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Provém de florestas
plantadas que dão emprego a milhares de brasileiros e combatem o efeito estufa, pois
absorvem gás carbônico durante o seu crescimento! A tinta utilizada na impressão das
páginas é à base de soja, cujo componente é renovável e atóxico que não degrada o
meio ambiente.
1ª Edição
São Paulo/SP
2022
Copyright © by Jamê Nobre
Direitos Autorais reservados de acordo com a Lei 9.610/98
Coordenação Editorial
Valter Jeronymo
Preparação de Texto
Luiz Roberto Cascaldi
Colaboração
Valdeir A. Arruda
Projeto gráfico
Diagramação e Capa
Life Editora
Revisão Ortográfica
Márcio da Cruz
Impressão e acabamento
Life Digital
Life Editora
Av. Paulista, 2202 - 7º andar, Conjunto 73 - Consolação
CEP: 01310-300 - São Paulo - SP
Fones: (11) 3508 1941 - Cel.: (67) 99297-4890
contato@lifeeditora.com.br • www.lifeeditora.com.br
Nobre, Jamê
CDD - 230
Capítulo 1
REINO DE DEUS E DISCIPULADO...........................11
Capítulo 2
AS FINANÇAS NO REINO DE DEUS.........................21
Capítulo 3
PRINCÍPIOS QUE DEVEM REGER A VIDA DE UM
DISCÍPULO DE CRISTO..............................................45
Capítulo 4
AS BASES DA NOSSA CONTRIBUIÇÃO....................67
Capítulo 5
SERVIÇO SOCIAL E SUSTENTO DOS OBREIROS E
MISSÕES..........................................................................89
Capítulo 6
A COMPAIXÃO DE DEUS E A RESPONSABILIDADE
SOCIAL DA IGREJA.....................................................117
CONCLUSÃO................................................................131
APÊNDICE I..................................................................135
APÊNDICE II................................................................139
BIBLIOGRAFIA..............................................................147
Capítulo 1
20 Jamê Nobre
Capítulo 2
A NATUREZA DO DINHEIRO
MITOS
a) O dinheiro é neutro
Esse é o mito mais comum, contudo, não é correto
dizer que o dinheiro é neutro, e sim, que seu uso pode ser
bom ou mau. O Senhor dá uma personalidade às riquezas:
Deus chama essa personalidade de Mamon. Já afirmamos
que o dinheiro, como potestade, é essencialmente maligno,
portanto, devemos estar cônscios da sua força sedutora (1
Reis 5:2; Colossenses 5:10).
MORDOMIA E ARREPENDIMENTO
a) Zaqueu:
“Todos os que viram isto murmuravam, dizendo
que ele se hospedara com um homem pecador. En-
trementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor:
‘Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus
bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado al-
guém, restituo quatro vezes mais.’ Então, Jesus lhe
disse: ‘Hoje, houve salvação nesta casa, pois que
também este é filho de Abraão’” (Lucas 19.7-9).
b) O jovem rico:
“E eis que alguém, aproximando- se, lhe pergun-
tou: ‘Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a
vida eterna?’ (estava faltando algo!) Respondeu-
-lhe Jesus: ‘Por que me perguntas acerca do que é
bom? Bom só existe um. Se queres, porém, entrar
na vida, guarda os mandamentos’. E ele lhe per-
guntou: ‘Quais?’ Respondeu Jesus: ‘Não matarás,
não adulterarás, não furtarás, não dirás falso tes-
temunho; honra a teu pai e a tua mãe e amarás
o teu próximo como a ti mesmo’. Replicou-lhe o
jovem: ‘Tudo isso tenho observado; que me falta
ainda?’ Disse-lhe Jesus: ‘Se queres ser perfeito,
vá, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um te-
souro no céu; depois, vem e segue-me’. Tendo, po-
rém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste,
por ser dono de muitas propriedades’” (Ele era
proprietário ou propriedade?) (Mateus 19.16-22).
