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Nome: Júlia Dias Oliveira

Curso: Controle de Qualidade

Capítulo 1
A indústria 4.0
Hoje, na era da internet, as pessoas estão quase o tempo todo conectadas entre si
por meio de redes sociais e aplicativos de comunicação. Seguindo esta linha, a
Indústria 4.0 propõe a utilização da internet para integrar equipamentos industriais e
sistemas. Para entender a Indústria 4.0 é importante, antes, conhecer um pouco da
história da indústria e suas revoluções. Você já deve ter percebido que a
modernização é uma constante na indústria. Voltando no tempo, é possível verificar
que houve grande evolução desde a criação da primeira máquina a vapor até hoje.

1780 - 1° Revolução Industrial

A Primeira Revolução Industrial teve início na Inglaterra, no século XVIII, cujo


destaque tecnológico foi a máquina a vapor, aprimorando os meios de transporte,
como locomotivas e navios; além do tear mecânico para a produção têxtil (BRANCO,
2007). Esses avanços se deram, em primeiro momento, em países da Europa (como
Inglaterra, Alemanha, França, Bélgica, Holanda, entre outros), nos EUA e no Japão.

1870 - 2° Revolução Industrial

Já a Segunda Revolução Industrial teve início nos Estados Unidos, no final do século
XIX e começo do século XX. Teve como principais destaques de inovação a utilização
do aço, a invenção da energia elétrica e dos motores elétricos e o desenvolvimento
de combustíveis derivados do petróleo (BRANCO, 2007). Veja, a seguir, outros fatores
dessa revolução.

1970 - 3° Revolução Industrial

A Terceira Revolução Industrial teve início no século XX, a partir da década de 1970,
quando houve grande demanda por tecnologia e mão de obra. Teve como destaques
de inovações, que viraram os pilares da produção industrial: o computador, a
informática, a biotecnologia, e a microeletrônica (GOMES, s.d.).

Hoje - 4° Revolução Industrial

Segundo a consultoria McKinsey, em seu relatório "Industry 4.0: how to navigate


digitization of the manufacturing sector" (2015), os modelos tradicionais de
alavancagem de produtividade estão superados, e é por esta razão que as empresas
estão visualizando na Quarta Revolução Industrial uma nova resposta para
manutenção de sua competitividade. Nas décadas de 1970 e 1980 tivemos o Sistema
Toyota de produção como a grande alternativa de diferencial de produtividade. Dez
anos mais tarde, as empresas investiram na terceirização e no deslocamento da
produção para países com baixos custos de mão de obra. Porém, nos anos 2000,
esses custos foram migrando para patamares superiores aos identificados
inicialmente.
Em paralelo, percebe-se a evolução e redução de custos com robotização e
automação e as empresas passam a usufruir destas tecnologias como garantia de
competitividade, construindo um caminho facilitado para se tornarem, futuramente,
fábricas inteligentes. Partindo deste contexto é que vem sendo implementada a
Indústria 4.0.

TECNOLOGIAS HABILITADORAS DA INDÚSTRIA 4.0

Como você pôde verificar, a indústria veio evoluindo em capacidade de produção


com maior eficiência, qualidade e segurança para o chão de fábrica. Esses avanços
foram possíveis com a integração de sistemas mecânicos, elétricos e eletrônicos.
Isso trouxe mais complexidade aos projetos e maior desenvolvimento e manutenção
desses sistemas.

Capítulo 2
Internet das coisas

O QUE É INTERNET DAS COISAS

Com base na ideia do pesquisador Kevin Ashton, percebeu-se a oportunidade de


interligação direta entre dispositivos, de modo que eles pudessem se comunicar
entre si (M2M-machine to machine).
Para Santos et al. (2016), a internet das coisas é uma extensão da internet atual, que
proporciona aos objetos, com capacidade computacional e de comunicação, se
conectarem à internet. Essa conexão permite aos usuários controlar os objetos
remotamente e/ou torná-los provedores de serviços.
Já os objetos (things) são elementos que possuem capacidade de comunicação e/ou
processamento aliados a sensores. Eles não são apenas computadores
convencionais, mas também TVs, notebooks, automóveis, smartphones, webcams,
sensores ou qualquer equipamento que possua uma forma de conexão à rede. Tudo
isso só é possível graças a um combinado de tecnologias que se complementam para
viabilizar a integração dos objetos nos ambientes físico e digital.

