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Ano 35 • nº 431 • Setembro 2022

www.coopercitrus.com.br Revista Agropecuária

Leia esta edição


e as anteriores:

Tendências no agro- Pág. 06 Citros- Pág. 40


Biodiversidade e vida no Centro de Citricultura em prol da
solo sustentabilidade dos citricultores
CERTIFIED

Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT.


Editorial 3

Educação e sustentabilidade no campo,


de obrigação para oportunidade!
Não é novidade para os leitores que enxergamos educação tive), novos desafios socioambientais têm sido traçados
como a base para o desenvolvimento do agronegócio. A com possibilidade de geração de valor para a Coopercitrus.
Fundação Coopercitrus Credicitrus possui como um dos O que no passado era visto como obrigação “custo”, hoje,
pilares estratégicos a formação de agricultores, de coope- enxergamos como oportunidade! Também estamos traba-
rados e da comunidade. Já a Universidade Coopercitrus lhando para finalização do inventário de emissão de carbo-

Quais os benefícios possui o foco de aprimorar os profissionais da cooperativa.


Para levar soluções integradas e posicionadas adequada-
no da Coopercitrus e possíveis práticas de mitigação.
Práticas conservacionistas que geram aumento de pro-
dessa tecnologia ? mente para cada perfil de agricultor, o time Coopercitrus
receberá uma capacitação adicional na nossa universi-
dutividade, como plantio direto, além de proporciona-
rem aumento de rentabilidade, podem gerar créditos
+P +P
dade corporativa. Os colaboradores passarão por uma
avaliação individualizada a fim de que planos personali-
com a fixação de carbono, matéria orgânica, no solo.
Ainda não temos clareza de como capturaremos valor,
1 Sequestro de Fe e Al do solo, deixando o Fósforo
mais disponível para a planta;
zados sejam desenvolvidos para superação de cada gap pois é tudo muito novo e em desenvolvimento, mas
+Ca de formação. Usaremos uma plataforma digital que per- sabemos que caminharemos para uma economia ver-
+K 2 Reduz efeito tóxico de Al próximo às raízes mitirá explorar sinergias de
+N encontros presenciais com
A Coopercitrus está preparada para ajudá-lo
Melhora aspectos químicos e biológicos do solo treinamentos a distância, o
+S 3 na região da rizosfera na formação de seus colaboradores e no
que dará uma sustentação
individualizada e constante desenvolvimento de ações socioambientais
4 Melhora o pH, CTC e V% na região próxima
as raízes para a formação integral dos
nossos colaborares. Acredi- de sustentabilidade
Proporciona maior enraizamento,
5 aumentando o volume de solo explorado e a tamos que um time bem-
absorção de água e nutrientes preparado gera resultados efetivos dentro da porteira. de de baixo carbono, e o agricultor será o protagonista
6 Estimula maior absorção de N, P e Zn Nossa Fundação se consolida como uma referência na desse processo. Estamos acompanhando de perto e
oferta de cursos operacionais, técnico e superior, gratui- participando de projetos que desenvolvem métodos de
tos e de qualidade. Neste fim de ano, teremos mais dois quantificação e retenção de carbono no solo e possível
processos seletivos, um da ETEC para o curso técnico comercialização de créditos. Os projetos de restaura-
em agronegócios e outro da FATEC para o curso supe- ção de áreas de preservação permanente e nascentes
rior de big data no agronegócio. Os dois, gratuitos e de de cooperados estão sendo intensificados.
qualidade, são realizados nas instalações da nossa funda- Cooperado, fique atento, a Coopercitrus está prepara-
ção e abertos à comunidade. Cooperados, colaboradores da para ajudá-lo na formação de seus colaboradores e
e seus filhos, não deixem de conhecer nossos cursos! no desenvolvimento de ações socioambientais de sus-
1 Equilíbrio e potencialidade nos macros e
micronutrientes
Acesse o site http://fndcoopercitruscredicitrus.org.br/. tentabilidade.
A temática ambiental ganha relevância. A Coopercitrus
Ação imediata e prolongada, oferecendo uma com o Bradesco emitiram o primeiro título verde as-
2 nutrição mais eficiente explorando assim todo sociado à melhoria de indicadores de sustentabilidade.
potencial genético das plantas Nesse caso específico, prêmio no custo de captação. A
Essencial para a buscar o máximo potencial partir do nosso relatório de sustentabilidade, há dois anos Matheus Kfouri Marino
3 produtivo, com desenvolvimento radicular Presidente do Conselho de
vigoroso e ótimo arranque inicial elaborado com a metodologia GRI (Global Reporting Initia- Administração da Coopercitrus

4 Fósforo com eficiência aumentada EXPEDIENTE


Matheus Kfouri Marino Conselho Consultivo Reportagens Fotos - Arquivo Coopercitrus
Presidente do Conselho de Administração José Vicente da Silva Jose Inacio Piutti - (MTB 0092977/SP)

5 Enxofre de liberação imediata e gradual para José Geraldo da Silveira Mello


Vice-presidente do Conselho de Administração Conselho Editorial e Técnico
jose.piutti@coopercitrus.com.br
Natália Salvador Pereira / Kimberly Souza
Comercial
Helbert Miranda
todo ciclo da cultura Fernando Degobbi Fernando Degobbi • Bruno Varrichio COM5 comunicação helbert.miranda@coopercitrus.com.br
(17) 3344-3228
Diretor Presidente Executivo Nayara Tavares Viana • Andre Ricardo
6 Micronutrientes granulados de liberação controlada Sebastião Pedroso Rossi • Bruno Ducatti • Leonardo Ibelli
Rafael Isaac Raul Dorti • Plaucius de
Revisão de Texto: Fernanda Fachina
Endereço eletrônico - www.coopercitrus.com.br
Diretor Comercial Revisor Técnico: André Rossi
Simonia Aparecida Sabadin Figueiredo Seixas • Gerson Klepa ISSN 2447-7559
7 Granulado de fácil aplicação e fluidez Diretora Financeira
Editora e Jornalista Responsável
Produção Visual e Editoração
Daniel dos Santos - (DRT 0006134/SP) Coopercitrus
Nayara Tavares Viana Rodrigo Borba - (DRT 0006137/SP) Pça. Barão do Rio Branco, 9
Vinícius Brait Bebedouro - SP - (17) 3344-3000

Coopercitrus Revista Agropecuária • Ano 35 - nº 430 • Agosto de 2022


Órgão Mensal de informação, publicado sob a responsabilidade da Cooperativa de Produtores Rurais.
Impressão: São Francisco Gráfica e Editora. É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, agradecendo-se a citação da fonte.
5

ÍNDICE
GO
CAPA MÁQUINAS
Plantio direto: Vida no solo sendo cultivada e preservada Tratores Valtra Coopercitrus percorrem “Caminho da Fé” até
Ao mudar o jeito de plantar, a família Lelis elevou a sustentabilidade na fazenda Aparecida do Norte - Pág. 17
e ampliou o desempenho na produção de soja. Pág. 28

SUSTENTABILIDADE

Área de atuação MG TENDÊNCIAS NO AGRO


Biodiversidade e vida no solo
Investimentos sustentáveis no agronegócio - Pág. 21

Estreando a coluna “Tendências no Agro”, o professor do Departamento de Ci-


ência do Solo, da ESALQ/USP, Fernando Dini Andreote, fala sobre a preservação GESTÃO NA PROPRIEDADE
do solo e de sua importância para o desenvolvimento e a alta performance da Participação social e desenvolvimento econômico - Pág. 25
produtividade das lavouras agrícolas. Pág. 06

HORTIFRÚTI
COOPERCITRUS Tomate x mosca-branca: desafios no controle - Pág. 36
Semeando educação para colher frutos de cidadania
Estudantes de Bebedouro e Catanduva aprendem as responsabilidades com o
meio ambiente e com o descarte correto de embalagens vazias. Pág. 09 CITROS
Centro de Citricultura em prol da sustentabilidade dos citricultores - Pág. 40
Coopercitrus promove ações de conscientização em Itum-
biara, GO
Plantio de sementes e de mudas na cidade e na zona rural reforça o compromis-
MEP
Cochonilhas no pomar cítrico atual: o desequilíbrio - Pág. 44
so da cooperativa com o desenvolvimento sustentável. Pág. 12

Capacitação para melhor atender o produtor rural


MERCADO AGRO
01 Bebedouro - Matriz 20 Cristalina
SP Com foco total no cooperado, a Coopercitrus investe na educação continuada
da sua equipe técnica. Pág. 15
O Que acompanhar em Setembro no Agro? - Pág. 47

02 Aguaí 21 Espírito Santo do Pinhal

03 Alfenas 22 Franca

04 Altinópolis 23 Frutal

05 Andradas 24 Guaíra

06 Andradina 25 Guapé 39 Mogi Mirim

07 Araçatuba 26 Ibitinga 40 Monte Alto

08 Araguari 27 Itamogi 41 Monte Azul Paulista 53 Santa Cruz das Palmeiras


09 Araraquara 28 Itápolis 42 Novo Horizonte 54 São Gotardo
10 Araxá 29 Ituiutaba 43 Olímpia 55 São José do Rio Preto
11 Barretos 30 Itumbiara 44 Passos 56 São Manuel
12 Bauru 31 Iturama 45 Patrocínio 57 São Roque de Minas
13 Birigui 32 Jacuí 46 Pirassununga 58 São Tomas de Aquino
14 Bom Jesus da Penha 33 Jales 47 Piumhi 59 Taquaritinga
15 Campo Florido 34 Jaú 48 Porto Ferreira 60 Uberaba
16 Casa Branca 35 Lavras 49 Pratápolis 61 Uberlândia
17 Cássia 36 Limeira 50 Quirinópolis 62 Varginha
18 Catanduva 37 Marília 51 Ribeirão Preto 63 Viradouro
19 Colina 38 Medeiros 52 São Sebastião Paraíso 64 Votuporanga

Matriz Coopercitrus Filiais Coopercitrus Áreas de atuação Coopercitrus

www.coopercitrus.com.br coopercitrusoficial
6 Tendências no Agro Tendências no Agro 7
Fernando – Sem dúvida nenhuma.
“Um solo Coopercitrus – Na sua visão, o pro-

Biodiversidade e vida no solo A nossa capacidade de estudar os


microrganismos desenvolveu mui-
to. Então, começamos a elencar com plantio
dutor rural está se tornando mais
consciente para cuidar da vida do
solo?
Fernando Dini Andreote

O solo é um ecossistema complexo. Exis- a qualidade do ar e a emissão de gases de


quem são os grupos ativos e quais
processos na proteção da planta e
direto é Fernando – Acredito que sim.

