
que divergem desse ponto.
Exemplo:
7A 2A
7+4=2+9
9A
4A
-2A
7A
7 + 4 + (-2) = 9
9A
4A
-2A
7A
7 + 4 + (-2) + (-9) = 0
-9A
4A
-7A 2A
0 = (-7) + (-4) + 2 + 9
-4A 9A
3A
Se houver apenas dois condutores ligados a um circuito,
então a corrente num condutor é a mesma que a corrente no 3A
outro condutor.
0A
Se houver apenas um condutor ligado a um circuito, então a
corrente nesse condutor é nula.
• Ao se percorrer num dado sentido um percurso fechado, a soma das tensões (quedas de potencial)
encontradas é igual à soma das subidas de potencial.
• A soma algébrica de todas as tensões (quedas de potencial) consideradas num mesmo sentido ao
longo de um percurso fechado é nula.
Exemplo:
2V
3V 10V 5V
4V 3 + 5 + 4 = 2 + 10
-2V
3V -10V 5V
4V 3 + (-2) + 5 + (-10) + 4 = 0
2V
Notas:
1. Um circuito aberto pode fazer parte de um percurso fechado, como acontece neste exemplo.
Entre os terminais de uma fonte ideal de tensão existe uma tensão cuja evolução ao longo do tempo
não depende do valor da corrente debitada pela fonte.
Uma fonte ideal de tensão constante tem sempre a mesma tensão entre os seus terminais,
independentemente da corrente que debita ou do instante considerado.
A A
10V +
10V −
B B
• O sentido e o valor da corrente que atravessa a fonte dependem do circuito ao qual se liga a
fonte.
B
A - Entre os terminais da fonte existe uma diferença de potencial de 5V.
B
A - Se o potencial no terminal A for superior ao potencial no terminal B, então E > 0.
Numa fonte ideal de tensão independente, o valor da tensão que existe entre os seus terminais não
depende do circuito no qual a fonte se insere.
4V -10V UA =
UAC
5V UB =
8V 3V
A B C UC =
D
UD =
2V
E UCD
UE =
-7V E E=
UAC =
UCD =
X
UWT =
UXY UXY =
10V
W UYZ =
Y
UY =
5V
UWT UYZ
Z
T
Numa fonte ideal de tensão dependente (ou controlada), o valor da tensão que existe entre os seus
terminais é determinado (ou controlado) por tensões ou correntes existentes no circuito em que a fonte
se insere.
A - Entre os terminais da fonte existe uma diferença de potencial cujo valor é o dobro do valor
da corrente i.
+
2i − - Se i > 0, então o potencial no terminal A é superior ao potencial no terminal B.
B
A - Entre os terminais da fonte existe uma diferença de potencial cujo valor é o triplo do valor
da tensão u.
+
3u − - Se u > 0, então o potencial no terminal A é superior ao potencial no terminal B.
B
A - Entre os terminais da fonte existe uma diferença de potencial cujo valor é o triplo do
produto dos valores da tensão u e da corrente i mais o dobro do quadrado do valor da
+ tensão u.
3ui + 2u2 −
- Se 3ui + 2u2 > 0, então o potencial no terminal A é superior ao potencial no terminal B.
Desactivar uma fonte ideal de tensão corresponde a anular a tensão que caracteriza essa fonte. A
fonte desactivada é equivalente a um condutor ideal.
E E=0
A tensão que existe entre os terminais de uma fonte ideal de tensão dependente só pode ser anulada por actuação sobre
as tensões e correntes que determinam essa tensão.
2i +
− 2i = 0
A corrente debitada por uma fonte ideal de corrente tem uma evolução ao longo do tempo que não
depende do valor da tensão existente entre os terminais da fonte.
Uma fonte ideal de corrente constante debita sempre a mesma corrente, independentemente da
tensão que existe entre os seus terminais ou do instante considerado.
- Se, dentro da fonte, a corrente for do terminal B para o terminal A, então I > 0.
A
Nota: Para manter os desenhos simples, não se representa o resto do circuito, que está ligado aos terminais A e B.
Sem esse circuito não poderiam existir as correntes representadas.
Numa fonte ideal de corrente independente, o valor da corrente debitada pela fonte não depende do
circuito no qual a fonte se insere.