c) Judas:
“Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo
de nardo puro1, mui precioso, ungiu os pés de Je-
sus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se
1. 1 libra de nardo, uma planta indiana, equivale a 340 gramas. Valor aproximado R$ 14.000,00
d) Simão, o mágico:
“Vendo, porém, Simão que, pelo fato de imporem
os apóstolos as mãos, era concedido o Espírito
[Santo], ofereceu-lhes dinheiro, propondo: ‘Con-
cedei-me também a mim este poder, para que
aquele sobre quem eu impuser as mãos receba o
Espírito Santo’. Pedro, porém, lhe respondeu: ‘O
teu dinheiro seja contigo para perdição, pois jul-
gaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus. Não
2. Trezentos denários. O denário era equivalente a um dia de trabalho. Considerando que em
2019, no Brasil, a renda per capita foi de R$ 1.438,00, ou seja, R$ 47,93 por dia (IBGE), 300
denários equivaleriam hoje a R$ 14.379,00 – Mateus Ortega – “Economia do Reino” – pg. 157
42 Jamê Nobre
tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu
coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te,
pois, da tua maldade e roga ao Senhor; talvez te
seja perdoado o intento do coração; pois vejo que
estás em fel de amargura e laço de iniquidade”’
(Atos 8.18-23).
3. Para os olhos não regenerados de Simão, a manifestação de um novo poder nos crentes surgiu
de um “toque mágico”. Se ele tivesse isso em seu repertório, produziria um efeito maravilhoso nas
multidões! De acordo com seus padrões, tudo tinha seu preço, então ele se ofereceu para comprar
o presente! Daí a palavra “simonia” para descrever a compra de cargos eclesiásticos. Como Pedro
viu claramente, esse erro fundamental significava que Simão era totalmente estranho ao estilo de
vida de um nascido de novo. Arrepender-se . . . orar, disse Pedro, mas Simão responde com efeito:
‘ore por mim para que eu seja livre do castigo!’ (22-24), o que mostra que ele ainda pensava em
termos de poderes mágicos e de ‘influência’, não tendo nenhum desejo de aproximar-se de Deus
pessoalmente como um pecador arrependido. Uma seita anticristã chamada Simonianos existiu no
segundo século, mas as tradições que a conectam com este Simão não são confiáveis. (Zondervan
Bible Commentary – Volume 1)
46 Jamê Nobre
ga que deve ser; tenho 100% de confiança nela. A minha
mentalidade hoje é de que quem deve se preocupar com
o sustento da casa sou eu, e não ela. Essa foi uma grande
vitória em minha vida.
Um irmão nos aconselhou muitos anos atrás. Ele disse
que sua esposa foi a Deus em oração e disse: “Senhor, eu
estou precisando de um par de sapatos!” E Deus lhe res-
pondeu: “Eu não sou seu marido; vá falar com ele. Agora,
se ele não puder comprar, que venha falar comigo!” Então,
ela chegou-se a seu marido e disse: “Deus me falou que é
você quem me deve dar um par de sapatos.”
Assim, a preocupação de quanto tenho no banco, se é
suficiente ou não, é minha. Eu não quero que minha espo-
sa tenha qualquer preocupação nessa área. Se vejo que está
difícil, é minha responsabilidade dizer: “Senhor, mande,
por favor, pois estamos precisando”. Eu não quero que mi-
nha esposa se preocupe com isso.
OS DÍZIMOS
48 Jamê Nobre
Lei, e como agora estamos debaixo da graça não precisaría-
mos devolvê-lo.
A primeira menção sobre o dízimo se deu no encon-
tro de Abrão com Melquisedeque (figura de Cristo), que
aconteceu muito tempo antes da Lei (Gênesis 14.18-20),
e Abrão o entregou como adoração e gratidão. É por isso
que nós, os filhos de Abraão, não devolvemos o dízimo por
obrigação, mas por adoração e gratidão ao Senhor. Não
estamos pagando por algo, mas dizendo: “Senhor, tudo é
teu. Estes 10% são uma demonstração e uma declaração de
que o que ficou no meu bolso pertence a ti!” Ora, será que
Deus ficará mais rico com os nossos 10%? Se não dermos o
céu entrará em crise? Obviamente que não! O dízimo diz
respeito ao nosso coração, e não à quantidade de dinheiro
que damos.