muito mais
aplicar esses organismos vai nos Não é uma das coisas que ele
tem mais organismos vivos em uma colher efeito estufa por meio do sequestro de car-
ajudar nesta performance. mais olha por questão de conheci-
de sopa de solo do que pessoas na Terra. bono, que limpa o ar para respirarmos.
Isso porque ele abriga mais de 25% da bio-
diversidade do nosso planeta, ou seja, repre-
Estreando a coluna “Tendências no agro”,
o professor do Departamento de Ciência Coopercitrus – Será possível convi-
confortável mento acumulado, mas aproxima-
mos da parte biológica iniciativas

senta mais de um quarto da diversidade da


vida terrestre. Os organismos do solo têm a
do Solo, da Escola Superior de Agricultura
“Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), Fernando
ver com nematoides na agricultura
mais intensificada?
para que são feitas para isso. O plantio
direto é exemplo disso. Um solo

capacidade de decompor certos tipos de po- Dini Andreote, fala sobre a preservação do Fernando – Na verdade, a gente qualquer com plantio direto é muito mais
confortável para qualquer micror-
luição, podendo converter alguns poluentes solo e de sua importância para o desenvolvi-
microrganis-
convive com eles, que vão estar ganismo que um solo preparado
orgânicos em substâncias não tóxicas. mento e a alta performance da produtivida- em níveis populacionais distintos, fisicamente. As plantas de cober-
Além disso, os solos podem ajudar a regular de das lavouras agrícolas. de acordo com o resto do sistema.
Então, posso ter uma agricultura mo que um turas ajudam muito nessa rotação
também. São práticas agronômi-
eficiente, produtiva, sustentável e
que usa recursos biológicos? Sem solo cas corretas que tocam a parte
biológica do solo. Ele está cada
dúvida. Esse sistema é congruente,
não são opostos e tem a produtivi- preparado vez mais próximo, mesmo que
não seja exatamente para isso
dade como resultado e toda uma
qualidade ambiental que gera na
fisicamente” que ele desenvolve o manejo.
E os reflexos são a recuperação
agricultura. do sistema biológico que estava
inativo ou pouco ativo e passa a
Coopercitrus – O que impacta te, tem alguns estudos que estão mostrar seu potencial.
mais na produtividade: um solo sendo feitos para entender qual é a
menos ativo biologicamente ou um atuação e qual a importância desse Coopercitrus – Mix de plantas de co-
solo médio quimicamente? carbono microbiano nesse pacote car- bertura agrega ao sistema produtivo?
O professor do Departamento de Ci- Fernando - Os dois fatores são bono que o solo hospeda. Se ela fica
Fernando – Sem dúvida! A qualida-
ência do Solo da Esalq, Fernando Dini importantes, não conseguimos maior ou menor e como funciona.
Andreote, explica como investir em de de solo como um todo, química,
mais vida no solo para impactar posi- preponderar um sobre o outro, física e biológica por trazer essas
tivamente a produtividade da lavoura. porque temos uma complementa- Coopercitrus – Em épocas secas,
diversidades de raízes, extração ra-
ridade, que é a nutrição da planta estruturas de sobrevivência dos mi- dicular e de extração diferencial de
e os processos biológicos. O po- crorganismos conseguem manter nutrientes.
sicionamento correto de insumos uma população adequada até a pró-
Coopercitrus – Como o produtor ru- Coopercitrus – Quais as principais Coopercitrus – Fertilizantes orga-
biológicos raramente vem substi- xima safra? Coopercitrus – Quais os impac-
ral pode medir a saúde do seu solo? barreiras que os produtores têm nominerais auxiliam no processo
tuir outros insumos, especialmente Fernando – Depende do organis- tos econômicos e em produtivida-
Fernando Dini Andreote – É preci- para começar a manejar um solo de potencialização da biota?
fertilizantes. Ele vem agregando e mo. Alguns organismos são mais de que o investimento em mais
so olhar para o sucesso que a plan- biologicamente mais ativo? Fernando – É uma das muitas fer- potencializando, fazendo o melhor tolerantes e outros não. Muitos vida no solo pode trazer para o
ta tem em conseguir enraizar. Isso Fernando – O manejo evoluiu mui- ramentas que podem ajudar, porque aproveitamento dos nutrientes. organismos vivem em ambientes produtor?
passa por questões físicas e bioló- to nestes últimos anos e tem muita eles trazem componentes orgânicos
que não secam, como micropólis
gicas. A parte biológica está relacio- coisa para desenvolver. A primeira para o sistema. Além disso, a bio- Coopercitrus – O acúmulo de mas- Fernando – A parte biológica ati-
de solo. Agora, uma população que
nada com a sanidade radicular. Essa barreira é a questão de conheci- massa vegetal ajuda e os microrga- sa de microrganismos pode ser de- va funcional será um agente de efi-
aplico hoje para performar na agri-
medição pode ser tanto de forma in- mento, de conceituar a tecnologia nismos específicos também. É mais terminante no futuro para acúmu- ciência que potencializa o resto
cultura, dificilmente terá a mesma
direta, pelo enraizamento eficiente, de solo. É preciso entender como a questão de criar um ambiente ca- los de créditos de carbono no solo? do manejo. Ela torna o controle
performance em outra safra, por
quanto de forma direta, aí abrimos ela é, como funciona e como pode- paz de suportar a biodiversidade e de doenças mais eficiente, con-
Fernando – Essa é uma pergunta questão não só de sobrevivência,
um outro leque de discussão, que mos trabalhar. Além de entender esse é um ponto chave. tornando uma suplementação
que está em aberto. Indiretamente, mas de competição com o ambien-
seria a análise biológica do solo. É a inserção da parte biológica do funcional mais eficiente, ou seja,
sim. Sabemos que as atividades mi- te, de organismos ativos e de ou-
algo muito crescente, mas que ain- solo, começamos a traçar algumas Coopercitrus – Microrganismos ela tem multifunções que acabam
crobianas acarretam a produção de tros fatores genéticos que tornam
da deve ser desenvolvido para ter- ações que visam à biodiversidade e aplicados contribuem com o equi- potencializando tudo o que acon-
biomassa vegetal. Agora, diretamen- uma replicação necessária.
mos métricas analíticas de solo. às práticas biológicas. líbrio? tece na área.
8 Coopercitrus Coopercitrus 9
ihara.com.br

Semeando educação
para colher frutos da cidadania
Corte o mal pela raiz. Proteja seu canavial
com o NEMATICIDA MAX do mercado.
Mais vigor e produtividade para o canavial.
Estudantes de Bebedouro e Catanduva aprendem as responsabilidades com o
meio ambiente e com o descarte correto de embalagens vazias.

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DO SEU CELULAR
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OS BENEFÍCIOS DE
POTTENTE MAX

I
MAX Penetração e MAX Residual: MAX Flexibilidade MAX Eficácia
Espalhamento no solo: proteção das raízes de uso: época seca no controle de nvestir na educação ambiental das crian- O tema foi abordado com os estudantes desde o iní-
proteção mais rápida por mais tempo e úmida, no plantio Meloidogyne ças é colher bons frutos no futuro. Com cio do ano, e o conhecimento adquirido se expandiu
das raízes e na soqueira e Pratylenchus o objetivo de conscientizar sobre a impor- para fora da sala de aula. No Dia Nacional do Campo
tância de preservar o meio ambiente, a Limpo, comemorado em 18 de agosto, os estudan-
Coopercitrus, em parceria com as Secretarias tes visitaram a Central de Recebimento de Embala-
Municipais de Educação de Bebedouro e Catan- gens Vazias de Defensivos, mantida pela cooperativa,
duva, no interior de São Paulo, promoveu estu- onde conheceram a logística reversa das embalagens
dos sobre as responsabilidades com o descarte vazias, desde o processamento e a limpeza até o en-
ATENÇÃO ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO
AMBIENTE; USO AGRÍCOLA; VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO;
CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO; INFORME-SE E REALIZE O MANEJO INTEGRADO DE correto de embalagens vazias. caminhamento delas para o processo de reciclagem.
PRAGAS; DESCARTE CORRETAMENTE AS EMBALAGENS E OS RESTOS DOS PRODUTOS;
LEIA ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO, NA BULA E NA RECEITA;
E UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
10 Coopercitrus Coopercitrus 11
Compartilhando o aprendizado Palavra dos vencedores
“O que mais gostei foi “Não sabia nem a me- “Agora, utilizo garrafa “Fiquei muito feliz pelo
A Coopercitrus promoveu, no dia 30 de aprender a cuidar do plane- tade de tudo que apren- pet, lacre de latinha e meu desenho ter sido
agosto, nas duas cidades, a premiação do ta, o lugar em que a gen- di nas aulas e na visita! papelão para criar brin- escolhido e por ter apren-
Concurso de Redação e Desenho Campo te vive. Tudo me chamou Gostei de aprender que quedos. Gostei muito de dido sobre reciclagem”.
Limpo com o tema “Resíduos sólidos: res- atenção no processo da não precisa prejudicar as aprender sobre a reutili- Lara Sofia de Oliveira,
ponsabilidade compartilhada”. embalagem. Eu não sabia coisas da natureza quan- zação de embalagens e aluna da EMEF Profª Darci
Neste ano, participaram aproximadamente de quase nada, fui apren- do se faz reciclagem”. ensinar os novos aprendi- Januário, Catanduva.
1.360 alunos de escolas municipais de Be- dendo e, com isso, comecei Francisco Gullo, aluno zados para outras pesso-
Compondo a mesa da premiação em Bebedouro, a Analista Ambiental,
bedouro. A melhor redação sobre o assunto Gabriele Fernanda; o líder de depósito das centrais de recebimento de a prestar mais atenção nas da EMEB Maria Fernanda as”. Adriele de Almeida
foi desenvolvida por Maria Eduarda Camilo, embalagens, Anderson Bessa; o Prefeito de Bebedouro, Lucas Seren;
o Secretário Municipal de Educação, Hélio Souza e as supervisoras coisas”, disse Maria Eduar- Lopes Piffer, Bebedouro. Martins, aluna da EMEF
aluna da EMEB Alfredo Naime, do povoado do Ensino Fundamental da Semeb, Rejane de Oliveira e Vera Longuine. da Camilo, aluna da EMEB Prof. Nelson de Macedo
de Andes. Já o melhor desenho foi criação Alfredo Naime, povoado de Musa, Catanduva.
de Francisco Gullo, da EMEB Maria Fernan- Andes, Bebedouro.
da Lopes Piffer. A premiação aconteceu no
anfiteatro do Instituto Municipal de Ensino
de Bebedouro Victório Cardassi (IMESB).
O desejo de preservar o meio ambiente
também foi semeado entre os alunos de
Catanduva. Neste ano, participaram aproxi-
madamente 2 mil alunos de 15 escolas mu- Público presente na premiação em Bebedouro é marcado com o plantio de 8 mil árvores
nicipais. A redação vencedora foi escrita por
Adriele Martins, aluna da EMEF Prof. Nelson Paralelamente, a Coopercitrus meio ambiente e as nascentes
de Macedo Musa, e o desenho escolhido foi realizou ações de conscientiza- para não perdermos os recursos
criado por Lara Sophia de Oliveira, da EMEF ção e reflorestamento nas pro- naturais. Graças à parceria com
Profª Darci Januário. priedades rurais dos cooperados a Coopercitrus chegamos nesse
A Coopercitrus, com a iniciativa do Instituto cadastrados no Cooper Semear, patamar de reflorestar a nossa
Nacional de Processamento de Embalagens projeto de reflorestamento de- propriedade”.
Vazias (Inpev), vem desenvolvendo, há mais senvolvido pela Fundação Coo- O cooperado Ângelo Risse
de 20 anos, o Dia Nacional do Campo Limpo, percitrus Credicitrus. Neto plantou 950 mudas, no sí-
tendo conscientizado mais de 10 mil alunos Na foto, o Gerente Eduardo Dispore; a Assistente Técnico Comercial, O produtor rural Antônio Carlos tio São Pedro, em Turvínia, dis-
Glaucia Francisco; as campeãs, Adriele Martins e Lara Sophia; a Ana- Chimello Júnior, de Bebedouro, trito de Bebedouro: “Estamos
que desenvolveram atividades e refletiram
lista Ambiental, Gabriele Fernanda e os líderes de depósito das centrais
sobre o tema. de recebimento de embalagens, Anderson Bessa e Antônio Buriola. SP, recebeu 800 mudas para re- reflorestando com a esperança
florestar sua propriedade e con- de que as minas d’água voltem.
tribuir para a recuperação de nas- É preciso se conscientizar e
centes: “Precisamos preservar o cuidar do meio ambiente”.

