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Prefeitura Municipal de Curitiba

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DO


FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA –
ESTADO DO PARANÁ.

Autos nº 0043982-55.2014.8.16.0001
De Embargos de Terceiro
Embargante: COMPANHIA DE HABITAÇÃO POPULAR DE CURITIBA – COHAB-CT
Embargado: CONJUNTO RESIDENCIAL MORADIAS UBATUBA – CONDOMÍNIO II

COMPANHIA DE HABITAÇÃO POPULAR DE CURITIBA -


COHAB-CT, devidamente qualificada nos autos em epígrafe, vem, tempestiva e
respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seus procuradores
judiciais que esta subscrevem, tendo em vista a r. sentença de ref. 197.1 e 217.1,
com fulcro no art. 1.009 do CPC/2015, interpor o presente:

RECURSO DE APELAÇÃO

o que faz pelas razões de fato e de direito a seguir expostas, requerendo que sejam
submetidos os autos ao elevado crivo do E. Tribunal de Justiça do Estado do
Paraná, para a imprescindível reforma.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Curitiba, 27 de janeiro de 2020

Daniel Brenneisen Maciel Rafael Fernando Portela


OAB/PR 40.660 OAB/PR 54.780

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EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

Origem 2ª Vara Cível de Curitiba-PR


Autos nº 0043982-55.2014.8.16.0001
de Embargos de Terceiro
Apelante: COMPANHIA DE HABITAÇÃO POPULAR DE CURITIBA – COHAB-CT
Apelado: CONJUNTO RESIDENCIAL MORADIAS UBATUBA – CONDOMÍNIO II

RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR

EMINENTES SENHORES JULGADORES

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I. SÍNTESE DO PROCESSO

Trata-se de Embargos de Terceiro manejado pela Companhia de


Habitação Popular de Curitiba - COHAB-CT em face do CONJUNTO RESIDENCIAL
MORADIAS UBATUBA – CONDOMÍNIO II, com o intuito afastar a constrição
judicial que recaiu indevidamente sobre o bem imóvel de sua propriedade.

O imóvel desta Companhia foi penhorado com objetivo de satisfazer


os créditos condominiais decorrentes do Cumprimento de Sentença nº 0001646-
61.1999.8.16.0001, em que figura como autor o referido condomínio e réu a
promitente compradora do imóvel (ELISEU AFONSO PEREIRA). Note-se que a
COHAB-CT não tem nenhuma relação com a demanda de incidência, porquanto
nunca figurou como parte no processo que originou referida penhora.

Assim, a Embargante se viu compelida a ingressar com os presentes


Embargos de Terceiro, a fim de resguardar seus direitos constitucionais que foram
indevidamente ignorados quando da constrição judicial realizada no bojo dos autos
de Cumprimento de Sentença. Para tanto, alegou, em apertada síntese, a
necessidade de medida liminar a fim de sobrestar a praça do seu imóvel, evitando
possível dano irreversível ou de difícil reparação; as razões de nulidade da penhora
realizada; a violação à coisa julgada; a supressão dos Princípios do Contraditório,
Ampla Defesa e Devido Processo Legal; a impossibilidade de modificação do polo
passivo em sede de cumprimento de sentença; a violação ao Princípio da
Estabilidade da Demanda e os Limites da Lide; a ilegitimidade passiva da Promitente
Vendedora com relação à responsabilidade pelos débitos condominiais; e, por fim, a
negativa de vigência ao art. 513, § 5º, do CPC/2015.

Entretanto, a r. sentença de ref. 197.1 julgou improcedente o pedido


inicial, entendendo pela legalidade do procedimento de penhora do imóvel, eis que
se trata de obrigação propter rem, e, por assim ser, que a satisfação dos encargos
condominiais é de responsabilidade daquele que figura no registro imobiliário como

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titular da propriedade, em que pese não tenha participado do processo cognitivo e


nem conste no título executivo judicial. Por fim, condenou a parte Embargante aos
ônus sucumbenciais.

Irresignada, a COHAB-CT opôs embargos de declaração apontando


omissão com relação à coisa julgada subjetiva e contradição no que tange à violação
ao contraditório, ampla defesa e à ilegitimidade passiva para figurar no polo passivo
da presente execução.

Todavia, a revelia das garantias constitucionais, o d. Juízo a quo, por


meio da r. decisão de ref. 217.1, decidiu por conhecer do recurso, porém, negar-lhe
provimento a pretensão nele veiculada.