O texto bíblico que relata a oferta da viúva pobre
(Marcos 12.41-44) não diz que Jesus observava quem dava
mais, mas “COMO o povo lançava ali o dinheiro”. É por
isso que podemos afirmar com toda a certeza de que o que
determina o valor do dízimo não é quanto você dá, mas
quanto fica com você. Isso revela uma das características do
discípulo de Cristo, que é a generosidade.
• Bases Bíblicas
Conquanto pareça que o dízimo seja mais importante
do que as ofertas, ele é bem menos citado na Bíblia. De-
volver o dízimo é uma questão de obediência a uma ordem
50 Jamê Nobre
que não deve ser discutida: é um tributo (Levítico 27:30;
Deuteronômio 14:28; Malaquias 3:10).
O dízimo, embora alguns ensinem o contrário, é
atual; é para os nossos dias. O Senhor Jesus, em Mateus
23:23, nos diz que além de praticarmos a justiça, a miseri-
córdia e a fé, devemos devolver os dízimos.
O capítulo todo de Números 18, especialmente os
versículos 8, 26, 28 e 34, nos mostram que o dízimo e a sua
aplicação têm caráter permanente e regulamenta a prática
iniciada por Abraão.
A Palavra nos diz que os dízimos têm uma finalida-
de específica: foram dados por herança aos levitas e para
serem empregados em pessoas, tais como: estrangeiros,
órfãos, viúvas, etc. (Deuteronômio 26:12; Números 18:21;
Neemias 10:38; 1 Coríntios 9:13). Mais adiante trataremos
desse ponto. Levítico 27:30-33 nos diz que o dízimo é santo,
e em Malaquias lemos que Deus zela por seus dízimos.
Contra aqueles que argumentam que o dízimo era
uma exigência da Lei, a Bíblia é clara: Abraão deu o dízimo
de tudo a Melquisedeque (Gênesis 14:20; Hebreus 7:1-4),
mais de quatrocentos anos antes da Lei, e o Senhor Jesus,
no versículo acima, ao declarar que devemos devolver o dí-
zimo, manteve em vigor essa prática.
• Significado
Se afirmamos que todo o dinheiro (ouro e prata) per-
tencem ao Senhor, por que devemos devolver o dízimo? A
resposta é simples: tudo o que temos pertence ao Senhor.
Deus precisa do nosso dinheiro? De modo algum. Todavia,
Ele determinou que para nos abençoar financeiramente,
O Reino de Deus e a Mordomia Cristã 51
primeiro teremos de mostrar o nosso desprendimento com
relação ao dinheiro, devolvendo a Ele 10% do que Ele nos
tem dado.
Ainda resta um porquê. Quando devolvemos o dízimo
estamos afirmando que reconhecemos que 100% é Dele e,
por causa disso, devolvemos a Ele 10%.
O significado mais profundo do dízimo é: Deus é o
Senhor das minhas finanças. Não só dos 10%, mas dos
100%. Devemos enfatizar que Deus não está interessado
em nosso dinheiro; o que Ele quer é nossas vidas. O que
Ele exige é que O sirvamos e que não coloquemos nossos
corações nas riquezas, mas sim, totalmente Nele.
Resta-nos perguntar: de quem é o dízimo? Malaquias
3:8ss nos diz que os dízimos pertencem ao Senhor, portan-
to, não os estamos dando a pessoas, mas ao Senhor. Preci-
samos distinguir este princípio: devolvemos ao Senhor, não
a homens. Dessa forma, fica claro que aqueles que traba-
lham no ministério e vivem do ministério não têm víncu-
los diretos conosco por causa de nossos dízimos. O vínculo
que temos é por causa das nossas vidas que foram renovadas
pelo Senhor e foram colocadas em um só corpo. Falando
de outra maneira, o nosso vínculo é com o Senhor Jesus.
Da mesma forma, nada podemos exigir daqueles que vivem
dos dízimos, porque damos a Deus.