Identificação óptica

As informações sobre o objeto são armazenadas como um código de barras ou um


código Data Matrix bidimensional e são lidas via tecnologia de imagem digital ou à
laser. Sistemas de código de barras e Datamatrix são uma alternativa económica para
a tecnologia RFID (identificação radiofrequência).

Comunicação
São tecnologias e elementos utilizados para conectar objetos inteligentes.
Normalmente, são utilizadas tecnologias como redes cabeadas, WiFi, ou bluetooth
para conexão e comunicação dos objetos,
observando os diversos protocolos de comunicação.

Computação

Há um anseio para que os objetos tenham a capacidade de realizar processamento.


Para isto, é preciso dotá-los de elementos de processamento, como
microcontroladores, processadores e FPGA (arranjo de portas programáveis em
campo, do inglês (field programmable gate array).

Semântica

Semântica, em um sistema linguístico, significa "sentido das palavras". No contexto


de internet das coisas, a semântica é um atributo essencial para a comunicação de
múltiplos dispositivos por meio de um dialeto comum. Normalmente, os objetos vão
dispor de protocolos de comunicação abertos, garantindo que diversas tecnologias
possam ser desenvolvidas para explorar as possibilidades da comunicação. Um
exemplo disso é a tecnologia bluetooth, que permite a extração e o envio de dados
entre dispositivos para prover novos serviços.

Serviços

A aplicação das tecnologias utilizadas na loT envolve novos modelos de negócios,


desde possibilidades de personalização de produtos até o atendimento às
necessidades dos clientes tanto na indústria 4.0 como nas áreas de serviços de:
Transportes, fornecendo aos motoristas informações em tempo real sobre as
melhores rotas, situação do trânsito e das estradas, demandas de atendimento. E aos
usuários, indicando o melhor meio a ser utilizado (trem, metrô, ônibus, taxi), tempo e
custo de viagem etc. Comércio, pela produção automática de acordo com a demanda
estatística do estabelecimento comercial, prateleiras inteligentes que controlam
disponibilidade e reposição de produtos. Saúde, com a possibilidade de transmitir ao
médico, em tempo real, os sinais vitais do paciente para um acompanhamento a
distância. Serviços públicos, com sensores para o alerta de enchentes ou
necessidade de limpeza em bueiros e galerias, câmeras de monitoramento inteligente
de trânsito com controle de semáforos, sistemas inteligentes de verificação de
sonegação de impostos etc. Agronegócio, com sensores para verificação das
condições do solo, da previsão do tempo, de identificação e controle de animais.

Sensores

É por meio de sensores que são coletados dados sobre o contexto no qual os objetos
se encontram. Esses dados são enviados a centros de armazenamento em servidores
locais ou em nuvem.
Capítulo 3
Computação em nuvem

O QUE É COMPUTAÇÃO EM NUVEM?

Na busca pela definição do conceito de computação em nuvem (em inglês, cloud


computing) encontramos múltiplas abordagens e pouco consenso com relação a uma
definição. Informalmente, é possível imaginar a nuvem como um grande reservatório
de recursos, que foi construído para se adaptar às necessidades de armazenamento
de dados de seus clientes e estar disponível em tempo real por meio da internet.
Dessa forma, a computação em nuvem pode ser compreendida como um modo pelo
qual os usuários acessam, por meio da internet, os recursos computacionais
disponíveis, sendo que tais recursos têm capacidade de se adaptar às necessidades
desses usuários (clientes).
Para melhor entender a nuvem, acompanhe a seguir a evolução dos
sistemas de armazenamento.

1880

O cartão perfurado, inventado no século XIX, foi o precursor da memória usada em


computadores.

1950

A fita magnética, originalmente inventada para gravar áudio, se tornou na década de


1950 o novo método para o armazenamento de dados.