Portanto, data maxima venia, a r. decisão de ref. 197.1 e 217.1 deve


ser integralmente reformada por este Eg. Tribunal de Justiça, pelas razões de fato e
de direito a seguir expostas, que, como se verá adiante, harmonizam-se com os
princípios fundamentais e com o precedente do Eg. Superior Tribunal de Justiça,
julgado sob o rito de recurso repetitivo a teor do art. 1.036 do CPC/2015.

Dos Esclarecimentos Necessários

A COHAB-CT é proprietária do Apartamento n.º 01, Bloco 01, do


Condomínio Apelado, desde a sua construção, conforme consta da Matrícula n.º
77.438 da 8ª CRI.

O referido imóvel, edificado dentro do Programa de Habitação


Popular do Município de Curitiba, foi compromissado à venda e deferida posse ao
Sr. Eliseu Afonso Pereira em 28/08/1992, o qual restou com a obrigação de quitar
as respectivas taxas condominiais.

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Tendo a COHAB-CT tomado conhecimento de que o bem objeto


destes embargos foi onerado por penhora em fase de execução perante esse
d. Juízo de Direito da 2ª Vara Cível desta Capital, que visa cobrar débitos
condominiais inadimplidos, ajuizou os presentes embargos a fim de obstar a
constrição do bem de sua propriedade.

Repise-se, a COHAB-CT não tem nenhuma relação com a demanda


de incidência, já que nunca figurou como parte no processo que originou a referida
constrição judicial. Ademais, a r. sentença em execução nos autos principais foi
proferida e consolidada apenas contra a Eliseu Afonso Pereira, não tendo ocorrido
qualquer translação de domínio ou alteração substancial no contexto de direitos apta
a autorizar uma sucessão processual.

Nesse sentido, correta a interposição da ação de cobrança pelo


condomínio tão somente em face dos promitentes compradores, tendo em vista que
no período inadimplido os mesmos estavam na posse direta do imóvel.

Contudo, não pode agora o condomínio querer redirecionar o


cumprimento de sentença contra terceiros que não participaram do processo de
conhecimento e não constam do título executivo.

Logo, não apenas cabível o presente Recurso de Apelação em sede


de embargos de terceiro para a defesa pela COHAB-CT de sua propriedade, que
indevidamente está sendo objeto de alienação judicial, mas também o seu
conhecimento e provimento, pois, indevidamente, foi instada a pagar dívida que não
lhe cabe, em processo no qual não é e nunca foi parte.

Em resumo: a) o imóvel constrito pertence à COHAB-CT, terceira


que não é, nem foi, parte no processo que originou a constrição; b) o Executado nos
autos de incidência, embora tenham usufruído dos benefícios do condomínio e em
especial das despesas pessoais cobradas em conjunto (água e energia elétrica, por

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exemplo), jamais foram proprietários do imóvel, que sempre pertenceu à


COHAB-CT, e a sua única vinculação dos mesmos com o bem que eram os direitos
advindos de contrato de compromisso de compra e venda.

II. MERITUALMENTE

II.1. DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA

A finalidade deste processo, como de qualquer embargos de


terceiro, é liberar de constrição judicial bem pertencente a quem não é, e nunca foi
parte no processo de conhecimento que originou o título judicial em execução.

Frisa-se que a Apelante poderia ter sido incluída no processo de


conhecimento, pois, desde seu ajuizamento é a proprietária do imóvel constrito.
Contudo, o Condomínio Apelado optou por ingressar com a demanda somente em
face do promitente comprador, demonstrando clara intenção de litigar apenas contra
este (na correta interpretação de que os fruidores dos benefícios condominiais
devem arcar com as respectivas despesas), bem como comprovando que o
condomínio possuía ciência inequívoca de que o promitente comprador estava na
posse do imóvel no período inadimplido.

Não pode agora o Condomínio Embargado, uma vez não


encontrando bens do promitente comprador que figura no título executado, voltar a
demanda contra terceiro, penhorando seus bens, eximindo-se da escolha que fez ao
litigar somente contra o promitente comprador do imóvel.

Ressalte-se que a manutenção da constrição do bem da COHAB-CT


corresponde à inclusão indevida desta Embargante no polo passivo da aludida
execução, em processo que poderia ter sido parte desde o princípio, mas não foi por
exclusiva vontade do credor. Tal prática, além de violar a coisa julgada e o próprio
título judicial em execução, corresponderia à ofensa aos princípios do
contraditório, da ampla defesa e, consequentemente, do devido processo
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legal, e priva a COHAB-CT de discutir a origem, continuidade e montante da dívida,


vulnerando os recursos públicos à ilegal dissipação.