• Promessas e bênçãos
A Palavra, em Romanos, nos diz que se as primícias
forem santas, a totalidade também o será (11:16). Este prin-
cípio está claro em Provérbios 3:9ss: ao devolvermos o dízi-
mo, estamos honrando a Deus e, automaticamente, santi-
52 Jamê Nobre
ficando toda a nossa renda. E mais: Malaquias nos diz que
devemos provar o Senhor nos dízimos, pois Ele nos abrirá
as janelas dos céus e derramará as bênçãos sem medida
(3:8-11). Positivamente, Deus nos dará bens e repreenderá
o devorador de nossas finanças. Essas são algumas das bên-
çãos e promessas contidas na Palavra do Senhor, as quais
naturalmente desfrutaremos se formos fiéis.
Tudo o que falamos nesse tópico não é mera teoria,
mas algo muito prático. De fato, existe uma maneira ob-
jetiva de vivermos como descrevemos e de vencermos as
potestades que estão por trás do dinheiro e das riquezas.
A Palavra de Deus fala de duas práticas, as quais são sinais
concretos que mostram as nossas convicções e a nossa fé:
OS DÍZIMOS E AS OFERTAS.
OFERTAS
• Tipos de Ofertas
Encontramos na Bíblia vários tipos de ofertas, as quais
mencionarei abaixo. Contudo, as que permanecem até
hoje são as alçadas e voluntárias. As demais deixaram de
existir quando, na cruz, o Senhor Jesus se ofereceu a Deus
O Reino de Deus e a Mordomia Cristã 53
como propiciação por nós. As ofertas mencionadas na Bí-
blia, mas não mais praticadas nos nossos dias, são:
» Queimada (Lv 1:3-7; Sl 66:15);
» Pelo pecado (Lv 4:3-35; 6:26; 7:1);
» Pacífica (Lv 3:1-17; 7:11);
» Movida (Ex 29:26; Lv 2:7-30);
» De manjares (Lv 2:7,30);
» De libação (Gn 3:13; Ex 29:40; Nm 15:5);
» De ação de graça (Lv 7:12; 22:29; Sl 50:14);
» De incenso (Ex 30:8; Ne 1:11; Lc 1:9);
» Dos primeiros frutos (Lv 22:9; Dt 18:4);
» Pelo ciúme (Nm 5:15);
» Pessoal para redenção (Ex 30:13ss).
Não era qualquer um que podia ofertar, e também não
era permitido qualquer tipo de oferta. Somente o sacerdote
ofertava, e por meio dele era concedido o perdão para o povo.
Há muito o que falar sobre ofertas no ANTIGO TESTAMEN-
TO, mas creio que é mais oportuno estudarmos os tipos de
ofertas que a Palavra de Deus nos reservou para os nossos dias.
• Oferta Voluntária
O próprio nome já diz: é aquela que oferecemos ao
Senhor, ou ao necessitado, como ao Senhor, espontanea-
mente, por livre vontade. Exemplos no Velho Testamento
(Deuteronômio 12:6; 16-10; 2 Crônicas 31:14; Esdras 1:4;
3:5; 7:16; 8:18; Salmos 119:108).
A que mais nos chama atenção, quando se trata de
oferta voluntária, é aquela que vemos no Novo Testamento
como consequência da obra do Espírito Santo no coração
do homem.
54 Jamê Nobre
Em Atos 2:32-37, vemos o exemplo claro de ofer-
tas voluntárias, dedicadas às necessidades específicas dos
membros do Corpo. E podemos ver, no caso de Ananias e
Safira (Atos 5:1-11), como o Senhor leva a sério o tanto de
coração que colocamos nas riquezas (Lucas 21:1-4). Vere-
mos adiante os princípios bíblicos que regem o dar.
• Oferta Alçada
É aquela que é levantada com uma finalidade
específica. Vemos essa oferta principalmente no Antigo Tes-
tamento, especialmente por ocasião da construção do Tem-
plo (1 Crônicas 29). No Novo Testamento, a oferta alçada é
levantada para atender aos necessitados (Romanos 16:1ss; 1
Coríntios 16:1-4; 1 Timóteo 5:16; Atos 2:29; Filipenses 4:16).
