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ADVOCACIA

Mané da Silva, Mariana da Silva &

ADVOGADOS ASSOCIADOS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA
COMARCA DE CANTÃO – MATO GROSSO

MANÉ DA SILVA, brasileiro, solteiro, Técnico Eletrotécnico, portador do


Documento de Identidade RG nº XXXXXXX SEJUSP/MT e inscrito no CPF sob o nº
XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Fazenda XXXXXX, localizada na Rodovia
MT 000, Km 00 e mais 4 Km à Direita, na Zona Rural do município de Catão/MT, CEP
78365-000, com endereço eletrônico: manejr3451@supermail.com, WhatsApp (65) XXXXX-
XXXX, através de seu advogado o Dr. Tiburcio da Silva, brasileiro, divorciado, portador da
CI/RG nº XXXXXXXX SSP/PR e inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX,
devidamente inscrito na OAB/MT sob o nº XX.XXX-A, com escritório profissional sito a Rua
da Goiaba, n° XXX SW, 1º Andar, Centro, nesta cidade de Catão/MT, CEP XX.XXX.000,
telefone (65) XXXX-XXXX, WhatsApp (65) X XXXX-XXXX e endereço eletrônico, e-mail:
maneadv@superail.com, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com
fundamento no art. 335, IV e V do Código Civil, propor a presente

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO


com pedido de tutela de urgência

em face de 1) CALOTEIRA INCORPORADORA, inscrita no CNPJ nº


XX.XXX.XXX/0001-XX, podendo ser citada no endereço de seu sócio representante CREDO
CRAVO, brasileiro, empresário, portador do RG n° XXXX SSP/MT, inscrito no CPF sob o
XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua do Calvário, n° XXX, Condomínio
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Tiburcio da Silva - OAB/MT
XX.XXX-A Rua da Goiaba, nº XXX SW, 1º Andar, Centro
Marcos da Silva Junior - OAB/MT Tel. (65) XXXX- XXXX – WhatsApp (65) XXXXX- XXXX
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Devere, Bairro Jardim Imperial, Município de Jatobá/MT, CEP n° CEP: XX.XXX-XXX, e 2)
INCORPORADORA ESCURA LTDA, inscrita no CNPJ nº XX.XXX.XXX/0001-XX, com
endereço na Avenida Hebreu, n° XXXX, Bairro Centro, no Município de Catão/MT, CEP n°
XXXXX-XXX, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor, para ao final requerer o
quanto segue:

I - PRELIMINARMENTE

1.1. Da Gratuidade da Justiça

Amparado no art. 5º, inc. LXXIV da CF, e nas disposições da Lei 1.060/50,
conforme declaração e holerite em anexo, a consignante não possui condições financeiras para
arcar com o ônus das custas processuais e nem honorários advocatícios, sem prejuízo do
sustento próprio e de sua família, fazendo jus à gratuidade de justiça.

1.2. Da audiência de conciliação

Nos termos do art. 319, VII do CPC, o consignante informa que DISPENSA a
realização de audiência para conciliação, tendo em vista a inexistência de composição por
parte das consignantes.

II – DOS FATOS

Inicialmente cumpre salientar que, o loteamento papagaio fora aprovado pela


Lei Municipal 1.231/215 em titularidade da consignada INCORPORADORA ESCURA,
numa área de 380.110,51m², divido num total de 651 (seiscentos e cinquenta e um) lotes,

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devidamente registrado no cartório de imóveis de Catão – MT, sob a matrícula n° X.XXX,
com prazo de 2 (dois) para conclusão das obras de infraestrutura.

A consignada CALOTEIRA INCORPORADORA S/A, cita em seus contratos


que firmou um Instrumento Particular de Compra e Venda de Imóvel, justificando sua
titularidade do referido imóvel.

Ante a elaboração do contrato, o imóvel de matrícula n° X.XXX do CRI de


Catão/MT, nunca fora transferido a esta que iniciou as vendas dos lotes em 2019.