Em síntese: a) não pode o bem de quem não figurou no processo de


conhecimento, que originou o título judicial em execução, responder pelo pagamento
do título judicial em execução; b) não estão presentes quaisquer elementos
autorizadores da sucessão processual; notadamente, não houve translação de
domínio durante o curso do processo embargado (a COHAB-CT sempre foi
proprietária do bem); c) não pode o condomínio constituir dívida contra o detentor da
posse direta e pretender que o proprietário, que poderia ter sido chamado ao
processo e não foi, venha a responder pela dívida daquele; d) caso o condomínio
queira cobrar da COHAB-CT, deve ingressar com nova ação contra a proprietária,
para que sejam mantidos íntegros os direitos constitucionais da COHAB-CT ao
contraditório, à ampla defesa e ao devido processo legal.

II.2. DA COISA JULGADA

Há decisão transitada em julgado na Ação de Cobrança nº 0001646-


61.1999.8.16.0001 da 2ª Vara Cível desta Capital, condenando tão somente a Sra.
Eliseu Afonso Pereira a arcar com o pagamento dos encargos condominiais
inadimplidos.

Destarte, deve-se ter em mente que a COHAB-CT não fez parte da


relação processual, tampouco foi reconhecida como devedora do título executivo
judicial. Em última análise, caso mantida a r. sentença proferida, esta Companhia
responderá com seus bens por dívida de terceiro, que, aliás, foi o único condenado
no processo de conhecimento.

Tal circunstância não pode prosperar sob pena de violação aos


limites subjetivos da coisa julgada, como bem prescreve o art. 506 do CPC/2015.

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Observe-se, aqui, que JAMAIS ocorreu qualquer translação de


domínio ou alteração substancial no contexto de direitos apta a autorizar uma
sucessão processual. A manutenção da penhora fará com que COHAB-CT responda
com seu bem pela condenação de terceiro, ainda que não tenha figurado no
processo cognitivo que gerou o título judicial em execução.

Cumpre destacar que o Código de Processo Civil não admite a


extensão da coisa julgada, conforme dispõe a norma do art. 506 do CPC/2015.
Obviamente, além de não estar em consonância com a norma supracitada, a
r. decisão recorrida ofende o disposto no art. 513, § 5º do CPC/2015, in verbis:

Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada,
não prejudicando terceiros.

(…)

Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste


Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação,
o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.
(...)
§ 5º O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do
fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da
fase de conhecimento.

Portanto, a r. sentença recorrida deve ser integralmente reformada,


haja vista que o título executivo foi constituído entre o Condomínio Embargado e o
promitente comprador do imóvel, de modo que a execução somente pode ser
direcionada contra os bens que pertençam ao legítimo devedor.

II.4. DA NULIDADE DA PENHORA

O título executivo foi constituído somente contra Eliseu Afonso


Pereira, sendo importante ressaltar que, além de possuir a qualidade de terceira que
sofre constrição de seus bens em cujo incidente não fez parte, o ato de constrição

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esbulha o patrimônio da apelada (art. 674 do CPC/2015), porquanto a penhora


encontra-se eivada de nulidades, conforme demonstrado nos itens a seguir:

II.4.1. Da Ofensa aos Princípios do Devido Processo Legal,


do Contraditório e da Ampla Defesa – Art. 5º, LIV e LV, CF/88

Penhorar bem de quem não foi parte no processo de conhecimento


viola os direitos constitucionais do titular do bem constrito (contraditório, ampla
defesa e devido processo legal), máxime quando esse terceiro, como no caso em
voga, poderia ter figurado no processo e não o fez por exclusiva vontade do credor.

Portanto, a manutenção da constrição judicial do bem viola


sobremaneira o art. 5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal.

II.4.2. Ofensa à Coisa Julgada Subjetiva – Violação dos


Arts. 506 E 513, §5º do CPC/2015 e Art. 5º, XXXV, da CF/88

A r. sentença proferida julgou improcedente os presentes embargos


de terceiro, ofendendo a coisa julgada subjetiva e a aplicabilidade dos arts. 506 e
513, §5º do CPC/2015 e o art. 5.º, inc. XXXVI, da CF/88 ao caso concreto.