1962

Já na década de 1960 é lançado o primeiro compacto áudio cassete.com capacidade


de armazenamento de 660 KB em cada lado.

1963

O primeiro disco de memória removível (conhecido hoje como HD externo) tinha


capacidade de memória de 2.5 MB.

1971

Os disquetes, que começaram a ser produzidos com 8" e capacidade de


armazenamento de 80 KB, evoluíram para 5.25", com armazenamento de 1.2 MB

1990
Inventado em 1982 originalmente para áudio, com a versão de 1990, que permitia
gravar e apagar arquivos, passou a ser utilizado na informática por sua capacidade
de armazenamento de até 700 MB, o equivalente a 486 disquetes.

1994

O zip drive, com capacidade de 100 MB, tinha a proposta de substituir o disquete,
mas não chegou a conquistar o mercado.

1995

A evolução do CD, o DVD chegou com capacidade de 4,7 GB de espaço.

1999

O cartão de memória, com capacidade de 1GB, chegou com a proposta de aumentar a


memória de câmeras fotográficas e celulares.

2000

O Open-drive substituiu definitivamente o disquete. Com capacidade atualmente de


512 GB de armazenamento, há promessa de lançamento de versão com capacidade
de 1TB.

2013

Do ponto de vista de quem armazena os dados, a nuvem elimina o equipamento


físico. Ou seja, o usuário não precisa se preocupar com o equipamento que vai
guardar os seus arquivos. Precisa apenas de um aparelho para acessá-los. Além
disso, poderá acessar, de onde estiver, sua conta de e-mail, fotos, músicas,
softwares, arquivos de todos os formatos e tamanhos.

Capítulo 4
Big Data
O QUE É BIG DATA?

Estamos vivendo a era da informação, na qual diariamente são gerados milhões de


dados. No ano de 2017, por exemplo, foram gerados 2.5 quintilhões de bytes de
dados por dia (DOMO, 2017). Se fossemos armazenar esses dados em discos Blu-ray
seriam necessários 10 milhões de discos. Para se ter uma ideia da velocidade na
geração dos dados, é sabido que 90% dos dados disponíveis hoje foram gerados nos
últimos dois anos. Ou seja, a sociedade atual está gerando uma quantidade de
informação muito superior à gerada por toda a humanidade ao longo dos séculos.
BLU-RAY

Blu-ray é um tipo de DVD com grande capacidade para armazenamento de áudios e


vídeos de alta definição.
Este grande volume de dados recebe o nome de big data. No entanto, big doto não
deve ser entendido apenas pelo volume de dados. O fator principal, para a indústria,
no uso dessa tecnologia é a capacidade de processar e avaliar as informações
relevantes, pois de nada serve possuir grandes volumes de dados se não puder fazer
uso deles. É preciso extrair conhecimentos úteis e valiosos, de modo que se faz
necessário o uso de ferramentas e técnicas de gestão para processar grande volume
de dados, em diversos formatos, em velocidade adequada. Há cinco características-
chave em big data: volume, velocidade, variedade, veracidade e valor.

1- ESTABELECER QUESTIONAMENTOS

A primeira coisa a fazer é estabelecer as perguntas para as quais buscaremos


respostas. Normalmente, essa formulação acontece em dois estágios: em Adquirir
dados (2) e em Realizar modelo (4), no qual as perguntas são refinadas.

2- ADQUIRIR DADOS

Nessa etapa, são consultadas diversas fontes de dados a fim de estabelecer os


elementos da análise.

3- LIMPAR DADOS

Essa etapa consiste na aplicação de técnicas de limpeza de dados (data cleaning),


com o objetivo de detectar e sanar imperfeições nos dados coletados. Isso porque
nem todos os dados coletados são necessários para responder ao questionamento
estabelecido, pois podem conter informações irrelevantes, duplicadas ou em formato
inapropriado para o modelo.