Por conseguinte, o consignante firmou, em 19 de agosto de 2022,


“INSTRUMENTO PARTICULAR, COM EFEITOS DE ESCRITURA PÚBLICA, DE
PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE TERRENO URBANO, COM PACTO ADJETO
DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA Nº XXX Lote 01A – Quadra 03”, junto à consignada
CALOTEIRA INCORPORADORA S/A, referente ao imóvel situado no Loteamento
Papagaio “Lote 01A – Quadra 03”, situado no Município de Catão/MT, com área de
301,94m², “conforme matrícula nº desdobrar-se-á da matricula Nº X.XXX“ do CRI
Catão/MT, confrontando com Lote 02 pelo lado direito, com a Rua Projetada 23 pelo Lado
Esquerdo e com o Lote 20 no fundo, pelo valor de R$ 105.679,55 (cento e cinco mil,
seiscentos e setenta e nove reais e cinquenta e cinco centavos), a serem pagos através de
entrada de R$ 10.567,90 (dez mil, quinhentos e sessenta e sete reais e noventa centavos) e o
saldo em 179 (cento e setenta e nove) parcelas mensais e consecutivas de R$ 531,35
(quinhentos e trinta e um reais e trinta e cinco centavos) com vencimento no dia 15 de cada
mês, sendo a primeira no dia 15.08.2022.

Neste sentido, a consignante já realizou o pagamento de 9 (nove) parcelas.

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Ocorre que, até a presente data, já com o fim do prazo para a entrega das obras,
os compradores perceberam que os trabalhos não estavam em andamento. Em busca de
respostas pelos compradores, a consignada CALOTEIRA INCORPORADORA S/A, não
informava nenhuma resposta concreta, sendo omitindo informações e até deixando vários
compradores sem nenhuma assistência.

Ademais, mesmo com nenhum posicionamento sobre prazo da entrega dos


lotes, os compradores continuaram honrando com o pagamento das parcelas, mesmo sem
saber se receberiam o imóvel, conforme firmado em contrato.

Para agravar a insegurança dos compradores, em meio a desinformação da


consignada CALOTEIRA sobre entrega dos lotes, bem como a propriedade ainda ser da
consignada INCORPORADORA ESCURA LTDA, os adquirentes não sabem para quem
devem direcionar o pagamento das parcelas dos lotes adquiridos.

Não bastasse, a consignada CALOTEIRA S/A formulou pedido de recuperação


judicial nos autos do processo nº. XXXXXXX-XX.2023.8.11.XXXX em trâmite na Xª Vara
da Comarca de Cuiabá – MT, apontando um passivo de R$ 36.096.154,26 (trinta e seis
milhões, noventa e seis mil, cento e cinquenta e quatro reais e vinte seis centavos), com
deferimento do pedido no dia 27 de fevereiro de 2023.

Além disso, conforme comprovam através dos boletos de cobrança das


mensalidades adimplidas (docs. anexos) até a presente data, exceto pelo valor da entrada,
pago em 19/08/2022 em favor da 1ª Consignada – “1) CALOTEIRA INCORPORADORA”,
os demais boletos de cobranças, passaram a oscilar em favor de beneficiários alheios ao
contrato pactuado entre as partes, sendo que no pagamento realizada na data de 15/09/2022 o
beneficiário foi ILÍCITO S.A. (XX.XXX.XXX/0001-XX); bem como os demais nas datas
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de 17/10/2022, 03/11/2022, 05/12/2022, 03/01/2023 e 06/02/2023 foram para o beneficiário
“DIVINA SECURITIZAÇÃO” (XX.XXX.XXX/0001-XX), e cujo contato sequer, o
Consignante tem mais acesso neste corrente mês de agosto.

Como medida derradeira de resolver toda a situação de atraso na entrega dos


lotes, fora realizado na Câmara Municipal de Catão – MT, uma audiência pública, com a
presença de inúmeros adquirentes buscando por respostas, sobre a conclusão da obra e a
titularidade da propriedade entre as consignadas CALOTEIRA INCORPORADORA
ESCURA.