Numa fonte ideal de corrente dependente (ou controlada), o valor da corrente debitada pela fonte é
determinado (ou controlado) por tensões ou correntes existentes no circuito em que a fonte se insere.
2i
3u
- A fonte debita uma corrente cujo valor é o triplo do produto dos valores da tensão u e da
A
corrente i mais o dobro do quadrado do valor da tensão u.
3ui + 2u2 - Se 3ui + 2u2 > 0 então, dentro da fonte, a corrente vai do terminal B para o terminal A.
Nota: Para manter os desenhos simples, não se representa o resto do circuito, que está ligado aos terminais A e B.
Sem esse circuito não poderiam existir as correntes representadas.
Desactivar uma fonte ideal de corrente corresponde a anular a corrente que caracteriza essa fonte. A
fonte desactivada é equivalente a um circuito aberto.
I I=0
A corrente que percorre uma fonte ideal de corrente dependente só pode ser anulada por actuação sobre as tensões e
correntes que determinam essa corrente.
2i 2i = 0
UR Uma resistência é atravessada por uma corrente que é proporcional à tensão aplicada
R entre os seus terminais, ou seja
UR
= cons tan te
IR
IR
A resistência eléctrica (R) tem como unidade o ohm (Ω
Ω). O seu valor depende do material do qual a resistência é feita,
das suas dimensões, do percurso seguido pela corrente no seu interior e da temperatura.
Lei de Ohm UR
R UR
Para os sentidos positivos de UR e de IR indicados, o valor de R pode R=
IR
determinar-se experimentalmente recorrendo à expressão apresentada
IR
ao lado da respectiva figura.
UR
Normalmente usam-se sentidos positivos de UR e de IR tais que
R UR
R=−
U IR
R= R
IR
IR
A Lei de Ohm aplica-se exclusivamente às resistências (por exemplo, não se aplica nem às fontes ideais de tensão nem
às fontes ideais de corrente).
Um condutor ideal pode ser visto como uma resistência de valor nulo
• como R=0, então a tensão entre os terminais do condutor ideal é nula, independentemente do valor e do sentido
da corrente que o percorre.
Um circuito aberto entre dois pontos pode ser visto como uma resistência de valor infinito
• como R = ∞ , então a corrente que a atravessa é nula, independentemente do valor e do sentido da tensão que
existe entre os seus terminais.
8. Energia e Potência
Um componente inserido num circuito pode receber energia do circuito, fornecer energia ao circuito e, em alguns casos,
não receber nem fornecer energia. A energia w(t) recebida ou fornecida pelo componente tem como unidade o joule (J).
Em Electrotecnia costuma usar-se como unidade de energia o quilowatt-hora (kWh), que vale 3,6MJ:
1kW = 1000W
1kWh = 1000 ⋅ 3600{
Ws = 3600000J = 3600kJ = 3,6MJ
1h = 3600s J
A potência instantânea p(t) em jogo num componente de um circuito é a derivada em ordem ao tempo da energia
recebida ou fornecida pelo componente ao circuito e tem como unidade o watt (W). O seu valor (em watts) é igual ao
produto do valor da tensão que existe entre os terminais desse componente (em volts) pelo valor da corrente que o
atravessa (em amperes).
• A energia recebida ou fornecida pelo componente durante um intervalo de tempo ∆t é dada por
W = P ⋅ ∆t = U ⋅ I ⋅ ∆t (J )
Num circuito isolado, o módulo da soma das potências de todos os componentes que recebem energia do circuito é igual
ao módulo da soma das potências de todos os componentes que fornecem energia ao circuito.
5V W W 2A 5V W W 2A
5V 2A 5V - 2A
- 5V - 2A - 5V 2A
A potência em jogo num condutor ideal é nula porque não existe tensão entre os seus terminais. Um condutor ideal não
recebe energia do circuito nem lhe fornece energia.
A potência em jogo num circuito aberto é nula porque a corrente que o atravessa é nula. Um circuito aberto não recebe
energia do circuito nem lhe fornece energia.