Com unidades de recebimento de em- já chegou à marca de 739 toneladas de


Participação da balagens de defensivos agrícolas vazias embalagens vazias de defensivos agrí-
Coopercitrus em nas cidades de Bebedouro e Catandu- colas recolhidas em 2021. Até julho de
números va, SP, e Itumbiara, GO, a cooperativa 2022, já foram 494 toneladas.

Maria Eduarda e Camilo Francisco Gullo, vencedores de Bebedouro, SP. Adriele Martins e Lara Sophia, vencedores de Catanduva, SP

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12 Coopercitrus 13

Coopercitrus promove ações de


Tenha em suas mãos
conscientização em Itumbiara, GO ferramentas para tornar
Plantio de sementes e de mudas na cidade e na zona rural reforça o compromisso da
cooperativa com o desenvolvimento sustentável. o seu canavial perene.
O Conceito Cana Perene da Stoller, maneja a planta
ao longo de todo seu ciclo, atendendo às principais
necessidades fisiológicas e nutricionais da
cana-de-açúcar, atuando em cada etapa do
desenvolvimento com 4 programas de manejo:
Enraize, Promova ND, Programa Mover e Pré-seca.

RENTABILIDADE
RENOVADA A
CADA CORTE!

Em comemoração ao Dia da Árvo- contribuindo com um ambiente A conscientização e o desenvolvi-


re, a Coopercitrus promoveu duas mais verde. mento ambiental são compromis-
ações voltadas a conscientização No dia 23 de setembro, a celebra- sos permanentes na Coopercitrus,
ambiental em Itumbiara, GO. ção partiu rumo a fazenda Tam- em toda sua área de atuação. Con-
No dia 22 de setembro, a Estação boril, em Bom Jesus do Goiás, tribuindo com a manutenção flo-
Experimental da Universidade Lu- propriedade do cooperado Marcus restal, o projeto CooperSemear já
terana no Brasil (Ulbra) recebeu Titotto, que foi contemplado com recuperou 43 hectares de matas
mais de 400 alunos de escolas o plantio de mil mudas fornecidas nativas, com o plantio de mais de
municipais e estaduais para um pelo projeto Cooper Semear, para 50 mil mudas. Destes, 20 ha foram
bate-papo sobre como construir a recuperação de áreas de preser- restaurados somente em 2022. Para
um futuro mais sustentável. Em vação rural. Para estas iniciativas, apoio ao planejamento adequado de
seguida, os alunos plantaram se- a Coopercitrus contou com a par- reflorestamento, garantindo atendi-
mentes de árvores nativas da re- ceria das empresas UPL, Syngen- mento da legislação ambiental, pro-
gião, que depois de germinadas, ta, Basf, Bayer e Bom Sucesso cure pela Unidade de Negócios da
serão plantadas por toda a cidade, Agroindustria. Coopercitrus mais próxima.

Veja como superar os desafios para


altas produtividades
e longevidade do canavial
14 Coopercitrus 15

Capacitação para
Desenvolvemos a máquina ideal para o produtor
melhor atender o produtor rural
que precisa plantar em relevos ondulados! Com foco total no cooperado, a Coopercitrus investe na educação continuada da sua equipe técnica.
Para oferecer o melhor atendimento aos cooperados, o time técnico da Coopercitrus está em constante treinamento e
atualização profissional voltados para a gestão, a sustentabilidade e as técnicas de produção. Conheça as iniciativas.

MERIDIA 200: Universidade Coopercitrus Mais Citrus


equipada com chassi com 3 seções articuladas e Com a visão de integrar serviços com soluções inovado- A Coopercitrus escolheu 50 consultores técnicos comer-
independentes entre si, para entregar um plantio ras que agreguem valor ao sistema agropecuário, a Coo- ciais para receber treinamento do programa Mais Citrus.
de qualidade mesmo em ângulos de até 25 graus percitrus mantém seus agrônomos atualizados sobre as Com o foco em melhorar o atendimento, o time técnico
principais técnicas de manejo e produção. estudou todo o processo de planejamento, plantio, tra-
Em julho, colaboradores dedicados a nutrição, saúde tos culturais, adubação, controle de pragas e doenças.
E a eficiência desse lançamento não para por aí - o novo sistema animal e pastagem deram início à Universidade Coo- Todas as fases da citricultura foram abordadas tecnica-
de pressão constante na linha de semente deposita os insumos com percitrus, onde passarão por imersões técnicas foca- mente para o desenvolvimento técnico das culturas.
máxima uniformidade e contribui para uma germinação de sucesso! das no desenvolvimento e no aprimoramento de seus
conhecimentos no setor. A jornada busca potencializar
• Melhor fluxo de palha • Embuchamento reduzido
a qualidade de atendimento na ponta, garantindo o de-
• Discos de 18 a 22 pol. • Permite aplicações com fertilizantes senvolvimento da produção dos nossos mais de 38 mil
• Menor tempo de parada • Possui regulagem para diferentes tipos de solo cooperados.

Treinamento Cati
O time de especialistas da Coopercitrus recebeu trei-
namento da Coordenadoria de Assistência Técnica In-
tegral, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento de
São Paulo, sobre a nova plataforma do Cadastro Am-
biental Rural (CAR).
Obrigatório para todos os imóveis rurais, o CAR é um
Academia NK registro público, por meio digital, unificado para todo o
país. A finalidade é integrar as informações ambientais
Consultores técnicos comerciais da Coopercitrus ini- das propriedades e posses rurais referentes a: Áreas
ciaram um ciclo de revisão de conhecimentos da Aca- de Preservação Permanente (APP), áreas de uso restri-
demia NK, revisitando conceitos agronômicos de cada to, áreas de Reserva Legal e áreas remanescentes de
etapa do cultivo do milho e da soja e garantindo que florestas e demais formas de vegetação nativa e das
nossos agrônomos estejam atualizados com as práticas áreas consolidadas. O foco é conscientizar o produtor
de manejo, do plantio à colheita. Com o fim dos encon- rural a fazer o primeiro acesso e entender como está a
tros no início do verão, nosso time estará pronto para análise de cada imóvel nos registros do governo.
auxiliar nossos produtores a desenvolver um plantio de
qualidade e com alta produtividade.

Aponte sua câmera para


o QR Code e descubra
outras vantagens de levar
essa plantadeira Jacto
para a sua lavoura!
16 Máquinas 17

Tratores Valtra Coopercitrus percorrem

ECONOMIA
INOVAÇÃO “Caminho da Fé” até Aparecida do Norte
PERFORMANCE SOLUÇÕES
1PRO

AGRO
PARA
VOCÊ
GARANTIA DE
ATÉ 10 ANOS

COLHER
MAIS
RESULTADOS

A ação “Viajando com V de Valtra” recebe apoio de cooperados, influenciadores do agro e


parceiros das concessionárias Coopercitrus.

E
m ação inédita, um comboio com cer- O produtor rural e cooperado José Luiz de Sou-
CLASSIFICAÇÃO R1W ca de 15 tratores da Valtra Cooperci- za Netto, de Jaboticabal, SP, fez o percurso
RADIAL trus percorreu, de 8 a 11 de setembro, com o modelo Valtra/Valmet 62 id 4X2 Ano 80:
o “Caminho da Fé”, de Paraisópolis, “Esse foi o primeiro trator que meu avô com-
em Minas Gerais, até Aparecida do Norte, em prou e está na minha família desde a década

PHP:SeriesTM
São Paulo. A ação “Viajando com V de Valtra” de 80. A experiência foi incrível, foi um cami-
contou com a participação de produtores rurais nho interessante, com alguns desafios, trechos
e cooperados da Coopercitrus, além de influen- inclinados e muita poeira. O importante desse
ciadores do agronegócio e parceiros das con- caminho são os amigos.”
• MÁXIMA TRATIVIDADE cessionárias do interior de São Paulo.
• EXCELENTE AUTOLIMPEZA O comboio foi formado por modelos clássicos,
• RESISTÊNCIA E DURABILIDADE de quando a marca se chamava Valmet, e má-
quinas mais atuais, como as da linha BM, que
• BAIXA COMPACTAÇÃO é sucesso de vendas e está em sua quarta ge-
ração, com os modelos BM115 e BM135. Uma
parte dos maquinários veio de frotas particula-
res dos produtores rurais e influenciadores e a
outra foi cedida pelas concessionárias partici-
pantes e pela fábrica de Mogi das Cruzes, SP.
Essa diversidade reforça a história da Valtra,
presente no Brasil desde 1960, e demonstra a
fidelidade e a confiança que os produtores ru-
rais depositam na marca.
18 Máquinas 19
Para Tiago Hernandes Marton, gerente da Valtra romeiros, pagadores de promessa e pessoas que,
Coopercitrus, o percurso proporcionou aventura, fé de alguma forma, querem conhecer cidades e re-
e reflexão: “Foi um percurso maravilhoso, de uma giões repletas de história e belas paisagens. “O

PLATAFORMA
paz imensa. Pensei que estivessem todos cansa- percurso é bem conhecido pelos agricultores, e é
dos, com a tensão do caminho e a estrada estreita, comum a presença de grupos em tratores. Por isso,
mas a galera estava animada. Só agradecer o dom além de ser um momento de devoção e agradeci-
da vida, a saúde e esse momento de estarmos to- mento, a caravana simboliza também a confiança

DRAPER 700FD
dos juntos, um momento de muita sinergia.” no agronegócio brasileiro.”, afirma Alexandre Viní-
O “Caminho da Fé” é um trajeto tradicional entre cius de Assis, diretor de vendas da Valtra.