Como visto, o título executivo foi constituído em face deEliseu


Afonso Pereira . Nesse sentido, a execução deve buscar bens da executada e não
de terceiros para satisfazer o crédito exequendo.

Ante o exposto, requer-se a integral procedência do Recurso de


Apelação interposto pela COHAB-CT, com a consequente a reforma da r. decisão
vergastada, haja vista a evidente ofensa à coisa julgada subjetiva.

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II.4.3. Da Ilegitimidade Passiva do Promitente Vendedor,


Do Precedente do STJ Julgado sob o Rito de Recurso Repetitivo

Caso se mantenha a penhora sobre o imóvel da embargante,


haverá, indubitavelmente, violação ao precedente do E. STJ proferido nos autos nº
1.345.331/RS de Recurso Especial, no qual pacifica a interpretação dos arts. 9 e 12,
§4º e 20 da Lei n. 4.591/1964, bem como a responsabilidade pelo pagamento de
taxas condominiais quando há compromisso de compra e venda firmado.

Existe nos autos comprovação incontroversa a respeito da existência


de Contrato de Compromisso de Compra e Venda incidente sobre a unidade
geradora dos alegados débitos condominiais com cláusula de irretratabilidade e
relativo ao período de cobrança de taxas condominiais. No mesmo sentido, é
incontroverso que o uso e fruição do bem sempre foi exclusivamente dos
compromissários compradores e que o condomínio embargado tinha ciência
desse fato, tendo em vista que a ação de cobrança foi ajuizada exclusivamente
em face dos promitentes compradores.

A melhor exegese da Lei de Condomínio (Lei nº 4.591/1964) aponta


como clara e evidente a ilegitimidade passiva da COHAB-CT para responder pelos
débitos condominiais pretensamente inadimplidos no caso em comento.

Dispõe o art. 12, § 4º, da Lei de condomínios:

“Art. 12. (...)


§ 4º. As obras que interessam à estrutura integral da edificação ou do
conjunto de edificações, ou ao serviço comum, serão feitas com o concurso
pecuniário de todos os proprietários ou titulares de direito à aquisição de
unidades, mediante orçamento prévio aprovado em Assembléia Geral,
podendo incumbir-se de sua execução o síndico, ou outra pessoa, com
aprovação da assembléia. (...)”

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Por uma questão de pura lógica, sabe-se que quando a Lei


estabelece uma exceção à regra geral é porque essa situação especial, quando
eventualmente ocorra, se sobrepõe à regra comum.

A referida convicção decorre não somente do princípio da


especialidade, mas principalmente porque se assim não fosse, não haveria
necessidade de fazer a exceção.

Nesse sentido, se o proprietário, mesmo a título previsivelmente


resolúvel, sempre fosse o devedor principal da obrigação decorrente dos débitos
condominiais, por qual razão se falaria na Lei em titulares de direito à aquisição?

Evidentemente que o que permeia o texto legal é o princípio da


vinculação do ônus à fruição, indicando que aquele que realmente se beneficia pelos
gastos do condomínio deva ser responsabilizado pelo quinhão da unidade
habitacional no rateio do condomínio.

Não por acaso estabelece o art. 20 da mesma Lei:

Art. 20. Aplicam-se ao ocupante do imóvel, a qualquer título, todas as


obrigações referentes ao uso, fruição e destino da unidade.

O art. 4º da Lei sob n.º 4.591/64 impõe aos promitentes


compradores, de modo expresso, o dever de pagar as despesas de conservação da
coisa comum, confirmando que o promitente comprador é equiparado ao condômino
e, portanto, devedor da obrigação.

A nova redação do parágrafo único do mesmo dispositivo põe uma


pá de cal sobre o assunto, pois condiciona a venda ou a cessão de direitos sobre a
unidade à comprovação pelo promitente vendedor do pagamento das cotas
condominiais, indicando, a contrario sensu, que é do promitente comprador a
responsabilidade pelo pagamento dos débitos posteriores ao negócio jurídico.

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E não há se falar em solidariedade, haja vista que a solidariedade


decorre apenas da lei expressa ou da vontade das partes (art. 265 do CC/2002), e
inexiste nenhuma dessas no caso.

O art. 12 da Lei sob n.º 4.591/64 estabelece claramente que “cada


condômino concorrerá nas despesas do condomínio”. Já o art. 9.º esclarece que são
condôminos os proprietários, promitentes compradores, cessionários ou promitentes
cessionários. Obviamente, não são todos juntos condôminos, mas um de cada vez.