III – DO DIREITO

3.1. Da Ação de Consignação

O sumário dos fatos revela, em todo o seu esplendor, que estamos diante de um
caso em que sobram dúvidas quanto a quem seja o legítimo credor quanto ao recebimento do
pagamento das parcelas restantes do contrato celebrado.

Deveras, o caso em testilha cai como uma luva na redação do art. 547 do
Código de Processo Civil, que dispõe: “Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva
legitimamente receber o pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos possíveis
titulares do crédito para provarem o seu direito”.

Comentando esse mandamento legal, anotam LUIZ GUILHERME


MARINONI, SÉRGIO CRUZ ARENHART e DANIEL MITIDIERO, in verbis:

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1. Dúvida sobre quem deva legitimamente receber. Fundando-se a ação de
consignação em dúvida sobre quem deva legitimamente receber (art. 335, IV, CC)
ou na existência de litígio sobre o objeto do pagamento (art. 335, V, CC), pode o
devedor propor AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO contra todos que pretendam o objeto
do pagamento (art. 547, CPC). A consignação exonera-o para todos os fins de
direito (arts. 548, CPC, e 344, CC). Pagando, todavia, a qualquer dos pretendidos
credores, tendo conhecimento do litígio, assume o risco do pagamento (art. 344,
CC)” (Novo CPC comentado, 3ª ed. São Paulo: RT, 2017, p. 697);

De seu turno, o Código Civil brasileiro, em seu artigo 335, ao cuidar dos casos
em que “... a consignação tem lugar...”, é de uma clareza solar ao admitir a consignação nas
hipóteses retratadas nos incisos IV e V, que possuem a seguinte redação:

“Art. 335. A consignação tem lugar:


IV – Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do
pagamento;
v – Se pender litígio sobre o objeto do pagamento”.

No caso em apreço, surpreendentemente, as duas hipóteses previstas no artigo


335 do Código Civil se encontram presentes, na medida em que o Consignante tem dúvida
sobre quem deva LEGITIMAMENTE RECEBER O OBJETO DO PAGAMENTO;
ademais disso, há litígios na presente comarca, conforme ações judiciais em trâmite, bem
como demonstrado pela audiência pública realizada, ademais pela ação de recuperação
judicial em andamento na Comarca de Cuiabá – MT.

Diante da “dúvida” e da existência de “litígio” seria absolutamente temerário


pagar um ou outro, sob pena de o autor “... assumir o risco do pagamento...”, como deixa
claro a redação do art. 344 do Código Civil, vazada nesses termos luzidios:

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“Art. 344. O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante
CONSIGNAÇÃO, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo
conhecimento do litígio, ASSUMIRÁ O RISCO DO PAGAMENTO”.

Pois bem, a jurisprudência pátria adverte que a consignação fundada em dúvida


sobre quem deva receber deve vir revestida de “... séria motivação...”, conforme se vê do
seguinte aresto do egrégio TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO
GROSSO, vazado nesses termos luzidios:

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE ARBITRAMENTO DE


ALUGUÉIS C/C COBRANÇA – DETERMINAÇÃO DE DEPÓSITO JUDICIAL
DOS ALUGUÉIS - PRELIMINARES – MATÉRIA NÃO ANALISADA PELO JUIZ
SINGULAR – SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA – FUNDADA DÚVIDA SOBRE
QUEM DEVA RECEBER OS ALUGUÉIS – CONSIGNAÇÃO DOS VALORES
EM JUÍZO – POSSIBILIDADE – INTELIGÊNCIA DO ART. 335, IV, DO
CÓDIGO CIVIL - NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA – DECISÃO
MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO.
Não se conhece das preliminares que não foram analisadas pelo Juiz de
primeiro grau, bem como daquelas que não foram abordados na decisão recorrida,
sob pena de supressão de instância e afronta ao princípio do duplo grau de
jurisdição.
O ordenamento jurídico autoriza a consignação de valores nas hipóteses em
que surjam dúvidas acerca de quem deve receber o objeto do pagamento, nos
termos do art. 335 do CC.
Portanto, a controvérsia acerca do legítimo proprietário do imóvel e a
fundada dúvida a quem deve ser pago os locatícios justificam a tutela de urgência
deferida na ação principal para que a locatária, ora Agravante, deposite os valores
judicialmente. (N.U 1018148-30.2021.8.11.0000, CÂMARAS ISOLADAS CÍVEIS
DE DIREITO PRIVADO, CLARICE CLAUDINO DA SILVA, Segunda Câmara de
Direito Privado, Julgado em 20/04/2022, Publicado no DJE 27/04/2022)