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20 Sustentabilidade 21

Investimentos sustentáveis
no agronegócio
O
termo “ESG” pode ser entendido como Para as empresas do agro, além de ser uma opção de

PARA UMA PLANTA


Governança Ambiental, Social e Corporati- crédito para suas operações, a agenda ESG permite
va. Sua origem está ligada ao grupo de tra- melhor gerenciar impactos das operações, produtos e
balho do Principles for Responsible Invest-

MAIS SAUDÁVEL
Nutrição serviços, buscando impactos positivos e duradouros
eficaz ment, cujo objetivo é a promoção de investimentos para a sociedade, reduzindo riscos e fortalecendo o re-
sustentáveis para aumentar os retornos e gerenciar os lacionamento com as partes interessadas.

E PRODUTIVA
riscos e as oportunidades das organizações, melhoran-
do a capacidade das instituições financeiras de cumprir Tipos de investimento ESG no agronegócio
seus compromissos fiduciários, bem como de alinhar
as atividades de investimento aos interesses mais am- Em resposta à percepção do retorno financeiro positi-
plos da sociedade. De outra maneira, o termo reflete vo dos investimentos sustentáveis, o mercado brasi-
a forma como as empresas identificam e incorporam leiro oferece uma diversidade de instrumentos finan-
temas socioambientais materiais a sua estratégia para ceiros capazes de serem apresentados como títulos
gerenciar seus riscos e suas oportunidades. temáticos (ESG). Essa diversidade favorece a captura
A agenda ESG tem ganhado relevância nos mercados desses recursos por membros da cadeia produtiva do
financeiros e se disseminado entre as organizações. agro, a despeito de seu porte. Mecanismos financeiros
De acordo com projeções da PwC, até 2025, cerca de comuns no agronegócio como Debêntures, Letras de
ÓXIDOS Otimização
de adubação 60% dos ativos de Fundos na Europa estarão ligados Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Recebí-
a investimentos ESG, o equivalente a, aproximada- veis do Agronegócio (CRA), Certificado de Recebíveis
mente, US$ 9 trilhões de dólares. Nesse contexto, in- Imobiliários (CRI), Fundo de Investimento em Direitos
vestimentos ESG são ativos financeiros que visam ao Creditórios (FIDC), entre outros, podem ser transfor-
fortalecimento do meio ambiente, à melhoria da vida mados em títulos ESG.
Saiba mais
mais em sociedade e à adoção de melhores práticas de go-
Saiba
vernança corporativa.

De acordo com o CBI, Clima-


te Bonds Initiative, o Brasil
Controle
irá receber até 2030 R$ 700
de acidez
bilhões por meio da emissão
de títulos verdes. Atualmente,
o país é o maior mercado de
títulos verdes da América Lati-
na, com emissão de US$ 10,8
bilhões entre 2015 e 2021.

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22 Sustentabilidade 23

Os títulos verdes, segundo os quais os recursos finan-


ceiros são direcionados a projetos com benefícios am-
bientais, correspondem à maior parcela de captação de
recursos com fins sustentáveis na economia mundial e
no Brasil. Somam-se aos títulos verdes outras modali-
dades de títulos temáticos, como: os sociais – atrela-
dos a temas como educação, saúde, justiça social; os
sustentáveis – combinação de investimentos verdes
e sociais; os vinculados à sustentabilidade – investi-
mentos vinculados à melhoria de desempenho em
A emissão de títulos vinculados a compromisso ESG
indicadores específicos de sustentabilidade; e os de
está cada vez mais presente no agronegócio. Não só
transição – em que as atividades devem ser alinhadas
as grandes empresas, mas os pequenos e grandes
ao Acordo de Paris e permitir a transição rumo a uma
produtores rurais podem ter acesso a essas opera-
economia de baixo carbono.
ções. São exemplos dessa nova realidade a JFCitrus,
que conquistou a certificação necessária para a emis-
Evolução mercado global de títulos temáticos são de um título verde por meio da XP Investimentos;
a Terral, que captou no Banco do Brasil recursos para
custeio e investimentos em operações atreladas à re-
dução das emissões de GEE e desenvolvimento da
cadeia de valor sustentável; em março de 2021, houve
o caso de sete produtores rurais do Cerrado, entre pe-
quenos e grandes produtores, que fizeram a primeira
emissão conjunta de “CRA Verde”.
Dessa forma, o produtor pode se beneficiar pela cap-
tação direta, consequência de seu compromisso com
práticas sustentáveis, ou por meio da Coopercitrus,
que, ao captar recursos mais baratos, repassa esse
benefício aos cooperados com taxas de juros mais
competitivas.
O agronegócio brasileiro apresenta um grande poten-
Fonte: Climate Bonds Initiative cial para a emissão de títulos temáticos ESG. Os pro-
dutores e as demais agendas da cadeia produtiva do
Nesse contexto, em agosto de 2022, a Coopercitrus agro devem estar atentos a essas mudanças e traba-
captou R$ 174 milhões em empréstimos no banco Bra- lhar em prol da implantação de boas práticas ambien-
desco. Foi a primeira operação de empréstimo vinculada tais, sociais e de governança em suas operações. O
à sustentabilidade que seguiu os padrões da Sustainabi- avanço da agenda ESG melhora, entre outros fatores,
lity Linked Loan Principles (SLLPs). A operação permitirá o acesso ao mercado de capitais, tornando suas opera-
a antecipação de recursos aos cooperados, por meio de ções mais competitivas.
CPRs, a taxas mais competitivas, ao mesmo tempo em A Coopercitrus é parceira do produtor rural na transição
que promoverá o desenvolvimento socioambiental atre- para uma agricultura regenerativa, resiliente e sustentá-
lado à restauração de áreas de preservação ambiental vel, pois oferece insumos e serviços que potencializam
e ao aumento da disponibilidade de água por meio do a adoção de boas práticas agrícolas na propriedade rural,
programa de recuperação de nascentes. desde a aquisição de insumos à prestação de serviços.

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24 Gestão na propriedade Gestão na propriedade 25

Participação social e
desenvolvimento econômico

D
urante muito tempo, os termos “crescimento
econômico” e “desenvolvimento econômico” fo-
ram apresentados como sinônimos ou entendidos
como substitutos próximos em textos e discus-
sões. No entanto, particularmente a partir do reconhecimento
da importância dos aspectos sociais na compreensão da saú-
de econômica e mercadológica de regiões e países, aos pou-
cos, pesquisadores e estudiosos iniciaram um processo de
reforço na distinção desses dois termos. Em outras palavras,
passaram a visibilizar que o desenvolvimento econômico vai
além do acompanhamento de resultados de produção e pro-
dutividade, buscando compreender os ganhos existentes nas
diferentes categorias sociais de absorção do produto gerado.
Se compreendermos a participação social tal como preco-
nizam Medeiros e Borges (2007)1 , ou seja, como sendo “a
efetiva participação dos cidadãos nas decisões políticas e de
interesse público relacionadas à comunidade”, percebemos
que ligar a participação social ao desenvolvimento econômico
impõe compreender essa mesma sociedade como uma força
diretamente atuante no motor econômico, isto é, dentro des-
se contexto, entender a participação social como elemento
importante na construção do desenvolvimento (local, regional
e nacional) torna-se cada vez mais relevante, pois faculta seu
sentido participativo e colaborativo. Na prática, contudo, esse
entendimento não teve a fluidez eventualmente suposta, for-
talecendo-se ao longo do século XX a partir de lutas sociais
significativas que culminaram na ampliação do poder social e
nas condições legais de participação da sociedade em diferen-
tes espaços: políticos, corporativos, institucionais e adminis-
trativos, todos eles decisórios em alguma medida.
De toda sorte, é certo que um dos pesquisadores mais impor-
tantes nesse debate – e talvez um dos precursores da efetiva
segmentação entre crescimento e desenvolvimento econômi-
co – foi Amartya Sen, um dos criadores do Índice de Desen-
volvimento Humano (IDH), indicador atualmente muito utilizado
no acompanhamento das condições de vida e do bem-estar da
sociedade. Ele e outros estudiosos, preocupados com a cres-
cente convergência e centralização da renda no mundo e parti-
cularmente em países menos desenvolvidos, ajustaram o olhar
para uma perspectiva mais inclusiva da apropriação dos ganhos
produtivos e abriram o debate sobre a importância de se canali-
zar os ganhos produtivos ao longo de toda a sociedade.
1
MEDEIROS, J. P.; BORGES, D. F. Participação cidadã no planejamento das ações da
Emater — RN. Rev. Adm. Pública, v. 41, n. 1, p. 63-82, 2007.
26 Gestão na propriedade 27
No caso do desenvolvimento rural, vale destacar as
interessantes contribuições da narrativa de Petrus e
Pereira Júnior (2016)2 , que analisam os comportamen-
tos comunitários rurais referentes à participação social
e os seus efeitos no desenvolvimento local. Apesar
de se tratar de estudo feito para uma localidade es-
pecífica no Nordeste brasileiro, as discussões abrem
interessante reflexão sobre a importância da ativa par-
ticipação social no meio rural. Para os autores, tal par- tomadas de decisão sobre os usos de recursos e a des-
ticipação é fundamental para o desenvolvimento local, tinação de investimentos no meio rural. Mais que uma
portanto, deve haver incentivo à organização social for- reflexão utópica, trata-se de possibilidade concreta, já
mal, estimulando a atuação dos cidadãos nos órgãos efetivada em locais como a Itália, a França, a Nova Ze-
representativos, nas câmaras setoriais e em outros lândia e outros países, onde a compreensão da impor-
espaços. Todavia, para que isso ocorra, é importante tância da participação social ativa já ganhou contornos
também que exista movimentação institucional para sólidos. Caberá a nós, aqui, nesses amplos espaços ru-
que os empresários rurais de todos os portes se sin- rais brasileiros, estimular a participação social crescen-
tam partícipes reais desse movimento, independente- te, agregada e ativa a fim de que o agro seja cada vez
mente de sua representatividade econômica. mais reconhecido em sua fortaleza e tenha efetiva con-
Nesse sentido, é corresponsabilidade das entidades tribuição para o desenvolvimento econômico no Brasil.
representativas, das integradoras, dos parceiros, das
escolas rurais, das cooperativas e das associações o Viviani Silva Lirio

fomento à participação ativa dos produtores e de suas 2


PETRUS, J. K. B. e Pereira Junior, M. V. A influência da participação social
famílias para que exista mais assunção de responsa- para o desenvolvimento local: Estudo de caso em uma comunidade rural no
nordeste do Brasil. Polis. Revista Latinoamericana. N. 44. 2016. Disponível
bilidades e, ao mesmo tempo, mais significado nas em https://journals.openedition.org/polis/11909.

