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Companhia de Habitação
Popular de Curitiba
Autos nº 0005462-16.2020.8.16.0001
De Embargos de Terceiro
Embargante: COMPANHIA DE HABITAÇÃO POPULAR DE CURITIBA – COHAB-CT
Embargado: CONDOMÍNIO CONJUNTO RESIDENCIAL CIC I
RECURSO DE APELAÇÃO
o que faz pelas razões de fato e de direito a seguir expostas, requerendo que sejam
submetidos os autos ao elevado crivo do E. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, para a
imprescindível reforma.
Nestes termos,
Pede deferimento.
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I. SÍNTESE DO PROCESSO
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medida liminar a fim de sobrestar a praça do seu imóvel, evitando possível dano irreversível
ou de difícil reparação; as razões de nulidade da penhora realizada; a violação à coisa
julgada; a supressão dos Princípios do Contraditório, Ampla Defesa e Devido Processo
Legal; a impossibilidade de modificação do polo passivo em sede de cumprimento de
sentença; a violação ao Princípio da Estabilidade da Demanda e os Limites da Lide; a
ilegitimidade passiva da Promitente Vendedora com relação à responsabilidade pelos
débitos condominiais; e, por fim, a negativa de vigência ao art. 513, § 5º, do CPC/2015.
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II. MERITUALMENTE
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Destarte, deve-se ter em mente que a COHAB-CT não fez parte da relação
processual, tampouco foi reconhecida como devedora do título executivo judicial. Em última
análise, caso mantida a r. sentença proferida, esta Companhia responderá com seus bens
por dívida de terceiro, que, aliás, foi o único condenado no processo de conhecimento.
Tal circunstância não pode prosperar sob pena de violação aos limites
subjetivos da coisa julgada, como bem prescreve o art. 506 do CPC/2015.
Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada,
não prejudicando terceiros.
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(…)
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Por uma questão de pura lógica, sabe-se que quando a Lei estabelece
uma exceção à regra geral é porque essa situação especial, quando eventualmente ocorra,
se sobrepõe à regra comum.
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Essa prática não pode ser convalidada pelo Poder Judiciário, pois implica
em ofensa aos princípios da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal e
ofenda aos limites subjetivos da coisa julgada.
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Note-se que não se está diante de nenhum dos casos do art. 779 do
CPC/2015, sendo certo que a COHAB-CT não é sucessora a qualquer título dos mutuários
executados, não podendo assim, sequer figurar como executada.
Por outro lado, não tem cabimento a incidência do art. 1.345 do Código
Civil Brasileiro2, já que a Embargante jamais deixou de ser proprietária do imóvel. Como de
praxe, a COHAB-CT firma contrato de compromisso de compra e venda. Desta forma, os
mutuários são imitidos na posse do imóvel e em contraprestação dão quitação às parcelas
do financiamento.
1
(STJ. AgInt no REsp 1368254/RJ, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julg.
28/03/2017, DJe 17/04/2017)
2
Art.1.345 do Código Civil - O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante em relação
ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios.
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Nestes termos,
Pede deferimento.