A potência em jogo numa fonte ideal de tensão em vazio (ou seja, sem carga) é nula seja qual for a tensão que existe entre
os seus terminais porque a corrente que a atravessa é nula. Uma fonte ideal de tensão em vazio não recebe energia do
circuito nem lhe fornece energia.
A potência em jogo numa fonte ideal de corrente curto-circuitada por um condutor ideal é nula seja qual for a corrente
que a atravessa porque não existe tensão entre os seus terminais. Uma fonte ideal de corrente curto-circuitada por um
condutor ideal não recebe energia do circuito nem lhe fornece energia.
U U 2R
PR = U R ⋅ I R = U R ⋅ R =
12
R
3
R
IR
Exemplo
3V • Dentro da resistência, a corrente flui do terminal de maior
potencial para o terminal de menor potencial, por isso a
1,5Ω resistência recebe energia do circuito.
Dois componentes estão em série quando são atravessados pela mesma corrente.
5
B R AB = R 1 + R 2 + R 3 + R 4 + R 5 = R
i =1
i
R
1 1 1 1 1 1
= + + + =
R AB R 1 R 2 R 3 R 4 i =1 i
R1 R2 R3 R4
A R1 e R4 estão em série, relativamente aos terminais A e B, mas não
possuem nenhum terminal comum.
RAB = R1 + R2 + R3 + R4
B
• Dois componentes com um terminal comum podem não estar em paralelo e também não estar em série.
R AB = [(R 1 + R 2 ) // R 5 ] + R 3 + R 4 + R 6
• A associação existente entre dois ou mais componentes de um circuito depende dos terminais considerados.
RAB = R1 + R2+ R3 + R4 + R5
R2 R3 R4 R5
A Relativamente aos terminais C e D (terminais A e B em aberto),
R1, R2, R4 e R5 estão em série com um circuito aberto, logo não são
R1 atravessadas por nenhuma corrente. Uma corrente que entre pelo
terminal C e saia pelo terminal D só passa por R3.
B RCD = R3
RAB é a resistência medida entre os terminais A e B quando R4 está em série com R5.
todos os outros terminais estão em aberto. R1, R2 e R3 estão em série com um circuito aberto, logo não
são atravessadas por nenhuma corrente.
RAD é a resistência medida entre os terminais A e D quando Relativamente aos terminais B e C (terminais A e D em aberto):
todos os outros terminais estão em aberto. R1 está em série com R2.
• R3, R4 e R5 estão em série com um circuito aberto, logo não
RBC é a resistência medida entre os terminais B e C quando são atravessadas por nenhuma corrente.
todos os outros terminais estão em aberto.
RBC = R1 + R2
• Em cada instante, a corrente que passa num componente de uma série é a mesma corrente que passa em qualquer
outro componente da mesma série. Mas, ao longo do tempo, essa corrente não tem de ser sempre a mesma...
1Ω 1Ω 1Ω 1Ω
A
1Ω
0A
B
1Ω 1Ω 1Ω 1Ω
A
1Ω
0A
B
1Ω 1Ω 1Ω 1Ω
A
1Ω 10V
2A
B
1Ω 1Ω 1Ω 1Ω
A
1Ω 20V
4A
B
1Ω 1Ω 1Ω 1Ω
A
4A 20V
1Ω
1Ω 1Ω 1Ω 1Ω
A
1Ω 5A
5A
B
1Ω 1Ω 1Ω 1Ω
A
3A
1Ω 3A
3A 2A
5V 5V 5V
0A 5V 0A 5V 3A 5V 3A 5V 2A 5V 2A 5V
5V 8V
30A 0V 30A 0V 30A 5V 30A 5V 30A 8V 30A 8V
Dualidade...
Tensão Série Em vazio Circuito aberto
Corrente Paralelo Em curto-circuito Condutor ideal
A
Uma fonte ideal de tensão
não pode ser curto-
circuitada com um 10V
condutor ideal (ou seja,
colocada em paralelo com
um condutor ideal).
B
A tensão entre A e B não pode valer simultaneamente 10V (devido à fonte) e 0V (devido ao condutor ideal).
A A A A
Uma fonte ideal de tensão
pode ser colocada em
série com uma ou mais 10V 10V 10V 10V
fontes ideais de tensão, 13V 7V 20V 0V
independentemente dos 3V 3V 10V 10V
valores das tensões das
outras fontes.