Resta-nos destacar que o que distingue a oferta alçada da
voluntária é que a primeira possui uma finalidade específica, já
determinada, e a segunda não. Contudo, segundo a Palavra do
Senhor, todas devem nascer de um coração voluntário, mesmo
a alçada. Ofertar é uma obra de Deus na vida dos homens.
• A Lei da Semeadura
“E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco
também ceifará; e o que semeia com fatura, com
abundância também ceifará” (2 Coríntios 9:6).
58 Jamê Nobre
2º PRINCÍPIO: DEUS É O NOSSO PAI E SABE
DO QUE NECESSITAMOS
60 Jamê Nobre
“Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão
de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos
exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade,
porque ele tem cuidado de vós” (1 Pedro 5.6,7).
62 Jamê Nobre
3º PRINCÍPIO: DEUS CONHECE A NOSSA
VIDA INFINITAMENTE MAIS DO QUE NÓS
MESMOS A CONHECEMOS.
64 Jamê Nobre
b. Que tenhamos uma vida santa, separada para o
Senhor
66 Jamê Nobre
Capítulo 4
AS BASES DA NOSSA
CONTRIBUIÇÃO
1. GENEROSIDADE, LIBERALIDADE
2. PROPORCIONALIDADE
• O Culto
A compreensão correta do que é mordomia irá nos
levar a entender o sentido do verdadeiro culto, isto é, quan-
do percebermos que o centro do culto é a oferta. Não é o
momento em que se coloca o dinheiro no lugar propício
durante a reunião, mas quando alcançamos o entendimen-
86 Jamê Nobre
to de que o culto diz respeito a entregarmos a nós mesmos
ao Senhor e, junto com isso, nossas riquezas.
Um culto, segundo a Palavra de Deus, é o momento
em que trazemos o nosso sacrifício ao Senhor. Um culto
não começa na hora da reunião. Ele acontece em cada ati-
tude de abnegação, quando renuncio ao que quero e me
devoto àquilo que Deus quer. Doar é um culto suave ao
Senhor, que redunda em bênçãos para nós. Um culto é a
oportunidade de entregar e de oferecer, ainda que alguns
vão às reuniões com o desejo ou expectativa de receber al-
guma coisa.
A pergunta de Isaque a seu pai quando foi convidado
para um culto revela essa verdade: “Eis aqui o fogo e a le-
nha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gênesis
22:7). Para ele era inconcebível a ideia de um culto sem
oferta. Isaque não sabia que ele mesmo seria a oferta daque-
le culto. Naquele momento, o Senhor estava estabelecendo
o tipo de relacionamento que Ele queria ter com o homem:
o de entrega! E Ele cumpriu Sua parte – enviou Seu único
Filho – e espera que tenhamos esse mesmo padrão, isto é,
de oferecer o melhor ou tudo o que temos.
Um culto é um lugar de entrega, de sacrifícios. Hoje
em dia, nos desviamos de tal maneira desse conceito que, o
culto, para nós, é um lugar de receber. Quando ele não nos
agrada, dizemos: “Não gostei do culto hoje”. Mas a única
pessoa que tem de gostar de um culto é Deus, pois os cultos
são para Ele. É por isso que ofertamos ao Senhor, olhando
para os olhos Dele, para ver se Ele está gostando ou não.
E, se não estiver gostando, mudamos tudo, porque Ele é o
centro da nossa adoração, devoção e oferta.
O Reino de Deus e a Mordomia Cristã 87
Os primeiros objetos de um culto no Antigo Testa-
mento foram um cordeiro e uma pedra; mais tarde, veio
o altar. Dessa forma, um culto é uma vítima e uma pedra!
Nossos cultos hoje são muito sofisticados, por isso, precisa-
mos torná-lo simples novamente. Um culto é uma questão
de coração – ele começa logo cedo, quando nos levanta-
mos pela manhã. Ali oferecemos a nossa vida como um
sacrifício suave e agradável ao Senhor.
88 Jamê Nobre
Capítulo 5
94 Jamê Nobre
não somente sobre o que foi entregue, mas o que fi-
cou com o ofertante, isto é, 100% são do Senhor. (O
dízimo é anterior e posterior à lei mosaica).