4- REALIZAR MODELO

Se os dados coletados apresentarem formato adequado para a resolução do


problema, serão transformados em uma semântica que permita ao analista de dados
proceder com a análise. Nesse estágio, os dados são agrupados, formatados e/ou
transformados para os métodos analíticos, normalmente empregando técnicas de
aprendizagem de máquina.

5- ANALISAR DADOS

Esse é considerado o passo fundamental do processo. É nesse estágio que, com uso
de técnicas estatísticas, de manipulação de dados e de aprendizado de máquina, os
dados são transformados em conhecimento.

6- APRESENTAR
Os resultados dos métodos analíticos são compostos por diversos elementos e a sua
compreensão não é imediata e de fácil assimilação. Por isso, são utilizadas técnicas
de visualização para representar o novo conhecimento de uma maneira coerente e de
fácil compreensão.

7- ANALISAR RESULTADOS

Nesse momento, as considerações sobre os resultados obtidos são apresentadas por


meio de um conjunto de relatórios que descrevem o processo realizado e as
descobertas geradas ao longo das etapas anteriores.

8- REFINAR O PROBLEMA

Normalmente, o processo de big data analytics busca a melhoria contínua e o


aperfeiçoamento das análises. Dessa forma, nesse estágio o problema é refinado,
seja para novos questionamentos ou para maior detalhamento do problema
abordado.
Agora que você já conhece uma proposta de processo para big data analytics, é hora
de aprender como surgiu a inteligência artificial e como ela pode beneficiar a
indústria.

Capítulo 5
Robótica Avançada

O QUE É ROBÓTICA?

Robótica é o uso dos robôs para a execução de atividades, em substituição do ser


humano em locais insalubres e em atividades que possam colocar em risco a saúde
do homem. A utilização da robótica requer conhecimentos de mecânica (pneumática,
hidráulica, cinemática), eletrônica (sensores e atuadores), softwares e programação
(Microcontroladores e CLP - Controladores Lógicos Programáveis).

Mas, o que são robôs?

Um dispositivo automático com conexões de realimentação [feedback] entre os


sensores, atuadores e o ambiente sem que haja a ação de controle direto do ser
humano para a realização das tarefas".
No setor industrial, os robôs vêm contribuindo com o aumento da produtividade e da
qualidade dos produtos, melhorias na saúde e segurança do trabalhador, redução do
consumo de energia e de insumos.
O robô industrial é definido por Norma ISO como uma máquina multifuncional, que
pode ter base fixa ou móvel, e ser usada em aplicações de automação industrial. Ele
pode ser controlado automaticamente e usado para manipulação, com vários graus
de liberdade. Pode, ainda, ser usado em ações colaborativas com seres humanos, por
exemplo, um robô que segura uma carga enquanto um operador humano a fixa a uma
plataforma.

ROBÔS NA INDÚSTRIA 4.0

A robótica sozinha, ou aplicada apenas no contexto da automação industrial, se


caracteriza como modelo já estabelecido na 3° Revolução Industrial. No contexto da
indústria avançada, considerando o atual cenário econômico e tecnológico, as
empresas têm buscado tecnologias que associadas aumentam expressivamente a
produtividade, a flexibilidade e a agilidade. Nesse sentido, a robótica se apresenta
como uma tecnologia com potenciais ímpares quando empregada em conjunto com
outras tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0.
Em diversas plantas industriais pelo mundo pode-se observar a difusão da robótica
com elementos de outras tecnologias: robôs sendo controlados via internet, com
programações altamente flexíveis e adaptativas para diversos tipos de produtos
presentes na linha produtiva e robôs que não são apenas executores, mas que,
paralelamente à execução, fornecem informações à linha de produção, o que
contribui com o processo de verticalização e integração de toda a cadeia produtiva.
Na Indústria 4.0, destacamos os robôs colaborativos que estão adaptados e
preparados para trabalhar de maneira colaborativa e segura com os seres humanos.
Esses robôs são a materialização da interação entre os mundos ciber- físico e
biológico; é a máquina que contribui e aprende com a atividade humana, respeitando
e se adaptando às limitações físicas do homem.

Capítulo 6
Manufatura Aditiva

O QUE É MANUFATURA ADITIVA?