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No caso em testilha, a consignação é a única alternativa que resta à
Consignante, sob pena de assumir o risco pelo pagamento.

Mais uma vez, não pode deixar de ser trazido à baila a advertência do Ministro
FRANCIULLI NETTO, do colendo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA que, ao proferir
VOTO no REsp 325.140/ES (p. 6 de 8), foi preciso ao consignar que:

“A lei socorre o comprador quando ele tem dúvida – uma dúvida válida – a
quem deveria efetuar o pagamento, o que legitima a parte a socorrer-se da
consignatória. Se não, vale aquele ditado: “Quem paga mal, pode pagar não duas,
mas três, quatro ou cinco vezes – até pagar bem”

Naturalmente, a Consignante não quer correr esse risco, nem mesmo de pagar
duas vezes!!! E motivos não faltam para o depósito judicial das parcelas sucessivas.

3.2. Da Tutela de Urgência

A concessão da tutela de urgência está condicionada à presença de dois


requisitos, que seriam a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil
ao processo, com fundamentos no Art. 300, §2 do CPC.

A probabilidade do direito ficou evidenciado pelos argumentos exposto


alhures, legislações citadas e os documentos anexados, que demonstram a existência da
situação narrada.

O perigo de dano ou risco ao resultado útil ao processo se faz evidente, por


existir risco a partir do início dos depósitos em juízo, ter seu nome negativado.

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Não há de se falar em irreversibilidade dos efeitos da decisão, porque os
valores das parcelas serão mensalmente depositados em juízo até a resolução dos conflitos
judiciais.

Assim, presentes os requisitos autorizadores para concessão da tutela de


urgência – a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil ao processo,
impõe-se o seu deferimento.

IV – DOS PEDIDOS

Ante o exposto, a consignante REQUER:

1) Liminarmente, a concessão da tutela de urgência, para determinar que as


consignadas se abstenham de efetuar quaisquer restrições em nome da consignante, com
relação a dívidas do contrato de aquisição do lote Q6-L1, até o final da ação ou contraordem
judicial, sob pena de multa a ser arbitrada por este juízo.

2) A concessão do benefício da Gratuidade de Justiça;

3) A autorização deste juízo, para proceder com os depósitos das parcelas, nos
termos do Art. 542, inciso I, do CPC.

4) A citação das consignadas, para querendo contestar a presente ação;

5) A dispensa à realização de audiência para conciliação, tendo em vista a


inexistência de composição por parte das consignadas;

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6) Requer a condenação das consignadas ao pagamento de custas e honorários
advocatícios, no percentual máximo do valor da causa, com fulcro no Art. 85, §2, CPC;

7) Ao final julgar procedentes o pedido de consignação em pagamento,


declarando-se extinta a obrigação contida no instrumento particular de venda e compra
de lote, com pacto adjeto de alienação fiduciária e outras avenças, com referência ao lote
Q6-L1, considerando o pagamento das 152 (cento e cinquenta e duas) parcelas, no valor de
R$ 364,44 (trezentos e sessenta e quatro reais e quarenta e quatro centavos) cada uma, nos
termos do Art. 548 do CPC;

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos.

Dá-se a causa o valor de R$ 105.679,55 (cento e cinco mil, seiscentos e setenta


e nove reais e cinquenta e cinco centavos).

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Catão/MT, XX de agosto de 20XX.

Tiburcio da Silva
OAB/MT XX.XXX-A

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