Em um contrato de longo prazo, como o compromisso de compra e


venda, o proprietário deixa de ser condômino assim que celebra o negócio jurídico e
dá conhecimento ao condomínio. Caso contrário, poderia participar das deliberações
condominiais, até ser eleito síndico, o que não ocorre.

Ademais, o E. STJ no Recurso Especial 1.345.331-RS resolveu


controvérsia acerca da responsabilidade sobre o pagamento de taxas
condominiais, quando há contrato de compromisso de compra e venda, elaborando
precedente que deve ser respeitado por todas as instâncias inferiores:

PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA.


ART. 543-C DO CPC. CONDOMÍNIO. DESPESAS COMUNS. AÇÃO DE COBRANÇA.
COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA NÃO LEVADO A REGISTRO.
LEGITIMIDADE PASSIVA. PROMITENTE VENDEDOR OU PROMISSÁRIO
COMPRADOR. PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO. IMISSÃO NA POSSE.
CIÊNCIA INEQUÍVOCA. 1. Para efeitos do art. 543-C do CPC, firmam-se as
seguintes teses: a) O que define a responsabilidade pelo pagamento das
obrigações condominiais não é o registro do compromisso de compra e venda,
mas a relação jurídica material com o imóvel, representada pela imissão na
posse pelo promissário comprador e pela ciência inequívoca do condomínio
acerca da transação. b) Havendo compromisso de compra e venda não levado
a registro, a responsabilidade pelas despesas de condomínio pode recair tanto
sobre o promitente vendedor quanto sobre o promissário comprador,
dependendo das circunstâncias de cada caso concreto. c) Se ficar comprovado:
(i) que o promissário comprador se imitira na posse; e (ii) o condomínio teve
ciência inequívoca da transação, afasta-se a legitimidade passiva do
promitente vendedor para responder por despesas condominiais relativas a
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período em que a posse foi exercida pelo promissário comprador. 2. No caso


concreto, recurso especial não provido. (STJ. REsp 1345331/RS, Rel. Ministro
LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julg. 08/04/2015, DJe 20/04/2015)

Com base no referido precedente, o E. STJ tem julgado os


embargos de terceiro com situação análoga ao presente nos seguintes termos:

RECURSO ESPECIAL. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. PROMESSA DE COMPRA E


VENDA DE IMÓVEL. DÉBITOS CONDOMINIAIS. DEMANDA AJUIZADA CONTRA O
PROMITENTE COMPRADOR. PENHORA DO IMÓVEL DO PROMITENTE
VENDEDOR. DESCABIMENTO. 1. Controvérsia acerca da possibilidade de
penhora do imóvel do promitente vendedor (proprietário) no cumprimento de
sentença proferida contra o promitente comprador. 2. Caráter 'propter rem' da
obrigação de pagar cotas condominiais. 3. Legitimidade passiva concorrente
do promitente vendedor e do promitente comprador para a ação de cobrança
de débitos condominiais posteriores à imissão na posse. 4. Interpretação das
teses firmadas no REsp 1.345.331/RS, julgado pelo rito do art. 543-C do CPC. 5.
Caso em que a ação de cobrança foi ajuizada exclusivamente contra o
promitente comprador, não havendo título executivo contra o proprietário
do imóvel ('nulla executio sine titulo'). 6. Descabimento da penhora do
imóvel. 7. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.(STJ. REsp 1550254/PR, Rel. Ministro
Paulo de Tarso Sanseverino, Terceira Turma, DJe 01/09/2015)

Percebe-se, pelos precedentes citados, juntamente com a legislação


apontada, a negativa de vigência aos dispositivos invocados da Lei sob n.º 4.591/64
bem como desrespeito ao precedente firmado pelo E. STJ.

Nesse sentido, o E. STJ já pacificou a controvérsia acerca da


responsabilidade sobre o pagamento de taxas condominiais, quando há contrato de
compromisso de compra e venda, responsabilizando o promitente comprador,
quando há imissão na posse e ciência inequívoca do condomínio.

Logo, requer a reforma da r. sentença proferida, reconhecendo-se a


ilegitimidade passiva da COHAB-CT para arcar com a dívida condominial no período
em que o imóvel foi usufruído pelo promitente comprador.