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28 Capa Capa 29

Plantio direto: A
fertilidade do solo é um dos fatores que Quebra de paradigmas
influencia diretamente a produtividade e a
O plantio direto desembarcou no Brasil em 1972
qualidade das lavouras. O uso de tecnolo-
com o produtor Herbert Arnold Bartz, de Rolândia,
gias é fundamental para deixá-lo mais pró-
PR, que estava em busca de solução para a ero-
ximo de alcançar importantes metas de produtividade
são em suas terras durante os períodos de chuvas
vida no solo sendo cultivada e preservada e de descarbonização do meio ambiente. O sistema
plantio direto (SPD) é uma das tecnologias aliadas nes-
fortes. Em contato com o Instituto de Pesquisa e
Experimentação Agropecuária Meridional, de Co-
sa missão.
lombo, PR, ele conheceu uma técnica conhecida
A família Lelis investe no plantio direto e no manejo da vida no solo. Essa técnica de manejo recompõe a estrutura física
como “no-till”, que fazia a abertura de sulcos no
Ao mudar o jeito de plantar, a família elevou a sustentabilidade na fazenda e do solo, reduzindo o impacto da atividade no meio
solo para semeadura e inclusão de fertilizantes sem
ambiente. O sistema mantém a palha e outros restos
ampliou o desempenho na produção de soja. vegetais entre uma safra e outra. A semeadura é feita
o revolvimento do solo.
Revolucionando o manejo agrícola, o plantio direto
em solo não revolvido, ou seja, sem estar arado ou
espalhou-se pelo Brasil durante estes 50 anos, pre-
gradeado. A prática também requer a rotação de cultu-
servando e tornando mais férteis os solos, como o
ras, garantindo que o solo fique coberto com a palhada
da fazenda Santa Helena, da família Lelis, de Guaí-
após o fim da colheita.
ra, no interior de SP.
Como resultado, o sistema de plantio direto amplia a
Visionário, o cooperado José Eduardo Coscrato Le-
fertilidade, evita a perda de nutrientes do solo, auxilia
lis foi um dos pioneiros a investir no SPD na sua
no controle de pragas e plantas invasoras, além de re-
região. “O plantio direto começou por questão de
duzir a ocorrência de doenças.
sobrevivência para implantar a cultura de soja. As

Ouça o episódio do CooperCast


o PodCast da Coopercitrus, sobre plantio
direto e conheça a historia desta prática,
seus benefícios e aplicações. QR CODE
30 Capa Capa 31
principais razões eram as questões notórias de ero- Benefícios do plantio direto
são e degradação do solo, qualquer chuva lavava
Pesquisa da Embrapa destaca os principais benefícios proporcionados pela adoção do SPD na agricultura:
toda a área. Para mudar isso, viajamos até o Paraná
e trouxemos a experiência do plantio direto”.

“O nosso solo
Investir nesse sistema mudou o solo e a produtivi- · Redução dos custos de produção e de impacto ambiental;
dade da fazenda Santa Helena, mas o começo não · Maior facilidade de infiltração e de retenção de água no solo;
foi nada fácil, pois foi preciso provar a eficiência do

está fértil, SPD: “O grande desafio foi mudar o comportamen-


to das pessoas à nossa volta. Era muito comum co-
· Redução da erosão e perda de nutrientes por arrasto para as partes
mais baixas do terreno;

descompactado e
locar fogo entre uma cultura e outra. O meu avô · Evitação do assoreamento de rios;
quis continuar utilizando os mesmos métodos.
Com o tempo, fomos conhecendo e aprimorando · Enriquecimento do solo por manter matéria orgânica na superfície dele

cheio de vida. a técnica na lavoura. Graças ao investimento em


pesquisa e tecnologia, melhoramos as condições
por mais tempo;
· Menor compactação do solo;

Isso nos enche físicas do solo, e a produtividade foi aumentando


ao longo do tempo”.
Aumentar a produção agrícola com responsabilida-
· Economia de combustíveis e menor número de operações, resultando
em um menor uso dos tratores e desgaste de maquinário.

de orgulho!" de e sem causar danos ambientais é um desafio


que o trabalhador do campo deve estar disposto a
Colhendo resultados
Maira Coscrato Lelis. superar, e o caminho para essa empreitada está na
Cooperada Coopercitrus adoção de uma produção sustentável. Os números falam por si. A produção da fazenda San-
“Acreditamos nesse sistema. No início, não tínha- ta Helena foi evoluindo gradativamente até atingir a
mos máquinas e insumos adequados. Fomos tra- média de 88 sacas por hectare. “Nossa produtivida-
balhando, conhecendo, investindo em tecnologia e de média era de 30 sacas por hectare. Com o plantio
tudo foi se desenvolvendo diante dos desafios. Te- direto, fomos melhorando, passamos para 40 sacas,
mos orgulho de ser uma cidade de baixa altitude, al- depois 50. Ao longo dos anos, fomos aperfeiçoando
tas temperaturas e sermos vanguarda no trabalho do o plantio direto. Nos últimos três anos, intensificamos
plantio direto. É a melhor prática agrícola do mundo as nossas rotações com plantas de cobertura e me-
por contribuir com a produtividade e com a preserva- lhoramos o germoplasma de materiais, associando a
ção do meio ambiente, pois possibilita o sequestro novas tecnologias e alcançamos 100 sacas por hec-
de carbono. O plantio direto tem um nível de susten- tares em algumas áreas, mas a nossa média é de 88
tabilidade fantástico”, reforça José Eduardo. sacas por hectares”, revela José Eduardo.
O gerente agronômico da Coopercitrus, André Ros- O olhar atento para a sustentabilidade é fator de com-
si, explica que a agricultura é praticada em Guaíra petitividade nos negócios, especialmente na produ-
de maneira intensiva há mais de 50 anos. “Entra ção agrícola. “Toda casa é feita pelo alicerce, e a nos-
soja, sai milho e fica nesse sistema de culturas: sa produção agrícola também. Temos que analisar a
milho, soja e feijão. Em qualquer sistema em que parte física, química e biológica e esses patamares
plantamos uma cultura só, sem fazer um mix ou de produtividade começam no nosso solo. Precisa-
investir em uma sucessão de culturas, a médio pra- mos de um solo vivo e devemos devolver tudo que
zo, o solo começa a entrar em colapso. Ele passa tiramos do solo. Conseguimos fazer isso com a cor-
a ficar mais compactado porque a argila se autoa- reção de solo, com plantas de cobertura e com análi-
grega. Em Guaíra, o solo é extremamente argiloso. ses regulares. Assim, nós praticamos uma agricultura
A erosão pode ser causada por tráfego de máquina sustentável e de responsabilidade”, avalia a Maira
ou pelo impacto da gota d’água no chão, deixando José Eduardo Lelis, Maira Lelis e Coscrato Lelis da Silva.
Persio Lelis Silva se orgulham da
o solo muito vidrado, impedindo novamente a pe- Professora por formação, Maira deixou a sala de
qualidade do solo que
netração da chuva. As futuras chuvas vão ocorrer, conquistaram. aula para ajudar o irmão na administração dos negó-
mas acontece a erosão, porque essa chuva não vai cios da família. Sedenta por conhecimento, ela se
molhar o solo como se deve, não teremos o apro- apaixonou pela arte de produzir alimentos e estu-
Conheça a trajetória do plantio direto na dou a fundo a biologia do solo: “Com o solo vivo, as
veitamento da água”, detalha. Fazenda Santa Helena, através de
Para Rossi, não existe receita pronta para alcançar reportagem especial no canal da raízes crescem, produzem mais fotossíntese libe-
Coopercitrus no Youtube. rando mais oxigênio para a natureza e sequestran-
bons resultados dentro de campo: “É uma junção
de fatores, é investir no manejo de solo adequado, do carbono, além de fazer com que a planta cresça
em tecnologias, em novas cultivares. forte e saudável”.
32 Capa Capa 33
E os testes não pararam por aí. “Nesta safra, realiza-
mos novos testes com empresas parceiras em uma
área de 19 cultivares, onde atingimos altas produtivi-
dades”, ressalta Maira.
Rossi ressalta que estar aberto a mudanças é o primei-
ro passo para alcançar bons resultados na lavoura: “O
produtor tradicional, aquele que planta há muito tempo
a mesma cultura, tem dificuldades de abandonar ve-
lhos hábitos e aceitar sugestões do time técnico. Ob-
servamos que aqueles que estão dispostos a ouvir e
são mais abertos atingem bons resultados na lavoura,
e a Maira é um exemplo disso”.
Com foco no manejo e no planejamento, a família tem
melhorado seus resultados na produtividade e nos
custos de produção. “O nosso objetivo é alcançar os
três dígitos por saca de soja. Está tudo bem construí-
do e organizado. Produzir mais, com mais qualidade e
cuidando do solo. As plantas de cobertura fazem o seu
papel. É algo fascinante ver aquelas espécies fazendo
o seu serviço, sem nos cobrar nada. Precisamos, en-
quanto produtores rurais, nos unir cada vez mais. O
caminho é único, mas precisa ser construído”.

Mix de cobertura Suporte que faz a diferença


O suporte técnico da Coopercitrus foi fundamental para
O mix de plantas de cobertura é uma combinação
que a família quebrasse novos paradigmas e investisse
de espécies gramíneas, crucíferas e leguminosas,
em novos cultivares. “Estávamos em um processo de
que podem tornar o cultivo de culturas sucessoras
rotação e correção do solo, com a visão de cuidar da
muito mais vantajoso. A utilização do mix e a adu-
fazenda como talhão e não como um todo. A Cooperci-
bação verde apresentam vantagens em relação ao
trus chega e nos orienta a conhecer novos cultivares. Já
cultivo de uma única espécie.
tínhamos uma boa produção, mas fomos convidados a
A produtora rural conta que, em 2017, conheceu o
sair da zona de conforto”, comenta José Eduardo.
mix de plantas de cobertura: “É preciso saber ou-
Maira aceitou a orientação e testou novos cultivares,
vir e prestar atenção à nossa volta, e investimos
o que garantiu excelentes resultados na lavoura: “Mu-
no mix de plantas de cobertura. Estamos desen- e milheto: “O importante é potencializar o solo. A
damos todo o portfólio em nível de cultivares, e isso
volvendo o nosso solo, e essa construção permitiu nossa produtividade vem sendo construída como
se deve aos técnicos da Coopercitrus que visitaram a
que chegássemos ao patamar de produção atual. a nossa casa, e estamos melhorando a cada safra.
fazenda. Essa parceria é forte e consolidada, além de
Temos muito orgulho de aumentar a produtividade Mas é importante pontuar que é preciso estabilida- Equipe da Coopercitrus acompanha a família de cooperados com
ser muito importante para nós”. recomendações técnicas e de manejo.
nesse mesmo solo e com práticas sustentáveis”. de e segurança nessa produção, analisando, mane-
Os benefícios que essas plantas garantem ao solo jando e tomando a decisão certa”, enfatiza Maira.
é muito grande. Para se ter uma ideia, neste ano, a Integrante do time, o filho de Maira, o engenheiro 50 anos de prática A Federação Brasileira do Plan- conquistas já alcançadas pela histórias positivas. A nossa
família Lelis não vai precisar adubar alguns talhões, agrônomo Pérsio Augusto Lelis Silva, trabalha nos plantio de solo no tio Direto promoveu, nos dias 5 ciência, pela pesquisa, pelo en- cooperada Maira foi uma das
zerando a aplicação de potássio. “O nosso solo negócios da família há quatro anos acompanhan- Brasil e 8 de julho, em Foz do Iguaçu, sino e pela produção agrícola palestrantes e falou sobre
está com potássio elevado, descompactado, fértil do todas as etapas da lavoura. “Estou presente no
PR, o 18º Encontro Nacional do sustentável e também as con- os benefícios do sistema de
e cheio de vida. As minhocas representam a vida plantio, na colheita, na semeadura de planta de co-
Plantio Direto na Palha e o 1º quistas que ainda serão alcan- plantio direto e nos sentimos
que existe no solo! Isso nos enche de orgulho!", bertura, nas aplicações de campo diária e no mo-
Encontro Mundial do Sistema çadas com um trabalho contí- na obrigação de difundir essa
comemora a produtora. nitoramento. Fazemos um pouco de tudo, e essa
Plantio Direto, reunindo 850 nuo e incansável, que mescla ideia. Optar pelo sistema co-
Atualmente, os cooperados investem em dois tipos função é compartilhada dentro da fazenda. Como
pessoas para celebrar os 50 passado, presente e futuro em meçou por mérito deles, que
de mix de cobertura. O primeiro é composto por dizem, é o olho do dono que engorda o boi, por
anos do sistema no Brasil. uma mesma história. quebraram os paradigmas
aveia preta, centeio, nabo forrageiro, crambe, tri- isso, é estar presente no campo. As tecnologias e
Com o tema “Preservando o “A Coopercitrus também e estiveram abertos a tes-
go mourisco, milheto, crotalária e ervilha preta; e o as práticas sustentáveis vão passando de geração
solo, a vida e as gerações fu- participou dessa comemora- tar novas possibilidades”,
segundo, com o ciclo de mais de 45 dias, é a com- em geração. Estamos sempre em busca de novos
turas”, os eventos celebraram ção e temos que repercutir exalta Rossi.
binação de crambe, nabo forrageiro, trigo mourisco conhecimentos e aprendizados”, reflete Persio.
34 35
36 Hortifrúti Hortifrúti 37