B B B B
A A
R3 R1 Ra
Rc Rb
C R2 B C B
R 1 ⋅ (R 2 + R 3 )
R AB (∆) = R 1 // (R 2 + R 3 ) =
R1 + R 2 + R 3
R AB (Y ) = R a + R b
R 2 ⋅ (R 3 + R 1 )
R BC (∆ ) = R 2 // (R 3 + R 1 ) = R BC (Y) = R b + R c
R1 + R 2 + R 3
R CA (Y) = R c + R a
R 3 ⋅ (R 1 + R 2 )
R CA (∆ ) = R 3 // (R 1 + R 2 ) =
R1 + R 2 + R 3
R1 ⋅ (R 2 + R 3 )
= Ra + Rb
R AB (∆) = R AB (Y) R1 + R 2 + R 3
R 2 ⋅ (R 3 + R1 )
R BC (∆) = R BC (Y) ⇔ = Rb + Rc
R1 + R 2 + R 3
R CA (∆) = R CA (Y)
R 3 ⋅ (R1 + R 2 ) = R + R
R +R +R c a
1 2 3
Resolvendo o sistema em ordem a R1, R2 e R3 obtém-se Resolvendo o sistema em ordem a Ra, Rb e Rc obtém-se
Ra ⋅ Rb + Rb ⋅ Rc + Rc ⋅ Ra R1 ⋅ R 3
R 1 = R a =
Rc R1 + R 2 + R 3
Ra ⋅ Rb + Rb ⋅ Rc + Rc ⋅ Ra R1 ⋅ R 2
R 2 = R b =
Ra R 1 + R2 + R3
R ⋅ Rb + Rb ⋅ Rc + Rc ⋅ Ra R2 ⋅ R3
R 3 = a R c =
Rb R1 + R 2 + R 3
U1 U2 Uk Un
I R1 R2 Rk Rn
U I
U = U1 + U 2 + ... + U k + ... + U n Uk = R k ⋅ I
= R 1 ⋅ I + R 2 ⋅ I + ... + R k ⋅ I + ... + R n ⋅ I
= (R 1 + R 2 + ... + R k + ... + R n ) ⋅ I Uk
I=
n Rk
=
i =1
Ri ⋅I
U
I= n
R
i =1
i
Rk
Uk = n
⋅U
R
i =1
i
R1
R2 U2
R2
U2 = ⋅U
R1 + R 2
U R1 I1 R2 I2 U Rk Ik Rn In
I = I1 + I 2 + ... + I k + ... + I n 1
Ik = ⋅U
U U U U Rk
= + + ... + + ... +
R1 R 2 Rk Rn
1 1 1 1 Ik
= + + ... + + ... + ⋅ U U=
1
R1 R 2 Rk Rn
Rk
n 1
=
⋅U
i =1 R i
I
U= n
R
1
i =1 i
1
Rk
Ik = n
⋅I
1
i =1
Ri
R1 I1 R2 I2
1
R2 R1
I2 = ⋅I I2 = ⋅I
1 1 R1 + R 2
+
R1 R 2
Um ramo de um circuito é constituído por um componente (que não seja um condutor ideal) ou um
conjunto de componentes ligados em série. Os seus terminais estão ligados aos nós do circuito.
Um nó de um circuito é um ponto (ou um conjunto de pontos com o mesmo potencial eléctrico) onde
estão ligados três ou mais ramos.
Lei dos Nós (caso particular da Lei de Kirchhoff das Correntes): a soma algébrica das correntes que
convergem para um nó é igual à soma algébrica das correntes que divergem desse nó.
I2
I1 I3
n
I i =0
I4
i =1 I6
I5
Lei das Malhas (caso particular da Lei de Kirchhoff das Tensões): a soma algébrica de todas as
tensões (quedas de potencial) consideradas num mesmo sentido ao longo de uma malha é nula.