A indústria aplica diversos métodos de fabricação. Um dos mais utilizados na


produção é a usinagem, que aplica a técnica de manufatura por remoção de material.
Nessa técnica, o material é extraído do bloco até chegar à forma do produto
esperado. Ela pode ser realizada manualmente, por exemplo: limpar, cortar, alargar,
ou com o auxílio de máquinas operatrizes como torno mecânico e fresador. Já a
manufatura aditiva é um processo de sobreposição de material para criar objetos a
partir de dados de um modelo virtual tridimensional; usualmente a adição da matéria-
prima ocorre camada sobre camada. Além de manufatura aditiva, outros termos são
utilizados para definir esse processo: impressão 3D, fabricação aditiva, processo
aditivo, técnicas aditivas, manufatura aditiva por camadas, manufatura por camadas.

PROCESSO DE MANUFATURA ADITIVA

Popularmente, a manufatura aditiva é conhecida como impressão 3D, devido ao fato


de a tecnologia ser vista como um hardware de impressão que imprime em três
dimensões, e prototipagem rápida, devido à grande aplicação da tecnologia na
produção de protótipos.

Capítulo 7
Simulação

O QUE É SIMULAÇÃO?

Simulação é a utilização de ferramentas e softwares de modelagem tridimensional


desde o produto até o processo produtivo. Com o uso dessas ferramentas, é possível
realizar análises e simulações a fim de identificar melhorias e otimização dos
processos de manufatura em estudo.

O CICLO DE UM PROCESSO DA SIMULAÇÃO ENGLOBA OS CONCEITOS DE


PLANEJAR, SIMULAR E VALIDAR, OU SEJA, O PLANEJAMENTO EFICIENTE DO
PROCESSO, A SIMULAÇÃO DO PROCESSO EM AMBIENTE VIRTUAL E A
VALIDAÇÃO DOS RE- SULTADOS SIMULADOS COM BASE NAS METAS DE
PRODUÇÃO.

Esse ciclo traz as seguintes vantagens para a indústria:

⚫ Otimização do planejamento do processo e, consequentemente,


a redução dos custos. Redução do tempo de startup (entrada em produção) do
processo em desenvolvimento.

⚫ Redução dos custos de protótipos e melhoria da qualidade com a utilização de


modelos digitais (digital mockup) e simulação das linhas de manufatura.

⚫ Integração das fases de desenvolvimento do projeto (Engenharia


Simultânea) devido à possibilidade de trabalho colaborativo entre as equipes de
projeto do produto e de planejamento da produção.

⚫ Validação dos processos de manufatura devido à utilização de simulações e


análise dos resultados com a implementação das melhorias antes do início da
produção. Todas essas vantagens fazem com que a empresa tenha melhor poder de
resposta em relação às demandas de mercado e por consequência seja ágil em seus
processos.

SIMULAÇÃO DE PRODUTO

Modelo virtual tridimensional do produto a ser produzido, conhecendo suas partes e


os processos de fabricação e montagem. Nesta fase é possível simular o movimento
do produto (caso exista) e as resistências mecânicas de seus componentes com
relação aos esforços aplicados em seu uso final.
SIMULAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

O modelo virtual dos equipamentos necessários ao processo e à aplicação da


cinemática de suas partes. Caso o equipamento seja uma máquina de usinagem CNC,
será possível implementar na máquina um pós-processador de forma a simular os
processos de usinagens, levando em conta todas as características de usinagem no
modelo. Geralmente, os modelos de robôs podem ser fornecidos pelos fabricantes ou
adquiridos nas bibliotecas dos softwares.

SIMULAÇÃO DA CÉLULA

O modelo virtual da célula ou processo de manufatura utilizando os equipamentos,


dispositivos, máquinas, robôs e infraestrutura como bancadas, áreas de
armazenamento, esteiras etc.