Tomate x mosca-branca:
Danos e Sintomas
A mosca-branca pode causar danos diretos e indiretos.
Por ser um inseto de hábito sugador, ela se alimenta da

desafios no controle seiva de plantas e transmite viroses, como as Begomo-


virus e Crinivirus, que injetam toxinas nas plantas ocasio-
nando queda de vigor, maturação desigual dos frutos e
isoporização da polpa (perda de textura e sabor). Esses
danos reduzem a produtividade e a qualidade dos frutos.

O
tomate Lycopersicum esculentum L. é a apontam que existem mais de 40 biótipos da espécie
principal hortaliça produzida no país e se e, no Brasil, o biótipo B é o predominante.
concentra em quatro regiões brasileiras A mosca-branca é bastante agressiva e apresenta um
Fumagina na Folha

Alexandre P. de Moura - EMBRAPA


(Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). difícil controle devido às suas características: potencial
O plantio das cultivares do grupo indeterminado, sob reprodutivo, ciclo biológico curto, grande número de Manejo e controle da mosca-branca
sistema de tutoramento, é o mais comum no Sudeste plantas hospedeiras, adaptação a adversidades ambien- Nos períodos secos e quentes, são observados maio-
e no Sul e o mais representativo dessas regiões; já o tais, resistência a inseticidas e transmissão de viroses.
res picos populacionais. Por isso, para iniciar um plantio
rasteiro para mesa está concentrado no Nordeste e no
de tomate, deve-se avaliar a presença ou ausência do
estado de Goiás. Quanto ao processamento, boa parte Ciclo de vida da mosca-branca
inseto na área e a suscetibilidade do cultivar ao vírus. O
da produção está nos estados de Goiás, Minas Gerais
manejo da praga geralmente exige medidas preventi-
e São Paulo, próxima às indústrias. Identificação vas e curativas distribuídas em três fases durante ciclo
Atualmente, o Brasil ocupa a 10ª posição na produção Para identificação da mosca-branca, é necessário veri- Maturação desigual de frutos do tomate: controle da mosca-branca na sementeira e
mundial de tomate, estando atrás apenas de outros gran- ficar a existência de adultos e ovos, os quais são nor- Isoporização da polpa na fase de plântula; controle da mosca-branca durante
des produtores: China, Índia, Estados Unidos da Améri- malmente encontrados na parte de baixo das folhas. o período crítico da cultura; e controle da mosca-bran-
ca, Turquia, Egito, Itália, Irã e Espanha. No país, o tomate O principal dano causado pela mosca-branca no toma-
Os adultos possuem coloração amarelo-palha e as ca após o período crítico.
é cultivado em praticamente todos os estados em maior teiro é a transmissão do vírus denominado geminiví-
fêmeas são maiores que os machos; já os ovos têm Os métodos de controle que podem ser empregados
ou menor escala, sendo Goiás, Minas Gerais, São Paulo, rus, que pode causar perdas de 20 a 100% na produ-
formato de pera e ficam agrupados nas folhas. são controle cultural, controle químico, controle
Bahia e Rio de Janeiro os principais produtores. tividade. As plantas contaminadas podem apresentar
Para identificar a mosca-branca na lavoura, fique de biológico, controle com parasitóides e predadores.
O tomateiro é uma cultura bastante suscetível ao ataque inicialmente folíolos com clorose internerval, que evo-
olho na coloração de cada fase do inseto. O tratamento preventivo é essencial no controle da
de pragas e doenças, como a mosca-branca, que é consi- lui para um mosaico amarelo; as folhas se tornam cori-
No primeiro ínstar, possui coloração branco-esverde- mosca-branca e antecipar o tratamento da muda ou
derada uma das principais pragas. Na prática, os ataques áceas, com intensa rugosidade, e podem sofrer dobra-
ada e formato de corpo plano. semente é uma alternativa. A “vacina” das mudas nos
desse inseto podem afetar o desenvolvimento das plan- mento ou enrolamento dos bordos para cima.
viveiros a fim de adquirir uma planta tratada é outra
tas e reduzir a produtividade e a qualidade da produção. A No segundo ínstar, apresenta coloração branco-es-
forma de prevenção que minimiza riscos que possam
gravidade dos danos pode variar de acordo com a cultura. verdeada.
ocorrer no tratamento do campo. A eliminação dos
A população dessa praga tem aumentado nos últimos No terceiro ínstar, as ninfas são ligeiramente trans- restos de cultura, o preparo do solo antecipado, o es-
anos, e os ataques têm sido mais severos, o que implica parentes, com coloração entre verde-pálida e escura e calonamento do plantio, a adoção de barreiras vivas,
grandes perdas na cultura em regiões importantes de pro- olhos vermelhos. a eliminação de plantas hospedeiras, como Corda-
dução de tomate no Brasil, como no Nordeste, mais espe-
No quarto ínstar, as ninfas têm formato oval e pare- -de-viola, Guanxuma, Leiteiro, Malva-branca, Maxixe,
cificamente no Vale do São Francisco, o qual sofreu redu-

Mirtes Freitas Lima/Embrapa


cem ter uma cauda. Elas são planas e transparentes e Melão-de-São-Caetano, Serralha e Picão-preto, no local
ção de área plantada e desestabilização da tomaticultura.
com olhos vermelhos visíveis. e entorno e o monitoramento constante são técnicas
A melhor forma de eliminar essa praga é conhecê-la,
necessárias que auxiliam no controle.
saber como ela age na lavoura e as técnicas de com-
O uso de inseticidas tem sido a base do controle des-
batê-la eficazmente.
se inseto. Os principais grupos químicos de insetici-
das usados no controle de B. tabaci são os de ação
O que é a mosca-branca? neurotóxica neonicotinoides (acetamiprido, imidaclo-
Alice K. Inoue-Nagata - Embrapa

A mosca-branca é um inseto sugador que se alimenta Outro dano causado e de grande impacto é a fumagina nas prido, tiametoxam), os piretroides, como a ciperme-
da seiva das plantas lhes transmitindo várias viroses. folhas, nos ramos e nos frutos do tomate. Fungos oportu- trina e organofosforados (acefato), os reguladores de
Seu ciclo de vida é de 25 a 30 dias – podendo variar nistas do gênero Capnodium sp se desenvolvem na planta crescimento (buprofezin, pyriproxyfen,) e os de ação
de acordo com o clima – e se divide em quatro fases: e se alimentam das excreções açucaradas liberadas pela no tecido muscular (ciantraniprole e clorantraniliprole),
ovo, ninfa, pupa e adulto. Além disso, sua reprodução alimentação da mosca-branca, o que é altamente prejudi- porém, devido ao uso repetitivo e intensivo de produ-
acontece de forma rápida. Atualmente, esse inseto é cial à atividade fotossintética da planta, pois causa danos tos com o mesmo ingrediente ativo (I.A) e ao mecanis-
um dos mais comuns e dispersos no mundo. Estudos severos e queda na produção e qualidade de frutos. mo de ação, tem-se notado uma queda na eficácia de
38 Hortifrúti 39
alguns produtos, por isso a rotação entre grupos quí- Atualmente, existem 55 produtos biológicos registra-
micos deve ser utilizada para aumentar a vida útil dos dos para o controle da mosca-branca B. tabaci biotipo
inseticidas. Não se recomenda realizar a aplicação de B em todas as culturas, e eles estão disponíveis para
um único produto e aumentar sua dose, pois isso favo- consulta no Agrofit.
rece a resistência da população de insetos, além disso Várias espécies de inimigos naturais têm sido identifi-
a mistura de inseticidas não é eficiente e não deve ser cadas em associação com o complexo de espécies de
efetuada, com exceção de misturas registradas. mosca-branca. No grupo de predadores, foram identifi-
Fica evidente a necessidade da adoção de técnicas do cadas dezesseis espécies das ordens Hemiptera, Neu-
manejo integrado de pragas (MIP), rotatividade de in- roptera, Coleoptera e Diptera. Entre os parasitóides,
gredientes ativos, associação de uso de inseticidas bio- identificaram-se 37 espécies de micro-himenópteros.
lógicos, podendo citar o uso de Beauveria bassiana, e Os parasitóides dos gêneros Encarsia, Eretmocerus e
adoção de medidas de controle adequadas – tais como Amitus são os mais encontrados. No grupo de ento-
práticas culturais, cultivares resistentes e uso racional mopatógenos, várias espécies são citadas, como: Ver-
de inseticidas ticillium lecanii, Aschersonia aleyrodis, Paecilomyces
fumosoroseus e Beauveria bassiana.
Perspectivas para o Futuro Portanto, as boas práticas agrícolas vêm sendo apri-
O crescente consumo mundial de alimentos vem re- moradas dia após dia garantindo uma
fletindo no aumento do uso de produtos químicos e maior segurança alimentar com frutos
biológicos na agricultura. Os biológicos têm ganhado de alto padrão e qualidade, além de
mais espaço no mercado de hortaliças e se tornado alta seguridade dos alimentos produ-
uma ferramenta eficiente para o controle de diferentes zidos.
pragas e doenças. Investimentos em estudos e no de-
senvolvimento de novas moléculas têm sido realizados
Vinicius de Castro Costa Oliveira
a fim oferecer uma maior diversificação. DTM - Consultor Especialista De Hff
40 Citros Citros 41