U2
U i =0
i =1 U1 U3
U4
Algoritmo para calcular as correntes nos ramos de um circuito usando as Leis de Kirchhoff:
3. Identificar R – (N – 1) malhas independentes e escrever as respectivas equações, recorrendo à Lei das Malhas;
5. Resolver um sistema de equações (de ordem R) para obter as correntes nos ramos do circuito.
2V
4Ω 5Ω
7Ω
Resolução:
I1 I2 3V
I3
2V
A 4Ω B 5Ω
7Ω
4 ⋅ I 3 + 7 ⋅ I1 − 2 = 0 (malha A)
Resolver o sistema 3 + 5 ⋅ I 2 − 4 ⋅ I 3 = 0 (malha B)
I1 − I 2 − I 3 = 0 (nó 1)
Um componente que é atravessado por uma corrente i quando se encontra submetido a uma tensão u
diz-se linear se a multiplicação de i por um valor constante k resultar na multiplicação de u pelo
mesmo valor constante k.
• Uma resistência é um componente linear, uma vez que u(t) = R . i(t). O gráfico de u(t) em
função de i(t) é uma recta.
• Um componente diz-se passivo se não dispõe de energia própria que possa fornecer ao
circuito. Há componentes passivos capazes de armazenar energia recebida do circuito durante
um intervalo de tempo, podendo devolvê-la ao circuito num intervalo de tempo posterior.
B B
A - Fonte ideal de corrente
A - Fonte ideal de corrente
dependente linear. dependente não linear.
3u + 2i 2u2
B B
Um circuito I e um circuito II estão ligados entre si por dois condutores ideais e isolados de outros
circuitos, verificando-se as seguintes condições:
o resistências;
• Se o circuito I tiver fontes ideais dependentes lineares, as tensões e correntes que controlam
essas fontes pertencem todas ao circuito I.
• Se o circuito II tiver fontes ideais dependentes lineares, as tensões e correntes que controlam
essas fontes pertencem todas ao circuito II.
Circuito I Circuito II
RTH
ETH
Circuito II
Se os dois condutores ideais que ligam o circuito I ao circuito II forem cortados, no circuito I
formam-se dois terminais, A e B.
ETH é a tensão de circuito aberto (Uca) existente entre A e B, ou seja, a tensão que existe entre
A e B se nenhum componente exterior ao circuito I for ligado entre esses terminais.
RTH
A A
ETH
Circuito I Uca Uca
B B
E TH = U ca E TH = U ca
Este método não se pode aplicar quando o circuito possui fontes ideais dependentes.
RTH
A A
Circuito I
Todas as fontes ideais
independentes desactivadas
R TH = R AB R TH = R AB
E TH E TH
R TH = R TH =
I cc I cc
Quando ETH = 0, não é possível calcular RTH recorrendo à corrente de curto-circuito, uma vez
que esta também é nula.
Circuito I ETH = 0
E TH = 0
B B
I cc = 0 I cc = 0
RTH
A A
Circuito I I U ETH = 0 I U
E TH = 0
B B
U U
R TH = R TH =
I I
RTH
A I A I
E E
Circuito I ETH = 0
E TH = 0
B B
E E
R TH = R TH =
I I
Exercício: Recorrendo ao Teorema de Thévenin, determinar o valor da tensão presente nos terminais
da resistência de 2Ω.
5Ω
10V
5Ω 2Ω
Tópicos de Resolução:
5Ω
10V
5Ω 2Ω
5Ω
A
10V
5Ω 2Ω
2. Calcular ETH.
5Ω
A
10V
5Ω ETH = 5V 2Ω
3. Calcular RTH.
5Ω
A
2,5Ω
A
5V
2Ω
2,5Ω
A
5V
2Ω U = 2,22V
2
U= × 5 = 2,22V
2,5 + 2
Exercício: Recorrendo ao Teorema de Thévenin, determinar o valor da tensão presente nos terminais
da resistência de 2Ω.
5Ω
10V
5Ω 2Ω
Tópicos de Resolução:
5Ω
10V
5Ω 2Ω
5Ω
A
10V
5Ω 2Ω
2. Calcular ETH.
5Ω
A
10V
5Ω ETH = 5V 2Ω
5
E TH = × 10 = 5V
5+5
3. Calcular RTH.
5Ω
A
5×5
R AB = = 2,5Ω
5+5
2,5Ω
A
5V
2Ω
2,5Ω
A
5V
2Ω U = 2,22V
2
U= × 5 = 2,22V
2,5 + 2