Capítulo 8
Integração de sistemas

Como você tem visto, as empresas buscam, cada vez mais, estratégias para se
tornarem competitivas frente a um mercado altamente dinâmico. O aumento dos
lucros já não está mais relacionado ao aumento do preço do produto, e sim à
diminuição dos custos empresariais.
Frente às mudanças globais e à concorrência empresarial, velhos conceitos e bases
estratégicas que visavam apenas a otimização dentro da fábrica começaram a ser
questionados e modificados por meio de novas estratégias que envolvem todos os
integrantes das cadeias de suprimentos, dando margem a um horizonte de
possibilidades para redução de custos. Um dos conceitos que abordam mudanças
estratégicas da forma de atuação das empresas na elaboração de seus produtos é a
integração de sistemas de maneira vertical e horizontal. Este conceito é utilizado para
apresentar como os dados, processos, produtos, sistemas de produção e sistemas
de gestão se integram na indústria 4.0. É, também, um desafio para as empresas que
estão, ou estarão, na transição para 4.0, uma vez que seus sistemas de Tecnologia da
Informação (TI) e de Tecnologia da Automação (TA) ainda não estão integrados, e
mais que isso, não foram pensados para serem integrados em sua totalidade. Pois,
com o advento da Indústria 4.0, cresce a demanda pela comunicação entre sistemas
para coleta, compartilhamento e análise de dados. A integração dos sistemas,
mapeando todos os processos da empresa, como o desenvolvimento de produtos,
melhoria de produtos já existentes, planejamento estratégico e processos produtivos
é chamada de verticalização. Ela permite uma visão sistémica do funcionamento da
empresa. Já o processo de comunicação realizado entre a empresa e suas cadeias de
valor e de suprimentos, ou seja, seus fornecedores, prestadores de serviço, clientes e
outros agentes externos à planta é chamado de horizontalização. Nessa integração, é
possível rastrear o ciclo de vida do produto, desde a matéria-prima que o compõem
até a sua reciclagem. Embora haja diferença entre a integração vertical e a horizontal,
o objetivo em ambos os processos é transformar em informação de valor os dados
gerados pelos sistemas e processos que envolvem a fabricação e a comercialização
de produtos.

VERTICALIZAÇÃO INTEGRADA

Os dados gerados nos processos externos podem influenciar os processos internos


e impactar custo, tempo e até mesmo qualidade na produção de um produto. Mas,
para que a empresa tire o melhor proveito das informações fornecidas pelas suas
cadeias de suprimentos e de valor, é preciso que tenha uma visão detalhada de seu
ambiente interno, o que é possível por meio da integração vertical.
Na verticalização, há integração dos sistemas de TI em vários níveis hierárquicos,
passando pela interface com os dispositivos físicos do chão da planta (sensores e
atuadores), pelo nível de controle de máquinas e sistemas, linha de produção,
planejamento da produção, controle de qualidade, até os processos de negócios nas
áreas de marketing e de vendas. As soluções e tecnologias típicas na integração
vertical são:

⚫ CLP - Controlador lógico programável: responsável por controlar os processos de


fabricação. Encontra-se no nível de controle.

⚫ SCADA-Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados: permite monitorar,


controlar e supervisionar várias tarefas no nível de produção.

⚫MES - Manufacturing Execution System: é um sistema de execução de fabricação


para o gerenciamento do nível operacional da planta.

⚫ ERP-Enterprise Resource Planning: é o sistema inteligente da empresa que opera


no nível de planejamento empresarial, o nível mais alto da hierarquia.

Mas, para que essa conexão ocorra, é preciso que a linguagem de comunicação e a
arquitetura sigam um padrão. O modelo de arquitetura utilizado pela indústria 4.0 é o
RAMI 4.0 (Reference Architectural Model for Industrie 4.0) que propõe que a
informação seja organizada em camadas, desde o nível mais baixo (o sensor
instalado na máquina, por exemplo) até o nível mais alto, o de gestão.

Capítulo 9
Segurança Digital

O QUE É SEGURANÇA DIGITAL?

