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Rua Marília de Dirceu, 226 - 8º andar - CEP: 30170-090 - Bairro Lourdes - Belo
Horizonte - MG
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Ao
Excelentíssimo Prefeito Bueno Brandão, Minas Gerais,
Senhor Silvio Antônio Félix.
I – DELIMITAÇÃO DO OBJETO.
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II – O ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO - ECAD.
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APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE
DÉBITO - ECAD (ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO) - REALIZAÇÃO DE EVENTOS PELO MUNICÍPIO -
- O art. 68 da Lei nº. 9.610/98 dispõe que sem prévia e expressa
autorização do autor ou titular, não poderão ser utilizadas obras
teatrais, composições musicais ou litero-musicais e fonogramas, em
representações e execuções públicas.
- Conforme jurisprudência do STJ, o pagamento relativo a direitos
autorais não é devido apenas quando se constata a aferição de lucro
em evento promovido pela Municipalidade.
- O Município que promove evento cultural, mesmo sem fim lucrativo
tem obrigação de pagar direitos autorais ao ECAD. (TJMG - Apelação
Cível 1.0696.15.001124-0/001, Relator(a): Des.(a) Magid Nauef Láuar
(JD Convocado), 7ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 05/12/2022,
publicação da súmula em 07/12/2022). (Grifos)
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14. Por conseguinte, com o propósito de assegurar a constância da
conformidade dos contratantes perante a Administração Pública ao longo de todo o
período contratual, o artigo 55 do dispositivo legal supracitado estabeleceu que:
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19. Além disso, é necessário ressaltar que o mencionado dispositivo
não traz em suas disposições norma que permitam à Administração Pública reter
eventuais pagamentos por falta de certidão de regularidade fiscal.
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Marília
Julgamento:
Horizonte - MG
27/11/2018. contato@pontesmatos.com.b (31) 3327-4721
LEGALIDADE. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DE ORIGEM EM CONSONÂNCIA
COM O ENTENDIMENTO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
1. Conforme redação da Súmula n. 568/STJ, o Relator pode dar ou
negar provimento ao recurso, por decisão singular, quando houver
jurisprudência dominante acerca do tema, não havendo falar em
afronta ao princípio da colegialidade.
2. A jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça é firme no
sentido de que a ausência de comprovação de regularidade fiscal não
autoriza a Administração Pública a proceder à retenção do
pagamento pelos serviços comprovadamente prestados, porquanto
tal providência caracterizaria enriquecimento ilícito e violação do
princípio da legalidade. Precedentes.
3. Agravo interno a que se nega provimento.
(AgInt no AREsp n. 1.161.478/MG, relator Ministro Sérgio Kukina,
Primeira Turma, julgado em 27/11/2018, DJe de 6/12/2018.). (grifa-se)
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1. É legal retenção parcial de valores devidos à prestadora de serviços
continuados com dedicação de mão de obra, para fazer frente ao
descumprimento de obrigações trabalhistas.
2. A possibilidade de retenção parcial tem como fundamento os"
poderes implícitos ", princípio basilar de hermenêutica constitucional,
segundo o qual a outorga de competência a determinado ente estatal
importa no deferimento implícito, a esse mesmo ente, dos meios
necessários à sua consecução.
3. Retenção parcial não constitui sanção, mas medida preventiva e
acautelatória, destinada a evitar que a inadimplência da contratada
com suas obrigações trabalhistas cause prejuízo ao erário.
4. Somente é possível retenção de valores devidos à contratada, por
descumprimento de obrigação contratual acessória, nos casos em
que o ente estatal possa ser responsabilizado por essas obrigações,
que não é o caso do descumprimento de obrigações comerciais e
fiscais stricto sensu, nem da inadimplência de obrigações trabalhistas
relativas a empregados não dedicados exclusivamente ao contrato.
5. Retenção integral dos pagamentos à contratada só é admissível
nas hipóteses de inadimplemento de obrigações trabalhistas com
valores superiores aos devidos pela Administração e de
desconhecimento do montante inadimplido.
6. À exceção da hipótese de inadimplemento em valores superiores
aos devidos à Administração, retenção integral não pode dar-se por
prazo indeterminado, para não caracterizar enriquecimento ilícito da
Administração. Como regra, deve ser mantida por prazo suficiente
para quantificação das obrigações não adimplidas, após o que deverá
ser convertida em retenção parcial. (Tribunal de Contas da União.
Plenário. ACÓRDÃO TCU 3301/2015. 09/12/2015). (Grifa-se).
IV – CONCLUSÃO.
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Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), por entender que, com base no
exposto acima, a ausência da comprovação de regularidade fiscal não é óbice justificável
para a retenção do valor devido.
Esse é o parecer.
Belo Horizonte, 16 de agosto de 2023.
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