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II.4.4. Da Irregular Inclusão de Terceiro em fase de Cumprimento de Sentença

A penhora promovida no imóvel da Apelante implica na inclusão


indevida de terceiro em processo de cumprimento de sentença, violando
entendimento sedimentado pelo STJ, in verbis:

PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COBRANÇA DE


DESPESAS CONDOMINIAIS. DESPESAS CONDOMINIAIS. RESPONSABILIDADE
DO PROMISSÁRIO COMPRADOR ATÉ A DATA DE DEVOLUÇÃO DO IMÓVEL. 1. O
promissário comprador responde pelas despesas condominiais até a data da
desocupação do bem imóvel. 2. Não é possível a substituição no polo passivo,
em sede de cumprimento de sentença, para incluir terceiro que não
participou do processo de conhecimento. 3. Recurso especial conhecido e
provido. (Recurso Especial nº 1.415.503 - PR (2013/0364130-0) Rel.: Ministra
Nancy Andrighi, DJU 13/11/2013)

Ante o exposto, requer a reforma da r. sentença proferida para


anular a penhora proferida sobre imóvel da apelante, determinando que a execução
prossiga apenas sobre bens do promitente comprador.

II.4.5 Da Necessária Identidade entre o Polo Passivo da


Ação de Conhecimento e do Polo Passivo da Ação de Execução

A r. decisão hostilizada, ao manter a validade da penhora realizada


nos autos principais, sobrepujou as divisas da boa-fé objetiva, ao conservar a
constrição sobre bem de terceiro que não participou do processo cognitivo, nem
tampouco figurou como parte na formação do título executivo judicial.

Essa prática não pode ser convalidada pelo Poder Judiciário, pois
implica em ofensa aos princípios da ampla defesa, do contraditório, do devido
processo legal e ofenda aos limites subjetivos da coisa julgada.

Nesse diapasão, é uníssona a jurisprudência do STJ, in verbis:

RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS DE TERCEIRO. DESPESAS CONDOMINIAIS.


PENHORA. EXECUÇÃO QUE ATINGIU O IMÓVEL GERADOR DA DÍVIDA,
.
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AFETANDO PATRIMÔNIO DA PROPRIETÁRIA QUE NÃO PARTICIPOU DA AÇÃO


DE CONHECIMENTO. INADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. "A penhora do
unidade condominial em execução não pode ser autorizada em prejuízo
de quem não tenha sido parte na ação de cobrança na qual se formou o
título executivo. Necessária a vinculação entre o polo passivo da ação de
conhecimento e o polo passivo da ação de execução" (REsp 1273313/SP,
Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, julgado em
03/11/2015, DJe 12/11/2015). 2. Recurso especial provido. (STJ. RESP
1.818.807-PR, Ministro Luis Felipe Salomão, DJU 24/06/2019)

RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE TERCEIRO.


ILEGITIMIDADE PASSIVA. PENHORA. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. A
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça não admite a substituição da
parte executada, na fase executiva, para incluir terceiro que não
participara do processo de conhecimento e, por conseguinte, não integrou
o título executivo judicial, ainda que seja para a cobrança de cotas
condominiais. 2. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO. (STJ. RESP
1.771.394-PR, Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, DJU 09/10/2019)

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.


DESPESAS CONDOMINIAIS. PROMISSÁRIO COMPRADOR. AÇÃO DE COBRANÇA
PROMOVIDA CONTRA PROMITENTE VENDEDOR. EXECUÇÃO QUE ATINGIU O
IMÓVEL GERADOR DA DÍVIDA, AFETANDO PATRIMÔNIO DO PROMITENTE
COMPRADOR. INADMISSIBILIDADE. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO
CONTRADITÓRIO. 1. Aplicabilidade do novo Código de Processo Civil, devendo
ser exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma nele prevista,
nos termos do Enunciado Administrativo nº 3 aprovado pelo Plenário do STJ na
sessão de 9/3/2016: Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão
exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma do novo CPC. 2. A
penhora da unidade habitacional que deu origem ao d ébito condominial não
pode ser autorizada em preju ízo de quem não tenha sido parte na ação de
cobrança em que formado o t ítulo executivo. 3. A natureza propter rem da
dívida não autoriza superar a necess ária vinculação entre o polo passivo da
ação de conhecimento e o polo passivo da ação de execução. 4. Agravo
interno não provido, com imposição de multa e majoração da verba honorária.
(STJ. AgInt no REsp 1368254/RJ, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA
TURMA, julg. 28/03/2017, DJe 17/04/2017)

Como apontado, é cediço na jurisprudência do Superior Tribunal de


Justiça que “a natureza propter rem da dívida não autoriza superar a necessária

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vinculação entre o polo passivo da ação de conhecimento e o polo passivo da


ação de execução.”1

Desta feita, com fulcro na jurisprudência do E. STJ apontada, a


constrição efetuada pela embargada é ilegal e deve ser repelida de plano, com a
reforma integral da r. sentença proferida nos presentes embargos de terceiro.