Para a sociedade contemporânea, a informação é um dos recursos mais valiosos. No


mundo corporativo, é fundamental nos processos de tomada de decisão, na criação
de novos produtos e na competitividade. A informação é considerada um ativo de
valor para a organização. Como um ativo, deve ser protegida. É com essa premissa
que a área de segurança digital atua, com o objetivo de proteger as informações
disponíveis para a organização, minimizando os riscos, estabelecendo controles, ou
seja, estabelecendo uma política de segurança da informação. Quando pensamos em
informação, temos em mente os arquivos que estão em uma empresa. Na verdade,
podemos adicionar ao termo informação qualquer forma de armazenamento e
manipulação de dados. Logo, são exemplos de informações: e-mails, vídeos,
gravações de reuniões etc., e no contexto da indústria 4.0, podemos citar os dados
oriundos dos dispositivos. Todas as empresas, independentemente de seu tamanho,
possuem e manipulam informação, devendo, portanto, adotar algumas ações básicas
para a proteção dessa informação. Na área de Segurança da Informação existem
normas que norteiam os procedimentos a serem aplicados. Uma dessas normas é a
NBR ISO/ IEC 27002. Trata-se de um código de prática para a gestão de segurança da
informação. Para a ISO, a segurança da informação pode ser definida como a
proteção da informação contra vários tipos de ameaças, para garantir a continuidade
da empresa, minimizar riscos, maximizar o retorno sobre os investimentos e as
oportunidades de negócio.

PILARES DA SEGURANÇA

Podemos dizer que uma das maneiras de zelar pela segurança é a prevenção, e para
isso podemos estabelecer três pilares fundamentais que nortearão a definição de
controles e procedimentos a fim de garantir a segurança da informação em uma
organização. Segundo o autor Sêmola (2003), são eles:

Integridade

É a garantia de que a informação não foi alterada, de forma indevida ou não


autorizada. Se ocorrer a adulteração da informação, é importante ter mecanismos que
sinalizem tal ocorrência.

Disponibilidade

É a garantia de que a informação estará disponível sempre que necessário.

Confidencialidade

É a certeza de que o acesso à informação será feito apenas por aqueles que possuem
o direito. É importante frisar que o objetivo não é negar o acesso à informação, mas
sim impedir que a informação fique disponível para pessoas indevidas, enquanto se
garante que aquelas que estão autorizadas possam acessá-la.

REQUISITOS DE SEGURANÇA

Há, ainda, requisitos que são valiosos na proteção da informação de Autenticidade.


É a certeza de que as partes envolvidas em um processo de troca de informação são
quem afirmam ser.

Não repúdio
É a segurança de que o emissor ou manipulador da informação não possa negar sua
autoria ou responsabilidade. Por exemplo, uma troca de e-mails utilizando
certificados digitais para assinar digitalmente o e-mail garante que o emissor não
pode negá-lo, caso sua autoria seja questionada, assim como garante ao receptor
saber quem escreveu a mensagem.

Legalidade

É a certeza da legalidade da informação, de modo que esta fique aderente à


legislação.

Privacidade

É a confiança da capacidade de manter oculto o usuário criador e manipulador da


informação, não sendo possível realizar uma associação direta entre a informação e o
usuário. Não se pode confundir este conceito com confidencialidade. A
confidencialidade visa manter confidencial a informação, com o acesso apenas para
usuários autorizados (logo, deve-se garantir ao receptor saber quem escreveu a
mensagem.

SEORINAÇÃO DIGITAL SETOR INDUSTRIAL

Legalidade

É a certeza da legalidade da informação, de modo que esta fique aderente à


legislação.

Privacidade

É a confiança da capacidade de manter oculto o usuário criador e manipulador da


informação, não sendo possível realizar uma associação direta entre a informação e o
usuário. Não se pode confundir este conceito com confidencialidade. A
confidencialidade visa manter confidencial a informação, com o acesso apenas para
usuários autorizados (logo, deve-se conhecer quem é o usuário). A privacidade visa
não associar a informação ao usuário. Um bom exemplo desta privacidade são as
urnas eletrônicas brasileiras, que não permitem associação de um voto a um eleitor,
tornando o voto secreto.

Auditoria

É a capacidade de rastrear diversos passos de um negócio ou de um processo,


identificando os participantes, assim como locais e horários dos eventos.

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