• Números 3:45-51 – O dinheiro do resgate dos pri-
mogênitos era dado ao sacerdote, inclusive os pri-
mogênitos dos levitas. Havia um levita para cada
primogênito em Israel; o excedente dos primogê-
nitos era então resgatado.
• Levíticos 24:9 – Os pães da proposição eram ti-
rados (trocados) a cada sábado, e Arão e seus
filhos comiam no lugar santo. Davi entendeu que
aquele que servia ao Senhor tinha parte nesse pão.
Jesus comparou o comer espigas no sábado com
a atitude de Davi17. Aqui está a figura mais clara
da origem do sustento do sacerdote e daquele que
ministra a Deus e a seu povo: o próprio altar.
• Números 18:14 – Todas as coisas consagradas a
Deus pertenceriam aos sacerdotes, e isso perpetu-
amente. Todo o capítulo fala do assunto.
• Mateus 10:9-10 – Aqui Jesus mostra aos discípulos
de onde viria seu sustento: do próprio evangelho.
A COMPAIXÃO DE DEUS E A
RESPONSABILIDADE SOCIAL
DA IGREJA
DEFINIÇÕES
38. Lucas 10:33. Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, com-
padeceu-se dele.
Sobre o comer:
1. Não há menção no texto a privação de alimentos;
2. Quando fala de alimento é no sentido de suprir
ao faminto, a meu ver, eu tomo o que seria meu e
reparto, ou dou para quem não tem;
3. Não há no texto nenhuma reprimenda quanto a
autoprivação de comida;
4. O profeta quer nos mostrar que o deixar de comer,
sem as outras práticas, sem as atitudes para aben-
çoar ao próximo, não é o jejum que agrada a Deus.
O Reino de Deus e a Mordomia Cristã 141
“1 Clama a plenos pulmões, não te detenhas, er-
gue a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo
a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus peca-
dos. 2 Mesmo neste estado, ainda me procuram
dia a dia, têm prazer em saber os meus caminhos;
como povo que pratica a justiça e não deixa o di-
reito do seu Deus, perguntam-me pelos direitos da
justiça, têm prazer em se chegar a Deus, 3 dizen-
do: ‘Por que jejuamos nós, e tu não atentas para
isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o
levas em conta?’ Eis que, no dia em que jejuais,
cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que
se faça todo o vosso trabalho. 4 Eis que jejuais
para contendas e rixas e para ferirdes com punho
iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ou-
vir a vossa voz no alto. 5 Seria este o jejum que
escolhi, que o homem um dia aflija a sua alma,
incline a sua cabeça como o junco e estenda de-
baixo de si pano de saco e cinza? Chamarias tu a
isto jejum e dia aceitável ao SENHOR?”’
Condições
6 Porventura, não é este o jejum que escolhi:
a. que soltes as ligaduras da impiedade,
b. desfaças as ataduras da servidão,
c. deixes livres os oprimidos e
d. despedaces todo jugo?
9 então,
a. clamarás, e o SENHOR te responderá;
b. gritarás por socorro, e ele dirá: “Eis-me aqui”.
Condições
a. Se tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça,
b. o falar injurioso;
c. se abrires a tua alma ao faminto e
d. fartares a alma aflita, então,
Recompensas
a. a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será
como o meio-dia.
b. o SENHOR te guiará continuamente,
c. fartará a tua alma até em lugares áridos e
d. fortificará os teus ossos;
e. serás como um jardim regado e como um manan-
cial cujas águas jamais faltam;
f. Os teus filhos edificarão as antigas ruínas;
g. levantarás os fundamentos de muitas gerações e
h. serás chamado reparador de brechas e restaurador
de veredas, para que o país se torne habitável.
O Reino de Deus e a Mordomia Cristã 143
Condições
a. Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar
dos teus próprios interesses no meu santo dia;
b. se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SE-
NHOR, digno de honra, e o honrares não seguin-
do os teus caminhos;
c. não pretendendo fazer a tua própria vontade;
d. nem falando palavras vãs;
Recompensas
a. então, te deleitarás no SENHOR.
b. Eu te farei cavalgar sobre os altos da Terra e
c. te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, por-
que a boca do SENHOR o disse.
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