II.5. DA VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA ESTABILIDADE DA DEMANDA


E DOS LIMITES DA LIDE

A manutenção da r. sentença que considerou legal a penhora de


bem de terceiro com intuito de solver dívida de outrem viola o princípio da
estabilidade da demanda e os limites da lide.

Note-se que não se está diante de nenhum dos casos do art. 779 do
CPC/2015, sendo certo que a COHAB-CT não é sucessora a qualquer título dos
mutuários executados, não podendo assim, sequer figurar como executada.

Não se olvide, outrossim, o disposto no art. 108 do CPC/2015, sendo


certo que não se está diante da hipótese prevista pelo art. 109, § 3º, do CPC/2015,
já que a COHAB-CT não adquiriu o bem no curso do processo, mas já era
proprietária desde antes mesmo da propositura da ação de incidência.

Por outro lado, não tem cabimento a incidência do art. 1.345 do


Código Civil Brasileiro2, já que a Embargante jamais deixou de ser proprietária do
imóvel. Como de praxe, a COHAB-CT firma contrato de compromisso de compra e
venda. Desta forma, os mutuários são imitidos na posse do imóvel e em
contraprestação dão quitação às parcelas do financiamento.

1
(STJ. AgInt no REsp 1368254/RJ, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julg.
28/03/2017, DJe 17/04/2017)
2
Art.1.345 do Código Civil - O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante em relação
ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios.
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A partir do momento que foi dada quitação integral ao contrato, a


promitente vendedora (COHAB-CT) transfere, por meio de escritura pública, a
propriedade do imóvel aos promitentes compradores (mutuários). Assim não há o
que se falar em “adquirente'', posto que é assegurado à proprietária as medidas
possessórias cabíveis quando do descumprimento de cláusulas contratuais para se
reaver a posse plena do imóvel que sempre foi de sua propriedade.

Logo, a manutenção da r. sentença e da constrição judicial em


questão viola o art. 5º, XLV, da Constituição Federal, e os arts. 108 e 779 ambos do
CPC/2015, bem como o art. 1.345 do CC/2002, dentre outros dispositivos aplicáveis.

III. PEDIDOS FINAIS

Diante o exposto, requer respeitosamente a essa Eg. Corte seja


recebido o presente Recurso de Apelação em seu duplo efeito e acatadas as suas
razões, para:

a) liminarmente, conceder efeito suspensivo ao presente recurso


a fim de declarar o sobrestamento de todo e qualquer ato expropriatório nos autos
de Cumprimento de Sentença nº 0001646-61.1999.8.16.0001 em trâmite perante a
2ª Vara Cível de Curitiba-PR, mormente no que tange a hasta pública do bem objeto
desta lide, até o final julgamento do presente feito;

b) dar integral provimento ao presente recurso, a fim de reformar a


r. decisão vergastada, declarando a nulidade da penhora outrora efetivada sobre
bem imóvel de titularidade desta Companhia, assim como determinando que o
prosseguimento dos autos principais seja dado exclusivamente em face do
promitente comprador, com a indicação de bens de sua propriedade, para o fito de
garantir a execução da dívida, pelas razões supramencionadas e no mais que vier a
ser suprido por essa C. Corte, nos termos do precedente fixado no Recurso Especial
nº 1.345.331/RS, julgado sob o rito do art. 1.036 do CPC/2015;

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c) sucessivamente, dar provimento ao Recurso para, no mérito,


por todas ou quaisquer das causas apontadas, julgar procedente os pedidos da ação
em reforma à decisão recorrida;

d) inverter ou redistribuir os ônus de sucumbência, conforme seja o


caso.

Custas recolhidas com isenção de 50%, conforme mov. 226.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Curitiba, 27 de janeiro de 2021.

Daniel Brenneisen Maciel Rafael Fernando Portela


OAB/PR 40.660 OAB/PR 54.780

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