Centro de Citricultura em
prol da sustentabilidade
dos citricultores
“Consumidores de citros e suco de laranja exigirão certificação Figura 1. Plantio de citros direto na palha, manutenção de braquiária ruziziensis na entrelinha por meio do manejo com roçadora
ecológica. Área experimental (CCSM/IAC)
socioambiental no campo” A sustentabilidade esteve em evi- produtividade e sustentabilidade dos sar o link do blog CitrosConecta e se

S
dência, novamente, no ano de 2016, pomares locais. Nesse contexto, o cadastrar na página do fruto resilien-
ustentabilidade é a palavra social, segundo a qual todo pro- (IAC) vem fomentando sua comuni- quando o Centro de Citricultura e o evento externou para a comunidade te (https://www.citrosconecta.org/
da moda. Da metade do dutor rural precisa de seu lugar na cação há mais de uma década. Instituto Agronômico do Paraná (IA- internacional a capacidade de inova- treinamento-fruto-resiliente).
século passado até os dias sociedade, desempenhando seu Projetos do Centro de Citricultu- PAR), juntos à Sociedade Internacio- ção e a inteligência de produção da O próximo passo da parceria #Fru-
atuais, houve um aumento papel e sentindo pertencimento, ra, entre 2011 e 2014, visando à nal de Citricultura (ISC), realizaram o nossa citricultura para estar forte e toResiliente é a certificação da fa-
na sua menção de mais de 11 ve- desde aqueles com pequena até sustentabilidade da produção de International Citrus Congress (ICC), apta a continuar e se reinventar fren- zenda experimental do Centro de
zes em publicações no mundo, com grandes propriedades; e, por fim, a lima ácida Tahiti, foram apoiados na sua décima terceira edição, em te aos desafios do mundo moderno. Citricultura com o selo da FSA/SAI
um incremento exponencial a partir capacidade gestora da lucratividade pela Fundação Agricultura Susten- Foz do Iguaçu, PR. A temática prin- Em busca da sustentabilidade dos (sigla em inglês para Avaliação
de 1980. Contudo, o que é susten- econômica, visto que toda atividade tável (Agrisus), figurando como as cipal do evento foi “Citricultura Sus- citricultores de pequenas proprie- de Sustentabilidade da Fazenda/
tabilidade? A definição aceita atual- depende da manutenção de lucros primeiras iniciativas na citricultura tentável: o papel do conhecimento dades, uma nova parceria entre o Plataforma de Iniciativa de Agri-
mente foi formulada pela Comissão para continuar viável. apoiadas por essa fundação. Os re- aplicado”. Neste evento, foram dis- Centro de Citricultura e a Fundação cultura Sustentável). Criada em
Mundial sobre Meio Ambiente e A citricultura sustentável precisa sultados dessas pesquisas mostra- cutidos: estratégias de manejo sus- Solidaridad foi realizada em 2021. 2002, a SAI é uma organização
Desenvolvimento da Organização estar em sintonia com um mundo ram incrementos de 30% na produ- tentável de pragas, insetos vetores A Solidaridad é uma organização in- mundial sem fins lucrativos que
das Nações Unidas (ONU): “Capa- cada vez mais urbano, um enve- tividade do Tahiti com a adoção do e doenças; resultados experimentais ternacional que atua há 50 anos em ajuda a transformar a indústria de
cidade de suprir as necessidades lhecimento gradativo da população consórcio de braquiária ruziziensis em pomares orgânicos, onde foram prol de cadeias produtivas sustentá- alimentos e bebidas a fim de que
da geração atual, sem comprome- e as desigualdades sociais. Além nas entrelinhas dos pomares e da priorizados a cobertura de solo, o au- veis e da inclusão de produtores ru- haja abastecimento e produção
ter as necessidades das futuras disso, ela é dependente de pou- roçadora ecológica para manejá- mento de matéria orgânica e o cultivo rais. No Brasil, visa engajar cadeias de forma mais sustentável. A pla-
gerações”. Essa definição tem um cos citricultores, que precisam ser -la, o que proporcionou adequada consorciado – os resultados experi- produtivas na transição a uma pro- taforma é pioneira na promoção
forte viés ambiental e, entre todos produtivos e sustentáveis, o que camada de palha na linha de plan- mentais são referente ao cultivo com dução inclusiva e de baixo carbono. da agropecuária sustentável em
os setores, talvez, a agricultura seja não é uma tarefa muito fácil. Para tio dos citros (mulching, Figura 1). estas três práticas citadas: cobertura Por meio do projeto #FrutoResilien- todo o mundo, possibilitando que
o mais atrelado ao trabalho com re- essa equação fechar, é necessário Essa técnica contribui com o mane- de solo, aumento de matéria orgâni- te, os parceiros promoverão a ado- seus membros compartilhem co-
cursos naturais. reduzir desperdícios de alimentos e jo integrado das plantas daninhas, ca e cultivo consorciado; manejo de ção de práticas mais sustentáveis nhecimentos, crie soluções para
Assim, no contexto Agricultura (Ci- trabalhar a rastreabilidade, pensan- promove o aporte de nutrientes, nutrientes na citricultura nas últimas pelos pequenos citricultores a fim desafios comuns e promovam a
tricultura) Sustentável, vê-se uma do na segurança alimentar, na redu- principalmente de potássio (K), na três décadas nas condições tropicais de que haja o bom gerenciamento agropecuária sustentável em um
atividade que preconiza a equidade ção de resíduos de defensivos nos linha de plantio, e mantém a umida- da citricultura brasileira, feito com das propriedades rurais e o fortale- ambiente pré-competitivo. Novi-
entre os vieses ambiental, social produtos e na questão trabalhista. de do solo, a redução da compac- base nos resultados da pesquisa cimento da produção de quase 500 dades virão, e o Centro de Citri-
e econômico capaz de preservar a Esse tema está na rotina de infor- tação e o aumento da microbiota do Centro de Citricultura, focando citricultores. O Centro de Citricul- cultura, engajado na busca por
saúde ambiental, por meio da ca- mação e percepção de relevância do solo. Ademais, colabora com a na importância da transferência de tura e Solidariedad têm organizado melhores práticas de produção
pacidade de conservar o ambiente por parte da sociedade, e o Cen- Agricultura de Conservação, preco- informações por meio dos Boletins palestras e dias de campo para pro- (Figura 2), estará mais próximo
para as próximas gerações; da ca- tro de Citricultura Sylvio Moreira nizada pela FAO, que recomenda de Calagem e Adubação, que mui- dutores de laranja que participam do dos produtores em prol de uma
pacidade observadora da equidade (CCSM), do Instituto Agronômico não deixar o solo descoberto. to contribuíram para o aumento da projeto. Para participar, basta aces- citricultura mais sustentável.
42 Citros 43

Figura 2. Melhorias nas áreas de manejo no campo. Abastecimento de óleo. Preparo de calda para pulverização. Barracão de armazenamento de defensivos.
Ações para a certificação FSA-SAI (CCSM/IAC).

Ademais, a citricultura brasileira se gócio brasileiro é a segunda ativida-


reinventa ano após ano investindo de que mais emite gases de efeito
em tecnologia como otimização estufa do Brasil, respondendo por
do adensamento de plantio, poda, 28% do total, contribuindo para os
novas combinações de copas x desequilíbrios climáticos. Assim,
porta-enxertos e uso eficiente de como próximo passo, o citricultor
nutrientes. Este último, assunto precisará investir em boas práticas
contemplado pelo novo Boletim que o orientem a atuar respeitando
100 do IAC (B-100), do qual pes- às questões ambientais, sociais e
quisadores do Centro de Citricul- de governança corporativa, o cha-
tura participam (Figura 3). O B-100 mado ESG, sigla em inglês: Envi-
traz recomendações de calagem e ronmental (Ambiental, E), Social
adubação para o manejo de cerca Figura 3. Capa do Boletim 100 do IAC (Social, S) e Governance (Gover-
de 130 culturas, incluindo os citros, nança, G). O mercado consumidor
Outra tecnologia para a sustenta-
visando à produção com qualidade, tomará a decisão: compro ou não
bilidade que o citricultor tem ado-
lucratividade e sustentabilidade am- compro, assumo ou não assumo
tado é a irrigação. Segundo dados
biental. São informações sobre as o risco com esse produto? O citri-
da Previsão e Estimativa de Safra
quantidades de nutrientes absorvi- cultor precisará dar essa resposta,
(PES, 2021/2022), do Fundo de De-
das e exportadas pelas culturas, os pois as regras já estão impostas, e
fesa da Citricultura (Fundecitrus),
fertilizantes e valores de referência novos mercados poderão se abrir.
cerca de 36% dos pomares de ci-
para o diagnóstico dos teores de Dessa forma, o Centro de Citricul-
tros do estado de São Paulo são ir-
nutrientes disponíveis no solo e o tura (CCSM/IAC) orienta seu pro-
rigados, permitindo melhor enfren-
estado nutricional das plantas, obti- grama de pesquisa e relacionamen-
tamento das mudanças climáticas.
do com a análise de folhas. to com o citricultor para que juntos
Essa temática ficou evidente, em
possam inovar e continuar fortes na
2021, quando a citricultura passou
agricultura brasileira.
pela pior seca dos últimos 90 anos
e por geadas repentinas, o que ge- Dr. Fernando Alves de Azevedo,
rou novos desafios aos negócios. Dr. Dirceu Mattos-Jr,
Dr. Rodrigo Martinelli, Centro de Citricultura
Além disso, estima-se que agrone- Sylvio Moreira (CCSM/IAC)
44 Mep 45

Joaninha larva Joaninha larva Escama farinha do Desequilíbrio


Pentilia egena Pontos brancos tronco imigrante biológico
Anos 70 e 80 08/011/2011 19/08/2015

COCHONILHAS NO POMAR CÍTRICO ATUAL:


O DESEQUILÍBRIO

N
os anos 70 e 80, se realizavam 5 ou 6 pulve- Desequilíbrio. Como se processa o desequilíbrio? O A base produtiva da cana.
rizações de fungicidas, inseticidas e acarici- principal meio de disseminação das cochonilhas tanto
das, em média, quando muito para as pra- de carapaça como a escama farinha do tronco que é o
gas e doenças da época, nas condições dos nosso exemplo, como a Cochonilha Branca Planococ-
ecossistemas que tínhamos nos pomares citrícolas de cus citri, é a “larva” recém-nascida, que é livre, resis-
então. Nestas condições convivíamos com altas popu- tente e leve para ser levada ao vento a partir de um foco
lações de inimigos naturais que garantiam um razoável próximo ou até distante do pomar que se quer livre da
equilíbrio populacional entre pragas e inimigos naturais, praga. Agora, sabemos que ainda estas larvas se deslo-
de tal forma que conseguíamos implementar sistemas cam nas roupas dos colhedores, nos veículos, nos pás-
de MIP através de estudos e pesquisas científicas. A saros e até em insetos aleatórios e descem nas plantas
implementação era feita através de campos demonstra- do nosso pomar. O foco inicial geralmente se dá com
tivos junto aos produtores e assim estimular a adoção a “larva” se fixando e mudando de estágio, até adulto,
da nova tecnologia com facilidade para reduzir drastica- que sendo fêmea, alguns dão origem, sem acasalamen-
mente o número de pulverizações anuais nas safras. Os to, a “larvas” de primeira geração, já no novo foco, no
focos de cochonilhas que ocorriam eram quase sempre nosso pomar. Antes do greening essas larvas encontra-
restritos e as colônias atraiam todos os inimigos natu- vam joaninhas, crisopídeos, parasitóides e entomopató-
rais que a espécie comportava. Assim, se estamos nos geno em abundância, que as predavam e parasitavam, BásicaPro é o novo fertilizante para cana-de-açúcar que integra
referindo à Escama Farinha do Tronco como exemplo, a cortando na base o foco que estava nascendo, evitando a Linha de Especialidades da Mosaic Fertilizantes. Com fórmula
medida que a população crescia atraia altas densidades o desequilíbrio. Geralmente, as larvas da Escama Fa- à base de Silício e Cálcio, pode ser aplicado tanto no preparo
da joaninha Coccidophilus citricola, um pequeno inseto rinha imigrantes chegam primeiramente nos ponteiros
do solo quanto nas soqueiras, potencializando a fertilização
de cor preta e larva castanho-amarelada e cabeça preta, onde dão início a uma colônia que a partir de um certo
ambas as formas predam larvas e ninfas da cochonilha. número de insetos, por exemplo 20 machos e 10 fême- fosfatada e garantindo a nutrição adequada do canavial.
O mesmo ocorre com a joaninha Pentilia egena cuja as dão origem a “larvas” que caminham para as “per- Tudo para que você tenha uma produtividade vigorosa,
larva é coberta com fios de cera branca em forma de nadas” e tronco, locais preferidos. Quando o tronco fica com mais cana por hectare e mais açúcar por tonelada.
franjas laterais. Além destes 2 predadores tem também totalmente branco e se espalha pelas “pernadas”, não
os crisopídeos (Bichos lixeiros) Ceraeochrysa cubana, encontramos mais, atualmente, as joaninhas adultas e
C. everes, etc. Além dos 3 predadores há 2 parasitóides larvas dos anos 70 e 80, denotando nitidamente um DE-
importados em 1962, Aphytis spp. Junta-se aos efeitos SEQUILÍBRIO.
dos predadores e parasitóides, os fungos destacando-
-se o Myriangium duriaei, marrom escuro a preto. Pois
bem, tudo isso praticamente desapareceu com a tole-
rância zero ao psilídeo e ao greening e temos que
lidar com isso par manter a produtividade. Prof. Santin Gravena (GCONCI, KOPPERT, CONPLANT & UNESP)
/nutricaodesafras /nutricaodesafras /nutrisafras
46 Mercado Agro 47

O Que acompanhar em
Setembro no Agro?
O
resumo mensal começa com uma boa milhões de t, 5% a menos do que na safra 2021/22.
notícia: o índice de preços dos alimentos Os números para o Brasil foram mantidos em 126,0
calculado pela Agência das Nações Unidas milhões de t, uma vez que a safra por aqui ainda não
para Agricultura e Alimentação (FAO) vol- foi iniciada. Como consequência da menor oferta, os

MAIS EFICIÊNCIA
tou a cair do mês de julho, pelo quarto mês consecu- estoques caíram de 313,0 (julho) para 306,7 milhões
tivo, aliviando o estresse acumulado no último semes- de t (agora em agosto), e devem fechar a safra 1,5%
tre. O indicador atingiu 140,9 pontos no mês, o que menores do que no último ciclo. Uma notícia ruim para

E PERFORMANCE representa uma queda de 8,6% frente a junho (ou 13,3


pontos), mas em comparação ao mesmo mês de 2021
o setor, mas ainda confiamos em uma boa oferta.
Na soja, por sua vez, o USDA indicou uma melhora na

PARA O SEU NEGÓCIO seu valor ainda é 13,1% maior (ou 16,4 pontos). Os
maiores impactos vieram dos cereais, com queda de
11,5% no indicador, motivada pela redução nos preços
oferta do grão, elevando a projeção para 391,4 milhões
de t, 11,4% a mais do que em 2021/22. O principal fa-
tor que motivou a melhora para a oleaginosa foi o clima
do trigo graças ao acordo para desbloqueio dos por- favorável nos EUA, o que tem contribuído para melhor
Seja no campo ou na construção, a linha PETRONAS Ambra
tos no Mar Negro; e dos óleos vegetais que caíram de oferta. Deve ficar em 123,3 milhões de t (+ 2,2%); era
foi desenvolvida sob medida para as máquinas New Holland, 19,2% em seu índice devido às reduções nos preços de 122,0 em julho. Para o Brasil, ao passo em que a sa-
garantindo a mais alta performance nos desafios do dia a dia com maior expectativa de oferta de matéria-prima. fra não se inicia, os números foram mantidos em 149
e a eficiência que você precisa nos negócios. Em âmbito global, o relatório mensal da produção de milhões de t (+18,3%). Resultado da oferta maior, os
grãos em 2022/23, divulgado pelo USDA (Departamen- estoques saltaram para 101,4 milhões de t (+13,0%).
to de Agricultura dos Estados Unidos) reviu a produção No Brasil, nas estimativas de agosto da Companha Na-
de milho este mês para 1.179 milhões de t, 6,3 milhões cional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira
de t a menos do que a projeção anterior; e 3,2% menor de grãos no ciclo 2021/22 foi revista para 271,5 mi-
do que 2020/21. Nos últimos meses temos observado lhões de t, pouco inferior a estimativa de julho/22, mas
uma queda nos números do milho, especialmente por ainda 6,2% maior do que no ciclo passado. Na soja,
conta da piora nas condições das lavouras nos EUA e conforme já era esperado graças ao período de entres-
O lubrificante genuíno das a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia. En- safra, os números foram mantidos no mesmo patamar
máquinas New Holland tre os principais players, a grande alteração foi feita no mês passado: 124,0 milhões de t, 10,2% menor do
nos Estados Unidos, que agora devem produzir 364,7 que 2020/21. O milho, por sua vez, teve a oferta total

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48 Mercado Agro 49
revista para 114,7 milhões de t, 1 milhão de t a menos Os cinco fatos do agro para acompanhar em
em 1 mês, mas ainda 31,7% maior do que 2020/21. A setembro são:
2ª safra, ainda em andamento, deve produzir 87,4 mi-
1. Estimativas da produção brasileira de grãos em
lhões de t (+43,9%). No algodão, serão 2,74 milhões
2022/23 (Conab) que saem agora no meio de agosto; e
de t da pluma, um pouco abaixo do estimado em julho,
a expectativa e/ou decisões dos produtores brasileiros
mas ainda 16,0% superior ao do ciclo passado. Um
em relação ao plantio (opção de cultivos, áreas por cul-
último destaque para as culturas de inverno, que deve-
tura e outros indicadores).
rão ofertar 11,0 milhões de t (+ 18,0%); destaque para
o trigo com 9,1 milhões de t (~83% de toda a produção 2. Começar a avaliar as previsões do clima nos próxi-
da categoria). mos meses, a fim de planejar o melhor momento para
E com o avanço das colheitas do milho no Brasil, as semeadura das culturas (especialmente pensando em
exportações do setor deram um grande salto em julho, sistema de sucessão soja x milho safrinha). Acertar o
com 4,12 milhões de t do cereal exportadas (+ 107%); timing de plantio (adiantando, se possível) é essencial
em julho passado, os embarques somaram 1,99 mi- para garantir bons números!
lhão de t. As receitas também deram um grande avan- 3. Seguir de olho no clima nos EUA e nas condições
ço, passando de US$ 398,7 milhões no mesmo mês das lavouras. Os campos tem apresentado melhora e,
de 2021 para US$ 1,15 bilhão no último mês, alta de a partir de agora, os riscos são menores. Algumas ope-
189,4%. A forte demanda global pelo grão, as limita- rações de colheita devem se iniciar no final do próximo
ções no fornecimento do milho pela Ucrânia, a oferta mês, vamos observar como será o progresso.
brasileira maior este ciclo e as recentes tensões entre
4. Situação geopolítica global: neste último mês, além
China e EUA, são alguns dos fatores que motivaram
dos problemas entre Rússia x Ucrânia, agora também
este comportamento.
temos as tensões de EUA x China (Taiwan), a crise
Falando em comércio exterior, fechamos com o balan-
energética na Europa e outros. Tudo isso está afetando
ço do agronegócio brasileiro: em julho, um novo valor
diretamente o câmbio, o que pode impactar nos custos
recorde, somando US$ 14,28 bilhões, 26,8% a mais
(compra) mas também nos preços das commodities
do que no mesmo período de 2021, segundo dados da
(vendas). Vamos ficar de olho!
Secretária do Comércio Exterior (Secex).
Por sua vez, as importações do setor no mês de julho 5. Cenário político-econômico no Brasil (este para pró-
cresceram 19,3%, chegando a US$ 1,48 bilhão. Mesmo ximos meses): com o início do período de campanha
com tal incremento, o agronegócio conseguiu aumentar eleitoral, é essencial acompanhar as tendências e mo-
seu superávit na balança comercial, de US$ 10 bilhões vimentos para antecipar possíveis impactos na econo-
para 12,8 bilhões no comparativo dos meses de 2021 mia e no setor (agro).
e 2022. No acumulado de 2022, entre janeiro e julho,
o agro brasileiro registra saldo de US$ 83,90 bilhões,
31,5% maior do que no mesmo período do ano passa-
do; são simplesmente US$ 20 bilhões a mais em 1 ano!

Prof. Dr. Marcos Fava Neves


Vitor Nardini Marques
Vinícius Cambaúva

Marcos Fava Neves é Professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP
em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo, especialista em planejamento estratégico do
agronegócio. Vitor Nardini Marques é mestrando na FEA-RP/USP com formação em Engenharia
Agronômica pela ESALQ/USP. Vinícius Cambaúva é associado na Markestrat Group, formado em
Engenharia Agronômica pela FCAV/UNESP e mestrando na FEA-RP/USP.
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VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO. CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO. INFORME-SE E
REALIZE O MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS. DESCARTE CORRETAMENTE AS EMBALAGENS E OS RESTOS DOS
PRODUTOS. LEIA ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO, NA BULA E NA RECEITA. UTILIZE
OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. REGISTRO MAPA: BLAVITY® Nº 10820.

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