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Prefeitura Municipal de Curitiba

Companhia de Habitação
Popular de Curitiba

Rua Barão do Rio Branco, 45


80010-180 Centro Curitiba PR
Tel.: 41 3221-8100 Fax 41 3221-8072
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA FAZENDA


PÚBLICA DO FORO DE ARAUCÁRIA DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE
CURITIBA – ESTADO DO PARANÁ

Autos nº 0000078-97.2020.8.16.0025

Autora: CLAUDENICE MARTINS LOPES REZENDE


Ré: COMPANHIA DE HABITAÇÃO POPULAR DE CURITIBA – COHAB-CT

COMPANHIA DE HABITAÇÃO POPULAR DE CURITIBA – COHAB-CT,


Sociedade de Economia Mista Municipal, criada nos moldes da
Lei Municipal nº 2.545, de 29 de abril de 1965, regularmente inscrita no CNPJ/MF sob nº
76.495.696/0001-36, com sede na Rua Barão do Rio Branco, nº 45, Centro,
Curitiba-PR, CEP 80010-180, por intermédio de seus procuradores judiciais signatários, com
escritório profissional no endereço supramencionado, onde recebem intimações e
notificações, vem, respeitosa e tempestivamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no
art. 335 do CPC/2015, apresentar sua:

CONTESTAÇÃO

à proposta por CLAUDENICE MARTINS LOPES REZENDE, o que faz pelas razões de fato
e de direito a seguir expostas.
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I. DA SÍNTESE DO PEDIDO INICIAL

A parte autora ajuiza ação para pleitear a baixa da clausula resolutiva do


contrato e indenização por dano moral.

Contudo, como se passa a demonstrar o pedido é juridicamente


impossível porque o contrato sequer prevê cláusula resolutiva. Também cumpre
pontuar que não há nenhum dano causado pela Ré a autora que possa justificar
indenização por dano moral, razão pela qual a ação deve ser julgada completamente
improcedente.

II. DA INÉPCIA DA INICIAL – IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO

Compulsando os autos, denota-se que a autora requer que “Autorize-se o


cancelamento do ônus da cláusula resolutiva junto a Matrícula nº 29.158 do Registro de
Imóveis de Araucária – Estado do Paraná, concedendo-se desde logo a liberação do ônus
sobre o bem .”

Todavia, conforme se observa do contrato e matrícula apresentados


com a inicial inexiste previsão contratual ou averbação de cláusula resolutiva no
contrato entre a Autora e a COHAB-CT.

Deste modo, a ação deve ser extinta sem análise e resolução de mérito, a
teor do art. 485, I e IV c/c art. 330, inc. I, e § 1º, I, ambos do CPC/2015.

III. SITUAÇÂO DO CONTRATO DA AUTORA

O contrato da autora está quitado já foi promovido a baixa da hipotéca e a


COHAB-CT apenas aguarda que a Autora de andamento para o fim de se lavrar escritura
pública de compra e venda.

Conforme se observa do contrato e da matrícula apresentada o contrato


entabulado é de compromisso de compra e venda, a Autora pode procurar qualquer
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agência de atendimento da COHAB-CT (Ruas da Cidadania, favor agendar pelo alô


COHAB-CT em virtude da COVID-19) para pedir autorização para lavrar escritura pública
em qualquer tabelionato de Curitiba o Região Metropolitana.

Desde já se esclarece que as despesas relacionadas aos emolumentos


cartoriais e imposto de transmissão são de exclusiva responsabilidade da Autora.

IV. NÃO CABIMENTO DO DANO MORAL

A Autora pede que a Ré seja condenada a indenização de R$ 10.000,00


(dez mil reais) relacionada a dano moral. Entretanto, não estão presentes os elementos da
responsabilidade civil do nexo causal e da culpa de forma que não há que se falar em
responsabilização sobre o ato controverso nos autos.

Na responsabilidade civil o agente só vai estar obrigado a indenizar se sua


ação ou omissão tiver relação com o dano causado. A doutrina é pacífica neste sentido:

“Nexo de causalidade é a relação de causa e efeito entre o fato e o dano”.1

Não basta a existência de nexo de causalidade, também resta necessária


a comprovação do dano, vez que se trata de elemento fundamental da responsabilidade
civil, sem ele não há que se falar nela.

“Dano é a lesão a um bem jurídico. Em sentido estrito é a efetiva


diminuição que alguém sofre em seu patrimônio, consistindo na diferença entre o valor atual
e o que teria não fosse a prática do ato ilícito. Em sentido amplo, é a diminuição ou
subtração de um bem jurídico de valor patrimonial ou moral”.2

Nos autos não há qualquer evidência de ação ou omissão da primeira ré


tenha gerado dano a autora, restando ausentes os elementos da responsabilidade civil, não
há que se falar em indenização.

1 AMARAL, Francisco. Direito civil: introdução. 5.ed. Rio de Janeiro -RJ: Renovar, 2003. pg. 554

2 AMARAL, Francisco. Direito civil: introdução. 5.ed. Rio de Janeiro -RJ: Renovar, 2003. pg. 555.
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V. DOS PEDIDOS FINAIS

Diante do exposto, denota-se que todos os pedidos formulados pela


parte autora estão desprovidos de respaldo fático e jurídico. Posto isto, requer,
respeitosamente, a Companhia de Habitação Popular de Curitiba - COHAB-CT, que Vossa
Excelência se digne a deferir as razões preliminares anteriormente declinadas; ou, no
mérito, rejeitar todas as postulações contidas na inicial, julgando improcedente os pedidos
exordiais.

Requer ainda, a condenação da parte autora ao pagamento das custas


processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 20% (vinte por cento) sobre o valor
da causa, devidamente atualizada.

Solicita a produção de todos os meios de prova admitidos em direito,


em especial, documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal da autora, sob pena
de confissão.

Por fim solicita a habilitação de todos os advogados constantes na


procuração e que as intimações sejam expedidas especialmente em nome de Daniel
Brenneisen Maciel, OAB/PR 40.660, e Raphael Wotkoski, OAB/PR 62.783, sob pena de
nulidade.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Curitiba, 25 de maio de 2020

Daniel Brenneisen Maciel Cleverson Tuoto Benthien


OAB/PR 40.660 OAB/PR 45.001
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Samir Braz Abdalla Rafael Fernando Portela


OAB/PR 31.374 OAB/PR 54.780

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